Revisado e modificado às 12h00min. O vereador Ciro André Quintino, MDB, está devendo há quase dois meses um projeto que prometia impedir o vereador de ser secretário, ou presidente de uma autarquia municipal (Samae), ou Fundação (FMDL). E há quase um mês ele também se atrasou – ou desistiu – de um outro projeto que anunciou, para a suposta “moralização” na contratação de pessoas no serviço público municipal.
Ciro é um fanfarrão, sem qualquer conotação ao seu corpanzil , bem como à sua disposição para a alegria. É um gestor de felicidades. Um ainda jovem, mas um político à moda antiga, e…
Como pode um político mais conhecido na cidade por ser o “rei das diárias” na Câmara, e isso há anos, a tal ponto de já ter seguidores de primeira viagem, propor uma suposta “moralização” do serviço público municipal e pasmem, do qual também está ajoelhado na Bancada do Amém?
Trata-se de coragem, ou então, de uma ação para recuperar a imagem já desgastada, aceitando um palpite infeliz de um marqueteiro de primeira teórico.
Tratam-se, de verdade, de bravatas e revestidas de recados aos que estão no poder de plantão, que lhe entravam seus planos de poder e lhe atrapalham, bem como aos eleitores e eleitoras que o “Cirão da Massa” viu lhes escaparem apesar do forte investimento que fez em comunicação e prêmios a rodo, no seu programa comercial de rádio, o qual movimenta as suas redes sociais. Nada mais.
Como escreveu e cantou o paraibano Geraldo Vandré, em “Pra não dizer que não falei de flores“: “Vem, vamos embora/Que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora/Não espera acontecer“. Ou seja, se essas ideias do vereador Ciro fossem pra valer, já teriam os projetos anunciados por ele dado entrada na Câmara; já havia reboliço, tinham eles sido votados para ganhar e perder nos votos, mas mostrando a cara de todos os vereadores – pelo voto – neste assunto tão sério.
“Preciso de cinco assinaturas”, reclamou outro dia Ciro na tribuna, lembrando de que não tinha esquecido do assunto e também como justificativa de quem sabe que está devendo explicações para a comunidade e seus pares, de algo que segundo ele, já estudou e já é exemplo em outras paragens próximas daqui.
Ora, se Ciro não consegue nem cinco assinaturas para apresentar esses projetos tão valiosos, isso quer dizer que ele está mal na foto, ou que os vereadores de Gaspar, na sua maioria, não querem a moralização daquilo que discursam e naquilo que sobrevivem. Precisam que tudo fique como está, ou piore. Simples assim.
“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, diz a canção.
Quando um político diz que vai moralizar e isso nem chega ao papel, duas coisas acontecem: ou ele se desmoraliza, ou abre o balcão de negócios. Ou Ciro pensa que o povo hoje acessando as redes sociais e principalmente, o escurinho dos aplicativos de mensagens são bobos? É o que se espalha na cidade e levada pelos próprios pares dele, no fogo amigo.
A verdade é que, mesmo possuindo boas intenções e penso que são necessárias as iniciativas que só arrotou até então, Ciro, não é o melhor portador delas. E começa por esse uso abusivo – que está permitido na lei, diga-se – das diárias para estar todas as semanas em Florianópolis e se encontrando com o seu deputado, Jerry Comper, MDB, de quem é o cabo eleitoral por aqui.
E para encerrar este artigo, de “quem sabe faz a hora, não espera acontecer“, com todos os cuidados que os políticos me merecem para que eu não “quebre os ossos” da língua, o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, Podemos, diferente de Ciro, fez acontecer e até porque lá, há instituições vivas lhes cutucando com a vara curta, diferente daqui, onde o Amém não é uma senha, mas uma sanha dos sem fé.
A prefeitura de lá – onde o prefeito ganha bem menos do que o daqui, apesar de várias vezes maior e mais complexa que Gaspar na gestão – acaba de se aliar a Universidade do Estado de Santa Catarina – Udesc – para num projeto piloto, garantir mais transparência na divulgação e acompanhamento das licitações e compras públicas.
Em Gaspar, no site onde tudo se esconde, tente obter informações completas e detalhes de qualquer coisa, ou agrupar despesas, investimentos etc, ou no uso de materiais, horas de serviços terceirizadas, medicamentos etc.
Então Ciro, de verdade? Falta acontecer. Simples. E por que não vai acontecer? Porque tudo isso anunciado por Ciro, mexe com interesses poderosos e um dia, esses dois projetos que ela tenta cinco assinatura entre 13 vereadores para emplaca-los e chegar às comissões, poderão lhe fazer falta.
É a assim que a política e o político funcionam. Ou não? Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
O ex-vereador Evandro Carlos Andrietti, MDB, que depois de perder nas urnas à reeleição que se mostrava fácil, cuidava dos assuntos dos mortos e por conta disso estava virando mais uma lápide de cemitério depredadas, foi providencialmente remanejado e protegido dos fantasmas que habitam os campos dos mortos.
Vando está como o diabo gosta: na Fundação de Municipal de Esportes e Lazer. Lazer é a sua especialidade. Até nisso os políticos e a prefeitura de Gaspar possui dificuldade: descobrir a vocação das pessoas.
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, está orgulhosamente anunciando que a primeira fase do tal Parque Náutico, está sendo finalizada.
Kleber gosta mesmo de provocação e não tem medo dos resultados dela. Ontem aqui, se descobriu que não há centavos para deixar os alunos do Gaspar Alto estudando em Gaspar. Quer empurrá-los para Blumenau.
Sob desgaste estrondoso na comunidade, Kleber acabou de aprovar na Câmara via a Bancada do Ampem, a compra do milionário terreno da Furb que nem projeto oficialmente há para ocupá-lo e de que aquela área onde está o terreno está mergulhada, por culpa da própria prefeitura, como mostrei aqui, num problema grave de drenagem e que se mistura com fezes.
Mesmo assim, Kleber acha que os riquinhos merecem um Parque Náutico para exibição de suas habilidade e aos pobres, restará a barranca para ver as proezas nas moto-aquáticas, rabetas e outras máquinas caras.
Não longe dali, na problemática CDI Dorvalina Fachini, os problemas se escondem mais uma vez. E ai de quem os fotografe, ou fale sobre eles (foto abaixo). Um buraco isolado. Perguntar não ofende. Crianças entendem desse tipo de sinalização?
Outra. O Hospital vai fazer um chá beneficente. Legal. Necessário, mas nem de longe é uma gota neste imenso oceano de problemas financeiros dele. E aí, a comunicação é algo torto tanto como a sua carência financeira.
A nova diretora de “humanização” do Hospital contou isso, como se fosse uma “novidade” a uma servidora do Hospital, num vídeo que está nas redes sociais. A servidora ficou pasma – e doente, certamente – quando soube que para ir ao chá, terá que desembolsar R$100.
Não critico o chá, o preço, ou aquilo que vai compor esses R$100. Trata-se de filantropia. Então, o que está errado? Mais, uma vez, o improviso e para quem está se comunicando: os que podem desembolsar R$100 favor do Hospital, mesmo que não tivesse chá nenhum como contrapartida. Flou com e para o público errado. Essa gente, incompreensivelmente, gosta de tiros no próprio pé.
Se o senador Jorginho Mello, PL, chegar inteiro na campanha de governador, terá que dar graças a Deus. O presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, vira e mexe, lhe corta os dedos dos pés.
A penúltima foi exonerar o superintendente do DNIT, Ronaldo Carioni Barbosa. Aliás, avisados, todos já estavam quando o ex-titular do Ministério da Infraestrutura,, Tarcísio Gomes de Freitas, Repúblicanos, sinalizou que faria isso por conta dos desgastes criados nas obras das duplicações da BRs 470 e 280.