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LUTAR À PROTEÇÃO DA VIDA AOS QUE ATRAVESSAM A DUPLICADA BR-470 EM GASPAR É OBRIGAÇÃO DE TODOS

No dia 16 de novembro fiz esta manchete aqui: SE DEPENDER DOS POLÍTICOS TEREMOS MAIS MORTOS E MUTILADOS NA TRAVESSIA DA BR-470 DUPLICADA EM GASPAR. A repercussão do artigo foi grande. Constato pelos acessos e compartilhamentos.

A boa notícia é que os políticos já se curvaram para a omissão relatada no artigo.

Colocaram a mão na consciência por uma causa que não é dos políticos, mas depende muito deles como representantes legítimos pelo voto popular que receberam – independente de partidos ou ideologia – em favor da população exposta com a sua própria vida.

E por quê?

Porque tudo é decidido no âmbito de esferas e gabinetes ocupados por políticos, seus indicados, seus apadrinhados, inclusive o DNIT, o dono da duplicação da BR-470 antes dela ser concedida para manutenção e melhorias via pedágios.

O DNIT em Santa Catarina está loteado ao senador Jorginho Mello, PL, o que não queria a montanha de verbas dos pesados impostos estaduais para concluir a duplicação de uma obra Federal, essencial para o Vale do Itajaí de seu protetor, o presidente Jair Messias Bolsonaro, por enquanto sem partido, mas de malas prontas para desembarcar no PL amanhã.

Jorginho, que já morou em Gaspar quando foi gerente da finada agência do BESC, não queria estas verbas de reforço só porque isto, supostamente, elas poderiam dar créditos e votos ao então quase morto governador Carlos Moisés da Silva, seu desafeto político.

Eles têm briguinhas entres eles por poder e quem paga o pato, ao final e de verdade, somos nós quem os elegemos e os sustentamos nos seus altos salários e privilégios.

Retomo.

Por que há uma boa notícia?

Na terça-feira ouvi um dos mais lúcidos, sóbrios e coerentes discursos do presidente da Câmara, o vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, sobre o assunto dando razão ao meu artigo no qual eu cobrei à ausência dos políticos de Gaspar nesta causa.

Anhaia, foi morador da Margem Esquerda, teve negócios lá, presidiu até o Ferroviário que o vendeu e lhe rende, que quer ainda aquela região para seu curral eleitoral e local onde se gerou toda a comoção das três mortes recentes num mesmo acidente de gente humilde e trabalhadora na travessia insegura da duplicada BR 470.

“Esta luta é de todos nós”, conclamou ele a seus pares, entidades, associações e imprensa. Afinal, há uma exposição perigosa nesta travessia desde o Belchior Baixo até a Lagoa, a única a merecer um viaduto aberto há quase um ano.

Faltou, todavia, cobrar, por exemplo, a presença no ato do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e seu vice, Marcelo de Souza Brick, PSD. Amnésia seletiva o que mostra como vivem os políticos se protegendo ou se destruindo.

Certamente, Kleber e Marcelo tinham outras prioridades. Como pegou mal desta vez, como são bichos em busca de votos para 2022, na próxima manifestação, certamente eles estarão lá para fotos para fartarem as redes sociais, entrevistas sem perguntas, discursos, lives da enganação.

Retomo pela segunda vez.

Anhaia no seu discurso na Câmara ressaltou à passividade da manifestação organizada recentemente pedindo as passarelas, os redutores de velocidade e até à necessária e útil marginal no trecho que vai da Ponte do Vale até a a Churrascaria do Toni, área já densamente ocupada por indústrias, comércio e prestadores de serviços.

Passividade? Hum! Esperava-se o quê, exatamente? Um ataque de fúria? Resolveria? Penso que não!

Mas, pacificamente não se pode descartar à ocupação da rodovia – em horário de pico – para gerar comoção e repercussão daqueles que não são exatamente daqui e acham que este grave problema não é deles também. É, como disse o próprio Anhaia, “de todos”, ou não?

A Polícia Rodoviária Federal já adiantou na semana passada que estuda redutores de velocidade para alguns trechos urbanos da BR-470 duplicada. Mas, isto só depois da temporada de verão. Até lá…

Contudo, não deixa de ser outra boa sinalização e reflexo da repercussão das manifestações. Espera-se que não seja uma jogada bem tramada nos gabinetes de políticos e técnicos do DNIT e PRF para “acalmar” o povo daqui, unido, pacificamente interromper o fluxo da BR-470 por mais segurança para todos no trecho. Acorda, Gaspar!

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