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O DEBATE QUE NÃO HOUVE TROUXE UMA REVELAÇÃO POUCO REPUBLICANA CONTRA JORGINHO

O que a Globo convencionou chamar de debate, em Santa Catarina não passou de um programa onde os políticos perderam a oportunidade de se diferenciarem. Foi chato, em horário em que só uma maioria dos já decididos se dispôs a perder o sono até a 1h15 da madrugada. Trabalhador de verdade, se não estiver trabalhando neste horário, levanta-se cedo.

Aliás, a NSC está devendo a explicações sobre a afirmação dela de que 2,7 milhões de pessoas assistiram o debate (metodologia de medição, fonte e recortes). Decisivo para o resultado enfadonho do tal debate, foi o modelo. Ele é engessado e não permite o verdadeiro debate com a intermediação de um jornalista sagaz e inteligente. Possibilita apenas exposições de ideias. Mas, nem os candidatos, nem seus marqueteiros perceberam isto.

O único tom apimentado do encontro foi do promotor Ralf Zimmer, Prós. Sem proposta alguma, literalmente jogou merda no ventilador o tempo inteiro com três ou quatro clichês, que os repetiu o tempo todo. Estava ali para incriminar Carlos Moisés da Silva, Republicanos e Gean Loureiro, União Brasil. Aliás, para isso, fez até uma associação inédita entre os dois, quando se sabe que o grupo de Gean Loureiro foi o responsável pelos dois impeachments contra Carlos Moisés, para retomar na mão boba, o governo do estado e que as elites políticas, surpreendentemente tinham perdido nas eleições de 2018.

Ralf com telhado de vidro – agressão a ex-mulher e que foi lembrado no debate – foi o único que proporcionou o direito de defesa, dos múltiplos que foram pedidos e negados pela organização do encontro. Isto mostrou à despropositada virulência das suas acusações. O candidato Carlos Moisés, por outro lado, acusou-o de estar a serviço de Jorginho Melo, PL, que se passava de bom moço, até então.

Porque acossado por todos os lados – e estranho isso se todos os seus adversários dizem que Carlos Moisés não é mais adversário no segundo turno – o governador acusou Jorginho de tê-lo procurado para não renegociar um contrato de R$100 milhões (não explicitou se era por ano, mês) para R$50 milhões. 

Isto não passou despercebido por Esperidião Amim Helou Filho, PP. Ele pediu a Carlos Moisés detalhes e que não vieram. Mais tarde, Esperidião judicializou o assunto. É grave. Mais uma contra Jorginho e se não houver provas, perigosamente contra Carlos Moisés. E por quê. Estes tipos de assuntos normalmente são tratados sem testemunhas e as provas são difíceis de serem constituídas. São os tais acertos de bastidores. Entre políticos. Entre os mesmos interesses. E neste caso, deu errado, segundo Moisés.

Jorginho, por seu lado, está permanente exposto no caso das estradas federais. Como o “dono” do Dnit em Santa Catarina, as obras pouco avançaram. O governo de Jair Messias Bolsonaro, PL, a quem se junta em dobradinha, foi um carrasco com Santa Catarina. Jorginho foi contra o estado colocar dinheiro nelas para terminá-las diante do ínfimo orçamento federal. É público. É notório. E se isso não fosse pouco, mesmo tendo gravação de voz e vídeo disponível, Jorginho insiste como sendo mentira, a afirmação dele, que ele vá pedagiar as rodovias estaduais. Impressionante sinalização!

E neste mesmo tema também está exposto o governador Carlos Moisés. Cobriu um santo para descobrir outro. Se a iniciativa dele em colocar dinheiro para ter rodovias federais prontas, por outro lado, descuidou-se perigosamente da manutenção das rodovias estaduais. Em alguns locais, estão lastimáveis. Isto está pegando mais do que os R$33 milhões do conto que caiu na compra dos respiradores, onde diz ter recuperado uma parte e outra está bloqueada nos supostos intermediadores e fornecedores desses respiradores.

Gean Loureiro só fala nas tais duas mil obras dele como prefeito de Florianópolis. E daí. Não cita uma que fará em qualquer parte do estado, se eleito. Muito provavelmente será Capital, ou no entorno dela. Também não é capaz de apontar as fontes de recursos para transformar Santa Catarina num canteiro de obras.

Por fim, ficou claro também que, todos os candidatos que dizem representar, ou notoriamente representam correntes conservadoras, querem Décio Neri de Lima, PT, que agora se diz o candidato do amor,  como adversário no segundo turno. Todos sabem que com ele no segundo turno, a vitória conservadora seria como mamão com açúcar.

Para encerrar. No fundo, o que todos temem é a pesquisa do Ipec nesta semana. Não haverá mais tempo para correção dos rumos, a não ser inundar os aplicativos de mensagens com pesquisas falsas, como tem sido a práxis de alguns. Nos comités, todos possuem pesquisas de trabalho e que mostram onde eles estão de verdade. E não são as que circulam por aí.

TRAPICHE

Qual o candidato a deputado estadual do diretório do MDB de Gaspar que corre para o desaparecimento como partido como aconteceu em Blumenau onde se inspira? O vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, Patriota. 

Qual o candidato a deputado estadual do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, que está em distanciamento do diretório? O vereador Marcos Rosa, União Brasil. É uma aposta nos interesses das igrejas neopentecostais.

Pé frio. O grupo de riquinhos e empresários aproximou Marcelo de Kleber para ganhar a eleição sem adversários, está vendo o distanciamento dos dois; o mesmo grupo lançou Kleber a deputado estadual e viu a candidatura afundar. Apostou em Marcelo, mas está retirando-se de mansinho. 

Agora, por seu porta-voz, em aplicativos de mensagens, está apoiando apenas Ismael dos Santos, PSD, para federal, numa paga com a prefeitura. Com tantos revezes, quem deveria estar preocupado com esta apoio de última hora era o próprio Ismael.

Começou um processo de múltiplos interesses de contenção de danos na gestão Kleber e Marcelo para que não haja o estouro da boiada a partir da segunda-feira, como se prometia. Todos estão fazendo contas. E todos perdem se houver a limpeza prometida por Kleber nos cargos comissionados e de indicação de Marcelo.

Aliás, naquela listinha de obras que Marcelo divulgou que faria se eleito deputado, mas que não fez como vice-prefeito, faltaram muitas outras. E pegou mal. Faltou incluir o asfaltamento da rua discutido, por exemplo, na reunião de 22 de setembro no sítio do Wilsinho. Gente tonta.

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1 comentário em “O DEBATE QUE NÃO HOUVE TROUXE UMA REVELAÇÃO POUCO REPUBLICANA CONTRA JORGINHO”

  1. Sr. Herculano

    O vereador Francisco Hostins (MDB) agora é um comissionado como secretário da Saúde. Como político e para ter votos, ele mantém há anos um programa de rádio na Sentinela do Vale. Como servidor, ele tem expediente para cumprir. O que ele faz na hora do expediente? Programa de rádio com fins políticos. E pior leva outro comissionado que deveria estar trabalhando no mesmo horário. Gaspar, está descontrolada. Está sem liderança. Cada um olhando para o seu umbigo, contra a ética, moral, decência e a lei. Está na verdade, sem oposição capaz em defesa do mínimo daquilo que é comum a todos nós

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