NA EXPOGASPAR, REAFIRMAMOS QUE AINDA NÃO SOMOS A CAPITAL NACIONAL DA MODA INFANTIL

Hoje, é segunda-feira. Tema novo? Que nada! Abundantes e reais provas de realidades antigas e atuais. Providencialmente escondidas pelos políticos e os poderosos de plantão. Como diz o ditado popular, o tempo é o senhor da razão.

Ah, Herculano; isto é, falta de assunto! Não é! É a comprovação daquilo que venho escrevendo, expondo, dissecando, incomodando há muito, e sendo, ao mesmo tempo, por isso, combatido sem que se desmonte as minhas argumentações, todas da realidade que vivemos na Capital Nacional da Moda Infantil. Temos de fato, e por enquanto, um título fake, criado por políticos e amigos dos poderosos de plantão. Nada mais.

Há espaço para corrigir isto? Há! Mas, vai se precisar mais do que discursos, entrevistas, propaganda, viagens turísticas e papelinhos. É preciso trabalhar e deixar de tocar flauta doce por aí.

Qual era a forma de me desmentir, desmoralizar, humilhar e desacreditar – que é a prática dessa turma? Uma maioria de algo em torno de 100 empresas ou marcas estarem lá na ExpoGaspar, expondo, vendendo, glorificando os seus negócios e comemorando o título.

No maior evento que temos para mostrar para os gasparenses e até nossos vizinhos a nossa pujança industrial, comercial, serviços e turismo, de todos que estavam lá – em torno de 30, daqui e de fora, registre-se -, só duas empresas de Gaspar trabalham verdadeiramente com moda infantil.

Ah, mas o título veio há poucos dias! Veio, mas isso é coisa que se trama há anos. Mais do que isso, um título só se recebe como forma de reconhecimento a algo que existe de fato. No nosso, caso, até pode ser que existe nos números, que muitas vezes brigam entre eles próprios nas várias argumentações que se usam para sustentar este telhado sem pilares. O título é o telhado que protege uma fundação, uma construção, um arcabouço. E por enquanto, só temos o telhado (e neste caso, de vidro).

A própria prefeitura de Gaspar devia ter um stand receptivo e marqueteiro – um assunto que domina como poucos para seus políticos – com este mote comemorativo; farto material mostrando quem são essas empresas, quem são essas marcas, onde encontrar aqui, como se orgulhar e se identificar estas marcas no varejo local, regional e brasileiro etc e tal. Nada! O negócio dos políticos é fazer uma espuma, ainda mais em ano de eleições. Então criam-se circos. Shows, fotos, babação, muita rede social.

Para encerrar e ser repetitivo, mostrando o lado do marketing que funciona por aqui para criar um mundo de fantasia, devemos ir para a nossa vizinha Ilhota.

Quem quis ir a ExpoGaspar neste final de semana e veio do litoral, contou na Rodovia Jorge Lacerda do trevo de Itajaí da BR-101 até o centro de Ilhota quase 100 painéis, outdoors e placas promovendo, informando, indicando marcas, lojas e fábricas da moda íntima, praia e fitness. E Ilhota, por enquanto, oficialmente não é capital de nada disso. Mas, vive disso. É reconhecida por isso. Atrai. É business. Uma festa. Real.

E quando se chegou ao centro de Ilhota, o viajante com destino a Gaspar teve que tirar o pé do acelerador. Ficou atordoado com tantas lojas e o movimento nelas. Quando chegou a Gaspar – a Capital Nacional da Moda Infantil – nenhuma plaquinha, ao menos, vangloriando-se disso.

Quando chegou na ExpoGaspar, na Arena Multiuso que nem do município é porque os políticos não foram capazes de solucionar o problema que criaram para o dono da área e para a cidade, pensou que se estava no local errado. Não se viu moda. Não pode se fazer negócios. Não pode comparar, comprar onde estavam milhares de gasparenses – alguns deles trabalhadores – diretos e indiretos – de indústrias da tal Moda Infantil e muitos visitantes, que no exagero oficial se contou 40 mil. Entenderam, ou é preciso desenhar?

Ah, por que a imprensa local não aborda esta e outra aberrações? Porque é um negócio. Não quer se incomodar. Por isso, o blog não possui patrocínios públicos ou privados, ou vive de audiência paga, tipo likes. E expõe. E os políticos ficam declaradamente inconformados, mas não se corrigem. Como diz o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, ao comemorar o sucesso do evento; “que venha a ExpoGaspar 2023”, mas que ao menos não se esconda da cidade que a cidade é a Capital Nacional da Moda Infantil. Há um ano para reverter o vexame deste final de semana. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Por quê os caros shows da ExpoGaspar foram de graça ao público e não cobrados como se pensou inicialmente? Porque há decisões nos tribunais mandando prefeituras e promotoras de ventos devolver aos cofres públicos, além de multas e punições, o que se arrecadou em show que se disse ser de evento público. Em Santa Catarina, aconteceu muito recentemente isso com o prefeito de Bocaina do Sul, na Serra.

Uma das formas de se ressacir por eventuais investimentos, a empresa promotora da ExpoGaspar cobrou estacionamento. Na quinta-feira, a estadia diária era de R$20,00. Na sexta-feira aumentou para R$30,00.

Gerou mal-estar até na Casa D’Agronômica, em Florianópolis. O deputado Jerry Comper, MDB, é um aliado de primeira hora na reeleição de Carlos Moisés da Silva, Republicanos. O deputado tem em Gaspar, o vereador Ciro André Quintino, MDB, como seu cabo eleitoral incondicional.

Quando o quase rifado candidato do MDB, o ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antínio Aleixo Lunelli, apareceu por aqui na semana passada para pedir apoio, dos minguados emedebistas que o receberam, entre eles estava Ciro e que jurou ser Antídio desde criancinha. E a coisa pegou.

Educação política. Há poucos dias, gerou certa repulsa o fato de em curso de reciclagem de professores em Blumenau, os professores tenham sido “presenteados” com um livro do deputado estadual, e prefeito de fato de Gaspar, Ismael dos Santos, PSD, em campanha pela vaga de Federal.

Não foi um descuido. É intencional.

Pois não é que semana passada, o irmão de templo de Ismael, o vereador de Gaspar, Cleverson Ferreira dos Santos, PP, recebeu em seu gabinete crianças do sexto e oitavo ano da escola Vitório Anacleto. O que elas receberam para se instruírem? O livro do deputado, o mesmo que colocou um curioso, vindo de Blumenau, para ser o secretário de Educação aqui, o jornalista Emerson Antunes.

Tem gente que não é do ramo e possui um compressor a óleo para vender ou alugar. Ar comprimido salva vidas. Será?