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CANDIDATOS DEMAIS PARA POUCOS VOTOS EM GASPAR. MÚLTIPLOS INTERESSES. E ELES NÃO SÃO OS DA CIDADE

Cenas da última reunião dos bolsonaristas e do PL em Gaspar

Alterado as 8h30min. Para não me repetir e sobrecarregar os leitores e leitoras, não vou voltar com as minhas contas e números que já apresentei – duas vezes aqui – sobre o colégio eleitoral de Gaspar e a forma como ele se distribuiu entre votos válidos, nulos, brancos e principalmente abstenções.

Se todos os votos válidos da cidade fossem sufragados só para um candidato – e baseando-se no histórico das eleições como já demonstrei, mesmo assim esses votos não elegeriam um deputado estadual neste dois de outubro. Simples assim!

Primeiro, haveria a necessidade de se ter um candidato regional, ou com clara vocação regional e com influência sobre os eleitores e eleitoras de Blumenau. Não temos.

Isto implicaria em uma liderança regional. Quem é mesmo o gasparense que é reconhecido como essa liderança e capaz de surpreender nas urnas aqui e abiscoitar importante fatias de votos lá e outros nossos vizinhos?

Segundo, seriam necessários partidos fortes, marcadamente coesos em função de nomes e plataformas de resultados. Também não temos. Ou alguém acha que o PT, MDB e PL – o outro que se ensaia – são agremiações fortes hoje em dia em Blumenau ou região?

Terceiro, nenhum dos pré-candidatos colocados na praça ou sob ameaça de serem – sequer tem marcadamente liderança suprapartidária em Gaspar. Nenhum deles possui discurso local e seus interesses, são para dar poder a grupos de influência dentro de uma denominação de seita religiosa – entre as que se tornaram partidos paralelos -; dentro de partidos, ou dentro de uma causa ideológica. Nem mais, nem menos.

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, descobriu-se mais cedo do que se esperava, que é fruto da marquetagem e da visão de “çábios” que o lançaram aos leões sem a devida proteção e guarda. É o único pré-candidato dos postos até aqui em Gaspar que mais tem a perder se deixar a prefeitura e não conseguir se eleger. E isto o incomoda.

Ele é o produto de um projeto de poder de uma denominação evangélica neo-petencostal e não exatamente dos evangélicos, da cidade, ou da região. Nem é projeto do seu próprio MDB.

Em Blumenau por exemplo, o MDB que já foi referência estadual e até nacional e de onde essa gente daqui se diz espelhar, só existe como passado. Hoje é caricato. E por enquanto, Kleber nem é no MDB estadual é uma mera aposta para estar entre os escolhidos. Serve para fazer legenda para os que estão na janela do ônibus emedebista. Também é simples assim.

Igualmente o PT. O ex-prefeito por três mandatos em Gaspar, e agora exercendo a suplência de deputado estadual, Pedro Celso Zuchi, caiu numa armadilha da desorganização daquilo que foi o PT um dia na região e hoje está acorrentado ao seu septuagenário ícone Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula é a tábua de salvação na volta do PT ao poder, depois que o presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, em tão pouco tempo, traiu fatias ponderáveis dos seus eleitores e eleitoras nos temas como o combate à corrupção, a demonização contra os rolos do Centrão – parceiro das patifarias do poder de Lula e Dilma Vana Rousseff; as necessárias privatizações e a diminuição do Estado na economia de mercado; o combate ao comunismo e que se foi no episódio da Rússia, isto sem falar no rastro de mais de 650 mil mortes pela Covid na sua reiterada guerra pelo negacionismo da doença e da ciência.

Zuchi enterrou-se na primeira semana de mandato ao ser contra a duplicação da Gaspar-Brusque e a favor do asfaltamento da viela de Blumenau a Guabiruba, pela Distrito do Garcia, em Blumenau, que quase ninguém a quer em Guabiruba e cuja ideia é do companheiro blumenauense Vanderlei de Oliveira – já rejeitada nas urnas – e que não pegou quando candidato por lá.

Kleber, que também era contra a duplicação da Gaspar Brusque, mas ao ver Zuchi abraçando a ideia – ambos estavam na mesma reunião feita aqui pelo secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana – Thiago Augusto Vieira, paa apresentar e debater o porojeto aos empresários – deu um inesperado cavalo de pau e botou tudo na conta de Zuchi. E Zuchi ficou com o recibo do atraso. Incrível!

Se Kleber tem todos os candidatos do Vale do Itajaí a lhe comer votos por aqui na mesma fatia que transita, Zuchi, por sua vez, foi surpreendido esta semana pelo anúncio do seu ex-assessor, ex-prefeito de Brusque e deputado estadual, Paulo Roberto Eccel, PT, de que será candidato a deputado estadual. Eccel, dessa forma, “fecha” as portas em Brusque para Zucchi e ao mesmo tempo “come” votos por aqui.

E para completar o cardápio, amanhã, no Espaço Bunge Natureza, no Poço Grande, o PL e os bolsonaristas, fazem um almoço encontro em Gaspar. Estão sugerindo que vão anunciar os seus rumos por aqui. Vão trazer até a vice-governadora Daniela Cristina Reinehr, PL – no novo meme sugerem outros mais.

De verdade, ensaiam-se, nas barbas de Ivan Naatz, PL, de Blumenau, para ter o seu próprio candidato a deputado estadual. E Naatz promete vir para cortar esse barato que lhe está saindo caro demais

No fundo, estava mais do que na hora dos bolsonaristas mostrarem o quanto e quem são por aqui.

Barulho – e com constrangimento, uma marca desse pessoal e que se assemelha muito ao modo de agir do PT – sabem fazer e provaram isso, mais uma vez na apresentação, tramitação e votação nestas três semanas no Projeto de Lei que proíbe o passaporte vacinal na cidade contra a Covid-19.

E esta ideia da candidatura de Gaspar vingar, e se for uma mulher – na estratégia da cota -, a notícia só piora para os lados de Kleber – que busca votos no meio conservador -, não de Zuchi que tem um eleitorado bem definido, dentro e fora do PT.

No fundo, no fundo mesmo, para Zuchi, Kleber e o possível candidato do PL e dos bolsonaristas, se isso – que é difícil na prática e dentro do partido – vier a acontecer, o maior adversário de ambos por aqui em Gaspar continua sendo os candidatos paraquedistas.

Quer um exemplo prático? Na Câmara de 13 vereadores, Kleber só teria cinco vereadores comprometidos com ele de uma bancada, batizada do Amém, de onze. Os demais trabalham ou trabalhariam para outros candidatos daqui e principalmente de fora. é ou não um ponto de fraqueza e que remete ao início do artigo e que Kleber nega aos de fora daqui?

O PT tem um e seu único vereador e ele não possui nenhuma dúvida para quem trabalhará. E o PL? Um. Ele é Ivan Naatz. Mas, se o PL bolsonarista de Gaspar lançar um candidato, terá outro vereador a defendê-lo e não será do PL. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Gente estranha. Com o fim, ou a “normalização” da pandemia e o fluxo de recursos para o Hospital de Gaspar minguando, as dívidas aumentando, o caos se ampliando em algo falido, tanto o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, como o deputado Pedro Celso Zuchi, PT, por caminhos diferentes, estão atrás de recursos do governo do estado para algo, que ambos sabem, ser um poço sem fundo.

O que estes dois políticos – um que fez a marota intervenção depois de receber o Hospital reconstruído pelos empresários – e o outro que perpetuou a intervenção marota, têm em comum ao buscar recursos para algo que não possui transparência?

O governo do estado de Carlos Moisés da Silva, sem partido, antes, porém, deveria vir a Gaspar e descobrir quem são os donos do Hospital e como estão e como se controlam as contas dele. Seria interessante ter também uma conversinha com o vereador Amauri Bornhausen, PDT, que com dados do próprio Hospital, esfacelou na Câmara, o discurso de pedintes dos seus gestores.

Aliás, Amauri aguarda desde o ano passado novos dados para completar os esclarecimentos. E o Hospital, como sempre, escondendo-os, ou retardando-os, naquilo que deveria estar disponível no seu site eletrônico para a população. Afinal, é um Hospital público, sob o manto da intervenção municipal.

A denúncia é do vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT. Depois de tornar o trecho de menos de um quilômetro num problema, seis meses após a inauguração de algo que custou a astronômica quantia de mais de R$11 milhões, a prefeitura de Gaspar acaba de conceder o reequilíbrio econômico-financeiro de quase R$1 milhão (exatos R$976.863,35) à empreiteira.

“Estão passando mais dinheiro para quem fez mal feito sem que ela antes conserte o que foi mal feito, uma obra super cara e que cheia de problemas”, reclamou. O vereador desconfia que o dinheiro é parte do acerto para consertá-la, naquilo que a empreiteira estaria obrigada a corrigir com os recursos dela.

Além da má qualidade da alimentação nas creches e escolas municipais; de se ter um cardápio no papel e de verdade outro para se comer; da falta de merendeiras, ou auxiliares para servi-las, há também reclamações de que faltam itens de higiene em muitos locais.

Isto não foi terceirizado. Então… Meu Deus. E na propaganda oficial ficam apresentando mesas eletrônicas de interatividade. Necessárias, mas antes precisa-se do mínimo e do básico: comida, material de higiene, material didático, conservação dos locais de estadia e estudos. Ou seja, mais uma vez, só marketing para esconder a verdadeira realidade.

Espalha-se pela cidade de que o vice Marcelo de Souza Brick, PSD, se assumir com a renúncia de do titular Kleber Edson Wan Dall, MDB, será o ex- prefeito Luiz Fernando Poli, sem partido, dos tempos das mídias digitais.

Seus posts engraçadinhos, são vistos como desconectados e irresponsáveis. O penúltimo foi o da aprovação da merenda. E não pegou bem para quem quer ser prefeito e cabo de Kleber.

O PDT estuda expulsar o vereador Amauri Bornhausen. De verdade, o PDT quer é o mandato dele, mas ainda não conseguiu uma forma de obtê-lo na lei eleitoral. O primeiro suplente é o ex-vereador Roberto Procópio de Souza que está ávido para assumir a vaga.

O suplente de deputado Pedro Celso Zuchi, PT, reclamou e com razão, na Assembleia Legislativa, o fato do governo de Carlos Moisés da Silva, sem partido, ter anunciado ontem a cobertura de 70 quadras de esportes em escolas estaduais por R$211 milhões. Nenhuma em Gaspar.

Por isso, a escola Marina Vieira Leal continuará sem quadra coberta. Zuchi obteve a promessa de que será incluída no próximo lote. Quando? Não se sabe. Antes das eleições de dois de outubro, certamente não será conhecido esse novo lote.

Para o Vale do Itajaí serão cobertas sete quadras ao custo de R$20,6 milhões, sem aditivos, em Blumenau, Itajaí, Indaial, Major Gercino, Rodeio e Timbó. Acorda, Gaspar!

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