MARCELO MOSTRA FORÇA DE BASTIDORES E É CLAUDICANTE NA HORA DE REUNIR APOIADORES PARA RESPONDER ESTE PRESTÍGIO

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A candidatura do vice-prefeito de Gaspar a deputado estadual Marcelo de Souza Brick, o qual trocou o PSD pelo Patriota, não só subiu no telhado pela dúvida que persiste naquilo que tenha sido registrada fora do tempo que a legislação específica permitia e agora, a Justiça Eleitoral tenta colocar sob luz este assunto, mas pelo esvaziamento que está vindo por conta disso e de amarrações mal feitas com deputados federais pelo grupo gestor da campanha do candidato, na comissão provisória do PSD de Gaspar, liderada pelo vereador e amigo, Giovano Borges. O Patriota não existe mais em Gaspar.

Esta apreensão operacional e política eleitoral ficaram claras pelo menos em três situações acontecidas neste final de semana.

Na primeira delas, o próprio candidato – há menos de um mês das eleições de dois de outubro – deixou a campanha de lado para no sábado à tarde acompanhar a audiência da Justiça Eleitoral. Nela, ouviu-se as testemunhas arroladas no processo que apura à suposta irregularidade no registro da sua candidatura. O próprio Marcelo pode testemunhar à dureza do Ministério Público. Os que assistiram o ato jurisdicional, também puderam conhecer às vulnerabilidades que rondam este caso.

Marcelo não se cansa de reafirmar que está bem calçado nos bastidores para enfrentar quem também nos bastidores se tornou adversário com interesses bem claros: derrotá-lo e deixá-lo fraco na política e eleitoralmente.

O segundo momento ficou expresso quando a banca de advogados especializados contratados pelo candidato Marcelo em Florianópolis protocolou no TRE a escolha preventiva e subestabeleceu o advogado para atuar em Brasília. Das duas uma: pressente-se que o caso não vai se encerrar aqui em Santa Catarina após a audiência de sábado, ou que subindo ao Tribunal Superior Eleitoral, é preciso garantir a candidatura até dois de outubro enquanto há discussão sobre o assunto, e se eleito, à investidura.

Para acompanhar este processo na própria Justiça Eleitoral, basta clicar neste endereço eletrônico: https://consultaunificadapje.tse.jus.br/#/public/resultado/0601414-40.2022.6.24.0000

Consulta Pública Unificada – PJe – Justiça EleitoralConsultar processo. Este sistema de busca processual abrange, tão somente, os processos públicos autuados no sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) do TSE, TREs e Cartórios Eleitorais. Em consonância com a Resolução nº 121/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), não serão retornados processos ou documentos sob segredo de justiça ou sigilosos.consultaunificadapje.tse.jus.br

O terceiro momento reflete bem esta suposta fortaleza que Marcelo possuiria nos bastidores da política em Florianópolis e que até agora não traduziu em vantagem para Gaspar como vice-prefeito.

Na sexta-feira, numa demonstração de prestígio, Marcelo conseguiu atrair a chapa majoritária inteira – candidato a governador Gean Loureiro, União Brasil (ex-prefeito de Florianópolis), o vice Eron Giordani, PSD (ex-secretário da Casa Civil de Carlos Moisés da Silva, Republicanos), e Raimundo Colombo, PSD (ex-senador e governador) ao Senado para um anunciado “grande comício” no Clube Santo André.

Mas, desta vez, o prestigio de Marcelo no mundo político não traduziu em prestígio de aliados em Gaspar. Faltou gente. Repentinamente teve que se buscar gente em casa para fazer número e massa para as fotos e filmagens para as redes sociais – normalmente usadas como propaganda -, como demonstram trocas de recados nos aplicativos de mensagens. O nervosismo tomou conta da organização do evento e de parte dos convidados.

Mais do que isso. Há nos bastidores da campanha, intensas movimentações para corrigir mal-entendidos e erros estratégicos nas composições de alianças com candidatos a Federal, alianças estas, essenciais para a busca de votos para Marcelo fora de Gaspar. Isto sem falar que Marcelo está praticamente isolado no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB. 

Há uma guerra quase insuperável entre eles e não imaginável há poucas semanas atrás, muito menos quando o grupo de Kleber e empresários – o mesmo que lançou Kleber e depois o próprio Marcelo – foi buscar Marcelo para se unir a Kleber e o fez desistir de ser um concorrente do MDB, PP, PSDB e PDT em 2020, com a promessa de torná-lo prefeito neste abril no lugar de Kleber, fato que não aconteceu.

E no centro deste problema está o secretário de Planejamento, Jean Alexandre dos Santos, MDB, um dos coordenadores da sua campanha, que Kleber tentou demitir desta função na prefeitura e não conseguiu ainda, bem como o presidente do MDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira. Ele vem atuando forte nos bastidores e é responsabilizado, por seus pares partidários, por estes ruídos crescentes nas relações de Kleber, Marcelo, Alexandre… Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Está aprovada a Lei de Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO – para os exercícios de 2023 a 2025 e os detalhes podem ser vistos no Projeto de Lei Ordinária 41/2022 que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, mandou à Câmara. Esta é a mãe das peças de ficção que darão origem aos Orçamentos anuais de Gaspar.

O próprio relator da matéria e agora líder do governo, o dentista José Carlos de Carvalho Júnior, MDB, admitiu isso ao pedir aprovação ao projeto aos demais vereadores durante a sessão. Não houve nenhum questionamento – e até nem pode, praticamente, no trâmite deste tipo de proposição. Para o vereador, um Orçamento se faz para ser mudando diante das circunstâncias. E para isso exemplificou com o Orçamento familiar dele.

Desta forma para o ano que vem as receitas/depesas estão estimadas em R$389,8 milhões; para 2024 em R$416,0 milhões e para 2025, em R$446,4 milhões, embutindo-se uma inflação linear de 4,5% em cada ano. Só por este dado, pode-se medir o método simplista de se orçar em Gaspar. Nenhuma obra de expressão, nenhuma prioridade embutida, nenhum resultado desafiador estabelecido. Só números para cumprirem um papel estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal e na burocracia contábil.

Não é à toa que quase sempre já na primeira sessão do ano da Câmara já há Projetos que tratam de suplementar e remanejar saldos e dotações orçamentárias por supostos excesso ou falta de arrecadação, ou mudança de prioridades, exatamente contemplada numa LDO, como a aprovada na semana passada, ou até mesmo no Orçamento anual que se aprova normalmente em outubro para ser cumprido no exercício seguinte.

Pior. Estes projetos de remanejamento no Orçamento passam como água e sem qualquer questionamento pelos políticos e os técnicos da Câmara. E quando alguém da mínima oposição tenta um esclarecimento, é um parto e cria-se muitas dificuldades. Até porque votos o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota, na Bancada do Amém, os possuem de sobra, até para passar matérias inconstitucionais, como vem revelando o Ministério Público.

Outra. O que estas verbas parlamentares cheias de padrinhos escondem nos discursos de palanques de candidatos a deputados estaduais e federais, bem como dos vereadores nas Câmaras em propaganda política explícitas como cabos eleitorais desses candidatos?

Primeiro de que estes recursos são todos dos nossos pesados impostos e mal usados em moedas de trocas que nem sempre atendem o interesse público e comunitário. Segundo que o Senado, a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa não possuem “orçamentos” para distribuição de emendas e verbas públicas para Saúde, Educação e Obras… como se quer fazer acreditar.

Estes recursos são do Orçamento da União e liberados pelo presidente da República, neste caso, Jair Messias Bolsonaro, PL, ou são estaduais e neste caso, liberados pelo governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, em acordos, que incluem a dita oposição do governo deles ou, no fundo. Simples assim!

Então esta guerrinha de discursos e postagens nas redes sociais, mostra bem como todos enganam analfabetos, ignorantes, desinformados, alienados e alimentam as hordas de fanáticos em tempo de busca de votos, bem como na falta de propostas, proposições claras para quem quer se eleger ou se reeleger no parlamento o ao Senado. Acorda, Gaspar!

E o Sete de Setembro em Gaspar será para comemorar a nossa Independência de Portugal ou para transformá-lo num ato político discricionário de campanha eleitoral? Esta mistura não é nova. Ou alguém não se lembra mais do grito do excluídos. Deu no que deu. Ou seja, é a repetição do mesmo erro de usurpação. Wake up, Brazil!