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AS ABOBRINHAS DO VOTO ÚTIL POR GASPAR A DEPUTADO ESTADUAL NÃO PARAM DE PÉ: NOS NÚMEROS E NA COERÊNCIA DO PRESENTE E FUTURO.

Atualizado e corrigido às 10h32min. Já escrevi algumas vezes sobre este assunto. Mas, infelizmente, políticos, e gente cheia de propósitos de poder, só para eles e não exatamente para a comunidade que juram defender, não possuem nenhum pudor. Estão alimentando abobrinhas na cidade para enganar, repito, enganar, analfabetos, ignorantes e desinformados.

Então é preciso repetir e esclarecer.

Surgiu um fato e se propaga o boato – como se verdade fosse -, de que é preciso o voto útil por Gaspar para eleger um deputado estadual daqui. Excelente. Não discordo totalmente. Mas, antes é preciso saber o voto útil em quem, exatamente? Mais: quem institucionalmente – ONG, lideranças capazes de aglutinar e emocionar a cidade, seus cidadãos e cidadãs, instituições estão verdadeiramente esclarecendo, convencendo liderando este processo? Qual o objetivo dessa nova peça teatral bem particular?

Quais os compromissos desse voto útil com a cidade, cidadãos e a cidade? Tudo discurso vazio e oportunista, na falta de algo com conteúdo e comprometimento.

Ora. Nós temos oficialmente três candidatos a deputado estadual (Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, PP; Marcelo de Souza Brich, Patriota; Pedro Celso Zuchi, PT. Então! Voto útil em quem, exatamente? E por quê? Um grupo de riquinhos e denominados de empresários, fez um evento, botou lá o Marcelo como candidato deles, e disse que o voto útil dos gasparenses deve ser nele. E começou mal. Porque é uma afronta. Uma mentira.

Se há um desejo, ou uma suposta campanha do voto útil por Gaspar a deputado estadual, de verdade, todos os três devem ser merecedores dessa utilidade. Simples assim! Os presidentes do PP, Luiz Carlos Spengler Filho e do PT, Doraci Vanz, reagiram. E fizeram bem. E só berraram porque foram deixados de fora, naquilo que também já ensairam.

Se temos um colégio eleitoral que se oficializou em 49.386 eleitores e eleitoras aptos; destes só 35 mil irão às urnas, na conta de padeiro pelo histórico que temos, é visível que vai faltar votos para os três e até mesmo se a cidade estivesse unida por um só deles. Dependendo do partido, será preciso de 20 mil a 35 mil para alguma sorte estar entre os 40.

Aliás, 28 deputados vão à reeleição e a chances deles se reelegerem é relativamente alta. Então, de verdade e em tese, estão em disputa 22 vagas entre centenas de pretendentes.

Tem muita abobrinha sendo contada na cidade. E fora dela, também. Agora, se descobre que há um candidato de um grupo de interesse, sem planos de representatividade, e não exatamente da cidade, ou da região.

E não vou longe, vou aos números do 2018 e a prática daqui. Outro dia escreverei dos fatos, principalmente de outra ligeireza desses mesmos espertos de que Gaspar precisam de representatividade. Por enquanto, não há nesses políticos candidatos, dito como úteis, de que estando no poder, concretizaram algo que possam dizer e comprovar que foram resolutivos para sua própria comunidade. É pracabar!

Retomando. Sabe de quanto foi a abstenção daquele ano em Gaspar? 16,56%. Quantos votos nulos? 6,58%. Quantos votos em branco? 6,89% para deputado estadual. Resultado final: 31.535 sufrágios foram dados aos candidatos daqui e de fora.

Resumindo, de verdade, esses 31.535 votos – deverá ser em torno de 35 mil neste outubro, se considerada a mesma proporção -, se todos dados a um candidato daqui, com alguma sorte o colocaria na Alesc, ou muito provavelmente numa suplência.

Quem consegui a suplência em 2018? Zuchi, com três mandatos de prefeito e bem referenciado nas costas, mas que entre nós só obteve 9.722 votos dos 31.535 sufragados naquelas urnas em 2018. Esta é conta. Estes são números dos boletins da Justiça Eleitoral. Nunca contestados. O resto que se discursa e se imagina, é falácia, invencionice e enganação.

Sinceramente, leitores e leitoras, vocês acham que alguma coisa vai ser diferente neste outubro?

Onde estava Marcelo de Souza Brick, por exemplo, que naquele tempo ainda estava filiado no PSD? Fazendo 10.009 votos para deputado Federal na profissão de político que escolheu. E não havia concorrência de gente daqui. Estava também com a sua estrutura, fazendo campanha para Jean Jackson Kuhlmann, PSD, de Blumenau – voto de fora de Gaspar, ou seja, nada de útil como quer agora.

Kuhlmann não se reelegeu deputado estadual. Amargou aqui 1.734 votos, quando esperava perto de três mil prometidos pelo próprio Marcelo. E Kuhlmann era o empregador de Marcelo e até da sua ex-esposa.

E Mara onde estava naqueles tempos? Trabalhando numa dobradinha com a família Spengler para a eleição de João Amim, de Florianópolis. João colheu míseros 248 votos. Nada de voto útil por Gaspar.

E a incoerência não para aí. Só amplia e deixa exposta a esperteza que não se sustenta em pé. Se há um discurso pelo voto útil por Gaspar, qual a razão do candidato e seus apoiadores que defendem essa ideia, estarem em peregrinação por outros municípios e bem longe de Gaspar, ou os do Médio Vale do Itajaí, e como paraquedistas, atrás dos votos de lá? Qual o discurso de ocasião e oportunidade que fazem lá?

E para finalizar duas questões que precisam ser respondidas.

Há uma campanha pelo voto preferencial, nem é útil, nos candidatos no Médio Vale do Itajaí, e onde Gaspar se insere via suas entidades empresárias. Isto é só de mentirinha? Estão enganando para mais uma vez a distinta plateia e parceiros? É isso?

Por fim, Gaspar sempre foi um local de candidatos a deputados estaduais paraquedistas. Temos aqui uma “fábrica” de cabos eleitorais. É um negócio político. Tanto que dos pouco mais de 31 mil votos válidos na última eleição a deputado estadual, nem 10 mil foi para um da terrinha. Vocês acham que isso mudou? E da noite para o dia como querem os “çábios” e gente investida de interesses pessoais?

Os nossos políticos têm dois discursos. Um para os gasparenses, outro para os de fora. Num mundo cada vez mais conectado via mídias sociais e aplicativos de mensagens, a mentira – como a dissimulação e a manipulação – deixou de ter pernas curtas, mas está sem pernas. Isto mostra, se por acaso eleitos, como estão descomprometidos com os da cidade e comprometidos com grupinhos que querem mandar na cidade.

Ou seja, se eleitos terão dois discursos também. Um de que são mais um no sistema da máquina burocrática e política para justificar o que não conseguem entregar. A outro que precisam ampliar as suas bases em outros municípios destinando as emendas parlamentares porque Gaspar não tem votos suficientes para reelegê-los. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Interessante e reveladora entrevista que o prefeito de Brusque, Ari Vequi, MDB, deu à edição eletrônica do jornal “O Município”. Para ele, candidaturas de dois mil votos só atrapalham. Se aqui há três a deputado estadual, em Brusque, proporcionalmente é bem pior: há 15, por enquanto.

É um dilema. Num ambiente democrático, o que Ari faz, é cerceamento à liberdade de escolhas que poderia ter lhe prejudicado quando iniciou a vida política. Num ambiente de resultados comunitários, tantos candidatos, e de última hora, cheios de “padrinhos” e interesses, é na verdade, uma conspiração contra os objetivos comunitários e de perpetuação de poder para poucos que se estabelecem nele.

Mas, o que chama a atenção nesta entrevista? É a declaração de que o prefeito de Brusque vai apoiar preferencialmente o médico e ex-prefeito, Jonas Paegle, do Patriota, para deputado estadual. Vai centrar forças nesta candidatura. Ele apostou em torno de 20 mil votos. Ou seja, se a tendência é o Patriota ter no máximo um eleito, se o partido eleger alguém, Jonas e Brusque saem na frente pela vaga.

Esta pré-disposição do prefeito de Brusque murcha, por outro lado, os planos de Marcelo de Souza Brick. E por quê? Definitivamente, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, não é seu cabo eleitoral. Depois que desistiu da sua candidatura, trabalha para Marcos Rosa, União Brasil, de Blumenau, na dobradinha com Ismael dos Santos, PSD, à Câmara Federal. Antes da política, vem o templo. E nada de voto útil por Gaspar, mas preferencialmente pela região do Médio Vale.

É visível o desespero do MDB de Gaspar. Está todo retalhado e sem liderança. Primeiro apostou no cavalo errado quando se escolhia o candidato do partido ao governo do estado. As fichas foram para Dário Berger, que nem mais o MDB está. Segundo, quando só restava Antídio Aleixo Lunelli na parada, abraçaram-no e morrem juntos afogados, quando já se sabia que isso era inevitável.

Para complicar, o MDB de Gaspar está tri dividido. Não sabe se apoia Marcelo de Souza Brick, Patriota; não sabe se embarca na canoa possivelmente vencedora de Antídio – que é candidato a deputado estadual e assim, ao menos se salva parte da aposta perdida lá no início e quando se afogou; e não sabe como brecar a candidatura de outros candidatos à reeleição que tem cabos eleitorais vereadores e suplentes. Não tem projeto nem de curto, muito menos de médio prazo

Por fim, qual o dilema que empaca tudo? Uma prática! O MDB de Gaspar perdeu toda a autoridade para impedir que seus vereadores trabalhem para candidatos de fora. Esta sempre foi melhor brincadeira do partido por aqui. Não será esta eleição que isto mudará! De útil, mesmo, só ser cabo eleitoral para candidatos de fora.

Outra. Para quem resolveu se espelhar em fantasmas, como o MDB de Blumenau, que só tem história e das boas, numa esplendorosa redemocratização e crescimento econômico do país, não poderia se esperar resultado melhor. O MDB de Gaspar também entrou no modo abobrinha. Incrível! Acorda, Gaspar!

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4 comentários em “AS ABOBRINHAS DO VOTO ÚTIL POR GASPAR A DEPUTADO ESTADUAL NÃO PARAM DE PÉ: NOS NÚMEROS E NA COERÊNCIA DO PRESENTE E FUTURO.”

  1. Pingback: A FRAGILIDADE DO VOTO ÚTIL POR GASPAR ESTÁ ESTAMPADA NOS GESTOS CONCRETOS CONTRADITÓRIOS DE QUEM O PROPAGA - Olhando a Maré

  2. Gostaria de usar o espaço para PARABENIZAR o suplente de vereador pelo PL de Gaspar, oThimoti.
    Tratou-se nas urnas e está FAZENDO o que TODOS aqueles que lançam o nome numa corrida eleitoral: está se preparando com bastante antecedência, participando de cursos e palestras sobre POLÍTICAS públicas para as cidades.
    QUE ELE INSPIRE OS DEMAIS 👀🏆

  3. LULA PROMETE NOVA POLÍTICA INDUSTRIAL SEM REVER ERROS DO PASSADO, por Ricardo Balthazar, no jornal Folha e S. Paulo

    Na campanha eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promete reerguer a indústria brasileira com uma aposta no futuro, apoiando projetos inovadores que permitam ao Brasil competir no desenvolvimento de fontes de energia limpa e na economia digital.

    Na terça-feira (9), em seu encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o líder petista conclamou os industriais a identificar os nichos em que o país deveria investir e se comprometeu a ajudá-los. “A gente faz”, afirmou. “Eu quero fazer.”

    Não se sabe de onde virá o dinheiro, nem como serão feitas as escolhas, mas Lula deixou claro que, se voltar a governar o país, quer repetir a receita adotada em seus dois mandatos como presidente, quando usou bancos oficiais e estatais para estimular a indústria nacional.

    O líder petista apontou várias iniciativas de seu governo como exemplares, lamentou seu abandono pelos presidentes que o sucederam e culpou até a timidez dos empresários por alguns insucessos, mas em nenhum momento examinou os erros que levaram várias a fracassar.

    Lula prometeu reerguer o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que os governos petistas turbinaram com empréstimos bilionários do Tesouro e seus sucessores esvaziaram, fazendo a instituição devolver os recursos antes do prazo previsto.

    Lula disse que o banco foi essencial para amortecer o impacto da crise internacional de 2008 e sustentar investimentos, mas as estatísticas mostram que eles voltaram a perder fôlego em dois anos, depois que o pior da crise externa passou e a economia voltou a dar sinais de fraqueza.

    O petista afirmou também que era preciso “fazer justiça” ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que desonerou vários setores da indústria durante o governo Dilma Rousseff (PT), com a intenção de preservar empregos e ajudar as empresas a manter sua competitividade.

    Mas a própria Dilma apontou a política como um erro após ser afastada da Presidência, dizendo numa entrevista que muitas empresas aproveitaram o alívio nos impostos para aumentar margens de lucro, em vez de investir. Lula também criticou as desonerações no passado.

    O ex-presidente enalteceu seu programa de incentivo à indústria naval e as exigências de conteúdo nacional adotadas nos governos petistas para equipamentos destinados à exploração do petróleo da camada pré-sal, mas também evitou discutir as dificuldades que elas criaram.

    Até a Petrobras se insurgiu contra a política, recorrendo à Justiça para se livrar de exigências que tornariam inviável a exploração do campo de Libra, o maior do pré-sal. A disputa entre a estatal e seus fornecedores nacionais atrasou em dois anos a contratação da plataforma.

    “É para isso que existe o BNDES, é para ensinar essas empresas a fazerem as coisas”, disse Lula na Fiesp, após descrever o programa da indústria naval como um caso de sucesso. O setor entrou em colapso após a Operação Lava Jato e a redução dos investimentos da Petrobras.

    O líder petista manifestou preocupação com o avanço da China na fabricação de eletrodomésticos, máquinas, componentes eletrônicos e outros produtos, mas errou ao apontar dados globais como se indicassem a penetração da indústria chinesa no mercado brasileiro.

    “A gente tem a ilusão de que a China está ocupando a África, a China está ocupando a América Latina”, disse aos empresários. “Não, ela está ocupando o Brasil. Ela está tomando conta do Brasil. Eu achei muito grave isso. Coisa que a gente fazia, coisa que a gente sabe fazer.”

    Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a importação de produtos da China representou metade das importações do setor no ano passado, e foi equivalente a metade da produção nacional – bem menos do que Lula sugeriu com seus números.

    Muitas indústrias brasileiras foram prejudicadas pela competição com os chineses, mas muitas também aproveitaram oportunidades criadas pela maior integração da economia mundial para encontrar novos fornecedores, se tornar mais competitivas e conquistar mercados.

    Ao responder a uma pergunta de Dan Ioschpe, presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion, sobre o declínio da indústria brasileira, Lula criticou um empresário que teria recebido apoio do BNDES em seu governo e depois contratado na China parte de sua produção.

    Lula não deu nome aos bois, mas não era preciso ir longe para achar um caso parecido. Líder mundial na produção de rodas para carros, a Iochpe-Maxion sobreviveu à derrocada do setor de autopeças no Brasil e hoje tem fábricas em 14 países, incluindo duas na China.

    Pouco depois, o petista fez um afago no presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, ao lembrar seu pai, José Alencar, fundador da empresa da família, a Coteminas, e vice de Lula em seus dois mandatos: “O único empresário que falava grosso: ‘Eu não tenho medo da China’.”

    “As coisas mudam”, brincou Josué. Perto do fim do governo Lula, a tradicional fabricante de artigos de cama, mesa e banho se uniu a um gigante do setor têxtil nos Estados Unidos e criou a Springs Global, para enfrentar a concorrência chinesa e acessar novos mercados.

    Controlado pelos brasileiros, o grupo fechou todas as fábricas que tinha nos EUA e concentrou a maior parte da sua produção no Brasil, onde os custos de mão-de-obra são menores. Há alguns anos, Josué cogitou abrir uma fábrica na China também, mas o projeto não avançou.

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