O presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, está em férias novamente em Santa Catarina. Não entrarei no mérito delas. Tantos já tratam disso. É chover no molhado. Mas, onde o presidente desembarcou? Em Navegantes para de lá ir de helicóptero a São Francisco do Sul. Não era mais perto pousar em Joinville? Era! Mas, Navegantes pelos protocolos, tem mais segurança. Simples assim!
Mesmo assim, essa importância não foi suficiente para no leilão de concessão, o mesmo governo de Bolsonaro surrupiar a segunda pista do aeroporto de Navegantes – o que atende a área mais desenvolvida economicamente e no turismo catarinense -, numa das muitas invertidas contra o futuro do estado e que sua gente deu, proporcionalmente, mais votos no Brasil a Bolsonaro na última eleição presidencial: 65,83% no segundo turno.
A outra, foi a de tirar R$40 milhões do Orçamento – no apagar das luzes do deste ano fiscal – rubricados para duplicações e melhorias de rodovia federais.
Pior. Antes, boicotou a ideia de seu antigo aliado, Carlos Moisés da Silva, sem partido, de colocar os pesados impostos dos catarinenses em rodovias federais para terminá-las diante da inércia de Brasília, aprovado pela Assembleia Legislativa e que escalada, a aliada de Bolsonaro, a vice governadora Daniela Cristina Reinehr, PL, enquanto governadora interina, vetou tal iniciativa.
Eu exagero? Pode ser. Entretanto são fatos.
O senador Jorginho Mello, PL, o dono do DNIT em Santa Catarina, vestido de candidato a governador sob as bençãos de Bolsonaro, ficou mudo nestas paradas. Todavia, o amigo e parceiro de Bolsonaro no PP, Esperidião Amim Helou Filho, estrilou na maioria delas. E o senador Dário Berger, ainda no MDB, botou a boca no trombone nesta situação de humilhação repetida contra os catarinenses.
O que ele falou no dia 16 de dezembro?
Dário disse que Santa Catarina pagou R$ 70 bilhões em impostos para o governo federal em 2020, mas o governo transferiu menos de R$ 7 bilhões para o estado. Em relação à participação do estado no produto interno bruto (PIB) do país, Dario ressaltou que Santa Catarina é o terceiro estado que mais paga tributos ao governo federal, mas está em 24º lugar no recebimento de investimentos. O senador classificou esse fato como absurdo e inadmissível, sendo uma injustiça com o povo catarinense.
Então sou eu quem exagero? Exagero é ser catarinense, morar e produzir em Santa Catarina, com custos maiores devido a falta de investimentos federais e não exigir um retorno mínimo dos pesados impostos federais que recolhemos para Brasília. E ainda, por questões partidárias ou até, ideológicas, defender este estado de abuso permanente contra a nossa gente e o nosso futuro.
E é uma injustiça contra o povo catarinense. E não é de hoje. Todos em campanha prometem mudar. Mas, a mudança só começará com e entre os próprios políticos catarinenses. Eu exagero mais uma vez quando repito isso que escrevo há anos? Acho que não. Pois é o próprio senador Dario quem propõe e responde esta questão.
“O principal prejudicado nesse quesito é o estado de Santa Catarina. Para mudar essa realidade, é preciso união e comprometimento da bancada catarinense no Congresso Nacional. É preciso também um compromisso com as reformas, com o novo pacto federativo, que é importantíssimo para regular as relações dos estados federados. Se nossa bancada não estiver unida para atingir esse objetivo, certamente não vamos conseguir”, pontuou Dário.
E completou com a seguinte observação crítica:
“Temos obras federais que há décadas estão sem conclusão, caminham a passo de tartaruga, especialmente no que diz respeito a infraestrutura e logística do nosso estado. Isso aumenta o valor do frete, encarece o transporte e diminui a competitividade das nossas empresas”.
Bolsonaro veio passar as férias de fim-de-ano em Santa Catarina.
Contudo, Santa Catarina não pertence ao seu mundo a não ser para votos. Mesmo assim, os bolsonaristas não querem olhar para cima, como no filme de sucesso do negacionismo que está na Netflix. É por esta e outras que somos eternos indigentes do governo central em Brasília mesmo sendo um dos maiores pagadores de pesados impostos federais.
TRAPICHE
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, fissurou – fratura incompleta – o rádio do braço direito quando brincava com o filho no dia 24 na pista de skate do ginásio João dos Santos. Foi atendido e engessado no Hospital de Gaspar. Retorna para avaliação no dia quatro de janeiro.
Nesta segunda-feira, em meio ao fraco movimento no centro da cidade, a Ditran em rara iniciativa lógica, tomou tento, e em várias ruas de Gaspar refez a sinalização horizontal.
Aliás, quem estava hoje no “Jornal do Almoço” da NSC Blumenau falando sobre direção defensiva e segurança no trânsito? O especialista, reconhecido como tal em diversos fóruns do assunto e ex-superintendente da Ditran de Gaspar, Emerson Luiz de Andrade.
Depois dele, a Ditran de Gaspar virou um cabide de emprego político-partidário para curiosos na área. Indecência.
Como Gaspar é potencialmente turística, mas não há gestão oficial capaz de organizar, dar cara, conceito e promover este potencial, então muitas iniciativas foram ou são particulares. E vai desde as cascatas até a simples feira do Arraial do Ouro, passando pelas várias pousadas e hotéis rurais com mais ou menos fama, rota da linguiça e a Vila d’Itália…
Nesta semana de férias onde o turismo viceja, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, em campanha, aproveitou para colocar na sua rede social um totem de indicações da Vila D”Itália, iniciativa de particulares, pequenos, mas unidos.
Na mesma rede social, o vereador oposicionista e um dos baluartes da ideia da Vila que fica no Alto Gasparinho, Dionísio Luiz Bertoldi, PT, parabenizou-o pela publicação, mas ao mesmo tempo não perdeu a oportunidade para cutucar e cobrar: “o senhor sabe do acordo meu e do senhor; eu ainda acredito”.
Em 2018 na negociação da aprovação do empréstimo de R$40 milhões pela Câmara, estava embutido a pavimentação de toda a Vila D’Itália. Já chegamos praticamente em 2022 e às portas de uma campanha eleitoral. Até agora, nada!. Acorda, Gaspar!