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EM GASPAR, O POSTE MIJA NO CACHORRO. E OS POLÍTICOS NOS ELEITORES E ELEITORAS QUE LHES FISCALIZAM

Advertido numa postagem neste blog pela leitora e “interventora” assídua com suas opiniões fortes, claras e diretas no espaço dos leitores, Odete Fantoni, soube, e confirmei neste final de semana, ao ouvir a gravação da sessão da Câmara de terça-feira passada, que a vereadora Zilma Mônica Sansão Benevenutti, MDB, decidiu e anunciou: ela vai processar os que a contradizem nas redes sociais.

Segundo a vereadora, é porque foi injuriada. Se foi, ela está certa. Mas, terá que provar.

E neste Brasil de hoje, independente da prova e argumento que se acosta aos autos, os julgamentos têm privilegiado os poderosos no poder de plantão. Impressionante! O noticiário diário não deixa nenhuma margem de dúvidas disso, quando não são executados antes de qualquer acesso ao devido processo legal. Pretos, pobres e putas ao calabouço, ao esquecimento, ou à culpa sem qualquer piedade e contraditório.

Pior mesmo, foi ouvir, que Zilma falava também em nome da presidente da Câmara, que tomou a mesma decisão. A presidente, jovem e aí que mora o perigo, já deixou claro em diversas ocasiões – e estão gravadas nas sessões da Câmara para não ir a outras fontes – que não gosta de ser contraditada.

E faz tempo, apesar da profissão original dela ser a de jornalista. Credibilidade que a perdeu quando se filiou a um partido, tornou-se política e nela quer fazer carreira. E aí, a jornalista escolheu um lado, ou seja, contra a imparcialidade que dizia ter como profissional da área que era e exigia falsamente dos outros, inclusive deste escriba.

Retomo.

Esse negócio de processar eleitores, eleitoras, leitores, leitoras e até articulistas como eu, não era novidade entre nós. Mas, se fazia com escaramuças e às escondidas, para intimidar, constranger, humilhar, desgastar, gerar custos, prejuízos – de toda a ordem – e perda de tempo. Tudo bem pontual, mas principalmente para calar os de opiniões diferentes da corrente no poder de plantão.

Não estou me referindo exclusivamente aos que estão no poder de hoje. É uma prática antiga por aqui. Também não difere de outros grotões e até mesmo de Brasília.

Entretanto, cada vez mais e agora, perderam a vergonha na cara e estão afrontando às escâncaras. Vão à tribuna da Câmara para avisar, ameaçar mais ou menos assim, na tradução livre para que os leitores e leitoras entendam bem o que estão dizendo: “ou vocês parem, ou vão se ver com a gente… Não estamos de brincadeira. Já escolhemos um para o malho…O próximo será quem não se atentar para o recado que estamos dando, ou seja, o ‘salve geral’…

Não foi gratuitamente que um dia destes, sabedor de que era ouvido, o mais longevo vereador da cidade, o José Hilário Melato, PP, seguidamente cobrado por Odete, da tribuna da Câmara lhe mandou um supostamente ingênuo “boa noite especial” para ela, na sua saudação introdutória da falação daquele dia. Pois é…

O poder de plantão da hora, a qual pertencem as duas vereadoras na Bancada do Amém, tem orgulho e espalha por aí – e não é de hoje -que possui, vejam bem, “o corpo fechado” nas instituições que deveriam fiscalizá-los, averiguar, inquirir, julgar e até puni-los.

Se não há isso, por outro lado, há sinais e jogadas que esses personagens do poder de plantão usam para sinalizar de que estão por cima da carne seca e possuem relacionamentos que podem ser melhores dos que os dos simples mortais pagadores de pesados impostos, os quais sustentam tanto os políticos, como os concursados dessas instituições, os quais deveriam estar a serviço, minimamente igualitário, dos cidadãos e cidadãs, especialmente dos mais vulneráveis, ou dos que não possuem esse “acesso” e “proteção” privilegiados.

Vereador governista que se orgulha de ter um filho estagiário no Ministério Público, vereadores e membros do governo que se orgulham de ter recebido seguidamente comendas da Polícia Militar e por ai vai. Pode até ser normal. Entretanto, são sinais enviados – e usados com ostensividade – pelos políticos aos seus adversários e à sociedade, de que há relacionamentos privilegiados institucionais entre todos eles. “Não mexam comigo, senão…

Isto se traduz em intimidação, mesmo que subliminar e até mesmo, não intencional.

Isto sem falar em jogadas policiais e judiciais que só acontecem com ajudinhas institucionais e contra os mais fracos, os adversários, os que não se calam diante de realidades que julgam ser desastrosas para a sociedade e por isso se opõem.

Havia um tempo nas eleições passada e no agravamento da Covid entre nós, que as “otoridades” daqui registravam Boletim de Ocorrências na Delegacia de Polícia.

Lá ia o cidadão se cagando de medo para o depoimento, justificativa ou o “pedido de perdão”, pressionando por amigos e a família, além do incômodo de ter que arrumar e gastar com um advogado. Se persistisse na sua opinião, o BO se transformava num “Termo Circunstanciado”, para ser resolvido lá no Fórum.

Em pelo menos um caso conhecido, essa audiência decorrente do “Termo Circunstanciado” não aconteceu. Ou seja, o BO não se transformou num Processo Criminal como ameaçou intimidatoriamente o político autor. Ele sabia, ou “pressentiu”, que não daria em nada a sua queixa. E como o possível resultado favorável ao réu no âmbito criminal impede o pedido de penalização civil, o autor da queixa, espertamente, encurtou o caminho.

Desconsiderou tudo o que fez. Entrou com um Processo Civil para ver se ganha uma grana de indenização naquilo que nem conseguiu e nem quer provar na área criminal, objeto original do seu BO, do Termo Circunstanciado que nem prosseguiu na Jurisdição.

Entenderam como funciona essa tal pressão dos políticos daqui sobre os comuns, ou os que os desnudam?

Espera-se que as vereadoras tenham boas razões para fundamentar os processos contra os eleitores e eleitoras que discordam delas nas redes sociais. E que os réus tenham proteções igualitárias neste mundo policial e jurídico a que estão sendo levados a inquirição e julgamento. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O MDB de Gaspar, mesmo sob o esperneio tardio de alguns, caminha para ser tão desimportante como o de Blumenau onde ainda se espelha. Esse processo de deterioração é antigo. E vem desde que se juntou com o arqui-adversário PP. Mas, só acelerou com o espírito de vingança contra opiniões e descumprimento da palavra empenhada.

Outro que está passando pela sua DR – Discussão de Relacionamento – é o PL gasparense. Aliás, este é o tema do artigo de amanhã.

Cada coisa. Depois que o vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, desnudou a desumana mágica criada – com ajuda do Ministério Público e da Lei – do meio período na creche para terminar com as longas filas de espera nas creches públicas de Gaspar, a ex-secretária de Educação, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, MDB, encontrou os culpados.

Um deles, o próprio PT de Dionísio e do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi. O MP tinha punido o governo anterior com multas diárias pela incapacidade de prover solução ao crônico problema.

Segundo a vereadora, a multa chegava a R$24 milhões e no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB – que na campanha jurou ter a solução e escondeu que criaria um problema social ainda maior -, por ele também retardar uma solução, ascendia a quase R$30 milhões.

O que foi feito? Trocou-se a multa – que é da incapacidade do gestor público de criar soluções – pelo meio período nas creches, transferindo assim – num ajuste com o MP – o problema para o cidadã carente, trabalhadora, levada por conta disso à informalidade, ou desemprego à procura de emprego. Vergonhoso.

Kleber e seu vice Marcelo de Souza Brick, Patriota, sabem que estão com a batata quente nas mãos e estão sendo cobrados por isto, pelos quatro cantos da cidade, sobre esta irresponsabilidade que criaram contra eles próprios, justamente em nova época de busca a votos.

Diante de fato incontestável, a Bancada do Amém já afinou a sua música da salvação eleitoral. Montou um jogral onde diz que está “construindo” creches para um futuro, que é muito distante, para além do eleitoral de outubro deste ano.

As “novas” creches” quando prontas, mas não se sabe bem quando, vão dar novas vagas, mas desta vez, em tempo integral. Entenderam?

É um som “agradável” e pensado pelos marqueteiros e os “çábios” para ouvidos menos apurados de gente precisada e que certamente gostam se auto-enganar. Por que só agora há soluções e que causalmente, mas que só vão acontecer depois das eleições?

Douglas Junkes, da Associação das Micro e Pequenas Empresas de Gaspar e Ilhota, na terça-feira, própria Câmara, sem querer e em tema lateral ao que foi fazer lá na Tribuna Livre, mostrou como os nossos políticos, se eles não são farsantes, são pitocos na gestão de pública e de crises contra a cidade, cidadãos e cidadãos.

Sobre há falta de vagas em tempo integral nas creches de Gaspar que afeta duramente o setor produtivo da tal “Capital Nacional da Moda Infantil”, ele pediu algo muito simples, necessário e mais do que isso, óbvio: que se abra o debate e que inclua a sua Associação. “Nos queremos colaborar com a solução”.

Cumuéqueé? A entidade não consegue ser ouvida naquilo que lhe afeta diretamente no custo, qualidade e produtividade e ainda fica apoiando esse tipo de político por aqui?

Junkes acha que é possível formar parcerias com o próprio setor para diminuir essa pressão sobre os cidadãos, cidadãs, o poder público e os empresários. Na sua área, ele estima – e deveria ter dados mais concretos – se emprega formal e informalmente em torno de nove mil pessoas, das quais metade, ou um terço, seja de costureiras, feita maciçamente de mulheres.

Volto ao começo deste Trapiche. Se para se livrar da multa – surgida por má gestão, inércia e resolutividade do poder público e dos políticos – ao invés de cortar as creches das trabalhadoras, Kleber, Marcelo e outros da Bancada do Amém, como a ex-secretária da Educação que armou isso e agora não ser questionada, tivessem conversado com a sociedade organizada -que não está tão organizada assim – já teriam encontrado a solução. E pelo jeito, há muito tempo.

Mas, não. Antes preferiram aparelhá-las, calá-las, deixando-as fracas, sem arbítrio. Pobre Gaspar. Ficaram forte os políticos e os que se agregam a eles, que não deram certo na iniciativa privada por incapacidade e solução.

Os “çábios” não são capazes sequer de reunir forças e habilidade disponíveis em vários ambientes e cantos pela cidade, para inclusão dos mais fracos e os dependentes das políticas públicas de impacto social e desenvolvimento humano. Incrível! E ainda há quem jura que eu exagero. Não resistem a um fio de luz no fim deste túnel.

Este é o retrato do poder de plantão. E o prefeito Kleber jura que não sabe ainda à razão pela qual não se constituiu candidato a deputado estadual. E está na cara de todos.

Então só resta a ele e seu entorno processar, intimidar, vingar quem não se cala e se ajoelha, para que nada disso seja debatido e do debate nasçam soluções, como a que propôs singelamente, Douglas Junkes.

Porque possuir ideias em Gaspar, debatê-las e transformá-las em resultados para a sociedade fora de um círculo viciado de poder, é um perigo, aos que se aboletaram do poder no passado e no presente. Corre-se com isso, um alto risco de descobrir que há vida mais inteligente ao que estão aí tropeçando nas próprias pernas. Acorda, Gaspar!

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