Na terça-feira corria uma repetida discussão sobre o estado lastimável da praça do Sertão Verde. “Pronta”, a praça já está em “recuperação”, num desatino contra a engenharia como mostra ao lado o alinhamento do perímetro dela que a falta de dreno tornou um tanque. Não é preciso ir mais adiante sobre os erros e desacertos dessa aventura projetada.
O assunto é matéria antiga por aqui e a discussão envolveu mais uma vez os vereadores Dionísio Luiz Bertoldi, PT – o único de oposição -, o presidente da Câmara e ex-morador e comerciante da Margem Esquerda, Francisco Solano Anhaia, e o vice-líder do governo, Ciro André Quintino, ambos do MDB.
Agora, a praça do Sertão Verde, segundo os porta-vozes na Câmara do governo Kleber Edson Wan Dall, MDB, não está pronta e as críticas são no mínimo precipitadas, segundo ele. Mas, já estava. Tem brinquedos para crianças de quatro anos que se desmancha pelo uso de outras maiores. E já vai ser refeita. Mais custos, mais desperdícios, mais desgastes para todos, inclusive para os políticos envolvidos na estrovenga.
Ela, vejam só contrasta com a praça da Rua Niterói, na Margem Esquerda, que entrou de uma hora na lista das trinta e poucas praças que Kleber quer fazer e entregar à comunidade, depois que “descobriu” que o povo de Gaspar não lugar público de lazer.
Talvez, tudo isso para justificar o parque náutico que está construindo para os riquinhos daqui e da região, bem como o mirante que já apareceu na propaganda oficial, serviu de cenário para selfies dos familiares do poder de plantão, que quase já caiu barraca abaixo em direção ao Rio Itajaí Acú, mas ainda não foi franqueado à população.
A praça da Rua Niterói já está pronta, rapidamente entregue à comunidade e uma belezura. E sabe a razão disso? É que ela foi contruída e bancada na sua maior parte pela iniciativa privada, a gasparense Pacopedra, a qual infesta a região com obras públicas de bom padrão. A Pacopedra firmou um compromisso de permuta num loteamento que estruturou na vizinhança da Rua Niterói.
Perceberam a diferença? Onde a prefeitura mete a mão, as coisas se complicam, se enrolam, se polemizam e se atrasam. Dá até CPI, como foi o caso da drenagem da Rua Frei Solano, no Gasparinho, que teve que ser enterrada usando o tapetão da Câmara. Onde a iniciativa privada se compromete, há soluções, não somente rápida, mas de qualidade, como foi o caso por exemplo da única parte até agora duplicada do Anel de Contorno. Incrível!
E para encerrar. Só agora, os “çabios” da prefeitura de Gaspar descobriram que esse negócio de projeto – que nasceu, vejam só, na secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa – , licitação e fiscalização de construção de praças não pode estar ligado e gerenciado na Fundação Municipal de Esporte e Lazer, de Roni Jean Muller, MDB.
Quem é leitor ou leitora deste blog já sabia disso e há meses. Teimosos. Acorda, Gaspar!