A troca de titularidade na secretaria na Saúde de Gaspar e na chefia de gabinete do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, não tem nada a ver com a possível melhoria ou no desempenho de ambas. Isto poderá até acontecer, mas antes veio uma armação para que o presidente do MDB, e ex-prefeito de fato Gaspar ao tempo do primeiro mandato de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Carlos Roberto Pereira, não se aproveite e venha ganhar espaços que já perdeu e o fez correr para a iniciativa privada.
Sobre a chefia de gabinete tratei ontem em “PREFEITO KLEBER NOMEIA UM PAQUIDERME PARA CUIDAR DA SUA CRISTALEIRA DE FINA E FRÁGIL LAPIDAÇÃO“. Assunto aparentemente encerrado. Alguns cristais despedaçados já foram para o saco de lixo, ontem mesmo.
Vamos adiante.
Sobre a nomeação do advogado, vereador, vice-líder do governo Kleber na Câmara, Francisco Hostins Júnior, MDB, para a secretaria da Saúde, eu já tinha anunciado em janeiro sob desmentidos oficiais da prefeitura e ceticismo da própria imprensa local que está emprenhada pela manipulação dos políticos. Outra vez, o tempo é o senhor da razão.
Agora, com a realidade se confirmando, cada um tem suas narrativas para contar ao público que eles enrolam há muito tempo.
Também serei breve, antes de chegar ao ponto central deste artigo.
Hostins não é exatamente um curioso na área até porque já foi secretário de Saúde do governo petista de Pedro Celso Zuchi e foi relativamente bem sucedido, mas com uma equipe profissional mínima que montou – ou a deixaram montar – para lhe assessorar e produzir resultados para si e a cidade.
Resta saber, se neste momento, neste governo onde o óbvio é superado pela falsa marquetagem que é a alma do governo Kleber, se Hostins terá liberdade para este mínimo: uma equipe técnica a assessorá-lo. Se não a tiver, será um passageiro como os múltiplos titulares anteriores. E como depende de votos, poderá ser o prego que está faltando no seu caixão político. Esse MDB é um coveiro.
Hostins não é muito de peitar o que está em andamento e quem lhe chefia. É fiel! Tanto, que, está no seu currículo, o enterro que fez da CPI das drenagens da Rua Frei Solano, no Gasparinho, para o governo Kleber e mais longevo do vereadores, o então presidente da autarquia naquela época, José Hilário Melato, PP. Quase não se reelegeu. Ou seja, o outrora campeão de votos advertido já está. E faz tempo.
Retomando.
O que vou escrever e esclarecer é o que ninguém escreve e nem esclarece, mas se sabe a rodo pela cidade inteira. Não se escreve e não se esclarece com medo de perder as migalhas do dinheiro público – ou seja, os nossos pesados impostos – que os políticos sustentam nas migalhas os veículo e os “comunicadores”.
Como eu, não dependo nem do poder público, nem do privado, nem da audiência batendo sininho por aqui, enfio o pé na jaca para o desespero dos poderosos que enganam orquestradamente a cidade.
O novo ensaio e desenho político já é resultado direto da morte do ex-prefeito Osvaldo Schneider, Paca, MDB. Essa gente começou cedo demais.
Paca deixou viúvo o presidente do partido gasparense, Carlos Roberto Pereira. Ele esperava ser indicado ao trono pois não tem voto nem é simpático ao povo, ser patrocinado e ter o ex-prefeito na sua suposta influência, ainda como cabo eleitoral para suceder Kleber no tal plano de 30 anos de poder que inventaram nos discursos internos. Com a morte, tudo virou cinzas de cremação.
Mais. A mudança promovida por Kleber com o auxilio de alguns “çábios”, reflete o fortalecimento do MDB antigo e de cabresto. Ele já existia antes com o próprio Hostins, e nele estão ainda Valter Morello e a ex-vereadora Ivete Mafra Hammes. Tanto que o pau para toda a obra , Celso de Oliveira, do mesmo grupo, trabalhou para se emplacar como o “novo” chefe de gabinete, após a recusa de Pedro Inácio Bornhausen, PP, que se sabia, recusaria.
Esta articulação é avalizada pelo o novo prefeito de fato de Gaspar, o deputado Ismael dos Santos, PSD, de Blumenau. Ele que controla a uma ala da Igreja neopetenconstal já emprega por aqui curiosos, como o secretário da Educação, Emerson Antunes, o jornalista de Blumenau, na vaga, vejam só, do PSD daqui.
É o mesmo grupo que fez o vice Marcelo de Souza Brick, PSD, ficar na estrada da amargura, pedir abrigo no Patriota, depois que Kleber negou a ele, na cara dura, a assunção da titularidade da prefeitura, prometida publicamente nas juras de fidelidade campanha de 2020, para um não ser adversário do outro.
Este novo mapa político, inicialmente, afasta a força extraordinária que a primeira dama Leila, exerce nos bastidores neste tabuleiro – que nunca engoliu Hostins na Saúde -, bem com adverte para a insaciável fome de negócios dos irmãos. Mas, quanto tempo isso durará?
Os dois vereadores que irão para a Câmara – Norberto dos Santos, o Betinho e Rafaelle Vancini, a Rafa, serão fantoches. E ai deles, se não votarem com o governo, ou ficarem a questionar soluções para os crassos e repetidos problemas da cidade. São suplentes e voltam par a casa num pisar de olhos. Entenderam?
E os vereadores que vão para o governo Kleber, terão o papel de gratidão.
E Carlos Roberto? Ficará choramingando pelos cantos e ainda temendo as necrópsias. Ele não possui mais a imprensa sob seu terror e cabresto. Ela é alimentada pelo governo, e na livre, ele fechou as portas com a perseguição intencional que fez e comemorou. Nada como um dia após o outro. Está sem voz de credibilidade para as novas armações.
É duro estar fora do esquema de poder. E a presidência do MDB não lhe dá nenhuma jogada extraordinária para mudar esse jogo.
E o futuro do MDB de Gaspar? Só as cinzas das eleições estaduais de outubro deste ano é que dirão se haverá restos de carvão para serem aproveitados e reascender a fogueira novamente. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE