Ontem em Gaspar, os políticos em campanha eleitoral para continuar naquilo que estão fazendo mal pela cidade, sem competência, liderança e mesmo assim gastando muito, passaram o dia investindo no marketing de ocasião, o do vitimismo e arrumando culpados que não eles próprios para as águas que mal escoaram pelos sistemas e tubos de drenagem que enterraram para essa finalidade.
Faltou pouco para dizer que os que moram aqui é que são os culpados e que as cobranças que fazem dos administradores e políticos, não possuem procedência. Pior: sob aplauso de correligionários.
Nas redes sociais que dominam como poucos à base de profissionais e especialistas que contratam de fora com o dinheiro público, ou seja, dos nossos pesados impostos, continuaram a culpar o volume de chuva – e foi mesmo alto para pouco tempo – e até, vejam só, o coitado do São Pedro, o nosso padroeiro, e o que teria a chave das nuvens para diminuir a culpa dos políticos e nos salvar das suas barbeiragens.
É de se perguntar se na prefeitura não há históricos dos volumes de chuvas e suas consequências; se não há por exemplo, gente especializada em hidrologia estudando este assunto diante do adensamento urbano e das mudanças climáticas cada vez mais com fenômenos severos? Político, não gosta de técnicos, como mostrei ontem com o desastre anunciado da área Ambiental.
Político, sabe que é muito mais vantajoso e mais barato – até porque isso não sai do bolso dele – contratar especialistas em marquetagem, propaganda e em enganação, do que buscar soluções robustas para a sociedade, a que lhes sustenta – não só no dinheiro, mas nos votos – diante de novos desafios provocados pelas mudanças climáticas, a ocupação desenfreada e não regulada do solo urbano – estas duas para atender exatamente a gula de votos e interesses pouco explicáveis.
E por quê disso? Muito pode ser ver na Câmara. Muito pode ser ver nas campanhas. Muito pode se ver nas entrevistas sem perguntas nas rádios daqui e de Blumenau. Muito pode ser ver na marquetagem que abunda entre nós.
A culpa é sempre do outro prefeito, do outro partido. Sempre são eles que fizeram, quando fizeram, de forma errada. O atual prefeito, seja ele quem for no plantão, sempre é um passageiro e tenta se arrumar para não depender mais dos votos naquilo que prometeu corrigir e não corrigiu, nem fez melhor do que os seus antecessores, a não ser na marquetagem.
ESCONDERAM UMA ROÇADEIRA QUE MAL COMPRARAM
Se não bastasse a propaganda para analfabetos, ignorantes, desinformados e seus fãs que estão todos empregados direta ou indiretamente numa máquina de empregos políticos, trabalha-se para esconder erros primários e graves contra a cidade, o cidadão e a cidadã.
O que está escondida num dos galpões da Arena Multiuso Francisco Hostins e que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, resolveu enterrá-la?
Um trator com uma roçadeira modelo 7635 acoplada, cara e “novinha em folha”. Está lá ficando velha sem uso. Três anos parada. Dinheiro dos gasparenses posto fora. Nenhuma solução. Nenhum culpado. Nenhuma troca. Vergonhoso. Isto é o que verdadeiramente “avança em Gaspar”.
Quem comprou errado? A secretaria da Agricultura e Aquicultura, de André Pasqual Waltrick. Ele já era o secretário no primeiro mandato de Kleber. E ficou lá, porque como candidato a vereador assegurou o emprego via o PP com a suplência 611 votos. Não pode ser mexido. Mesmo com fatos graves como esse. O que mostra também a conivência, ou a fraqueza de Kleber no governo para com os erros da sua equipe contra a moralidade e eficiência do serviço público, contra os cidadãos.
Pior todos tiveram três anos para dar soluções e não construíram – ou disfarçaram, que sempre acontece nestes casos – nenhuma saída até agora.
A máquina foi comprada para roçar as laterais de ruas es estradas. Excelente. Precisamos. Já começa que isto nem deveria ser da secretaria de Agricultura, mas a de Obras e Serviços Urbanos, que também é tocada pelo PP do ex-vice de Kleber, o funcionário público (concursado na Ditran e ex-vereador) Luiz Carlos Spengler Filho.
O que se comprou? Uma roçadeira de grama, para terrenos planos. E as nossas laterais das estradas são todas elas irregulares, algumas até em barrancos. A que devia ser comprada é as das fotos abaixo. Não a que está no pátio e nas fotos acima. Impressionante o primarismo dessa gente e forma como lidam com o problema. Acorda, Gaspar!
Esta sequência de fotos mostra o que e como faz a roçadeira acoplada que deveria ser comprada, e na direita, a limitação da que foi comprada e está sem utilidade e parada
TRAPICHE
O que adianta comemorar o Dia Internacional da Mulher, via assessorias e marquetagem, quando temos autoridades, governantes e políticos sexistas, em todos os cantos de todos os governos e partidos? Inclusive entre os jovens, como o caso mais notório e recente do deputado paulista Arthur do Val, Podemos e MBL.
Exagero? Então qual a razão das cotas? Ah, mas nas empresas há também. Há! Então está claro que é uma questão de educação, esclarecimento, aceitação e cultura. Simples assim. Ah, mas isso demora. Vai demorar muito mais se continuarem estes questionamentos. Eles são propositais, tem método e os são para o atraso.
Os bolsonaristas de Gaspar estão focados na não exigência do passaporte vacinal e o não uso de máscaras em qualquer lugar, coisas que naturalmente, devido a vacina que são contra, já estão sendo superadas.
Estranhíssimo! Deveriam estar focados em buscar um candidato – que os represente e lhes dê voz na Assembleia – e votos para a sua causa. Os bolsonaristas de Gaspar ainda não aderiram a Ivan Naatz, PL, e ele e o vereador Alexsandro Burnier, PL, sabem disso.
A foto da semana. A vice-governadora Daniela Cristina Reinehr, PL, bolsonarista, está publicando nesta semana uma série de fotos homenagem a Semana da Mulher. E quem apareceu numa delas? Ofélia Campigoto, petista roxa. Ou seja, as duas faces da mesma moeda.
Fotos da história da família. Depois de várias derrapadas, o deputado em exercício e ex-prefeito por três mandatos, Pedro Celso Zuchi, PT, levou os netos para uma sessão descontraída de fotos no seu gabinete na Alesc. Isto foi no sábado. Ou seja, fora do expediente.
O governador Carlos Moisés da Silva, sem partido, deverá se filiar ao Republicanos. O empresário Luciano Hang, que vinha relutando a isso, ao PL. Já o senador Dário Berger, que saiu do MDB, vai para o PSB.
Depois de dois acidentes no final de semana e falta de sinalização, foi refeita ontem e devidamente sinalizada, a lombada da Rua Nereu Ramos, em Gaspar, próximo ao templo da Assembleia de Deus.
Quem está deixando o Podemos é o camaleão Paulinho Bornhausen. A família originária da UDN e Arena – na ditadura militar – viu o pai liderar nacionalmente o conservador e direitista PFL. Ele próprio tinha sonhos de ser governador pela legenda. Mas, num cavalo de pau, virou “socialista” e se integrou PSB.
A causa da saída de Paulinho do Podemos? É que o partido vai estar com o governador Carlos Moisés da Silva na campanha deste ano. Ao menos até agora.
Enquanto isso, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, PSD, que até se ensaiou candidato ao governo do estado, lançou a sua mulher Fabiana Matte Rodrigues, a Assembleia Legislativa.
Agora é de se perguntar: o que mesmo foi fazer Kleber Edson Wan Dall, MDB, lá em Chapecó, gazeteando um dia de serviço aqui? Kleber tem que sair eleito com os votos da região de Blumenau e não do Oeste. Acorda, Gaspar!