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MARA É CANDIDATA A DEPUTADA ESTADUAL POR GASPAR.  MAS ESTA FOTO COMEMORATIVA DO PP ESTÁ INCOMPLETA…

A vereadora de primeiro mandato – que nem era contabilizada por seus pares candidatos para ser eleita em 2020, e colocada no páreo só para fazer votos para a legenda dos preferidos do partido – surpreendeu nas últimas eleições. Ela não só se elegeu, como teve mais votos de todos os candidatos no PP em Gaspar (802), Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, a Mara da Saúde. Agora ela é candidata a deputada estadual. Outra surpresa. Ela entrou para suprir a cota de mulheres e de pretos.

Se a “sorte” que a acompanhou na sua eleição de vereadora por aqui resolver abraçá-la mais uma vez, vai ter gente do PP daqui chorando pelos cantos e encontrando teorias para explicar o sucesso dela, uma pessoa muito simples, resiliente, que esbanja otimismo e carisma, fatores que não ganham eleições, mas encaminham boas votações.

A foto que Mara registrou em Florianópolis neste final de semana com o senador Esperidião Amim Helou Filho, escolhido para mais uma vez ser candidato do partido a governador de Santa Catarina é de certa forma reveladora. Nela, por exemplo, não está o mais longevo dos vereadores – e que por isso, diz ter mais votos do que todos os vereadores de Gaspar, se somados às sete eleições dele -, José Hilário Melato, PP.

E por que Melato não está em foto tão relevante para Mara e o seu partido em Gaspar neste desafio? Porque Melato é cabo eleitoral do deputado José Amilton Scheffer, de Sombrio, no Sul do Estado. E também porque não gosta de sombra.

E nas últimas sessões, fazendo papel que está obrigado a fazer, além do teatro para esconder o tem que esconder, como de líder do PP na Câmara, Melato defendeu a candidatura de Mara como unhas e dentes. Até desafiou quem supostamente estaria dentro do próprio governo Kleber Edson Wan Dall, MDB, como ele enfatizou, trabalhando na calada da noite, pela humilhante desistência de Mara. E para quê? Para se ter uma candidatura dos coroados do poder de plantão e políticos profissionais – coisa por enquanto Mara não é. Nos bastidores, trabalhou-se para ser ter o sem-sal, Marcelo de Souza Brick, Patriota, como único candidato dos poderosos, da panelinha.

Parece que não deu certo, ainda. Cada um – Marcelo e Mara – vai buscar para si nesta campanha de 60 dias, o seu voto. E o slogan de Marcelo que está na praça, exala arrogância: Gaspar já decidiu, como se não houvesse possibilidade de escolha. E por que o governo Kleber, a qual Mara também pertence, não queria dois? Primeiro para ter controle da situação. Depois porque está em dívida com Marcelo, o enganado. E quer se livrar da dívida, e dele no governo, também.

O que mostra isso? Como primeiro vem os interesses particulares, o da turminha enturmada e os de poder no plantão. Depois os partidários e os da representação popular da cidade, cidadãos e cidadãs. Se por um lado Melato fez o papel dele como líder do PP na Câmara, de verdade, ele não vai fazer campanha e buscar votos para Mara, mas para um paraquedista – como tantos outros por vereadores, suplentes e caciques por aqui – e quem Melato está associado há anos, José Milton Schaffer, PP, da pequena Sombrio, no Sul do Estado.

E o que falar de Cleverson Ferreira dos Santos, que está na foto? Primeiro ele vai defender os interesses do seu templo, do grupo que está no poder de plantão e se sobrar, o do PP que escolheu para estar na política a serviço da religião. Simples assim, ou alguém tem alguma dúvida disso?

Mara terá que fazer o que já fez um dia. Do nada, tornou a eleição dela um desafio contra os que duvidaram de que ela se elegeria vereadora pelo PP em tantas barreiras e desconfianças internas que teve que superar. E se elegeu. E não só isso, bateu o próprio Melato e o Cleverson, eles com suas então “poderosas” máquinas de votos, bem como outros coroados do PP com máquinas e cargos vitalícios de secretários do primeiro governo de Kleber.

O próprio ex-vice-prefeito Clarindo Fantoni e o ex-quase eleito deputado Pedro Inácio Bornhausen, e que aparecem nesta mesma foto, precisam também dizer claramente à cidade se apoiam Mara, se vão realmente arregaçar as mangas, bem como o presidente do PP, Luiz Carlos Spengler Filho, que na eleição passada puxou votos para João Amim, por aqui. 

Afinal, trata-se no fundo, de um ensaio de forças para as próximas eleições de 2024. Se o PP não se sair bem com Mara – e ainda mais com traições e fingimentos – ele vai pagar a conta mais adiante. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

A bancada feminina na Câmara de Gaspar, agora com quatro vereadoras, vive a fase do tal empoderamento. Mote reiterado de discursos. Mas, nenhuma das três foi ainda capaz em nome desse empoderamento, fechar com Mara Xavier da Costa dos Santos, PP, para deputada estadual. 

Ou seja, Melato não está sozinho na prática que não combina com o discurso.

Não há maior vexame neste ajeitamento das melancias do que o produzido, outra vez, pelo diretório do MDB de Gaspar. Quando os três candidatos da prévias vieram aqui para a reunião regional, devido Blumenau o partido nem mais existir, apostou-se no senador Dário Berger. Ele no partido nem mais está. Pulou para o PSB onde tentará voltar ao Senado.

O então “presidente de honra”, o ex-prefeito e já falecido Osvaldo Schneider, o Paca, apostava em Antídio Aleixo Lunelli. Mas, foi impedido de falar naquela reunião no Alvorada.

Depois de que tudo deu errado como já se prenunciava naquela época, tardiamente, sem opções, o MDB de Gaspar ensaiou apoio, vejam só, apoio ao então rejeitado Antídio. O tempo passa, o tempo voa. Antídio acaba de ser rifado na Convenção Estadual do próprio MDB.

Resultado da sucessão de erros que estavam na cara de todos: o MDB de Gaspar, mais uma vez ficou órfão na sua sanha de esperteza. E Antídio, o candidato a governador? Diz que poderá ser candidato a deputado estadual

A caixa d’água na creche Dorvalina Fachini, no bairro Sete de Setembro, em Gaspar, está sendo monitorada. Pode desabar, devido a movimentação daquela terra onde foi construída. 

A informação é do líder do governo, Giovâno Borges, PSD, ao jogar água fervente no debate da falta de creches e combater a obra mal-feita do PT com recursos federais. Aliás, quem é leitor e leitora desse espaço, sabe disso há anos.

Tem coisas e fatos que se devem esquecê-los como exemplos. O candidato a governador do Novo em Santa Catarina, o ex-promotor de Justiça Odair Tramontin, em entrevista, disse que vai se espelhar em governos como o de Joinville (Adriano Silva) e o de Minas Gerais (Romeu Zema).

Zema acaba de se afinar numa coligação com o PP, um dos mais envolvidos na Lava Jato e agora suporte constante nas inconstitucionalidades no governo de Jair Messias Bolsonaro, PL. No passado recente, o mesmo Zema afirmou que o falecido PSL de Bolsonaro era 99,5% igual no DNA ao Novo. Então…

Impressionante. Os políticos de Gaspar, em campanha, estão comemorando e inundando as redes sociais com a notícia da “inauguração” de um ponto de apoio a ciclistas numa praça a ser inaugurada neste final de semana no Óleo Grande. Esta é a verdadeira Gaspar que avança no tal marqueteiro Avança Gaspar!

Entende-se, por isso, e por outras, a razão pela qual há falta de vagas nas creches, a educação vai com índices catastróficos, a saúde Pública e o Hospital estão pela beira da morte, e porque a Assistência Social desassiste. Falta-lhes foco, importância e prioridade. Acorda, Gaspar!

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3 comentários em “MARA É CANDIDATA A DEPUTADA ESTADUAL POR GASPAR.  MAS ESTA FOTO COMEMORATIVA DO PP ESTÁ INCOMPLETA…”

    1. Ver eu não vi. Mas, isto é esperado. É apenas o reflexo das carcomidas instituições e muito, do jogo do poder das pessoas nelas. Quando não se tem poder, intimida-se. Há método. E tudo gente nova.

  1. A SICERIDADE DE BOLSONARO, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

    A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, informou ao Supremo Tribunal Federal que Jair Bolsonaro “acreditava sinceramente” que a cloroquina era um remédio eficaz contra a Covid. A esta altura a pandemia já matou mais de 670 mil pessoas no Brasil.

    A doutora disse isso para respaldar o pedido de arquivamento das conclusões da CPI da pandemia. É direito da PGR acreditar sinceramente no seu pedido de arquivamento. Caberá ao STF decidir o que fazer com as denúncias.

    Hoje, estima-se que de cada cem pessoas, 27 não acreditam que os astronautas americanos foram à Lua. Nesse grupo, 21 têm o ensino médio completo. Vinte em cada cem acham que a terra é plana.

    Donald Trump também acreditava na cloroquina, mas abandonou a sua defesa. Bolsonaro continuou na pregação.

    O relatório da CPI que a doutora prefere arquivar informa que no dia 24 de março de 2020 anunciou, em rede nacional, que “o vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará”. Como? Talvez com a cloroquina. Voltou ao assunto no dia 24 de outubro: “no Brasil, tomando a cloroquina no início dos sintomas, 100% de cura.” Na véspera haviam morrido 566 pessoas e o total de mortos estava em 156.528.

    Bolsonaro tem uma queda por substâncias e iniciativas mágicas. Acredita nos efeitos econômicos milagrosos do nióbio e do grafeno. Chegou a anunciar que visitaria uma empresa de militares americanos que pesquisa a transmissão de energia elétrica sem fios. Seria um milagre para a Amazônia. Felizmente não foi à empresa.

    Acreditar que a terra é plana, que o homem não foi à Lula e que a cloroquina controla a Covid, é um direito de cada um. Cardeais e Papas acreditavam em coisas desse tipo. Em 1.600 a Inquisição romana queimou Giordano Bruno por defender as ideias de Copérnico, para quem a Terra girava em torno do Sol. (A estátua de Bruno, no Campo das Flores, em Roma, informa: “Aqui ardeu a fogueira”.)

    Em 2020, Bolsonaro demitiu dois ministros da Saúde porque não acreditavam nas virtudes da cloroquina. Bruno metia-se com ocultismos. Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, nunca se meteram com mágicas e não foram queimados.

    Um terraplanista convicto pode ter acreditado sinceramente que a cloroquina controlaria a Covid. A diferença entre ele e Bolsonaro está na persistência da convicção do capitão e, sobretudo, no fato de ter se baseado nessa crença sincera para demitir dois ministros, irradiando a superstição enquanto pessoas morriam. Registre-se que ninguém morreu porque o vizinho achava que a Terra girava em torno do Sol e, desde o fim da Inquisição, ninguém foi queimado por isso.

    Existem dois tipos de ignorância. A plena e a aquela que mesmo podendo ser sincera, é instrumentalizada. Os cardeais que mandaram Giordano Bruno para a fogueira podiam acreditar que a terra era fixa, mas estavam interessados também em preservar seu poder.

    Quando a Inquisição chegava à Bahia, os seus defensores queriam também tomar as propriedades dos judeus. No século 20, essa mesma instrumentalização alimentou o antissemitismo europeu.

    Enquanto esteve na moda, a cloroquina pouco teve a ver com a sinceridade da convicção. A partir das evidências científicas da usa inutilidade, foi um instrumento político (e comercial em alguns hospitais e planos de saúde).

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