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O NOVO PREFEITO DE FATO DE GASPAR ABRE AS PORTAS NO GOVERNO DO ESTADO

Da esquerda para a direita: Jorge Luiz, Carlos Moisés e Ismael dos Santos

Enquanto foi prefeito de fato de Gaspar, o ex-secretário da toda poderosa secretaria de Fazenda e Gestão Administrativa, que talhou para ele na cara reforma administrativa e que aprovou sob polêmicas em 2017 na Câmara, Carlos Roberto Pereira, presidente do MDB de Gaspar, não conseguiu um canal de diálogo direto com o governador do estado de plantão.

Bastou sair da administração para o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, criar este canal.

E este canal está se dando com o atual prefeito de fato de Gaspar, o deputado evangélico Ismael dos Santos, PSD, de Blumenau, e que de lá ocupa com gente de Blumenau, postos chaves na gestão de Kleber, como a secretaria de Educação, a de maior Orçamento, com um curioso e aparentado, o jornalista Emerson Antunes.

O deputado que já se estranhou com o governador Carlos Moisés da Silva, sem partido, mudou de postura. E tudo pelo seu projeto político de eleição a Câmara Federal.

E ontem, Ismael levou e apresentou o novo dono da secretaria que era ocupada por Carlos Roberto, o também evangélico, Jorge Luiz Prucinio Pereira, presidente do PSDB de Gaspar e ex-chefe de gabinete do também evangélico Kleber com os votos não exatamente de Gaspar, mas do projeto político das igrejas evangélicas neopentecostais de Santa Catarina.

Numa ação coordenada, hoje o prefeito Kleber está dizendo e espalhando publicamente em vários influenciadores digitais que será candidato a deputado estadual em dobradinha com Ismael, rifando a atual representante, Giovânia de Sá, PSDB, de Criciúma.

Kleber não se elegerá exatamente com os votos de Gaspar, dos quais terá a maioria deles. Calcula-se em menos de um quarto do colégio eleitoral, ou seja insuficientes para lhe dar a cadeira na Alesc. Mas os terá, em maioria, dos evangélicos neste projeto de representação política das igrejas neopetencostais de Santa Catarina e que, a princípio, emprestará apoio á reeleição de Jair Messias Bolsonaro, PL.

E foi neste contraditório, pois o PL terá candidato a governador apoiado por Bolsonaro, o senador Jorginho Mello, que o deputado foi ontem no gabinete do governador Carlos Moisés.

Foi dizer que se tudo correr bem, o projeto dos evangélicos poderá ser total ou parcial também de Carlos Moisés.

E para isso colocou na mesa algumas questões de afirmação desse canal, segundo interlocutores que consultei, como “o de olhar melhor” por Gaspar, a que estava distante exatamente por falta de canais institucionais e de liderança, apesar de ter tido por quase três anos o seu Chefe Geral de Polícia e ex-secretário de Segurança Pública, Paulo Norberto Koerich, sem filiação partidária.

O que mostra o encontro de ontem e o anúncio de hoje de Kleber?

Que o vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, PSD, será uma peça decorativa neste jogo político predominantemente evangélico. Aliás, Brick até tentou abrir caminhos institucionais com o que seria o novo poder em Santa Catarina.

Marcelo levou Kleber para falar com o seu ex-chefe empregador e presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, PSD, que articulava a derrubada de Carlos Moisés via dois impeachments e uma CPI.

Dias depois, Júlio já não era mais presidente e estava embrulhado em coisa que responde até hoje na Operação Alcatraz e que já lhe rendeu até prisão. Acorda, Gaspar!

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