Inacreditável como O PT, Luiz Inácio Lula da Silva e a esquerda do atraso são repetitivos. Eles pensam que todos nós somos tolos, não sabemos fazer contas ou estamos altamente desinformados sobre o passado deles, a economia e os resultado desastrosos que já provocaram. Não aprenderam nada com o passado que os derrotou para um doido, muito menos com cadeia ou impeachment do ex-presidente Dilma Vana Rousseff – que agora Lula chama de golpe, “golpe” este validado pelo Congresso e o Supremo Tribunal Federal – o mesmo que salvou Lula da cadeia. O STF presidiu àquela sessão do Congresso. Ela foi para a história de Dilma e do Brasil.
Embrulhado em espertezas neste assunto, também está o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, PL., e que nunca foi conservador ou de direita.
Os fatos. Lula botou o ex-ministro de Educação de Dilma, o companheiro Aluízio Mercadante Oliva, na presidência do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – DNDEs – e disse voltará a ser como antes: o banco vai financiar as empresas brasileiras para fazer obras nos outros países só porque são governados por adeptos da ideologia da esquerda do atraso ou ditaduras como Cuba, Venezuela entre outros, com calotes bilionários contra o Brasil.
Lula e o PT se defendem de que estes “financiamentos”, supostamente gerariam milhares de empregos e milhões de impostos no Brasil. E se esta dívida bilionária e em dólares, quando não paga pelos países devedores, o BNDES acionaria o fiador. E quem é o fiador dessas transações e que já foi acionado em bilhões de dólares devido nos calotes recebido dos devedores internacionais do BNDEs? O Tesouro Nacional, ou seja, o trabalhador, o desempregado e aposentado brasileiro. Ou seja, quem verdadeiramente pena para pagar cada vez mais os altos impostos. Eles é que sustenta esta máquina da loucura feita para gastar e desperdiçar dinheiro público.
Resumindo: aumenta-se ainda mais a dívida do Brasil; toma-se mais dinheiro no mercado para cobrir o rombo; aumenta-se a inflação e os juros com isso. Fermento de bolo. Coisa de doido para enganar analfabetos, ignorantes, desinformados e alimentar uma militância ideológica. Aliás, melhor resumo li no twitter: “os ‘filhos’ passando fome, mas o ‘pai bondoso’ prefere emprestar o dinheiro da família para os vizinhos caloteiros“.
Retomando
Enquanto Lula viaja para fazer discursos de bondades aos outros com os nossos impostos, obras como a duplicação da BR-470, para matar menos cidadãos e cidadãs pagadores de impostos, para dar mobilidade e competitividade à uma região geradora de impostos não só para as suas cidades, o estado e principalmente o Brasil, sai do radar do governo Lula, do PT e da esquerda do atraso. Incrível!
Pois não é que as máquinas saíram das diversas frentes de trabalho desde a semana passada da duplicação da BR 470, e exatamente na mesma semana que Lula foi à Argentina anunciar o possível pacote de bondades aos companheiros caloteiros? O Dnit, oficialmente e por nota burocrática, negou. Mas, quem passa pela rodovia seja para escoar e trazer produtos, seja a turismo, seja para ir ao litoral, já testemunha o sumiço das máquinas e operários. Outra vez, a realidade não bate com o discurso dos políticos no poder de plantão, sejam eles de que partido forem.
Como escreveu sábado, em O Globo, Carlos Alberto Sardenberg “se ao menos fossem erros novos… Inevitável esse pensamento diante das propostas de política econômica que vão surgindo nas diversas esferas do governo Lula. Dirão: um erro é um erro, não importa se novo ou velho. Certo, na teoria. Na prática, não é bem assim. Um erro novo pode resultar de uma sincera tentativa de mudança. Não diminui o erro, mas diminui a culpa do autor. Pode ser admitido e corrigido. Mas é incrível que, neste Brasil, não se admita nem se tente corrigir uma visão de política econômica já testada e fracassada”.
Não é aqui no Brasil que Lula, o PT, a esquerda do atraso e mais uma parte do Centrão que já se agarrou no governo Lula, como o MDB e PSD ganharam votos? E ganharam porque diziam que o Brasil estava em frangalhos e que precisava reverter isto tudo? Agora, esses mesmos políticos, não satisfeitos com o erro do passado onde se labuzaram, querem repeti-los? E ao invés de nós, escolheram como prioridade ajudar os outros países mal-governados e do qual não temos nenhuma ingerência política e administrativa? Por que o PT, Lula, a esquerda do atraso e parte deste Centrão querem impor mais sacrifícios e prejuízos aos brasileiros deixando parar obras vitais ao desenvolvimento no Brasil, como o caso da BR-470? Inacreditável!
A BR-470 – e outras rodovias federais como a duplicação BR-280 para o porto de São Francisco do Sul e região do Vale do Itapocú com a BR 101- só foram para frente diante em Santa Catarina por causa do aporte de recursos que o governo de Carlos Moisés da Silva, Republicanos, com aprovação da Assembleia, colocou nelas.
Foram R$465 milhões dos catarinenses para obras novas e manutenção das rodovias federais e minguadas no Orçamento de Brasília. Porque se fosse pelo atual governador, Jorginho Mello, PL, como o perdão do trocadilho, a pedido de Jair Messias Bolsonaro, PL, – o que cortou o orçamento das duplicações e melhorias -, tentou melar esta injeção de recursos que deu sobrevida às obras. E se prevalecesse à campanha de Jorginho que andou pelo Vale Europeu para ganhar adeptos e saiu corrido por isso, neste momento, só teríamos pista simples, mais mortes e tudo estaria bem pior do que está.
Somos o sexto estado em arrecadação de tributos para a Federação. E ela, como uma punição ao nosso desempenho, somos o 20º no retorno dela para as nossas necessidades. Alguém do PT, da esquerda do atraso e do Centrão que apoia à inversão de prioridades de Lula para os estrangeiros pode – em números – contrariar esta verdade?
Jorginho, o aloprado, porque estava já vestido de candidato a governador, votou a favor da redução eleitoreira de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.
Na semana passada, o que Jorginho estava fazendo em Brasília depois que o seu secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, mostrou-lhe os números, incompatíveis do seu discurso eleitoral irresponsável, numa lamúria pública e que todos que lidam com este assunto já sabiam de cor e salteado durante a campanha? Jorginho no encontro coletivo dos governadores com Lula, em Brasília, engrossou o coro para a volta das alíquotas originais do ICMS que ele próprio votou no Senado para cortar, enganar, prejudicar o seu estado e com isso se eleger.
Como confiar em políticos com esta dupla interpretação de um mesmo assunto? No que Jorginho difere de Lula, afinal se ambos são dados a repetir erros do passado no presente?
Ah, Jorginho pediu pelas rodovias federais, as mesmas que boicotou quando Carlos Moisés emergencialmente foi atrás de soluções para não deixar Santa Catarina no atraso na competitividade logística e de custos. Ou seja, Jorginho fez o jogo de outros governadores anteriores a Carlos Moisés. Colocou a bomba em Brasília e armou o palanque para se queixar e ter a desculpa na ponta da língua. Solução de verdade à vista, nenhuma até agora.
Retomando para encerrar sobre a hipocrisia do PT, da esquerda do atraso, de Lula e e parte do Centrão que sentou no novo governo de plantão em Brasília.
Ora, se é para ter prejuízos no Tesouro Nacional pagando dívidas de governos caloteiros, ao menos vamos investir no Brasil para gerar não só mais empregos, mais renda, mais impostos e um futuro competitivo via a produtividade logística.
Santa Catarina precisa melhorar os acessos aos portos, precisa implantar uma ferrovia para interligar o Oeste ao Centro Oeste e portos brasileiros. O dito Vale Europeu precisa de mais três pontes sobre o Rio Itajaí Açú, precisa de uma rodovia alternativa entre o Alto Vale do Itajaí e o Litoral. Mais do que isso: precisa de solução jurídica e social com os Xoklengs da Reserva Duque de Caxias, para assim dar segurança operacional à Barragem de Ibirama, no Rio Hercílio, e com isso, proteger-se das grandes enchentes numa região onde está quase um quarto do PIB catarinense e outro um milhão de trabalhadores, empreendedores e pagadores de pesados impostos à jusante dela. Ah, além da duplicação da BR-470 pelo menos até Indaial.
Como se vê, o PT, Lula, a esquerda do atraso, parte do Centrão no governo Federal, bem como o governador Jorginho Mello, PL, estão todos no mesmo balaio de erros contra os catarinenses, independentemente das suas escolhas políticas.
TRAPICHE
Como as coisas realmente são. Aqui em Gaspar, em Santa Catarina e alhures. Na sexta-feira publiquei de que o ex-quase tudo no MDB nacional e nas funções eletivas parlamentares ou administrativas em Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, estaria se remexendo no túmulo. É que a suplente de Jorginho Mello, PL, e agora senadora Ivete Appel da Silveira, MDB, declarou voto ao potiguar Rogério Marinho, PL, à presidência da Casa, apesar do voto neste caso ser secreto.
E “O Antagonista”, em texto assinado por Marisa Wanzeller, na mesma sexta-feira, explicou parte da razão dessa declaração de voto público para conter a ira e a marcação cerrada dos bolsonaristas radicais.
“Apenas oito dias após ter o filho nomeado como assessor especial na Casa Civil pelo governador Jorginho Mello (PL), a senador Ivete Appel da Silveira (MDB) declara voto a Rogério Marinho (PL). A nomeação de Cláudio Silveira saiu no Diário Oficial no dia 17 de janeiro. A senadora declarou voto à imprensa na última quarta-feira (indo contra o posicionamento do MDB de apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco”.
Nada estranho, por outro lado. Isto mostra o quanto o enfraquecido MDB de Santa Catarina já embarcou no governo de Jorginho depois de salvar os dois anos de Carlos Moisés da Silva, Republicanos, de ter lavado as mãos na reeleição dele. Se Luiz Henrique fosse vivo, o MDB não seria, certamente, um dependente de caronas incertas.
O Conselho Tutelar de Gaspar é “sui generis”. Por sugestão da nova presidente – o mandato é de seis meses -, a secretária do Conselho não receberá mais as denúncias naquilo que o Conselho está obrigado a agir legalmente na proteção da criança ou adolescente em estado de vulnerabilidade. A presidente é Josiane Cristina dos Passos Zuchi e a secretária Mayndra Tonet. Dois conselheiros fingiram que não erm com eles e não “aprovaram” tal decisão. Temem que isto ainda pode dar problemas. E eles não querem carregar mais este fardo.
Ora, se um dos conselheiros não está obrigado a receber as denúncias da comunidade e de fatos que exijam a sua ação ou reação como Conselheiro Tutelar, qual a razão dele ser conselheiro titular? E tudo se torna ainda mais nebuloso e grave ao mesmo tempo, quando se cria esta exceção. E por que? É sabido que entre as obrigações do Conselho Tutelar – aqui ou em qualquer lugar onde ele verdadeiramente funcione – está a de encaminhar junto ao Ministério Público “notícia de fato” que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos das crianças e adolescentes.
Isto não seria uma omissão institucionalizada em reunião oficial do próprio Conselho? Estes dias, uma pequena nota aqui de uso indevido de veículo do Conselho provocou mal-estar entre eles e asco dos envolvidos contra este blogueiro. Queriam saber quem tinha dedurado o mau uso do veículo e não exatamente estavam preocupados corrigir o erro ou em punir quem praticou o desvio de conduta. A prática do corporativismo beira à inversão de valores: contra quem fiscaliza e pede o mínimo de decência no uso do dinheiro no exercício de função pública.
A falta de transparência do Conselho Tutelar de Gaspar é outra marca dele. Um press release que está postado na página do próprio Conselho Tutelar de Gaspar informa que Luiz Carlos Rodrigues dos Santos tinha sido eleito suplente. Mas, “esqueceram” de dizer com quantos votos. Luiz Carlos acaba de ser nomeado titular no lugar de Maria Marlise Rita. Ela se “cansou”. Inclusive de cobrir ausências e férias dos demais.
Onde está o erro I? – Blumenau faz uma programação de verão especial para crianças, jovens e famílias no Parque Ramiro Rüdguer, no bairro da Velha. A NSC foi lá registrar. Na sexta-feira ela mostrou no seu “Jornal do Almoço”. Uma das entrevistadas disse que era família moradora de Gaspar.
Onde está o erro II? – Claro! Aqui a Arena Multiuso está fechada ao público devido ao litígio criado pelo PT do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi com o dono do terreno. Soma-se a isto à inércia dos seis anos do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, para criar soluções a este caso. Resultado? A cidade está sem referência de área de lazer comum para os gasparenses ou programação que envolvam as comunidades.
Onde está o erro III? – A prefeitura de Gaspar fez festa para “inaugurar” um “mirante” no Centro da cidade como se fosse algo magnífico se olhar o Rio Itajaí Açú poluído por aqui pelos próprios gasparenses, diante da inércia dos governos para dotar a cidade com saneamento básico. Virou ponto de consumo de drogas ilícitas – na verdade, ele apenas se deslocou; estava defronte o mirante, na Praça Getúlio Vargas, a da própria prefeitura – e vandalismos. Agora, e só agora, instalou-se uma câmera ligada a Polícia Militar. Vão enxugar gelo.
Afinal onde está o erro IV? No caro e errático marketing que trabalha contra o próprio governo de plantão. Ele não resiste à realidade. E depois sou eu o exagerado? Acorda, Gaspar!
7 comentários em “ENQUANTO LULA E O PT PROMETEM GASTAR DINHEIRO DOS BRASILEIROS COM PAÍSES EM FRANGALHOS E CALOTEIROS, AS OBRAS DE DUPLICAÇÃO DA BR-470 ESTÃO PARANDO POR FALTA DE RECURSOS FEDERAIS. IMPRESSIONANTE!”
LÍNGUA LIVRE, por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo
Mais que democrática, a língua é libertária. É verdade que gramáticos prescricionistas tentam agrilhoá-la a regras, mas sua autoridade não vai muito além das provas de português, um pedaço pequeno da linguagem. No mundo real, cada falante diz o que quer, imprimindo suas idiossincrasias ao idioma. As inovações são então submetidas a um processo de digestão linguística, ao fim do qual algumas mudanças serão incorporadas, e a maioria, rejeitada, não passando de modismos. Já apanhei por escrever isso, mas não existe erro de português. Só o que temos são utilizações mais ou menos adequadas ao contexto.
Isso significa que podemos chamar o Bolsonaro de genocida, o impeachment de Dilma de golpe e utilizar linguagem neutra? Com certeza. A questão é em qual contexto o fazemos. A palavra “golpe”, por exemplo, é polissêmica, significando desde “revés” (recebeu um golpe do destino) até “ruptura constitucional” (o general deu um golpe de Estado). Se você gosta da Dilma e ela caiu, pode dizer que sofreu um golpe. Mas, se sua referência é o sentido jurídico-sociológico de golpe, aí o uso se torna inadequado, já que a destituição seguiu as regras constitucionais, sob supervisão do ministro do STF mais próximo ao PT.
O petista renitente poderá dizer que a legalidade foi formal, mas não material, já que o crime de responsabilidade a ela atribuído não existiu ou não justificava a perda do cargo. Talvez, mas aí, por coerência, precisaríamos acusar o PT de várias tentativas de golpe, já que, entre 1990 e 2002, apresentou 50 pedidos de impeachment presidencial. Difícil crer que todos fossem irrefutáveis.
Minha impressão é que petistas apostam nas ambiguidades semânticas para tentar controlar a narrativa. Não é um problema no que diz respeito à sempre libertária língua, mas é uma violação às regras do bom debate, pelas quais precisamos no mínimo definir os termos utilizados.
OS PESOS E AS MEDIDAS DE LULA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo
Na campanha eleitoral, o petista Lula da Silva chamou o orçamento secreto de “bandidagem” e acusou seu adversário, o então presidente Jair Bolsonaro, de ser uma “pessoa má” que “anda com assassinos e milicianos”. Eleito presidente, Lula não parece mais tão convicto de sua ojeriza a milicianos e ao orçamento secreto, ao menos em casos envolvendo ministros seus.
O Estadão revelou que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), direcionou R$ 5 milhões do orçamento secreto para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda, em Vitorino Freire (MA). A propriedade abriga uma pista de pouso e um heliponto. Segundo o jornal apurou, Juscelino Filho destinou R$ 50 milhões em emendas de relator. Parte dos recursos (R$ 16 milhões) foi encaminhada à prefeitura de Vitorino Freire, cuja prefeita, Luanna Rezende, é irmã do ministro das Comunicações.
No caso relacionado a Juscelino Filho, dois pontos adicionais chamam a atenção. A empresa contratada pelo município de Vitorino Freire para realizar a obra da estrada é de Eduardo José Barros Costa, o Eduardo Imperador, amigo de longa data da família do ministro das Comunicações. Cinco meses após a assinatura do contrato, o empresário foi preso pela Polícia Federal, acusado de pagar propina a servidores federais para obter obras na cidade. Além disso, o engenheiro da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) que assinou o parecer autorizando o valor orçado para a pavimentação foi indicado pelo grupo político de Juscelino Filho. Ele foi afastado do cargo sob suspeita de receber R$ 250 mil em propina de Eduardo Imperador.
Em outro caso, revelado no início de janeiro, soube-se que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), tem animadas relações com milicianos. Deputada federal mais votada do Rio de Janeiro no ano passado, Daniela Carneiro recebeu apoio, como cabo eleitoral, de Giane Prudêncio, a “Giane Jura”, mulher do miliciano Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado a 26 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa e homicídio. Ex-sargento da Polícia Militar, ele cumpre atualmente a pena em regime semiaberto. Giane Jura aparece ao lado da ministra do Turismo em fotos nas redes sociais.
Não obstante essa documentada série de evidências, a ministra do Turismo segue no cargo, do qual já deveria ter sido afastada desde que o caso foi tornado público. Do mesmo modo, não parece haver dúvida de que o ministro das Comunicações deve ser chamado pelo presidente Lula para dar explicações, se é que há alguma, para tão evidente imoralidade no uso de verba pública.
Sabe-se que Lula da Silva teve que contrair dívidas políticas para ampliar sua esquálida base parlamentar e assim ter alguma chance de aprovar os projetos de interesse do governo. Parte dessas dívidas foi paga com a oferta de cargos no governo para os partidos interessados em barganhar votos. Os ministros Juscelino Filho e Daniela Carneiro são a consequência dessa negociação. Ou seja, Lula pagará um preço político nada desprezível se resolver afastá-los, como mandam a ética e a responsabilidade, pois poderá melindrar partidos de cujo apoio precisa.
Por outro lado, Lula pagará igualmente um alto preço se decidir fazer vista grossa aos problemas de seus dois ministros, pois deixará claro para a sociedade que está disposto a sacrificar a decência no altar da governabilidade.
Portanto, o presidente tem uma boa oportunidade de mostrar ao País qual será o real nível de tolerância com malfeitos em seu governo. Não é questão de condenar ninguém por antecipação, mas simplesmente reconhecer que, dada a projeção de um ministro de Estado, é recomendável que, enquanto as circunstâncias não estiverem devidamente esclarecidas, a pessoa seja afastada do cargo público.
Nessa seara, o histórico do PT não é positivo. Grande parte da desconfiança da população em relação ao partido de Lula se deve à conivência, para dizer o mínimo, com escândalos de corrupção. Agora, no início do governo, o País poderá ver se Lula deseja fazer diferente.
Ué. . .mais o tal casal lima já não tinha presenteado o Vale do Itajaí com a duplicação da BR-460 em seu trajeto???
Presenteado não sei. Sobrou out-doors pela região, reuniões, entrevistas sem perguntas, press release e discursos. Faltou o bolo, as velinhas e a rodovia. Só para lembrar. No governo Dilma, o “dono” do Dnit nacional era Valdemar da Costa Neto, no velho PL, e o “dono” do Dnit em Santa Catarina, o atual governador Jorginho Mello, ainda no PSDB. A eficiência do Dnit daqui era tanta, que até o ex-ministro da Infraestrutura e hoje governador de São Paulo, Tarcísio gomes de Freitas, Republicanos, mandou defenestrar os indicados e protegidos de Jorginho no Dnit catarinense.
Se foram inteligentes, e devido à proximidade que possuem com Luiz Inácio Lula da Silva, o casal Décio Neri e Ana Paula Lima, fariam cabelo, barba, bigode e sovaco por Santa Catarina, trocando a ajuda aos hermanos sudamericanos aos irmãos catarinenses. A listinha é simples e o retorno, imediato.
Para completar o que escrevi no blog nesta segunda-feira e que os petistas não gostaram, por única razão, por que esclarece a hipocrisia do político salvador da pátria. Lula se acha eleito para governar o mundo e com o dinheiro dos brasileiros, escasso para tudo por aqui. Simples assim
LULA 3 X LULA 1, por Felipe Moura Brasil, no jornal O Estado de S. Paulo
As frases mais verdadeiras de Lula são de 2003, antes do mensalão, do petrolão, do uso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a favor de ditaduras socialistas, das fraudes fiscais e da crise econômica nos governos do PT.
Naquele ano, ele confessou em 27 de março:
“Quando a gente é de oposição, pode fazer bravata porque não vai poder executar nada mesmo. Agora, quando você é governo, tem de fazer; e aí não cabe a bravata.”
Em 22 de abril, ele reconheceu também:
“Nós não somos vítimas de nada. Somos vítimas da nossa competência ou da nossa incompetência.”
No mesmo dia, ele ainda sentenciou:
“Como dizia Lampião em 1927, neste país, quem tiver 30 contos de réis não vai para a cadeia.”
Vinte anos depois, Lula é o exemplo máximo de que (1) ricos podem até ir para a cadeia no Brasil, mas lá não ficam; (2) todas as formas de incompetência e malícia podem ser transformadas em narrativas vitimistas; e (3) não há limites para a continuidade, no governo, das bravatas vociferadas como oposição.
Quando ele declarou, na Argentina, que o impeachment de Dilma Rousseff foi um “golpe de Estado” e, no Uruguai, que Michel Temer é “golpista”, lembrei os discursos de 2016 da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, sobre o afastamento da petista do cargo.
“O devido processo legal foi observado. Golpe? Não! Isso se chama democracia. Os fatos existiram: os decretos e as pedaladas. A autoria se faz presente da senhora presidente da República, por ação e por omissão dolosa”, disse Tebet na tribuna do Senado Federal. “Por todo o mal que causou e está causando à população brasileira, eu voto a favor do impeachment”, declarou a então senadora emedebista.
Quando Lula, ainda no exterior, prometeu retomar o modelo de financiamentos que rendeu calotes de Cuba e Venezuela no BNDES, recorri aos dados do próprio banco estatal para expor o tamanho do acinte com os contribuintes brasileiros, ao que a Secom lulista veio a público como Ministério da Verdade fingir que não há risco de prejuízo nos empréstimos jamais quitados.
Ninguém, no entanto, refuta Lula melhor que Lula. Já que ele não vai mais para a cadeia, a única chance de seu governo dar certo para o nosso povo, seria ele aceitar que o PT não foi vítima de nada e que, quando é governo, tem de fazer mais do que falar.
O DÍZIMO GOLPISTA, por Miguel Almeida, em O Globo
‘Em nome do pai, dos filhos, dos espíritos e dos santos, amém’ é o enredo de 2023 da Gaviões da Fiel. As alas da escola reunirão na avenida espíritas, evangélicos, católicos e seguidores do candomblé e da umbanda. Contra a intolerância religiosa, a alegria da música e a irreverência carnavalesca.
No ano passado, a mesma Gaviões desfilou sob o tema “Basta!”, em referência direta aos desmandos na saúde, educação e política esperneados por aquele ex-líder da extrema direita. Dizia a letra do samba: A democracia alienada e a ditadura disfarçada/basta de hipocrisia/é hora da luta sair do papel.
E, logo depois das eleições presidenciais, a torcida da Gaviões protagonizou a mais linda reação aos golpistas, quando, a caminho do Rio, em razão de um jogo contra o Flamengo, rompeu os bloqueios dos caminhoneiros em avenidas de São Paulo. Os bolsonaristas em fuga ainda puderam ver pelo retrovisor, no alto de um viaduto, a faixa estendida pela torcida corintiana: “Somos pela Democracia”.
O samba pela concórdia religiosa chega à avenida depois da prisão de alguns pastores golpistas. Não apenas postaram a catilinária habitual contra as urnas eletrônicas, como invadiram os palácios no 8 de janeiro. Ancorados no dízimo arrecadado – aquele que não paga imposto -, ajudaram a destruir o patrimônio público.
Não é de hoje, sempre existiram maus religiosos disfarçados em nome da fé. Ainda sob tal escudo, perpetraram muitos crimes. Na eleição passada, o discurso de campanha escondeu a incompetência na gestão da pandemia – quase 700 mil vítimas – para vociferar o discurso fundamentalista de algumas denominações evangélicas contra religiões afro. A começar pela célebre ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. Tudo depois ecoado por parlamentares tuiteiros de cabelo pintado.
O número de golpistas presos, tamanha a barbárie da tentativa de golpe, deixou em segundo plano a prisão e a conspiração urdida por pastores evangélicos, sob inspiração do capitão e de seus militares de pijama (nem todos). Sob o governo bolsonarista, os religiosos conservadores sentiram-se confortáveis na sedição contra a democracia, como na propagação de suas aversões. Releram a Bíblia de acordo com seus interesses financeiros e políticos. Com sucesso, incentivaram ataques aos terreiros de religiões afro e a seus seguidores.
Logo depois da tentativa de golpe do 8 de janeiro, ao postarem opiniões e vídeos para caracterizar como manifestações democráticas o que foi um ataque ao resultado das eleições, praticaram outras ações criminosas. Protegidos pelo lero-lero da liberdade de expressão, buscam destruir o Estado Democrático e difundir entre a população narrativas escusas sempre pintadas pelo verniz da fé.
Durante a pandemia, em lugar de pedir compras rápidas de vacinas ou de respiradores, para proteger seu rebanho, revelaram seus interesses ao lutar para que seus templos não ficassem fechados. Afinal, o dízimo on-line não se mostrava tão eficiente como a coleta presencial.
O Brasil de 2023 precisa não apenas discutir o papel dos militares na sociedade, sem medo de golpe ou de quarteladas, como deveria enfrentar a sedição empreendida pelos pastores de extrema direita. Por décadas, o catolicismo conservador se viu confrontado por reações de quem não comungava com atrasos civilizatórios – como a luta contra o divórcio ou a pílula anticoncepcional. Eram duros debates, porém não se colocava, tal como posto agora por setores evangélicos, preconceito religioso. Tratava-se de rejeitar a proverbial catequização, em nome da fé, de igualar a todos sob as mesmas crenças.
É ainda o caso de usar a liberdade de opinião para discursar malquerenças dentro dos templos contra os gays. Embora a homofobia seja considerada crime pela Constituição, os pastores brigam para mostrar seus púlpitos como espaços livres da lei geral. Assim, pela enviesada fé, a recorrência no preconceito.
A França, de maneira mais grave, enfrenta há alguns anos o que se avizinha no Brasil. Os imãs brigam para impor preconceitos e costumes estranhos à sociedade francesa. Também querem espaços onde valham seus preceitos islâmicos fundamentalistas – quase sempre contrários à secular tolerância legal religiosa do país, num evidente caráter de retrocesso civilizatório. Lá, como aqui, a extrema direita se esconde atrás das liberdades civis para exterminar conquistas como… a liberdade de opinião. Isso não é um samba.
Aos petistas leitores e leitoras do blog que já estão fulos com o tema de hoje como se fosse possível e necessário esconder a realidade do governo Lula – como se intocável fosse e no mesmo esquema de idolatria de Bolsonaro – contra o Brasil e especialmente o Vale do Itajaí, este artigo desta segunda-feira é leitura obrigatória.
ESTRADAS DA MORTE, editorial do jornal O Estado de S. Paulo
As rodovias brasileiras estão em deterioração acelerada. Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), entre 2019 e 2021 a densidade de pontos críticos (ocorrências a cada 100 km) aumentou 42,7%. O problema não é novo. Entre 2012 e 2021, a densidade aumentou 481,5%.
A principal ocorrência é de buracos grandes (1.363), seguida por erosões nas pistas (303), quedas de barreiras (40) e pontes estreitas (18). A maioria dos buracos está na Região Nordeste; das erosões, no Norte; e das quedas de barreira, no Sudeste.
Para o bem ou para o mal, o Brasil optou por um modelo de transportes predominantemente rodoviário. Ele cobre 60% da movimentação de mercadorias e 95% da de passageiros. Assim, a precariedade das rodovias acarreta imensos danos, desde o tempo de viagem, consumo de combustível, desgaste nos veículos até os acidentes. Os custos pesam sobre o valor final dos produtos, especialmente os agropecuários. O Brasil tem recordes macabros de fatalidades no trânsito, a principal causa de mortes de crianças. Em 2022, o Ipea estimou 45 mil mortes e um custo de R$ 50 bilhões nos acidentes.
A contração e a má qualidade dos investimentos públicos responde por boa parte do problema. Segundo a consultoria Inter.B, desde 2014 o investimento total em infraestrutura caiu de 2,43% do PIB para 1,66%. Nas rodovias, a queda foi maior: em 2010 os investimentos federais representavam 0,26% do PIB; em 2022 foram só 0,07%. Mas, enquanto os investimentos públicos se contraíam brutalmente, os privados se mantiveram estáveis.
O problema, porém, não se reduz só à falta de dinheiro. Apenas 2,2% dos pontos críticos apresentam sinalização adequada. Como sinalização envolve custos mínimos, isso significa que motoristas estão correndo risco de vida por pura negligência.
Com a PEC da Transição, abriu-se espaço no Orçamento federal de 2023 para R$ 18,6 bilhões em infraestrutura de transporte, o triplo do valor de 2022. Mas, em primeiro lugar, isso está longe dos R$ 95 bilhões necessários, segundo a CNT. Depois, são recursos passíveis de contingenciamento e não há garantia de que serão mais bem empregados do que no passado. O governo promete um “Novo PAC”, mas o antigo é parte do problema. Em 2019, uma auditoria do TCU constatou que 21% dos contratos estavam paralisados após 12 anos do programa. Além disso, o maior volume de problemas está nas estradas estaduais.
A solução passa por transferir a responsabilidade por boa parte da infraestrutura à iniciativa privada. Segundo a CNT, 75% da malha sob gestão pública apresenta algum problema, em oposição a 31% daquela sob gestão privada.
Apenas 20% da malha federal, por exemplo, é de responsabilidade da iniciativa privada. Mas, se o Programa de Parcerias de Investimento for implementado, esse porcentual pode crescer para 36%. Todas as evidências sugerem que aumentar a participação privada é o caminho para melhorar a qualidade dos serviços prestados e aliviar o orçamento público. Mas esse é só mais um setor cujo futuro depende de um governo que não seja movido por ideias retrógradas sobre a iniciativa privada.