Vira e mexe, na falta de assunto mais qualificado, mas sempre com a intenção de dourar àquilo que está notoriamente sem brilho, a área de comunicação, voltada para a promoção, propaganda e marketing da prefeitura de Gaspar e principalmente do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, diz à população que a gestão é uma referência para os outros municípios não só catarinenses, mas brasileiros.
Coitados dos que tomam isso como verdade. Já desmascarei tantas afirmações desse tipo aqui… Mas, como uma mentira repetida à exaustação pode virar verdade, vai que…
O mais recente press release com esse “viés enviesado” aconteceu na semana passada. “Transporte Coletivo de Gaspar é referência para outros municípios“, como se já tivesse apagado da memória dos gasparenses à saída tumultuada da Viação do Vale, ou iguais passagens de improviso e de triste memória da Caturani e Safira – a que cortou linhas e fechou o terminal urbano para que se pagassem duas passagens e facilitou a vida da prima irmã Verde Vale.
Isto sem falar na famosa licitação para atrair uma nova empresa de transportes coletivo e que deu deserta. Ninguém quis, apesar dos sucessivos avisos dos entendidos e deste blog sobre os exageros, que pareciam até serem propostais.
Naquela licitação, o ex- prefeito de fato Carlos Roberto Pereira, então secretário da toda poderosa secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa, e Kleber, prometiam milhões aos cofres da prefeitura. E o que aconteceu?
Quem está gastando milhões dos pesados impostos de todos é exatamente a prefeitura para simplesmente fazer funcionar minimamente o sistema que ela própria colapsou por barbeiragem administrativa, por não perceber que os modelos de mobilidade urbana estão mudando.
Estes milhões são subsídios que estão permitindo os desempregados, trabalhadores, estudantes, etc usarem o sistema de Transporte Coletivo Urbano gasparenses, com preços suportáveis ao combalido bolso furando pela inflação alta, achatamento salarial, desemprego…. Nem mais, nem menos.
A não ser que o Transporte Coletivo por aqui seja referência daquilo que não deve ser feito em outros municípios e isso não ficou claro no press release. Mais: quase quase todos esses sucessivos desastres administrativos, aconteceram no governo de Kleber , a quem o press release quer dourar como político gestor exemplar para ele continuar empregado no ambiente público. Kleber está em campanha política.
RETOMO
Mas, este não era exatamente o foco deste meu comentário, mas precisava ligar uma coisa a outra, pois pode explicar os resultados de ambos e de muitas outras coisas piores por aqui. Quero, apenas, mostrar como até o simples e o óbvio senso de organização física no ambiente público de trabalho é um desastre em Gaspar.
Ele não apenas conspira contra o cidadão e a cidadã, e disso tenho certeza porque sempre me preocupei com isso no ambiente privado, com a felicidade, um local prazeroso para se passar a maior parte do dia das nossas vidas, bem como o senso de organização, estima e resultado dos servidores. A não ser que os “çabios” de plantão da prefeitura queiram contrariar teses referências antigas e atuais sobre o tema.
Quando você entra num edifício, num prédio, seja ele público, comercial, ou até mesmo residencial, há entradas identificadas – principal, lateral, auxiliar, serviço etc e tal.
No hall principal, ou até nos auxiliares, há um painel com as identificações mínimas, como a numeração de andares, a numeração de salas, nominam o que elas contém, representam ou servem. Quase tudo padronizado, estético, indicativo e lógico. É a tal aula básica, antiga, de “Organização e Métodos”.
Pois bem! Isto é num mundo normal. Não é o que acontece na prefeitura de Gaspar.
Ela alocou em 2017 – vejam bem, em 2017, estamos em 2021 e o improvo continua e num mesmo governo , um prédio novo, batizado com o nome do saudoso Edson Elias Wieser, na Rua São Pedro, onde supostamente está à sua principal entrada. Mas, há uma outra permitida na subida da Matriz de São Pedro Apóstolo, que se mostra na foto acima.
Um desavisado se perde por lá e é obrigado a bater de porta em porta, ou subir e descer de elevador, interrompendo o trabalho de outros, à procura de locais e gente para contato, que nem todos sabem direito onde está, e nem é função desses interpelados orientar quem está atrás de encontros, soluções ou até perdido, mesmo conhecendo os labirintos do prédio.
Para começar falta um painel geral, organizado por salas numeradas e com as respectivas ocupações.
Segundo, o “porteiro” improvisado e de plantão, na tal terceirização, a que emprega indicados de políticos, não conhece onde está, o que se faz no prédio e muito menos está treinando e habilitado para qualquer orientação. Sociável, gosta de um bom papo sobre tudo, menos o exercício correto da sua função.
Ai se cobra resultado diferente do que se está mal à serviço ao contribuinte, do cidadão, do visitante…
E a resposta está pronta: “isso sempre funcionou assim, e ao final, todos se acham”, replica ele aos que cobram conhecimento. Este é o retrato da prefeitura de Gaspar, a exemplar dos press releases, do marketing político de louvação aos poderosos de plantão, dos seus terceiros em cabides empregos por votos, apadrinhados pelos políticos que os indicam.
Ainda bem que muitos servidores, prestativos, já estão acostumados a sair do foco do trabalho e servirem de guias ou informantes aos perdidos nos labirintos neste Centro Administrativo onde estão a secretaria da Educação, a secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa, a secretaria do Planejamento Territorial. Ou seja, quase o coração administrativo público de Gaspar.
Perguntar, não ofende. No que mesmo a prefeitura de Gaspar é referência se na sua própria casa ela não consegue ter uma identidade visual e orientativa para o seu labirinto de salas? Parece ser um exemplo de organização, improviso escondido pela propaganda enganosa. E tudo isso, bem no coração administrativo da prefeitura. Acorda, Gaspar!