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SOBROU TORCIDA E O FAZ DE CONTA. FALTOU INCENSO, ANDOR E CARREGADOR A KLEBER, O PESO MORTO POLÍTICO

As carpideiras no enterro da candidatura a deputado estadual do prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, não estavam exatamente no seu entorno político.

Elas estavam na imprensa local obrigadas a incensá-lo, nos que ele empregou na máquina pública paga pelo povo e que teriam a obrigação de carregar o peso pesado deste andor, bem como nos cabos eleitorais cooptados para a missão quase impossível, inventada por riquinhos, um conselho fake da cidade, familiares e gente com bíblias de interesses na mão e nos discursos disfarçados de sermões.

Quem comemorou de verdade, não foram os supostos adversários, ou até o suplente de deputado, e ex-prefeito por três mandatos, Pedro Celso Zuchi, PT, mas, vejam só, os que fingiam apoiá-lo e que estavam numa sinuca de bico com os compromissos que assumiram com outros candidatos paraquedistas.

Eles estavam “amarrados” ao fracasso eleitoral e financeiro que se apresentava com Kleber. Sabiam disso, mas se infligiam na tortura. Olhavam para o futuro político deles e faziam contas, planos e oravam.

Impressionante!

Eu, na terça-feira, escrevi aqui que daria tempo para os que na imprensa esconderam o que estava à vista de todos. E eu já tinha tratado desta morte e velório em meia dúzia de artigos bem claros. Todos, aliás, foram desmentidos até então pelos envolvidos, inclusive na própria imprensa. Circo, ainda sob o comando de Kleber no papel de vítima. Tudo orquestrado por sua cara e importada máquina de marketing.

Também na terça-feira escrevi que hoje daria um “wrap-up” neste tema. E que ainda vai render. As viúvas estão aí choramingando pelos cantos e contando histórias do defunto.

No diário oficial do paço, aquele que o tinha como melhor candidato da região, a manchete era “Kleber explica a desistência”. Cumuéqué?

Primeiro, como todos os leitoras e leitoras daqui estavam sabendo bem antes que isto aconteceria. Então, Kleber nunca desistiu. E por quê? Simplesmente porque ele não se construiu como político, não constituiu na legitimidade para a representação, não criou o seu espaço como líder para ao menos, sair do embate negociando e numa posição vantajosa. Está menor do que quando entrou.

Amador sob todos aspectos. Nem mais, nem menos.

Segundo e pior de tudo. Kleber arrumou culpados. Entre elas, as supostas divisões internas do MDB. Cumuéqueé? Incrível!

Estas divisões se aprofundaram desde quando o advogado blumenauense, professor , ex-prefeito de Joinville, deputado estadual, federal, senador, ex-presidente nacional do MDB no qual entrou em 1969, e ex-ministro de Ciências e Tecnologia, organizou na tríplice aliança (MDB, PSD, PSDB) para ser governador em 2002 e ser o primeiro governador reeleito em 2006.

Desde antes, mas de lá principalmente, Kleber sabia que o MDB catarinense estava dividido, enfraquecendo e se envelhecendo – em tudo, inclusive nas manhas. Kleber não olhou para Blumenau onde o MDB de lá é parte do pó de uma história bem longínqua? O marketing, os “çábios” o afundam e ele acharam que o MDB daqui seria uma ilha ao desastre que os cercavam, principalmente aos entrantes?

Kleber – um jovem – com esta desculpa marota, que beira a infantilidade, esconde que não sabe revisitar números, ler mapas de resultados eleitorais, nem se atualizar nos cenários onde há novos partidos, novos líderes, novas oportunidades, novas alianças e novos embates.

Tardiamente, por insensatez, por acreditar em milagres, ou por jogar um jogo ainda não bem esclarecido que só o tempo esclarecerá melhor, Kleber “descobriu” que não tinha votos.

E por quê? Porque não trabalhou para isso.

E a notícia de que ele era um estorvo de gente que está na lida e quer mais, veio exatamente do aliado e parceiro – que já está fazendo de tudo para se eleger – , o atual prefeito de fato de Gaspar, o deputado estadual, o evangélico neopentecostal da Assembleia de Deus, Ismael dos Santos, PSD. Ele quer ir a Federal.

Foi percorrendo o estado – entregando verbinhas das emendas parlamentares do governo de Carlos Moisés da Silva, Republicanos, em gabinetes municipais e templos de Santa Catarina por ai afora – que Ismael notou ser Kleber um sobrepeso difícil de carregar para o projeto dele ser Federal e com ele, arruinar a vida da sulista deputada Federal, Giovânia de Sá, PSDB.

Para salvar a pele, Ismael precisava compor e Kleber não agregava neste papel. Preferiu não atrair o azar e compor localmente com outros, do que apresentar Kleber para novos votos.

Resumindo. E quem foi para o fogo dos infernos, mais uma vez? f

Foi o vice de Kleber e vestido de prefeito desde a campanha de 2020, Marcelo de Souza Brick, PSD. E a que preço, ainda não se sabe.

Marcelo foi e está sendo enganado. Aceitou o papel de traído. Aparenta estar conformado e até está dando entrevistas ao lado de Kleber para explicar o inexplicável. Já parte da sua turma do PSD de Gaspar e os amigos de outras paragens que tinham como certo o emprego por aqui, querem o couro dele e se possível cru e com sangue.

Eu mesmo em 2020 quando se anunciou esta “aliança” da esperteza escrevi de que isso aconteceria. Fui zombado. E aconteceu. E porque era previsível? Porque Marcelo é assim: imediato, não é tático, nem estratégico. E Kleber, Ismael e o MDB sabem disso. Marcelo vai deglutir e tentar ressurgir. Pode isso acontecer? Pode! Hoje até cinzas se aproveitam no processo de reciclagem.

Kleber é um candidato que se desgastou exatamente administrando Gaspar, fato que o deveria fazê-lo crescer politicamente e como um líder regional. Agora, ele obrigado, no mínimo, a se recuperar deste desgaste. Como ainda não se sabe. E não será com os que estão ao seu redor. Todos coveiros, mas amigos, e a quem, veja só, diz ele, que deve gratidão.

Kleber é um candidato de um templo de uma denominação neopentecostal e que começa sofrer desgastes no âmbito nacional. É candidato de um grupo de riquinhos que o lançou só para cumprir um ritual e ao mesmo tempo lavar as mãos deles. Alguns deles vivem de negócios. Outros nem no Brasil vivem.

Kleber está tão isolado naquilo que quer para o seu futuro, que só aceita ser influenciado por seus familiares e sua mulher Leila, e uma parte do templo que frequenta onde já perseguiu quem não se curvou para ele, como o vereador e médico Silvio Cleffi.

Quem percebeu de que tudo isso não daria certo – tem culpa no cartório e deixou Kleber com a broxa na mão – foi o presidente do MDB de Gaspar, o ex-prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira

Ele pulou fora do barco, há meses e de Florianópolis, assiste a tudo emprestando apoio desde que não seja explicitado. Está esperando a sobra e a vaga do vácuo criado por Kleber e Marcelo para ele próprio ocupá-lo. Então quem é mesmo que está divido? O MDB ou o novo poder de Gaspar armado pelo próprio Kleber, seus próximos, “çábios”, caro marketing e devotos de templo?

Eu ainda vou mostrar quem se beneficiou diretamente dessa desistência de Kleber como candidato a deputado estadual. Entre eles, o próprio MDB de Gaspar que já está na rua fazendo campanha para os paraquedistas de sempre. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Esses rolos que tomaram conta da imprensa ontem e levaram ao Gaeco a prefeitura de Blumenau, inicial e principalmente na área de Comunicação, acendeu alerta em Gaspar.

Por aqui, jura-se que se fez o mesmo. Ou não houve denúncia. E se houve, não prosperou. O marketing é tudo. Em Blumenau o negócio avançou porque há mais fiscalização, há oposição organizada, há uma imprensa ativa e lá as manchetes dão mais lucros,

Mas, o ponto de atenção que tomou conta do paço municipal de Gaspar depois de lerem ontem as manchetes de Blumenau se voltou para o Samae de Gaspar. Todos estão nervosos e receosos nos respingos.

Impressionante como a prefeitura de Gaspar abriu espaços para gente enrolada lá e algumas delas mal aparecem aqui para darem expediente. Isto é coisa de Kleber Edson Wan Dall, MDB, obrigado para manter o arco partidário que o sustenta, ou a à falta de liderança em rejeitar quem ainda vai lhe trazer problemas.

A compra do terreno para se construir a nova prefeitura no terreno que ainda é da Furb – no bairro Sete de Setembro – já está na Câmara de Gaspar. Em Blumenau, este negócio passou sem problemas na Câmara de lá. Aqui, alguns vereadores prometem barulho contra o PL 13 – que número?

Eles estão inconformados. É que a prefeitura vai desembolsar R$14 milhões para comprá-lo, enquanto casas e comércio vizinhos deste terreno no bairro Sete, são tomados frequentemente pelas água das enxurradas.

E na terça-feira passada, marcada uma reunião para discutir o assunto com os moradores afetados, prefeito, vice, secretários, vereadores pró governo e técnicos, unidos, mandaram os moradores de lá chuparem o dedo.

Ou seja. Essa equipe do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PSD, não tem a menor noção dos perigos que inventam e se metem, gratuitamente. Precisava desprezar o povo sofrido do bairro Sete e eles usarem este negócio como moeda de troca, ao menos no debate?

Houve um tempo que havia uma frenética disputa entre os servidores e a prefeitura pelo reajuste dos vencimentos. Era por centavos ou décimos de percentuais, mesmo quando não havia inflação. E por que? Havia o ativo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Gaspar.

Hoje, até isso parece ser coisa do passado. Assim como os embates via imprensa, discursos debaixo da Figueira, greves, entrevistas, tensas audiências, comissões de negociações e pressão sobre vereadores no plenário da Câmara.

Tanto que ontem, numa sessão extraordinária vapt-vupt no final da tarde e que não durou cinco minutos, quatro Projetos de lei foram aprovados. Dois aumentaram o Vale Alimentação dos servidores da prefeitura, autarquia, fundação e da Câmara, em 21,05%: passou de R$475,00 para R$575,00. E outros dois deram reajuste de 10,60% e aumento de 0,40% aos servidores ativos e inativos da prefeitura, autarquia, fundação e Câmara.

Este é a segunda mexida nos vencimentos e vale alimentação dos servidores municipais e da Câmara de Gaspar. Em dezembro, o Vale alimentação saiu de R$450, 00 para R$475,00 e os vencimentos tiveram um reajuste de 5,53%, mais um aumento real de 1,03%

Tudo já estava acertadinho no tempo da pré-campanha. No frigir dos ovos, os servidores de Gaspar ganharam 16,13% de reajuste e um aumento real de 1,43%, totalizando 17,56%. Perguntar não ofende. Quem na iniciativa privada, que não perdeu o emprego e que conseguiu este reajuste no período de pandemia?

Nesta foto, o Sintraspug quase sem quórum, há uma semana atrás concordou com a proposta da prefeitura. E tinha como não concordar com tal presente? Acorda, Gaspar!

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