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AFINAL, QUANTO CUSTOU CADA VOTO DOS QUE SE AVENTURARAM Á UMA IMPROVÁVEL VAGA A DEPUTADO ESTADUAL POR GASPAR?

Mara foi o voto mais caro, seguido por Marcelo. E quase tudo bancado pelos nossos pesados impostos. Zuchi teve o voto “mais barato” e com menos uso dos bilionários Fundo Eleitoral ou Partidário. Veja os detalhes.

A vereadora Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, PP, levada ao pleito para cumprir cotas do seu partido, foi a candidata que na relação gastos de campanha e votos recebidos, a que teve o voto mais caro das eleições de dois de outubro deste ano: R$27,03. Ela não se elegeu e ficou numa distante suplência do seu partido. Mara recebeu R$120 mil reais do bilionário Fundo Eleitoral, além de outros R$6 mil de doadores partidários. E já prestou contas. Entre as principais despesas destacam-se Luiz Thiago Philipps com R$26.480,00; Claquete Cinema e Televisão com R$26.026,00 e Facebook, com R$19.833,30 entre outros lançamentos.

É só acessar o site do Tribunal Regional Eleitoral. Os dados estão todos lá em receitas e despesas com origens e destinos. Transparência. Mara recebeu em Santa Catarina 4.654 votos. Em Ilhota, por exemplo, recebeu proporcionalmente mais votos do que em Gaspar onde é vereadora.

E aqui, os coroados do partido e do diretório trabalharam para candidatos de fora de Gaspar e do Vale do Europeu, principalmente, enquanto fingiam defender à candidatura de Mara. O mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, PP, por exemplo, trabalhou aberta e incansavelmente por José Milton Schaffer, PP, do bem menor do que Gaspar e no longínquo no Sul do estado, o município de Sombrio. Zé Milton se reelegeu. Melato “lamentou” o resultado de Mara. E como cabo eleitoral comemorou a eleição do Zé Milton.

Outros coroados do paetido trabalharam para a “falência” da tradicional profissional família Amim, como presidente do diretório, o atual secretário de Obras e Serviços Urbanos, Luiz Carlos Spengler Filho e que até contribuiu financeiramente para a campanha de Mara. A votação foi um fiasco. Também é o que registra os boletins de urnas do TRE. Transparência que desmancha discursos.

Melato e o PP sabiam que Mara Lúcia não poderia surpreender pela segunda vez. A primeira foi quando se elegeu como vereadora e fez escada com seus votos para o partido. Foram os votos dela e do primeiro suplente, o ex-vereador, o médico Silvio Cleffi – devidamente escanteado – que botaram outros três suplentes do PP em secretarias do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB. Se ela surpreendesse com boa votação por aqui a deputada estadual, forçosamente, alguém – mesmo sem votos – teria que sair da fila e da janela deste ônibus onde há assentos cativos e uso permanente deles.

Já o atual vice-prefeito de Gaspar no diploma, Marcelo de Souza Brick, que no escurinho da noite, e no último dia possível, sem a cidade saber, pulou do PSD – que mal cabe num fusca por aqui – para o Patriota – que nem carcaça de Lambreta possui – teve um custo de R$14,95 por voto. Nem a esperteza que inventou deu certo, mas os eleitores daqui sabiam antecipadamente – fato que irritou profundamente o candidato – que possivelmente esse seria o resultado final deste “salto triplo carpado político – que Marcelo tentou para se inserir competitiva e novamente na corrida de 2026. 

Marcelo nem sequer é suplente e está, neste momento, tonto com o isolamento que foi levado ao ser vice de Kleber, ato impensado que unicamente facilitou à reeleição do prefeito Kleber. 

Marcelo fez no estado 14.444 votos. Projetava só em Gaspar entre 15 e 16 mil e no estado, perto de 20 mil votos. Mesmo que esses números se concretizassem, pelo cenário em que terminou a contagem catarinense de votos, Marcelo não entraria. Escrevi várias vezes que isso aconteceria. E aconteceu! Era aritmética. Resumindo: Marcelo não só não foi eleito, mas ao mesmo tempo aumentou a encrenca com os que mandam na cidade. Eles não querem Marcelo candidato e desde que se elegeu vereador em 2012. Simples assim!

O tal Patriota de Marcelo não fez votos suficientes em toda a Santa Catarina para eleger sequer um deputado. Agora, nem gabinete de vice-prefeito Marcelo possui. Vive das aparências da rede social postando fotos de supostas visitas nas obrinhas que se faz pela cidade cheia de graves e reais problemas.

O Patriota é reconhecidamente um partido nanico. Mas no caixa de campanha de Marcelo pingou R$215.900,00 contra uma despesa já contabilizada de R$215.891,70. Marcelo recebeu R$120 mil do diretório nacional e R$35 mil do diretório regional. Um doador, Jamil Savi de Freitas, entrou com R$45 mil e nas miudezas, o próprio candidato contribuiu com R$5 mil. E para onde foi este dinheiro? Para cobrir despesas com Guilherme Luca Vieira, R$18.750,00; Dlocal Brasil Instituição de Pagamentos, R$17.000,00; P4 Comunicação Visual R$13.851,58; Postmix Soluções Gráfica (R$12.480,00 e R$10.740,00); Facebook, R$10.000,00 entrou muitas outras.

Já o ex-prefeito por três mandatos e então suplente de deputado estadual, Pedro Celso Zuchi, PT, teve o menor custo por voto, dependendo da conta que se faça, diante do que havia até ontem noite portal de prestação de contas do Tribunal Regional Eleitoral. Se pelas receitas de R$71.130,50 declaradas, o custo do voto será de R$7,77 por voto, ou se for pelas despesas contabilizadas até agora de R$59.332,06, será de R$6,48 a cada voto, diante dos 9.159 que recebeu em Santa Catarina no dia dois de outubro passado.

Zuchi também recebeu dinheiro do bilionário Fundo Eleitoral: R$12.180, mas nada comparável ao que Mara e Marcelo receberam e o próprio Zuchi, conforme declarou, colocou R$10 mil do seu bolso na campanha. Uma mixaria, mas muito mais do que Marcelo (R$5 mil) e zero em Reais de Mara. A maior despesa declarada por Zuchi foi a do Facebook, R$21 mil. E nas despesas estão ainda doações que fez para outros candidatos como Décio Nery de Lima, candidato a governador (R$3 mil), bem como aos deputados federais eleitos pelo PT, Ana Paula Lima (R$4.413,00) e Pedro Uczai (R$313).

Qual a conclusão? Que dinheiro resolve, mas não tudo numa eleição. Em Gaspar, os que mais usaram o Fundo Eleitoral e os recursos financeiros partidários que vêm dos nossos pesados impostos e que faltam à Educação, Saúde, Obras e Assistência Social, proporcionalmente tiveram o pior resultado perante o eleitorado daqui, do Vale e de Santa Catarina. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Perguntar não ofende: para que serve mesmo aquela comenda que os deputados distribuem a rodo na Assembleia desde 2008? Se há quem a mereça por se sobressair no cenário catarinense comno exemplo, há também quem a desmoraliza. Outra. Não seria mais bem dada este tipo de comenda a mulher do agraciado?

Vem polêmica por aí. A vereadora Mara Lúcia Xavier da Costa, PP, que é técnica em enfermagem, está propondo que a secretaria de Saúde de Gaspar adote um programa de implantação de Implanol, um contraceptivo feminino, que fica debaixo da pele e dura três anos. Segundo ela, para planejamento familiar num ambiente de muitas carências. Numa secretaria que vive em problemas básicos de atendimento nos postinhos, é algo para além da conta.

Os bolsonaristas estão fulos com o deputado Ivan Naatz, PL. Vai ser uma briga boa e necessária. Como os bolsonaristas sabem de tudo, eles também sabiam – e eu expliquei aqui várias vezes – que nem conservador, nem direita, nem bolsonarista Naatz era, tanto que foi eleito deputado pela primeira vez pelo Partido Verde e até teve uma passagem pelo PDT de Leonel Brizola. 

O que está pegando desta vez?  Ivan Naatz se posicionou contra os protestos dos bolsonaristas que vivem fechando as rodovias catarinenses, a torto, comprometendo a economia do estado. Pronto: virou traidor da causa perdida de ser poder e eleito a qualquer custo. Aliás, o governador eleito Jorginho Mello dos Santos, PL, já tinha feito igual menção no dia seguinte em que foi eleito numa entrevista a NSC TV. Levou pau e está quietinho.

Os bolsonaristas prometem devassar a vida do deputado Ivan Naatz. Dentro da bancada do PL, onde ele ainda é o líder, já está sendo devidamente isolado e cancelado. E isso não vai terminar bem porque quem terá que expressar isso será o governador para não ir também no turbilhão. Ivan Naatz parece que não conhece bem essa gente. Ela é capaz de tudo como se viu neste final de semana. 

Substituíram o verniz familiar. Contra a própria imagem do movimento, agiram e imitaram o pior do PT, do lulismo e da esquerda do atraso, CUT, MST, UNE e black blocks em atos terroristas. No Mato Grosso, queimaram caminhões, bateram em pessoas que até se declararam ter votado no PL, em Bolsonaro, mas que não estava disposta ao sacrifício de perder dinheiro no ganha pão diário.

Por outro lado, os bolsonaristas que cada vez mais se enfraquecem diante do radicalismo que se apresentam nas teses e atos, não conhecem bem o deputado Ivan Naatz. Ele também gosta de uma briga com e sem causa. Que o diga o governador Carlos Moisés da silva, Republicanos, no caso da CPI mandraque dos Respiradores pagos antecipadamente, que não chegaram, e os que vieram, não respiraram.

Se tudo continuar assim, o governo de Jorginho Mello – outro que não tem identificação com o conservadorismo, a direita xucra e o bolsonarismo raiz – e que tem tudo para ser um dos piores dos últimos anos, vai ser minado não pelo centralismo e vinganças de Jorginho, mas pelo fogo amigo. Foi assim que o atual governador virou pária para os bolsonaristas e foi salvo pela elite política catarinense, quando viram um golpe dentro do golpe que dava o governo do estado a vice Daniela Cristina Reinehr, hoje no PL e eleita deputada Federal.

O vereador Amauri Bornhausen, PDT, voltou a ser internado por problemas de saúde. No partido esperam a sua licença para ao menos à votação da nova mesa diretora.

Sem férias. O ex-chefe de gabinete do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, servidor efetivo da secretaria de Educação de Gaspar, Doraci Vanz, por aconselhamento do secretário Emerson Antunes, PSD, teve duas portarias (61 e 62) revogadas pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e que lhe concedia licença-prêmio integrais adquiridas nos períodos de 01/01/2006 a 01/0/12011 e de 02/01/2011 a 01/01/2016.

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3 comentários em “AFINAL, QUANTO CUSTOU CADA VOTO DOS QUE SE AVENTURARAM Á UMA IMPROVÁVEL VAGA A DEPUTADO ESTADUAL POR GASPAR?”

  1. Miguel José Teixeira

    1) Excelente a matéria sobre o custo dos votos para deputados estaduais dos candidatos Gasparenses.
    2) É óbvio que pela PEC da libertinagem, lula concordará com as exigências do lira, ambos ex presidiários.
    3) A carta, o lula tem e está afixada na sua testa: “quem manda sou eu!”

  2. A BARGANHA DO CONGRESSO COM LULA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

    Os líderes do grupo no poder no Congresso dizem que a votação da “PEC da Transição” vai ser negociada segundo dois critérios: 1) “Uma mão lava a outra”; 2) Manter o poder de barganha.

    A “mão que lava a outra”: Luiz Inácio Lula da Silva dá apoio explícito ou velado à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (União Brasil-MG) para o comando de Câmara e Senado, respectivamente; a “PEC da Transição” passa.

    “Poder de barganha”: o Congresso aprova o gasto extraordinário, além do previsto no projeto de Orçamento para 2023. Para os demais anos, a ver.

    Vários parlamentares dizem que, além de manter o poder de barganha e de pressão sobre o governo, aprovar agora gasto extraordinário apenas para 2023 faria “sentido econômico”. Isto é, seria necessário conhecer o novo plano de contenção da dívida, despesa e déficits (que em tese vai substituir o “teto”) antes de pensar o tamanho do gasto a partir de 2024.

    Seja como for, a ideia dos líderes do poder na Câmara, basicamente o centrão, e senadores é obrigar o governo Lula a renegociações mais adiante.

    Além do mais, deve haver algum talho na proposta da “PEC da Transição”. Em vez de quase R$ 200 bilhões, pode ser algo entre R$ 130 bilhões e R$ 180 bilhões.

    Isto posto, as discussões de limites de gasto em 2023 e do que fica dentro ou fora do teto estão malpostas ou podem ser irrelevantes.

    Tem se dado muita importância à possibilidade de os gastos com o Bolsa Família ficarem “permanentemente” fora do teto. Pode ser importante, enquanto não há outra regra de limitação da despesa além daquela de 2016, o teto de Michel Temer. Mas o assunto pode se tornar irrelevante, a depender da “nova regra fiscal”.

    Imagine-se que o Bolsa Família fique “para sempre” fora do teto (qual teto, aliás?). No entanto, pode haver uma nova regra fiscal segundo a qual seja preciso limitar o crescimento da despesa de modo a fazer com que a dívida caia em tal ritmo, para tal nível.

    Isto é, mesmo que o “novo teto” autorize despesa até certo limite, a exigência de conter a dívida pode impedir que se gaste até esse limite. Então, neste caso, tanto faz que a “exclusão do teto” seja permanente ou não.

    Esse é o sentido das melhores propostas de contenção da dívida apresentadas até agora, como as de Felipe Salto, secretário da Fazenda paulista, e de Armínio Fraga e Marcos Mendes.

    A discussão sobre a despesa adicional de 2023 está malparada por vários motivos. Mesmo que se limite a despesa a partir de 2024, como sugerem líderes do Congresso ou mesmo da “transição” para Lula 3, o tamanho do gasto extra de 2023 terá implicações para os anos seguintes.

    Um gasto extra de R$ 80 bilhões em 2023 ano já tende a levar a dívida pública a perto de 80% do PIB ao final do governo Lula, dado um crescimento do PIB de 2% ao ano, juros reais de 3,5% ao ano e receita federal de 18,5% do PIB nesse período.

    Mas pode bem ser que, com a perspectiva de que o endividamento não vá cair tão cedo, as taxas de juros continuem altas e o crescimento, baixo. Essa combinação eleva ainda mais o tamanho da dívida.

    Favor prestar atenção: trata-se aqui de uma hipótese de gasto extra de R$ 80 bilhões. A situação fica pior com um gasto maior, claro.

    Sim, é possível “ver isso depois”. Se não houver algum evento explosivo, então seria necessário fazer corte muito duro de despesas e aumento grande de imposto. A conta vai acabar ficando mais cara. Ou, então, a dívida vai subir sem limite. Ou, então, se espera um “milagre do crescimento”, com o PIB aumentando a mais de 3% ao ano, com inflação baixa e juros caindo imediatamente no ano que vem. Difícil.

  3. um comentário lúcido, de quem já foi testemunhas várias experiências do Catete ao Planalto. É preciso ler. É simples de entender. O bolsonarismo não é o acuado e almofadinha PSDB, o tucano. Lula, o petismo, a esquerda do atraso não terão vida fácil se governarem bem. Se continuarem brincando zombando desse tal mercado, da economia e fazendo discursos para intelectuais, artistas e pobres, terão o mesmo destino de Dilma Vana Rousseff

    LULA PRECISA MOSTRAR ALGUMA CARTA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

    Pelo seu lado, Lula vinha fazendo uma transição exemplar. Brilhou na COP27, passou por Lisboa e, por causa de um desconforto médico, terá uma semana de relativo repouso. Desde sua vitória nas urnas, formou uma equipe de transição com 283 pessoas e 31 grupos de trabalho. Um brilhante espetáculo cenográfico. Pôs na mesa a PEC da Transição e tropeçou na responsabilidade fiscal. Afora ele, não há no firmamento do novo governo uma só voz autorizada. (Abundam vozes desautorizando-se, mas assim é a vida durante as alvoradas do poder.)

    Falta pouco mais de um mês para o início do governo, e não é bom que isso aconteça. Se do outro lado da cerca estivessem presidentes como Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer, o vácuo seria irrelevante. Do outro lado está Jair Bolsonaro, calado, enquanto ainda há estradas bloqueadas e circulam mensagens sibilinamente golpistas como a do doutor Augusto Nardes.

    É verdade que a Copa do Mundo sedará muitas emoções, mas Lula poderia colocar em campo pelo menos uma voz autorizada. Ele dispõe de companheiros fiéis para desempenhar esse papel sem pensar numa próxima nomeação. A barafunda da PEC da Transição arrisca misturar-se com algum tipo de blindagem do orçamento secreto. Mesmo assim, o presidente da Câmara, Arthur Lira, foi ao ponto:

    – Não tem ainda o projeto, não tem ainda o texto, não tem ainda o autor, não tem ainda as assinaturas.

    Pior: não tem nada próximo ao número mágico do ervanário de que o governo precisará.

    Pode-se entender que Lula não queira anunciar a escolha deste ou daquele ministro, mas não colocar na cena uma única voz autorizada é exagero. Deixar o presidente do Banco Central sem interlocutor é maluquice.

    Tancredo Neves elegeu-se indiretamente cavalgando uma verdadeira frente democrática formada por um saco de gatos e, ainda assim, tinha vozes autorizadas. Na economia, tinha Francisco Dornelles. Ele falava pouco, mas o que dizia tinha sentido e respaldo. Enquanto Dornelles conversava, a bolsa de apostas colocava o banqueiro Olavo Setúbal no ministério. Aberto o jogo, Dornelles foi para a Fazenda e Setúbal para o Itamaraty.

    À falta de vozes autorizadas, surgem as vozes que se autorizam. São economistas, parlamentares e comissários. Essa espécie atira contra a senadora Simone Tebet. Há um mês, quando legitimava o arco de alianças eleitorais de Lula, podia ser o que quisesse. Hoje, nem tanto. Quando Tebet declarou seu voto por Lula no segundo turno, associou-o à questão da democracia. O tempo passa, e acredita-se que Lula foi eleito por isso ou por aquilo. O ingrediente democrático foi decisivo, mas, passada a eleição, ele vai parecendo secundário.

    O golpismo está vivo, e vivo continuará a partir de janeiro. Lula não terá a oposição tucana de 2003. O que vem por aí é uma inimizade feroz, pronta para práticas que transformarão iniciativas como as do juiz Sergio Moro em brincadeiras de crianças.

    Em 2010, quando foi publicada a primeira notícia sobre o triplex do Guarujá, Lula vivia as delícias de seu segundo mandato, e pouca importância se deu ao caso. A OAS, dona do imóvel, era uma poderosa duquesa na nobiliarquia dos empreiteiros. Deu no que deu.

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