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SEIS MESES ANTES DA ELEIÇÃO, BOLSONARISTAS, PL, DIREITISTAS E CONSERVADORES REUNEM MEIA DÚZIA

Atualizado às 14h58min. Este registro acima é de um erro tático e estratégico espetacular. A direita, o bolsonarismo, os conservadores, ou coisa que o valha nesta rotulagem que eles próprios se auto-impregnam em Gaspar, estão circunscritos ao barulho das redes sociais – e aplicativos de mensagens – onde atuam muito bem.

Desqualificam, inclusive, gente da própria identidade conservadora, a que ousa à crítica, à racionalidade e na maioria dos casos, para se sair melhor do que está estampado neste frame desta manhã.

O bolsonarismo, os conservadores e a direita saíram às ruas do Brasil neste Primeiro de Maio para se contrapor num dia que simboliza o sindicalismo pelego (o caso de Gaspar) e do atraso, bem como a esquerda. Ela, no mundo, se apoderou deste Dia do Trabalho.

Há até uma certa lógica no contraponto da direita bolsonarista. Todavia, antes é preciso de inteligência. E em Gaspar, a manifestação se mostrou juvenil demais. E a esquerda do atraso e os sindicatos tomados de pelegos, inclusive o dos servidores, ficaram entocados, pois mais espertos, evitaram o vexame que lhes rondam também.

A foto é de hoje de manhã e no auge da aglomeração, Dia Primeiro de Maio. Na “foto oficial”, quando viram que nada mais se juntaria a eles, agregaram todos para diminuírem os vazios.

O ato prometia ser uma “grande mobilização” para sensibilizar este tipo de eleitor e eleitora. Queria-se com isso, mostrar a força da ideologia, do movimento, da sua organização ao povo gasparenses, e principalmente aos adversários.

Nada. Antes, por prudência, tivesse sido cancelado pelos organizadores. O resultado seria melhor para o movimento.

Mostraram, na verdade, fraqueza, ou desorganização, ou falta de liderança, ou falta de mobilização e até desunião. Pouco mais de “meia dúzia” se reuniu e assustadoramente, isso aconteceu há seis meses das eleições de dois de outubro.

Essa gente, já mobilizou mais pessoas em almoços recentes que promoveram pela causa que mostrei aqui.

Esta imagem que abre o artigo é uma advertência muito séria para quem em 2018, no “escurinho do cinema”, no segundo turno, fez 82,50% dos votos válidos (29.511) os quais só cristalizaram uma escolha majoritária transmitida nas urnas no primeiro turno, ou seja, de 72,43% (26.200 votos válidos) para o mito Jair Messias Bolsonaro, então no hoje finado PSL e que migrou para o agora União Brasil e o presidente Jair para o PL.

Quer ver a diferença em outro exemplo? O comandante Moisés, alinhado naquela época a onda bolsonarista, só conseguiu 35,81% (11.920) dos votos válidos no primeiro turno, para abocanhar no segundo turno 78% (26.722 dos votos válidos) dos gasparenses.

Numa conta de padeiro, e a tão pouco tempo das eleições, não é possível aceitar que pelo menos um por cento, repito, um por cento desses 29.511 não estivessem hoje lá nas escadarias da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo.

O que mostra esta cena emblemática?

Uma sucessão de erros, vaidades e advertências. Afinal, quem lidera verdadeiramente o processo político e de comunicação dessa gente em Gaspar? Com quem estão alinhados e comprometidos? Quais são suas pautas locais? O que eles querem ou prometem mudar aqui na aldeia deles mesmos, não no Brasil onde não podem interferir, a não ser com os votos?

O PL de Gaspar, verdadeiramente, não sabe o que fazer em Gaspar.

Ele está nas mãos do engenheiro Rodrigo Boeing Althoff. Ele mesmo, sem dinheiro sem campanha estruturada, sem apoio do próprio partido e sendo boicotado pelo coordenador regional, o deputado Ivan Naatz, PL, saiu-se melhor do que encomenda, como se diz no jargão popular, na corrida contra Kleber.

E agora, do lazer no seu sitio com a família, está acreditando que o raio vai cair no mesmo lugar e por isso, não saiu do conforto dele. Ele é um jovem culto, e deve ter lido minimamente biografias dos que lideraram processos de mudanças na história. E não foi sem coragem, risco, estrutura, liderança e determinação. Impressionante!

Rodrigo está sentado naquilo que foi apenas uma sorte para ele e eu me arrisco a afirmar: isso até porque não havia outra opção, apesar das quatro candidaturas de oposição a Kleber. Rodrigo, realmente não entendeu que ele foi derrotado, mas “eleito” para liderar a oposição. Contudo se nega a isso, e não lidera nada.

Ao mesmo tempo em que não exerce o “mandato institucional de oposição inteligente” conferido a ele pelas urnas e parte substancial do eleitorado gasparense, Rodrigo não desiste, não se apresenta, não enfrenta, não produz resultados, não lidera, não conduz, não aponta soluções não exatamente para a cidade, mas para o seu próprio partido.

Rodrigo está esperando que alguém desavisado, volte a carregá-lo no andor do conforto, ou no papel de vítima do processo, das próximas eleições…

E o que é feito de Márcio Cézar?

Alimenta extremistas, armamentistas, não dialoga, não converge, não anima, não desaloja gente que não vai para a frente, ou que está a serviço de políticos que, verdadeiramente, ainda não apadrinharam Gaspar como uma representante a ser considerada no cenário político-administrativo – e quiçá, eleitoral.

E aí incluo o deputado Ivan Naatz, o diversionista contumaz, onde só ele se salva sejam em que partido estiver. Nesta lista, pode-se colocar também o senador Jorginho Mello, o que já morou aqui quando gerente ex-Besc. Ele quando viu Rodrigo deslanchar, preferiu fingir que havia essa possibilidade e facilitou a vida de Kleber.

O PL, os conservadores, os bolsonaristas, os direitistas de Gaspar estão sendo comidos pelos mesmos lobos em pele de cordeiros de sempre. Quando finalmente vão a caça desses lobos? A cidade está pegando fogo, e não é o PL – como instituição – que está apontando que está colocando fogo na cidade.

Esses lobos, a partir dos templos e velhos esquemas de compadrio que os bolsonaristas, conservadores e direitistas não foram capazes de combater, desnudar ou enfrentar, estão alinhados com Kleber Edson Wan Dall, MDB, e com Marcelo de Souza Brick, os velhos políticos, os jovens que querem ficar ricos na política ou fazer uma profissão. Incrível!

Aliás, na semana passada, Marcelo não teve o menor pudor, e a partir dos jogos políticos criados na Bancada do Amém (PSD, MDB, PP e PSDB), usou, dissimulou e manipulou a sigla Patriota – que tem um viés fortemente conservador e alinhada com o bolsonarismo -, a partir de Florianópolis, para se fingir também ser conservador, direitista e até, bolsonarista de carteirinha e desde criancinha.

Tudo para ludibriar os desinformados e se necessário for, montar um tabuleiro para que não surjam candidaturas do campo ideológico bolsonarista, pragmático da direita e do conservadorismo e que contrariem os interesses pessoais de poder de plantão em Gaspar. Entenderam?

O que restou aos bolsonaristas de Gaspar, mais uma vez? Desclassificar quem ainda não está cego, surdo e mudo como eu. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O vice-presidente do PL de Gaspar ficou visivelmente desapontado com a ausência na manifestação deste domingo de membros da executiva do PL de Gaspar, Blumenau e da região que estarão pedindo votos aqui para dois outubro.

Muitos que se dizem em Gaspar adeptos ao bolsonarismo arrumaram tantas desculpas para não aparecerem nas escadarias da Igreja Matriz, que se desconfia que estão com vergonha, ou pior, com medo de retaliações do poder de plantão a quem precisam de favores.

Agora, trocando de saco para mala. Ontem, dia 30 de abril, fez cinco anos da morte de Antônio Carlos Belchior, ou simplesmente Belchior. Entre tantas canções que falavam de gente, jovens e utopias, esta é muito interessante. Curtam “Conheço o meu lugar”. E um bom resto de domingo.

O que é que pode fazer o homem comum Neste presente instante senão sangrar? Tentar inaugurar A vida comovida Inteiramente livre e triunfante?

O que é que eu posso fazer Com a minha juventude Quando a máxima saúde hoje É pretender usar a voz?

O que é que eu posso fazer Um simples cantador das coisas do porão? Deus fez os cães da rua pra morder vocês Que sob a luz da lua Os tratam como gente – é claro! – aos pontapés

Era uma vez um homem e o seu tempo Botas de sangue nas roupas de Lorca Olho de frente a cara do presente e sei Que vou ouvir a mesma história porca Não há motivo para festa: Ora esta! Eu não sei rir à toa!

Fique você com a mente positiva Que eu quero é a voz ativa (ela é que é uma boa!) Pois sou uma pessoa Esta é minha canoa: Eu nela embarco Eu sou pessoa! A palavra pessoa hoje não soa bem Pouco me importa!

Não! Você não me impediu de ser feliz! Nunca jamais bateu a porta em meu nariz! Ninguém é gente! Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca houve!

Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos! Não sou da nação dos condenados! Não sou do sertão dos ofendidos! Você sabe bem: Conheço o meu lugar!

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