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BANCADA DO AMÉM NA CÂMARA DE GASPAR ESTÁ SEM PREGADOR, SANTO PROTETOR E ORAÇÃO PARA DESATAR OS NÓS

A ida dos vereadores Francisco Hostins Júnior, MDB, para a desvalida secretaria da Saúde e de Francisco Solano Anhaia, MDB, para a chefia de Gabinete do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, mais cedo do que se esperava, começou a dar sinais de que o governo está exposto no palanque e exatamente num período eleitoral. Os adversários estão agradecidos. 

A substituição feita pelo PT na Câmara do titular Dionísio Luiz Bertoldi (a direita na foto acima) pelo suplente Antônio Carlos Dalsochio (a esquerda na foto acima), aparentado do ex-prefeito por três mandatos e candidato a deputado estadual Pedro Celso Zuchi, foi um avanço substancial feito pelo partido neste jogo de xadrez contra o rei Kleber. Criou uma vantagem inesperada. E a espuma já começou.

A Bancada do Amém – denominação que criei aqui – está reduzida às bravatas do novato e presbítero Cleverson Ferreira dos Santos, PP. E vai ser engolido se resolver peitar Dalsochio, o qual não pode se comparado ao cuidadoso Dionísio. Ao governo Kleber, sobrou o experimentado e mais longevo no legislativo, José Hilário Melato, também PP. 

Mas, Melato, exatamente pela experiência que carrega, e por já ter se entendido com o PT em governos petistas daqui, não coloca mais a mão em cumbuca sem saber se ali não ela estiver limpa de marimbondos. Na terça-feira feira isso ficou bem claro. Ou alguém acha que os suplentes que substituíram os “chicos”, como eles se tratam liturgicamente entre eles, possuem pegadas e causam embaraço à desenvoltura, ironia e cara de pau de Dalsochio? Os demais vereadores da Bancada do Amém estão todos fingindo – por falta de argumentação – de que não é com eles.

Pior. E para completar o cabelo, barba e bigode de Dalsochio contra o governo de Kleber, nem o líder dele na Câmara, Giovânio Borges, PSD, que ocupava a presidência naquela sessão, porque a titular, outra vez, saiu mais cedo numa sessão de pouco mais de uma hora, ousou contraditar, bravatear ou defender contra aquilo que Dalsochio se queixou, informou, denunciou e até provou.

E um dos pontos de Dalsochio na sessão – que teve até a presença de Zuchi – para tomar o espaço dela e deixar os demais nas chinelas, foi a caótica área da Saúde, um legado negativo impressionante de Kleber contra a cidade, os mais pobres, os com dores, os sem esperanças. Foi proposital. E por dois aspectos principais entre outros.

Primeiro porque está lá está agora, o ex-secretário de Saúde do PT, Hostins Júnior. É uma forma de expô-lo e tirá-lo do conforto. Segundo, porque o assunto de tão deteriorado que está, é fácil e rende nos discursos pois a solução não vem tão cedo assim. E Dalsochio não aliviou. Mostrou na tela da Câmara, tela que não aparece para o público na transmissão da sessão, por exemplo, o quanto se reclamou nas redes sociais dele, depois que ele deu uma entrevista à Rádio Sentinela do Vale sobre este assunto. 

Todos do governo quietinhos. Ou seja, contra fatos, não há argumentos. E eles sabem que este assunto não é de oposição, mas de governo que trocou seis secretários em seis anos de governo. Ai não há plano, planejamento e ação que resista para resultados consistentes, não só para o governo, mas para a própria população cliente desse tipo de serviço. Amadores!

Impressionante mesmo foram duas outras informações: a primeira, de que o posto de Saúde do mais populoso bairro de Gaspar ficou sem médico num dia da semana passada. Ai, ai, ai. Ali, segundo o vereador, entra-se na fila por uma vaga de atendimento as duas horas da manhã. É prácabá.

A outra, é de que uma gasparense, moradora do Bateias, diagnosticada com câncer de mama, sofrendo, com dores, só terá acesso, segundo o vereador, a um oncologista, em novembro. Revoltante! De verdade, o caso é de polícia e contra os políticos que estão no poder de plantão.

O próprio vereador se banhou neste assunto. Citou os seus próprios casos: pediu um angiologista em fevereiro deste ano. Até agora nada. Foi informado que a fila é de 300. Pediu um dermatologista: 355 dias depois foi atendido há duas semanas. Impressionante, não a demora, mas os discursos dos da Bancada do Amém que tentam tergiversar ou esconder esta doença crônica de um governo que usa a bíblia, a religião, o suposto amor de Cristo, como referências para tapar a boca de seus críticos.

Enquanto isso, com muita propaganda, estão fazendo parque náutico para os riquinhos em um rio poluído exatamente pela falta de tratamento de esgotos, mirante para ver o rio… E assim vai. Afinal, povo gosta de pão e circo. E esta semana terá: a ExpoGaspar com show “de grátis”, dinheiro que bem poderia estar na Saúde para a solução daquilo que está sob debate e denúncia.

Explica-se por estas e outras, a razão pela qual o prefeito Kleber correu do pau na sua candidatura de deputado estadual e a razão pela qual o MDB se esfacela por aqui, imitando o de Blumenau.

Qual é o resultado de tudo isso? Kleber deu palanque para quem já podia estar em casa de pijamas e não dormiu, ou foi acordado porque quem deveria estar atento, preferiu a marquetagem cara, sem propósito, de promoção quase pessoal e paga pelos cofres públicos. Tudo para criar narrativas e um mundo de fantasia. 

Entretanto, a realidade é bem diferente e está sendo explorada pela oposição. E por quê. Porque não se sustenta quando cobrada, exposta e debatida. E para complicar, Kleber e seus “çábios” abriram – mais uma vez – brechas na Câmara para a exposição das suas fraquezas, e a Bancada do Amém acha que o Espírito Santo baixará lá por um milagre na proteção do desgoverno, ou da falta de prioridade dele. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Falta de planejamento. A Câmara de Gaspar – a pedido do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e do vice Marcelo de Souza Brick, Patriota, diminuiu a carga horária do único periodontista de 40 para 20 horas semanais. Não tinha comprovada demanda. Prometeu compensar em outra necessidade na área de odontologia. Primeiro, porque fizeram uma Lei sem saber da real demanda?

Segundo, porque ao mesmo tempo não veio para a Câmara a tal compensação de 20h para outra área e que comprovadamente tem essa nova demanda? O Planejamento do governo Kleber é zero,. Nada encaixa! Tudo se improvisa. E a cara marquetagem doura paga com dinheiro público, paga a pílula.

Começa hoje a Expofeira Gaspar. Necessária do meu ponto de vista. Mas, em terreno que Kleber Edson Wan Dall, MDB, não conseguiu – e não quer por birra política – regularizar até hoje, a Arena Multiuso. Deixando este caso de planejamento administrativo de lado, ontem foi dia de muito stress por lá entre a empresa contratada para dar infraestrutura e os expositores. Tudo atrasado e confuso. Uma marca de governo.

Em Indaial, a Expresso Presidente, a mesma que serve Gaspar no transporte coletivo urbano, deu no pé. Segundo ela, faltou diálogo com a prefeitura de lá. Aqui, ela vive de subsídios. Isto é outro assunto que está fora da transparência e do debate público.

Rua Feliz. Espera-se que não seja marquetagem apenas, como a que transformou Gaspar na Capital Nacional da Moda Infantil, mas ninguém sabe onde comprar, comparar e se orgulhar de suas marcas. Gaspar já teve iniciativa assemelhada vinda do seu CDL. E deu certo.

Agora, querem fazer isso ao menos um domingo por mês no Centro da cidade. Nem olhar para os vizinhos conseguimos. Eles já fazem isso, com competência e aderência de seus cidadãos, há anos. Sabe por que tudo aqui vem depois dos outros? Por causa do aparelhamento político, e com curiosos, nas secretarias vitais como a de Desenvolvimento Econômico, Renda e Turismo, além de se ter um Conselho da Cidade fake, feito de poderosos, iluminados e “çábios” que antes discutem os seus próprios interesses e eventualmente depois dos da comunidade. Acorda, Gaspar!

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2 comentários em “BANCADA DO AMÉM NA CÂMARA DE GASPAR ESTÁ SEM PREGADOR, SANTO PROTETOR E ORAÇÃO PARA DESATAR OS NÓS”

  1. A pergunta é: e se fosse em Gaspar? Por isso, não somos o Reino Unido… Nem aqui, nem ali, acolá, e principalmente em Brasília.

    NO REINO UNIDO, GOVERNO CAI APÓS ESCANDALO SEXUAL DE ASSESSOR. NO BRASIL… por Leonardo Sakamoto, no portal UOL (Folha de S. Paulo)

    Boris Johnson perdeu a capacidade de governar o Reino Unido, sendo defenestrado para fora da liderança do Partido Conservador e do posto de primeiro-ministro, após esconder que sabia das acusações de má conduta sexual de um assessor. O deputado Chris Pincher renunciou após vir a público relatos de que apalpou dois homens em um clube de Londres.

    Por aqui, um assessor próximo do presidente da República, no caso, o então presidente da Caixa Econômica Federal, acusado de apalpar nádegas e seios de funcionárias, pede demissão após o caso vir a público. O presidente faz silêncio em solidariedade, o governo não responde se sabia das acusações e fica por isso mesmo.

    No caso britânico, a situação ficou feia para Johnson por ele ter, inicialmente, negado, que sabia dos relatos envolvendo o conservador Pincher antes de indicá-lo para um cargo importante em sua gestão. Quando surgiram denúncias de que ele foi sim informado pessoalmente, o governo voltou atrás, mas disse simplesmente que tinha esquecido disso – um novo nome para mentira. Pediu desculpas, mas já era tarde. Renunciou.

    Essa foi a cereja do bolo de uma série de escândalos do seu governo, incluindo a realização de uma festa enquanto o país estava em lockdown, negacionismo sanitário e incompetência da gestão na pandemia de covid-19, denúncias de lobby de empresas e corrupção entre funcionários, falta de ações para combater o aumento da inflação, entre outras.

    Percebam a similaridade dos escândalos de Boris Johnson, eleito com um discurso de outsider da política e antissistema, com os escândalos de Jair Bolsonaro, eleito com um discurso de outsider da política e antissistema. A diferença é que se o inglês tivesse feito o tamanho das bizarrices que o brasileiro fez, ou contado mentiras do mesmo porte, teria sido chutado para fora há muito mais tempo do número 10 da Downing Street.

    Imaginem Johnson chamando o choro de familiares pelos seus mortos na pandemia de “mimimi”, dizendo que “todo mundo morre um dia” e lutando firmemente contra a vacinação, dizendo que vacina transforma pessoas em jacarés? Imaginem ele fazendo insinuações mentirosas de cunho sexual para uma jornalista investigativa da BBC?

    Os relatos de cinco funcionárias da Caixa de que o então presidente da instituição, Pedro Guimarães, as apalpava, pressionava por sexo e propunha surubas levaram a uma investigação por parte do Ministério Público Federal.

    A imprensa apurou que as denúncias contra Guimarães teriam chegado ao Palácio do Planalto. Mas, se a cúpula do governo sabia, não fez nada para impedir a ação de um predador sexual em uma das principais instituições públicas brasileiras. Se não fosse a coragem das trabalhadoras e a reportagem do portal Metrópoles, ele teria continuado lá, livre para apalpar.

    Guimarães era mais do que o chefe de um órgão público, era assessor direto de Jair Bolsonaro, que o carregava a todos os lugares para fazer propaganda do auxílio emergencial e do Auxílio Brasil, defender o porte de armas ou elogiar seu governo. Era tão próximo que chegou a ser cotado para substituir o ministro da Economia Paulo Guedes ou mesmo ser vice na chapa de reeleição.

    Após seis dias de silêncio sobre as acusações de assédio sexual, Jair Bolsonaro tocou no assunto nesta segunda (4). Questionado sobre as denúncias por seus apoiadores, disse apenas: “Foi afastado o presidente da Caixa, tá respondido? Ou melhor, ele pediu afastamento, tá?”

    O termo “afastamento” é de natureza temporária, como a duração do aumento eleitoreiro no valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600. A preferência por “afastamento” ao invés de “demissão” indica que, em um segundo mandato de Bolsonaro, Pedro pode voltar.

    Faz-se necessária uma investigação para saber se Bolsonaro sabia das denúncias de assédio sexual contra o seu amigo e não fez nada, o que seria acobertamento, mas não novidade. Evidências indicam que ele interferiu no trabalho da Polícia Federal que investiga a corrupção no Ministério da Educação, avisando o ex-ministro Milton Ribeiro de que ocorreria uma operação contra ele.

    O silêncio do presidente, sinal de compadrio e solidariedade com o agressor, diz muito. Não só do que ele acha das vítimas que denunciaram, mas também do que ele pensa da democracia brasileira.

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