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O PP ENSAIA REBELDIA FAKE PARA NÃO PERDER NADA DAQUILO QUE NEGOCIOU NA ELEIÇÃO DE KLEBER E MARCELO

Passada a eleição de novembro de 2020, ficou evidente que o maior vencedor dela foi o PP de Gaspar no apoio que emprestou, mais uma vez, ao ex-arqui rival MDB, para reeleger Kleber Edson Wan Dall a prefeito. O maior perdedor desta última eleição, de fato, nem foi o MDB, mas o próprio Kleber.

Por que? Não vai terminar o mandato, corre o sério risco de não se eleger deputado, não é um dos apadrinhados do partido no diretório estadual – ao menos até agora – nesta corrida, e ainda vai ver no seu lugar, um ex-adversário “governando” aquilo que era de seu inteiro domínio e ganho no voto.

Mas, antes de prosseguir neste comentário, é preciso esclarecer os que não são tão afeitos aos meus escritos aqui, mesmo tendo isso como pauta em outros comentários anteriores. Para ganhar em Gaspar, o MDB uniu o sapo com a cobra outra uma vez – a primeira foi com Adilson Luiz Schmitt e Clarindo Fantoni – em 2003. Desta vez, com outras peçonhas.

O PP de João Leopoldino Spengler, José Hilário Melato e Pedro Inácio Bornhausen, desde que se armou a campanha de 2020 e antes de qualquer resultado das urnas, disse que não seria o sapo dessa história, onde a cobra engole o sapo.

Ela incluiu trazer para a chapa majoritária, exatamente para afastar à suposta ameaça da eleição de Kleber, Marcelo de Souza Brick, PSD, como vice. E embutiu à expressa promessa de ser prefeito a partir deste abril. Era a tal, mais vale um pássaro na mão do que dois voando…

De verdade?

O sapo nesta história toda até agora tem sido o próprio Marcelo.

Ele ainda não fez valer – e desde o início – que é a joia imprescindível desta coroa neste jogo de poder do MDB e PP, com os periféricos PSD, PSDB e PDT. Como dizia o ex-primeiro ministro do Brasil, Tancredo de Almeida Neves, “quanto a esperteza é demais, ela come o dono”. Se não se cuidar, um ou dois dos três, vai ser comido, e não vai ser o PP.

Sem militância e estrutura partidária para colocar a faca e o queijo na mesa, Marcelo ainda teme pelo pactuado com o MDB e PP antes das eleições. Está super quieto para não ser a causa de qualquer distrato desse pacto. Em suprema humilhação, até aceitou que um curioso vindo de Blumenau, pegasse a vaga de secretário da Educação reservada ao PSD de Gaspar e destinada ao professor Antônio Mercês.

De verdade, até agora, trouxe um amigo e colocou na Ditran. O resultado é desanimador para os do partido daqui.

A cobra deste jogo é, de verdade, o PP.

E por isso, tratou de delimitar o seu largo espaço nessa balaia. Para ceder o funcionário público – é agente de Trânsito licenciado – da vice-prefeitura a Marcelo, o PP exigiu que Luiz Carlos Spengler Filho, fosse o secretário de Obras e Serviços Urbanos. E assim foi.

Mais. Para cada vereador eleito, teria uma secretaria aos suplentes mais bem colocados. E assim foi e teve: a de Agricultura e Aquicultura; a de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda, bem como a de Assistência Social.

O PP é jogador, é matreiro e sentiu cheiro de enxofre no ar.

Ouviu a cotovia (Shakespeare) cantar uma suposta “reforma administrativa”. A alegação dessa suposição seria o baixo desempenho de seus secretários titulares. Então tratou de dissipá-la rapidamente.

O PP conhece o MDB tanto os seus antigos e os novos donos, conhece o que move o governo municipal, suas manhas, conhece Kleber e os “çabios” de paço, templo e família que rodeiam e blefam no jogo – onde muitas regras nem são bem conhecidas.

Esta pequena nota na seção TRAPICHE da quinta-feira passada, provocou um alvoroço dentro e fora do PP gasparense: O PP de Gaspar está em convulsão. Ameaça desembarcar na Câmara no apoio incondicional que dá a Kleber e principalmente a Marcelo de Souza Brick, PSD.

Lida, no meu aplicativo mensagens apareceu gente querendo que eu explicasse, outros dando mais detalhes, alguns incrédulos.

O PP de Gaspar, na verdade, fez três movimentos.

Primeiro, o de auto-defesa porque não quer ser atingido no status quo nas negociações em que ele não deu causa, ou não está participando, ou não concorda. Afinal, que negócio é este de produtividade dos secretários, se todos estão indicados por outras coisas, que não capacidade técnica e de resultado que não os políticos?

Segundo, pelo desgaste que está tendo no apoio a Kleber, dos seus “çábios”, inclusive do entorno familiar e religioso, na Câmara, não quer ser traído, menosprezado, ou desvalorizado por gente gananciosa e invejosa.

Terceiro, é que o PP tem um projeto próprio de poder nesta eleição e não quer abrir mão dos apoios tradicionais a seus deputados estaduais e federais – e até governador e senador que poderão não coincidir com o projeto de Kleber, Marcelo, MDB e PSD. Ou seja, desta forma continuará independente, forte e com identidade. Não quer se desfazer das cartas de negociação, ou de exercício do poder onde não elegeu o prefeito, mas é parte desta eleição e poder de quatro ano e não de 15 meses.

O único que destoa no PP no poder é o novato Cleverson Ferreira dos Santos, um braço fiel do templo, da Igreja de Kleber e que acaba de indicar o seu assessor legislativo Djonathan Custódio, como diretor de ETA e ETE, no Samae. Ao menos qualificação técnica ele possui para a área: é engenheiro químico.

Resumindo. O que o PP de Gaspar ensaia com a sua rebeldia, por enquanto fake e correndo o risco de perder as tetas? Que ele tem dois votos caixão e é capaz de influenciar outros – que estão com coceiras – nas votações na Câmara. Ainda não dá maioria, mas… pode incomodar e ser o início de rebeldia, principalmente para o sapo dessa história, o Marcelo que vai assumir a partir de abril, se Kleber pular fora da balaia.

O PP não quer ver o seu acordo ser minimamente desfeito. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Você sabe quanto a prefeitura de Gaspar pagou aos bancos de prestações, juros e correções no ano passado de dívidas contratadas no ano passado? R$11.122.783, 86.

Há pouco, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, com aval da Câmara de vereadores contratou mais outros R$30 milhões de empréstimos.

Enquanto isso, ainda mofa no governo do estado de Carlos Moisés da Silva, sem partido, os quase R$73 milhões do tal Plano 1.000 e que Gaspar não precisará retornar. Faltam projetos. Impressionante.

A foto-propaganda da futura e definitiva UTI do Hospital de Gaspar que a prefeitura distribuiu para a imprensa e a espalhou nas redes sociais, foi classificada por um técnico da área como a utopia em que vive os políticos diante do caos que é a Saúde Pública por aqui

O presidente do MDB de Santa Catarina, Celso Maldaner, esteve em Gaspar para a reunião regional do MDB para definir a corrida estadual. Saiu com a impressão que o partido está sem “gás” por aqui, apesar de ter pré-candidato.

Uma coisa Celso ficou sabendo: que o MDB regional não quer saber de apoiar Carlos Moisés da Silva, quer que os deputados mudem de ideia e da aposta deles, que é Antídio Aleixo Lunelli, prefeito de Jaraguá do Sul.

Não é a toa, que o prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, MDB, não apareceu na reunião. ele é Calos Moisés. A foto acima é do encontro regional em Timbó. Aqui, com Covid, Kleber Edson Wan Dall, apareceu na telinha.

O MDB daqui não era até então Antídio. Mudou. Só o ex-prefeito e presidente de honra do partido, Osvaldo Schneider defendia desde o início Antídio. Mas, debaixo dessa ponte vai correr muita água ainda e deixar muita gente presa nas tranqueiras dessa correnteza.

Os ex-prefeitos Pedro Celso Zuchi, PT, em campanha e Adilson Luiz Schmitt, sem partido, também em campanha, fizeram uma aposta sobre o resultado da eleição de dois de outubro deste ano em Gaspar. Dizem que é sentimento das ruas. Hum!

Quarta-feira é dia de ler coisas novas aqui e velhas em outros lugares. Acorda, Gaspar!

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