Quando eu anunciei aqui, em meados de 2019 – em primeira mão -, que a Loja da Havan, da Rua Anfilóquio Nunes Pires, no bairro Bela Vista, em Gaspar, em direção a Blumenau, de que ela iria fechar, foi um corre-corre danado. Não só entre os políticos daqui, ou os técnicos envolvidos nas obras e que permitiram à lambança construtiva, mas também dentro da própria organização empresarial do brusquense Luciano Hang. Isto maculava à imagem da empresa e principalmente do dono dela.
Desmentidos em cima de desmentidos. A imprensa receosa, com medo de perder verbinhas, inicialmente ficou quietinha, mas depois foi na onda das versões oficiais da empresa. Otimismo disfarçado onde só existia lamentações. Então, nada como ter o tempo como senhor da razão. A informação do fechamento não foi inventada por mim, mas era uma real possibilidade que circulava dentro da própria Havan. Não entre os peões, mas alto escalão decisório da empresa.
Estava-se nela puto, mas putíssimo mesmo, com os acontecimentos, desdobramentos e até mesmo com o desempenho comercial daquela que era a 108ª loja inaugurada – hoje são 172, com a recente de Manaus AM – não sei se descontou a de Gaspar.
E por causa de eu ter obtido a informação internamente, no andar de cima da empresa, em contatos não solicitados, e para não deixar amigos comuns expostos, tive que deixar os mentirosos viverem as suas narrativas a clientes e ao povo. Triste!
Pois agora, não existe não só prédio já demolido. Não existe, sequer, grande parte dos materiais da estrutura, e nem mesmo está lá a “Estátua da Liberdade”, com registra a foto deste post. Tudo foi embora de lá, muito recentemente. Também informei aqui aquilo que era público e se escondia por meses.
A Loja da Havan, em Gaspar, é na verdade, muito o retrato do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB. No dia da inauguração 24 de março de 2018, ela era tida como o marco da aposta de investidores de grosso coturno no município por causa do estilo dele de governar, da liberalidade e agilidade criada para afastar a burocracia aos que querem investir no município – e isto é um fato -, e mais do que isso: de um “casamento político” que se dava como nova letra de samba e representação regional.
Quatro anos depois, a Havan não existe, Luciano não quer passar por Gaspar e Kleber, o político promissor, o que se apadrinhava com gente de fama e grana para além do seu templo, correu da candidatura a deputado estadual, porque sabe que como a loja da Havan, ele não foi diligente e não construiu a sua liderança política sob terreno firme na sua trajetória político-administrativa por aqui. Nem como presidente da tal Associação de Municípios do Médio Vale que virou Vale Europeu, NÃO conseguiu se sobressair, ou se articular exatamente por falta de liderança, interlocução e até mesmo apetite.
Uma simbiose impressionante. Está na cara de todos. Há muito tempo. E depois eu que sou o exagerado, o que só enxerga defeitos. Eu apenas não os escondo, como a maioria por medo, por paga, por estar embrulhado no mesmo pacote e por piedade. E é por isso, que continuamos atolados nos defeitos, a tal ponto de não se sustentar um prédio de uma mega-loja por aqui.
O desastre começou a se desenhar na inauguração, quando se disse que aquela loja de seis mil metros quadrados, com 150 empregados, foi construída em 60 dias, exaltando-se o recorde que agora se sabe ter sido uma imprudência técnica.
“O sucesso só se faz quando todo mundo está unido, e todo mundo tem voz“, enfatizou Luciano naquele 24 de março, cujo ato de inauguração fazia parte das comemorações da semana de emancipação de Gaspar da vizinha Blumenau, que esteve muito revoltada com as separações de um punhado de municípios feita por um gasparense que estava vestido de prefeito de Blumenau.
O sucesso, diria eu, pode não só estar na união, mas antes é preciso antes se escolher com quem se unir.
E prova-se que o experto e até experimentado Luciano, escolheu para se unir a gente que lhe deixou exposto naquilo que ele vende muito bem como um empreendedor e gestor de sucesso. Nem mais, nem menos. Foi levado na lábia, por gente que também vive na marquetagem como meio de sobrevivência política. Por isso, ficou no meio da estrada.
E esse negócio de todo mundo ter voz, é bom, mas em algo técnico, a voz é deve ser de quem entende dos meandros técnicos e é preciso antes se certificar das capacidades técnicas. Luciano confiou naquilo que lhe deram. Deu no que deu. Luciano é o único que está curtindo verdadeiramente o prejuízo financeiro, empreendedor e de imagem.
“Agora, não tem mais como os blumenauenses virem para Gaspar e não comprar no comércio daqui”, zombou e profetizou naquele dia Luciano Hang. Pois é, há quase três anos, se alguém de Gaspar quiser comprar na Havan, o mais fácil ainda é ir a Blumenau, Brusque, Itajaí…
Para Kleber naquele mesmo dia, a inauguração da loja da Havan, em Gaspar, “significava um marco do trabalho que o governo dele vinha desenvolvendo“. Profeta sem bíblia. A Loja está fechada, desabada e sem qualquer sinal de que seja reerguida lá, como em outro lugar que já foi aventada – e oferecida como alternativa – e até informado aqui.
Então resta o réquiem dessa aventura funesta.
Posse de Kleber em janeiro de 2017. Inauguração da Havan 24 de março de 2018. Não deu seis meses, e os problemas estruturais e construtivos na Loja. Faltou observar o processo de adensamento do solo feito de aterro. Ele deu sinais perigosos contra os frequentadores da loja e contra o negócio em si. Soluções à meia boca e foi o tempo que provou isso. Reabriu em maio de 2018. Novo fechamento no dia 23 de dezembro de 2019. Em outubro de 2020, ninguém da Havan aguentou mais tanto improviso e altíssimos custos: encerrou-se as atividades, dizendo que era só uma forma para reconstruir o prédio. Estamos em julho de 2022.
TRAPICHE
Alguém precisa avisar ao ex-prefeito de Jaraguá do Sul, e persistente – uma qualidade que admiro – pré-candidato a governador de Santa Catarina em dois de outubro, Antídio Aleixo Lunelli, que as fotos dele de ontem em Gaspar, revelam que ele está sendo sentado no colo do inimigo e de gente exageradamente sem votos. Ou o inimigo, desorientado e enfraquecido, ficou sem opção e está o usando como carta para compor o baralho perdido.
Antídio, um empreendedor privado de sucesso e um gestor público experimentado e por isso, penso, ainda deve ter boa memória. Quando Antídio esteve aqui há meses na Sociedade Alvorada, o único do diretório municipal de Gaspar que se disse ser Antídio e mesmo assim, cassaram-lhe a palavra, foi o ex-prefeito Osvaldo Schneider, o Paca, presidente de honra do MDB de Gaspar. Paca está morto.
Naquele dia, Paca que estava no seu apartamento em Balneário Camboriú, veio especialmente para o evento e saiu daqui emputecido. Sob a desculpa de que Paca falava demais, foi, na verdade, intencional e proposital, a soberba dirigente do MDB de Gaspar impediu Paca de falar no evento. E por quê? Sabia-se que ele declararia apoio a Antídio e que isso teria um peso importante.
O diretório de Gaspar resolveu apostar numa suposta neutralidade. Mais outra esperteza que não deu certo. A cúpula, incluindo o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB,, inclinava-se para apoiar o senador Dario Berger, que nunca foi MDB, a tal ponto que já está filiado no PSB e está reavivando essas ligações por aqui entro do MDB que não está inclinado a apoiar a reeleição de Carlos Moisés da Silva, Republicanos, entre eles, o prefeito Kleber.
Hoje, minguado, o diretório do MDB de Gaspar, nem o próprio Kleber o tem como um dos seus líderes. Kleber está emprestando apoio a Carlos Moisés da Silva, Republicanos, e o próprio MDB está tanto na Assembleia, como nas prefeituras, em alianças explícitas e do escurinho, com Carlos Moisés.
Só depois do dia 23 de julho como começam a ser pré-definidas as convenções é que vai saber como essas melancias se ajeitarão definitivamente. Antídio mantém a candidatura para não perder o bonde. Mas, ele próprio sabe que o MDB está esfacelado. É só olhar para Gaspar.
Antídio também esteve em Blumenau. Foi falar com o MDB de lá. Só se foi a um museu, aliás que inspira e quer montar a sua filial por aqui. O MDB de Blumenau já foi referência não só estadual, mas nacional. Hoje, nem vereador possui mais. É detentor de uma rica e respeitável história, inclusive a de como e porquê se acabou. Falta-lhe votos. Um partido em votos, um diretório sem expressão, é a negação da política.
E é com esta gente que Antídio está amarrando o seu bode em Blumenau e Gaspar. Imagina-se, por estes dois exemplos, em que encrenca ele está metido no estado.
Uma ideia simples, absolutamente necessária e que não se sabe a razão pela qual não foi implantada ainda. O vereador Amauri Bornhausen, PDT, pediu à mesa diretora que as reuniões das comissões, fossem transmitidas ao vivo e as gravações disponibilizadas em arquivo.
Aliás, no novo site da Câmara, ainda não se definiu o que é sessão ou reunião. É só olhar o regimento interno. Está explícito e explicado. Pior saber que há assessoramento bem pago para que essa confusão não se permaneça no ar por mais de um mês. Para quem já fez parecer de constitucionalidade em matéria absolutamente inconstitucional…
Orçamento de araque. Sempre escrevi que o Orçamento de Gaspar é uma peça de ficção. Basta olhar a montanha de Projeto de Lei anulando e suplementando rubricas no Orçamento enviados pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, ao legislativo. Até a Câmara já fez a sua mexida neste ano.
Maico Rodrigo Ebertz, superintendente da Ditran – Diretoria de Trânsito – está com os seus dias contados no órgão. Ele vai sair para fazer parte da campanha do patriota Marcelo de Souza Brick.
1 comentário em “AQUI JAZ A HAVAN DE GASPAR. UMA MORTE ANUNCIADA COM MUITOS DESMENTIDOS, PREJUÍZOS FINANCEIROS E NA IMAGEM”
Pra não deixar a rotatória da Havan como marco do governo Kléber, aquela que hoje leva o nada a lugar algum, que tal remonta-la no trevo da Parolli?
No final da Ivo Silveira, em Brusque, FUNCIONA BEM..