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A LEI DO RETORNO. OS POLÍTICOS RECLAMAM DAQUILO QUE FAZEM AOS OUTROS QUANDO NO PODER. NÃO DEVIA SER ASSIM. MAS ESTE É O RETRATO

Dionísio Luiz Bertoldi, antes de ser vereador é um exemplo de microempresário. Até aqui, bem sucedido. Com a família, toca a Truticultura Bertoldi, no Alto Gasparinho. Mais do que isso: é um entusiasta da Villa D’Itália. Ela cresce e se torna referência ao turismo rural regional, graças à abnegação de gente simples, descendentes de italianos daquele lado de Gaspar e principalmente, nos últimos anos, pela teimosa ausência do poder público municipal.

Na terça-feira passada, Dionísio – que já teve um irmão presidente do Samae, que foi secretário de Obras e candidato a prefeito, o Lovídio Carlos para dar continuidade ao governo do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi – em ocupou a tribuna da Câmara, esta feita para a política e a politicagem. E em fato raro, diga-se, chorou as pitangas em algo muito particular dele e da família. 

Na verdade, Dionísio estava demonstrando que havia uma perseguição do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Marcelo de Souza Brick, Patriota, contra ele, os negócios familiares e que gera empregos a outros e impostos ao município, numa vingança político-partidária. É uma pena constatar isso. Entretanto, é um fato. Todavia, digo desde já, que isto não é exclusividade de Kleber e Marcelo, nem dos que estão no poder de plantão atualmente. E eu sou testemunha disso, há décadas.

O que pega? Dionísio está atrás da ampliação do seu negócio. E isso envolve à ocupação de mais terras na propriedade rural familiar. Há dois anos, ele, uma equipe de técnicos e engenheiros, lutam silenciosamente pela aprovação dos papelinhos e a liberação das licenças na prefeitura de Gaspar. Dezenas de outros pedidos já foram aprovados enquanto ele espera pelo dele. 

E se não for barbeiragem de quem Dionísio contratou para fazer tudo dentro da legalidade como acentua, coisa que o também microempreendedor e líder do governo, Giovâno Borges, PSD, prometeu verificar, ficará constada à pontual perseguição. Hoje é dia de sessão na Câmara. É dia de silêncio ou de esclarecimento nesta novela. Então não vou muito longe, pois não tenho procuração e não ganho para ser o defensor de Dionísio, muito menos do PT.

Contudo, este é mais um retrato do nosso atraso e das amarrações políticas. 

A prefeitura e a secretaria de Desenvolvimento Econômico, Renda e Turismo, nem inserir Gaspar no calendário nacional de Turismo conseguiu este ano. Ela é tocada por um curioso na cota PP negociada com Kleber e Marcelo antes da sua reeleição: Pablo Ricardo Fachini. Ele está lá, exatamente porque não conseguiu se eleger vereador. Não porque tem currículo ou é um expert da área, um setor que gera renda e mais cresce no Brasil,

E o fundo deste retrato, naturalmente, é a atuação partidária e oposicionista de Dionísio e sem muitas tréguas. Foi Dionísio quem presidiu, por exemplo, a única CPI contra Kleber até agora. E o centro das dúvidas, foi o mais longevo dos vereadores, e à época dos fatos, presidente do Samae, José Hilário Melato, PP. Foi enterrada com sacrifícios dos do governo e votos de quem fez esse serviço para Kleber.

Então, nada é mera coincidência. E isto, não é exatamente contra uma pessoa, ou uma ação partidária contra o PT ou do Dionísio – diga-se, no papel dele – para dar luz e exercer as prerrogativas de oposição. É contra a cidade; o desenvolvimento dela; a harmonia e a segurança jurídica dos velhos e novos negócios.

Mas, como sempre escreve aqui a leitora assídua, Odete Fantoni, da zonal sul da cidade, há uma lei do retorno. E Dionísio é mais vítima desta “lei”.

E por quê? O PT também perseguia com Pedro Celso Zuchi e sua turma. Quando encasquetava em alguma coisa, tinha que sair da frente. 

A ponte Hercílio Deecke, caindo, atestada por sua própria equipe de Defesa Civil de Zuchi, mas ele e seus luas pretas preferiram enfrentar uma juíza da Comarca. Ela, provocada, só sentenciou ao que Ministério Público lhe apresentou de provas irrefutáveis: a necessidade de recuperar a ponte e livrar os gasparenses de um desastre, na única ligação que se tinha à época com a Margem Esquerda e a BR-470.

Os resultados dessa briga, com outros desdobramentos, todos inventados por São Paulo, Brasília e até a Globo, que era o demônio para o PT e que neste caso lhe foi útil – e vítima -, é por demais sabido no que deu. Perguntem ao ex-vereador José Amarildo Rampelotti e ao suplente Antônio Carlos Dalsochio.

A lista de perseguição a fornecedores de serviços, empresários e investidores é longa. Ela inclui, por exemplo, coincidentemente com a participação de Lovídio Carlos, a forma como criou da noite para o dia, a Say Muller, para fazer a coleta de lixo; como que, por questões ideológicas e contra o patrimônio de quem não tinha nada contra o governo, a não ser por ser um empresário que tentava se salvar da falência da sua empresa familiar em Blumenau, Zuchi desapropriou as terras da Fazenda Juçara. Tascou uma indenização ridícula e humilhante, só para complicar tudo naquilo que poderia ser um marco da nossa história e do seu governo, a Arena Multiuso. 

Até eu, um peixe pequeno, e exatamente por não me dobrar aos caprichos dessa gente e não me calar, fui perseguido, sem tréguas, naquilo que um dia todos os munícipes irão me indenizar. Estou poupando. Vergonha!

É triste ver a queixa e o choro de Dionísio na tribuna da Câmara. Mas, o PT de Dionísio quando no poder em Gaspar, incitado pelo pessoal de Blumenau e que está buscando votos por aqui, confundiu intencionalmente o privado com o político, e fez coisa bem pior do que supostamente ele acusa estar fazendo Kleber e Marcelo. Que sirva ao menos de lição, na tal “lei de retorno” Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Impressionante. O vice-prefeito de Gaspar, Marcelo Brick, Patriota, já é oficialmente candidato a deputado estadual. Mas, quem olha o site oficial da Tribunal Regional Eleitoral, descobre que ele esconde a condição de vice-prefeito.  Está lá a pergunta: “cargo eletivo que ocupa” e Marcelo respondeu, NENHUM CARGO

Cumuéqueé? E depois sou eu que sou o exagerado. Os exatos 20.960 votos não foram dados só a Kleber Edson Wan Dall, MDB, mas exatamente à chapa Kleber e Marcelo, que naquela época estava no PSD e agora pulou na última hora, escondido, por conveniência, para o Patriota.

Na mesma ficha que preencheu e enviou ao TRE, Marcelo diz com todas as letras que participou das eleições de 2020, 2018, 2016 e 2012. Ele não se elegeu em 2020? Pelo jeito não. Foi usado para não atrapalhar a vitória de Kleber. Até a secretaria da Educação que acertou na composição de vice de Kleber, teve que dar a um curioso de Blumenau, o jornalista Emerson Antunes, apadrinhado e aparentado do novo prefeito de fato de Gaspar, o deputado, Ismael dos Santos, PSD.

Alguém de Gaspar e atuante neste pleito, ao comentar comigo esta informação torta, para não dizer que se trata de mais uma mentira de um político, que faz da política uma profissão, disse-me: “acho que no mínimo mostra o candidato pouco preparado para quem diz que está atrás do profissionalismo e eficiência”. Explique-se Marcelo!

Mal estar na Câmara. Definitivamente, depois da doença lhes tirar as duas pernas, o vereador Amauri Bornhausen, PDT, não está de corpo, alma, mãos amarradas e boca amordaçada para se alinhar incondicionalmente à Bancada do Amém (feita pelo MDB, PP, PSD e PSDB) que dá apoio ao governo de plantão.

Na semana passada, ele votou CONTRA o remanejamento de verbas da peça de ficção chamada Orçamento Municipal. Ela dava entre tantas rubricas, mais R$7,2 milhões para o Hospital – um poço sem fundo – e outros R$15 milhões para a secretaria de Obras e Serviços Urbanos, dos quais R$2 milhões, vejam bem, R$2 milhões, serão usados para “remanejamento” de postes.

Por que o vereador Amauri, da Bancada do Amém votou contra, sob o silêncio ensurdecedor de todos os outros, inclusive do oposicionista, Dionísio Luiz Bertoldi, PT? Porque ele pediu explicações e Plano de Trabalho para o uso e destino desses recursos e os teve, como é rotina, dos técnicos e gestores da prefeitura de Gaspar. 

Foi feita uma reunião às pressas na Câmara e segundo o próprio Amauri, só enrolação. Nenhum compromisso. Nenhum esclarecimento convincente. Nenhum plano de aplicação foi apresentado.

Vão dar mais dinheiro para o Hospital enquanto os postinhos estão abarrotados e há um fila de exames na policlínica”, reclamou Amauri, que queria prioritariamente ver resolvido esses gargalos e problemas e que segundo ele, atinge o povo pobre, mais vulnerável e necessitado. A relatora da matéria foi Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, PP.

Pensei que tinha visto de tudo. Candidato jovem, diz detesta a velha política, está publicando nas suas redes sociais, foto dele deste final de semana, comendo um pastel em festa de escola? O atraso na política em Gaspar é ao menos repaginado. Já saiu da feira… Acorda, Gaspar!

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