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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA C
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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
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34 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA C”
Outro ex presidiário no páreo
“Presidente do STJ restabelece direitos políticos de Anthony Garotinho.”
. . .
A defesa alegou que mudanças feitas pelo Congresso no ano passado na Lei de Improbidade Administrativa têm o condão de reverter a situação de Garotinho. O novo texto exige a comprovação de dolo (intenção) no ato de improbidade.
. . .
Garotinho é o terceiro político beneficiado por decisões do tipo proferidas por Martins na última semana.
Na quinta passada (7), o presidente do STJ restabeleceu os direitos políticos do vereador e ex-prefeito do Rio César Maia (PSDB), cotado para vice na chapa com Marcelo Freixo (PSB) na disputa ao governo estadual. Maia havia sido condenado na Justiça Federal em ação civil pública que questionava as contratações feitas pela Prefeitura do Rio para a construção das vias 5 e 6 de acesso à Vila Pan-Americana.
No dia anterior, Humberto Martins restabeleceu os direitos políticos do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PL), liberando-o para disputar as eleições deste ano. Arruda havia sido condenado na Operação Caixa de Pandora, deflagrada em 2009, e é pré-candidato ao governo distrital neste ano.
(Fonte: https://www.uol.com.br/eleicoes/2022/07/14/presidente-do-stj-restabelece-direitos-politicos-de-anthony-garotinho.htm)
Alguém aí duvida que no meio político o crime compensa?
Talvez, nós burros de cargas/eleitores, nunca saberemos ao certo quantos ex presidiários estarão disputando as eleições neste ano.
No entanto, um fato é concreto: a maioria deles será eleita!
BRA-SIL à espera de um milagre que o una!
E qual seria o cenário em Pindorama após essa hecatombe?
“O pior cenário de uma vitória de Lula”
(por Mario Sabino, Crusoé, 13/07/22)
Qual seria o pior cenário de uma vitória de Lula (foto) na eleição presidencial?
Aquele em que o petista se sentiria mais à vontade para dar vazão aos seus baixos instintos populistas e para atender a demandas birutas da ala mais à esquerda da organização que chefia e das suas linhas auxiliares exógenas — o pessoal que mais
se empenhou para tirá-lo da cadeia, com quem tem dívida de gratidão.
Lula ficaria mais à vontade com uma vitória no primeiro turno, evidentemente. Para qualquer governante, isso representa uma tremenda força inicial. Mas, aqui, o feito inédito na carreira do petista seria também um triunfo simbólico capaz de lhe dar um definitivo atestado de mártir da Lava Jato, a magnífica operação anticorrupção que o STF tratou de matar, enterrar e cujo terreno foi arado com sal, a fim de que nada semelhante possa vir a vicejar novamente no Brasil, para a alegria da bandidagem. Atestados de mártir costumam conferir alta imunidade política a líderes populistas, o que só é bom para eles e os seus áulicos.
Há outro elemento importante, contudo, no pior cenário de uma vitória de Lula na eleição presidencial. O de uma vitória do PT em São Paulo, o mais rico e importante estado da federação, onde o partido nasceu. A organização do chefão petista jamais conseguiu fincar a sua bandeira no Palácio dos Bandeirantes. Desde 1994, os aulistas só elegem tucanos para o governo estadual. Obter essa joia da coroa, juntamente com uma vitória em primeiro turno no plano nacional, reforçaria ainda mais Lula com dois ineditismos.
Que tal cenário, hoje possível, fosse impensável há apenas três anos, é mais uma medida da tragédia brasileira.
(Fonte: https://crusoe.uol.com.br/diario/207639-2/)
E você? Prefere o “centrão” do lula ou o “centrão” do bolsonaro?
“O novo Centrão de Lula”
(por Diogo Mainardi, O Antagonista, 14/07/22)
O chefão petista quer embarcar MDB, PSD e União Brasil
Lula está arrebanhando um novo Centrão.
Em vez de Arthur Lira, Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto, que apostaram todas as fichas no bolsonarismo, ele quer Gilberto Kassab, Simone Tebet e Luciano Bivar.
Em seu encontro com Rodrigo Pacheco, ontem à tarde, Lula disse que está “em busca do apoio formal no primeiro turno de quase toda a chamada terceira via — não só do PSD e do MDB, mas também da União Brasil”, de acordo com a Folha de S. Paulo.
“O ex-presidente afirmou ter certeza de que obterá o apoio do MDB — sob o argumento de que o PT cedeu ao partido em dez arranjos políticos estaduais sem pedir nada em troca — e que tem mantido pontes com Bivar, que, segundo ele, ‘odeia’ Bolsonaro”.
(Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/despertador/o-novo-centrao-de-lula/?utm_campaign=QUI_MANHA&utm_content=link-808503&utm_medium=email&utm_source=oa-email)
Revisitando o meu amigo Saul Alcides Sgrott, da internacionalíssima Nova Trento:
“É menos dispendioso tratar porcos gordos do que porcos magros”. . .
. . .”Podemos imaginar aqui as risadas, que esses personagens da tirania latina davam, entre baforadas de charuto, zombando da grande trapaça que aplicaram no brasileiro Lula, em nome de um socialismo que nem eles, nem ninguém mais acredita.”. . .
“Motivo de piada”
(Circe Cunha, Coluna Visto, lido e ouvido, CB, 14/07/22)
Exercitar o engenho e as artes da política, ao contrário do que pensam os vivaldinos e outros espertalhões que transformam esse importante instrumento das boas relações humanas em algo sem valia, não é para qualquer um. Exige, além de expertise nesse mister, talento, bagagem cultural e intelectual e uma boa dose de humanismo e ética. Sem esses atributos, fica-se apenas na pequena política, de olho em posições e vantagens, voltado para satisfação do próprio ego, alheio ao mundo em redor.
É desse mal que padecemos e que nos torna eternos prisioneiros de um subdesenvolvimento crônico e sem sentido. Quando essa deficiência política se estende para além dos assuntos internos e passa a abarcar também os interesses do país no campo internacional, o que se tem é a ruína completa de todo o edifício do Estado e de seu entorno. Saber que países jamais estabelecem laços de amizade e, sim, relações de interesses econômicos e estratégicos é uma das primeiras lições a serem aprendidas. Os amigos do Brasil são, em primeiríssimo lugar, os brasileiros e os que chegaram com suas famílias para começar uma vida nova e ficaram aqui para somar. De resto, o que se tem são interesses, inclusive os mais inconfessáveis. Acreditar, como fez o atual governo de que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump era seu amigo particular e de seus filhos não é só um engano, como um perigo para o Brasil. Do mesmo modo, crer que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nutre laços de amizade fraternal e de apreço pelo atual governo e pelos brasileiros é de uma ingenuidade sem par.
Putin tem tanta simpatia e amizade pelo atual governo e o Brasil como teve com a Ucrânia, que invadiu e vem destruindo, tijolo por tijolo, matando civis e riscando do mapa aquele país, outrora uma nação independente. Observem que nesse caso, assim como os russos, os ucranianos tinham, com o invasor, uma história comum e até laços consanguíneos. Nada disso prevaleceu.
Encontrar vantagens em preços de fertilizantes NPK, como nitrogenados, fosfatados e potássicos, que o Brasil passou a importar da Rússia ou a compra de diesel, como vem sendo negociado agora, é um passo no escuro, como têm alertado aqueles que, realmente, entendem do xadrez das relações internacionais.
Comercializar abertamente com um país que está na mira do mundo por seu procedimento arrivista e bélico e que pode, na sequência, levar toda a Europa e o planeta para uma guerra sem precedentes, é outra demonstração de um infantilismo político e perigoso. Burlar as sanções justas contra a Rússia é se colocar ao lado do agressor e contra as demais nações democráticas, assumindo o lado errado da história.
Com o ex-presidente e agora candidato Lula, ocorriam os mesmos erros na condução da política externa. Também o demiurgo de Garanhuns acreditava ser o rei da cocada preta. Suas amizades com os espertos irmãos Castros, com Evo Morales, Hugo Chaves e outros ditadores da América Latina, a quem chamava de “irmãos” custou bilhões de reais aos contribuintes brasileiros, que deles só obtiveram o calote, puro e simples. Podemos imaginar aqui as risadas, que esses personagens da tirania latina davam, entre baforadas de charuto, zombando da grande trapaça que aplicaram no brasileiro Lula, em nome de um socialismo que nem eles, nem ninguém mais acredita.
Não fosse pela alternância de poder e outros atropelos como o impeachment contra Dilma, esses falsos camaradas de chanchadas, metidos em seus uniformes militares de fantasia, teriam levado até as cuecas dos brasileiros, tudo em nome do socialismo do século 21.
A frase que foi pronunciada
“Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e oficial, em uma palavra, opressores e oprimidos, estavam em constante oposição um ao outro, travavam uma luta ininterrupta, ora oculta, ora aberta, que cada vez terminava, ou na reconstituição revolucionária da sociedade em geral, ou na ruína comum das classes em conflito.” (Karl Marx, em O Manifesto Comunista)
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/07/14/interna_opiniao,370754/visto-lido-e-ouvido.shtml)
E o piNçador Matutildo, piNçou:
“Não fosse pela alternância de poder e outros atropelos como o impeachment contra Dilma, esses falsos camaradas de chanchadas, metidos em seus uniformes militares de fantasia, teriam levado até as cuecas dos brasileiros, tudo em nome do socialismo do século 21.”
Portanto, foi desfeito o sonho dos vermelhóides esquerdopatas. . .
Lamentavelmente, muitos estão determinados à retomá-lo!
Até, replico, até nós burros de cargas/eleitores, com salário mensal de R$ 1.941,00 pagaremos , pasmem, Imposto de Renda em 2023
. . .”Para sustentar todo esse apetite, uma das formas encontradas pelo Estado para fazer caixa é não corrigindo a tabela do Imposto do Renda. Com isso, trabalhadores que ganham a partir de um salário mínimo e meio (R$ 1.941) serão garfados pela Receita Federal no ano que vem.”. . .
“Orçamento longe do povo”
(Visão do Correio (Braziliense), CB, 14/07/22)
Não é por acaso que a atuação do Congresso sofre sérios questionamentos por parcela da população, o que compromete sua imagem. Grande parte das decisões tomadas por deputados e senadores pouco contribui para o bem-estar dos cidadãos, sobretudo os mais pobres. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, aprovada na terça-feira, não foge à regra. Os senhores parlamentares garantiram R$ 19 bilhões em emendas secretas, dinheiro que se tornou fundamental para a negociação política por parte do governo.
Essa montanha de verbas públicas deveria ser destinada prioritariamente a projetos mais nobres, como a redução da miséria, agravada pela pandemia do novo coronavírus, e a melhoria da educação e da saúde no país. Numa conta simples, os R$ 19 bilhões que serão distribuídos são suficientes para incluir mais 2 milhões de famílias no Auxílio Brasil e garantir a elas um benefício de R$ 600 ao longo de 16 meses.
Além do Orçamento secreto, deputados e senadores terão direito a movimentar outros bilhões em emendas individuais e de bancadas. Com a chegada das eleições, os partidos receberão, ainda, dos cofres do Tesouro Nacional, R$ 4,9 bilhões que irrigarão o Fundo Eleitoral. Para sustentar todo esse apetite, uma das formas encontradas pelo Estado para fazer caixa é não corrigindo a tabela do Imposto do Renda. Com isso, trabalhadores que ganham a partir de um salário mínimo e meio (R$ 1.941) serão garfados pela Receita Federal no ano que vem.
O mais preocupante para os brasileiros é que, faltando menos de três meses para as eleições, não há perspectivas de renovação no Congresso que tomará posse em 2023. Pelo contrário, com todas as amarras construídas pelos chefes de partidos, em especial, os do fisiológico Centrão, infelizmente, os eleitores tenderão a cair na armadilha e eleger representantes ainda mais descompromissados com a ética e boa política. Não só: o conservadorismo tenderá a aumentar, colocando em risco conquistas importantes para a sociedade.
Em tese, deputados e senadores são representantes do povo. Mas temos visto decisões legislativas voltadas principalmente para os próprios interesses da classe política. Mesmo quando vendem a imagem de que estão trabalhando pelos menos favorecidos, como no caso da PEC Eleitoral, que aumenta o Auxílio Brasil para R$ 600, na verdade, só estão preocupados em garantir mais um mandato para continuar legislando em prol dos interesses de uma velha estrutura.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/opiniao/capa_opiniao/)
E o pior: NÃO TEMOS À QUEM RECORRER!
Se levarmos em conta a frase atribuída ao Millôr Fernandes (acima replicada):
“O desespero eu aguento. O que me apavora é essa esperança”,
então, o jeito é aguentar o desespero, pois sem esperança, não há com o que se apavorar!
BRA-SIL, sem esperança de que um milagre o una!
“Comandante da vitória”
(por Cláudio Humberto, DP, 14/07/22)
Tem nome e sobrenome aquele que pegou o touro a unha e levou a Câmara dos Deputados a uma das votações mais expressivas da História, aprovando a PEC por 469 a 17: seu presidente, Arthur Lira.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/aprovacao-da-pec-e-vitoria-expressiva-na-camara)
Também, pudera! É o único que tem a chave do cofre da viúva!
E para sustentar essa inovadora forma de “governar”, os burros de cargas/eleitores com salários de R$ 1.941,00 pagarão Imposto de Renda!
. . .”Orçamento secreto aluga centrão, seduz oposição, ainda libera e esconde o ladrão”. . .
“Corrupção bolsonarista, capítulo 5”
(por Conrado Hübner Mendes, FSP, 13/07/22)
Gilmar Mendes foi entusiasta da Lava Jato. Dizia na Fiesp que a operação teria descoberto “modelo de governança corrupta” e, “felizmente para o Brasil”, “estragou tudo”. Os missionários de Curitiba teriam desvendado a “cleptocracia”.
Após o impeachment, Gilmar trocou de lado e inverteu o alvo de xingamentos e liminares. A virada lhe rendeu título de trincheira do Estado de Direito, honraria graciosa dada pela advocacia também a Augusto Aras, outro ícone da “descriminalização da política”.
Artur Lira e Rodrigo Pacheco, presidentes da Câmara e do Senado, construíram um magistral “modelo de governança corrupta”. Dessa vez, secreto.
plenário em foto aberta, com poucos parlamentares presentes e muitas cadeiras vazias. Nas laterais, placares de votação
Plenário da Câmara em sessão conjunta do Congresso – Roque de Sá-11.jul.22/Agência Senado
O segredo abre múltiplos túneis escuros de corrupção, além de reconfigurar, de modo inconstitucional, antirrepublicano e antidemocrático, a separação de Poderes, o jogo federativo e a competição eleitoral. Os adjetivos soam hiperbólicos. Mais hiperbólico é esse tatuzão.
Remodelou a relação entre Executivo e Legislativo, entre presidente da República e presidentes das Casas do Congresso; e também entre parlamentares e governos locais. E a possibilidade de lucrar com isso sem prestar contas e curtir a anonimidade.
O orçamento secreto é capítulo central da corrupção bolsonarista. Criou laço de reciprocidade e mútua dependência entre a parcela mais venal e parasitária da política brasileira e Jair Bolsonaro.
Estrutura uma permuta: para evitar impeachment, delinquir sem consequência e disputar reeleição ameaçando ignorar as urnas, parlamentares do centrão recebem poderes como nunca para negociar recursos pelas prefeituras do país, garantir sua reeleição e com liberdade de colocar recurso no próprio bolso.
Reportagens impressionantes de Breno Pires, no Estadão e na Piauí, a partir de 2021, radiografaram o mecanismo: Lira e Pacheco, empoderados, negociam apoio com cada parlamentar e premiam os disciplinados com quantias não sabidas.
Com esses recursos, o parlamentar pode bater à porta, por exemplo, de prefeituras e oferecer recursos em troca de contrapartidas. Entre as contrapartidas, às vezes, está a chamada “volta”, ou seja, o retorno de parte do dinheiro para o bolso do parlamentar.
O último texto de Breno Pires descreveu remessas recordes de dinheiro para municípios minúsculos do Maranhão, onde se falsificam consultas e exames no setor de saúde. Depois do escândalo dos tratores, das máquinas agrícolas e dos fundos de educação, é urgente aprofundar investigação do que se passa no SUS.
O STF foi chamado a intervir nessa turbina nuclear do clientelismo. Cobrou transparência. Suas ordens continuam ignoradas. O Congresso simula obediência pela publicação de planilhas obscuras que não revelam valores destinados a “usuários externos”. E esses usuários desconhecidos levam parte significativa dos recursos secretos.
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/07/corrupcao-bolsonarista-capitulo-5.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)
. . .”Dados colhidos pelo telescópio James Webb permitem que cientistas cheguem a detalhes nunca percebidos do cosmo. Nasa divulga mais quatro imagens inéditas”. . .
“O Universo jamais visto”
(por Paloma Oliveto, Caderno Ciência, CB, 13/07/22)
Do ponto de vista científico, elas não trouxeram grandes novidades. Mas as quatro imagens divulgadas ontem pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) revelam um Universo como nunca se viu. Cuidadosamente escolhidas por um comitê de cientistas, as fotos dão uma pequena amostra do que o mais potente telescópio espacial da história tem a revelar. O James Webb “clicou” objetos já conhecidos, permitindo comparar as informações com as obtidas anteriormente por outros instrumentos.
“Cada imagem é uma nova descoberta”, declarou, durante a apresentação, o diretor da Nasa, Bill Nelson. “Cada uma dará à humanidade uma visão do Universo que nunca vimos antes.” No dia anterior, a agência divulgou a imagem inédita de galáxias formadas muito pouco tempo depois do Big Bang, há quase 14 bilhões de anos. Coube ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a honra de revelá-la ao mundo. Ontem, em um evento transmitido em tempo real pela internet, Nelson mostrou as quatro fotos restantes. Duas nebulosas, um exoplaneta e um aglomerado de galáxias.
A 7,6 mil anos-luz da Terra, a nebulosa de Eta Carina foi escolhida para demonstrar o processo de formação estelar. Já a nebulosa do Anel do Sul dá uma boa mostra do que ocorrerá com o Sol daqui a bilhões de anos: trata-se de uma enorme nuvem gasosa ao redor de uma estrela moribunda. O agrupamento Quinteto de Stephen, a 290 milhões de anos-luz de distância, ilustra a interação entre diferentes galáxias. Por fim, a imagem do exoplaneta Wasp-96 não é propriamente uma fotografia: ela demonstra a capacidade do James Webb de identificar, pela técnica da espectroscopia, a composição química de um objeto distante.
Se as imagens coloridas e repletas de detalhes impressionam os leigos, a verdade é que, da forma como foram apresentadas, elas têm pouca serventia científica. “Para o cientista, não é isso que importa. Estamos interessados em informações como a concentração de elementos químicos, a temperatura de um objeto etc. É como um grande mapa: você clica nos detalhes e ele dá informações sobre aquela localidade”, compara o astrônomo e comunicador científico Naelton Mendes de Araújo, da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro.
Códigos decifrados
As fotos, aliás, não são bem como se imagina. “Não são fotos como se faz com o celular”, esclarece o astrônomo. O que o James Webb capta são dados, enviados em forma de códigos e, então, decifrados por computadores. As cores também são ilustrativas, acrescentadas pelos cientistas. Afinal, o supertelescópio não enxerga a luz visível. Ele vê bem além disso, no infravermelho.
Pode parecer decepcionante mas, na verdade, essa é a grande vantagem do equipamento de US$10 bilhões: as abundantes camadas de poeira e gás que, até agora, escondiam objetos celestiais, são penetradas pelo instrumento óptico. O James Webb enxerga o que ninguém jamais viu. Com isso, a expectativa é de que ele seja um marco na astrofísica, ajudando a confirmar ou derrubar teorias, a decifrar a composição de planetas e galáxias distantes e, potencialmente, a revelar objetos novos para a humanidade. “Ele permite olhar cada vez mais longe, e o passado cada vez mais distante”, resume Naelton Mendes de Araújo.
O James Webb foi lançado há seis meses da Guiana Francesa. Ele é fruto de um projeto de colaboração internacional, iniciado na década de 1990. O supertelescópio está a 1,5 milhão de quilômetros da Terra. “Com ele, podemos ver mais longe do que nunca, podemos ver mais que nunca, podemos estar mais perto do nosso próprio berço no Universo”, comentou o brasileiro Paulo de Souza Júnior, ex-colaborador da Nasa e atual reitor de pesquisa da Griffith Sciences, na Austrália.
“Cada uma dará à humanidade uma visão do Universo que nunca vimos antes” (Bill Nelson, diretor da Nasa)
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/ciencia/capa_ciencia/)
“Quem foi James Webb, que dá nome ao telescópio da Nasa”
Ferrenho defensor da ciência espacial, chefe da agência espacial americana nos anos 1960 também foi alvo de suspeitas de homofobia.
(+em: https://www.terra.com.br/byte/ciencia/quem-foi-james-webb-que-da-nome-ao-telescopio-da-nasa,ba1bc57b8bcaf8cc506e234d0ea086090vfp4ys6.html)
. . .”Muita gente alerta para o risco de uma ruptura institucional. Essa gente deve estar em outro país, porque rupturas institucionais estão ocorrendo na cara de todos nós”. . .
“Os complacentes”
(por Alexandre Garcia, Polítcia, CB, 13/07/22)
O trágico incidente em Foz do Iguaçu mostra o quanto os ânimos estão acirrados por causa da eleição de outubro. Muita gente alerta para o risco de uma ruptura institucional. Essa gente deve estar em outro país, porque rupturas institucionais estão ocorrendo na cara de todos nós. A primeira foi em 31 de agosto de 2016, quando a presidente foi condenada, mas não respeitaram o parágrafo único do art. 52 da Constituição, pelo qual presidente condenado fica inabilitado de exercer função pública por oito anos. Presidia a sessão de julgamento no Senado o próprio Presidente do Supremo, Tribunal guardião da Constituição. Depois disso, infringiram até cláusulas pétreas do art. 5º, em que direitos e garantias fundamentais foram cancelados, a despeito de o art. 60 proibir sua abolição.
Além disso, o art.53, da inviolabilidade de senadores e deputados por quaisquer palavras, foi ignorado, assim como o art. 220, que trata da liberdade de expressão por qualquer processo e a vedação da censura. E, culminando, veio o “inquérito do fim do mundo”, assim chamado pelo dissidente ministro Marco Aurélio. Um inquérito que deixa perplexo quem pensa que é pedra de toque do direito o devido processo legal. No inquérito, quem se considera vítima ou ofendido é quem investiga, denuncia, julga e pune, seja quem for, mesmo sem ter foro no Supremo. Tudo isso sem falar nas intromissões em outros poderes, como mandar o Senado abrir CPI ou proibir o chefe de Governo de nomear um subordinado.
Assim, preocupar-se com ruptura futura é passar recibo de alienação da realidade. E quem não fica preocupado com isso, age como o personagem do poema de Milton Niemöller, que relata que um dia levaram seu vizinho judeu, no outro seu vizinho comunista, depois, seu vizinho católico e ele não se importou por não ser judeu, comunista e católico. No quarto dia o levaram e já não havia ninguém para reclamar. Tem gente que até torceu para levarem seus contrários, mas veja o que escreveu Eduardo Alves da Costa, in No caminho, com Maiakovsky. Primeiro roubam nossa flor e nada dizemos, depois, pisam no nosso jardim e matam nosso cão e não dizemos nada. Depois, o mais frágil deles entra em nossa casa, rouba-nos a luz e “conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta e já não podemos dizer nada”.
Enquanto for com os outros, silêncio. Mas esse silêncio cúmplice também é um silêncio do suicídio de nossos direitos e liberdades. Está tudo posto na mesa; já aconteceu, já pisaram nas nossas flores, já levaram nosso vizinho. Poucas vozes gritam no Senado, onde se ouve o silêncio da omissão. O ativismo judicial se expande ante o passivismo de senadores, nos quais o medo arranca a voz da garganta. No crime de estupro, a medicina legal estuda o hímen complacente. O Ministério Público, fiscal da lei, nada diz; falam alguns professores de direito, alguns juristas, e são raríssimas as denúncias pela mídia. No Brasil de hoje, o estupro da Constituição é admitido por mentes complacentes.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/07/13/interna_politica,370742/alexandre-garcia.shtml)
Rutura? Estamos na pós ruptura
PEC “CALA A BOCA ESQUERDINHA DE BOSTA”
Aprovada no 2º turno:
469 favoráveis
17 contrários
De boca calada a esquerdinha de bosta votou conforme o capitão zero zero ordenou!
Vão para CUbabacas!
Alguém aí duvida que o famigerado “orçamento secreto” veio para ficar?
. . .”É um mecanismo de blindagem para quem já tem mandato, contra os pretendentes de seus próprios partidos que não controlam esses recursos, na negociação do apoio de prefeitos, vereadores e deputados estaduais.”. . .
““Orçamento secreto” é moeda de troca eleitoral”
(por Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 13/07/22)
O Congresso aprovou, ontem, a Lei Orçamentária de 2023, com a manutenção da regra que mantém o chamado “orçamento secreto”, um conjunto de emendas negociadas entre os parlamentares e o relator do Orçamento da União sem que os responsáveis pela sua indicação sejam revelados, inclusive no caso desses recursos serem remanejados. O relator da Lei Orçamentária, senador Marcos Do Val (Podemos-ES), retirou do texto o caráter impositivo das emendas e criou um mecanismo para que os autores secretos das emendas possam remanejá-las sem que seus nomes, destinação e valor sejam revelados. A nova lei também aumenta o poder do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a distribuição desses recursos entre os deputados. No Senado, acontece a mesma coisa com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Neste ano, o montante do “orçamento secreto” foi de R$ 16 bilhões, que estão sendo controlados pelo Centrão e são utilizados como moeda de troca nos arranjos eleitorais regionais. Nos bastidores, há relatos de que emendas bilionárias são oferecidas a candidatos para que retirem candidaturas majoritárias e a lideranças de partidos para que façam coligações. Os líderes de bancada que dão sustentação a Lira aproveitam as emendas para aumentar o controle sobre suas bancadas e a sua própria influência nos respectivos partidos.
As emendas do relator prevista para o Orçamento de 2023, cujo montante chega a R$ 19 bilhões, já são moeda de troca na eleição da nova Mesa da Câmara, na próxima legislatura. Lira se movimenta como candidato à reeleição em 2023; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como bom mineiro, ainda não abriu o jogo. No momento, as emendas do relator são uma dor de cabeça para o senador mineiro, por causa de um “sincericídio” do senador Do Val, que admitiu ter recebido R$ 50 milhões em emendas, que destinou ao seu estado, por ter votado a favor da eleição de Pacheco, por influência do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil).
A oposição tentou impedir a aprovação da medida, por considerar que o texto amplia o sigilo do “orçamento secreto”. Votaram contra a pedida 110 deputados de PT, PSB, PCdoB, PSol, Rede e Novo. Em 2020 e 2021, apenas 1,8% de todo o recurso destinado às emendas de relator foi de autoria da oposição.
O “orçamento secreto” desequilibra o jogo entre o Centrão e a oposição, que acaba isolada, porque os recursos estão sendo diretamente destinados às bases eleitorais dos parlamentares que fizeram as indicações. É um mecanismo de blindagem para quem já tem mandato, contra os pretendentes de seus próprios partidos que não controlam esses recursos, na negociação do apoio de prefeitos, vereadores e deputados estaduais. Do ponto de vista da legislação eleitoral, é uma excrescência, porque significa a volta ao clientelismo, quiçá à formação de caixa dois eleitoral.
Fundo eleitoral
Esse desequilíbrio é ainda maior porque o fundo eleitoral somente começará a ser distribuído quando tiver início a campanha eleitoral oficialmente. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio da Portaria nº 579/2022, determinou o valor a que cada partido político terá direito na distribuição dos R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). É a maior soma de recursos já destinada ao Fundo desde a criação, em 2017, e foi distribuído entre os 32 partidos políticos registrados no TSE com base em critérios específicos. O Partido Novo (Novo) renunciou ao repasse dos valores, sua cota será revertida ao Tesouro Nacional.
O União Brasil, resultante da fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL), receberá o maior montante, com mais de R$ 782 milhões. Em seguida, estão o Partido dos Trabalhadores (PT), com pouco mais de R$ 503 milhões; o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com R$ 363 milhões; o Partido Social Democrático (PSD), com R$ 349 milhões; e o Progressistas, com aproximadamente R$ 344 milhões. Juntas, essas cinco legendas respondem por 47,24% dos recursos distribuídos.
Os recursos do Fundo Eleitoral ficarão à disposição do partido político somente depois de a sigla definir critérios para a distribuição dos valores. Esses critérios devem ser aprovados pela maioria absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional e precisam ser divulgados publicamente. As federações partidárias são tratadas como um só partido também no que diz respeito ao repasse e à gestão dos recursos públicos destinados ao financiamento das campanhas eleitorais. Três federações partidárias estão aptas a participar das eleições gerais de outubro: Federação PSDB Cidadania, integrada pelo Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB) e pelo Cidadania; Federação PSol Rede, que reúne o Partido Socialismo e Liberdade (PSol) e a Rede Sustentabilidade; e Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), integrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV).
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/07/13/interna_politica,370724/nas-entrelinhas.shtml)
Durma com um barulho desses. . .
“Em Brasília, Lula corre atrás do voto útil”
(Brasília-DF, CB, 13/07/22)
Em conversas com emedebistas e empresários durante a passagem por Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou claro que, ao longo do período de campanha oficial, correrá atrás daqueles que resistem à polarização e querem dar chances a outros nomes. O alvo principal é o MDB, de Simone Tebet, e o PSD, que ficará neutro na eleição presidencial — e em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, selou parceria com o ex-ministro de Infraestrutura Tarcísio de Freitas, do Republicanos, o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A investida do PT vem calcada em três palavras: “credibilidade”, porque Lula já foi presidente; “estabilidade”, porque ele se mostra disposto ao diálogo com todas as forças políticas; e “previsibilidade”, pois não pretende flertar com tentativas de golpe.
Só tem um probleminha: os empresários que conversaram de forma mais alentada com Lula não receberam do ex-presidente qualquer vislumbre de projeto econômico. E enquanto o petista não apresentar um projeto que garanta menos intervencionismo do Estado na economia, não fecharão com o PT.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/07/13/interna_politica,370719/brasilia-df.shtml)
A volta do triplex, agora em forma de balela:
1) “credibilidade”, porque Lula já foi presidente;
2) “estabilidade”, porque ele se mostra disposto ao diálogo com todas as forças políticas; e
3) “previsibilidade”, pois não pretende flertar com tentativas de golpe.
Haja cara de pau!
Ou, acabou de declarar que todos os seus eleitores sofrem de amnésia. . .
. . .“Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”. . . .
“Sem remorsos e sem intrigas”
(Circe Cunha, Coluna Visto, lido e ouvido, CB, 13/07/22)
Quase sempre incorrem em erro aqueles que em matéria de discussões e de fatos políticos buscam tirar conclusões apressadas. A ninguém é dado o condão de se colocar como juiz e árbitro, seja no que for, ainda mais quando o que está em pauta são debates acalorados, rixas e todo e qualquer acontecimento havido no mundo político.
Em assunto desse tipo, o mais acertado e sensato é se colocar no papel de espectador silente e desconfiado de tudo, até mesmo da sombra. Não há o preto no branco quando a questão é de cunho político, Tudo nesse campo possui a forma de uma densa fumaça, varrida pelo vento forte. O político, pelo menos no nosso caso, parafraseando o poeta português Fernando Pessoa, é um fingidor.
Finge tão completamente que chega a fingir que é verdade a mentira que lhe escapa por entre os dentes. Não é por outra que o também escritor realista português, Eça de Queiroz dizia com propriedade: “ Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”. Ao contrário dos animais domésticos, não se deve adotar político de estimação. Melhor é ficar longe deles, mantendo-o sempre ao alcance da vista.
A situação de antagonismos e de violência vem num crescendo desde 2002, quando o então presidente Lula passou a dividir o Brasil em duas bandas opostas denominadas “nós e eles”. Depois dessa estratégica e metodológica de cizânia política que grande parte dos brasileiros, alijada do que seria o “nós”, buscou alternativas para não ficar politicamente órfã, principalmente após tudo a que assistiu.
Foi nesse ponto que boa parte da população passou a perceber que todos os valores que mais prezava, como família, ética, propriedade e diversas outras, tão caras e universais à dignidade humana, estavam simplesmente sendo solapadas a partir de seus alicerces, num processo perverso de corrosão social, que visava apenas ao advento do caos e deste para a consolidação de uma ditadura do proletariado, conforme pregado nos longínquos anos 1960 do século passado.
O que se vê hoje em forma de fezes lançadas do céu, bombas de lamas, assassinatos e outras sandices vem na esteira que diz: semear ventos e colher tempestades. Lula de fato acabou trombando com um adversário tão radical quanto ele próprio. Deu no deu. O curioso é que ainda vemos entre nós, a razia vazia das ideologias, como se elas fossem a ponte segura para atravessar a história do país. Como dizia o filósofo Millôr: “As ideologias quando ficam bem velhinhas vêm morar no Brasil”. O fato é que o leitor e, principalmente o eleitor, que lê essa coluna desde sua fundação em 1960, pôde perceber que ao longo de todas essas décadas, nunca nos guiamos por arautos da política, sejam eles de que cores forem. Do mesmo modo, nunca nos deixamos iludir por falações e outras verborreicas regurgitadas a esmo. Usamos o cérebro e o sub produto deste que é a razão para guiarmos e enxergar o caminho a seguir.
Num jogo de boliche, o que permite a bola derrubar todos os pinos numa única jogada é, além do fato dela possuir um desenho perfeitamente geométrico e sem arestas, ser lançada com precisão e força bem no centro desses pinos, dispersando-os igualmente para a esquerda e direita, não deixando nenhum de pé. Assim, pensamos nós, deve ser a imprensa, oposição centrada, capaz de atingir, indistintamente, um lado e outro. Sem remorsos e sem intrigas.
A frase que foi pronunciada
“O desespero eu aguento. O que me apavora é essa esperança.”(Millôr Fernandes)
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/07/13/interna_opiniao,370708/visto-lido-e-ouvido.shtml)
“Dia do Rock: 10 biografias de roqueiros que quebraram paradigmas da música”
(por Zé Enrico Teixeira, Splash/UOL, 13/07/22
“Desde 1987, comemora-se no Brasil, em 13 de julho, o ‘Dia Mundial do Rock’. A data foi escolhida em homenagem ao festival Live Aid, que ocorreu simultaneamente em Londres e na Filadélfia, nos EUA, em 1985.”. . .
(+em: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/07/13/dia-do-rock-10-biografias-de-roqueiros-que-quebraram-paradigmas.htm)
Nenhum dos 3 gênios que integram a banda canadense RUSH foram citados na matéria. Porém. . .
. . .”E os humildes devem herdar a Terra”. . .
Ouça/veja 2112 em:
https://www.youtube.com/watch?v=kWCVIb_ku_Y
E conheça + em:
https://igormiranda.com.br/2021/04/rush-2112-significado/
Feliz dia do Rock!
+ 1 marinheiro de primeira viagem que ouviu o canto das sereias & + 1 ex presidiário disputando eleições!
“União Brasil descarta Ruguffe e abre crise no DF”
(da Coluna do Cláudio Humberto, hoje no DP)
Com a pré-candidatura liberada por decisão do presidente do STJ, o ex-governador José Roberto Arruda já inviabilizou um adversário, o senador Reguffe. Ele ontem acusou o próprio partido, União Brasil, de trocar sua candidatura pela vaga de vice do político preso na Operação Caixa de Pandora, que investigou corrupção em sua gestão. Reguffe acusou a articulação de “forças ocultas” e ameaçou deixar a política. O presidente do partido no DF, Manoel Arruda, é o favorito para ser vice.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/oposicao-grita-contra-pec-mas-vota-a-favor)
O Reguffe não conheceu a máxima: macaco que de galho em galho muito pula, leva chumbo!
Ou desiste da política, ou concorre a Dep. Fed. puxando votos para o União Bra$il, que o traiu. . .
PEC “CALA A BOA ESQUERDINHA DE BOSTA”
“Oposição grita contra PEC, mas vota a favor”
(por André Brito, Coluna do Cláudio Humberto, DP, 13/07/22)
Parlamentares de oposição passaram vergonha, ontem, na Câmara dos Deputados, ocupando os holofotes com críticas à PEC dos benefícios sociais, ataques ao governo Bolsonaro e acusações de “uso eleitoreiro” do Auxílio Brasil, do vale-gás, dos vouchers para caminhoneiros, taxistas etc. Mas, na hora agá, votaram favoravelmente à expansão dos benefícios: a goleada foi de 393 votos a 14.
Hipocrisia é assim
A líder do PSOL, deputada Sâmia Bonfim (SP), acusou a PEC de ser eleitoreira, criticou o governo e o presidente. E orientou “voto sim”.
Lavada
A PEC mais apelidada da História (“bondades, “camicase” etc) recebeu apoio maior que o impeachment de Dilma, derrubada com 367 votos.
Hipocrisia exposta
A deputada Aline Sleutjes (Pros-PR) ironizou a atitude da oposição de criticar Bolsonaro, obstruir, protelar, criticar… e depois pedir voto sim.
Pagando mico
Segundos antes da aprovação acachapante, Orlando Silva (PCdoB-SP) pagou mico, acusando os governistas de “não terem voto pra aprovar”.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/oposicao-grita-contra-pec-mas-vota-a-favor)
Não por acaso, o maldito sapo-barbudo coaxava desesperadamente em evento realizado ontem em Brasília, senha para uma espécie de extrema unção na esquerdinha de bosta!
Quem o viu na foto, simplesmente exclamou: “ui, ui, ui”. . .
OOOps. . .o nome adequado da PEC é “CALA A BOCA ESQUERDINHA DE BOSTA!” e vote conforme o capitão zero zero ordenou. Senão. . .
A PEC “CALA A BOCA ESQUERDINHA DE BOSTA” foi aprovada por 393 a 14 no 1º turno.
Os Deputados Federais catarinenses, assim votaram:
SIM
01. Carlos Chiodini (MDB-SC)
02. Carmen Zanotto (Cidadania-SC)
03. Caroline de Toni (PL-SC)
04. Coronel Armando (PL-SC)
05. Daniel Freitas (PL-SC)
06. Darci de Matos (PSD-SC)
07. Fabio Schiochet (União Brasil-SC)
08. Geovania de Sá (PSDB-SC)
09. Hélio Costa (PSD-SC)
10. Pedro Uczai (PT-SC)
11. Ricardo Guidi (PSD-SC)
12. Rodrigo Coelho (Podemos-SC)
13. Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC)
NÃO
14. Gilson Marques (Novo-SC)
NÃO VOTOU
15. Celso Maldaner (MDB-SC)
Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/07/12/pec-dos-auxilios-como-votaram-deputados.htm
E o atento Matutildo, atentou:
1) O jurássico PeTralha Pedro Uczai, esquerdinha de bosta, votou “sim”, para ficar bem na foto com o seu gado.
2) A matéria de onde extraí os dados acima, não faz referência à Ângela Amin.
Já no portal “Poder 360”, temos que, Ângela Amin, votou “Sim”
(Fonte: https://www.poder360.com.br/congresso/saiba-como-foi-o-voto-de-cada-deputado-na-pec-do-auxilio-emergencial/)
Coincidentemente, coincidente
“Avanço do PCC em Portugal coloca a Polícia Judiciária lusitana em alerta.”
(por Josmar Jozino, Colunista do UO, 12/07/22)
Reportagem publicada domingo (10) no “Expresso”, de Portugal, e assinada pelo jornalista Hugo Franco, informa que as autoridades policiais e judiciárias lusitanas estão preocupadas com a atuação e o avanço do PCC (Primeiro Comando da Capital) naquele país….
(+em: https://noticias.uol.com.br/colunas/josmar-jozino/2022/07/12/avanco-do-pcc-em-portugal-coloca-a-policia-judiciaria-lusitana-em-alerta.htm0
Huuummm. . . estranhamente o gajo da geringonça (presidente lusitano) encontrou-se recentemente com o ex presidiário lula, chefe da quadrilha PeTralha, cujo partido é tido como o braço político do PCC.
De novo o velho dilema: aclive ou declive? Depende do ponto de vista!
“Pergunta no Código Penal”
(por Cláudio Humberto, DP, 12/07/22)
“Se o anestesista for petista ou bolsonarista vale como atenuante ou agravante?”
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/gasolina-ja-caiu-11-desde-a-limitacao-do-icms)
E o categórico Matutildo, categoricamente destrincha:
Se o opinante for petista:
a) e o anestesista idem, é atenuante!
b) e se o anestesista for bolsonarista é agravante!
Se o opinante for bolsonarista:
a) e o anestesista idem, é atenuante!
b) e se o anestesista for petista é agravante!
Com a palavra, os doutos, porém correndo-se o risco:
se o douto for petista. . .
se o douto for bolsonarista. . .
BRA-SIL, à espera de um milagre que o una!
Unidos contra o eleitor/contribuinte
“Governo gostou”
(por Cláudio Humberto, DP, 12/07/22)
Ao votar a LDO, o petista Afonso Florence (BA) pediu a retirada da previsão da execução impositiva de emendas de relator (RP9), que não dependeriam de negociação. O Palácio do Planalto adorou.
“Oposição gostou”
(Idem)
Pedido petista para desobrigar a execução das emendas “secretas”, permitindo maior liberdade ao governo, em 2023, é do interesse de quem vencer as eleições presidenciais. Lula inclusive.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/gasolina-ja-caiu-11-desde-a-limitacao-do-icms)
Que tal um samba?
. . .
“Um samba pra alegrar o dia, pra zerar o jogo
Coração pegando fogo e cabeça fria
Um samba com categoria, com calma”
. . .
Já que só tem tu, vai tu mesmo!
“Biden ladeira abaixo”
(por Cláudio Humberto, DP, 12/07/22)
Com 33% de aprovação, incluindo quem acha seu governo razoável, Joe Biden é bem mais desaprovado que Bolsonaro, por exemplo. Mas, se os eleitores do brasileiro tendem a repetir o voto, enquanto 64% dos democratas afirmam que não reelegeriam o presidente americano.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/gasolina-ja-caiu-11-desde-a-limitacao-do-icms)
Matutando bem. . .
Tanto o eleitor estadunidense quanto o eleitor tupiniquim, na ocasião da eleição de seus respectivos atuais presidentes, adotaram a máxima: “qualquer cocôzinho de cabrito é melhor do que o adversário”!
Mau gosto não se discute!
Enquanto o infeliz de Foz do Iguaçu escolheu “lula” como tema de sua festa de aniversário, o filho zero três do capitão zero zero comemorou seus 38 anos com um bolo decorado com um revólver e suas balas.
Porém, nenhum PeTralha invadiu sua festa e roubou o revólver para vendê-lo na “boca”. Já o atirador bolsonarista paranaense. . .
“PGR rejeita intenção do PT de federalizar assassinato de petista”
(por Marcelo Rocha, FSP, 11/07/22)
A PGR (Procuradoria-Geral da República) informou que compete à Justiça estadual no Paraná a investigação sobre o assassinato do petista Marcelo Arruda pelo policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR).
. . .
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/07/pgr-rejeita-intencao-do-pt-de-federalizar-assassinato-de-petista.shtml)
Huuummm. . .
Comenta-se que a presidenta da quadrilha vai recorrer à Procuradoria do Paraguai, haja vista que Foz do Iguaçu faz divisa com a Ciudad del Este!
Simples, assim!
Enquanto “pacifistas” sugerem o prolongamento dos mandatos dos atuais mandatários, para evitar o aumento da violência na campanha eleitoral, o Matutildo sugere que as duas candidaturas sejam impugnadas, pelo bem da Democracia.
“Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor”. . .
https://www.youtube.com/watch?v=V7BaT6UKzog
Por telefone, a nova fotografia da marcha da Democracia
. . .”O petista tem 41% das intenções de voto contra 32% do presidente, segundo o Instituto FSB Pesquisa.”. . .
“Diferença entre Lula e Bolsonaro cai a 9 pontos, diz pesquisa”
(Por Robson Bonin, Radar, Veja, 11/07/22)
A nova rodada da pesquisa do Instituto FSB, divulgada nesta segunda, mostra que a diferença entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro, que já foi de 14 pontos em maio, está hoje em nove pontos percentuais de diferença. O petista tem 41% das intenções de voto contra 32% do presidente. Tanto Lula quanto Bolsonaro perderam apoios nessa rodada dentro da margem de erro de 2 pontos, o que, segundo instituto, indica estabilidade na corrida presidencial.
Com 9%, Ciro Gomes segue em terceiro tendo Simone Tebet na sequência, com 4%, e André Janones com 3%. Pablo Marçal, Felipe D’Ávila e Vera Lúcia têm 1%. Os demais candidatos não pontuam. Brancos e nulos são 2%. Os eleitores que não responderam ou não querem nenhum dos candidatos são 4%.
O levantamento foi encomendado pelo BTG Pactual. O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 8 e 10 de julho.
(Fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/radar/diferenca-entre-lula-e-bolsonaro-cai-a-9-pontos-diz-pesquisa/)
. . .”Brasil vive um niilismo político prático em que simplesmente não há em quem votar para presidente em 2022.”. . .
“Lula e Bolsonaro mostram o que temos de pior no Brasil no século 21”
(por Luiz Felipe Pondé, FSP, 10/07/22)
Vivemos no Brasil um niilismo político prático. Niilismo aqui significa crer em nada e em ninguém, perda de esperança, notas de cinismo, um ceticismo paralisante amparado na experiência histórica recente. Digo que é prático porque não é meramente uma questão teórica para especialistas.
O senso comum, pelo menos aquele que não é estúpido, militante ou parte da canalhice, vive e respira esse niilismo no seu dia a dia. Acho fofo quem acha que com a vitória do Lula haverá razões para superação desse estado de espírito.
Enfim, não há no que acreditar nem em quem investir esperança na esfera política. As possibilidades políticas são todas —pelo menos no plano dos políticos que de fato têm poder— nulas. Bem-vindos ao Brasil de 2022. O século 21 é o século do niilismo político prático brasileiro.
Quem conhece o niilismo como conceito sabe que seus desdobramentos podem ser tanto psicológicos —depressão—, sociais —cinismo institucional—, epistemológicos —não se acredita em nada nem em ninguém—, morais —corrupção em escala micro e macro. Há uma falência na crença de toda e qualquer narrativa, para o gozo dos inteligentinhos pós-modernos. A política brasileira é um salve-se quem puder e dane-se o resto.
Existem os diversos atores desse roteiro niilista. Um dos mais atuantes é o conglomerado que podemos chamar de atavismo petista no país. O PT, uma gangue reconhecida, volta ao poder com ares de salvador nacional. Os integrantes dessa gangue, e seus discípulos, deveriam acender velas para o Bolsonaro porque, graças à sua estupidez, incompetência e oportunismo, o PT deve voltar ao poder com ares de grande instituição democrática.
Esquece-se de que a desgraça que o país vive hoje se deve, em grande parte, a quase quatro mandatos do PT em Brasília. Por mais péssimo que seja o governo Bolsonaro —uma catástrofe em todos os sentidos— a derrocada do país no século 21 se deve muito aos quatro mandatos do PT. Bolsonaro destruiu a opção liberal no país, no mínimo, por mais 20 anos. Os liberais bolsonaristas são uns idiotas.
A eleição de Bolsonaro marcou mais um trauma naqueles que não se alinham à gangue. A ditadura já era um trauma suficiente —no sentido de se você não é petista você torturou presos políticos, assim como se você é branco, você foi dono de escravos, conclusões evidentemente falsas e retóricas. Com o evento Bolsonaro, a esquerda em geral poderá sinalizar suas falsas virtudes por mais uns dez anos no mínimo.
Simplesmente não há em quem votar para presidente em 2022. Ambos os candidatos representam o que há de pior no país desde o início do século 21.
Para além da eleição do primeiro mandatário da República, há também os estados. No caso específico do estado de São Paulo, com a traição do Alckmin —que se vendeu ao PT em troca dos últimos 15 minutos de oxigênio numa vida política em absoluta decadência— e o caráter infantilmente afoito do Doria, que atropelou tudo e a todos e tornou sua boa administração em São Paulo invisível para “as massas” que decidem os destinos nas democracias, estamos à beira de dar acesso aos cofres públicos de São Paulo, pela primeira vez, ao PT.
Depois do presidente do país, o governador de São Paulo é um verdadeiro vice-rei. Se a gangue puser as mãos nos cofres de São Paulo —além do de Brasília, que parece inevitável—, a gangue escoará dinheiro público para si, seus aliados, e seus projetos de eternidade de modo nunca d’antes visto neste país. Brasília e São Paulo não podem pertencer à mesma gangue —desculpe, quis dizer partido. São Paulo é rico demais para ficar nas mãos do crime político organizado.
Mas o niilismo político prático brasileiro não fica apenas nas duas gangues executivas —PT e bolsonaristas batedores de carteiras—, o fenômeno se alastra pelo Legislativo. Uma corja de répteis à procura de verbas para seus currais eleitorais servirá ao soberano da vez, sem nenhum pudor. O Judiciário prende e solta quem quiser ao sabor de sua enorme vaidade e suas tecnicidades opacas aos mortais. Quo vadis Brasil?
(fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2022/07/lula-e-bolsonaro-mostram-o-que-temos-de-pior-no-brasil-no-seculo-21.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)
E o piNçador Matutildo, piNçou:
“Por mais péssimo que seja o governo Bolsonaro – uma catástrofe em todos os sentidos – a derrocada do país no século 21 se deve muito aos quatro mandatos do PT.”
. . .e recomendou:
“Que tal um samba?”
“. . .Para espantar o tempo feio/Para remediar o estrago/Que tal um trago?/Um desafogo, um devaneio. . .”
Nesta idade, só devaneios…
Em editorial, o Estadão diz que o perigo de ruptura da ordem constitucional não é exclusividade de Bolsonaro e está sendo construído com ajuda da oposição.
“Não é apenas o bolsonarismo que faz troça da Constituição”
(Redação O Antagonista, 10/07/22)
O Estadão, em editorial, diz que o risco de uma ruptura da ordem constitucional pelo presidente Jair Bolsonaro está sendo construído com ajuda da oposição. Como exemplos, o jornal cita a tramitação da PEC Kamikaze e as manobras para atrasar a instalação da CPI do MEC.
“A oposição, que deveria ser resistência contra o autoritarismo de Jair Bolsonaro, tem feito um duvidoso e perigosíssimo cálculo eleitoral, em vez de defender com valentia a Constituição. Há uma tolerância com o intolerável. A tramitação da PEC 1/2022 escancarou um problema atual muito grave. Não é apenas o bolsonarismo que, para tentar permanecer no poder, faz troça da Constituição. Os partidos de oposição também estão operando dentro de uma lógica antirrepublicana e antidemocrática.”
Sobre a CPI do MEC, que deverá ser instalada apenas depois do período eleitoral, o jornal afirma:
“A CPI do MEC não traz riscos eleitorais apenas para Jair Bolsonaro, pois as suspeitas de mau uso de dinheiro público na educação envolvem diretamente pessoas ligadas ao Centrão. O orçamento secreto não beneficia apenas aliados públicos do bolsonarismo – sabe-se que parlamentares da oposição também foram agraciados com verbas para seus redutos eleitorais sem transparência, sem critérios objetivos e sem controle. Por fim, não são apenas os bolsonaristas que apoiaram e continuam apoiando o modo como o deputado Arthur Lira (PP-AL) atropela ritos no exercício da presidência da Câmara.”
(Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/nao-e-apenas-o-bolsonarismo-que-faz-troca-da-constituicao/?utm_campaign=DOM_TARDE&utm_content=link-806812&utm_medium=email&utm_source=oa-email)
Portanto, Senhores Prefeitos, limitem-se ao básico!
“O arrocho que sufoca as cidades”
(Visão do Correio (Braziliense), CB, 11/07/22)
“É nas cidades que as pessoas vivem, trabalham e enfrentam seus problemas. É na porta dos prefeitos e dos vereadores que o povo bate para apresentar suas demandas.” As afirmações, com variações sutis ou não, repetidas como uma espécie de mantra por defensores da causa municipalista, podem soar óbvias, mas no arranjo institucional brasileiro, nunca é demais lembrá-las. Apesar de ser o palco onde a vida efetivamente ocorre e onde as necessidades concretas se apresentam, os municípios — e seus agentes políticos — são os entes menos poderosos e mais sobrecarregados de um pacto federativo em que medem forças com estados e União. E essa balança vem se desequilibrando mais, com consequências inevitáveis para aquele que é, ou deveria ser, o agente mais importante de qualquer nação: o cidadão.
No último dia 4, prefeitos de todo o país, representados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), protestaram em Brasília para chamar atenção para esse quadro. Segundo eles, a soma de decretos e portarias no governo federal, de projetos aprovados pelo Congresso e de decisões do Judiciário vêm representando impacto de R$ 73 bilhões ao ano nas contas de prefeituras cada vez mais estranguladas para responder às demandas de suas populações.
Os defensores da causa municipalista alertam que esse aperto gigantesco em um cinto que já vem historicamente arrochado é representado por uma equação perversa: de um lado, a perda de receitas, e, de outro, o aumento de despesas impostas às cidades. No primeiro front, prefeitos se queixam de impactos de redução de impostos e transferências às cidades; no segundo, de incremento em gastos com pessoal, via decisões como a elevação de pisos salariais de várias categorias.
Para piorar, representantes das cidades alegam que as contrapartidas federais sob a forma de projetos sociais ou repasses são tímidas e insuficientes. Um dos alertas nesse sentido parte da constatação de demanda reprimida do Programa Auxílio Brasil: segundo cálculos da CNM, até abril havia nada menos que 2.788.362 famílias na fila de espera do benefício. A entidade estima que, se todas elas estivessem recebendo, mais de R$ 1,1 bilhão estariam sendo injetados na economia. Com o déficit, além de a roda da produção girar mais devagar, quem está à espera de ajuda federal acaba batendo com mais frequência às portas das estruturas municipais de assistência social.
Mas elas estão oneradas há muito pelo desequilíbrio nos repasses para fazer frente às despesas, alegam os prefeitos. As políticas públicas estão estruturadas na modalidade de coparticipação entre União, estados e municípios. Mas são subfinanciadas, argumentam as cidades, citando exemplos como o da merenda, que tem custo médio de R$ 4,50 por aluno/dia para as prefeituras, para um repasse médio de R$ 0,36. Realidade que afeta também outras frentes, como o Programa de Saúde da Família, com despesa média por equipe de R$ 48 mil, contra repasse federal máximo de R$ 10,6 mil, segundo as contas da entidade municipalista.
Não é uma pauta simpática, a dos prefeitos. Se pronunciar contra desoneração de impostos em um país com carga tributária entre as mais altas do mundo, que no ano passado atingiu seu recorde histórico, representando 33,9% de tudo o que é produzido pela nação, está longe de despertar apoio incondicional. Reclamar de aumento de pisos salariais de categorias historicamente desvalorizadas, como o magistério, tampouco. Mas convém ouvir o que clamam os representantes das cidades — até porque todos, ainda que uma vez mais pareça óbvio, vivemos nelas e sofremos com seus dilemas.
Em um contexto de crise econômica, sanitária e social, com pressão extra sobre sistemas de saúde e assistência locais, sem contar os gastos constantes com infraestrutura e pessoal, não parece uma boa ideia sufocar os cofres de quem é o primeiro a receber essas demandas populares aumentadas. Sem algum tipo de compensação ou reequilíbrio, retirar recursos de prefeituras e aumentar seus gastos fixos — por mais que com medidas que pareçam populares — soa como ameaça de colapso diante do cenário evidente de sobrecarga sobre os serviços públicos. E, se ele se concretizar, sentiremos todos.
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/07/5021381-visao-do-correio-o-arrocho-que-sufoca-as-cidades.html)
Pois é Miguel. Este editorial do Correio é esclarecedor. Os nossos “representantes”, em Brasília, farreiam contra o povo e suas cidades com seus votos inacreditavelmente incompreensíveis contra a sensatez e a economia futura de todos nós.
A votação que não aconteceu na quinta-feira, deve-se a pressão? Talvez! Muito possivelmente, diante do berreiro, só tenha aumentando o preço da votação e até amanhã as partes cheguem quanto dos nossos pesados impostos serão secretamente rubricados para se passar mais esta matéria que empobrece a prestação de serviço público nos municípios.