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ENTRE TANTOS ATRASOS, O IFSC DE GASPAR É UMA LUZ NO ENSINO PÚBLICO DE QUALIDADE EM SANTA CATARINA

Educação, conhecimento, transparência, planejamento, inserção competitiva, inovação, resultados coletivos, reconhecimento e inclusão social, sempre foram meus temas preferidos. Não há como escondê-los. Daí à permanente cobrança dos políticos e gestores públicos para benefício coletivo.

A coluna que escrevi para esta sexta-feira na edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale – o mais antigo e em circulação em Gaspar e Ilhota, sob os títulos “gestão e resultados I, II, III e IV“, abordo exatamente esta dicotomia. Nela, destaco um oásis em meio ao deserto gasparense nas iniciativas públicas que miram unicamente as urnas a qualquer preço e custos para a sociedade.

O texto aqui, sofreu algumas modificações em relação ao original, porque no jornal, estou limitado ao espaço físico da página onde a coluna está.

Vamos ao que interessa.

Você sabia que o campus do Instituto Federal de Santa Catarina, em Gaspar, é entre os 22 do estado o segundo em número de matriculados e de estágios? Você sabia que nos seus onze anos de existência ele já promoveu mais de 1.500 eventos científicos presenciais e on-line, inclusive com intervenções internacionais em benefício de seus alunos? Que ele é referência não só em cursos, mas nas parcerias que promove, que vão além do conhecimento que transmite e incentiva, como também na inserção, cidadania e inclusão social de imigrantes como haitianos e venezuelanos?

Eu poderia ficar aqui repetindo à “prestação de contas comunitária” que a diretora do campus, Ana Paula da Silveira (foto acima), fez na terça feita na Câmara Municipal.

Ironicamente, o pronunciamento dela contrastou com as mais novas revelações do desastre da gestão do Hospital de Gaspar, tão bem desenhada, mais uma vez, pelo vereador Amauri Bornhausen, PDT, em tese um dos onze da Bancada do Amém (MDB, PSD, PP, PDT e PSDB) entre 13 vereadores, a que dá governabilidade ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB.

Passei a minha vida inteira trabalhando com gestão, incluindo crises, estratégia, inovação, comunicação e marketing. E quase sempre no topo de projetos ousados e que se tornaram com o tempo referência e cases de sucesso. Aprendi que eles estão ligados a pessoas ousadas e diferenciais, capazes de liderarem equipes heterogêneas – repito, heterogêneas, o segredo das conquistas – e ousadas. Nem mais, nem menos.

E Ana Paula, a quem não conheço pessoalmente, reconheço, todavia, é uma dessas.

Ou alguém acha que ser o segundo melhor campus do IFSC em desempenho em Santa Catarina veio do nada, que não é algo diferencial que alguém quis, planejou e acreditou com todas as limitações que se impuseram e que outros campi não conseguiram superar? Material – inclusive humano e qualificado – tinham.

Mais. Ana Paula nem precisava prestar contas na Câmara, mas estava lá, sendo transparente, porque tem orgulho do que faz, tem um legado para exemplificar, quer ser reconhecida por meio de seus resultados que produz para a sociedade naquilo que forma de melhor para a comunidade e seu futuro: jovens.

No outro lado, pasmos, estavam à contradição de Ana Paula que liderou todo esse sucesso para IFSC de Gaspar: os políticos. Restou louvar e bater palmas, fingindo que para onde que se olhe na gestão pública do governo Kleber, como Educação, Saúde, Assistência Social, Controle, Planejamento e Obras de Kleber não há problemas graves de gestão, inovação, transparência e resultados.

E por que?

Porque os espaços são ocupados por curiosos, por gente que ganha o emprego por paga eleitoral e que no fundo não possui nem liderança, nem qualificação para produzir resultados à comunidade, a que sustenta todo este mundinho à parte com os pesados impostos.

Ah, o IFSC também é público! Sim, e prova neste caso do campus de Gaspar, que também pode ser eficaz, transparente, ousado, exemplar, técnico e livre de amarras ideológicas para entregar à sociedade alunos, cidadãos e cidadãs habilitados, competitivos…

O IFSC de Gaspar é hoje desejado por estudantes vencedores mesmo sendo um ente público. E quem revelou isso na sessão? O advogado e vereador Francisco Hostins Júnior, MDB, filho de educador e ex-prefeito, citando seu filho, egresso de lá e que propaga esses diferenciais como prêmio a quem ele quer bem e vencedor.

E no outro lado que Kleber tem a oferecer nesta área? Um secretário de educação curioso na área, o jornalista Emerson Antunes, de Blumenau, colocado lá na cota política do PSD do deputado Ismael dos Santos. Qual o feito do secretário até agora? Ter criado uma polêmica desnecessária discriminando as oportunidades entre os alunos das escolas públicas e privadas.

Outra. A vereadora Zilma Mônica Sansão Benevenutti, MDB, que foi à tribuna elogiar Ana Paula, não conseguiu sequer se espelhar nela. Quando secretária de Educação do mesmo Kleber, a educadora Zilma – e antes da pandemia – produziu uma queda no Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – enfraquecendo desta maneira, a competitividade das nossas crianças e adolescentes. Impressionante.

Caminhando para o encerramento.

A nota melancólica da sessão da Câmara nesta prestação da educadora e gestora Ana Paula, todavia, foi mais uma vez, produzida pelo PT, por meio do seu único vereador Dionísio Luiz Bertoldi.

Para ele, o IFSC está em Gaspar – e é bom – por causa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ex-senadora Ideli Salvatti, do ex-deputado Décio Neri de Lima e do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi. Errado. Só narrativa. E torta.

Não entro no mérito pedagógico essencial para o sucesso do campus do IFSC em Gaspar. Mas, vou repetir pela enésima vez esta história, só porque sou parte dela.

Este campus originariamente era destinado a Blumenau (número de habitantes). Uma composição do ex-presidente da ACIG, Samir Buhatem, cuja diretoria eu fazia parte como representante da Bunge, com o presidente da ACIB, Ricardo Stodieck, com a intermediação de Ideli que tinha o pleito para Gaspar, foi possível alocar este campus na divisa de Gaspar e Blumenau, ali no Bela Vista.

E depois, vivenciamos outra batalha: a doação de parte do terreno pela Associação de Moradores, a que havia ganho ele da antiga Ceval Alimentos. Na escritura estava expresso impedimento formal da venda ou doação dele a outras finalidades. Mas, a nova era muito nobre. A Bunge entendeu! A Associação também. E se vê agora, que todos estavam certos.

Assim ganharam os jovens, o futuro, a educação pública de qualidade, a cidade e de parte do Vale do Itajaí. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Pois na mesma sessão da Câmara, os gasparenses ficaram sabendo que o desastre chamado Hospital de Gaspar é de dar dó a qualquer um. Menos aos políticos que se servem dele, escondem os números e o estado das coisas de lá.

Por isso, lutam contra a necessária transparência. Antes, querem “pegar” quem divulga dados oficiais, bem como punir e processar os “vazadores”. Triste, muito triste.

Ficamos sabendo então que, a Central de Gás foi penhorada e removida por decisão judicial. O vereador Amauri diz que a negociação até seria possível. Mas, não se fez. Contratou-se outra pelo dobro do preço. Ai, ai, ai.

O Centro cirúrgico está penhorado por demandas judiciais; outros equipamentos e instrumentos na mesma mira. E vai se avançar sobre as doações. Central de energia elétrica sucateada. Meu Deus!

Só ao município de Gaspar, o Hospital – cujo dono ninguém sabe quem é e que está sob intervenção marota da prefeitura – deve mais de R$ 3 milhões em tributos.

O Hospital vai fazer o Refis? O Município vai perdoar? Um saco sem fundo. E por que? Há dívidas confessadas, impostos retidos e não pagos, ou seja, crime tipificado.

QUARTA-FEIRA E ANTES DE SAIR DE LICENÇA SEM REMUNERAÇÃO E POR UMA SEMANA, KLEBER, ASSINOU NOVO REPASSE MILIONÁRIO AO HOSPITAL: R$2.575.690,56

A festança para comemorar os 50 anos do Samae de Gaspar já tem empenhos que superam os R$40 mil.

O governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e seus “çábios” rodam atrás do próprio rabo neste e outros assuntos, entretanto, o líder do governo na Câmara, José Hilário Melato, PP, incomodado, diz que só em Gaspar “poste está mija no cachorro”. Quer todos enquadrados. Silenciados.

Enquanto isso, a gestora do Hospital em meio a este desastre que não consegue controlar, foi a Florianópolis, como outros mais de cem, “receber uma placa” da Assembleia Legislativa, por fazer o obrigatório e óbvio: atender os pacientes do SUS no Hospital. É ou não zombaria?

Um novo requerimento do vereador Amauri Bornhausen, PDT, se respondido, desnuda ainda mais o fracasso gerencial do Hospital. Abatido por seus próprios dados, a gestão terceirizada do Hospital reúne força, narrativa e dados para responder Amauri.

É esperar para ver. O risco de desmoralização é alto. Acorda, Gaspar!

E para encerrar. Esta quinta-feira foi recheada de “surpresas” já anunciadas por aqui. Kleber virou oficialmente candidato a deputado estadual. A oficialização, foi numa num ato restritíssimo, entre meia dúzia de riquinhos da cidade. Os votos serão do povão e dos evangélicos.

Agora se deu férias a si e vai olhar a maré com os próximos que recém empregou e já se licenciaram. Acorda, Gaspar!

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