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KLEBER RIFA O MDB DA PARADA. ENTRA O TEMPLO NA CORRIDA POR UMA VAGA NA ALESC E REPRESENTANDO GASPAR

O encontro do PP Mulher, em Gaspar. Nele, a vereadora Mara (a segunda da esquerda para a direita, na primeira fila) se apresentou como candidata a deputada estadual

Já afirmei aqui há anos – e naturalmente fui desqualificado como sempre – e reafirmei há poucos dias, diante da crise de identidade do MDB de Gaspar: o prefeito Kleber Edson Wan Dall, nunca foi exatamente um MDB raiz. E o tempo, mais uma vez é o senhor da razão. E novamente, lá estou eu de alma lavada.

O MDB de Gaspar, por falta de opção e numa suposta renovação de seus quadros depois do tsunami do até então emedebista raiz, o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, o MDB, sem opções, e invocando o suposto senso de renovação, apostou as fichas em Kleber.

Entretanto, verdadeiramente, o MDB de Gaspar nunca vislumbrou o potencial político de Kleber, e sim o suposto tamanho do rebanho de fiéis que ele dizia ter: o mundo dos votos evangélicos neo-pentecostais. E a fatura da verdade acabou de ser cobrada. E o MDB está sem cacife para bancá-la.

Quando chegou a hora do ex-vereador, presidente da Câmara e reeleito prefeito Kleber – e depois de ter sido presidente de uma associação regional de municípios das mais expressivas de Santa Catarina -, mostrar articulação, capacidade de liderar processos e se estabelecer como um candidato viável a deputado estadual, Kleber teve que correr do pau.

Descobriu-se que ele não tinha votos, não tinha nem aval do MDB e que entre os neopetencostais. No máximo, possui a sua congregação gasparense da Assembleia de Deus, onde está sua família, e mesmo assim, fraturada pela vingança política.

Nela, está por exemplo, o irmão de templo, o ex-vereador, o médico Sílvio Cleffi, ex-PSC, que Kleber não queria presidente da Câmara. Cleffi hoje está no PP amargurando ostracismo político, mesmo sendo o primeiro suplente, sem chances, pena imposta por Kleber e o templo.

E a sucessão de erros e vinganças foram os algozes de Kleber, do MDB, cujo presidente, ao invés de estar lidando com o que lhe assola é é da sua competência resolver e compor, está propondo um debate tipo sexo dos anjos, na outra engronha que expõe o MDB estadual. Mas, ele é a soma como o fato de Gaspar.

Volto.

Quem deu as cartas para salvar a própria pele e queimar a de Kleber? O novo prefeito de fato de Gaspar, o deputado estadual por Blumenau, Ismael dos Santos, PSD. Ele está em campanha para se eleger, principalmente via o esquema religioso estadualizado, a deputado Federal.

Ismael foi, ou está sendo prático, direto e pragmático. Rifou o “irmão” Kleber e sem cerimônias, colocou no lugar dele, o ex-prefeito de Chapecó, o gaúcho José Cláudio Caramori, PSD, apadrinhado pelo atual prefeito de lá, João Rodrigues, também do PSD. João até se ensaiou com a sua mulher, Fabiane Matte Rodrigues, para esta vaga a Assembleia, mas desistiu.

Resumo: Ismael fechou parte do Oeste para ele, simples assim e na dobradinha com Caromori e João, abriu as portas do Vale do Itajaí – e dos templos – para Caramori. Entenderam?

Sai Kleber. Ele vira um simples cabo de Caramori por aqui, na sanha de Gaspar ser terreno fértil para paraquedistas, tanto que Kleber virou frequentador assíduo de Chapecó. É só se olhar às redes sociais. Kleber agora, vai ter que fazer a lição de casa e dizer quantas bananas há na sua cesta, se não quiser passar vergonha na abertura das urnas no dia dois de outubro.

Kleber – a celebridade das redes sociais, inventada por sua assessoria marqueteira que lhe deixou com o pincel na mão – sabe bem onde está metido. Se não sabe, tudo é pior do que se imagina. O primeiro deles é que deixou o flanco ainda mais aberto o para o ex-prefeito de três mandatos, o suplente de deputado, Pedro Celso Zuchi, PT. E Zuchi vai aproveitar além de surfar na onda de Luiz Inácio Lula da Silva.

O segundo, é que a inércia de Kleber e a jogada de Ismael abrem mais ainda as fraturas que já estavam expostas no MDB de Gaspar, agora, sem o “conselheiro” e “bombeiro” das crises, o “pagador” de contas, o ex-prefeito Osvaldo Schneider, falecido recentemente.

Se Kleber já não tinha a maioria dos vereadores e diretório para o seu voo solo como candidato a deputado estadual, agora, diante de tudo isso, ele está mais enfraquecido dentro do MDB não só daqui. E o MDB disfarça, pois sabe o tamanho dessa encrenca.

Ao invés de procurar curativos para as feridas daqui, insiste em discutir coisas bem distantes de Gaspar, como o desejo dos deputados emedebistas de apoiar a reeleição de Carlos Moisés da Silva, Republicanos. O MDB de Gaspar está sem rumo. Sem liderança. E como ele é espelho de Blumenau, sabe-se qual será a sorte disso tudo lá no final.

Ou seja, o macaco não consegue enxergar o seu próprio rabo comprido.

Para complicar, há uma evidente traição na praça que depõe não apenas contra o MDB, mas contra o próprio Kleber.

Vale lembrar que Kleber para atrair Marcelo de Souza Brick, então no PSD, para a sua chapa e evitar que Marcelo fosse um concorrente em 2020, prometeu a prefeitura de Gaspar para ele a partir deste abril. Até agora, nada. Marcelo, saiu do PSD e foi para o Patriota. É candidato manco a deputado estadual. Está exposto, inclusive ao ridículo. Kleber e MDB comemoram. Merecem-se.

Em Chapecó por exemplo, Caramori, reeleito em 2016, no ano seguinte cumpriu a promessa dele ao seu então vice, Luciano José Buligon, PSB, e hoje no Republicanos, e lhe deu a prefeitura de Chapecó. Aqui, só enganação. Por isso, Caramori é confiável neste jogo armado por Ismael. Já os daqui…

E para complicar a vida do cabo eleitoral Kleber ao novo candidato dos gasparenses a deputado estadual, o PP eterno rival e que virou sócio do governo de Kleber e já tem a melhor fatia do governo com gente curiosa e sem votos para ser vereador, aprontou.

Lançou a vereadora de primeiro mandato, Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, a Mara da Saúde. Ela traz consigo uma história de superação, incluindo a própria eleição dela à Câmara. Mara entrou na cota das mulheres e é preta.

A foto acima foi de um encontro do PP mulher no sábado passado na Associação da Bunge. Impressionou.

Mara já surpreendeu uma vez. Agora, está assustando quem achava que tudo não passava de uma brincadeira de quem foi escalada para cumprir o papel que é reservado aos das cotas.

Uma pena que gente como o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, seja cabo eleitoral de José Milton Schaffer, da longínqua e menor que Gaspar, Sombrio, que o vereador Cleverson Ferreira dos Santos tenha compromissos com a igreja e não com Gaspar e que outra parte do PP, é voto caixão para João Amim.

O PP se unido, daria uma sova em Kleber e Marcelo. O tempo será senhor da razão outra vez.

Prudentemente é de se admitir e advertir: a campanha só está começando e a política, além de dinâmica, principalmente, nos jogos, ajustes e traições, não é para amadores. Que assim digam, o Marcelo, o Kleber e outros tantos metidos por aqui. Como me dizia sempre o único deputado estadual eleito por Gaspar, Francisco Mastella, PDC, quando eu lhe esclarecia o que ele não queria ouvir: “é preciso ter estômago forte”.

O tempo do “estômago forte” só está começando. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Afinal, pelo qual queremos ser (re)conhecidos? Pelo “Coração do Vale [Europeu]”, “Capital Brasileira da Moda Infantil”, “Capital dos Parques Aquáticos”, a “Cidade do Patrimônio Imaterial do Laço Comprido”, a “Capital Nacional do Modelismo”, numa referência a festa anual de aeromodelos e outros por aqui?

Impressionante. Isto mostra como Gaspar está sem identidade, ou por falta de uma, está à procura de qualquer coisa e batendo a sua própria cabeça no muro, desfigurando-a.

Recentemente, Douglas Junkes, da Ampe Gaspar e Ilhota, reafirmou na Câmara de Vereadores de Gaspar que a denominação Capital Nacional da Moda Infantil surgiu num papo entre políticos. E para agradar um setor. Ou seja, para simpatia e ter votos.

Ou seja, não veio de uma realidade, como por exemplo, a que existe em Ilhota, onde a Moda Praia, Íntima e Fitness é algo que está na cara de todos que passam por lá.

Em Ilhota, bem antes de ser uma ação marqueteira e de políticos para agradar parcela do eleitorado, ou de quem pode lhes dar uma mãozinha no suporte na busca de votos, é um negócio real. Está aos olhos de todos e a quem quer se estabelecer na multiplicidade de oportunidades de lá.

O modelismo parece ser algo mais real do que a Capital da Moda Infantil, mas com um só evento por ano? É como se quisesse dar o título da Capital dos Rodeios, por um só evento e não uma prática, ou um diferencial. Outra. No caso da Moda Infantil, ao menos houve o envolvimento da dita “sociedade organizada” para algo meio a forceps. No caso da Capital Nacional do Modelismo, tudo se passa em gabinetes bem longe daqui.

Embrulhando: mais uma vez, o título nasce num ambiente político intoxicado, em ano eleitoral e de disputa na Assembleia Legislativa entre Ivan Naatz, de Blumenau, e Jessé Lopes, de Criciúma, ambos do PL, mas origens e gratidões ideológicas bem diferentes. Jessé nem identidade com Gaspar possui.

Aliás, a proposta original – a que pode dar o status de título nacional – é do senador Dário Berger, que acaba de sair do MDB e ingressar do PSB.

O PL 319/2020 de Berger, finalmente andou segundo o ofício do presidente da Câmara, Arthur Lira, PP-AL, assinado no dia 22 de de fevereiro deste ano que autorizou a matéria tramitar nas Comissões daquela Casa.

Se não tiver padrinhos, se não tiver relatores identificados com Santa Catarina e a causa, vai dormir por anos nos escaninhos das comissões da Câmara. Outra. É exagerado e é mentirosa a informação de políticos nas redes sociais que uma denominação exclui a outra. Mas, sem o foco numa, é claro que todas ficam enfraquecidas. Ai, ai, ai.

Vamos trocar e falar de bichos. Você já ouviu falar em Ipuaçú. É um recém (1992, mas como povoado começou por volta de 1950 até virar distrito de Abelardo Luz) município do Alto Irani, no Oeste de Santa Catarina. Sua população estima-se não chegar a 8 mil almas, das quais, 3,5 mil são indíginas.

Lá segundo o patrono de Gaspar e padrinho do prefeito de Kleber Edson Wan Dall, MDB, o deputado estadual Ismael dos Santos, PSD, há um exemplar trabalho na área animal, na lida com as zoonoses. E por isso, a cata de votos, registrou esta ação na sua rede social. Se é verdade lá, aqui é um tudo do contra nesta área. Interessante! Vale a comparação.

E o que se faz por aqui, é decorrente daquilo que está judicializado. Não seria o caso de mandar os políticos e “çábios” daqui para lá para aprenderem alguma coisa nesta área em Ipuaçú, aproveitando a ponte que criaram de encontros políticos e religiosos com o Oeste?

E se isso fosse pouco, outra informação da mesma cepa. O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, Podemos, acaba de anunciar R$700 mil para a área de zoonoses, incluindo ONGs e onde parte desse dinheiro, vai permitir em torno de duas mil castrações neste junho e julho.

Kleber também fez isso há dias. Licitou R$51 mil em castrações, a princípio, para todo o ano. O que vai dar em torno de 145 atendimentos. Segundo gente da área que consultei – voluntários e médicos veterinários – estima-se que a população canina de um município seja 15% da população humana.

Ou seja, noves fora e para não complicar a aritmética, a estatística, a comparação entre bichos e gente, a necessidade e a realidade com os discursos dos políticos, o resumo de tudo isso é o seguinte.

Blumenau que é um pouco mais de cinco vezes na população de pessoas em relação a Gaspar, neste quesito de castrações, ficamos, repito, ficamos 14 vezes menor do que Blumenau. É ou não um desastre atrás do outro?

E olha que nas redes sociais dos políticos eles bombardeiam, hora sim hora não, que estão em permanente e e continuadas reuniões de planejamento. E o resultado delas? Estão nos números, como estes dos resultados e números de Ipuaçú, Blumenau e Gaspar.

Sobre aquele caminhão trucado, caro, moderno, que a Secretaria da Agricultura e Aquicultura de Gaspar recebeu em doação do governo de Jair Messias Bolsonaro, PL, via emenda do deputado Rogério Mendonça, MDB, e que com 12 mil quilômetros está na oficina com uma despesa mínima estimada em R$19 mil, que escrevi esta semana.

Sabe onde o pessoal do ministério da Agricultura foi adesivá-lo? Na oficina da concessionária, no Salseiros, em Itajaí. Não era para já se reportar ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério da Agricultura estado do caminhão praticamente novo?

Ele andou forçadamente bloqueado, num erro de operação. E agora, estão atrás do responsável pelo erro. Incrível!

A repercussão do artigo de ontem foi além da conta. O bolsonarista de quatro costados, Márcio Cézar, foi a sua rede social com a bandeira do Brasil reafirmar que ela jamais será vermelha e que não quer papo e aproximação como o PT e os petistas. Acorda, Gaspar!

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