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OS VOTANTES DE GASPAR DERROTARAM ESMAGADORA E SILENCIOSAMENTE KLEBER (E A BANCADA DO AMÉM) NAS URNAS. ESTAVA À VISTA DE TODOS NA CIDADE E NOS TEMAS CENTRAIS DOS COMENTÁRIOS DAQUI, POR ANOS AFIO. ERAM ADVERTÊNCIAS À FALTA DE RESULTADOS, AO DISCURSO VAZIO, AO ENFRENTAMENTO CONTRA OS CRÍTICOS, À FANTASIOSA LIDERANÇA E ARMAÇÕES POLÍTICAS A INTERESSES PEQUENOS

O delegado Paulo Norberto Koerich, 59 anos, gasparense da gema, apesar de ter nascido em Blumenau por falta de maternidade aqui, será o novo prefeito de Gaspar (19.649 votos, ou seja, 52,98% dos válidos), a partir do ano que vem, pelo PL. Esta é a notícia que todos deram e estão explorando. Fazem bem. É obrigatório por ofício e manchete. Quando baixar a poeira dos puxa-sacos, e dos que desesperadamente já se alinham para continuar nas vantagens de sempre, vou sacudir a minha e reportar à realidade olhando a maré. 

Com Paulo, foi eleito como vice, o engenheiro Rodrigo Boeing Althoff, também PL. Já tinha tentado ser prefeito em 2020, mas ficou apenas com 22,21% dos votos válidos, na armação ilimitada dos poderosos de sempre para salvar, pela primeira vez, Kleber de uma derrota, quando os mesmos que elegeram Paulo agora, colaram na última hora, o concorrente com chances de derrotá-lo, Marcelo de Souza Brick, então no PSD, em Kleber

Na nova Câmara, se no papel não há a maioria simples, na teoria isso, este pode não der um problema se houver estratégia e inteligência. Afinal, nela estará de novo, o mais longevo dos vereadores de Gaspar, para o seu oitavo mandato, José Hilário Melato, PP (1.004 votos, ou seja, cresceu), e que no passado já deu governabilidade a qualquer governo – incluindo o PT – que lhe atendesse nos desejos de proteção dos seus interesses políticos e poder. O resumindo, o PL, fez barba, cabelo, bigode e parte do sovaco.

O VERDADEIRO DERROTADO I

Ah, mas o ex-prefeito de três mandatos, Pedro Celso Zuchi, PT (8.955 votos, ou 24,14% dos válidos), na sua quinta tentativa, perdeu. Mas, não foi derrotado. Perder é um simples resultado de uma disputa. Já derrota se trata de um processo que leva a perder a disputa. Quem notoriamente prejudicou Zuchi desta vez foi o PT, seu entorno, o antigo e o atraso daquilo que o partido defende, mas, principalmente, um desastrado governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT, o inventor de impostos contra a classe média classificando como se rica fosse. Não foi um processo, mas um ingrediente que o tirou da disputa. Este é para outro artigo.

Por isso, o tema deste artigo de hoje, até porque já desnudei isso por vários outros, incluindo o último antes das eleições de domingo, ABERTAS AS URNAS NO DOMINGO, HAVERÁ MAIS PERDEDORES DO QUE VENCEDORES. NO BRASIL O PT, A ESQUERDA DO ATRASO E LULA. EM SC AS ARMAÇÕES ILIMITADAS DE JORGINHO MELO. EM GASPAR, HAVERÁ APENAS UMA TROCA DE NOME AOS QUE JÁ ESTÃO NO PODER DE PLANTÃO. Há alguma dúvida sobre isto?

Então vamos adiante. 

Quais os únicos que foram derrotados nas eleições de Gaspar?

O político Kleber, o prefeito Kleber, a falta de resultados coordenados, coletivos e prioritários de Kleber para a cidade, as alianças de Kleber, as erráticas estratégias de Kleber, os discursos desconexos de Kleber, o caro marketing antigo de Kleber, as vinganças ilimitadas de Kleber para ninguém se desgarrar dele, temê-lo e com direcionadas punições, as escolhas improdutivas de Kleber, reiterada falta de transparência, a constante insegurança que transmitiu aos seus parceiros donos da cidade e por conseguinte, a Bancada do Amém que falsamente o protegeu nos seus erros táticos, bem como o novo prefeito de fato, o deputado Federal por Blumenau, e irmão de templo, Ismael dos Santos, PSD.

Repetindo: os únicos derrotados na eleição de ontem foram Kleber, o prefeito Kleber, a administração Kleber, as armações de Kleber, as…

Sem esta somatória de erros e equívocos, à vista de todos, advertidos por muitos, Paulo Norberto Koerich, PL, não teria sido criado – é esse o termo mesmo e pior, por quase todos que “criaram” Kleber. Sem esta somatória, não se teria criado e alimentado os mesmos discursos dos satélites como os de Ednei de Souza, Novo (1.051 votos, ou 2,83% dos válidos), e Oberdan Barni, Republicanos (551 votos, ou 1,49% dos válidos). Eles foram os inocentes úteis (e necessários) da eleição de Paulo. Eles apontaram os erros e equívocos. Paulo e Zuchi se usufruiram sem se exporem – e nada contra – da disrupção provocada por Ednei e Orberdan contra o governo de Kleber.

O VERDADEIRO DERROTADO II

Um irmão de templo do prefeito Kleber, disse-me ontem ao se saber dos resultados, que Deus “desamparou a cidade” e seu líder quando ela mais precisava dele. Exagero. Quase todos – e os resultados da eleição mostram isso claramente – estavam à espera de um milagre e ao mesmo tempo, de um livramento. O milagre não veio. Simples assim.

Um outro, nem ateu, nem tão religioso assim, mas fervoroso dependente do grupo que está no poder de plantão, queixou-se, do que ele rotulou ser uma ingratidão e uma vingança de um povo que não conseguiu reconhecer os “avanços” da atual administração de Kleber e o seu sucessor, o dançarino de partidos (PSD, Patriotas, PL e PP), Marcelo de Souza Brick (com os seus míseros 6.884 votos de ontem, apesar da máquina e amplo arco de partidos tradicionais na aliança, com seguiu apenas 18,56% na terceira desatrosa posição).

Reconhecimento? Só se reconhece aquilo que há de fato, ou aquilo que se mostra com competência como sendo transformador ou de utilidade para a comunidade. Kleber não falhou num (e falhou) , falhou clamorosamente na marquetagem também. Então reclamar do que, mesmo? Outra. Há vencedores, azarões e pés frios. Marcelo até hoje só ganhou uma eleição, a vereador (2012, ou seja faz tempo). Lá foi o mais votado. E fez fama. E serve de advertência para o “imbatível” Alexsandro Burnier, PL (expressivos 3.429 votos). Além de Marcelo, Alexsandro deve olhar para os os igualmente ex-campeões de votos como Ciro André Quintino, MDB, Francisco Hostins Júnior, MDB e hoje no PL, bem como Franciele Daiane Back, PSDB e hoje no MDB, todos de sua geração. 

Como escrevi no início, derrota é um processo. Perder é parte do jogo.

Retomando. De 2012 para cá, Marcelo perdeu todas nas urnas, a não ser a de 2020 onde os votos não foram exatamente para ele – ou não há como separá-los. De 2016 para cá, só em cargos comissionados, vivendo da boa aparência e do discurso fácil. E isto não é mais suficiente nos dias de hoje democratizado nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens, fatores fundamentais nesta eleições. Ainda mais, quando um governo já estava marcado para morrer

O maior derrotado do pleito de ontem, sem dúvida alguma, foi o político, o líder, o administrador, o prefeito Kleber Edson Wan Dall e seu poderoso, articulado, esperto, intimidador e ocupador de espaços MDB. Desta vez, nem a presidente da sigla, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, MDB, conseguiu a primeira reeleição. Quer algo mais sintomático do desastre de um governo e de um partido líder do processo do que isso? 

Esfarelou-se o projeto nascido lá em 2008 com um grupo de jovens, testado em 2012 e vitorioso em 2016, orquestrado pelos visíveis Fernando Neves, PSD e Carlos Roberto Pereira, MDB. Eles casaram política, templos e religião. O sagrado com o pecado. O MDB de Gaspar, que imitaria o passado glorioso do de Blumenau, mas que há várias eleições, nem vereador possui mais por lá, caminha celeremente para o seu desaparecimento, mesmo tendo se renovado, ou nesta eleição, contado com a ala histórica.

Kleber vai se recolher cada vez mais no seu sítio em Ilhota. Talvez se reinvente, mas longe do MDB e sob o louvor do deputado Ismael dos Santos, de Blumenau. Kleber apontou o dedo e queixas para uma fictícia oposição. Errado! Ele próprio foi situação e oposição (erros sistêmicos e centralização do nada), neste caso e nas eleições encerradas. Simples assim, Muda, Gaspar!

TRAPICHE

Está na fila para ser votado por estes dias na Câmara o Orçamento de Gaspar para o ano que vem. Ele é de R$510 milhões. O que chama atenção, além de ser uma peça de ficção? Ele nem corrige a inflação. O deste ano, é de R$508 milhões. Os vencedores poderiam, na equipe de transição, já olhar este assunto. 

E por que? Logo de cara no ano que vem terá que partir para a suplementação de dotações orçamentárias. Se não tiver uma base sólida para isso, começa a engronha, a barganha e o desgaste.

Gaspar vai “parar” até a posse do próximo governo. Por falta de ânimo? Também. Mas, principalmente, por falta de grana. Mais desgaste para o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB e o seu vice, Marcelo de Souza Brick.

E as pesquisas em Gaspar, heim? Ainda vou escrever sobre elas. Outra coisa certa. O PT está avisado que será surrado em 2026, se não mudar radicalmente a sua forma de ver o mundo pelo retrovisor com ampla insegurança econômica e jurídica. E o bolsonarismo, com esse ímpeto agressivo, igualmente Nas eleições Brasil afora no domingo, os resultados mostram claramente que o pêndulo voltou para o centro. 

Clima de velório na barrosa. A maioria dos comissionados, alegando horas a compensar, e depois de terem trabalhando muito no final de semama sem produzir resultados para seus chefes, faltaram agora pela manhã na prefeitura de Gaspar. Muda, Gaspar!

O Sine de Gaspar, tem vagas abertas. Exige-se qualificação. Os que terão que sair da prefeitura, o Sine é uma boa porta de entrada para o mercado de trabalho de verdade.

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7 comentários em “OS VOTANTES DE GASPAR DERROTARAM ESMAGADORA E SILENCIOSAMENTE KLEBER (E A BANCADA DO AMÉM) NAS URNAS. ESTAVA À VISTA DE TODOS NA CIDADE E NOS TEMAS CENTRAIS DOS COMENTÁRIOS DAQUI, POR ANOS AFIO. ERAM ADVERTÊNCIAS À FALTA DE RESULTADOS, AO DISCURSO VAZIO, AO ENFRENTAMENTO CONTRA OS CRÍTICOS, À FANTASIOSA LIDERANÇA E ARMAÇÕES POLÍTICAS A INTERESSES PEQUENOS”

  1. Pingback: QUEM DERROTOU KLEBER, MDB, PSD E PP EM GASPAR? A FALTA DE RESULTADOS, TRANSFORMAÇÕES SOMADAS À FALTA DE TRANSPARÊNCIA, EQUIPES EFICIENTES, LIDERANÇA POLÍTICA E ADMINISTRATIVA. NADA MAIS. TANTO QUE SE PEDIU PELO MILAGRE. E ELE NÃO VEIO - Olhando a M

  2. Vários pontos podemos destacar, mas o principal e mais humilhante: o galã não ganhar nem do PTrevas, foi feio demais.
    O Povo não aprovou arcos de flores nos postes e trevos, o mato que tomou conta da cidade, o Gaeco investigando este des governo, o secretário da educação xingando o colégio Honório Miranda, os binários que não resolveram nada, a retirada do ponto de ônibus da frente da Círculo, para amontoar as pessoas em um ridículo projeto de ponto de ônibus, as tubulações entupidas, a avenida do Jacaré afundada, o hospital enfermo, o naufragado parque náutico, o terreno da Furb, os comissionados que por “milagre de Deus” vão para Dubai, enfim dá para escrever alguns textões sobre esta péssima gestão. A soberba deste çabios é tão grande, que acharam que o povo iria esquecer de tudo e a vitória viria.
    Receberam o merecido: uma derrota humilhante.
    O MDB na UTI, definha, vive por conta de alguns vereadores eleitos.
    Sucesso aos vencedores, oremos a Deus sempre por nossa nação.

  3. A ESQUERDA TEM “DR” PARA FAZER, por Vera Magalhães, no jornal O Globo

    A força mostrada pelo bolsonarismo-raiz e pelas siglas do Centrão nas urnas neste domingo coloca diante de Lula e da esquerda a necessidade urgente de renovar suas lideranças, repensar suas prioridades e reavaliar a forma com que se comunica com o conjunto da sociedade, sob pena de uma disputa muito dura em 2026.

    Se é verdade que pleitos municipais não são termômetros exatos nem da avaliação de governos centrais nem das chances de partidos e lideranças políticas para dali a dois anos, ignorar os sinais também não é inteligente.

    Jair Bolsonaro, dois anos depois de perder a Presidência, um ano depois de ser declarado inelegível e prestes a enfrentar um acerto de contas com a Justiça pelas tentativas de golpe quando ainda no poder e, depois, no 8 de Janeiro, foi um padrinho mais eficiente do que as pesquisas permitiam antever.

    Mostrou força na reta final em cidades importantes, como Belo Horizonte e Goiânia e, mesmo tendo estado ausente o tempo todo em São Paulo, vai dar um jeito de dizer que Ricardo Nunes (MDB) só foi ao segundo turno graças à live de má vontade que fez na noite da última sexta-feira.

    Lula se vê diante de um cenário em que o PT disputa quatro segundos turnos em capitais, mas vai enfrentar uma pedreira em todos eles. Em dois, terá embates diretos com o PL. E, em São Paulo, se a inflamação Pablo Marçal desviou um pouco o foco da polarização stricto sensu, no segundo turno ela está posta e será a atração principal das disputas no país.

    Independentemente desses resultados, ficou evidente a desconexão da esquerda com segmentos inteiros da população, dos evangélicos ao empresariado, passando pelo enorme contingente de empreendedores individuais dos grandes centros urbanos que já tinham deixado claro que não querem saber do blablablá sindicalista dos anos 1980 que o PT tem a oferecer, mas agora berraram isso nas urnas eletrônicas.

    O que Lula vai fazer? Dar de ombros para esse clamor e deixar que marçais ainda mais ruidosos e dispostos a subverter a política conquistem o monopólio de interlocução com esse eleitorado, eminentemente jovem?

    O presidente do PSB, Carlos Siqueira, fez uma análise realista da encruzilhada vivida pela esquerda em entrevista ainda na tarde de domingo, quando atestou o desastre, por exemplo, da dificuldade de Lula e do PT de chamar a Venezuela do que ela é, uma ditadura acabada.

    A evidência de que muitos partidos que estão aboletados no governo inundaram campanhas por meio das emendas Pix e, agora, se preparam para aumentar sua representação na Câmara e, talvez, para dar adeus a Lula na disputa à reeleição também deveria ser um motivo de alerta máximo na condução da articulação política de agora em diante.

  4. SALDO NAS TRANSAÇÕES COM O MUNDO INSPIRA CUIDADOS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

    Com a sólida posição de reservas cambiais, de US$ 369 bilhões, e déficit ainda modesto nas transações de bens e serviços com o restante do mundo, as contas externas do país não são fator de instabilidade.

    De fato, mesmo com a queda nos preços das matérias-primas e a demanda interna que eleva importações, o saldo comercial está positivo em US$ 48,4 bilhões de janeiro a agosto deste ano.

    Para 2024, projeta-se resultado acima de US$ 80 bilhões, menos que os US$ 92,3 bilhões de 2023, mas ainda assim uma cifra importante para fazer frente a outras rubricas deficitárias.

    Nestas, há um rombo de US$ 78,8 bilhões. Estão nesse cálculo as chamada rendas primárias, como remessas para pagamento de juros e dividendos, além de outros serviços variados, como aluguel de equipamentos, propriedade intelectual e, cada vez mais, os chamados usos recreativos, como as bets.

    No conjunto da balança comercial com rendas e serviços, resta um déficit nas contas correntes de US$ 30,4 bilhões até agosto, ante US$ 13,5 bilhões no mesmo período de 2023. Com tendência de alta até o fim de dezembro, analistas esperam que se atinja algo em torno de US$ 40 bilhões, ou cerca de 2% do PIB.

    O rombo ainda é razoável, mas cabe o alerta de que a tendência não parece ser favorável. Problemas de financiamento podem se agravar caso haja necessidade de obter valores maiores do que 4% do Produto Interno Bruto.

    As exportações devem continuar elevadas, com expansão da produção e das vendas de petróleo, grãos e minérios. Entretanto as importações têm crescido mais neste ano, dado o descontrole do gasto público, que amplia a demanda interna.

    Historicamente os principais itens negativos eram as saídas para remuneração de investidores estrangeiros no país, na forma de juros e dividendos. Tais contas geram saldo negativo de cerca de US$ 49 bilhões em 2024, mas com relativa estabilidade.

    O foco de atenção agora são as remessas de certos serviços. Só neste ano, são US$ 14,7 bilhões para criptomoedas e itens recreativos, como streaming digital.

    Por ora, o país recebe grande fluxo de investimentos diretos (US$ 51,2 bilhões no ano). Mas a maior facilidade para realizar investimentos em outros países também deve ampliar remessas de brasileiros nos próximos anos.

    O ponto-chave é que o país não deve se pautar pela relativa tranquilidade externa, já que os fluxos podem se deteriorar rapidamente, ainda mais se houver incerteza na gestão econômica interna.

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