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OS POLÍTICOS DE GASPAR CONTINUAM CEGOS AOS VERDADEIROS PROBLEMAS DA CIDADE

Sábado para domingo, enxurradas. Alagamentos. Escoamentos comprometidos por todos os cantos da cidade. E no artigo de ontem em “Susto ou avisos? A Natureza mandou novos recados aos políticos e gestores públicos, investidores e à cidade“, relatei a despreocupação dos governantes, agentes públicos e investidores com o futuro das pessoas, incluindo a frequência e o grau de severidade das tempestades cada vez maior diante das mudanças climáticas na direta ocupação desordenada do solo no município.

Pois bem. Segunda-feira de sol, o que fizeram distintamente o lado marqueteiro do prefeito do Kleber Edson Wan Dall, MDB, e o especialista do nada Marcelo de Souza Brick, Patriota? Foram visitar obrinhas – uma marca peculiar do governo de ambos até agora -, como se estivessem numa disputa muito particular neste quesito, se comparado ao passado recente, passam vergonha.

Um gestor preocupado com a sua gente, o futuro e segurança dela e dele próprio como político que vai precisar de votos para provavelmente continuar político, a prioridade depois dos alagamentos causados pelas enxurradas – em chuvas que não foram tão fortes assim, mas apenas concentradas e acima da média em curto período de tempo – estaria nas ruas com seus secretários de Obras e Serviços Urbanos, de Planejamento Territorial e até o presidente do Samae, sim  ele, porque por aqui, a autarquia é responsável pela drenagem que mistura água pluvial com esgotos contra a saúde dos munícipes.

O grupo estaria nas ruas e becos olhando os problemas, conversando e dando a cara para o tapa aos pagadores de impostos, que tem suas vidas colocadas em risco, bens perdidos e que não dormem tão sossegados – diante das ameaças concretas – quanto seus políticos. Estaria estudando, preocupando-se para soluções técnicas, ou emergenciais e paliativas. 

Mas, não, preferiu-se a distância, o silêncio e o esquecimento numa demonstração clara porque foram fracassos de urnas, quando não correrem do pau para mostrar a força de influência no eleitorado daqui. Nem mesmo, ver o repetido perigoso desbarrancamento na cabeceira da ponte da Rua Barão do Rio Branco com a José Rafael Schmitt, aqui no centro se foi capaz (foto), para ver o que foi feito foi ineficaz ou com erros. E assim vai.

Foram – prefeito e vice – cada um ao seu tempo quando deviam estar lá juntos – ver escolas e CDIs em construção dizendo que vai abrir novas vagas. Vai e com muito atraso. Há filas nas creches e estão passando para o Estado, aquilo que é obrigação do município na oferta de vagas da educação básica. Sobre a abertura de vagas para a creche em período integral, aulas em período integral, contraturno, bilingue e melhoria da merenda feita de biscoito e chá, nem um pio na marquetagem que espalharam nas redes sociais ontem.

E esta gente continua nas ruas pedindo votos. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Ouvi a seguinte afirmação: a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, PT ou de Jair Messias Bolsonaro, PL, já estão precificadas pelo mercado. Discordo. A de Lula, ainda não, porque ele ainda não disse o que será diferente do que ele e Dilma Vana Roussef fizeram. 

No debate da Band, no domingo, eles praticamente se limitaram a falar do passado, tentaram limpar a barra suja de ambos e quase nada disseram sobre o futuro. Parece que não possuem planos.

A verdade é que haverá vencedores e vencidos no dia 30 de outubro, numa disputa que promete ser pau-a-pau, recheada de baixarias e que inibe às discussões sérias. Quem vencer será situação. Quem perder será “eleita”, sempre escrevi isso, para ser oposição, tão importante quanto vencer. É o tal contraponto responsável.

Entretanto, entre os perdedores, 80% serão imediatamente ou com o tempo, aderentes. Estes são perigosos não só para o país, mas principalmente, para os vencedores. Na verdade, os tais aderentes não merecem respeito. Possuem a marca do oportunismo e da traição no DNA deles. E no primeiro aceno de tempestades, pularão fora da barca se antes, não ajudarem nos furos.

Um vídeo que circula em Gaspar, mostra um menor, mas ao que parece eleitor, estudante que diz estudar na escola estadual Arnoldo Agenor Zimmermann, no Bela Vista, em Gaspar. Ele se diz perseguido e distratado pela diretora e por professores de várias disciplinas só, porque, segundo ele, teria demonstrado simpatia para a direita – será que ele conhece isso? – e por Jair Messias Bolsonaro, PL.

Confirmado, o caso é grave. Se não confirmado, é mais grave ainda com o uso de um estudante menor de idade para a produção de fake news. A secretaria de Educação estadual até agora está em silêncio para desmentir ou se explicar. O que é grave, também.

Luiz Inácio Lula da Silva, PT, cancelou a sua vinda a Joinville. Alegou que estará chovendo. Agora, fala sério: o que ele vem fazer aqui na reta final de segundo turno num colégio eleitoral que não vai fazer diferença no resultado final e onde o PT tradicionalmente não deslancha? Se ele não cuidar, prioritariamente, do sudeste e nordeste, terá problemas.

Em Santa Catarina, Jorginho Mello, PL, está com a batata quente na mão. Pesquisas que ele próprio exibe, mostram que ele tem menos votos do que Jair Messias Bolsonaro, PL. Ai, ai, ai.

O caro e “sofisticado” sistema eletrônico e de transmissão das sessões da Câmara de Gaspar voltou a mostrar, como um flash, o painel de votação dos vereadores nas matérias levadas a voto. Por outro lado, os computadores de última geração dados aos vereadores só servem para votação. Tudo ainda está sendo lido nos papelinhos, inclusive por jovens e que nasceram no meio digital.

A Oktoberfest da vizinha caminha para o fim. O que Gaspar fez para ser parte dela? Um tempo, até havia deboche criativo, como a Chuchopefest. Lembram?

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6 comentários em “OS POLÍTICOS DE GASPAR CONTINUAM CEGOS AOS VERDADEIROS PROBLEMAS DA CIDADE”

  1. Miguel José Teixeira

    Extraído do texto acima:

    “Luiz Inácio Lula da Silva, PT, cancelou a sua vinda a Joinville. Alegou que estará chovendo.”

    Huuummm. . .o orgulhoso semianalfabeto agora entende também de meteorologia?

    E, que fim levou o ex futuro governador catarinense, o porto-unionense Carlito Merss, que locupletou-se entre os PeTralhas da Manchester Catarinense?

  2. Bom dia.
    Hoje tem sessão plenária na Câmara municipal..
    Parece que irão votar nome de extensão de rua e orçamento pra Prefeitura.
    Toda semana os vereadores votam dotação e suplementação orçamentária, tira dinheiro de uma pasta pra TAPAR BURACO de outra.
    Então pra quê perder preciso tempo com isso?
    Será para garantir repasses e AUMENTO SALARIAL?

    SÓ PRA LEMBRAR A COMUNIDADE,
    Até agora o tal do COMITÊ da Câmara municipal, formado pelos vereadores Cléverson e Zilma e a AMPE,
    ENCARREGADOS DE RESOLVER A FALTA DE VAGAS EM PERÍODO INTEGRAL NAS CRECHES DE GASPAR, NÃO FEZ NENHUM MOVIMENTO..
    No dia da Formação do tal CUMITE não faltaram DISCURSOS E PROMESSAS!!!

    Ampliariam espaços já existentes,
    Comprariam VAGAS EM CRECHES PRIVADAS,
    FACILITARIAM A PARCERIA PÚBLICA COM AS CRECHES DOMICILIARES,
    ETC, ETC..

    Já o presidente da AMPE PROMETEU BUSCAR PARCERIAS COM OS EMPRESÁRIOS DE GASPAR pra que eles, os empresários construíssem creches nas dependências das empresas pra humanizar a maternidade 🥰🥰🥰

    Isso faz tempo, tá lá na folhinha de trás do calendário.

    Se alguém tem tocou no ASSUNTO depois disso?
    NÃO, SÓ EU 👀
    😥😔

    1. Excelente. Os políticos não suportam as lambanças das quais são protagonistas e não se envegonham nas narrativas que inventam para se dizerem que estão limpos

  3. gaspar fez sim sua parte para “aparecer” na oktober…dá uma olhada na quantidade de cones ao logo da estrada para tapar os buracos da chuva..está mais divertido ir até lá em zig zag do que parar pra fazer xixi na chuchopefest…ora pois..

    1. Impressionante. Ali na curva do Bela Vista e onde morava o saudoso Glauco Beduschi, há décadas o asfalto se desmancha devido um veio d’água

      Os engenheiros resolveram colocar mais uma vez cones. Outra vez vão tampar o veio d’água com data marcada para recolocar os cones na Anfiloquio Nunes Pires

  4. ERROS DE LÁ, ERROS DE CÁ, por Eliane Cantanhede, no jornal O Estado de S. Paulo

    Se a semana passada foi péssima para o presidente Jair Bolsonaro, esta começou mal para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e essa montanha-russa das eleições acirra os ânimos na reta final até o dia 30, com expectativa de mais fake news e jogo sujo. Muita calma nessa hora, minha gente.

    Especialista em dar tiro no pé e no peito, Bolsonaro fez feio no Círio (não Sírio…) de Nazaré, fez pior ainda em Aparecida e ele e seus seguidores não param de açoitar a Igreja Católica e pressionar fiéis evangélicos. E a agenda foi incompreensível. Comício no Recife um dia antes de Lula, que teve 66% de votos em Pernambuco? E a ida a Fortaleza, se Lula teve o mesmo índice no Ceará?

    Para fechar a semana, depois da “revelação” grotesca até de estupros de bebês em Tapajós (PA), feita pela senadora eleita Damares Alves, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (?), veio mais um de tantos vídeos aterrorizantes de Bolsonaro. Neste, o presidente fala que, numa motociata, “pintou um clima” com venezuelanas de 14 anos. Mundo cão…

    O tempo abriu para Bolsonaro no domingo, que começou com uma live tentando justificar o injustificável, evoluiu para a decisão, vejam só, do ministro Alexandre de Moraes tirando o vídeo sobre as adolescentes do ar e terminou com o presidente bem treinado para o primeiro debate do segundo turno, e com Sérgio Moro de troféu.

    Líder da campanha, Lula tinha tido bons momentos no Rio e em quatro Estados do Nordeste. Mas sofreu um revés com a decisão de Moraes, teve de ignorar a história das adolescentes, atrapalhou-se nas perguntas óbvias sobre corrupção e, pior, deu quase seis minutos de graça para Bolsonaro no horário nobre da TV aberta.

    Lula comeu muitos “s” e desperdiçou várias chances de reagir e atacar. Não lembrou que Bolsonaro teve os quatro piores ministros da Educação da história, nem que Nelson Jobim, o melhor ministro da Defesa até hoje, não é “companheiro” da esquerda e do PT.

    Também esqueceu as rachadinhas, 51 apartamentos comprados com dinheiro vivo, queda da vacinação contra a pólio e, na boa resposta sobre o Complexo do Alemão e os “traficantes”, não citou a condecoração da família Bolsonaro a um líder das milícias no Rio, depois morto pela polícia. São fatos.

    Diz o pragmatismo que, em debates, o empate está de bom tamanho para quem está na frente, mas o que está atrás tem de vencer, e por nocaute. Sei não. Em eleições polarizadas, nervosas, nunca é bom titubear em ocasiões decisivas. Debates passam, mas erros e acertos viralizam na internet, ao gosto do freguês, e chegam às urnas.

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