O assunto não é novo. E ele também NÃO ganhou repercussão na mídia tradicional de Gaspar. Ela nem se arriscaria a isso, exatamente para NÃO incomodar duas fontes econômicas públicas de seus negócios. Divertido foi ver as reações tardias dos políticos “desantenados”, dos responsáveis técnicos na prefeitura e na secretaria de Educação. Tudo para abafar a incúria de um lado e se sobressair na esperteza de outro.
Há dias, o vereador Amauri Bornhausen, PT, que em tese é da Bancada do Amém junto com o MDB, PP, PSD e PSDB, saiu do seu domicílio no bairro Santa Terezinha, o mais populoso e rumou para o distrito do Belchior. Foi conferir e atender súplicas de pais que possuem filhos matriculados e atendidos pelo CDI Irmã Cecília Venturi.
Era dia de chuva. E tudo piora quando se sabe que Amauri não tem as duas pernas e é um cadeirante. E o que ele encontrou lá, confirmando as queixas dos pais, mães e moradores de lá? Pingueiros por todo lado dentro do CDI: vai desde a recepção até o banheiro, passando pelas salas de recreação e de descanso das crianças.
Surpreendida pela visita, e numa operação abafa, a diretora informou ao vereador que a prefeitura já está fazendo um novo projeto para abrigar o CDI. Ótimo! Mas, até ele sair do papel – algo muito demorado no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e do secretário de Educação, Emerson Antunes, PSD – e ficar pronto daqui a vários anos, as crianças vão tomar água na cabeça em dias chuvas?
Amauri fez a denúncia. Aliás, ele está se tornando um calo para a administração de Kleber e Marcelo de Souza Brick, Patriota, exatamente por não se ajoelhar como todos na Bancada do Amém aos desatinos sofridos por parte da população. E fez isso, na semana passada em um forte pronunciamento Câmara. E suas palavras não fosse o bastante, recheou-as com fotos. Um silêncio só. Inclusive pelo representante do Distrito. Só depois correu atrás do estrago feito em algo incontestável. Impressionante. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
O que está pegando? Há dias, o vereador Alexsandro Burnier, PL, deu a pista num desabafo: os comissionados da prefeitura de Gaspar se tornam fantasmas tão logo deixam seus cargos por aqui. Seus dados desaparecem e não há Cristo que os acessem em qualquer área de transparência.
Ele está juntando dados e provas para denunciar tal fato ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público.
De onde Alexandro tirou isso? Ele foi atrás de informações sobre uma servidora, vinda de Blumenau, e que trabalhou no Samae daqui na área ambiental e que para ele, enrolou no serviço.
A priori, descobriu que ela neste curto período de trabalho faltou 104 dias, ou seja, quase a metade do que deveria trabalhar no expediente presencial. Isto sem contar as chegadas tardias e saídas antecipadas, que davam quase meio período.
Alexandro está atrás desses dados para consolidar as denúncias que já estão lastreadas em testemunhos. E não consegue. Descobriu que estes dados desaparecem em Gaspar com todos em igual situação.
Em Brasília, o presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, para esconder o que lhe pode complicar, decreta sigilo por 100 anos. Aqui, sem esta estapafúrdia formalidade permitida no nosso frágil ordenamento administrativo e jurídico, tudo desaparece como num passe de mágica. Inacreditável!
Fraquíssimo. Este é o resumo do debate que a NSC rádios fez, a partir de Florianópolis, com oito candidatos ao governo do estado. Tudo é mais do menos. Carlos Moisés da Silva, Republicanos, está se saindo melhor que a encomenda até aqui num tiroteio onde ele é o alvo preferido. Já é um indicativo que não é um cachorro morto. Seus adversários, ainda vão torná-lo a vítima, como o sistema que tentou matá-lo nos dois impeachments e uma CPI, e não conseguiu.
Odair Tramontin, Novo, é o que responde melhor até agora às novidades diante das propostas administrativas rançosas de sempre. E diante de três candidaturas que dizem representar o presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, e a quarta que já usou a imagem dele e não o acusa de nada, Décio Neri de Lima, PT, fica a cavalheiro para não mostrar planos e dizer que é o candidato de Luiz Inácio Lula da Silva.
É impressionante o abuso do fotoshop que permeia os santinhos eletrônicos de quase todos os candidatos catarinenses nas redes sociais. Está aí a primeira mentira estampada deles aos eleitores e eleitoras, sem pudor algum. Meu Deus!
Rir ou chorar? A prefeitura de Gaspar publicou ontem nas suas redes sociais, uma foto informando que se tratava de uma reunião para discutir as “cheias de verão”.
Ou seja, saímos de um pesadelo e estamos chegando a outro, sem que a equipe de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota, tenha dado soluções concretas para os problemas, não exatamente das cheias, mas das enxurradas em vários pontos críticos da cidade, onde até se misturou fezes à água das chuvas que inundou casas e comércios.
E esse pessoal, sem pudor e constrangimento, está pedindo votos. E alguns eleitores e eleitoras, mesmo insatisfeitos, dizem estar na mesma canoa furada. Então a solução, se houver, só na discurseira das eleições de 2024. Acorda, Gaspar!
3 comentários em “CHOVE DENTRO DA CRECHE. PRECISA VIR UM VEREADOR BEM DE LONGE DELA E TORNAR ISSO UM INCÔMODO AOS POLÍTICOS VIZINHOS E DO GOVERNO”
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Pra ver que o que conta é a índole do eleito e não a sigla do seu partido (até pq no Brasil é OBRIGATÓRIA a filiação pra participar do pleito), na Câmara municipal de Gaspar temos três vereadores, dois de siglas antagônicas, trabalhando pela cidade e pelos seus CIDADÃOS.
Vereadores Amauri Bornhausen, Alex Burnier e Luiz Bertoldi mostram que ainda é possível acreditar que ALGUNS políticos podem FAZER a DIFERENÇA na vida da nossa cidade, do nosso estado e do nosso país.
Que os Senhores INSPIREM os demais.
O presidente Jair Messias Bolsonaro, agora no PL, tinha uma reeleição aparentemente tranquila, considerando a máquina governamental que possui para irrigar dinheiro via o Centrão. Aparentemente está em dificuldades. Ele esticou a corda além da conta, atendeu seus radicais e assustou
MINAS MANDOU SEU SINAL, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo
Começou nesta terça-feira (16) a campanha eleitoral. Serão dias de tensão, sobretudo porque a pesquisa do Ipec (ex-Ibope) trouxe más notícias para Bolsonaro. A pior delas veio de Minas Gerais. O governador Romeu Zema, ostensivamente descolado do presidente, tem 40% da preferência, contra 22% de Alexandre Kalil, que é apoiado por Lula.
O prefixo “Bolso”, que já foi alavanca, parece ter se tornado um fardo. Isso foi percebido por candidatos que, mesmo tendo o apoio do capitão, evitam ser confundidos com ele.
No Rio, o governador Claudio Castro (21%) está tecnicamente empatado com Marcelo Freixo (17%). O mesmo acontece no estado no confronto de Lula (35%) com Bolsonaro (33%). Lá, há quatro anos o capitão fez cabelo, barba e bigode. Elegeu um juiz de pouca fama e nenhum futuro. Conseguiu 4,4 milhões de votos para seu filho Flávio.
Eleição, como a Copa do Mundo, só começa quando a bola começa a rolar. Se a última pesquisa do Datafolha deu alento a Bolsonaro, a do Ipec foi um copo de água fria no clima de otimismo que corria no Planalto na semana passada.
A onda bolsonarista de 2018 parece coisa passada. O presidente perdeu seu maior aliado: o sentimento anti-PT. Ele persiste, enfraquecido. Hoje vem acompanhado pela rejeição ao próprio Bolsonaro. Ela está em 46%, enquanto a de Lula ficou em 33%. A conjunção desses dois fatores leva Lula, com 44% a entrar como favorito sobre Bolsonaro (32%).
Os palacianos da semana passada garantiam que Bolsonaro cresceria e o ministro Paulo Guedes informava ao andar de cima que há um arsenal de bombas contra Lula.
Resta ao presidente confiar na sua capacidade demolidora. O maior demolidor da política brasileira foi Carlos Lacerda. No século passado ele destruiu dois presidentes, Getúlio Vargas em 1954 e João Goulart em 1964. Nos dois casos jogava com o uniforme da oposição.
Em 1965, quando seu governo foi para a frigideira, os eleitores fritaram seu candidato. Registre-se que Lacerda foi um governador estelar. Demolição é uma arma que favorece a turma do contra. Vinda da situação, confunde-se com baixaria. Além disso, em décadas de atividade parlamentar, Bolsonaro foi mais um provocador do que um demolidor.
A oposição a Bolsonaro tem sido criativa e eficaz pregando aos convertidos. A carta pela Democracia lida no cenário da Faculdade de Direito da USP foi comovente, mas é sempre bom lembrar que as Arcadas que tiveram Joaquim Nabuco e Castro Alves como alunos, tiveram também, como diretores, os professores Luis Antonio da Gama e Silva e Alfredo Buzaid. Um redigiu o Ato Institucional nº 5. O outro sucedeu-o no ministério da Justiça, com idêntico ardor.
Duas coisas são certas: se Bolsonaro continuar montado no discurso contra as urnas eletrônicas, congelará a fotografia das pesquisas de hoje. Do outro lado do balcão, seus adversários festejam que o Auxílio Brasil não fez efeito. Pudera, pois o dinheiro ainda não entrou no bolso dos cidadãos que viram o governo chamar a Covid de “gripezinha”. Algum efeito terá, a dúvida fica na avaliação do tamanho.
Nesta quinta-feira (18) tem Datafolha, com resultados que permitem a visualização das curvas dos candidatos.