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A POLITICAGEM, OS POLÍTICOS E A IRRESPONSABILIDADE MATAM A “CAUSA ANIMAL” EM GASPAR

Texto acrescido às 9h55min. A suplente de vereadora do PL, Eliseth Groner (424 votos), ex-diretora da Agapa – Associação Gasparense de Proteção aos Animais – de onde saiu para assumir um cargo público, não vai mais ser a diretora comissionada da Diretoria do Bem Estar Animal da prefeitura de Gaspar. Esta é a notícia e que se esconde da cidade.

Mas, no centro dela, está um comportamento recorrente neste assunto, e tantos outros assemelhados, no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PSD.

Obrigada pela Justiça a dar uma estrutura e ações mínimas de contenções na área de zoonoses, depois de contestar, protelar esta obrigação, e até sufocar à ação voluntária da Agapa, ao invés de agir e dar soluções, os políticos que estão no poder de plantão na prefeitura querem também aparelhar este ambiente atrás de discursos melosos e votos fáceis, com gente de confiança e que provavelmente não entenda do riscado. Impressionante.

O ensaio com Eliseth estava atrelado à condição de Marcelo assumir a titularidade da prefeitura.

Como isso não aconteceu diante da desistência de Kleber em ser candidato a deputado estadual, diante do não avanço na estruturação da tal diretoria percebido por Eliseth, diante do comportamento natural até aqui de Kleber contra a “causa animal”, ela que já estava em desvio de função numa vaga de coordenadora de serviços na secretaria de Obras e Serviços Urbanos, resolveu pedir o boné, do que ser mais uma – entre tantos – vaquinha de presépio do governo Kleber e tendo que dar explicações pela cidade pela falta de resultados da sua área técnica e que estava em formação.

Os políticos olham para a “causa animal”, um assunto da moda, como um prato a ser deliciado às vésperas de campanha política.

Por outro lado, os cães vadios continuam perambulando pela cidade sem vacinas, sem castração, sem adoção, sem comida, sendo maltratados, atropelados e sem controle populacional.

Em outra ponta, a educacional, os tutores e autores de maus tratos, ou abandono, sem qualquer programa conscientização para mitigar este grave problema e que se amplia cada vez mais. E para piorar, os abrigos voluntários continuam à mercê de esmolas, de caridade e até exploração política como se pode perceber claramente nas postagens das redes sociais.

A Agapa está executando as castrações de 160 fêmeas caninas nos abrigos de voluntários. Para isso está usa recursos recebidos do Fórum de Gaspar, no projeto do Conselho da Comunidade. É uma forma de diminuir a grave situação deles e evitar que acidentalmente ainda haja proliferação desses animais..

Todas as que necessitavam de castrações em um abrigo do Gaspar Alto já foram executadas. E agora será a vez do abrigo da Lagoa e posteriormente do Belchior Alto. Enquanto isso, na prefeitura, nem um pio e ninguém lá sabe mais quem é o responsável por estas atividades perante à comunidade. Antes era na secretaria de Agricultura e Aquicultura. Meu Deus!

Este assunto se tornou problema de saúde pública não só aqui, reconheça-se.

E a procura de uma legislação orientativa, protetiva e punitiva para aplicação em Santa Catarina, com amparo constitucional, e que obriguem municípios como Gaspar a ter comprometimentos mínimos, é que recentemente na Assembleia Legislativa houve uma reunião com vereadores e prefeitos. O objetivo foi o de debate à possibilidade da criação do Observatório Animal. Gaspar estava ausente. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE


Para não desviar o foco do nosso mundo animal. Um professor ainda em sala de aula, lembrou que a ave símbolo de Gaspar é o Gaturamo. Para ele, uma piada. “Desmataram tanto, que o Gaturamo desapareceu de Gaspar. Símbolo agora é cachorro solto na estrada fazendo cocô”.

E a crítica dele, vai no sentido da estruturação, ou da sustentabilidade, ou da qualidade de vida. Se já há comprometimento no presente, haverá muito mais, na opinião dele – e eu compartilho dessa percepção – no futuro.

A critica dele é feita no sentido da política também. Sem ela, argumenta, não haverá melhorias contínuas. Ou seja, ser cordeiro, não significa que um dia você não irá para o altar dos sacrifícios. Irá, exatamente, por não perceber que há um altar para sacrifícios, ou achar que ele só serve aos outros.

Este mesmo professor não critica à quantidade de loteamentos – que ele considera exagerada – e que estão surgindo em Gaspar, mas como o poder público não age na mesma velocidade para suportar à nova demanda de moradores e de baixa renda, na maioria dos casos.

“Concordo que é preciso evoluir. Mas, não tem nada de estruturação sendo feita por detrás disso. As escolas são as mesmas; os postos de saúde são os mesmos, pontes, rodovias… Não tem nada que a gente vê que vá suportar esse número maior de pessoas que vão morar em Gaspar”.

Pois é. Isto está aos olhos do povo. Está até no debate da comunidade, da escola, do boteco. Só não consegue chegar aos políticos e seus iluminados técnicos.

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