Começou o jogo da política pequena e exatamente devido à falta de propostas transformadoras para a cidade, seus cidadãos e cidadãs. E os políticos estão mais uma vez jogando para as torcidas. Estão enganando os analfabetos, ignorantes e desinformados. Eles estão animando seus fans clubes de fanáticos, os que estão pensando em se dar bem e os que não enxergam além da bolha deles. Este é o retrato da pobre disputa de poder e com ajuda do voto de todos nós na livre da democracia.
No lançamento da sua pré-candidatura de Gaspar, está gravado e rodou nas redes sociais petistas e principalmente na dos opositores, o ex-prefeito por três mandatos em quatro tentativas, Pedro Celso Zuchi, PT, afirmou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT, “enviou para Gaspar no ano passado, mais de R$70 milhões”. Ulalá! E aproveitou para “perguntar” o que foi feito com esse dinheiro todo numa cidade cheia de problemas. E qual a intenção? Claramente para criar clima, beneficia-se, desqualificar o que está aí e quer continuar no poder de plantão.
Primeiro, a afirmação possui também duplo sentido. E é aí é que mora o perigo e a esperteza, aquela que “quando é demais engole o próprio dono“, como sempre alertava o ex-primeiro ministro do Brasil, Tancredo de Almeida Neves. Houve quem dissesse que ela foi tirada de contexto. E se isso aconteceu, o PT e nem Zuchi a colocaram no contexto. Ao contrário, arrumaram argumentos para justificar o que está fora de contexto.
E ela, do jeito como foi feita e não explicada, leva à conclusão de que se trata de recursos extras para obras, desenvolvimento, investimentos e infraestrutura – como a ponte do Vale que o governo Lula e Dilma fez e pagou R$40 milhões na gestão de Zuchi e que quase nada custou aos cofres da prefeitura de Gaspar naquela época, quando dependíamos da velha e doente Ponte Hercílio Deecke para chegar ao lado esquerdo do Rio Itajaí Açú e acessar a BR-470.
Não é. Conforme tentou explicar o vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, na Câmara, depois de cobrado pelo governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e aqui neste espaço, pois a imprensa outra vez ficou quietinha. Esta suposta montanha recursos federais são aqueles que o governo federal, e não o presidente de plantão – seja ele do PT, do MDB, do PL ou outro partido qualquer -, é obrigado a mandar para cá, por determinação constitucional e leis em vigor. São na sua parte, repasses obrigatórios ou de programas que o próprio governo federal – neste ou em outros – criou que as pessoas acessam porque são elegíveis a eles.
Voltando.
Se o presidente ou a máquina governamental não mandar para cá e todos os outros municípios brasileiros – ressalta-se -, não só corre o risco, mas será cassado. Simples assim. Outra, como mostra a ilustração de abertura deste artigo e está no próprio site governamental são “ações do governo federal” e não do governo Lula a quem Zuchi quer se apropriar como bondade diferenciada. Também mais simples assim!
LEVE E SOLTO ZUCHI ESCOLHEU UMA CASCA DE BANANA PARA ESCORREGAR NO OUTRO LADO DA RUA
Segundo. Precisava o experimentado e calejado ex-prefeito de 72 anos passar mais esta vergonha, dar atestado de criador de factoides e mentiras em plena pré-campanha? É cedo demais. É brincar com o perigo. E esse perigo existe de fato ao seu entorno conjuntural e explico mais adiante.
Precisava. É uma prática partidária do PT, da esquerda do atraso e da forma de comunicação marqueteira dos candidatos, políticos e governos de uma forma em geral, em qualquer parte e partido no Brasil, mesmo correndo risco da reversão de este tipo de exposição contra eles próprios. Mesmo assim, com exemplos ao redor e na história, tomam o risco.
E este risco só aumenta nos dias de hoje. É que a comunicação é aberta e incontrolável – inclusive na falta de ética – nas redes sociais e aplicativos de mensagens, mesmo com todos os ajustes que vêm fazendo a Justiça Eleitoral para controlar este tipo de abuso.
É o que se vê em Brasília neste momento. É de lá que vem o exemplo.
As pesquisas mostram que esse tipo de enganação, arrogância, incapacidade para conciliar e dialogar do PT – seja na oposição ou no poder -, é latente, é unilateral, é panfletária, é ideológica. Enfim, é um modo de ver o mundo e governar ao seu jeito com discursos provocativos e atitudes contraditórias. São defensores da democracia para chegarem ao poder, mas, ao mesmo tempo, incrivelmente, estando lá, apostam nas ditaduras de Nícolas Maduro (Venezuela), na de Daniel Ortega (Honduras), Miguel Diáz-Canel (Cuba), Vladimir Putin (Rússia)…
Tanto que a popularidade bem como o jeito de governar do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, está despencando nas pesquisas perante os brasileiros em qualquer instituto que vem fazendo este acompanhamento. E tende a piorar, se Lula, sua Janja e o PT não reverem esta tática manjada, para ao menos, enganar e salvar as eleições municipais dos seus aliados em seis de outubro deste ano.
Ontem, por exemplo, saiu mais uma pesquisa do Datafolha, na cidade de São Paulo. Ela retrata bem o que descrevi acima e a razão pela qual o candidato de Lula, colado na imagem do deputado Federal Guilherme Boulos, Psol, com a ex-prefeita petista Marta Suplicy, reinserida novamente no PT, está despencando e fez o atual prefeito, muito criticado e mal avaliado até então, Ricardo Nunes, MDB, ter esperanças reais de se reeleger.
Ou seja, o PT do palanque é um. O que vence, vai ao governo é outro e atrapalha ele próprio. Olha só a novela desta semana dos dividendos da Petrobrás, revelando-se briga de gente grande, dentro do próprio governo. E a demissão de um conselheiro independente da Vale? Outra revelação da interferência indevida do governo nas empresas e no mercado. E para atrasá-las na competitividade mundial e lhes trirar a governança e transparência. Incrível!
E quando no poder, o PT usa a caneta para impor, empregar, aparelhar, patrulhar, atrasar-se no tempo e na competitividade. As suas ideias ultrapassada que se escudam na dependência social do cidadão do estado, faz o país perder janelas de oportunidades e exerce o que é a sua especialidade: a de se vingar dos bem sucedidos. Em Gaspar foi assim. Eu sou um exemplo disso porque me neguei a ser um cordeiro abatido e preservei, à base desse sacrifício, este espaço plural, de debate e até erros para contrapor os poderosos de plantão e suas armações ilimitadas.
ZUCHI APOSTA NUM PASSADO E NÃO NUMA MUDANÇA DA CIDADE PARA O FUTURO E O CIDADÃOS
Zuchi, neste caso desta entrevista, foi mal orientado pelo PT de Gaspar, ou ouviu conversas e foi nelas, catando números fantasiosos. Ou então, pior: está sinalizando que está acima de todos, inclusive do PT e vai governar do seu jeito, criando embaraços para todos, num quarto mandato. como faz Lula atualmente.
Zuchi deve pedido de desculpas públicas para não começar errando antes mesmo da campanha que, repito, e escrevo há tempos, não vai ser fácil para o PT daqui diante de todas as circunstâncias que estão sendo criadas contra o partido – e seu entorno de poder no plano nacional. Mais, do que isso: Gaspar é um reduto eleitoral conservador – como mostram os boletins do TRE.
Quem está criando esta dificuldades não é nenhum adversário de Zuchi por aqui: é Lula, é o PT, é um governo cheio de contradições e com marcas reais de atraso, incluindo a estatização ou declarações fora de contextos como a que fez esta semana contra o inevitável, a Inteligência Artificial.
E por que o PT e principalmente Zuchi está tão folgado assim? Porque o PL daqui está tão igual o PT: brigando entre eles próprios diante de uma possibilidade real de ser governo em Gaspar. Se continuar assim, dar chances para um terceiro entrar nesta parada, como mostram as pesquisas. E não é do governo Kleber a quem Zuchi atacou. E olha que não estou colocando neste rol, a sensação de aumento da corrupção que exala do velho governo Lula.
O nome de Zuchi pode até aparecer nas pesquisas na frente, afinal, ele foi três vezes prefeito de Gaspar. É obrigatório este recall. E quem o sucedeu se vendeu como o caminho do paraíso. Entretanto, levou a cidade à beira do inferno. A direita está usando o fato de Zuchi estar na frente nestas pesquisas de trabalho dela – pois nenhuma foi registrada para divulgação como determina a legislação eleitoral em vigor -, apenas para assustar e compor com os mais fracos no campo do conservadorismo. Quer se estabelecer num quase plesbicito: a esquerda, a direita e o julgamento de Kleber e Marcelo.
Também já escrevi, que quanto mais Zuchi usar o Lula como referência, mais Zuchi se enterra. Usou – e com abuso, achando que não seria pego – e deu no que deu.
Coloco a fonte que deu origem à fala de Zuchi. É para a análise dos leitores e leitoras. Só em duas rubricas, o governo federal – e não Lula – mandou para Gaspar no ano passado, como repasses obrigatórios mais de R$90 milhões – R$70 milhões na educação e R$23 milhões na Saúde.
E se contar o que o governo pagou em outras contas como Bolsa Família – uma amostra de que a cidade possui um alto índice de pobreza, a conta vai longe. Até o suporte da unidade do Instituto Federal de Santa Catarina, no Bela Vista – dinheiro que não passa pela prefeitura como o do Bolsa Família -, o vereador Dionísio botou nas contas como “ajuda do papai Lula” para Gaspar. Épracabá.
E antes de encerrar. O enfrentamento ao PT, ao Dionísio e a Zuchi ficou por conta do ex-petista e atual líder do governo Kleber na Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB. E a Bancada do Amém, onde estão onze (MDB, PP, PDT, PSD e PSDB) dos 13 vereadores, caladinha. Sintomático. Acorda, Gaspar.
Acesse o link e confira você mesmo como o PT encontrou os milhões que vieram para Gaspar, como se todos esses recursos tivessem passados pelos cofres da prefeitura ou como se fosse um ajutório pela bondade do Lula ou do PT. Consulta Recursos Transferidos | Portal da Transparência do Governo Federal (portaldatransparencia.gov.br)
TRAPICHE
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, foi a Blumenau falar dos 90 anos de Emancipação que se comemoram na segunda-feira. Ao “Informe Blumenau”, Kleber não escapou das perguntas sobre política e como ele vai liderar o processo eleitoral em Gaspar, um prefeito de dois mandatos. A primeira coisa é que ele gaguejou naquilo que deveria estar convicto. Segundo: ficou claro que o governo de Kleber não tem sequer candidato.
Nada como um dia após o outro. Kleber Edson Wan Dall, MDB, lavou a minha alma mais uma vez. Jurou que a coligação MDB, PP, PSD, PDT e PSDB está mantida e mais firme do que nunca. Que o vice dele, Marcelo de Souza Brick, recém chegado ao PP é pré-candidato. Mas, que o vereador Ciro André Quintino é também o outro pré-candidato do MDB de Kleber, do governo e dessa coligação. Mas, o impasse é que ninguém quer ser vice. E nenhum por causa da imagem do governo, é competitivo, segundo se sabe nas próprias pesquisas dos partidos.
Se a coligação está mantida e mais firme do que nunca, qual a razão para o PP estar alugando o PL de Bernardo Leonardo Spengler Filho, Rodrigo Boeing Althoff, Jorginho Melo, Alexsandro Burnier e colocando goela abaixo o delegado Paulo Norberto Koerich, no lugar do natural Rodrigo Boeing Althoff e que permitiu tudo isso, devido ao seu sumiço, como candidato? Por que o PP está escolhendo a vereadora Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, PP, como vice numa suposta coligação do PL com o União Brasil e o Novo?
Se a coligação está mantida, a Mara vai sair doi PP? É isso? E se ela não sair do PP e o PP de Pedro Inácio Bornhausen, de Clarindo Fantoni, do vereador mais longevo, José Hilário Melato, cheirando poder como sempre, se coligar com o PL, onde o vice Marcelo de Souza Brick, que já liderou pesquisas de intenções de votos – e tinha até ficha assinada no PL – e hoje por estar associado ao governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, se embola na rabeira das pesquisas dos partidos, vai parar? De volta ao PSD depois da aventura que fez no Patriota onde foi candidato a deputado estadual?
E o PSD do novo prefeito de fato, irmão de templo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, deputado Federal Ismael dos Santos, de Blumenau, como ficará nesta história toda? Quando o vereador Giovano Borges, presidente do partido em Gaspar, espelho de Marcelo de Souza Brick, anunciou que estaria na coligação que Kleber diz estar mais firme do que nunca, o diretório de Florianópolis o desautorizou. Desconforto. Panos quentes. Giovano recolheu-se e até retirou a sua pré-candidatura que fazia para reserva de vaga.
Então esta coligação tem fissuras. E não é coisa pouca. O PDT – de espetro de esquerda numa coligação de tons conservadores – aguarda instruções e está olhando a maré para lançar a boia da salvação. E o PSDB, do presidente Jorge Luiz Prucino Pereira, irmão de templo e muito próximo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, é uma incógnita. Jorge foi pego em conversas cabulosas e teve que pedir para sair da mais importante secretaria, a de Fazenda e Gestão Administrativa.
Outra. O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, na mesma entrevista, e que pode ser ouvida abaixo neste trecho específico deste comentário, disse que o governo dele tem muito o que mostrar para dar continuidade ao que fez ou vem fazendo. É aí exatamente que está exposto o seu Calcanhar de Aquiles. Se fez, comunicou mal. E com marquetagem abusiva das redes sociais e imprensa sob completo domínio.
O que o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Luiz Carlos Spengler Filho e Marcelo de Souza Brick, ambos do PP, não comunicou, está aí na boca do povo: falta de vagas nas creches, postos de saúde, policlínica, hospital sob intervenção municipal e com sérios problemas de atendimento e transparência; falta de professores nas salas de aula, manutenção da cidade pífia, aparelhamento por curiosos em pontos chaves da administração, falta de transparência em quase tudo e por fim, o mato que tomou conta da cidade e cuja limpeza começou na semana passada, só no quadrilátero central para as comemorações dos 90 anos da cidade. Acorda, Gaspar!
Os funcionários públicos efetivos, contratados e comissionados da prefeitura e da Câmara em Gaspar, bem como secretário, prefeito e vice, e os vereadores vão ter um reajuste de 3,82% e um aumento real de 0,18%, para inteirar os 4%. O Vale Alimentação passa de R$620,00 para R$750,00.
Não adianta. A área de comunicação e tecnologia da Câmara de Gaspar, mesmo deslocando mais verbas para ela, continua trabalhando contra a transparência e os próprios vereadores. A sessão do dia cinco de março, por exemplo, estava desaparecida do site. E quem assiste as sessões, ouve apenas os vereadores falarem de imagens que não mais aparecem para o distinto público. Um tipo de maquiagem a favor do poder de plantão.
O “Alô Saúde” de Gaspar, recém implantado, está atendendo em média 46 chamadas a cada 24 horas. O número está num press release da própria prefeitura para “comemorar” o sucesso dele. Ou seja, não inventei este número.
Entende-se, diante de tal baixo número, o desespero do governo e dos políticos que o rodeia em propagandear o “Alô Saúde” como “mágico”. É para este serviço de atendimento e triagem à distãncia pegar. E qual a razão disso? Tirar gente aglomerada em filas de postinhos, policlínica e principalmente, do Pronto Atendimento do Hospital de Gaspar. Aglomerados e reclamando são um perigo para os candidatos do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PP, em ano de campanha eleitoral.
Um sinal preocupante de como será a campanha. Circulou freneticamente nos aplicativos de mensagens, esta semana, um vídeo onde o ex-secretário Jorge Luiz Prucino Pereira, presidente do PSDB, com celular no ouvido, procura uma imobiliária no centro de Gaspar.
Outro sinal preocupante. Empresas pegas ontem no pulo do gato por operações em Blumenau e Indaial, andaram participando de licitações também em Gaspar. Aqui há uma diferença. O que pega lá. Não pega aqui. É o tal corpo fechado do poderosos nas nossas instituições. E faz anos. E a conta está chegando, mas nas urnas. Acorda, Gaspar!
7 comentários em “NÃO TEM JEITO. O PT DE GASPAR É TÃO IGUAL AO PT DE BRASÍLIA. OS 70 MILHÕES QUE ZUCHI DISSE QUE LULA MANDOU PARA CÁ EM 2023, UM PRESIDENTE “ZÉ DAS COUVES” ESTARIA OBRIGADO A MANDAR TAMBÉM. OU ESTARIA CASSADO”
Pingback: O PL DE GASPAR TROPEÇA NAS PRÓPRIAS PERNAS. DA IMPOSIÇÃO DE NOMES, PESQUISAS EXCLUINDO PRÉ-CANDIDATOS E ATÉ GENTE QUE PERDEU LUGAR CATIVO SE EXPLICANDO A RAZÃO DO SUMIÇO - Olhando a Maré
O MUSEU DAS IDEIAS, por Willian Waack, no jornal O Estado de S. Paulo
O Palácio do Planalto virou hoje o principal pavilhão de exposições do parque jurássico de ideias. São aquelas que foram testadas e derrotadas pelos fatos, e nas quais se insiste acreditando que o problema com as ideias (estatismo, por exemplo) não era de mérito, mas de dose (pouca).
Por esse motivo tem sido tão frequentemente aplicada aos inquilinos do Planalto a frase “Nada aprenderam e nada esqueceram”. Ela capta o fato de que, mesmo diante de grandes acontecimentos de resultados evidentes (como o desastre econômico ao fim da era petista), alguns indivíduos e regimes não conseguem aprender com erros passados.
O presidente Lula é a figura-símbolo hoje do que a Economist chamou recentemente de “ancien régime”: um conjunto de forças políticas e instituições lutando para se manter donas do poder. Esse “velho” sistema está se recuperando, resistindo e vencendo, assinala a revista.
Por isso não se pode atribuir apenas ao presidente os impulsos intervencionistas em relação a estatais ou empresas já privatizadas. É muito mais amplo do que o PT o conjunto de forças políticas empenhadas em transformar nacos da máquina do Estado e empresas estatais em ferramentas na defesa de seus interesses privados setoriais ou regionais. Sempre foi assim com a Petrobras.
No caso dos ataques à governança de Vale e Eletrobras, porém, o motivo não está apenas no “dirigismo estatista do PT” ou no rancor pessoal de Lula com privatizações. O poder público perdeu qualquer capacidade significativa de realizar investimentos vultosos (ferrovias ou “utilities”, por exemplo). De onde vão sair recursos para tocar obras que geram mais negócios e têm grande impacto em regiões e bases eleitorais, senão das privatizadas?
O curioso é que as ideias retrógradas na ala ideológica no Planalto e seu conluio com o mosaico de forças políticas e seus interesses particulares produziram situações nas quais se cancelam mutuamente, como demonstrado nos detalhes da luta intestina pelo controle da Petrobras – colocando em campos opostos ministérios “fortes”, conselho e diretoria da empresa, criando notável confusão e péssimo ruído para investidores de todo tipo.
Terremotos geopolíticos recentes expuseram mais uma vez mundo afora a falsa dicotomia entre “mercados” e “Estado indutor”, um dos destaques no pavilhão de ideias jurássicas no Planalto. O que esses mesmos acontecimentos ressaltam é a importância de estratégias políticas que aprenderam com erros do passado e se adaptam constantemente às condições presentes.
É coisa bem diferente da atual politicagem.
A ‘NEFASTA INFLUÊNCIA POLÍTICA” NA VALE, editorial do jornal O Estado de S. Paulo
Se ainda restava alguma dúvida sobre o objetivo da gestão Lula da Silva de tomar de assalto as grandes empresas brasileiras para bancar seus projetos delirantes, a carta-renúncia de um conselheiro independente da Vale a sepultou definitivamente. Não que fosse necessário, porque o País ouviu do próprio Lula que seu objetivo é submeter as empresas ao “pensamento do governo”. Para ele, as políticas sociais, e não o lucro, é que deveriam balizar os investimentos do mercado – aquele que, segundo o demiurgo petista, “não tem pena das pessoas que passam fome”.
Alegando considerar sua presença como conselheiro independente “ineficaz, desagradável e frustrante” diante da ostensiva manipulação do processo de escolha do novo presidente da Vale, o conselheiro José Luciano Duarte Penido pediu para sair, apesar de ainda ter mais de um ano de mandato a cumprir. Penido, um executivo experiente, com passagens em grandes corporações, foi contundente ao condenar as pressões do governo para colocar na direção da Vale um preposto de Lula.
“Apesar de respeitar as decisões colegiadas, a meu ver o atual processo de sucessão do CEO da Vale tem sido conduzido de forma manipulada, não atende aos melhores interesses da empresa e sofre evidente e nefasta influência política”, declarou Penido em sua carta-renúncia. Não houve referência direta a Lula, mas nem precisava: até os office-boys da companhia sabem do que se trata.
É notório o interesse de Lula da Silva em infiltrar um feudatário na Vale e fazer dela uma financiadora de seu, em suas próprias palavras, “pensamento desenvolvimentista”. Há meses o nome de seu fiel escudeiro e ex-ministro Guido Mantega circula como seu preferido. O mesmo Mantega que presidiu o conselho de administração da Petrobras na segunda gestão petista, em que a companhia amargou o maior endividamento do mundo – e isso não é força de expressão – ao ser colocada a serviço do lulopetismo desvairado.
A interferência do governo na Petrobras, embora deletéria, é rotineira, e está longe de se circunscrever ao mandarinato lulopetista – basta lembrar das diversas vezes em que o governo de Jair Bolsonaro trocou a direção da Petrobras até encontrar alguém que obedecesse às ordens do capitão. Isso acontece porque, apesar da grande participação do capital privado, a empresa, na prática, é controlada pelo governo.
Já a Vale, privatizada em 1997, tem mais de 90% de seu capital em mãos privadas. Além disso, é uma corporation, ou seja, seu capital é diluído e nenhum dos acionistas tem mais de 10%. Logo, nesse caso, a interferência de Lula é pura truculência, derivada de sua certeza de que, privadas ou estatais, todas as grandes empresas brasileiras devem ser caudatárias de seu populismo, ameaçando todo o setor produtivo nacional.
Lula dá reiteradas demonstrações de que não admite ser contrariado em seus objetivos intervencionistas. Está absolutamente convencido de que o Estado paternalista e dirigista é a solução para o País. Por isso vê com tanta naturalidade a utilização do caixa de estatais para projetos que, muitas vezes, nada têm a ver com a estratégia dessas empresas. E se as estatais e empresas mistas não são suficientes, que os tentáculos do Estado se prolonguem em direção às empresas privadas.
Longe de ser classificada como uma política de convencimento, a tática que vem sendo adotada pelo governo é a de domínio hostil, com o uso do poder do Estado como mecanismo de pressão. Tem sido assim na Vale e na Eletrobras, por exemplo.
É bom recordar que os problemas que a Petrobras enfrentou no passado recente não foram consequência somente da corrupção lulopetista que lhe saqueou os cofres, embora este seja um dos maiores riscos da ingerência política. O que elevou sobremaneira a dívida da empresa em relação a seu patrimônio foi uma gestão ruim, voltada ao atendimento dos anseios do governo e do Partido dos Trabalhadores. É isso, e apenas isso, o que Lula quer fazer com a Vale.
INGERÊNCIA EM EMPRESAS É PREJUDICIAL AO PAÍS, editorial do jornal Folha de S. Paulo
A Petrobras, estatal, é a maior empresa brasileira em valor de mercado na Bolsa de Valores. A Vale, privatizada em 1997, é a terceira, logo atrás do Itaú Unibanco. Em comum, as duas gigantes encabeçam setores centrais para investimentos e exportações do país —e são alvo da cobiça do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nos últimos dias, acumularam-se sinais alarmantes de mandonismo governamental nos rumos das duas companhias. O mais recente deles é a carta de renúncia de um membro do Conselho de Administração da Vale, José Duarte Penido.
No documento, afirma-se que o processo sucessório no comando da mineradora “vem sendo conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa e sofre evidente e nefasta influência política”. Inexistem detalhes no texto, mas não é segredo que o Planalto buscou alojar o ex-ministro Guido Mantega no posto.
O insucesso da empreitada, tudo indica, não arrefeceu o ímpeto de tutelar a Vale —o que já ocorreu em administrações petistas anteriores. Não é difícil tomar como tentativas de intimidação as frequentes críticas de Lula à gestão da ex-estatal, que incluíram cobrança de alinhamento ao “pensamento de desenvolvimento do governo”.
Incertezas quanto ao alcance de tais pressões espantaram investidores. Algo semelhante se deu com a Petrobras, também a partir de movimentos obscuros de Brasília.
Na semana passada, a petroleira surpreendeu ao anunciar a decisão de limitar ao mínimo obrigatório a distribuição de dividendos relativos a 2023. Soube-se que a medida, compatível com as preferências doPlanalto por mais investimentos, contrariou a recomendação da diretoria da empresa.
Sucederam-se reuniões a portas fechadas, intrigas palacianas vazadas à imprensa, especulações sobre a queda do presidente da companhia e, como de costume, declarações destrambelhadas de Lula.
Em entrevista ao SBT, o mandatário saiu-se com a tese de que a Petrobras não pode pensar apenas em seus acionistas, mas em “200 milhões de brasileiros que são donos dessa empresa”.
O arroubo demagógico —acompanhado de surradas diatribes contra o mercado e os juros— só alimentou os temores de que o governo petista vá impor mais de sua agenda política e ideológica à gestão da estatal, como se nada tivesse aprendido com os escândalos de corrupção e prejuízos bilionários do passado recente.
Melhoras da governança nos últimos anos tornaram Petrobras e Vale menos vulneráveis às vontades dos governantes de turno. Entretanto os riscos de intervenção política espúria em decisões econômicas, como se vê, persistem.
LULA MINA A CONFIANÇA NO BRASIL, editorial do jornal O Globo
Todo investidor sabe que a Petrobras é uma empresa de capital misto controlada pelo governo (que detém 37% do capital). Tampouco é novidade o presidente da petroleira ser escolhido também pelo governo. E os acionistas têm conhecimento das regras de governança que a protegem do risco de interferência do Palácio do Planalto. Afinal, ter o controle não significa poder fazer o que se quer a qualquer hora, nem mudar a direção dos negócios ao sabor das próprias vontades. Quando a governança enfraquece, a empresa perde valor e, com isso, entra em xeque a credibilidade do mercado de capitais brasileiro. É exatamente o que tem acontecido em razão das atitudes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desde 2021, a Petrobras distribui entre os acionistas uma fatia extra dos lucros quando obtém bons resultados, os dividendos extraordinários. A expectativa de que voltassem a ser distribuídos neste ano alavancou as ações. O presidente da petroleira, Jean Paul Prates, defendia a distribuição de 50% do resultado extraordinário em dividendos, mas tal visão não prevaleceu no Conselho. Na semana passada, a Petrobras comunicou que pagaria apenas dividendos ordinários, mas nada de dividendo extraordinário. A reação foi previsível: a empresa perdeu R$ 55 bilhões em valor de mercado em um dia.
São nítidas as digitais de Lula na decisão. Ele encara a petroleira estatal como instrumento de política pública. Chamou de “choradeira” a desvalorização da empresa. “O mercado é um rinoceronte, dinossauro voraz que quer tudo para ele e nada para o povo. Será que o mercado não tem pena das pessoas que passam fome?”, afirmou. Tal declaração não tem nexo. O governo é o maior acionista da Petrobras. Uma empresa rentável traz mais recursos ao Tesouro, portanto mais verba para combater a fome e outras mazelas.
É certo que os governos do PT não foram os únicos a atacar a governança da Petrobras. Em 2021, Jair Bolsonaro chamou de “crime” o lucro da empresa e demitiu o então presidente, Roberto Castello Branco. A diferença das administrações petistas é o alcance. Basta lembrar que a Petrobras, no governo Dilma Rousseff, tinha a maior dívida corporativa do planeta — em torno de US$ 160 bilhões — e se tornou foco do maior escândalo de corrupção da História do Brasil. A partir do governo Michel Temer, com a aprovação da Lei das Estatais, a empresa adotou regras de governança mais rígidas para se proteger. Essa conquista está sob ataque.
O governo Lula quer voltar a um passado desastroso. A atual gestão suspendeu o exitoso programa de venda de ativos. Retomou investimentos no refino, entre eles a obra da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, outrora um dos maiores focos de corrupção. Quer recuperar o controle de outra refinaria privatizada em Mataripe. Destinou recursos à exploração de campos terrestres e fala até em voltar a operar postos de combustível. Nada disso faz sentido para uma empresa que precisará lidar com a transição para além dos combustíveis fósseis nas próximas décadas.
A investida de Lula não se restringe à Petrobras. Com base na visão de que grandes empresas devem se submeter aos desígnios do governo, ele tentou até indicar o novo CEO da Vale, uma empresa privada (a manobra foi detida). Cada movimento desses não só destrói valor, mas também corrói a credibilidade do capitalismo brasileiro, essencial para promover o desenvolvimento que Lula afirma defender.
LULA É ISSO AÍ, editorial do jornal O Estado de S. Paulo
Presidente quer obrigar a Petrobras a se dobrar à desbragada demagogia lulopetista, tal como a Venezuela fez com a PDVSA.
Lula da Silva acha que o problema do Brasil é o mercado – aquele que, em suas palavras, “é um dinossauro voraz, que quer tudo para ele e nada para o povo”. Em entrevista ao SBT, o presidente perguntou se o mercado não tem “pena” de quem dorme na rua ou passa fome. Por isso, disse que a Petrobras não deve apenas “pensar nos acionistas”, mas tem o dever de “pensar em 200 milhões de brasileiros que são donos dessa empresa ou são sócios dessa empresa”.
Ou seja, quando os mais ingênuos imaginavam que o petista fosse aproveitar a oportunidade para apaziguar os ânimos diante da crise deflagrada pela intervenção explícita do governo na distribuição de dividendos extraordinários pela Petrobras, movimento que causou grande apreensão entre os investidores, Lula resolve ser mais Lula que nunca.
Em vez de lamentar a resistência da Petrobras em se autodestruir, Lula poderia resolver a questão facilmente, recomprando as ações da empresa que estão em mãos privadas e fechar seu capital, transformando-a em companhia 100% estatal. Poderia também recomprar a dívida pública e, assim, não depender mais do malvado mercado para financiar o governo.
Como se trata de uma utopia doidivanas que esbarra na realidade das contas públicas, há a alternativa de tomar a dinheirama que a Petrobras investe para melhorar sua produção e usá-la para bancar grandes programas para dar casas a quem mora na rua e comida a quem passa fome. Foi o que a ditadura chavista fez na Venezuela com a PDVSA, que era uma das maiores petroleiras do mundo e que, depauperada pelo populismo dos companheiros Chávez e Maduro, se tornou uma colossal sucata – e hoje quase 80% dos venezuelanos vivem abaixo da linha de pobreza.
Sejamos claros, é disso que se trata: a tentativa de transformar a Petrobras em instrumento a serviço da desbragada demagogia lulopetista, tal como foi feito na Venezuela chavista. Por isso, as ações da Petrobras, que até haviam ensaiado uma recuperação após terem despencado na última sexta-feira, voltaram a cair, pois as novas declarações do presidente confirmam algo que, até então, os investidores apenas intuíam: que Lula nada esqueceu nem aprendeu e que, ao contrário, dobrará a aposta no lulopetismo radical.
A entrevista mostrou que a essência do pensamento lulopetista permanece intocada. Todas as empresas precisam se curvar às vontades do governo, mesmo que essa vontade as coloque à beira da ruína, como no passado recente. E pouco importa se elas já não pertencem integralmente ao Estado, como é o caso da Petrobras.
Mesmo a Vale, que nem sequer conta com participação direta do governo, terá de prestar contas ao chefão se não quiser sofrer retaliações. E, se ainda restavam dúvidas sobre o caráter voluntarista do governo, elas acabaram ontem, quando José Luciano Duarte Penido, membro independente do Conselho de Administração da Vale, renunciou ao cargo denunciando que há “evidente e nefasta influência política” na empresa. “Minha atuação como conselheiro independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustrante”, afirmou Penido em carta.
O fato de que isso esteja acontecendo a olhos vistos nas duas maiores empresas do País, que não apenas possuem o maior peso na Bolsa de Valores, como sustentam a balança comercial brasileira, revela o mal que faz Lula ao Brasil.
O presidente demonstra estar disposto a degradar o valor das poucas companhias brasileiras capazes de competir no exterior para impor sua visão econômica atrasada, autoritária e, sobretudo, suicida.
Devolvemos a Lula sua pergunta: será que o petista não tem pena das pessoas que passam fome e que dormem na sarjeta das principais cidades do País? Se tem, passou da hora de começar a trabalhar de maneira efetiva para combater a pobreza e assumir sua responsabilidade, e não instrumentalizála como ativo eleitoral. É o que se espera do presidente da República, e não da Petrobras ou qualquer outra empresa brasileira.
O ROLO BANANEIRO DA PETROBRÁS, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo
O vexame da Petrobras amainou. O que aconteceu, ainda não se sabe, apesar de quatro dias de fofoca rasteira, vazamento talvez criminoso de rumores que influenciam preços, plantação de notícias e guerra de facções no governo a respeito do motivo de a empresa não ter pago dividendos extraordinários.
Ou melhor, do motivo de a maioria governista do Conselho de Administração ter votado contra tal distribuição adicional de lucros.
De novidades relevantes, até agora, tem-se que Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, foi chamado ou interveio para racionalizar o sururu, outra vez, e ganhou uma cadeira no Conselho da companhia; que a empresa vai reapresentar contas que baseiem a decisão de pagar ou não os tais dividendos extras.
Não pagar pode ser até uma decisão razoável. A perspectiva, até sexta-feira passada, era que algum extra seria pago, hipótese baseada em apresentação que a direção da Petrobras no final de janeiro, em Nova York, para investidores. Mais sobre isso mais adiante.
O vexame foi bananeiro por motivos fundamentais, afora fofoca e vazamentos. Em pânico no final da semana, por causa do derretimento das ações, o governo fez reunião de cúpula na segunda-feira (11) para discutir o assunto.
Quer dizer que a maioria governista do Conselho não sabia o que havia feito? Não sabia que haveria o tombaço? Não conversou com o governo, ao menos para fornecer “background político”, explicar as consequências e estar pronta para apresentar os motivos da decisão?
O preço das ações não caiu por causa de “temores dos investidores” (ou não apenas por causa disso). Caiu porque parte grande dos acionistas descontou do preço o dinheiro que saiu da mesa (dividendos extras previsíveis); em parte, talvez, caiu porque ficou ainda mais fácil imaginar que talvez o governo meta a mão na empresa (vide o histórico da Petrobras, as tentativas de “dedazo” na Vale, o desejo de voltar a mandar na Eletrobras etc.).
No encontro com investidores em Nova York, no final de janeiro (“Deep Dive”, mergulho profundo), a direção da empresa fez detalhada apresentação da situação da empresa e da regulação brasileira. Não estava
O que se disse por lá “fez preço”. Não foi uma promessa vulgar de dar um dinheirão extra para acionistas. Apresentou um argumento, goste-se ou não.
Para simplificar muito, se disse que o pagamento de dividendos depende de uma perspectiva de médio prazo, uns 24 meses, conservadora, sobre o que será do fluxo de caixa, do nível ótimo do caixa, do nível de dívida e da necessidade de executar o plano quinquenal de investimentos. Disse que governo (“controlador”) e acionistas minoritários estavam de acordo com a estratégia de pagar o máximo possível de dividendos, dadas aquelas condições.
Mais, se disse que a perspectiva para os próximos 24 meses estava nos conformes. Isto é, estimava-se que os investimentos de 2024-2028 seriam financiados com fluxo de caixa operacional; que a empresa não precisaria se endividar relativamente mais para executá-lo, que a dívida ficaria em torno de US$ 60 bilhões.
Quem coloca dinheiro na Petrobras fez contas já no início de fevereiro, baseando-se no que ouviu e em estimativas próprias de resultado do quarto trimestre, que seriam divulgadas dali a um mês.
Muita gente graúda chegou à conclusão de que a empresa pagaria cerca de R$ 20 bilhões extras, número próximo do sugerido pela direção da empresa, vetado pelos integrantes governistas do Conselho.
O que o Conselho viu que a direção não viu para justificar o veto ao dividendo extra? Ou o que ouviu? De quem? Por quê?
Esse é o rolo. Essa é a explicação séria que a empresa tem de dar.