Pesquisar
Close this search box.

UM PRESENTE DE NATAL: A VIDA, MAS NÃO DE TODOS

Diante de pressões de grupos organizados e à beira de uma eleição aparentemente e se antecipando como difícil no ano que vem, o DNIT de Santa Catarina loteado ao senador Jorginho Mello, PL, vestido de candidato a governador do presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, resolveu se mexer para livrar a cara do senador em busca de votos justamente das cobranças incômodas ao óbvio que se estampa a todos.

E se mexeu na comunicação; jogou água na fervura.

Ponto para a Acig – Associação Empresarial de Gaspar. Ao que parece com o empresário Edemar Ênio Wieser, ela voltou a ter importância na interlocução acima dos partidos, dos políticos e candidatos como já teve ao tempo dos presidentes Vilmar de Oliveira Schürmann, Francisco Mastella – este até presidente da Facisc – e Samir Buhatem, para citar estes três.

E antes do Natal, diante de tantas manchetes que afundavam a imagem Jorginho e Bolsonaro – como a de querer tumultuar o término da duplicação da BR-470, cortes inexplicáveis de verbas federais nas obras de recuperação de rodovias, bem como a retirada da segunda pista do Aeroporto de Navegantes – o DNIT e o Ministério da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, concordaram que os gasparenses lindeiros que produzem, geram empregos e recolhem tributos parte da BR-470 entre o trevo da ponte do Vale e a Churrascaria do Toni – no sentido a Navegantes – terão direito a uma marginal. Ufa!

Corrigiu-se uma falha de projeto. Apenas isso.

Veio a liberação não só pelo óbvio e esquecido no projeto de duplicação, mas porque se trata de empresários, investidores e formadores de opinião, os afetados e que cobraram soluções. Tanto é, que sobre a reinvindicação do zé povinho por uma passarela – e que custará várias vezes menos – bem perto dali e que de uma só vez, muito recentemente, matou três, nada, nadinha de nada.

Estão à espera de mais mártires que não terão mais natais com seus entes queridos.

Se o zé povinho tivesse fechado a rodovia, rotineiramente, para dizer que o perigo existe e que os técnicos e políticos estavam lhes oferecendo bananas, o desfecho já teria sido outro. Esse pessoal acreditou nas palavras e discursos dos políticos.

Eles pediram que os “protestos” fossem pacíficos como se todos indignados e com corações partidos fossem perigosos. Ficaram à beira da rodovia, assistidos por policiais, com os veículos livres na rodovia para o próximo atropelamento. Ficaram tão pacíficos que já foram esquecidos na tragédia, na dor e nos pedidos para aquilo que é óbvio.

Fechar uma rodovia onde não se tem a mínima segurança para atravessá-la, não se trata de um protesto fora da lei, mas de dar voz a quem não consegue ser ouvido, nem mesmo nos votos que possui para não eleger gente que não lhes respeita, e naquilo que é essencial para gente indefesa e sem outra alternativa naquele trecho: a vida.

Aliás, o DNIT de Jorginho Mello, que já morou aqui quando gerente da finada agência do BESC, está devendo para Gaspar.

No início deste ano, o DNIT liberou o viaduto do bairro Lagoa a BR 470 duplicada; neste final de ano, abriu o viaduto (foto abaixo) de acesso à mesma rodovia aos que moram na Ilhota e nos Baús. Já o viaduto que liga a nossa ponte do Vale à BR 470 e Arraial do Ouro, só “problemas técnicos” e sucessivos adiamentos. Ao menos já temos a entrada para quem vem de Blumenau.

Ah! A notícia é boa sobre a marginal.

Sim, mas, se a Acig e o pessoal afetado não ficarem de plantão e azucrinando neste período de pré e de campanha eleitoral ela não sai. Será só discursos, ofícios e notícias até vir a definitiva: “adiada o projeto da marginal por falta de recursos que saíram daqui para ir para outro reduto eleitoral…”, pois por aqui estão contando com o milho no papo da galinha e a repetição dos 65,83% dos votos válidos de 2018 e que não virão mais.

O esquecimento da passarela é um mero aviso do que está por vir. Acorda, Gaspar!



TRAPICHE

Quem “deixou” a atuação política-partidária-eleitoral – tem atividade profissional fora de Santa Catarina – foi o suplente de vereador e ex-candidato a vice-prefeito pelo DEM de Gaspar no ano passado, Lelo Piava, como é conhecido Welligton Carlos Laurentino, 30 anos.

Ele – com Wanderlei Knopp como candidato a prefeito pelo DEM que está em extinção. Tiveram apenas 721 votos, ou seja, 2,11% dos votos válidos. Nas suas redes sociais que escolheu para dizer que estava se aposentando precocemente da política, Lelo, justificou:

Nunca aceitei cargo, terreno, dinheiro. Pessoal mistura política está mais corrupto atualmente. Aos que fazem isso e estão no poder hoje, o homem lá de cima vai cobrar”. Hum! Será?

Duvido dos que estão aqui na terra, além de não terem votos, correm do dever de enfrentar esta gente que culpam ou apontam para os erros e manchas.

Aumentaram – e era esperado, pois não se prepararam – as queixas nas redes socias na demora no Pronto Atendimento do Hospital de Gaspar, aquele desnudado pelo vereador Amauri Bornhausen, PDT, supostamente da base do governo, usando somente dados oferecidos pelo próprio Hospital.

Tem gente que pede UPA para resolver este crônico e anunciado problema contra os mais pobres, vulneráveis e doentes. Bobagem. O caminho mais curto seria municipalizar o Hospital que está sob a intervenção marota municipal, sem compromisso de transparência e resultados. Acorda, Gaspar!

O ex-prefeito eleito pelo MDB e hoje sem partido, Adilson Luiz Schmitt, apareceu nesta manhã numa entrevista na 89FM para falar da sua profissão, a de médico veterinário. Mas, como ele é um bicho político, a política apareceu na conversa.

Três coisas destaco: ele disse que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB e o ex-prefeito Pedro Celsos Zuchi, PT, não serão candidatos a deputado estadual de Gaspar e dos. Um será dos evangélicos e outro do partido. Para serem eleitos precisam de 35 mil votos dos gasparenses e não dependerem dos votos de fora. E que ele, desde maio já tinha candidato a deputado estadual: Egídio Beckauser, Republicanos, de Blumenau.

Tem marqueteiro que não conhece o político-cliente. Eu vi um cartão eletrônico de Natal que rodou as redes sociais de um deles aqui de Gaspar que é um atestado daquilo que o político não é perante a cidade e seus eleitores.

E depois o político reclama que está perdendo votos e não sabe a razão disso. A primeira lição é ser autêntico. A segunda, é passar verniz nessa autenticidade. O terceiro é impedir que lhe façam de ator da peça que não sabe interpretar. Meu Deus!

Pergunta oportuna e necessária. Recentemente a Polícia Militar formou 531 novos policiais. Quantos destes virão para Gaspar, a sempre amiga da PM?

Muita divulgação, pouca criatividade e diferenciação. Os eventos de Natal de Gaspar não atraíram a atenção nos moradores daqui. Material temos. Já Blumenau e Pomerode… Acorda, Gaspar!

Compartilhe esse post:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não é permitido essa ação.