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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CIX
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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
58 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CIX”
Isso explica muita coisa!
“Datafolha: Eleitor de Lula se preocupa mais com saúde e menos com corrupção”
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/09/datafolha-eleitor-de-lula-se-preocupa-mais-com-saude-e-menos-com-corrupcao.shtml)
Os incautos não conseguem ligar a corrupção à precariedade da saúde pública e outras mazelas do setor público. . .
É ou não mais uma esbórnia da Democracia?
Pois é. Efeito e sequelas covid. E os bolsonaristas fingem não entender à origem e o tamanho do erro que cometeram neste e outros assuntos caros à sociedade
A pergunta que não quer calar:
STF: a verdadeira Casa revisora
“O Estado sou eu”
(Coluna CH, DP, 06/09/22)
A suspensão do piso dos enfermeiros e dos decretos sobre armas, mais uma vez, mostram que é do STF a sanção que vale para uma lei entrar em vigor. Seus ministros têm mais poder que os chefes dos Poderes.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/abin-informa-a-pgr-que-nao-ha-violencia-a-vista)
Se o Senado ou a Câmara funcionam como Casa revisora ao apreciar projeto de lei originário da outra Casa e por ela aprovado e o STF tem dado a martelada final sobre diversas matérias aprovadas nas casas legislativas,
então para que servem a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara e a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal?
É ou não mais uma esbórnia da Democracia?
E o candidato Leonardo Péricles, hein? De bôbo, não tem nem a letra “b” em seu nome. . .
Partido de 3 mil filiados leva R$3 milhões do fundão
(Coluna CH, DP, 06/09/22)
O fundão eleitoral distribui parte dos R$4,9 bilhões igualmente entre todos os partidos, independentemente se elegeram algum parlamentar ou mesmo se participaram das últimas eleições.
O caso do partido de extrema-esquerda Unidade Popular (UP) é emblemático porque faturou R$3,1 milhões do fundão.
É como se cada filiado valesse quase R$1 mil.
O MDB, partido mais antigo, que tem 37 deputados e 13 senadores, é o partido com mais filiados (2,1 milhões), recebeu R$169 por cada membro.
Nem se comparam
Maiores bancadas na Câmara, PL, PP e PT receberam R$372, R$258 e R$306 para cada filiado, respectivamente. Certamente têm inveja do UP.
Dinheiro na mão
O comando dessa bolada milionária é do presidente nacional do UP, Leonardo Péricles, candidato do partido a presidente da República.
Aparência é tudo
O UP tem como sede um apartamento na Asa Norte, em Brasília, e os contatos são número de celular de Belo Horizonte ou email do Gmail.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/abin-informa-a-pgr-que-nao-ha-violencia-a-vista)
É ou não uma esbórnia da Democracia?
Atentem: o quataense Alvaro Dias busca seu 5º (QUINTO) mandato como Senador pelo Paraná!
Alvaro Dias (Cidadania, PSDB, Podemos, PSC e PSB)
Aos 77 anos, o senador Alvaro Dias tenta conquistar seu quinto mandato no Senado Federal.
A carreira de Alvaro começou com a eleição em 1969 para vereador em Londrina, região Norte do Paraná.
Desde então ele já foi deputado estadual, deputado federal e governador do Paraná, de 1987 a 1991.
(Fonte: https://www.plural.jor.br/noticias/poder/politicos-parana/confira-quem-sao-os-candidatos-ao-senado-pelo-pr/)
Significa que ele já viveu quase 32 anos no céunado!
“Isto é ou não é algo mais”, hein Roberto?
https://www.youtube.com/watch?v=76MkMpHV1Qo
Como diz o Jornalista Octávio Guedes, ele e o Moro já cumpriram sua missão: a esquerda não entra no Senado Federal pelo Paraná.
Matutanto bem. . .
Os PeTralhas paranaenses estavam com tanto medo, mas com tanto medo, que nem lançaram candidato a Senador no Paraná. A lambisgóia que hoje é senadora, cujo mandato encerra em 2022, e chefia a quadrilha PeTralha, “siborrô”! Lançou-se candidata à deputada federal, pois sabia que não teria a menor chance ao senado. . .Agora estão pedindo votos para o Alvaro!
Plim, Plim!
. . .”Presidente está tão ocupado com a campanha à reeleição que parou de atacar sua inimiga preferida na mídia.”. . .
“Falta 1 mês para o fim das concessões da Globo e Bolsonaro ‘esquece’ o assunto”
(Por Jeff Benício, Portal Terra, 05/09/22)
Paralelamente à contagem de dias para as eleições há a regressiva para a expiração da validade das 5 concessões públicas de TV do Grupo Globo.
Em 5 de outubro, 3 dias após o 1º turno, chega ao fim a outorga do governo federal aos canais da família Marinho em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Recife.
A atual licença de funcionamento está em vigor desde abril de 2008, quando o então presidente Lula assinou o documento retroativo a outubro de 2007, com validade de 15 anos.
O assunto fez parte da pauta de Jair Bolsonaro desde antes de assumir o mandato. Ele sempre colocou em dúvida se irá sancionar ou vetar a renovação à Globo.
“Se não estiver tudo direitinho, não renovo”, afirmou várias vezes. “Não vai ser perseguição. Mas o processo tem que estar enxuto, tem que estar legal. Não vai ter jeitinho para vocês nem para ninguém”, avisou em outubro de 2019.
O presidente abandonou o tema pouco antes do início oficial da campanha à reeleição.
No momento, Bolsonaro tem inimigos mais urgentes a combater, como o ex-presidente Lula, à frente nas pesquisas de intenção de voto.
Brigar contra a Globo deixou de ser prioridade. Coincidentemente, este ano o governo aumentou a verba publicitária destinada à emissora.
Serão R$ 11,4 milhões, quase o dobro do ano passado. O canal carioca voltou a ser a TV que mais recebe para exibir propaganda da Presidência.
Aliás, o desempenho dele na sabatina no ‘Jornal Nacional’, em agosto, foi considerado um dos melhores momentos de sua campanha à reeleição até aqui.
Ele recebeu elogios pelo autocontrole, ao contrário do que ocorreu na tensa entrevista ao telejornal em 2018, enquanto o âncora William Bonner mereceu críticas por momentos de deboche inapropriado.
A Globo tem até o último dia de validade das concessões, 5 de outubro, para iniciar o processo de renovação no Ministério das Comunicações.
Depois disso, uma longa burocracia avaliará se a rede de TV cumpriu suas obrigações e está apta a continuar a transmitir seu sinal com aval do governo.
Jair Bolsonaro pode rejeitar a renovação, mas a palavra final é do Congresso, por votação.
Hoje, o clã Marinho possui apoio suficiente entre os parlamentares para conseguir mais 15 anos de concessão, até 2037.
(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/tv/falta-1-mes-para-o-fim-das-concessoes-da-globo-e-bolsonaro-esquece-o-assunto,a66508a5a75735c10b59b7b33f708f8ftftc81zd.html)
“Sobrinho de Bolsonaro admite uso de arma, mas diz que não tentou matar a ex…”
(+ em https://noticias.uol.com.br/colunas/rogerio-gentile/2022/09/05/sobrinho-de-bolsonaro-admite-uso-de-arma-mas-diz-que-nao-tentou-matar-a-ex.htm?)
Não adianta! Com uma “famiglia” dessas, quem precisa de belzebu de Garanhuns como adversário?
Pergunta na seção
(Cláudio Humberto, Diário do Poder, 05/09/22)
Se Dilma se recusar entregar o celular ao mesário vai perder o direito político de votar ou o fatiamento só vale para impeachment?
Resposta zonal
(Matutildo, aqui e agora)
Ela nem precisa levar celular. Certos repórteres fotográficos atrelados, lá estarão para registrar seu sufrágio e sua pose com os dedos em L.
Ufffa!!! Matutei que ninguém iria comentar à respeito.
“Ódio mata”
(CH, DP, 05/09/22)
O aproveitamento político-eleitoral da tentativa de assassinato da vice-presidente Cristina Kirchner não se limitou a Argentina.
Por aqui, incansáveis, ativistas na mídia logo sacaram referências a “discurso de ódio”, na tentativa de ligar a Bolsonaro, logo ele, vítima do ódio em 2018.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/aras-livrou-a-cara-de-senadores-que-o-perseguem)
Placar:
Imprensa atrelada 0 X Armamentistas 1
“Aras livrou a cara de senadores que o perseguem”
(Por Cláudio Humberto, coluna CH, DP, 05/09/22)
Dedicados a atacar o procurador-geral da República, Augusto Aras, ameaçando-o inclusive com “impeachment”, três senadores de oposição só têm recebido boas notícias da PGR. O trio Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE) não são reconhecidos pelo atributo da gratidão, mas foi Aras quem lhes livrou a cara, mandando arquivar nada menos que 36 graves acusações contra os três. Adoradores de holofotes, mandam até os bons modos às favas.
Ele se deu bem
Pesavam contra Randolfe Rodrigues, coordenador de campanha de Lula, nada menos que 18 denúncias cabeludas, mas Aras, gentil, arquivou 11.
Velho conhecido
Aras arquivou 9 das 10 ações chave-de-cadeia contra Humberto Costa, incluindo a Operação Sanguessuga, caso de corrupção no governo Lula.
O recordista
Repetidamente alvo de denúncias, Renan Calheiros, por decisão de Augusto Aras, já se livrou de 16 das 22 graves acusações contra ele.
Síndrome de Estocolmo(*)
“Parecem ter saudade da época em que eram denunciados” ironizou um membro do MPF, vinculando essa atitude a “síndrome de Estocolmo”.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/aras-livrou-a-cara-de-senadores-que-o-perseguem)
(*) “. . .um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade pelo seu agressor.”
(+em: https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Estocolmo)
RePLIPLIcando. . .
Ooops. . .parece-nos que na realidade trata-se de “um enroladão de um poder, protege outro enroladão de outro poder”.
Algo assim: uma mão lava a outra e os PeTralhas levam os anéis de ambas. E nós, burros de cargas, abastecemos os cofres.
Alguma dúvida que o PODER não se divide, mas se fortalece para se estabelecer nas mazelas contra a sociedade desprotegida do PODER?
Confesso que já pensei em aderir. Mas, alguns ensinamentos que aprendi lá atrás, como por exemplo, as palestras com o Professor Mosimann, na sede da Congregação Mariana, na Igreja Matriz de São Paulo Apóstolo, não me permitem! Então. . .
Eis o preço da esbórnia democrática
Para eleger os 8 (Atentem: apenas oito) deputados federais para representarem os habitantes do Distrito Federal na Câmara, nós, burros de cargas, investiremos a bagatela de 35 milhões.
Ou seja: nada mais, nada menos do que 4,375 milhões por nababo eleito!
Dicas de português, por Dad Squarisi, CB, 04/09/22)
dadsquarisi.df@dabr.com.br
“As palavras certas no lugar certo.” (Jonathan Swift)
Plural de modéstia
A campanha eleitoral está no ar. Com ela, volta ao cartaz um pluralzinho pra lá de especial. Uns o chamam de plural de modéstia; outros, de plural majestático. No fundo, no fundo, ele não passa de um enganador. É singular. Mas faz de conta que não está nem aí pro número a que se refere.
Truque
A pessoa usa nós, mas quer dizer eu. Assim, como quem não quer aparecer. Antes, o recurso era empregado por reis, papas e dignitários da Igreja. Daí o nome majestático. Depois, baixou de status. Oradores passaram a socorrer-se dele como expediente retórico. Só pra impressionar.
É o caso daquele político que, em comício na cidadezinha do interior, disse:
— Nós queremos ser bondoso e competente.
Reação
O povo se entreolhou. Pensou que o candidato tinha faltado às aulas de concordância. Talvez tenha. Mas, ali, o homem usou o plural de modéstia. Reparou? O verbo concorda com um sujeito de fachada (nós), mas o adjetivo, que não é bobo, concorda com o sujeito verdadeiro
– eu. Parece erro de concordância, não? Em língua de gente sem disfarce, diríamos:
— Eu quero ser bondoso e competente (referência a uma pessoa).
— Nós queremos ser bondosos e competentes (referência a mais de uma pessoa.
Mais exemplos
Imagine estas frases na boca de Jair Bolsonaro. Elas servem como luva para o plural majestático:
Nós somos presidente dos brasileiros. (Eu sou o presidente dos brasileiros.)
Nós somos moderno e amigo do povo. (Eu sou moderno e amigo do povo.)
Moral da história
O pseudomodesto é pai dos tucanos. Fica no muro – meio cá, meio lá. O verbo vai para o plural. Os adjetivos e substantivo não.
Candidato
Sabia? Se depender da etimologia, candidato andaria de mãos dadas com os anjos. A latina quer dizer vestido de branco. Por quê? Na Roma dos Césares, o postulante a cargo eletivo punha roupa branca. Com a cor, que simboliza a pureza, o sabido vinculava a própria figura à ideia de inocência, lusura. Que tal?
Manter
“Se o técnico manter a equipe, o resultado será previsível.” Ops! Se manter? Nãoooooooooo! O futuro do subjuntivo sofre. E não é de hoje. A razão do martírio se chama semelhança. Em muitos verbos, o futuro tem a cara do infinitivo (se eu cantar, se eu vender, se eu partir). Mas, em alguns casos, a história muda de enredo. É bom, por isso, saber a formação de tempo tão sofisticado. Ele nasce do pretérito perfeito do indicativo. Mais precisamente: da 3ª pessoa do plural menos o -am final. Assim:
Pretérito perfeito: eu mantive, ele manteve, nós mantivemos, eles mantiver(am)
Futuro do subjuntivo: se eu mantiver, ele mantiver, nós mantivermos, eles mantiverem. Logo: Se o técnico mantiver a equipe, o resultado será previsível.
Presidente candidato?
Jair Bolsonaro é presidente candidato ou candidato presidente? Parece jogo de palavras. Mas não é. Questão semelhante quebrou a cabeça dos brasileiros no século 19. Em Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis escreveu: “Não sou um autor defunto, mas um defunto autor”.
Ao afirmar “não sou um autor defunto”, Machado se disse diferente dos demais escritores. Camões, José de Alencar, Clarice Lispector, Nélson Rodrigues escreveram em vida. Morreram depois de publicar os livros. São autores defuntos. Brás Cubas fez uma mágica. Escreveu as memórias depois de morto. É defunto que virou autor. E Bolsonaro? É presidente candidato. Em outras palavras: presidente que se tornou candidato.
Leitor pergunta
Mikail Gorbachev morreu. O falecimento do líder soviético repercutiu no mundo todo.Na biografia dele, aparece que foi ganhador do Prêmio Nobel. Qual a pronúncia correta de Nobel?
Tatiana Maria, Recife
Nobel se pronuncia como Mabel e papel. Oxítona, a sílaba tônica é a última.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/09/04/interna_cidades,373056/dicas-de-portugues.shtml)
. . .”Vejam o caso dos pastores picaretas do Ministério da Educação que, sem serem funcionários da instituição, negociavam verbas com prefeitos para receber propinas em forma de barras de ouro.”. . .
“Em nome de Jesus 2”
(Por Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 04/09/22)
Pesquisa Datafolha recente informa que 56% dos brasileiros consideram que política e religião devem andar juntos. Não pode haver ideia mais nociva à democracia, à política e à religião. Basta ver o que aconteceu em uma igreja em Goiânia. Em razão de uma divergência sobre o tema, um policial militar de folga sacou a arma e atirou em um irmão de fé religiosa em plena igreja, sem que as atividades fossem interrompidas.
Eu me sinto à vontade para discutir o delicado tema porque sou filho de um pastor presbiteriano. Cresci ouvindo sermões, lendo a Bíblia e ouvindo os cânticos. Com as experiências da vida, as leituras e as reflexões revi a herança religiosa e não professo mais essa fé.
No entanto, reconheço o legado precioso dos valores protestantes, que ficaram profundamente inculcados em minha consciência. Mentir, roubar, matar, trair e invocar o nome de Deus em vão são obras do demônio. Por isso, sempre vi com espanto a onda evangélica na política nas últimas duas décadas. Salta aos olhos o abismo entre os valores professados e os atos de algumas lideranças que misturam coisas imiscíveis.
Deus e Jesus não pode ser utilizados como escudos para o falso moralismo. Vejam o caso dos pastores picaretas do Ministério da Educação que, sem serem funcionários da instituição, negociavam verbas com prefeitos para receber propinas em forma de barras de ouro. Chegavam ao desplante de botar a foto do ministro em Bíblias para fins eleitoreiros.
Ou o caso da deputada Flordelis que afirmou não ter se separado do pastor Anderson do Carmo, porque “escandalizaria o nome de Deus”. E, para não cometer tal pecado, ela mandou matar o marido. Em Brasília, durante o escândalo da Operação Pandora, parlamentares deram as mãos para fazer uma oração em agradecimento pela propina.
De maneira semelhante quem faz apologia das armas ou da tortura não pode ser chamado de cristão. A mensagem de Cristo é amai-vos uns aos outros, e não armai-vos uns aos outros.
Que cada um faça o que lhe cabe segundo a sua consciência, mas, por favor, não envolva os nomes santos na bandalheira. Na linguagem bíblica, quem pratica tais atos são “sepulcros caiados”. Se Cristo voltasse à terra, é muito provável que expulsaria os vendilhões do templo que invocam e conspurcam o seu santo nome em vão.
Guimarães Rosa escreveu que “sem Deus a vida é burra”. Eu concordo, mas isso é uma convicção pessoal. Conheço católicos, evangélicos, espíritas, budistas ou umbandistas que praticam a compaixão de maneira admirável. Que cada um cultive a sua devoção em paz. Somos um Estado laico e a nossa Constituição garante a cada um de nós o direito a professar a fé que lhe aprouver. Mas misturar política e religião é algo desastroso. É o caminho para a intolerância, , o ódio e a violência.
Antigamente, o chamado Estado laico me parecia uma abstração jurídica. No entanto, agora eu vejo que sem direitos humanos, respeito às leis, instituições de justiça, instituições democráticas ativas, educação, cultura e paz, a vida é burra, burríssima. Basta ver o que acontece no Afeganistão com os talibãs e aqui com os candidatos a talibãs da taba. A Constituição acima de tudo, o Estado de Direito acima de todos.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/09/04/interna_cidades,373090/cronica-da-cidade.shtml)
Pergunta que ainda não foi ao ar
Será que Ártemis, deusa grega, ou Diana, como era conhecida entre os romanos, a divindade responsável pelas atividades da caça, tem algo a ver com os dois adiamentos, feitos pela NASA, do lançamento da missão Artemis 1?
Só mesmo na república dos incautos as coadjuvantes rendem votos!
“Lula, Bolsonaro e Ciro miram voto de mulheres e mostram esposas na propaganda”
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/09/lula-bolsonaro-e-ciro-miram-voto-de-mulheres-e-mostram-esposas-na-propaganda.shtml
Como já registrei anteriormente:
“E o Brasil tem uma dívida enorme com as mulheres, cujo direito do voto só lhes foi concedido em 1932,”. . .
Sugestivo, visionário, emblemático 1932! Pois 1+9+3+2=15. . .
E quinze é Simone Tebet!
Quem lida com números tem outra leitura contextual…
Já que a esperança é a última que morre. . .deixe-me sonhar! Pois, alguém já disse: “um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade”. . .
“Carta para Mark Zuckerberg: a democracia foi hackeada?”
(Por Jamil Chade, UOL, 04/09/22)
O texto é um pouco longo, porém, recomendável.:
(+ em https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/09/04/carta-para-zuckerberg-a-democracia-foi-hackeada.htm?cmpid=copiaecola)
E o democrático Matutildo, democraticamente garante que:
a Democracia foi caPTurada por uma orda de oPorTunistas, travestidos de Democratas, para “se-locuPleTarem-se”!
. ..”Elas são assim, maravilhosas, imprevisíveis e nunca esquecem. Não caia nessa de que as mulheres modernas são diferentes. O que está impresso nos seus DNA, necessitarão de milênios para serem alterados. Não tenha esperanças. Cuidado com o que você fala com elas, isso sempre voltará.”. . .
“O candidato e as mulheres”
(Por Danilo Sili Borges, Crônicas da Madrugada, Setembro/2022)
A poucos dias do primeiro turno das eleições, assisto, entre curioso e divertido, o esforço de um dos candidatos para conquistar parte expressiva do eleitorado feminino, que pelo que se entende das pesquisas, não lhe é muito sensível. Essa é a parcela que falta para tornar o pleito mais emocionante.
Os adversários tentam apresentar o concorrente como um incorrigível misógino e trazem com grande recorrência episódios em que nosso personagem não teria usado da adequada delicadeza ao lidar com as representantes do chamado sexo frágil. A bem da verdade, o estilo rude, direto, tantas vezes mal-educado não é reservado com exclusividade a senhoras e senhoritas, é um estilo, para alguns inoportuno, do presidente. Com homens e mulheres, Sua Excelência é do mesmo jeito. Nem defeito nem virtude, uma característica.
A seu favor, devo dizer que os destemperos – nunca ouvi dizer – tenham ido além do palavrório que o tem prejudicado na campanha eleitoral em curso.
Esta não é uma crônica política! Aproveito esse fato público de repercussão para fazer algumas reflexões que no entender de homem casado, já elucubrando no mimo a ser oferecido a minha mulher ao completarmos as Bodas de Diamante (60 anos de casados), possa servir para aplainar o relacionamento entre os dois sexos extremos da palheta hoje tão colorida. Indica a liturgia que a prenda traga a pedra comemorativa da data. Venho economizando para o diamante desde os 50 das de Ouro.
Com um único casamento, não me aventuro como expert nesse tipo de relacionamento pela variedade. Como engenheiro, no início das atividades, o convívio profissional era de quase 100% masculino, mas como professor vi a transformação das mulheres ingressando nas engenharias, como em todas as demais profissões chegando hoje a participações igualitárias.
A primeira aluna da minha escola foi Telma, lembro-me bem do seu primeiro dia ao chegar com os outros 99 calouros que ingressavam. O evidente contraste era agradável, mas era uma invasão indevida, pensávamos, os veteranos, aos nossos domínios, rudes e desprovidos de sutilezas.
Os primeiros tempos foram difíceis para nós, penso que muito mais que para ela, que se ia impondo pela naturalidade no contato com aquela tribo de 500 ou mais de “desajustados” sociais, mas que por educação de berço sabiam que lhe mereciam o mesmo tratamento que davam a suas mães, irmãs e namoradas. Mas ela era uma intrusa no “nosso templo!”
A aproximação da colega a algum grupo com frequência interrompia a conversa, quando mais não fosse para mudar o vocabulário chulo. Havia, claro, constrangimento da nossa parte, nada imposto pela jovem, moderna e de trato superior.
Culta, praticante de teatro amador, pianista, viajada, a garota moderna não nos ignorava, mas desconhecia nossas fraquezas e idiossincrasias e não dava importância às tolices que inadvertidamente ouvia.
Pelos mais ousados, vieram as primeiras tentativas de conquistá-la, nada feito. Superioridade absoluta da menina, que transitava entre nós, com desembaraço total. Ao fim do primeiro trimestre, os veteranos que viviam a maior parte de suas vidas no Diretório Acadêmico, decretaram: “Passou para a Escola é Homem”.
Se há alguma observação que possa fazer a homens jovens ou mesmo de idade, como o candidato que hoje se debate em busca do sufrágio feminino, é quanto à memória seletiva que essa maravilhosa metade da espécie humana tem para coisas que os homens dizem e que de alguma forma as tocam, quer pessoalmente, ou a todas elas, como minoria social que ainda são. Até os elefantes, famosos por suas memórias, esquecem de algumas coisas, as mulheres nunca.
Lembrar-se-ão para sempre de uma florzinha que você lhe ofereceu no início do namoro, colhida no jardim público, após o primeiro beijo roubado (na minha época era assim), que ela guardou no livro da missa, como gravou em granito uma expressão rude que você usou, mesmo que fora de uma discussão, mas que ela não gostou, e que 30 ou 40 anos depois de proferida, volta maturada com toda mágoa, numa mesa do domingo, em que vocês estavam comemorando o almoço do neto mais velho.
Elas são assim, maravilhosas, imprevisíveis e nunca esquecem. Não caia nessa de que as mulheres modernas são diferentes. O que está impresso nos seus DNA, necessitarão de milênios para serem alterados. Não tenha esperanças. Cuidado com o que você fala com elas, isso sempre voltará.
Dicas complementares:
Se no debate da Band, o Candidato ao invés de ter dito, com rudeza: Vera Magalhães, “você,.”, tivesse dito: “Verinha, fico feliz, de coração, tenho certeza de que você quer o melhor para o país. Como presidente sei que estou sempre nos seus pensamentos. Sei que você compreende as dificuldades da tomada de decisões, como pessoa sensível e inteligente que é…”(É preciso ser verdadeiro, sentir o que diz, conquistar!)
Todos nós, humanos, gostamos das sutilezas que têm duplos sentidos, levemente maliciosos, aceitamos bem quando isso não vem acompanhado de cantada. A mais pudica freirinha do claustro mais fechado do mundo ouvirá uma observação desse tipo sem enrubescer, isso é próprio da nossa natureza.
Fale rindo, coloque suas “impropriedades” com delicadeza, sensibilidade e carinho, abra seu coração e tudo será aceito. Seja um sedutor!
E nas relações de amor, em qualquer idade, uma boa dose de erotismo dissolve mal-entendidos ancestrais!
(Fonte: https://www.cronicasdamadrugada.net/2022/09/o-candidato-e-as-mulheres.html)
Meu Caro Professor Danilo,
Em menos de 30 dias não se lapida um tosco e ranzinza, que nem a farda verde oliva o suportou!
E ainda tem supremo togadão querendo quarentena para juízes e delegados concorrerem à cargos eletivos, pois suas funções os expõem muito ao público, causando desvantagem aos demais candidatos. . .
. . .”A campanha eleitoral foi encurtada deliberadamente pelo Centrão, com objetivo de facilitar a reeleição de quem tem mandato, principalmente na Câmara Federal.”. . .
“Não existe zona de conforto para ninguém’
(Por Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 04/09/22)
Todas as pesquisas mostram uma boa vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a disputa presidencial; dependendo do instituto, a diferença é vai de cinco a 12 pontos, em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso é como vencer o jogo por dois a zero no primeiro tempo; no segundo, porém, se o time adversário fizer um gol, empurrado pela torcida, tudo pode complicar. Uma virada no placar passa a ser uma ameaça real.
As pesquisas estão mostrando que Lula não vencerá no primeiro turno, com a recuperação de Ciro Gomes (PDT), o crescimento de Simone Tebet (MDB) e a casquinha que Felipe D´Ávila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil) estão tirando com a campanha de rádio e tevê, as entrevistas e os debates. Não existe zona de conforto para ninguém. Lula está perdendo a eleição entre os homens por pequena margem e vencendo por larga diferença entre as mulheres, um campo minado para Bolsonaro.
Lula vence entre os mais pobres, porém, perde entre os que ganham de dois a cinco salários e empata nos que percebem acima disso. Lidera com folga entre os que somente têm o ensino fundamental e, por pouco, entre os que completaram o ensino médio, e perde entre aqueles com curso superior. Está em amplíssima vantagem no Nordeste; vence de pouco no Norte/Centro-Oeste e no Sudeste; e perde no Sul.
Esse cenário, com quatro semanas de campanha, ainda pode se alterar. A campanha eleitoral foi encurtada deliberadamente pelo Centrão, com objetivo de facilitar a reeleição de quem tem mandato, principalmente na Câmara Federal. Não existe mais financiamento de empresas privadas para as campanhas e a liberação dos recursos do fundo eleitoral somente ocorreu após a propaganda eleitoral começar. Há disparidade de meios entre quem tem mandato, com todas as suas vantagens e mordomias, e os que postulam uma vaga para entrar nas casas legislativas.
Como a esperteza engole o dono, deu ruim para o presidente Jair Bolsonaro, que largou muito atrás nas pesquisas de opinião, por causa, principalmente, da situação da economia. Pode ser salvo pela PEC Emergencial e seu pacote de bondades, que parece não ter fim, haja vista a última redução do preço dos combustíveis. O ministro da Economia, Paulo Guedes, inclusive, já anunciou a intenção de prorrogar o “estado de calamidade” para poder gastar mais.
A reeleição de Bolsonaro está se inviabilizando por outros motivos, principalmente entre as mulheres: a sua misoginia, a falta de empatia com as vítimas da pandemia, o deboche quando é criticado por qualquer cidadão, o palavreado chulo. Tudo isso está cobrando um preço alto de Bolsonaro, mas o determinante mesmo é a situação da economia e dos mais pobres.
Cenários
A estratégia de Lula contra Bolsonaro é muito simples. Compara seu governo com o atual, em todas as áreas relevantes: política externa, cultura, políticas de saúde e educação, a questão ambiental, o salário-mínimo, o combate à violência. Lula apostou, principalmente, na recessão, no desemprego e na inflação como contingências que derrotariam Bolsonaro, mas, acontece que o poder de intervenção do governo na economia é muito grande e a situação está mudando.
Não importa que seja um voo de galinha. A economia voltou a crescer, novos empregos são criados, o dinheiro do Auxílio Brasil (três parcelas de R$ 600, se não antecipar a quarta) está chegando na ponta na boca da eleição. Pode não ter a mesma repercussão para quem ganha até um salário mínimo, por causa do peso da inflação de alimentos, mas, acima disso, já surte efeito, inclusive porque movimenta as economias locais, favorecendo a classe média.
Geralmente, os analistas de pesquisas calculam a progressão do crescimento ou da queda dos candidatos para concluir se e quando o líder se manterá à frente ou não. A boca de jacaré, como se diz no jargão dos marqueteiros, é um recurso válido para o direcionamento da campanha. Entretanto, não pode ser absolutizado por duas razões: em primeiro lugar, o tempo na política não é linear, pode se acelerado na campanha; em segundo, as pesquisas usam dados defasados do IBGE, pois são os do último Censo. É daí que vêm os eventuais erros nas pesquisas. Ignoremos as teorias conspiratórias.
A campanha mais curta tende a acelerar a movimentação dos candidatos majoritários. É o que aconteceu com a recuperação de Ciro e o crescimento de Simone, frustrando os que apostavam no “voto útil”. Nesse cenário, teremos segundo turno, embora a polarização Lula versus Bolsonaro se mantenha. O que poderia alterar esse quadro seria Bolsonaro perder expectativa de poder — o que não vai acontecer, por causa do peso do governo como forma mais concentrada de poder — e a melhoria do ambiente econômico. Outra hipótese, menos provável, seria Lula ser ultrapassado pelo presidente da República, como apregoam os caciques do Centrão. Nesse caso, haveria uma reação a favor do “voto útil”; uma eventual desistência de Lula, em favor de Ciro ou Simone, não está no script de ninguém, muito menos dos petistas.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/04/interna_politica,373083/nas-entrelinhas.shtml)
“É guerra”
(Por Denise Rothenburg, Brasília-DF, CB, 04/09/22)
A busca e apreensão no comitê de campanha do ex-juiz Sérgio Moro ao Senado, que teve origem numa ação da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), é apenas uma amostra do que vem por aí.
O PT paranaense, capitaneado pela presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, não dará um refresco ao candidato.
Até o tamanho das letras será motivo de ações na Justiça Eleitoral. Outras virão. O que sente o eleitor.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/04/interna_politica,373080/brasilia-df.shtml)
Matutando bem. . .
Constata-se, lamentavelmente, que ao “se-despir-se” da toga, o ex juiz federal, “se-desMOROnou-se”!
Vaza, Moro! Ou se eleja! Senão. . .580 dias de prisão te aguardarão!
“A esperteza”
(Denise Rothenburg, Brasília-DF, CB, 04/09/22)
Ciente de que o presidente Jair Bolsonaro não fará campanha para o Republicanos ao Senado no DF por causa da candidatura de Flávia Arruda (PL), a ex-ministra Damares Alves (foto) (Republicanos) deu um “chapéu” na antiga colega de ministério.
Damares foi ao Rio Grande do Sul, num evento de mulheres em Nova Hamburgo.
Lá, desfilou ao lado do presidente e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A candidata do Republicanos postou nas suas redes vídeos em que aparece abraçada ao presidente e registrou tudo para o horário
eleitoral obrigatório.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/04/interna_politica,373080/brasilia-df.shtml)
Já dizia o Saudoso Tancredo Neves: esperteza, quando é muita, come o dono.
Talvez ela fisgue algum incauto gaúcho. Pois, incautos candangos ela ainda está tentando fisgar!
Com os minguados incautos candangos que já fisgou, não se elege síndica de um dos prédios no Cruzeiro Novo, que o PT está prometendo instalar elevadores de graça!
. . .”Informantes e carrascos, mesmo com as mãos sujas de sangue, saboreiam o café matinal com suas famílias, que nada sabem sobre suas ações.”. . .
“Janela estreita”
(Circe Cunha e Mamfil, Coluna VLO, CB, 04/09/22)
Chegará o dia em que não me verás mais, por tua janela estreita, subindo a rua, cansada ao fim do dia. Nesse dia terei partido, quem sabe, fortemente escoltada até o navio que me levará ao exílio derradeiro. Ou num caixão sem identificação, sepultada como indigente em cova rasa e sem endereço. Por um tempo minha ausência será sentida. Mesmo o requadro da janela estreita estará vazio, numa espera eterna do vulto que todo o fim de tarde compunha, com as cores do sol poente, esse alguém que subia a rua a passos lentos.
Durante alguns meses ou anos, os poucos e fiéis amigos ficarão a discutir sobre meu sumiço sem aviso prévio. Teria partido para além mar, como refugiada afoita? Quem sabe enfiaram num saco, desses de fio de juta, como mercadoria ordinária, sendo depois despachada para longe ou lugar incerto. Dias atrás, especula um amigo, agentes do Estado disfarçados andaram pela vizinhança com aqueles olhos cheios de curiosidade e maus presságios.
Observavam, de longe, a janela estreita e entreaberta em busca de alguém. A presença desses agentes, deixava exalar, por toda a rua da ladeira e pelos becos antigos, um cheiro forte de morte, desses que a gente sente ao caminhar junto ao muro branco do cemitério do bairro. Por certo, esse, a quem nem os amigos, por medo, ousam dizer o nome, foi se somar a outros que também nunca mais voltaram para casa.
Muitos se foram desse modo descortês, deixando famílias amigos e o requadro de infinitas janelas estreitas e vazias. Molduras antigas vazadas pelo tempo. Saber que aqueles que essa noite dormem, na tranquilidade aparente dos desalmados, contribuíram, cada um ao seu modo, para que essa trama se desenrolasse sem testemunhas, tornam as madrugadas ainda mais vazias e ameaçadoras.
Informantes e carrascos, mesmo com as mãos sujas de sangue, saboreiam o café matinal com suas famílias, que nada sabem sobre suas ações. Não há um pingo de remorso, quando o que está em jogo é o jogo sujo daqueles que possuem o poder da morte e da mordaça. Num ambiente assim, onde o medo e a vigilância de uns sobre os outros passaram a ser o novo normal, falar fora do script pode resultar em desaparecimento. Ou quem sabe em punições mais suaves e não menos desumanas como o cancelamento.
Em situações dessa natureza, sumir da paisagem sem deixar pegadas é já uma normalidade nesses tempos nevoentos. Todo o fim de dia ouve-se o estrondar rouco do apito do navio partindo. Nessas horas, muitos se perguntam: quem estará à bordo dessa vez, sem ser convidado, talvez enfiado num malote com destino ao fundo do mar. Mostre-me um inocente, diz o sistema, e logo ele será incluído na lista negra e despachado também.
Em tempos assim, melhor sorte possuem as janelas estreitas que permanecem silentes onde estão a contemplar a rua deserta, varrida de gentes que saíram do requadro sem deixar pistas, apenas saudades mudas e amedrontadas.
(Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/janela-estreita/)
. . .”Mas, hoje, defender a democracia não é suficiente, a não ser que essa atitude seja apenas um ponto de partida para as transformações que o Brasil precisa fazer com urgência. Para pegar o bonde da história? Não, sinto muito, ele passou. Mas para, ao menos, não perder de vista o referido bonde, que está longe, levando outros países.”. . .
“A democracia é o suficiente?”
(Por Jaime Pinsky, Opinião, CB, 04/09/22)
Depois que a Inglaterra se separou de seus vizinhos da Europa, por causa do resultado da votação democrática, órgãos de imprensa entrevistaram pessoas que votaram pela separação, tentando entender os motivos que as moveram. As respostas, frequentemente, não faziam sentido algum, pois não passavam de argumentos ilógicos, frases feitas e suposições sem base, repetindo mantras de políticos conservadores. Muitos eleitores confessaram, sem constrangimento, que não entendiam nada de economia, ou ciência política e que seu voto se dera por conta de promessas de vida melhor se a Inglaterra se afastasse de países gastadores como França e Itália, algo que esses votantes nunca se deram ao trabalho de analisar. Acreditaram também que, com a separação, haveria mais e melhores empregos, uma vez que imigrantes seriam barrados. Enfim, votaram em algo tão importante quanto o Brexit, baseados apenas em afirmações ocas, e não em fatores objetivos e análises racionais.
Isso significa que a democracia não funciona? Analisemos. De fato, quantas pessoas votam em partidos e candidatos que apresentam propostas concretas para melhorar o país? Melhor ainda, o que é melhorar o país? Sim, pode-se dizer que postulantes a certos cargos não deveriam ter determinadas características e deveriam ter outras. Mas não é verdade que, na prática, tendemos a minimizar os defeitos de alguns e hipertrofiamos os defeitos de outros? Não é verdade que votamos fechando os olhos para os pecados daqueles que, antecipadamente, elegemos como sendo os melhores… pelo menos para nós mesmos?
Se é verdade que detentores do poder legislam em causa própria, não é verdade também que a maior parte dos eleitores escolhe com base no que espera, ou imagina, que será melhor para ela, para sua atividade, para seus familiares, para sua igreja, para seu grupo, sem se importar se será o melhor para o país? Será que todos os que criticam o aparelhamento da máquina estatal, se eleitos, vão preencher cargos baseados apenas no mérito das pessoas, e não no interesse de ocupar espaço político?
Não, não é apenas o miserável, aquele que aceita a humilhação de entrar em filas para receber 10 ou 20 reais por dia, não é apenas ele que vai votar por interesse próprio. Com poucas, pouquíssimas exceções, é assim que as pessoas votam em nosso sistema democrático, onde a maioria dos partidos não têm sequer ideologia conhecida, mas têm donos bem conhecidos. Se, apesar do que diz a Constituição, não somos tão iguais perante a lei (alguém ainda tem dúvida sobre isso?) todos são muito parecidos na hora do voto. Na maioria esmagadora dos casos, vota-se por interesse, não por patriotismo ou espírito democrático.
Alguns fingem que organizar abaixo-assinados os torna democratas perfeitos, outros acham que basta vomitar meia dúzia de frases nas redes sociais para se tornar grande democrata. Sinto dizer, mas optar por um número ou outro não é suficiente para promover as alterações que nossa sociedade tropical não conseguiu realizar nos seus primeiros cinco séculos de existência.
Estou pregando o rompimento de nossa jovem democracia? Não. Podem se acalmar os democratas radicais — eu mesmo sou um deles, desconfio até de síndicos de condomínio que lutam pela reeleição. Não estou detonando o sistema vigente, nem a Constituição e muito menos resolvi me aliar a grupos favoráveis ao fim do nosso sistema político. Ao contrário de muitos arrivistas, tenho uma história de luta democrática que inclui a criação de uma revista de ciências sociais em plena ditadura militar.
Quando Florestan, Martins e eu criamos Debate Crítico, não tínhamos medo que a democracia fosse abalada. Ela já não existia e a simples manifestação de ideias, naquela época, podia ser punida com a morte, como ilustra o caso de Vladimir Herzog, assassinado pela repressão, sem que os assassinos tivessem a coragem de reconhecer seu ato.
Mas, hoje, defender a democracia não é suficiente, a não ser que essa atitude seja apenas um ponto de partida para as transformações que o Brasil precisa fazer com urgência. Para pegar o bonde da história? Não, sinto muito, ele passou. Mas para, ao menos, não perder de vista o referido bonde, que está longe, levando outros países.
Todos sabemos que educação é uma das peças-chave, como tem sido em estados nacionais tão diferentes quanto o Japão e a antiga União Soviética, a Coreia e a China, a Finlândia e Israel. Enquanto nessas plagas foram criados projetos distintos, cada um deles adequado à realidade de cada país, por aqui cometemos erros crassos, por incompetência, má fé ou falta de um projeto de Estado.
Senhores candidatos, saibam que abordar pequenos problemas aqui e ali, com o objetivo de garantir apenas uma vitória na próxima eleição, é meta medíocre que não resolve problemas estruturais do país. Ver o país do jeito que está e se conformar com objetivos que não provocarão mudanças reais dá uma terrível sensação de fracasso. Sinto muito.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/04/interna_opiniao,373046/a-democracia-e-o-suficiente.shtml)
Confesso que
a) raramente um candidato que eu voto, se elege.
b) o bolsonaro foi um deles, decepcionou-me. Mas, na ocasião, não poderia, jamais, votar no pau mandado do então presidiário lula.
c) felizmente, registro a honra de ter votado no luizalvense Vilson Souza para Deputado Federal, Constituinte Nota 10!
. . .”Justiça social está na base de qualquer democracia. Insistir no caminho que leva ao aprofundamento do fosso que separa ricos e pobres é condenar a maioria ao atraso.” (e, a minoria à insegurança, garante o Matutildo)
“Aumento da miséria põe mundo em alerta”
(Visão do Correio (Braziliense), CB, 04/09/22)
A pobreza está se espalhando de forma acelerada pelo mundo e os governantes que não derem a devida atenção a ela terão de prestar contas com a história. A disparada da inflação, puxada, sobretudo, pelos preços dos alimentos e da energia fez com que mesmo os países mais ricos do mundo se mexessem para evitar catástrofes humanitárias. Todos sabem que a miséria é forte desestabilizador político e um elemento importante para o surgimento de populistas e radicais que se apresentam como salvadores da pátria. Portanto, não há espaço para improvisos. Os pobres têm pressa e exigem respeito.
Na Europa, que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, se destacou por suas políticas de bem-estar social, governos são desafiados para evitar que parcela importante da população caia na informalidade e na pobreza. Portugal se prepara para anunciar, nesta segunda-feira, um pacote de mais de 2 bilhões de euros (cerca de R$ 11 bilhões) para socorrer famílias e empresas em dificuldade. A proposta prevê que os lares mais vulneráveis recebam ajuda de 100 euros (R$ 550) por mês para arcar com as tarifas de energia e a compra de alimentos. Os mais de 2,3 milhões de aposentados do país terão a correção dos benefícios antecipada. No caso das empresas, o suporte pode chegar a 2 milhões de euros (R$ 11 milhões) por unidade.
Maior economia europeia, a Alemanha anunciou que pagará 300 euros (R$ 1.650) a todos os trabalhadores. A medida se sobrepõe ao programa que subsidiava passagens de transportes públicos e que acabou no fim de agosto. Há, por sinal, protestos por todo o país para que esse incentivo seja retomado. Uma petição com mais de 450 mil assinaturas foi entregue ao ministro das Finanças alemão, Christian Lindner. Também é forte a cobrança pela manutenção da redução de impostos sobre a energia elétrica, que deve ficar ainda mais cara com a chegada do inverno. A Alemanha é muito dependente do gás produzido na Rússia.
A Espanha se antecipou e o governo já avisou a população que baixará de 21% para 5% o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) que incide sobre o gás. De início, a medida valerá até dezembro próximo. Como ressaltou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, a ideia é que haja justiça fiscal e social e as famílias possam ser protegidas. Em junho, o IVA da conta de luz havia caído de 10% para 5%. No Reino Unido, a situação é mais dramática. O próximo primeiro-ministro, que será conhecido nesta segunda-feira, terá de enfrentar a maior inflação em 40 anos, de 10,1%, uma longa recessão que pode se estender até 2024 e o risco de que, com a arrancada dos preços da energia, um terço da população local caia na pobreza, algo impensável até bem pouco tempo.
O Brasil, ressalte-se, deu passos importantes ao garantir o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 e a redução dos impostos sobre os combustíveis. Contudo, a situação continua dramática e 33 milhões de pessoas estão mergulhadas na miséria, sem ter o que comer. Outros 100 milhões vivem em insegurança alimentar, ou seja, o que ganham não garante a comida necessária para três refeições diárias. O quadro se agrava porque as medidas têm prazo de validade, vão até o fim deste ano, depois das eleições presidenciais. Todos os candidatos prometem manter pelo menos o atual valor do Auxílio Brasil. O país, no entanto, precisa retomar o crescimento sustentado para ampliar a oferta de emprego e a renda.
O dramático avanço da pobreza aponta que o seu combate não pode estar travestido de ideologia. Exige ações concretas e focadas. Não se deve ter pudor na adoção de políticas que visem a melhora nas condições de vida da população. Justiça social está na base de qualquer democracia. Insistir no caminho que leva ao aprofundamento do fosso que separa ricos e pobres é condenar a maioria ao atraso. É tempo de agir. Que o bom senso prevaleça e aqueles que realmente precisam de socorro sejam contemplados. Aos que ainda têm dúvidas sobre a miséria e a fome, que se dê ao trabalho de sair às ruas. A realidade cruel se imporá.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/04/interna_opiniao,373051/aumento-da-miseria-poe-mundo-em-alerta.shtml)
Ladrão, ex ladrão & futuro ladrão, você decide!
“É bom se habituar”
(CH, DP, 04/09/22)
O caso do idoso valente de Manaus, que chamou Lula de ladrão e foi ameaçado por valentões petistas, mostra que não é apenas o candidato que está despreparado para lidar com a reputação do ex-presidente.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/doacao-privada-gera-suspeitas-em-pernambuco)
No caso especifico do belzebu de Garanhuns, a expressão ex-reeducando não se aplica, porque depois de puxar 580 dias na cadeia, nada de útil aprendeu!
Talvez, ex-custodiado!
E o resto?
“Prioridades eleitorais”
(CH, DP, 04/09/22)
A Justiça Eleitoral custou mais de R$6,3 bilhões ao pagador de impostos brasileiro em 2021, que não foi ano eleitoral. Cerca de R$5,7 bilhões foram destinados a pagar salários, e R$188 milhões para informática.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/doacao-privada-gera-suspeitas-em-pernambuco)
Pensando bem…
(Cláudio Humberto, DP, 04/09/22)
…em futebol, como em eleição, juiz não chuta a gol, mas bate o maior bolão quando ajuda um time a vencer.
Matutando bem…
(Matutildo, aqui e agora)
…e quando batem o maior bolão, acabam marcando gol contra!
Capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia
“Doação privada gera suspeitas em Pernambuco”
(Por Cláudio Humberto, DP, 04/09/22)
Os filhos do ex-ministro e senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) receberam generosas doações do empresário Emival Ramos Caiado Filho, os únicos a merecerem R$600 mil, até agora, para as campanhas de deputado estadual, federal e governo de Pernambuco. A lei proíbe empresas de financiarem políticos, mas os sócios podem fazer isso como “pessoas físicas”. Emival é fundador do grupo Rialma, que venceu leilões de energia quando Fernando Filho era ministro de Minas e Energia.
Jatinho na pista
A revista Crusoé apontou Emival como dono do jato no qual o ex-ministro deixou Brasília em setembro de 2019, ao ser alvo da Polícia Federal.
Família candidata
Miguel Coelho é candidato a governador, o ex-ministro Fernando Filho a deputado federal e Antônio Coelho tenta vaga de deputado estadual.
União, Brasil
Emival Ramos Caiado Filho, primo de Ronaldo Caiado, governador do Goiás, já não comanda a Rialma. E todos são filiados ao União Brasil.
Sem resposta
O senador e filhos não responderam às tentativas de contato e nem aos pedidos de esclarecimentos sobre essas doações.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/doacao-privada-gera-suspeitas-em-pernambuco)
Segundo um carioca, frequentador do mesmo boteco que eu, o “vaischco foi eischcorçado em Bruischqui. . .
Realmente não é fácil entender o “carioquês”. Tão complicado quanto o “curitibês”: em Curitchiba tchinha batatchinha. . .
Rock in Rio
“Xamã, Rappers Indígenas e o hit do ano: Malvadão 3”
Huuummm. . .será que é uma premonição de um hipotético 3o. mandato do ex presidiário lula?
. . .”Proclamaram a República para a gente votar no Marcos Pontes, no Tiririca e na Rosângela Moro”. . .
“A família Bolsonaro prefere o bandido morto e o dinheiro vivo”
(Por José Simão, FSP, 02/09/22)
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Datafolha Urgente! Pesquisas indicam que Bolsonaro lidera no litoral de Minas. No litoral de Tocantins atinge 92%! Rarará!
E o bafo da semana: Família Bolsonaro compra 51 imóveis em dinheiro vivo. Não confiam no sistema bancário! Para a familícia, bandido bom é bandido morto, e dinheiro bom é dinheiro vivo! Rarará!
E o Piauí Herald: “Banco Central lança cédula de R$ 1.000 para facilitar transações imobiliárias de Bolsonaro”. Mil tchutchucas! Rarará! E o pronunciamento da Micheque: “Oi, gente, não é verdade que minha família só opera com dinheiro vivo, eu mesma só aceito cheques”.
E o Sensacionalista: “Moro não se interessou pelos imóveis do Bolsonaro porque nenhum era tríplex”. Nenhum era de três andares! Rarará!
E atenção ao DataParaná: Álvaro Dias em primeiro. Não dá para ver a cara dele de tanto pancake. E, com o poodle no colo, ele parece o Ligue Djá! E o Moro em segundo. O Marreco não fez quack!
E o hilário político ou ultrágico eleitoral! Um trem fantasma desgovernado! Direto de Natal, a dona de cabaré Maria do Bar. Jingle: “Tem Cabaré Esta Noite”. Slogan: “Putaria por putaria, vote na Maria”.
Voto! Vou transferir meu voto para Natal! E para o Senado em São Paulo o astronauta Marcos Pontes. Para levar o Brasil para o espaço! Ele promete abrir uma fábrica de foguetes em Taubaté, o Vaya Space. Se o foguete não subir, Vaya neles!
E o doutor Marcelo Barrichello! Vai chegar em segundo. Vai chegar atrasado para votar! “Mas não era as eleições de 2018?”
E tem a Rosângela Moro, a dona marreca, maaagra, parece uma vara de catar caju!
E o melhor: Tiririca fantasiado de Roberto Carlos cantando: “Eu voltei/ Voltei para ficar/ Porque Brasília é o meu lugar”. Por isso que proclamaram a República: para a gente votar no Marcos Pontes, no Tiririca e na Rosângela Moro!
Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/josesimao/2022/09/a-familia-bolsonaro-prefere-o-bandido-morto-e-o-dinheiro-vivo.shtml)
Inticando, de novo. . .
O Jornalista Vinicius Torres Freire, na FSP, 03/09/22, dá a senha:
“Como Bolsonaro pode encostar em Lula”
E o Matutildo:
Que tal começando por chamar o belzebu de Garanhuns de “tchutchuca dos presidiários”?
Desce uma Pinoco’s, no mercedinho!
Só para inticar. . .
Extra! Extra!
No Maranhão, “Janja boca de garoupa” revela o que está grafado na tatuagem do “tororó” da Anitta: lula-lá!
Desce uma Moendão, no mercedinho!
. . .”Na política, toda essa ferocidade ganhou ainda mais adrenalina. Já não se tem oponente ou concorrente, mas inimigo fidagal, que deve ser destruído ou, ao menos, desconstruído em sua totalidade.”. . .
“Torre de Babel”
(Circe Cunha e Mamfil, Coluna VLO, CB, 03/09/22)
Por ocasião das comemorações dos 10 anos de governos petistas, a filósofa Marilena Chauí, para gaudio do chefão da sigla, que se encontrava presente, afirmou, de forma um tanto crua, que odiava a classe média brasileira e que as pessoas na hierarquia média social representavam o atraso de vida, a estupidez, era reacionária, conservadora, ignorante, petulante, arrogante, terrorista, uma abominação política, uma abominação ética, violenta, e uma abominação cognitiva por ser ignorante, entre outros adjetivos, dignos de uma acalorada discussão de boteco.
Não suspeitava a douta professora que o que estava fazendo naquele momento, além do papelão e da sabujice, era seguir à risca o que previu o semioticista Umberto Eco (1932-2016), em seu tratado “Relativismo”, de 2005. Nesse trabalho, o filósofo denunciou que as redes sociais e a mídia iriam pôr um fim na cordialidade e acentuar a polarização entre os indivíduos, minando o compartilhamento de ideias e que toda essa animalidade, que hoje nos envergonha, iria se estender também para a política. É o que presenciamos hoje nos debates, não apenas entre os políticos, mas englobando a todos, inclusive pessoas a quem, por sua formação acadêmica, esperávamos um mínimo de civilidade e educação.
Dizia Eco que essa mudança ou regresso ao primitivo não seria tanto culpa da grosseria da mídia e se daria muito mais pelo fato de que as pessoas hoje só falam pensando em como a mídia irá noticiar o que foi dito. “Temos a impressão nos dias de hoje de que certos debates acontecem a golpes de facão, sem fineza, usando termos delicados como se fossem pedras”, previu o escritor do best seller “O Nome da Rosa”.
De fato, Chauí usou as palavras como quem atira pedra sobre a classe média, uma parcela da população de mais de cem milhões de brasileiros e que, desde 2002, vem empobrecendo a olhos vistos, por conta, sobretudo, de governos elogiados pela dita professora de filosofia. Os vaticínios de Humberto Eco se confirmaram para além do previsto. Atualmente, a cordialidade nos debates, seja de que tema for, foi deletada ou, no dizer moderno, “cancelada” das redes sociais. Dessa forma, o que assistimos agora são embates enfurecidos que nascem onde quer que haja diferença. O ódio fez sua morada nas redes sociais. Há, nesse contexto, uma certa tara das pessoas em criar desavenças e inimigos.
Com isso, a sociedade vai deixando de lado o compartilhamento de ideias, substituindo essa virtude por uma animalidade que está cada vez mais na flor da pele. As redes sociais são hoje um oceano cheio de tubarões, prontos para atacar, censurar e ofender.
Na política, toda essa ferocidade ganhou ainda mais adrenalina. Já não se tem oponente ou concorrente, mas inimigo fidagal, que deve ser destruído ou, ao menos, desconstruído em sua totalidade. Para Eco, seria como se andássemos para trás no tempo, em termos humanos, levando conosco um tablet de última geração.
Quem se deu ao enfado de assistir aos últimos debates para presidente pela televisão pôde verificar que os projetos de governo sumiram. Quando surgiam ideias aproveitáveis e raras, eram logo substituídas por ofensas e acusações, como num ringue. Quem ofende mais leva a melhor, segundo às redes. Os perdedores estão entre aqueles que não querem polêmicas e se restringem a apresentar propostas. Debater num ambiente assim é inútil. Ninguém ouve o que é dito. Perdemos a capacidade de escutar. Até os ouvidos falam. A língua comanda o cérebro.
As redes sociais bombam com essas batalhas. A descortesia ficou na moda, atingindo, de alto a baixo, todas as classes. A contribuir para esse mundo de intrigas e de extremismos, as redes sociais agem para estimular, por meio das fake news e das meias verdades, os embates e a violência. Não seria estranho que algum dia alguém venha a classificar as redes sociais, sobretudo no mundo político, como o renascimento da mítica Torre de Babel.
No afã de perfurar o céu, essa torre magnífica, uma espécie moderna das Torres Gêmeas de Nova Iorque, veio abaixo marcando, com sangue, a entrada do século XXI, porque os homens parecem já não falar ou compreender a língua humana.
(Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/torre-de-babel/)
Tubo de ensaio – Fatos científicos da semana
(Caderno Ciência, CB, 03/09/22)
Segunda-feira, 29 – Dinossauro saurópode descoberto em Portugal
Paleontólogos portugueses e espanhóis desenterraram, no jardim de uma casa em Pombal, no centro de Portugal, o esqueleto fossilizado de um dinossauro saurópode gigantesco. “É um dos maiores espécimes conhecidos em nível europeu, talvez mundial”, anunciou Elisabete Malafaia, do Instituto Dom Luiz da Universidade de Lisboa. Os saurópodes eram dinossauros quadrúpedes e herbívoros, reconhecíveis pelos seus longos pescoços. Eles podiam chegar a 12m de altura e 25m de comprimento. Entre o conjunto de vértebras e costelas encontradas, datado do período Jurássico há cerca de 150 milhões de anos, os investigadores encontraram vestígios de uma costela de três metros de comprimento. A primeira descoberta dos fósseis na região foi em 2017, quando um habitante perfurou seu terreno para construir um anexo em sua propriedade.
Terça-feira, 30 – Novos ângulos da Galáxia Fantasma
O Telescópio Espacial James Webb revelou novos detalhes deslumbrantes de uma porção já conhecida do cosmos a 32 milhões de anos-luz da Terra em uma imagem divulgada pela Nasa e pela Agência Espacial Europeia (ESA). A tecnologia infravermelha do equipamento, lançado ao espaço em dezembro de 2021, permitiu uma perspectiva ainda mais límpida da chamada Galáxia Fantasma do que os astrônomos haviam visto até então. “A visão nítida de Webb revelou delicados filamentos de gás e poeira em grandes braços espirais que serpenteiam para fora do centro desta imagem”, explicou um comunicado emitido pelas duas agências. A imagem captada por Webb mostra os apêndices brancos, vermelhos, rosas e azul claro da galáxia girando em torno de um centro azul brilhante contra o pano de fundo do espaço escuro e profundo.
Quarta-feira, 31 – O triplo mergulho de La Niña
O fenômeno climático La Niña, que afeta as temperaturas globais e agrava secas e inundações, pode se prolongar até o fim do ano e ter uma duração sem precedentes para este século. Segundo boletim divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), se confirmado, será um “triplo mergulho”, o primeiro deste século, causado por três anos seguidos de padrões climáticos como secas e inundações em todo o mundo. “É excepcional”, comentou o secretário-geral da OMM, o finlandês Petteri Taalas. O informe da agência das Nações Unidas estima que o atual fenômeno La Niña, iniciado em setembro de 2020, continuará pelos próximos seis meses. A probabilidade dessa previsão é de 70% para os meses de setembro a novembro e depois cai gradativamente para 55% para o período de dezembro a fevereiro de 2023.
Quinta-feira, 1º – Sem anonimato
A partir de agora, os doadores de esperma e óvulos na França devem consentir que as crianças que ajudaram a conceber possam, quando adultas, conhecer sua identidade e “acesso às origens pessoais”. A medida que não se aplica a quem fez as suas doações antes dessa data. Nesse caso, será criada uma comissão para ajudar os atuais adultos a encontrar doadores, mas sem garantias de sucesso, pois a eles está garantido o direito de se opor à divulgação de identidade. “É uma busca pessoal fundamental”, considera Alexandre Mercier, da associação PMAnonyme, que identificou o pai biológico após comparar seu DNA com os resultados de um banco de dados on-line.
Sexta-feira, 2 – Passeio espacial
Dois astronautas a bordo da estação espacial chinesa Tiangong, que participam da missão Shenzhou-14, completaram com sucesso um passeio espacial de seis horas, anunciou a agência nacional de voos espaciais tripulados. Chen Dong e Liu Yang retornaram ao seu módulo de cabine na madrugada. Imagens da mídia estatal mostraram a dupla abrindo a escotilha do módulo e usando um braço robótico para manobrar o equipamento, com a Terra girando ao fundo. “Olá a todos. Estou fora do módulo. Sinto-me bem”, disse Chen, um ex-piloto militar, em um vídeo. Pequim lançou a espaçonave Shenzhou-14 em 5 de junho com três astronautas em missão para concluir a construção de Tiangong, cujo nome significa “palácio celestial” e que deve estar totalmente operacional ainda este ano.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/ciencia/2022/09/03/interna_ciencia,373015/tubo-de-ensaio.shtml)
O Salário Mínimo: dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.302 em janeiro de 2023.
“Dieese calcula que valor deveria ser de R$ 6.388”
(Caderno Economia, CB, 03/09/22)
A legislação que criou o salário mínimo, em meados dos anos 1930, estabeleceu que ele deveria ser suficiente para prover as necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Com base nisso, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula, desde 1994, o valor do salário mínimo necessário para cumprir despesas básicas dentro de casa. Hoje, esse montante deveria ser de R$ 6.388,55, bem acima do valor atualmente vigente.
. . .
(+em: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2022/09/03/interna_economia,373033/dieese-calcula-que-valor-deveria-ser-de-r-6-388.shtml)
100 comentários!
. . .”Em tempos de técnicos estrangeiros no país do futebol,”. . .
“Tempos de “Dorivalismo”
(Por Marcos Paulo Lima, Opinião, CB, 03/09/22)
Quem vê Dorival Júnior perto de se classificar para a primeira final de Copa Libertadores da América na carreira depois da vitória por 4 x 0 contra o Vélez Sarsfield, no estádio José Amalfitani, na partida de ida das semifinais, talvez não lembre que era ele o técnico daquele Santos fantástico do primeiro semestre de 2010. Há 12 anos, Dorival uniu no mesmo time Ganso, Robinho, Neymar e o então promissor André. O quarteto conquistou o Paulistão, a Copa do Brasil e encantou o país.
Aquela, até então, era a melhor versão de Dorival Júnior. Taticamente, havia um triângulo no meio de campo do Santos formado por Arouca, Wesley e Ganso; e um trio de ataque formado por Neymar, Robinho e André. Uma das virtudes do treinador foi acomodar dois jogadores habituados a atuar na mesma faixa de campo em lados diferentes. Neymar ficou com a ponta-esquerda. Robinho se adaptou à direita.
Dorival Júnior recorreu a uma outra figura geométrica para colocar o Flamengo nos trilhos. A grave lesão de Bruno Henrique fez com que ele adotasse um losango no meio de campo. Virou solução. Thiago Maia assumiu o papel de primeiro volante, com Everton Ribeiro à direita, João Gomes à esquerda e Arrascaeta à frente do trio, livre, leve e solto para ajudar Gabriel Barbosa e Pedro.
O sistema lembra, por exemplo, o jeito de jogar daquele Cruzeiro autoral de 2003, assinado por Vanderlei Luxemburgo. O timaço da tríplice coroa. Havia um losango com Maldonado, Augusto Recife e Wendell. Alex no papel de maestro. E a dupla formada por Aristizábal e Deivid, que deixou o time durante a temporada e deu lugar a Mota.
O plano de Dorival Júnior lembra, ainda, o Milan da temporada de 2004/2005 configurado pelo italiano Carlo Ancelotti. Havia um losango no meio com Pirlo, Gattuso, Seedorf e Kaká. Na frente, o ucraniano Shevchenko e o argentino Crespo. Um senhor time!
O concerto de quarta-feira diante do Vélez Sarsfield, na Argentina, mostrou um Flamengo em evolução. O que estava bom parece melhor por dois motivos: o comprometimento coletivo com a redução de espaços na recomposição e a movimentação constante do meio para a frente. O sistema dá impressão de rigidez, mas na prática há muita movimentação e trocas de posição. A linha de passe na trama que termina com o passe de futevôlei de Gabriel Barbosa e o gol de Everton Ribeiro é belo.
O torcedor rubro-negro pode reclamar dos desperdícios do Gabriel Barbosa, porém, a entrega tática do ídolo é de tirar o chapéu. Lembra o papel assumido por ele na conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Fazia a recomposição pela direita sob a batuta de Rogério Micale no quarteto com Neymar, Gabriel Jesus e Luan.
Em tempos de técnicos estrangeiros no país do futebol, a escola brasileira vive tempos de “Dorivalismo” e a “nação” parou de clamar pela segunda vinda de Jesus.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/03/interna_opiniao,373003/tempos-de-dorivalismo.shtml)
Mas bah, tchê!
Bolsonaro no Rio Grande do Sul usa lenço verde no pescoço.
Portanto, nem chimango nem maragato.
Chimagato!
Encenação ou não?
O salvador
(CH, DP, 03/09/22)
Em vez de matar, o criminoso que apontou a arma na verdade salvou a vice-presidente argentina. Processada e prestes a ser presa por roubar R$1,2 bilhão quando foi presidente, esse era o milagre pelo qual Cristina Kirchner sonhava para ser vitimizada e fazer do limão uma limonada.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/aumenta-diferenca-lula-bolsonaro-na-media-semanal)
Atentem que no ato seguinte, naturalmente, “la hermana” abaixa-se para pegar um livro que havia caído. . .
Empobrecimento ilícito ou rachadinha invertida?
“Ao TSE, cunhado de Bolsonaro reduz patrimônio de R$ 425 mil para R$ 5 mil”
. . .
No início da pandemia de covid-19, ele foi beneficiário do Auxílio Emergencial, em que recebeu R$ 3.600 do governo federal de julho a dezembro de 2020.
(+ em https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/09/02/ao-tse-cunhado-de-bolsonaro-reduz-patrimonio-de-r-425-mil-para-r-5-mil.htm?cmpid=copiaecola)
Familicia cara-de-pau
Depois, o culpado é o “powerPoinT”, né belzebu de Garanhuns!
“PF investiga desvios de R$217 milhões federais no governo petista do Piauí”
(Diário do Poder, 02/09/22)
Secretaria fez 52 contratos sem licitação que surrupiaram recursos federais
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (2) a Operação Aquarela, para apurar irregularidades em contratos de R$ 217 milhões firmados entre Secretaria de Estado da Educação (Seduc), do governo de Wellinton Dias (PT) e empresas prestadoras de serviços educacionais no Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (Proaja).
Cerca de 140 policiais federais e 7 auditores da Controladoria-Geral da União cumprem 42 mandados de busca e apreensão nos municípios de Alegrete/PI, Campo Maior/PI, Pedro II/PI, São João do Arraial/PI, Teresina/PI, Valença/PI e Timon/MA. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
De acordo com as investigações, realizadas em parceria com a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em julho de 2021, a Secretaria de Estado de Educação do Piauí (Seduc/PI) lançou edital para seleção de instituições públicas e privadas, para a prestação de serviços educacionais a jovens e adultos no programa governamental denominado PRO AJA.
Para a execução dos serviços foram firmados sem licitação e através de “credenciamento” dezenas de contratos milionários entre a Seduc/PI e 52 empresas/instituições, custeados com recursos federais de precatórios do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que totalizam mais de R$ 217 milhões, em valores empenhados até 19 de agosto de 2022.
Constatou-se que empresas credenciadas pela Seduc não possuem em seu rol de atividades principais a prestação de serviços educacionais, bem como não detém capacidade financeira e operacional para desenvolver o objeto dos contratos, que implica na oferta de turmas em 223 municípios piauienses, de modo que, mesmo após o recebimento dos recursos, não ampliaram o número de funcionários empenhados em desenvolver as atividades pactuadas.
Por este motivo, as aulas de turmas que não ocupam salas de escolas públicas são realizadas em ambientes residenciais com estrutura física improvisada e inadequada, com o uso de material didático, quando ofertado, indevidamente adaptado ao grupo de alunos, cujo perfil é marcado pela pluralidade nos aspectos de idade, sexo, vivência, qualificação profissional e grau de escolaridade.
Não bastasse isso, há oferta de lanche sem conteúdo nutritivo quanto à quantidade e qualidade dos alimentos, consistindo em biscoitos de água e sal e sucos, em desacordo com os projetos apresentados no credenciamento das empresas, que continham itens variados, de rico valor nutricional e definidos por profissionais competentes.
As constantes alterações nos instrumentos legais que regulamentam o programa e a ausência de acompanhamento e fiscalização da execução dos contratos possibilitaram a inscrição de alunos que não atendem aos requisitos de idade, escolaridade e condições financeiras estabelecidos para o Programa, inclusive fictícios ou já falecidos, causando prejuízos irreversíveis aos cofres públicos.
As ordens judiciais cumpridas na Operação Aquarela têm o intuito de aprofundar as investigações acerca de irregularidades na execução dos contratos e são direcionadas a 19 instituições, órgão público e seus respectivos representantes legais.
Os envolvidos podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, emprego irregular de verbas ou rendas públicas e fraude à licitação.
Aquarela é uma técnica de pintura na qual a adição de água à tinta produz cores leves e casuais, sendo relacionada a métodos utilizados nos primeiros anos de escolaridade. A associação ao nome da operação deve-se ao fato de empresas credenciadas adotarem material pedagógico apropriado ao ensino infantil para alfabetização de adultos.
Outro lado
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc) informou que está colaborando plenamente com a investigação em curso da Polícia Federal que investiga instituições/empresas para prestação de serviços educacionais no Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos.
“A Seduc ressalta que o Proaja vem sendo executado com muita segurança, transparência e lisura, cumprindo todos os regramentos estabelecidos pela lei que instituiu o programa, e se coloca à total disposição dos órgãos de controle para esclarecer quaisquer questionamentos, sempre visando a transparência e o correto funcionamento da administração pública”, diz a nota.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/pf-investiga-desvios-de-r217-milhoes-federais-no-governo-petista-do-piaui)
Pasmem!!! Presenciei, agora há pouco, num bairro de Brasília, um carro de som dos PeTralhas prometendo a instalação de elevadores gratuitamente em todos os prédios nele existentes! São aproximadamente 330 blocos!
. . .”Porque, se você usar da liberdade de imprensa, da liberdade de expressão, da imunidade parlamentar para cortar os pulsos da democracia, a democracia vai morrer por assassinato, e esses direitos vão morrer por suicídio.”…
ENTREVISTA, CARLOS AYRES BRITTO, MINISTRO APOSENTADO DO STF »
“É impossível fraude com urna eletrônica”
(Por Aline Gouveia, Política, CB, 02/096/22)
Em entrevista ao Podcast do Correio, o ministro emérito da Suprema Corte fala sobre Constituição, eleições e a paixão por literatura e poesia. Ex-presidente do TSE, ele assegura que os equipamentos eletrônicos de votação são invioláveis
O Podcast do Correio recebeu, ontem, o ministro emérito do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto. Poeta desde os 13 anos, o também professor, escritor, jurista e advogado conversou com as colunistas Denise Rothenburg e Ana Maria Campos. Ele lamentou o clima de acirramento político no país. “Período de eleição deveria ser de celebração, de festa, uma dança da democracia. Em eleição, nós exercitamos nossa cidadania, para, no dia do voto, saber em quem votar com mais consciência”, disse.
O agora ministro aposentado do STF presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por dois anos, de 2008 a 2010. Ele criticou a desconfiança nas urnas eletrônicas, estabelecendo um paralelo entre covid-19 e fraude eleitoral. “Assim como a covid odeia vacina, a fraude eleitoral odeia urna eletrônica”, afirmou, ressaltando que o equipamento é rápido e seguro.
Na avaliação dele, nunca houve um momento tão tenso entre os Poderes Executivo e Judiciário como agora. Confira os principais trechos da entrevista e ouça na sua plataforma de áudio preferida ou assista no YouTube do Correio.
Como o senhor avalia este período do TSE? A gente vê as Forças Armadas discutindo as urnas eletrônicas, a segurança do voto. Vê risco ao voto?
É estranho mesmo esse tensionamento, essa fricção e estresse coletivo. Período de eleição deveria ser de celebração, de festa, uma dança da democracia. Em eleição, nós exercitamos nossa cidadania, para, no dia do voto, saber em quem votar com mais consciência. Às vezes, o período educa mais do que a escola. Como nós sabemos, cidadania é qualidade do cidadão. Cidadão é habitante da cidade-Estado. Cidadão não é o indivíduo, indivíduo é gente. Cidadão é agente. É envolvido com as coisas da cidade. É quem é dotado de espírito público. Então, esse período eleitoral é para orientar o cidadão quanto às propostas e biografias dos candidatos. Não é para o país estar triste, dividido em uma espécie de cabo de guerra permanente. O voto está assegurado, é direito, secreto, universal, periódico.
O senhor considera a urna segura?
Fui presidente do TSE por dois anos, de 2008 a 2010. Presidi uma eleição nacional. Meu testemunho é de que a urna eletrônica é tão rápida quanto segura, fidedigna. Assim como a covid-19 odeio vacina, a fraude eleitoral odeia urna eletrônica, porque é impossível fraude eleitoral com urna eletrônica.
O senhor foi integrante do STF durante quase 10 anos e atuou em um dos momentos mais importantes da política e da história nacional, que foi o julgamento do mensalão. O Supremo era muito respeitado naquele momento. Hoje, a gente vê que uma parte da população bombardeia o a Corte. Na sua opinião, o Supremo errou ou erraram essas pessoas que passaram a desrespeitar a Corte?
A internet viabiliza a comunicação das pessoas tão instantaneamente. Nós estamos administrando a internet ainda, digamos, pisando em ovos, ainda experimentalmente.
Já viu algum momento mais tenso do que este em relação ao Executivo versus Judiciário?
Sinceramente, não. O Brasil parece que está confundindo a virtude do pluralismo com o defeito grave do divisionismo, setores opostos estão muito sectarizados. Democracia não vence por nocaute, quem vence por nocaute é ditadura. Democracia é processo. Vence por acúmulo de pontos. Há um entendimento coletivo de que a democracia é o único regime político civilizado.
O sistema judiciário brasileiro errou com o ex-presidente Lula?
Às vezes, a consciência plena, ou melhor dizendo, o equacionamento mais claro e consistente tecnicamente das causas não vem de estalo. Nem o Supremo é infalível cognitivamente. Pode tomar uma decisão e, mais adiante, entender que não foi a melhor decisão.
Fica difícil para a população entender. Por que Sergio Moro condenou, o TRF4 acolheu a decisão, o STJ, idem, e até no Supremo ele foi mantido preso. Isso não seria, também, uma das causas deste mau humor de parte da população com o STF?
Tudo é aprendizado, é processo. O que interessa é que haja pureza de intenções e honestidade intelectual em tudo. Para se chegar à conclusão de que o juiz Sergio Moro, em alguns processos, não tinha competência e, em outros, atuou com parcialidade, o Supremo demorou. Segundo os ministros, porque não tinha condições de chegar a essa conclusão se não mesmo com o devido processo legal transcorrendo. O compromisso do julgador é com a verdade dos autos. E a verdade dos autos revelavam ora parcialidade ora suspeição.
O próprio comportamento dele ao ter largado a magistratura em um acordo para ser ministro da Justiça e hoje é candidato não deu o argumento da parcialidade?
Não se pode tapar o sol com a peneira. É estranho. Mas não me sinto à vontade para falar dessas coisas, porque eu não me considero um analista político. Eu sou analista jurídico.
O senhor está advogando?
Eu era advogado antes de ir para o Supremo. Depois, fiz a quarentena e voltei a advogar, a emitir pareceres, fazer lives, conferências. Minha praia é essa mesmo.
O que lhe causa mais prazer: ser ministro do Supremo ou advogado?
Os dois. Fiquei muito feliz depois que me formei em direito porque confirmei minha vocação. Quando fui para o Supremo, foi uma honra enorme a oportunidade de servir ao país, a partir de uma Casa que, sobretudo interpretando a Constituição, faz o destino nacional. Desde que o Supremo seja fiel à Constituição, desde que não seja ativista, e eu não acho que ele tem sido ativista.
Nem naquele inquérito em que o Supremo abriu, investiga e julga, que tem até reclamação dos bolsonaristas?
Já critiquei um pouco isso, mas o fato é que o Regimento do Supremo, no particular, que autoriza isso, é anterior à Constituição. E foi recebido pela Constituição com a força de lei — como se fosse lei em sentido formal, lei em sentido material —, e, por isso, habilitaria o Supremo a agir como agiu. Eu me lembro de Hans Kelsen, que foi o maior jurista do século 20. Ele dizia que a norma geral, impessoal, abstrata, por exemplo, a própria Constituição, na sua parte permanente, lei em sentido material, é quase sempre uma moldura aberta. Cabe mais de um recheio, mais de um conteúdo, a depender do intérprete. O Supremo não é infalível. Agora, o que o Supremo deve fazer cada vez mais, não é cortejar a opinião pública. Cortejar a opinião pública é jogar para a plateia, é populismo. Ele deve satisfações à opinião pública. Como: lavrando decisões claras, bem fundamentadas.
No Twitter, o senhor fala muito sobre meditação. “Meditação é a arte de tocar na pele da luz com dedos de cetim.” Está fazendo meditação mesmo?
Como sou poeta, essas frases me vêm de estalo, espocam. Há 30 anos que eu faço duas coisas: meditação oriental, todos os dias, e sou vegetariano.
E como é o seu processo criativo?
Não tem explicação. Vou dar um exemplo. Eu estava relatando um processo, acho que era aqui do Mato Grosso. Queria preservar uma floresta. Em um dado momento, eu falando só tecnicamente, tecnicamente, disse: “Olhe, ministros, vamos convir: as matas virgens são as que mais procriam”. Foi aquela risadaria, todos riram, eu ri. E a gente aprende. Mas faz sentido. E a ficha cai. Daí a importância do meio ambiente ecologicamente equilibrado. A gente, às vezes, por ter essa pegada mais literária, não deixa de emitir um juízo técnico. O conteúdo do juízo é técnico, mas o revestimento linguístico pode ser um pouquinho mais literário.
Surge isso às vezes para o julgador? Ele vê que aquilo é justo, mas, talvez, a norma não se adeque àquela vontade de julgar daquela forma? No Supremo, essa liberdade é maior?
Eu diria que não. Vou citar Vinicius de Moraes: “A vida só se dá para quem se deu”. O que ele quis dizer, me parece: “Olha, a vida só se dá por inteiro a quem por inteiro se dá à vida. Vou fazer a paródia: a norma jurídica, a norma formal, impessoal, abstrata, só se dá por inteiro a quem por inteiro se dá a ela. Como é que você se dá por inteiro à vida e à norma? Quando você concilia QE e QI. Porque todos nós somos feitos de QE (quociente emocional) e QI (quociente intelectual).
Tem de ter um equilíbrio entre as duas coisas e elas se complementam?
Se complementam. E saltam quanticamente para um ponto de unidade quando fazem um casamento por amor. Esse ponto de unidade talvez mereça o nome de consciência. Então, o juiz, um advogado, um operador jurídico, que concilia bem QE e QI, ele se dá por inteiro à norma, aí a norma se dá por inteiro a ele.
Mas também não tem aquele caso que a gente ouve falar muito lá no Congresso: “Quero um parecer que vá por aqui ou pela direita ou pela esquerda”. Não é um cunho ideológico nessa colocação. O senhor vê isso, é isso que acontece?
Às vezes, a gente tem uma intuição. Dizemos mais ou menos assim diante de uma tese, de uma causa, como certa feita falou o poeta português José Régio: “Não sei por onde vou, só sei que não vou por aí”. Quando você diz não sei por onde vou só sei que não vou por aí, já é meio caminho andado. Aí, às vezes, a causa é tão materialmente justa, se impõe tanto ao seu quociente emocional que você diz assim: “Se eu não encontrar no direito positivo, a partir da Constituição, uma base normativa para reconhecer a justiça dessa tese, dessa causa, o problema não deve ser do direito, deve ser meu”. A mesma coisa do indivíduo. A gente é parte de um todo social, mas é também um todo à parte. Você foi feito para, em determinados momentos, saltar para o âmago do universo no que ele tem de verdadeiro. O operador jurídico também chega. Às vezes, ele vai queimando pestanas, vai consultando a consciência, vai lendo mais. Até debaixo do chuveiro ele está pensando na causa. Aí, de repente, vem o eureka.
Tem algum processo que o senhor possa citar em que passou por essa forma de descoberta?
Eu convoquei, modéstia à parte, a primeira audiência pública da história, do Supremo, sobre células-tronco embrionárias. E, pela primeira vez na história, mais de 20, 25 embriologistas, geneticistas, leigos em direito subiram à tribuna do Supremo para fazer sustentação oral. E nós ali, ouvindo, porque nós, humildemente, reconhecemos que não entendíamos dessas peculiaridades da causa. A um dado momento, sobe à tribuna uma geneticista conhecida no mundo inteiro, Mayana Zatz. E ela disse: “Senhores ministros, eu estou cuidando de uma guria, de uma menina, de 7, 8 anos, paraplégica, e não tenho obtido grande sucesso”. Ela era a favor do uso da célula-tronco embrionária, porque a célula-tronco embrionária tem a capacidade de se transformar em qualquer outra célula do corpo humano. Aí, ela contando que, um dia, fim de semana, recebeu um recado da menina que queria falar com ela lá no hospital onde estava. E ela foi lá. Aí, a menininha, sentada na sua cadeira de rodas, disse para a doutora: “Mandei chama-lá porque eu tenho uma sugestão para lhe dar para o meu tratamento. Por que a senhora não abre um buraco nas minhas costas e põe uma pilha, uma bateria, para que eu possa andar como as minhas bonecas?” Aí eu disse para mim mesmo: “Se eu não encontrar na Constituição um fundamento para possibilitar o uso de células-tronco embrionárias nos termos da lei para esse tipo de situação, o problema é meu. E eu encontrei. O meu voto foi, embora por maioria, aprovado. Nós conseguimos.
Foi um prazer enorme recebê-lo. O senhor realmente é um ministro brilhante.
Vocês têm a liberdade de expressão. A liberdade de expressão do indivíduo é bem de personalidade individual. A liberdade de expressão, quando veiculada pela imprensa, é bem de personalidade coletiva. A liberdade de imprensa é absoluta. A liberdade de expressão individual é absoluta. A imunidade parlamentar, por exemplo, por opiniões, palavras e votos, é absoluta, porém, nos marcos da democracia. Porque, se você usar da liberdade de imprensa, da liberdade de expressão, da imunidade parlamentar para cortar os pulsos da democracia, a democracia vai morrer por assassinato, e esses direitos vão morrer por suicídio. Porque eles não existirão mais se a democracia for varrida do mapa.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/02/interna_politica,372990/e-impossivel-fraude-com-urna-eletronica.shtml)
Será o desfile triunfal do seu general eleitoral?
“Mudança no cenário econômico favorece Bolsonaro”
(Por Luiz carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 02/09/22)
Recentemente, o jornalista Paulo Markun e a socióloga Ângela Alonso lançaram o documentário Ecos de Junho, em exibição na Netflix, no qual tecem uma linha de continuidade entre as manifestações espontâneas dos jovens brasileiros de 2013 e o desfecho daquele processo antissistema, que levou à eleição de Jair Bolsonaro (PL), cinco anos depois. Havia uma disputa política cujo desfecho foi uma guinada à direita, em 2018, mas que ainda não terminou e, de certa forma, está presente nas eleições deste ano, como uma espécie de ajuste de contas.
Grosso modo, essa disputa ocorreu nos quadrantes da ética, da política propriamente dita, da economia e da ideologia, simultaneamente, mas o peso relativo de cada uma dessas variáveis foi se alterando ao longo do processo. No plano da ética, a Operação Lava-Jato foi um fator determinante; na economia, o fracasso da nova matriz econômica; na política, a sua judicialização; e na ideologia, a reação religiosa à revolução de gênero.
Bolsonaro se elegeu em 2018 porque conseguiu levar a melhor nessas quatro frentes, ainda que tenha sido favorecido pelo impacto do atentado que sofreu em Juiz de Fora, onde levou uma facada que o deixou entre a vida e a morte. Nas eleições deste ano, a conjuntura é outra, o peso relativo de cada um dos quadrantes se alterou, mas eles continuam sendo variáveis que precisam ser examinadas separadamente e, também, em interação.
A Operação Lava-Jato acabou, seus protagonistas estão desgastados e sendo responsabilizados por eventuais abusos de autoridade, a ponto de o ex-juiz Sergio Moro, candidato ao Senado no Paraná, estar em risco de não se eleger. Entretanto, a questão da ética na política não morreu, continua sendo uma variável importante da eleição, que somente não está sendo mais explorada porque não se fala de corda em casa de enforcado.
Líder inconteste nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem muita dificuldade de abordar esse tema, que evoca o mensalão, o escândalo da Petrobras, o tríplex de Guarujá e o sítio de Atibaia; Bolsonaro, por causa das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, dos escândalos da Educação e, mais recentemente, do estranho costume familiar de comprar imóveis com dinheiro vivo, também não fica à vontade para falar de corrupção. A tendência é os demais candidatos se beneficiarem do desgaste de petistas e bolsonaristas, que se digladiam nas redes sociais, e que deve ganhar mais peso no debate eleitoral, principalmente Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
A judicialização da política continua sendo um vetor do processo eleitoral, mas numa chave diferente de 2018. Àquela ocasião, o Supremo impediu a candidatura de Lula, que estava com a ficha-suja, por ter sido condenado em segunda instância, o que facilitou a eleição de Bolsonaro; agora, o jogo se inverteu, a condenação de Lula foi anulada e sua candidatura é favorita na disputa, enquanto se arma contra o Supremo uma coalização política interessada em reduzir seus poderes, da qual fazem parte o Executivo, o Legislativo, o Ministério Público Federal e as Forças Armadas. Bolsonaro protagoniza esse processo, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pode ser um interessado nesse projeto.
Mudança de cenário
Até a semana passada, dizia-se que a economia derrotaria o projeto de reeleição de Bolsonaro, em razão da recessão, da inflação e do desemprego. O eixo da estratégia de Lula é a comparação do seu governo — que alcançou altas taxas de crescimento quando concluiu o segundo mandato, aumentou o salário real dos trabalhadores e transferiu renda às parcelas mais pobres da população — com o fracasso econômico do governo Bolsonaro.
Os dados do IBGE desta semana, porém, mostram uma mudança significativa de cenário, com retomada da atividade econômica em torno de 1,2%, queda da inflação e redução da taxa de desemprego a 9%, o que pode dar ao projeto de reeleição de Bolsonaro um gás que até agora não tinha. A disputa de narrativas sobre a economia, obviamente, terá de ser politizada, na base do “melhorou pra quem, cara-pálida?”.
Finalmente, a dimensão ideológica. Nas eleições deste, esse quadrante está sendo polarizado pela reafirmação da questão democrática pela sociedade civil, que se contrapôs ao projeto iliberal de Bolsonaro. Entretanto, no debate eleitoral, a questão dos costumes ainda tem muito protagonismo, principalmente em decorrência do alinhamento da maioria dos líderes evangélicos com Bolsonaro. O presidente da República capturou o sentimento de defesa da integridade da família unicelular patriarcal, desde 2018.
Em contrapartida, Lula, que se identifica com o lugar de fala dos movimentos de gênero, indígena e negro, não pode assumir as pautas identitárias como principais bandeiras de campanha eleitoral, porque isso poderia lhe custar a eleição. As maiores vantagens estratégicas do ex-presidente são os votos do Nordeste e das mulheres. Bolsonaro trabalha para neutralizá-las.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/02/interna_politica,372976/nas-entrelinhas.shtml)
Pois é. . .a Imobiliária “Rachadinhas” Ltda., ganha forte corretor
Imóveis: Mendonça será relator
(Caderno Política, CB, 02/09/22)
O ministro André Mendonça, segundo indicado por Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado relator do pedido de investigação sobre a compra de imóveis com dinheiro em espécie por parentes do presidente. A petição foi protocolada no STF pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado e um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto.
No documento, Randolfe pediu a investigação sobre as transações, com a “tomada urgente de depoimento” do presidente, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do vereador Carlos Bolsonaro e dos demais parentes envolvidos. Segundo o senador, é de interesse público saber a origem do dinheiro utilizado nas transações.
“O salário de um parlamentar não justifica esse patrimônio milionário. Por isso, é direito de todos os brasileiros a transparência sobre o uso indevido do dinheiro público”, afirmou.
O pedido foi protocolado depois que veio à tona, pelo portal Uol, que metade dos imóveis adquiridos pelo clã Bolsonaro foi comprada total ou parcialmente com dinheiro em espécie. Ainda que não seja ilegal, a prática é considerada suspeita por especialistas como um indício de lavagem de dinheiro por ser considerada “atípica”. Ao ser questionado sobre o caso, o presidente perguntou “qual o problema” de comprar imóveis com dinheiro vivo.
Em outra esfera, a Polícia Federal (PF) pediu autorização da Justiça para investigar Ana Cristina Valle (PP), ex-mulher de Bolsonaro, pela compra de uma mansão em Brasília. O imóvel consta na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral pela mãe do filho 04 do presidente, Jair Renan, que registrou candidatura a deputada distrital. No ano passado, quando a mudança para a casa veio a público, ela disse que o imóvel era alugado.
A representação é derivada de informações obtidas na investigação sobre suposto tráfico de influência de Jair Renan. O inquérito foi encerrado sem indiciamentos, mas a PF quer averiguar as movimentações financeiras que envolveram a compra da casa.
MP perde privilégio de ação por improbidade
O Supremo Tribunal Federal derrubou os trechos da nova Lei de Improbidade Administrativa que impediam União, estados e municípios de moverem ações de improbidade. A reforma legislativa, aprovada pelo Congresso em outubro de 2021, deu a prerrogativa apenas ao Ministério Público.
Os ministros concluíram que a mudança é inconstitucional, pois enfraquece a proteção ao patrimônio público. A avaliação foi a de que a Fazenda Pública tem o direito e o dever de entrar com ações de improbidade sempre que encontrar indícios de mau uso do dinheiro ou da estrutura administrativa das prefeituras, dos governos e da Presidência.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/02/interna_politica,372964/imoveis-mendonca-sera-relator.shtml)
E o piNçador Matutildo piNçou:
. . .”a Fazenda Pública tem o direito e o dever de entrar com ações de improbidade sempre que encontrar indícios de mau uso do dinheiro ou da estrutura administrativa das prefeituras, dos governos e da Presidência.”
E Matutou:
E quem controla a Fazenda Pública?
Com a palavra os doutos!
O “baixinho” batendo um bolão
Um drops geminado extraído de Brasília-DF, por Denise Rothenburg, CB, 02/09/22)
Ele…
A pesquisa Datafolha no Rio de Janeiro, que apontou o senador Romário na liderança, com 31%, e Alessandro Molon (PSB, foto) em segundo, com 12%, foi motivo de reclamações dos petistas. Eles calculam que, se não fosse a candidatura de Molon, André Ceciliano (PT) estaria em melhor situação.
… que lute
Ceciliano aparece com 6%, metade das intenções de Molon, com um crescimento de três pontos em relação à pesquisa anterior. Só tem probleminha: Molon está na frente de Ceciliano. Logo, os socialistas consideram que se alguém precisa desistir, que seja o petista.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/02/interna_politica,372963/brasilia-df.shtml)
Cá entre nós, entre os 3 candidatos, melhor mesmo é o Romário, “não é peixe”!
. . .”Há, portanto, no Brasil, dois países distintos, um representado pelo Estado e seus dirigentes de um lado e a população, sobretudo a de baixa renda, de outro lado.”. . .
“Teatro do absurdo”
(Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 02/09/22)
Por certo, num futuro próximo, as primeiras duas décadas que marcam o início do século 21 merecerão, por parte dos historiadores brasileiros, um estudo metodológico aprofundado, capaz de elucidar e lançar luzes sobre todo esse período tumultuado e contraditório na vida do país e dos cidadãos.
A tarefa que esperam esses estudiosos é árdua, imensa e necessária para que as futuras gerações possam entender toda a complexidade desse período, situando o Brasil não apenas dentro de seus contextos e paradigmas internos, mas compreendendo também as transformações que marcaram a história da humanidade nesse tempo e seus reflexos internos. Tomando, talvez, como ponto de partida, a queda emblemática do Muro de Berlim, o fim da primeira fase da Guerra Fria, assim como a redemocratização de países como Portugal, Espanha e o próprio Brasil, os estudiosos terão um longo caminho a percorrer para consolidar vários tomos que mostrarão a riqueza de transformações ocorridas nessa fase histórica para o planeta, para nosso continente, num trabalho vital para o entendimento do Brasil atual.
A importância desse estudo histórico é que ele dará às novas gerações um norte a seguir, aprendendo com os erros e acertos do passado, de modo a tornar a marcha de nossa espécie sobre a Terra um movimento rumo à humanização plena. No caso particular do nosso país, as mudanças, iniciadas com o fim natural do ciclo militar, e a volta dos civis ao poder, mais do que desenhavam as esperanças de transformação, parecem prosseguir aos solavancos, entre fases de tumultos e improvisações, num ritmo de desacertos que tem levado à uma sequência de instabilidades institucionais, econômicas e sociais.
A voracidade com que civis, aqui representados pela classe política, os burocratas e tecnocratas, foram para cima da máquina do Estado, assenhorando-se das instituições e fazendo delas uma fortaleza para si e para os seus próximos, ocasionou a ruptura atual e mesmo o divórcio litigioso entre o governo e a população.
Há, portanto, no Brasil, dois países distintos, um representado pelo Estado e seus dirigentes de um lado e a população, sobretudo a de baixa renda, de outro lado. Com isso é possível inferir que o século 21, pelo menos na sua primeira metade, ainda não lançou suas luzes sobre o Brasil.
A população em geral segue às margens de todo esse processo. Continua refém de programas assistencialistas que visam, sobretudo, torná-la refém dos senhores do Estado. Executivo, Legislativo e Judiciário entram nesse processo como senhores absolutos da máquina de um Estado portentoso, regada com bilhões de reais, graças a uma das maiores cargas tributárias do planeta. Cada um desses portentos poderes tem orçamentos bilionários próprios, distantes anos-luz da realidade nacional. É o renascimento de uma versão moderna do Leviatã, feito à moda brasileira e com todo o jeitinho e malemolência inzoneira, formando uma casta de privilegiados, que se move como verdadeiros “homens cordiais, como bem apontou o estudioso Sérgio Buarque de Holanda na obra Raízes do Brasil (1936). Trata-se de um perpetuo situacionismo a tornar imóvel uma nação à espera do dia em que o Brasil virá a ser um dos grandes do mundo. Seguimos à espera do nosso Godot.
A frase que foi pronunciada
“O Brasil é o país do futuro, mas para tanto é preciso decidir que o ‘futuro’ é amanhã. E, como bem sabem, isto significa que as decisões difíceis têm que ser tomadas hoje.” (Margaret Thatcher)
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Seja sincero
“Comício foi para gente preparada.” Crucificaram o candidato Ciro por ser sincero. Não foi lapso o que cometeu. Os candidatos devem mostrar quem são verdadeiramente. Muitos vão gostar, outros, não.
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(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/02/interna_opiniao,372962/visto-lido-e-ouvido.shtml)
A frase que circulou hoje na Capital Federal
“Se nada der certo, os Bolsonaros têm uma imobiliária para garantir o padrão de vida conquistado.” (José Paulo Dias, Guará 2, Dasabafos, CB, 02/09/22)
Blumenau é 10!
Parabéns pelos 172 anos!
(1+7+2=10)
Ein prosit!
Interessante conta. Não tinha me dado conta. Ein prosit pela sacada!
Se, hoje, eu estivesse em Blumenau, iria almoçar no Recanto Silvestre! Alô, Zilma, Alô Chico!
Convidaram São Pedro para a festa de hoje, na freguesia de São Paulo Apóstolo
Era o primeiro desfile pós pandemia
Penso que ele não foi convidado. . .portanto. . .