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VAMOS COMBINAR: ESTAS MANCHETES “ADOÇADAS” QUE DÃO R$446,1 MILHÕES DO ESTADO PARA GASPAR SÃO FAKES

Foto clássica dos sorrisos e papelinhos assinados: da esquerda para a direita a deputada Dirce Heidercheidt, MDB; o governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos; o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, e o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Augusto Vieira, na Sociedade Alvorada, em Gaspar!

Esperei que alguém viesse a público contar a razão da espantosa verba pública estadual, que apareceu da noite para o dia, fez-se manchete na impressa daqui e se anunciou como sendo de Gaspar, num festejo incomum realizado na sexta-feira passada.

Como nem a oposição, feita neste caso pela maioria por bolsonaristas que quer o pescoço – e nem sabe bem o porquê desse troféu pela qual se empenha – do seu ex-queridinho Comandante Moisés, sou forçado a mostrar mais uma parolagem do marketing dos políticos e seus desdobramentos às vésperas de mais uma campanha eleitoral.

Noves fora, desse total que se mancheteou, R$400 milhões é para a duplicação e reurbanização da Rodovia Ivo Silveira entre Gaspar e Brusque. Necessário. Urgente. Sem questionamentos.

Ou seja, este alto valor não é só para Gaspar, nem só para Brusque. É uma obra de infraestrutura estadual. Então ela é daquilo que o governo de Carlos Moisés da Silva, Republicanos, está obrigado no que se comprometeu com o Vale para lhe dar mobilidade, integração, segurança, desenvolvimento e competitividade.

Méritos para o seu secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Augusto Vieira. Ele conversou, esclareceu, convenceu e até peitou gente que defendia o atraso, a lombriga, mesmo se dizendo jovem empreendedor e patrocinador de políticos – também jovens – no poder de plantão – mas do atraso como vem se provando ao longo dos anos, infelizmente.

A boa notícia, é que, ao que parece, e nem isso hoje ainda é uma certeza, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, já não é mais contra esta obra, gesto que tinha, para agradar dois ou três apoiadores que se diziam “prejudicados” nos seus negócios em detrimento da coletividade.

Contra o futuro e a maioria, eles preferiam à perigosa picada em que está hoje a Rodovia. Esta imagem do atraso, pelo silêncio repentino de Kleber, e na má orientação pela opção errada que fez, ficou com o PT, com o suplente de deputado e ex-prefeito de Gaspar por três mandatos Pedro Celso Zuchi. Incrivelmente morador daquela região. E diz que é candidato defendendo o caminho da roça. Impressionante!

O que ficou da discurseira, papelinhos e fotos de sexta-feira? De verdade, falta de projetos de Gaspar para alcançar os R$70 milhões a que tem Direito Gaspar no Plano 1000 de Carlos Moisés. Mas, houve avanços. A prefeitura de Kleber vai acessar R$46,1 milhões. E tem até o dia dois de julho para correr atrás dos outros R$23,9 milhões.

Naquilo que foi possível, nas idas e vindas dos técnicos, políticos ficou acordado que R$ 5 milhões serão para a segunda fase da obra do Parque Náutico dos riquinhos ali no Poço Grande; R$ 5 milhões para a reurbanização da Rua Prefeito Leopoldo Schramm; R$5 milhões para a segunda etapa da drenagem e pavimentação da Frei Solano – a primeira deu numa CPI e o assunto ainda promete se enrolar em órgãos de fiscalização; R$1,1 milhão para a relocação da UTI do Hospital de Gaspar; e R$30 milhões para o esgotamento sanitário do bairro Santa Teresinha, Sete de Setembro, Centro e parte da Coloninha que está atrasado há 15 anos, que se fez licitação recentemente e pasmem, como se prova agora e já tinha contado isso aqui, sem dinheiro para realizá-la. É prácabá.

Este é um acordo de Carlos Moisés por Gaspar e via os políticos com os cidadãos e cidadãs. É também para selar o apoio de Kleber à reeleição do atual governador. Mas que Carlos Moisés fique advertido: Kleber não é de cumprir promessas, mas de salvar seus interesses políticos. Exemplos não faltam.

Para salvar a sua reeleição, por exemplo, Kleber se associou com Marcelo de Souza Brick, então no PSD, prometendo lhe dar a cadeira de prefeito em abril deste ano e concorrer a prefeito, ou se aposentar. Ele como esperto que diz ser e não é dado muito a trabalhar, caiu na lábia. Era o presente do céu que vinha pedindo. Nem um, nem outro. Ou, então, os dois mentiam nos discursos de campanha.

Marcelo está chupando o dedo. E se diz feliz. Então merece. E quer concorrer a deputado. Como não se preparou, não tem votos e fez da política uma profissão, trocou o PSD pelo Patriota, apesar de já estar com o pé na cova que ele próprio cavou, na esperteza que meteu com o MDB e com o grupo de Kleber.

Ora, se Kleber correu do pau como candidato a deputado a estadual é porque não possui votos, liderança, articulação política e relacionamentos na região e no partido quantos votos ele vai agregar para Carlos Moisés da Silva?.

Então, a pergunta é: no que Kleber verdadeiramente vai ajudar e transferir transferir votos para Carlos Moisés? Ainda mais sabendo que o novo prefeito de fato de Gaspar é o deputado Ismael dos Santos, PSD, irmão de templo de Kleber, que nem apareceu na solenidade de sexta-feira para se inserir no disfarce pela causa maior chamada Gaspar, a beneficiada com R$46,1 milhões e que pode ainda chegar – pois reserado está – a R$70 milhões?

Deputados que vieram dar aval ao acordo e aos recursos só Jerry Comper e Dirce Heidercheidt, ambos do MDB, e Ricardo Alba, no União Brasil.

Trair e coçar é só começar. Agora é esperar. Porque tradição de arrumar sarna para se coçar, esse pessoal do MDB de Gaspar tem e não é de hoje.

Não é a toa, que o partido por aqui está no mesmo rumo do MDB de Blumenau, tanto que o presidente daqui tomou doril, ninguém sabe, ninguém viu, nem mesmo na solenidade. Ah, e Marcelo? Estava lá, com cara de paisagem. Mas, também não disse que vai puxar votos para Carlos Moisés. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Cena chocante de sexta-feira passada nas redes sociais. Internauta que passou dois anos chamando o governador “de Maomé Moisés” de ladrão, posou com ele e agradeceu os recursos que está liberando para Gaspar. E depois não sabe a razão pela qual é ridicularizado.

Incomodados. Todos os recursos liberados pelo governo do estado pelo tal Plano 1000 será fiscalizado e auditado pelo governo do estado. Tem gente achando que isto fere a autonomia local. Será? Qual a razão de tanto desconforto naquilo que é necessário e óbvio?

A carroça e os bois. Primeiro inventaram o título. Agora vão ter que inventar o que fazer com ele. Sempre escrevi isso. Afinal para que serve o título nacional de Capital Nacional da Moda Infantil que fez uma caravana de políticos rumarem hoje para Brasília?

Perguntar mais uma vez não ofende. E há meses se espera por esta simples resposta: onde se compra e se compara esta moda aqui. Onde está estampado esta diferenciação e origem nas etiquetas, produtos e até embalagens? Qual a agregação de valor e vantagem para os que produzem este tipo de moda em Gaspar?

Pois ontem, o presidente da Ampe de Gaspar e Ilhota – a real capital da moda íntima, praia e fitness -, Douglas Junkes, que combinou o seguinte com a prefeitura de Gaspar: a comunicação visual e a realização de um tal “Fórum de Oportunidades”. Ele vai acontecer no dia quatro de agosto. Ou seja, vão tentar fazer da paçoca um milharal. É um case a ser estudado.

O deputado estadual, Ismael dos Santos, PSD, em campanha eleitoral, e só por isso, foi a Associação Empresarial de Blumenau, Acib, prestar contas do seu mandato. Natural. Necessário em defesa dois interesses políticos e religiosos.

A pergunta, é: o que estava fazendo lá o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB – o primeiro à esquerda na foto ao lado -, o salário mais alto de prefeito da região (R$31.929,68)? Não tinha nada mais importante para se fazer por aqui e pelos gasparenses?

Aí em outra foto, o mesmo deputado em campanha política mostrou que foi a Navegantes fazer o mesmo aos irmãos de templo, políticos, cidadãos e cidadãs de lá. E quem estava lá também: o prefeito daqui. É uma repetição do que vem acontecendo por ai afora e com regularidade.

Quer fazer campanha para o irmão e prefeito de fato de Gaspar, nada contra. Quer aprender como se inserir no mundo político-religioso do deputado que o apadrinha, ou criar contatos e articulações que não possui e que por falta delas o fizeram correr da candidatura a deputado estadual?

Nada contra, apesar de estar atrasado. Antes, porém, devia pedir licença do cargo. Acorda, Gaspar!

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