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BANCADA DO AMÉM SE DESESPERA E VAI À TRIBUNA DA CÂMARA DIZER QUE GOVERNO DE GASPAR DESDENHA SEUS APOIADORES POLÍTICOS

O medo e o chororô começaram mais cedo do que o previsto. Ainda há tempo para remediar. Se vai dar certo, são outros quinhentos como se diz por aí

Na verdade, estou de alma lavada outra vez. E ao mesmo tempo, consternado, novamente. Nada que meus leitores e leitoras estão cansados, pela repetição, de lerem aqui. Mais uma vez o tempo é o senhor da razão.

Qual foi a tônica da sessão de quarta-feira passada na Câmara de vereadores de Gaspar? A de que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e sua equipe não estão atendendo sequer os seus apoiadores incondicionais da Bancada do Amém, a que reúne onze (MDB, PP, PSDB, PDT e PSD) dos 13 vereadores (que tem ainda mais um do PT e outro do PL). O presidente da Câmara, Ciro André Quintino, MDB, surpreendentemente, deu a cara ao tapa e liderou a banda afinada dos queixosos.

Na verdade é um ensaio para salvar a própria pele e arrumar culpados nas queixas que recebe diariamente. Ciro saiu do palco na Mesa Diretora, onde mais parece um apresentador de Roda da Fortuna de quermesse qualificando seus pares, e foi para a tribuna desnudar o que se quer sempre encobrir no governo de Kleber, e na minha opinião, só está assim, devido não possuir a oposição séria e estruturada.

E é por causa disso, que tudo piora não apenas contra a cidade, mas para os que vivem aplaudindo ou precisam do governo funcionando para colher dividendos políticos.

Um parêntesis necessário: nesta legislatura, o vereador mais crítico e com fundamentação não era de oposição. E, por incrível que pareça, foi da Bancada do Amém, Amauri Bornhausen, PDT, funcionário público municipal do setor de obras, falecido no final do ano passado. E por isso, o governo de Kleber sempre trabalhou para vê-lo calado. Não conseguiu. Amauri em dois anos caminha para fazer mais do que todos os vereadores juntos em quatro anos. Mas, vamos em frente…

E os discursos de quarta-feira – em tom de aviso de que isso está prejudicando á vida dos políticos que defendem o governo em qualquer circunstância – foram feitos diante do chefe de gabinete, o vereador Francisco Solano Anhaia, do mesmo MDB de Kleber, que estava na sessão, e do líder do governo na Câmara, José Carlos de Carvalho Júnior, MDB, o que nada pode combater, até porque, ele próprio está sofrendo do mesmo mal perante os seus eleitores e eleitoras.

O desconforto dos vereadores governistas não é de hoje.

E o nervosismo aumenta à medida que o tempo passa e as eleições de outubro do ano que vem se aproximam. Citam cobranças e de coisas simples, que somadas se tornam um grande problema para a imagem de Kleber e seus apoiadores. Eles sabem que quase todos os eleitores e eleitoras sofrem da falta de memória, mas não tão curta assim. Por outro lado, sabem que Kleber não está nem aí, pois já se reelegeu, desistiu da candidatura de deputado. Então os vereadores da base governista querem, espertamente, como a coisa não muda, criar espaços para se desvincularem daquilo que não funciona no governo dele. Simples assim!

Aquilo que era conversado, negociado e até discutido entre quatro paredes, agora virou discurso público. Os onze vereadores que ainda apoiam Kleber dizem que não aguentam mais o descaso na missão de atender cidadãos e cidadãs, porque legislar quase nada fazem. Estão repassando as queixas, muitas delas documentadas – e as centenas, pasmem – e delas não juram não se ter resposta alguma de Kleber, seus secretários, comissionados e cargos de confiança. Impressionante!

Vai da limpeza de bueiro à roçada de beira de estradas. Neste rolo, nem estão desleixos de meses. Entre eles, um simples desbarrancamento que virou cratera bem no Centro da cidade. Ele comprometeu as ruas José Rafael Schmitt e Barão do Rio Branco. E já rendeu muita propaganda do prefeito, bem como a outros políticos e a Defesa Civil, além de viagens e diárias a Florianópolis e Brasília. Solução? Nada, como relatou nas redes sociais neste final de semana, o bolsonarista Demetrius Wolf (vídeo no final do artigo de hoje). 

Quem passa na ponte do Vale, por exemplo, vê, que o tapume que escondia as obras paradas do Parque Náutico dos riquinhos colocadas no chão há meses por um vendaval, continuam lá.

Na mesma sessão, o vereador, este de oposição, Dionísio Luiz Bertoldi, PT, documentou por fotos, os remendos feitos na escola Zenaide Schmitt Costa. Eles deveriam custar R$1,5 milhão, mas os aditivos fizeram-na superar os R$2 milhões. Agora a normalidade: depois de um ano a escola está tão pior do que antes do remendo, isto sem falar que o “novo” projeto elétrico não suporta os aparelhos de ar condicionados ligados ao mesmo tempo. Ninguém culpado. Nenhuma ação. Vem ai mais desperdício de dinheiro público. Inacreditável.

Este retrato de quarta-feira passada, não foi pintado por um adversário e nem por este blog, o que lidera a audiência por aqui. Os queixosos, políticos que o bajulam e vivem das benesses do poder de plantão, mostraram somente o quanto Kleber erra. E há muito tempo. Só cortinas de fumaça nas redes sociais para elas esconderem os múltiplos problemas contra a cidade e de como ela está malcuidada pelo poder público.

Enquanto, o teimoso prefeito não se der conta que a gestão dele – após seis ano sem aprendizado – precisa de três focos diferentes e que ao final se entrelaçam entre si, nada mudará. 

Uma coisa é o planejamento, a outra é a execução de obras. Elas são muito diferentes da manutenção. Ela precisam de especialistas, vigilância constante e muitos recursos. Já escrevi várias vezes aqui sobre isto. Em Gaspar está tudo misturado (planejamento, obras e manutenção) e nada é feito com resultados nos três campos: planejamento, obras e manutenção. E o desgaste da imagem de gestor é consequência, que o próprio prefeito Kleber e os seus, teimosamente, não enxergam ou desdenham. E naquilo que é óbvio. E logicamente, terá consequências quando se for buscar votos baseado naquilo que se fez.

Por derradeiro, perguntar não ofende: Kleber vai se vingar de quem se obrigou à fidelidade, está ajoelhado por isso, mas em nome dos eleitores e eleitoras, e para continuar a ter sobrevida como político está lhe cobrando em público – porque no escurinho não está sendo ouvido – para atitudes realizadoras de simples manutenção da cidade? Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Júlio Carlos I – Foi-se, no sábado, uma voz marcante do rádio gasparense: Júlio Carlos Schramm, aos 66 anos. Acompanhei quase toda a sua trajetória profissional inclusive a ser requisitado pelos políticos sem votos para ser a voz de campanha e emprestar com ela, o prestígio popular que ele tinha no seu “Contatos com a Cidade”, na Sentinela do Vale, que nasceu Rádio Clube de Gaspar. 

Júlio Carlos II – Já estava afastado dos microfones e cuidando da saúde que se fragilizava a cada dia. E foi no meio de uma hemodiálise, em Blumenau, que ele se despediu de todos nós.

Júlio Carlos III – Foi um exemplo do rádio antigo, onde muitos comunicadores nascidos como primeiro emprego, sendo técnicos de som. Antigamente, havia estúdios separados da parafernália da “sonoplastia”. Usou a inteligência e o modo de se relacionar para ser o centro das atenções da cidade. Devido ao ofício, era sempre com os dois lados da cidade: o povo e o poder. E um dia, testou, perigosamente, o seu “prestígio”, na política.

Júlio Carlos IV – Em 1996 se candidatou em foi eleito vereador com 460 votos pelo nanico PTB para 1997/2000. Chegou à presidência da Casa e se desencantou com a política. Preferiu continuar no rádio e emprestando a sua voz para os políticos e a eventos, sem rótulos partidários. Coincidentemente, naquele 1996 pela última vez houve o embate entre o PP e o MDB em Gaspar. O empresário Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, MDB, foi eleito com 13.182 votos e não terminou o mandato por ordem da Justiça. O médico João Leopoldino Spengler, PP, teve 8.518 votos se recolheu aos bastidores. Todos os dois já falecidos.

Correndo contra o tempo e quando se abundam provas da falta de planejamento, ou antecipação aos problemas anunciados e denunciados. Aportou na Câmara, só na quarta-feira passada, o Projeto de Lei 2/2023. Ele trata da contratação de pessoal em caráter temporário por meio de chamada pública. É para atender à falta de professores – denunciado aqui e escondido na mídia de Gaspar – e cuidadores nas escolas e CDIs. Tentava-se colocar o PL na pauta da sessão de amanhã da Câmara.

Aposta alta em conversa estranha. O líder na Cãmara do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, José Carlos de Carvalho Júnior, MDB, revelou uma conversa que teve na semana passada com o prefeito. Nela teria reafirmado, segundo ele, que sabendo de qualquer maracutaia no governo, ele seria o primeiro a denunciar o prefeito ou membros do governo aos órgãos de fiscalização. Cada coisa. Admitiu que muitos trazem denúncias do governo para eles, mas sem provas. Afinal, o governo Kleber, como avalia e reafirma Carvalho Júnior, não está acima de qualquer suspeita?

O deputado Ivan Naatz, de Blumenau, está vivamente incomodado não só com o governo de Jorginho Mello, como também com o próprio PL. Ele sabe que está numa encruzilhada e que se não se cuidar, vai ter o mesmo destino no campeão de votos, Ricardo Alba, ex-PSL e hoje no União Brasil. Alba não se elegeu a deputado Federal depois de ver as chances diminuírem à reeleição a deputado estadual, fruto da vingança institucional dos bolsonaristas.

A verdade é que Naatz possui duas incompatibilidades latentes e de origem: não consegue ser governo – seja ele qual for – e ao mesmo tempo, conservador, muito menos, bolsonarista.

O vereador Alexsandro Burnier, PL, está travando uma briga muito particular com o vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT. Cada um defendendo seus ídolos manchados: Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. E com isso, perdem tempo e se desfocam dos verdadeiros problemas de Gaspar. E que eles próprios – em tese os únicos vereadores de oposição ao governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB – admitem que não são poucos.

Na última sessão, Alexsandro, mal assessorado, desfilou uma listinha de bilhões de reais que Bolsonaro teria destinado a Santa Catarina nos anos que governou para contrapor a um anúncio de recursos de milhões de Lula para Santas Catarina.

Alexsandro provocou: “pode ir ao site do governo Federal. Está tudo lá”. E está. São recursos de retorno obrigatório dos impostos e fundos determinados pela Constituição, incluindo o Bolsa Família, Fundo de Participação dos Municípios etc e tal. Se não fizesse estes repasses, Bolsonaro estaria cassado antes da eleição que perdeu.

Afora esta obrigação constitucional, só merrecas. Também está no site do governo. Esta é a realidade que os bolsonaristas raiz terão que virar a página se não quiserem serem desgastados. A prova maior foi ver os R$465 milhões dos pesados impostos dos catarinense que os deputados aprovaram para o ex-governador, Carlos Moisés da Silva, colocar na restauração de parte das rodovias estaduais e duplicações das BR 280 e a nossa 470.

Fedor do lixo IOs R$50 milhões que o dono da Serrana vai devolver na delação premiada que está fazendo com o Ministério Público e a Justiça Estadual, para se livrar de longa estada na cadeia, o governador Jorginho Mello, PL, quer para ele. E cita destinos nobres. Igualmente para um avião que virá neste acordo. Estes recursos não foram roubados nos municípios? Que tal, proporcionalmente, eles voltarem para esses municípios e carimbados nas mesmas causas nobres?

Fedor do lixo II – Aliás, é estranho que se decrete sigilo sobre quem está fazendo delação premiada neste assunto. Ela deveria ser amplamente compartilhado com a sociedade, a lesada pelos políticos no poder de plantão. Neste caso, a Justiça, mais uma vez, protege o ladrão e não exatamente o bem público.

Outra coisa estranha. Dos 16 deputados de Santa Catarina na Câmara Federal, quatro deles ainda não assinaram ainda pela abertura Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso Nacional, para apurar as responsabilidades dos atos de vandalismo e contra a democracia, em Brasília, no dia oito de janeiro. Carlos Chiodini e Valdir Colbachini, ambos do MDB, bem como Ana Paula Lima e Pedro Uczai, ambos do PT.

Qual a razão para quem diz defender a democracia não querer este esclarecimento histórico de quem quis manchá-la, defendia a ditadura e para isso foi as últimas consequências? O que os parlamentares querem esconder, se os vândalos queriam exatamente o fechamento do Parlamento? O deputado Jorge Goetten, PL, só assinou quando já se tinha ultrapassado o número mínimo. Antes tivesse ficado no lado dos petistas.

O vício antigo perdura. Depois de longas férias, e com apenas uma sessão semanal, que dura pouco mais de uma hora em média, os vereadores de Gaspar já estão pedindo para sair mais cedo dela. Na quarta-feira foi a vez de José Hilário Melato, PP, e Giovano Borges, PSD, ambos dois ex-presidentes da Casa e hoje instalados na mesa Diretora da Casa.

Na lista de vereadores no site da Câmara, André Pasqual Waltrick, PP, é nominado – e corretamente – como suplente, os demais não. Os Franciscos do MDB,- Solano Anhaia que foi dar na Chefia de Gabinete, e o Hostins Júnior, que é o secretário de Saúde, não voltarão à Câmara? Por isso, os que entraram no lugar deles não são nominados no site como suplentes? Acorda, Gaspar!

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7 comentários em “BANCADA DO AMÉM SE DESESPERA E VAI À TRIBUNA DA CÂMARA DIZER QUE GOVERNO DE GASPAR DESDENHA SEUS APOIADORES POLÍTICOS”

  1. O PT X PT, por Eliane Cantanhêde, no jornal O Estado de S. Paulo

    O PT é bom de briga, inclusive contra o próprio PT. E assim é no governo Lula 3, sobre ser ou não ser, desonerar ou não desonerar os combustíveis, com os petistas da cúpula do governo e da cúpula do partido embolados, deixando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na mira da “área política” e na condição de “malvado número um”.

    Jair Bolsonaro tirou receita dos Estados para tentar se reeleger e a desoneração dos combustíveis acabou em 31 de dezembro do ano da eleição. Sem saber o que fazer, mas desautorizando Haddad, o presidente Lula prorrogou a medida bolsonarista até hoje. Ou seja, empurrou com a barriga.

    Se tiveram dois meses para encontrar uma saída, Lula, Haddad e PT deixaram a discussão para a véspera e a decisão para a última hora. E tome guerra pela internet, com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, assumindo a linha de frente do ataque a Haddad, dificultando soluções e cavando críticas.

    Vejam a reunião decisiva, Lula, do PT; Haddad, do PT; Rui Costa, do PT; e Jean Paul Prates, do PT. PT versus PT, com Gleisi a postos para dizer que qualquer coisa diferente do que o partido queria seria “penalizar o consumidor, gerar mais inflação e descumprir compromissos de campanha”.

    A questão não é tão linear. Ninguém gosta de aumento de preço, de gasolina cara, de inflação e de juros altos, assim como nenhum presidente, ministro da Fazenda, governador e prefeito gosta de perda de arrecadação. Mas, no frigir dos ovos, quem paga a conta é o pobre, que, aliás, não anda de carro a gasolina nem a álcool.

    Do ponto de vista político, a guerra PT X PT é entre popularidade e responsabilidade fiscal; do econômico, entre inflação e juros; do administrativo, entre arrecadação e contas públicas. Além, claro, de ser entre Gleisi e Haddad, tendo como pano de fundo uma velha coceira petista: a de manipulação política dos preços da Petrobras.

    A própria Gleisi atrelou a reoneração de combustíveis à definição de “uma política de preços para a Petrobras”. Qual seja? Para os críticos, uma “política política”, jogando em segundo plano os preços internacionais das commodities e permitindo aquele mau jeito de Dilma Rousseff de segurar os preços de acordo com o gosto do freguês – ou do governo de plantão. E, com Bolsonaro, a Petrobras teve quatro presidentes em quatro anos. Por que será?

    A questão central, porém, passou a ser Haddad. Quando olham para combustíveis, mercado, economistas, investidores, produtores e especialistas veem Haddad, que lhes dá segurança e não pode, nem deve, ser arranhado. O recado para Lula: Quem pariu Mateus que o embale!

  2. Para o prefeito de Gaspar e sua turma de planejamento, obras, manutenção e Defesa Civil além dos vereadores lerem [ eles só leem menos dos que três linhas em redes sociais e por isso se atrasam como poucos]. O que está na cara de todos, eles não conseguem enxergar, há muito tempo

    DESLIZAMENTO DE TERRA E ENXURRADAS SÃO OS TERREMOSGTOS BRASILEIROS, por Daniela Chiaretti, no jornal Valor Econômico

    Em 2008, a prefeitura de Londres preparava a capital para o inevitável – os impactos climáticos. Em 2080 imaginava-se que o volume de água do Tâmisa poderia ter picos de água 40% maiores. Os planejadores mapearam estações de metrô, hospitais, aeroportos, mercados e escolas e estudaram o que aconteceria em cenários de enxurradas. A cidade tem uma barreira contra as enchentes do rio, mas que não é a prova de chuvas torrenciais repentinas, e o sistema de drenagem vitoriano também não dá conta se o volume de água for violento. Alguns estudos recentes indicam que 17% da cidade enfrenta risco médio ou alto de inundação.

    Não precisou chegar 2080. Em julho de 2021 a cidade sucumbiu a dois dias de eventos climáticos extremos. Dois hospitais inundaram e recusaram pacientes que não estivessem em estado grave. Moradores foram resgatados em botes. Bombeiros receberam mais de mil chamadas em poucas horas e evacuaram cem casas de um bairro mais atingido. Carros ficaram debaixo d’água. Uma das cidades mais ricas do mundo viveu o caos comum a metrópoles de terceiro mundo e ficou evidente que, mesmo ali, não há preparo suficiente para os impactos das mudanças climáticas. Não houve registros de mortes.

    No Brasil, morre gente todos os anos por deslizamentos de terra e enxurradas, o desastre natural que mais mata no país. Mais de 25% das mortes por chuvas nos últimos dez anos ocorreram no primeiro semestre de 2022, mostram artigos de pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Cemaden. Foram 494 pessoas a perderem a vida em Petrópolis e na Grande Recife. Na tarde de 15 de fevereiro de 2022, Petrópolis registrou as chuvas mais fortes desde 1932. Morreram 234 pessoas. Em 25 de maio de 2022, 130 pessoas perderam a vida com a tempestade que caiu sobre a Grande Recife. “É preciso monitorar as condições que levam a desastres e emitir alertas para salvar vidas”, diz o climatologista José Marengo, que trabalha há 20 anos com adaptação climática e esteve a frente de capítulos de relatórios do Painel Intergovernamental de Mudança Climática, o IPCC, nessa temática.

    O Brasil avançou muito em termos tecnológicos. Não só na criação do Cemaden, em 2011, mas em avisos de chuvas intensas por celular, mensagens de texto, redes sociais. “Tudo isso tem que ser usado, mas é preciso emitir alertas de desastres para proteger a população, diz ele. Podem ser sirenes ou carros de som ou o que for mais eficaz para tirar as pessoas de casa. Isso não basta, contudo.

    “Toda tecnologia que temos não serve se a pessoa não acredita na ciência e em sistemas de prevenção de chuva. Se é retirada de casa em uma ameaça de desastre, mas volta escondida para pegar roupas e morre. Ou se não quer sair de casa porque teme que a geladeira, que poupou anos para comprar, possa ser roubada”, continua Marengo, um dos fundadores do Cemaden e coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento. “Se esses eventos serão mais frequentes e fortes no futuro, a população tem que ser treinada para respeitar o alerta, ser preparada para isso, sair de casa e ir a um lugar seguro, e não voltar”, continua. “Tem que se criar a percepção cultural no Brasil de que o alerta de desastre existe para ser respeitado. Se o clima está mudando, não há outra forma. Não temos como combater isso. Temos que nos adaptar.”

    Nos Estados Unidos, quando há alerta de furacão, as pessoas sabem o que têm que fazer. Protegem portas e janelas, tentam evitar que seu patrimônio seja destruído, mas saem de casa. Vão para abrigos seguros. No caso de tornados, que são muito mais rápidos, costumam buscar refúgio em espaços no subsolo até que o fenômeno vá embora. São treinados para agir assim. As sirenes disparam no Chile e no Japão quando tem um terremoto e há risco de tsunami. Em Lima, no Peru, todos têm uma pequena mochila na sala com cópia de documentos, uma água, alguma comida enlatada. “Quando há terremoto, saem todos com sua mochila, que tem o básico”, conta Marengo, que é peruano, vive há muitos anos no Brasil, mas vê as mochilas sempre que visita os familiares. No Brasil, acredita, “há que haver uma melhor governança do sistema. Porque a cada ano vêm extremos de chuva e morre gente”. Ele completa: “É coisa de horas. É melhor sair de casa e ter um alerta falso, do que ficar e viver um alerta verdadeiro”.

    Mais de 8 milhões de brasileiros vivem em áreas de risco de deslizamentos e inundações. É uma face da desigualdade, como bem lembrou Edu Lyra, o fundador e CEO da Gerando Falcões, analisando a tragédia do litoral norte de São Paulo. “Temos que tornar as cidades, sobretudo as favelas, resilientes às mudanças climáticas. Caso contrário o Brasil irá enterrar, ano a ano, milhares e milhares de pessoas pobres que vivem em locais de risco e beira de encostas”, disse ao Valor.

    Ele propõe que a reconstrução se inicie por “um grande pacto” que junte poder público e sociedade civil, “com uma agenda de 20 anos a frente para que a gente não carregue o peso moral de não ter feito a coisa certa, no tempo certo”.

    Encontrar um lugar seguro para a moradia desses 8 milhões não é nada fácil, custará muito e levará tempo. Por isso os climatologistas dizem que é preciso criar um sistema imediato de alerta de desastres que salve vidas. É preciso incorporar o conceito de adaptação no planejamento da infraestrutura, no desenho das cidades, na produção de alimentos, na saúde. É isso que o governo Lula pretende fazer, segundo adiantou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ao divulgar que é preciso atualizar e implementar o plano nacional de adaptação que o Brasil tem desde 2016 e foi esquecido em alguma gaveta no governo Bolsonaro.

    Estratégias de adaptação não necessariamente precisam ser apenas obras caras e desafiadoras, como construir barreiras cada vez mais altas e fortes para conter o avanço do mar. Tem que se planejar pela lente do clima. O avanço do mar sobre a costa irá empurrar esgotos hoje lançados no oceano de volta para as cidades. Se as inundações são inevitáveis, as centrais de energia dos hospitais não podem ficar no subsolo – lição aprendida nos Estados Unidos com a passagem do devastador furacão Katrina em 2005. No Nordeste, adaptação à seca tem a construção de cisternas como política que deu resultado. A Embrapa desenvolve variedades resistentes a temperaturas altas e condições de estresse hídrico. “O Brasil é muito solidário no pós-desastre. Mas é preciso pensar na prevenção. Estamos atrasados nisso”, diz Marengo.

  3. O AGRO É TECH, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

    Na cultura popular, o campo é associado ao passado; as cidades, ao futuro. Na área tecnológica, em especial, a indústria é vista como o espaço da inovação e a agropecuária, como o da tradição, quando não do atraso. Mas o agronegócio brasileiro desmente radicalmente esses estereótipos.

    Nas últimas décadas, a agropecuária tem sido uma ilha de excelência em termos de crescimento da produtividade, seja comparada a outros setores da economia nacional, como indústria e serviços, seja comparada à agropecuária de outros países.

    Em duas ou três gerações, o Brasil passou de importador de alimentos a um dos maiores exportadores do mundo, em vias de se tornar o maior. Entre 2011 e 2020, por exemplo, enquanto o setor de serviços cresceu apenas 1,5%, a indústria encolheu 12,8% e o PIB, como um todo, 1,2%, a agropecuária cresceu 25,4%. Entre 2006 e 2017, enquanto a média de crescimento anual da agropecuária dos maiores competidores do Brasil, os EUA e a China, foi de, respectivamente, 1,9% e 3,3%, no Brasil foi de 4,3%.

    Essa história de sucesso, que tem muito a ensinar a outros setores, foi calcada em empreendedorismo, reformas econômicas (como a liberalização do mercado), políticas públicas (como as de crédito e fomento), parcerias público-privadas e, acima de tudo, inovação e tecnologia.

    Ao longo da chamada “Revolução Verde”, que desde os anos 60 introduziu técnicas como a alteração genética de sementes, fertilizantes químicos, irrigação controlada e novos métodos de mecanização, o Brasil começou como um dos grandes beneficiários e se transformou gradualmente num dos grandes pioneiros. O Cerrado, em especial, deixou de ser uma região pouco apropriada para a agricultura em razão da acidez do solo para se transformar num dos maiores polos globais de produção de soja. Como mostrou reportagem do Estadão, tornou-se corriqueira, por exemplo, a colheita de três safras de grãos por ano.

    Ao assumir um papel de vanguarda nessa revolução, o Brasil contribuiu para reduzir a pobreza, a insegurança alimentar, a mortalidade infantil, as emissões de gases de efeito estufa e o uso de terras para a agricultura. Mas essa explosão de eficiência trouxe também seu ônus: o esgotamento e a erosão do solo, alterações nos ecossistemas, desmate e priorização da estrutura latifundiária em detrimento da produção familiar, impulsionando o êxodo rural.

    Assim, aos triunfos da produtividade se somaram os desafios da sustentabilidade. Também nesse âmbito o Brasil tem sido pioneiro, aprimorando técnicas como a integração lavoura pecuária e promovendo a agricultura de precisão através de tecnologias digitais como a Internet das Coisas, a robótica, sensores meteorológicos, Big Data e computação em nuvem, ou a agricultura vertical.

    Ainda há, contudo, entraves a serem eliminados, notadamente a infraestrutura precária de internet, ainda não acessível a todos os produtores, em especial os pequenos. Se essas deficiências não forem vencidas, há o risco de aumentar o abismo entre pequenos e grandes produtores, perdendo-se uma janela de oportunidades para reduzir a desigualdade nacional.

    No campo das políticas públicas, além de melhorias gerais no ambiente de negócios e na infraestrutura, é preciso fortalecer incentivos, focando em crédito para projetos que incorporem inovações tecnológicas, técnicas gerenciais e práticas ambientais. Incentivos diretos à inovação envolvem a promoção da pesquisa e cooperação transversal entre diversos setores, especialmente robustecendo a capacidade de colaboração da Embrapa. Para que sejam socialmente sustentáveis, essas medidas devem ser combinadas a políticas de capacitação e assistência técnica às pequenas propriedades rurais familiares.

    Ao contrário da trajetória de degradação da indústria que precisa ser revertida, o agro brasileiro já vive um ciclo virtuoso. Se for potencializado, a agropecuária pode ser ainda mais sustentável, criar mais empregos e aumentar rendas nas zonas rurais, exportando para o mundo um modelo de produtividade e sustentabilidade.

  4. Para os “çábios” da Defesa Civil de Gaspar lerem. Acham que simples comunicadores recebidos em doação vai lhes dar poder de proteção e agilidade, em substituição às ações preparatórias, preventivas e protetivas dos descuidos contra a população, muitas vezes, criados pelos nossos próprios políticos atrás de votos fáceis.

    É PAU, É PEDRA, É O FIM DO CAMINHO, por Fernando Gabeira, no jornal O Globo

    Quando nasci, em fevereiro, choveu muito. As pessoas tinham de se mover em canoas, contavam meus pais. Eu me acostumei com a ideia dos temporais de verão; às vezes, brincava na enxurrada sob protestos maternos.

    As chuvas costumam ir além de fevereiro, como mostra a canção de Tom Jobim “Águas de março”, uma das mais belas de nossa música popular.

    Como adulto, as chuvas tornaram-se parte do meu trabalho de jornalista ou mesmo de deputado. Sempre estive próximo. Da catástrofe na Serra Fluminense às cheias de Trizidela do Vale, no interior do Maranhão.

    Um pouco descrente de governos, pensei em fortalecer as próprias comunidades. A ideia era preparar um manual para as grandes chuvas, como os caribenhos e americanos fazem com os ciclones. Coisas simples, como ter a lista de todos com dificuldade de locomoção, para ser retirados com prioridade.

    Nas enchentes em Santo Antônio de Pádua, aprendi um pouco mais: o hospital foi inundado. Era preciso buscar em casa os dependentes de hemodiálise, transportá-los de helicóptero. Mais um item no caderno, que já tinha indicação dos abrigos, lugares onde se guardam barcos e botes, rotas de fuga.

    Cheguei a formular um projeto que ensinasse defesa civil nas escolas, pois contava com as crianças para alertar os pais. Vejo hoje que Marina Silva tem um plano mais ambicioso: mobilizar todo o Ministério da Educação para tratar das mudanças climáticas.

    Não fazemos tantas simulações, como os japoneses. Mas conseguimos realizá-las no caso de Angra dos Reis, por causa das usinas nucleares. De qualquer forma, o quadro hoje é mais claro: 4,5 milhões de pessoas em áreas de alto risco, distribuídas por mais de 14 mil pontos críticos.

    Isso demanda um projeto especial porque dificilmente terão casa segura antes das próximas chuvas. Um projeto que aumente a resiliência das cidades brasileiras, adaptando o país às mudanças climáticas, tem chance de financiamento por meio do Acordo de Paris.

    Há muito trabalho pela frente. É uma ilusão supor que o obstáculo é apenas o negacionismo de Bolsonaro. Muitos políticos aceitam as mudanças climáticas, mas, na prática cotidiana, as negam.

    O Litoral Norte de São Paulo sofreu o impacto de uma chuva recorde. Mas a prefeitura de São Sebastião já fora intimada 37 vezes por não realizar obras nas encostas. Um projeto da ONG Escola Verde tinha apoio do BID para construir casas populares na Barra do Sahy, centro do grande drama. Conseguiram até terreno, mas o projeto dormiu sete anos na gaveta do governo estadual.

    Existe um negacionismo simpático, do “tudo bem, deixa conosco”, mas que vai empurrando soluções com a barriga até que a tragédia aconteça.

    Na verdade, se olharmos de uma perspectiva histórica, a tragédia no litoral brasileiro acontece em câmera lenta. No norte de São Paulo, os caiçaras foram expulsos de suas aldeias de pescadores pela especulação imobiliária. Os ricos se instalaram nas praias, e os pobres foram morar na encosta da Serra do Mar, onde vivem de prestar serviços e da construção. A especulação imobiliária controla prefeitos e vereadores.

    Dois repórteres do Estado de S. Paulo, Renata Cafardo e Tiago Queiroz, foram agredidos num condomínio de luxo, em Maresias, apenas porque estavam cobrindo o impacto do temporal:

    — Comunistas — gritavam os moradores.

    Uma das constatações mais duras no avanço das mudanças climáticas é que os pobres são realmente os mais atingidos, não em todos os casos, mas na maioria das vezes. Isso cria em muita gente a sensação de que o problema existe, mas está muito longe, lá onde não sujamos nossos sapatos de lama.

    O momento é de sentar e discutir uma saída para este mundo em transformação, que nos abala tanto. O negacionismo é suicida, não é possível que um país sucumba à própria ignorância.

    1. Bom dia.

      A Câmara de Vereadores de Gaspar é um palco onde os artores vestem o seu melhor personagem para ludibriar os poucos que prestam atenção na OMISSÃO deles em relação a sua gente.

      Vejam a vereadora Zilma, aquela que criou a CRECHE MEIO PERÍODO enquanto secretária da educação municipal,
      e que em junho de 2.022 virou a titular da “comissão da Câmara municipal” para resolver o PROBLEMA que ela mesma CRIOU. 😱😱😱

      Ela, Zilma, junto com o vereador Cleverson, aquele dos versículos bíblicos,
      e o presidente da AMPE, aquele do título da capital nacional da moda infantil de Gaspar,
      PROMETERAM em sessão plenária (TÁ GRAVADO), com DISCURSO INFLAMADO,
      A CONTRATAÇÃO IMEDIATA DE VAGAS EM PERÍODO INTEGRAL NAS CRECHES PRIVADAS DE GASPAR.

      Também PROMETERAM AGILIDADE na formalização das CRECHES DOMICILIARES PRA FIRMAR CONVÊNIOS COM A PREFEITURA.

      Já que perguntar não ofende,
      QUANTAS NOVAS VAGAS EM PERÍODO INTEGRAL FORAM CONTRATADAS ATÉ AGORA?

      Quarta feira passada a vereadora Zilma ocupou a tribuna da Câmara pra reafirmar o dia da vitória 👀
      Uma homenagem aos gasparenses MORTOS na segunda guerra mundial 😱😱😱

      Tem outro que se vangloreia do seu oitavo mandato 👀
      Quando os seus ELEITORES lhe cobram DEMANDAS, ele responde que está DEBRUÇADOS sobre o PROBLEMA em busca de SOLUÇÃO.
      Se Gaspar afunda em TODAS as áreas e NADA muda, será que o vereador pegou no sono???

      Ah, meu querido e saudoso Vereador Amauri Bornhausen,
      Quanta FALTA o Senhor nos faz..😥

      1. Bom dia.

        Todos vestem personagem e narrativas para criar espuma na cidade.

        Veja hoje.

        Para ir a Florianópolis nesta terça-feira engrossar as suas diárias, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, chamou para as 5h30min, desta terça-feira, uma reunião no seu gabinete parta discutir planejamento e obras. E lá estava a assessora de comunicação fazendo espetáculo deste incidente para a cidade tentando dizer que o chefe era um fora de série, como se na Capital Nacional fake da Moda Infantil, centenas de trabalhadores, sem direito a creches, pela sobrevivência, não tivessem que levantar as quatro para estarem no trabalho no turno das 5h

        O que foram discutir? O que está neste artigo. A cidade está escangalhada, exatamente porque não se tem planejamento, coordenação e execução na manutenção, fato, que de fato, já afeta seus apoiadores que não aguentam mais de tanto pedir e dar tempos para que algo seja feito. Acorda, Gaspar!

  5. GASOLINA POLÍTICA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

    Permanece a disputa dentro do governo a respeito da volta da cobrança dos tributos federais PIS e Confins sobre gasolina e álcool. O prazo da isenção termina nesta terça (28), tendo sido prorrogado por dois meses no final do ano passado.

    A reoneração é defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e poderia render R$ 25 bilhões para os cofres da União até o final do ano. Seria um sinal de que o governo preza a responsabilidade fiscal, atributo escasso até aqui.

    Por certo haveria impacto nos preços —estima-se que o valor da gasolina na bomba poderia subir até 70 centavos. Aumentos adicionais viriam na hipótese de majoração do ICMS estadual.

    Os entes regionais e a União negociam um acordo depois da redução promovida no ano passado, pelo qual a gasolina deixaria de ser considerada item essencial e poderia ser tributada com alíquotas maiores que o limite atual de 18%.

    Já expoentes da ala política do governo e lideranças do PT são contra a volta da cobrança federal. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a prorrogação da isenção até que a Petrobras defina uma nova política de preços. Tributar agora, segundo ela, seria impactante para a classe média e um descumprimento de compromisso de campanha eleitoral.

    Gleisi está errada. O principal compromisso de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha foi incluir o pobre no Orçamento. É evidente que manter a desoneração promovida de modo eleitoreiro por Jair Bolsonaro (PL) vai de encontro a tal orientação.

    Trata-se de um subsídio com altíssimo custo que não distingue ricos e pobres e beneficia principalmente os primeiros, à custa de maior descontrole fiscal e, aí sim, de mais inflação, que penaliza a população mais carente.

    O temor da ala política é a perda imediata de popularidade presidencial, que em sua visão poderia exacerbar a polarização e tensionar ainda mais o ambiente.

    Não parece ocorrer a esse grupo que a degradação da confiança numa gestão responsável é o maior risco a médio prazo. Insistir em medidas demagógicas que oneram o Orçamento adiará a queda dos juros, com crescentes obstáculos para o crescimento da economia.

    Eis a receita para uma baixa duradoura da aprovação ao governo, que seria difícil de reverter. Decisões responsáveis neste início de mandato, bem explicadas à população, trariam benefícios adiante.

    O quadro atual é delicado. Às vésperas de um teste fundamental para a política econômica —a esperada apresentação da nova regra fiscal, que substituirá o teto constitucional de gastos— deveria ser do interesse do presidente Lula operar pelo crédito de Haddad.

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