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NA SAÚDE PÚBLICA DE GASPAR, A COMUNICAÇÃO É ESPETÁCULO OU JUSTIFICATIVA PARA ESCONDER DURAS REALIDADES

Quando se anuncia um novo secretário de Saúde ou um novo gestor do Hospital de Gaspar – ainda sob a marota intervenção municipal inventada pelo ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e um poço sem fundo comedor de recursos públicos – não se trata de melhorar e dar mais transparência ao que se tornou uma caixinha preta. É para apenas criar um fato novo, desviar o foco de questionamentos públicos, ganhar tempo e tudo continuar a mesma coisa ou pior do que se estava antes.

Foi isso que se constatou até aqui em mais de uma dezena de trocas de titulares desses dois espaços em comum e cheio de reclamações da população – principalmente a mais carente e vulnerável que depende do poder público para suas dores e curas – em menos de seis anos no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e do atual vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, Patriota.

É um método. É uma prática. Trocou-se mais uma vez de secretário de Saúde. Está lá o vereador e advogado, Francisco Hostins Júnior, MDB. Ele não é exatamente um curioso na área. Já foi secretário desta pasta ao tempo do governo de Zuchi.

Pois é, no dia 21 de julho chegamos a 216 mortos por Covid-19 entre nós. Você viu em algum lugar esta informação? Estamos no dia 29. Ela é relevante e pública. Uma senhora de 77 anos, com comorbidades foi a vítima. O que chama atenção é que ela se apresentou à uma unidade de saúde somente três dias antes reclamando dos sintomas. Já era tarde.

Transparência é tudo. E isto falta em todos os setores do governo de Gaspar. Nem o tal painel da Covid-19 existe mais no site da prefeitura. Não se sabe sequer quantos foram imunizados, metas e o que se faz para reverter números fracos – que aliás não é privilégio só daqui – entre nós. Ao menos é preciso bem fuçar no site, “modernizado recentemente” para achar os antigos. Nem informações sobre casos e até de óbitos sobre a doença da moda, a Dengue se tem lá.

Como deu título à sua peça teatral o jornalista, escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues, “Bonitinha, mas ordinária”.

O anúncio de mortes, contaminados ou doentes por alguma doença dos nossos tempos, não significa necessariamente como se queixam – e isto é o que mais impressiona entre os políticos e gestores públicos – como uma má notícia, mas sim, como um alerta para a população de que o perigo ainda está entre nós; de que é preciso cuidados para não se contaminar, não comprometer equipamentos de saúde já lotados ou incapacitados, e até para se salvar das mortes, das sequelas…

Quando se esconde a notícia de uma morte. de contaminados e do baixo índice de imunização, na verdade, está se escondendo aquilo que o político e o gestor público estão falhando na defesa e na proteção da cidade, cidadão, cidadã. Então há método, intenção e é uma prática. E eles sabem disso melhor do que qualquer um. Daí o expresso desconforto. Ainda mais, em tempos de campanha eleitoral como estamos, onde a enganação, mais uma vez, é o mote principal dela.

E para encerrar e ficar no mesmo assunto.

Depois de seis anos, Kleber e o “novo” gestor que era e continua presidente da Comissão de Intervenção do Hospital de Gaspar, Jorge Luiz Prucinio Pereira, descobriram que há desperdícios no Hospital de Gaspar. Estão numa campanha para diminuir o consumo de cafezinho. É prácabá!

Conta outra. Descobriram que sempre fizeram uma gestão errática, num problema continuado e antigo, e principalmente, que com o quase fim da Covid, acabou também o “sangue” de milhões de reais vindos dos governos federal e estadual, que alimentava e mascarava mais este tipo desperdício em tudo que é gerido por políticos, por gestores público e sem transparência para a sociedade. Só isso! Simples assim!

O que não se entende, é como os veículos de comunicação entram também nesta dança macabra dos políticos e gestores públicos contra seus próprios leitores, leitoras e ouvintes. Trocou-se de nomes. O problema continua o mesmo. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Impressionante a deterioração do PSDB em Santa Catarina. Já era inexpressivo, mas se fingia de importante. Até hoje, sem moeda de troca alguma para negociar e render votos, ele não sabe em que rabeira de carroça vai ficar na corrida ao Centro Administrativo.

O PP de Esperidião Amim Helou Filho, ofereceu essa rabeira. E ontem deu o ultimato. Impressionante definhamento.

O senador é Jorginho Mello, PL, é candidato ao governo do Estado. Devia se preocupar com temas macro estaduais e que não são poucos diante da nossa diversidade. Mas, está regionalizando. O que também não é uma má ideia depois que propagou que se eleito será o primeiro governador do Oeste.

Quando se regionaliza, cria uma identidade mais próxima onde o candidato parece não ter identidade ou está distante da região e de seus problemas em áreas como mobilidade, infraestrutura, saúde, educação e apoio ao desenvolvimento e integração.

Afora, esta de ser o primeiro governador do Oeste e não dizer exatamente o que fará para o seu Oeste, muito antes, Jorginho deu com os burros n’água. Ele veio ao Vale do Itajaí convencer empresários e lideranças de que era uma má ideia os recursos do governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, para terminar a duplicação da BR-470.

Impressionante burrice apenas para atender uma briga particular de Jair Messias Bolsonaro, PL, com o governador. Mais impressionante foi se constatar que deputado representando Blumenau e o Vale, validou e insistiu, com autoridade, em tal asneira.

Ontem, para criar fato novo, se sustentar na mídia e se identificar com a região da Grande Florianópolis, Jorginho disse que se eleito pensa em integrar o sistema de transporte urbano de lá e assim, segundo ele, diminuir os custos para as pessoas que usam esse tipo de transporte coletivo.

Duas coisas favorecem este tipo discurso de candidato em tempo de eleições: lá é uma região metropolitana constituída e a outra é de que a regulação do transporte intermunicipal é de competência da secretaria de Infraestrutura e Mobilidade, o mesmo que aqui coloca problemas na integração urbana entre Gaspar e Blumenau.

Dada a dica, o político e candidato Jorginho, com o seu séquito de apoiadores, bem que poderia aplicar o mesmo discurso para a nossa região, que não é uma região metropolitana como diz a lei, mas é de fato. E dar o mesmo modelo que quer para a Grande Florianópolis, para a “Grande Blumenau”, que além de Gaspar, incluiria Indaial e Timbó, e talvez, Pomerode.

O MDB de Gaspar está imitando o MDB de Blumenau. Lá só tem história. Aqui estória. Tudo a ver. Acorda, Gaspar!

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3 comentários em “NA SAÚDE PÚBLICA DE GASPAR, A COMUNICAÇÃO É ESPETÁCULO OU JUSTIFICATIVA PARA ESCONDER DURAS REALIDADES”

  1. Sobre a saúde no município e a ausência do painel Covid ATUALIZADO, tenho muitas trocas de mensagem no watts com a Ouvidoria da pasta.
    Sinceramente?
    O Ouvidor só está PREOCUPADO em DEFENDER o governo e o seu salário.

    Mas tem outro tema rolando no silêncio dos desavisados: as novas regras do parcelamento do solo de Gaspar.
    Houve audiência Pública e numa linguagem extremamente TÉCNICA, APROVARAM as alterações.
    Na próxima terça, o PL do Executivo entra na Casa Legislativa.

    Tomara que não seja VOTADO a toque de caixa igual fizeram pra APROVAR a licença maternidade das Vereadoras e prefeitas ou o reajuste SALARIAL e DIÁRIAS, pra que não se repitam as inconstitucionalidades dos LOTEAMENTOS da cidade..

    Será que esse PL do Executivo é pra tirar os amigos da “RETA”???

  2. BOLSONARO ESTÁ ENTRANDO NA RESERVA, por César Felício, no jornal Valor Econômico

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha um grande fator para reduzir neste mês a diferença que separa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas: a redução do preço da gasolina na bomba, efeito tanto da mudança de cálculo do ICMS sobre o produto quanto de toda pressão do governo sobre a Petrobras. A queda do preço da gasolina impacta diretamente na inflação, que é um sangradouro de votos para o incumbente.

    O efeito político surpreendentemente foi mínimo, de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada ontem. Bolsonaro oscilou de 28% para 29% e Lula manteve-se com 47% no intervalo de um mês.

    A gasolina não é a última bala de Bolsonaro, para usar uma analogia do gosto do presidente. Ele ainda tem um trunfo, o pagamento dos benefícios majorados em pleno período eleitoral, como o recalibrado Auxílio Brasil, o dobrado vale-gás e os vouchers para caminhoneiros e taxistas. Tudo isso será pago ao longo do mês de agosto, já com a campanha eleitoral em marcha.

    A pesquisa mais decisiva para se avaliar o teto de Bolsonaro e a possibilidade da eleição se resolver no primeiro turno, portanto, deverá ser a feita dentro de 30 dias.

    É impressionante ainda a constância de Ciro Gomes (PDT), que obteve 8%. Em maio de 2021, ou seja, há um ano e três meses, no primeiro levantamento Datafolha já com Lula entre os candidatos, ele conseguiu 6%. O pedetista vive uma lei da gafieira nas pesquisas: quem está com Ciro não sai, quem não está, não entra. Nas eleições anteriores que disputou Ciro terminou próximo a este patamar. Se haverá um processo de voto útil do antibolsonarismo na reta final a desidratar Ciro é uma questão em aberto. Por ora, não há sinais neste sentido.

    A carta

    A enorme adesão da elite econômica, intelectual e empresarial do país ao manifesto pela democracia enfraquece o presidente Jair Bolsonaro, uma vez que torna mais difícil a ele operar com uma das suas cartas, que é a do golpe. Fica estabelecido que a regra da democracia precede a preferência eleitoral e está dado o recado que o presidente precisa saber perder, caso isso aconteça. A movimentação está longe, muito longe, entretanto, de aplainar o caminho de Lula para transitar livremente entre os signatários.

    Os recentes contatos de Lula com o empresariado, inaugurados há cerca de um mês, não foram suficientes para quebrar resistências. O próprio fato de o petista não ter modulado seu discurso em absolutamente nada é um sinal eloquente de que a rejeição ao lulismo continua firme e forte, a ponto de concessões pareçam desnecessárias, eis que inúteis. Aceitar que ele assuma caso seja eleito, como manda a prática democrática, não significa necessariamente preferi-lo em relação a Bolsonaro em um eventual segundo turno.

    Alguns mitos precisam ser desfeitos em relação à campanha. Um deles é a da capacidade do candidato a vice, Geraldo Alckmin, anestesiar a reação a Lula no meio empresarial, sobretudo o do empresariado rural.

    Alckmin já teve entre seus assessores os agrobolsonaristas Ricardo Salles e Frederico d’Avila, mas isso não significa uma inflexão em benefício de Lula no campo e nem o estabelecimento de pontes.

    A recente articulação para o apoio de Lula à candidatura ao Senado de um expoente ruralista no Mato Grosso, o ex-ministro da Agricultura Neri Geller, é visto como um acerto eminentemente paroquial. Seu significado está circunscritos às divisas mato-grossenses.

    “Alckmin poderá exercer um papel de interlocutor com o setor rural na hipótese de ser eleito vice-presidente, mas não durante a campanha”, opina um dos signatários da carta pela democracia, o ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira Pedro de Camargo Neto.

    Em linhas gerais, o entendimento mais corrente no setor de agro é que há pouco a perder caso Bolsonaro continue na presidência, desde que democraticamente, e muito a arriscar em uma volta de Lula.

    Não há sinais, entretanto, de que lideranças rurais do agro estejam dispostas a embarcarem em uma aventura golpista, longe disso. A 40 dias do 7 de setembro, não há mobilização dentro deste setor para um endosso a Bolsonaro que implique em incendiar o país. Em síntese, rejeita-se as duas coisas: violar as regras do jogo do sistema eleitoral e abrir diálogo com o lulismo.

    São Paulo

    Hoje, Fernando Haddad é o único petista no Brasil em condição competitiva para disputar um governo estadual, além da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que concorre à reeleição. Esta condição sinaliza para o nível de preocupação política que o PT tem no Estado de 34,6 milhões de eleitores, ou 22,1% do total nacional.

    A disputa em São Paulo, que ganhará tons definitivos este fim de semana, com as convenções que sagrarão candidatos Tarcísio Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB), é a chave para se entender porque Lula está à frente de Bolsonaro nas pesquisas.

    É um desafio tanto para Haddad quanto para o bolsonarista Tarcísio, ancorados em extremos ideológicos, prevalecerem em um eleitorado cujo grande traço distintivo é a moderação. Garcia é o candidato símbolo de uma hegemonia tão longeva quanto enfraquecida, a do PSDB, vencedor de todas as eleições desde 1994.

    Haddad parte de bases mais firmes que as de Tarcísio. Irá concorrer apoiado por dois ex-governadores, Geraldo Alckmin e Márcio França, suporte que nunca um petista teve em São Paulo. Está forte na região metropolitana, que tem cerca de 46% do eleitorado paulista. Ganha terreno também na Baixada Santista, com França, colégio eleitoral de 1,4 milhão de votantes. Somadas, são a metade do Estado.

    O tiroteio entre Doria e Bolsonaro entre 2019 e 2021 destruiu o politicamente o ex-governador e causou avarias na popularidade do presidente em São Paulo. Foi um jogo sem regras e sem ganhadores, que debilitou Bolsonaro no interior conservador. No vizinho Paraná, onde governador e presidente mantêm relação tranquila, Bolsonaro nada de braçada.

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