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QUEM VAI FICAR COM A “HERANÇA” POLÍTICA DE KLEBER; OU QUEM QUEM ELE VAI INDICAR COMO SEU CANDIDATO?

Superada a fase da agonia e da vergonha, diga-se como mostrei ontem que a transformaram em tardia e inventada “sabedoria”, o prefeito Kleber Edson Wan Dall precisa vir à cidade e ao seu MDB, que está à mingua inclusive por aqui, dizer o que ele vai fazer politicamente para não ser engolido pelo ostracismo daqueles que não edificam o que ele pensa ser o seu próprio legado político e inventado pelo marketing, familiares e “çabios” que o enfraquecem.

O trem – já o tivemos aqui um dia e Kleber nem o conheceu – está andando. A maior parte da Bancada do Amém e do arco da base de apoio de Kleber -MDB, PSD, PP, PDT e PSDB – está, na verdade, “aliviada” – e até agradecida com o anúncio dele na semana passada. Alguns, mal-agradecidos, diga-se também, apesar do “liberou” geral.

Estão na memória de todos os históricos, nos ouvidos dos que acreditam nas histórias da carochinha, os discursos empolgados feitos nas reuniões do MDB ali na Sociedade Alvorada de que Kleber seria o candidato e que disso ninguém iria abrir mão, mesmo sob a maior tempestade ou dificuldade se tornaram piada ou vão se estabelecer na falta de credibilidade de quem se meteu nesta aventura mal calculada.

Hoje, sabe-se que foi encenação, brincadeira de gente que já devia ter colocado calças compridas ou irresponsabilidade com o currículo deles próprios e um desatino com um punhado de eleitores e eleitores de que aquilo tudo se tratava de coisa séria

Agora, trocaram o discurso e com versículos comerciais pinçados na Bíblia, dizem que a “sabedoria”, para quem a tem, é ouro. E se acham ainda cheios de ouro.

Tardiamente descobriram um provérbio bíblico para escamotear a arrogância faraônica. E o pessoal no poder de plantão em Gaspar, seus “çábios”, assessores, marqueteiros, os pendurados nas tetas, intitulam-se de dotados de uma “sabedoria” até então desconhecida entre eles próprios e na cidade onde todos sabem que verdadeiramente são. Tão desconhecida, que não deu em nada e não fez falta no cenário político eleitoral local e regional.

Kleber provou que é fraco, que não tem equipe, que não lidera nenhum processo, que é vingativo, que é usado ou mal orientado, que não tem votos e pior: não tem aliados dedicados para novos desafios. Se não se cuidar, vai provar também que não tem nem condições para continuar prefeito, tamanha encrenca que ele criou para a sua imagem de “político vencedor”, vendida diariamente por seus marqueteiros, familiares e “çábios”.

E como Kleber pode deter isso, urgente e minimamente?

Tomando as rédeas políticas e fazendo novas escolhas. Afinal para quem ele vai herdar o que dizia ter como capital político eleitoral? Quem ele vai apoiar como candidato a deputado estadual como um representante de Gaspar, ou do fortalecimento do seu grupo que está no poder de plantão? Se não fizer isso, afundará e se desmoralizará ainda mais política e partidariamente.

A “sobra” desse vácuo criado ou não ocupado por Kleber e os seus garantidores, veio quase que gratuitamente para o ex-prefeito por três mandatos e hoje exercendo a suplência de deputado estadual, Pedro Celso Zuchi, PT. Era tudo o que supostamente Kleber e seus “çábios” diziam não querer. Mas, acabaram embrulhando um presente que vale ouro para os petistas e Zuchi.

Por enquanto, nem mesmo os conservadores ensaiaram pegar parte do presente ou até mesmo o embrulho dele. Estão num outra padiola esperando por carregadores que não deram conta do pesado andor de Kleber. Parecem chupins à espera de alguém para lhes dar comida e vida.

Se Zuchi não faz parte das contas e planos de Kleber, quem Kleber dará empréstimo e apoio nesta eleição de 2022? Dezenas de paraquedistas, exatamente os que dentro da própria aliança de governo de Kleber não permitiram o voo de Kleber, ou Kleber não teve a suficiente liderança, de se tornar um candidato de verdade, empolgar a cidade e os que se dizem seus apoiadores dele, só para não desagradá-lo nesta bolha.

O primeiro que botou a cabeça de fora foi o campeão de diárias, o ex-presidente da Câmara e vereador Ciro André Quintino, MDB. Até arrumou uma Kombi – uma van das antigas, em desuso, mas com cheiro de povo – para tornar um “gabinete ambulante ou móvel” dele pela cidade para “ouvir” os cidadãos e cidadãs.

Percebeu que o da Câmara, e o de campanha política, não estavam dando resultados. Criou algo velho e o transformou como “novidade”. Mais custos. Mais padrinhos.

Não é uma ação séria, mas é um assunto sério. Ele mostra bem onde está metido Kleber e porque ele andou para trás na corrida de ser um candidato a deputado estadual por Gaspar.

Ciro sempre foi um patinho feio dentro do seu MDB, mesmo sendo ele por natureza espaçoso, populista – Cirão da Massa – e supostamente puxador de votos para o partido. Aliás, foi campeão de votos, contudo e contraditoriamente ao seu slogan, eles vêm minguando por conta exatamente do seu comportamento ambíguo.

Esta Kombi veio de Ibirama. Ou seja, não veio assim do nada.

Ela na verdade é um roteiro de caça votos do deputado Jerry Comper, MDB, do qual Ciro é cabo eleitoral. Ou seja, coincidentemente, a Kombi é para “ouvir o povo de Gaspar e até para levar a passeios a Florianópolis” e lá “conhecer” a Assembleia Legislativa e o gabinete de Jerry. Outra coincidência, só chegou por aqui perto da campanha eleitoral.

Ela e o gesto de Ciro simbolizam como Gaspar teria dificuldades para puxar votos para o prefeito Kleber. Uma conta simples e por cima, já mostrava que dos onze vereadores da Bancada do Amém, só quatro estariam supostamente fechados com Kleber. E com a desistência de Kleber, só dois estão esperando à sinalização dele, mas mesmo assim, estão engatados com os seus candidatos paraquedistas, incluindo Francisco Solano Anhaia, MDB, o líder do governo Giovânio Borges, PSD, e pasmem, o próprio vice, Marcelo de Souza Brick, PSD.

Kleber é bom nas redes sociais devido a sua turma marqueteira, paga com o dinheiro público. Todavia, se não houver uma ação palpável, pouco adiantarão essas redes sociais. Como prova a desistência de Kleber, mal e excessivamente usadas, se essas redes não trabalharam contra, foram exemplarmente ineficazes, não tiveram direcionamento, foco e não criaram uma marca para o governo, o político e Kleber. Ou alguém acredita que essa tal “Avança Gaspar” significa alguma coisa em termos de percepção, reconhecimento e votos Aprendizes.

Ainda sobre esta Kombi. É bom o vereador Ciro e o deputado Jerry conversarem com o ex-deputado estadual e prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, PSDB, sobre este assunto. A Justiça, inclusive em grau de recursos em Brasília, no passado, deu um gancho a Salvaro, que perdeu o mandato por atos semelhantes.

E ainda sobre Ciro. Ele está atrás de padrinho abonado. É bom. Mas, no caso de Kleber foram exatamente os padrinhos abonados que ele escolheu e confiou que deu o resultado que está colhendo agora. Ou seja, outra prova da falta de inteligência política nos nossos atores políticos, inclusive para serem populistas e se pendurarem em padrinhos abastados.

TRAPICHE

O DNIT vai abrir a marginal da ponte do Vale até a empresa Bem Vestir na direção de Ilhota. Inicialmente improvisadamente, em terra macadamizada. É um avanço. É preciso ficar em cima para se concluir.

Sensata decisão dos técnicos sob pressão política – em ano de campanha, quando o senador Jorginho Mello, PL e o DNIT estavam sofrendo desgastes no Vale do Itajaí por conta de decisões equivocadas dos que dirigem o órgão aqui.

Entretanto, há um detalhe. Esta marginal só saiu da pressão porque há quase uma dezena de empresas naquele trecho e que estava sensivelmente prejudicada. Se fosse para atender moradores, estariam chupando o dedo como estão até hoje os que pediram as passarelas, perto dali e na direção de Blumenau.

Mais e sobre esta marginal naquele trecho da BR-470. É preciso ainda duas coisas e urgentes. O imediato redesenho do novo acesso a ponte do Vale para contemplar com segurança esta nova situação e olhando o futuro, mesmo que improvisada.

A segunda, é a prefeitura de Gaspar sair da sua inércia, inclusive como ausente esteve na busca da marginal, e iniciar à procura de uma ligação entre a marginal e a estreita Estrada Geral da Lagoa. Há uma complementariedade binária e alavancará o desenvolvimento da região, trazendo mais negócios, empregos e impostos.

Político não tem jeito não. Agora, os vereadores de Gaspar e pertencentes à base do governo de plantão se dizem “pais” da revitalização da Avenida Francisco Mastella, e envergonhados tentam inserir nela, o ausente prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB.

A Avenida Francisco Mastella vai ser revitalizada – recuperação e recapeamento asfáltico na pista simples que já deveria ter sido duplicada para se encaixar na saída de Gaspar para a ponte do Vale. Vai ser revitalizada por ordem do governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, e do secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Augusto Vieira.

Kleber é um político alienado da sua cidade e contexto; ou então vingativo. Muito recentemente quando o governador liberou esta verba – em meio a outras – em Blumenau, o prefeito Kleber sequer se deu ao luxo de ir lá buscar o papelinho que autorizou a obra. Nem foto. Então…

As coisas começam a se definir à corrida eleitoral para o governo de Santa Catarina. Todo o dia tem uma “novidade”, um ensaio, uma plantação nas colunas especializadas. Eu evitei. Não é minha abrangência essencial. Agora, é certa: o bem sucedido prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, PSDB, saltou desta viagem.

Ontem ele anunciou que ficará onde está. Deixou no altar João Rodrigues, PSD. Ele conhece não só o passado de João que já foi deputado de dia e presidiário à noite em Brasília, mas a forma como ele centraliza e atropela tudo quando está no poder.

Clésio cheirou que dois palanques para Jair Messias Bolsonaro, PL, em Santa Catarina, seria coisa de criança e não de gente experiente. Mais uma lição para os marqueteiros, religiosos, familiares e “çábios” que rodeiam Kleber e o meteram numa roubada.

Problemas à vista. Os rolos que o Ministério Público e o Gaeco tentam desvendar e comprovar em Blumenau, podem respingar em Gaspar.

Finalmente, a Câmara de Vereadores de Gaspar tem uma sinalização mínima no prédio onde ela está e é a principal pagadora de aluguel.

No início havia um letreiro maroto pintado no prédio que ela ocupa há quase 30 anos. Ficou anos sem qualquer indicação. Seu senhorio, o ex-prefeito Osvaldo Schneider, resistia a ideia. Por isso, o nome do prédio se sobressai.

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