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QUANDO QUEM NEM SABE DIZER O QUE É UM PLANO DIRETOR COMEÇA A DEFENDÊ-LO NA SUA OBRIGATÓRIA REVISÃO, É PORQUE BATEU O DESESPERO

O primeiro e único Plano Diretor de Gaspar – depois de debatido pelos técnicos e políticos com sociedade sob a coordenação do então secretário de Planejamento, o engenheiro Maurílio Schmitt, recentemente falecido – se tornou a Lei 2.803 de 10 de outubro de 2006, na então assinatura do prefeito da época, um médico veterinário, Adilson Luiz Schmitt, MDB, irmão de Maurílio. Foi a turma técnica da Furb, de Blumenau, que organizou todo o trabalho por aqui.

A obrigatória revisão do Plano Diretor de Gaspar, segundo determina o Estatuto das Cidades, devia se dar até em 10 anos. Afinal, uma cidade, ainda mais como a nossa, num entroncamento de várias outras cidades polos; a melhoria de rodovias como a BR 470; proximidade de portos e da BR-101,  é de fato, um ente vivo e precisa ser atualizado. 

Somam-se a isto, à nossa exposição a fenômenos climáticos severos cada vez mais frequentes, cheias dos rios, fragilidade dos solos e encostas, baixios…

Aquilo que se tornava algo mínimo de organização e validação fundiária, ocupação e mobilidade via o Plano Diretor, os dois mandatos do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, trataram de desmoraliza-los. A tal ponto, que ao ensaiar à revisão do Plano Diretor, contratou-se a peso de ouro, uma empresa que pouco entendia de Gaspar, a Iguatemi, de Florianópolis.

Foi ela quem propôs a tal revisão do Plano Diretor para debate. Coisa acadêmica fina. Praticidade, nenhuma. Parece até proposital. Por gerar tantos conflitos e desconfianças, esta proposta ficou na gaveta. É que ela era tão estranha e concebida sem o aval popular, dos cidadãos e cidadãs daqui.

O vácuo criado, foi a senha para validar os remendos que se faziam no Plano Diretor via à Câmara, todos sob a desculpa da emergência, urgência e necessidade. E foi esta sanha que ascendeu à luz para o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, para retalhar, impiedosamente, o Plano Diretor e via um secretário de Planejamento que tinha trabalhado para os governos petistas de Blumenau e Brusque, Alexandre Gevaerd.

Resultado? Kleber e seus “çábios” esticaram a corda para além do que poderia se imaginar. 

Atendeu-se aos interesses de campanha, dos próprios “çábios”, dos loteadores, dos empreendedores imobiliários, dos que vivem da terraplanagem, dos grupos políticos de pressão até chegar a este ano, com a reeleição Kleber e a cidade ficou sem uma área de Meio Ambiente para chancelar o que estava sendo feito e o que precisa ser feito. O Ministério Público finalmente cortou o barato dessa gente toda.

Mais, do que isso. Bateu o desespero. E todos os investidores pressionando por uma solução, gritando contra os prejuízos contra seus bolsos, pedindo soluções e mitigação, exatamente causados naquilo que os remendos feitos ao Plano Diretor a pedido de Kleber e aprovados pela Câmara fizeram a licenciamentos sem fundamentos, ou chancela técnica. Não restou outra alternativa a de se iniciar o recolhimento da corda esticada. Afinal, como dizia o ex-primeiro ministro do Brasil, Tancredo de Almeida Neves, “quando a esperteza é demais, ela come o próprio dono”.

A primeira voz – e estranhamente dentro do próprio governo de Kleber – a reclamar desta situação na qual os empresários ficaram presos nas teias que eles criaram contra si próprios, confiando na palavra de políticos que se aproximaram deles, foi o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP. Mais recentemente, do nada, quem nada entende desse riscado, Cleverson Ferreira dos Santos, PP, clamou por um novo Plano Diretor – talvez quis se referir à revisão que está atrasada há seis anos por culpa de Kleber.

Quando gente que não é do ramo bate numa tecla que claramente desafina, é porque, os políticos sentiram o bafo daquilo que já gostaram um dia, mas que agora se tornou algo muito incômodo para eles. 

Eles e todos sabem e descobriram isso muito tardiamente, de que nada adiantará ter novamente uma área de meio ambiente própria estruturada como prevê a legislação, fato que se recusaram a tê-la por uma década, se não tiver um Plano Diretor minimamente decente e aplicável.

A “nova” equipe de meio ambiente da prefeitura vai aplicar a Lei contida no Plano Diretor e estará de olho nas inconstitucionalidades. Impressionante como esses nossos políticos se acham espertos. Até lei inconstitucional fizeram na prefeito aprovaram na Câmara – sob o aval dos técnicos de lá- e só a desaprovara-na depois de que todos tinham se beneficiado dela. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O MDB de Gaspar está prestes a passar mais outra vergonha. Depois de rifar o ex-prefeito de Jaraguá do Sul, e empresário Antídio Aleixo Lunelli, nas prévias em caravana que até passou por aqui (no Alvorada), na semana passada fingiu-se se agarrar a Antídio, em nova passada dele por aqui. É o tal prego com estopa.

O MDB caminha para fechar com o governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, e dar o ex-prefeito de Joinville, o empresário Udo Döhler, como vice. Ao menos a bancada na Assembleia fechou esta questão ontem sobre este assunto. Até o dia 23 de julho muito pode ser revertido até. Tanto que ontem, o fogo amigo do MDB fez circular discursos de Udo apoiando no passado Antídio. Na imprensa, a simpática do MDB, ecoou. E Antídio fez circular às pressas um vídeo de campanha dele para governador.

Um press release desta semana de campanha do senador Jorginho dos Santos Mello, PL, trouxe este título: “chegou a vez do Oeste eleger o seu governador”. No texto isto está expresso da seguinte forma na primeira pessoa:

“Pela primeira vez na história temos a chance de eleger um governador do Oeste. Conheço nossas dores e sei o que fazer para enfrentar os desafios da região”. E pau no governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, que ajudou, com dinheiro dos catarinenses, nas obras de restauração das rodovias federais problemas daquela região como as BRs 163 e 282.

Ora, se Jorginho começou com essa de que é candidato de uma região, que se eleja por lá. A história catarinense já ensinou isso a muitos candidatos que ganharam, ou perderam, quando não souberam equilibrar o discurso e a composição da chapa. E Jorginho possui claramente um problema de equilíbrio na sua chapa se insistir com Jorge Seift Júnior como candidato a senador. Ele não traz votos.

Aqui no Vale do Itajaí, Jorginho já deu com os burros n’água e parece que não aprendeu. Quis se movimentar, a mando do presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, contra o dinheiro que o governador Carlos Moisés está pondo na BR-470 para terminá-la, exatamente porque eles não vêm da gulosa Brasília. Teve que mudar a missão, o tom e o discurso.

Já está passando da hora de Jorginho se corrigir este rumo, discurso e separações regionais. São coisas tortas de campanha. Elas só agravam o que se desenha como belicosa, e por culpa dos políticos com seus entornos de fanáticos. Wake up, Brazil!

A vergonha continua. Sem ter uma ação real que dignifique o título, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, está distribuindo botons que diz ser Gaspar a Capital Nacional da Moda Infantil. De propaganda essa gente entende e gasta. Acorda, Gaspar!

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1 comentário em “QUANDO QUEM NEM SABE DIZER O QUE É UM PLANO DIRETOR COMEÇA A DEFENDÊ-LO NA SUA OBRIGATÓRIA REVISÃO, É PORQUE BATEU O DESESPERO”

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