No MDB de Gaspar há pelo menos dois grupos dominantes: um é chamado de histórico e atua fortemente nos bastidores do governo Kleber Edson Wan Dall e o outro é o que de fato aparece e faz a gestão do poder de plantão. Este último possui a caneta na mão, mas ao mesmo tempo, sabe que não pode tudo.
E há ainda os bobos da corte que só puxam votos para ambos os grupos. Contudo, esta é outra conversa e para outra observação aqui.
O grupo que está empoleirado no governo Kleber fez alianças para vencer ao segundo mandato. Mas, depois de ganhar com 65,60% dos votos válidos, exatamente devido às alianças que fez, agora sonha em governar sozinho ou com menos interferência possível.
Como o bolo continua o mesmo. E isso sem considerar o compromisso assumido por Kleber com a sub-secional da OAB gasparense para diminuir o exagerado número de cargos comissionados no governo. Com mais parceiros coligados (PSD, PP, PDT e PSDB), as fatias desse bolo diminuíram para o próprio MDB. Assim, uma das tendências naturais seria o MDB cortar na própria carne a gula por espaços na barrosa.
Aparente engano. O MDB de Gaspar que está no poder quer cortar na carne, além dos coligados, mas é do próprio MDB histórico. Foi assim que gente graúda dos históricos – acostumada à espera e ao troco – resolveu colocar as barbas de molho para as manhas e artimanhas do grupo de novatos. “Estou olhando a maré”, revelou, pacientemente, um dos antigos.
E por quê?
O grupo de históricos foi pedir a titularidade de uma secretaria de ponta. Ouviu que ela já estava pedida pelos do poder de plantão. Balela! Jogo! E para não deflagrar uma “guerra” interna no MDB de Gaspar, optou-se, por “cozinhar o galo” em fogo brando para amarrar outros interesses. Inicialmente, a decisão foi por uma solução salomônica. Indicou-se um terceiro nome, sem domínio da área e disposto a ser rifado quando se chegar a um acordo entre os rivais emedebistas gasparenses.
Quem perde enquanto eles disputam nacos de poder sem compromisso com o resultado? A cidade e os cidadãos. Acorda, Gaspar!