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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA XCVIII

32 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA XCVIII”

  1. Miguel José Teixeira

    “Presença de espírito”
    (por Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 07/07/22)

    Caro leitor, peço licença para me alienar pelo menos por alguns instantes. Confesso que fico um pouco cansado dos embates da intolerância, da ignorância e do negacionismo. Senti vontade de respirar outra atmosfera. Quando pensava nisso, caiu-me às mãos o livro Faíscas verbais, a genialidade na ponta da língua, de Márcio Bueno (Ed. Autêntica). As histórias são deliciosas e o autor mora em Brasília. Vamos a elas.

    — Uma emissora de tevê resolveu gravar um programa especial sobre Chico Buarque. No roteiro, constava um encontro entre o compositor e o craque Pelé no campo de Chico, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. A certa altura, Pelé pergunta quantos gols já havia marcado pelo Polyteama, o famoso time de Chico. E a resposta: “Não sei… Depois do milésimo, parei de contar”.

    — Certo dia, o jornalista Joel Silveira participava de um debate com estudantes universitários, quando um deles perguntou por que não havia golpe de Estado nos Estados Unidos. Enganou-se quem imaginava que ele responderia com o argumento de ser um país evoluído, com instituições mais sólidas ou educação de qualidade: “É porque lá não existe embaixada americana”.

    — Ao ser entrevistado pelo ator Paulo César Pereio, em um programa de televisão, o humorista Jaguar, uma das estrelas do jornal O Pasquim e autor do livro Confesso que bebi, foi interpelado: “Afinal, por que bebes tanto assim, meu rapaz?!”. À queima-roupa, Jaguar replicou: “Ora, eu bebo porque é líquido. Se fosse sólido, eu comia”.

    — Tom Jobim apreciava muito Nova York, viajava para lá a passeio ou por razões profissionais. Certo dia, alguém lhe perguntou qual era a melhor cidade para se viver, Rio ou Nova York. Tom retrucou com humor: “Nova York é uma maravilha, mas é uma merda. O Rio é uma merda, mas é uma maravilha”.

    — Inspirado na lista “As 10 mulheres mais bem-vestidas do ano”, elaborada por um colunista social, Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, concebeu o concurso “As 10 mulheres mais bem despidas do ano”. Foi um sucesso estrondoso e ele adotou o título “As certinhas do lalau’”. Pontepreta participava do Jornal de Vanguarda e, a certa altura, o locutor Luiz Jatobá provocou: “Sérgio, chegou ao Rio um fotógrafo inglês muito famoso. Dizem que neste ano é ele quem vai escolher as ‘Certinhas’. E aí, como é que fica? E a resposta do Stanislaw: “Não estou nem um pouco preocupado porque inglês não entende nada de mulher. Prova disso é que sempre se casa com uma inglesa”.

    — Em 1986, a Seleção Brasileira deu um baile na Iugoslávia no Estádio do Arruda, no Recife, vencendo por 4×2, com show particular do craque Zico. Ao se encerrar a partida, o locutor Waldir Amaral, da Rádio Globo, passou a palavra para o jornalista João Saldanha, pedindo o máximo de brevidade, pois logo em seguida entraria no ar o programa A voz do Brasil. Saldanha atendeu plenamente o pedido, com um comentário de 30 segundos: “Olha, meus amigos, o Brasil venceu por que o Zico se chama Zico. Se ele se chamasse Zicovic, ganharia a Iugoslávia.”

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/07/07/interna_cidades,370527/cronica-da-cidade.shtml)

    E sobre beber, o Matutildo prefere a máxima atribuída a Groucho Marx:

    “Eu bebo para fazer as outras pessoas interessantes”!

  2. Miguel José Teixeira

    Tudo pelo “meu garoto”

    “O escambo de Lula em São Paulo”
    (por Diogo Mainardi, O Antagonista, 07/07/22)

    Márcio França renunciou à disputa do governo de São Paulo em troca de uma vaguinha de ministério de Lula, de acordo com O Globo.

    “Para que o plano se concretize, porém, França, que agora vai concorrer ao Senado, precisa ter um primeiro suplente que agrade Lula. Esse nome, segundo aliados, já foi escolhido.”

    São Paulo corre o risco de ter um senador biônico.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/despertador/o-escambo-de-lula-em-sao-paulo/?utm_campaign=QUI_MANHA&utm_content=link-805696&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

    Primeiro, comprou a consciência do picolé de xuxú da “opus dei”. Agora a do irascível frança. . .

    Huuummm. . .será que a primeira suplência será do abilolado edu suplício?

    Porém, como já dizia o saudoso CRAQUE Mané Garrincha: já combinaram com os adversários?

  3. Miguel José Teixeira

    “As Forças Armadas devem permanecer quietinhas em seu canto”
    (por Diogo Mainardi, O Antagonista, 07/07/22)

    Joaquim Barbosa, que andava sumido, reapareceu no Twitter para disparar um alerta sobre o risco de golpe militar.

    “Convido as pessoas com um mínimo de conhecimento da trágica história política brasileira a um exame sereno e lúcido da frase do ministro da Defesa, um general que faz parte do grupo de auxiliares do primeiro escalão do Presidente da República.

    Disse o general Paulo Sergio Nogueira:

    ‘As Forças Armadas estavam quietinhas em seu canto e foram convidadas pelo TSE…’.

    Ora, general, as Forças Armadas devem permanecer quietinhas em seu canto, pois não há espaço para elas na direção do processo eleitoral brasileiro. Ponto.

    Insistir nessa agenda de pressão desabrida e cínica sobre a Justiça Eleitoral, em clara atitude de vassalagem em relação a Bolsonaro, que é candidato à reeleição, é sinalizar ao mundo que o Brasil caminha paulatinamente rumo a um golpe de Estado. Pense nisso, general.

    Um aspecto importantíssimo, que singulariza o Brasil no concerto das democracias, reside precisamente no seguinte: temos um ramo da Justiça, independente, concebido precisamente para subtrair o processo eleitoral ao controle dos políticos. E dos militares de casaca, claro.”

    Quem está quietinho em seu canto é o TSE, e parece que vai continuar assim.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/despertador/as-forcas-armadas-devem-permanecer-quietinhas-em-seu-canto/?utm_campaign=QUI_MANHA&utm_content=link-805674&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

    Huuummm. . . penso que o TSE anda quietinho até demais e encurralado em seu canto, aguardando o soar da campainha!

  4. Miguel José Teixeira

    “A última do TCU”
    (Cláudio Humberto, DP, 07/07/22)

    A ânsia por holofotes faz do Tribunal de Contas da União (TCU) motivo de galhofa: após abrir “investigação” sobre o assédio sexual na Caixa, e “investigar” uma PEC ainda em votação, só falta o TCU cavar uma beiradinha no noticiário sobre homicídios e acidentes de trânsito.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/congresso-distribuira-r200-milhoes-a-marajas)

    Quanto à PEC “CALA A BOCA ESQUERDINHA DE BOSTA”, não “se-preocupem-se”! O relator é o Aroldo Cedraz. . .

  5. Miguel José Teixeira

    “Ruim por consenso”
    (Cláudio Humberto, DP, 07/06/22)

    Raro grupo pluripartidário de senadores, entre eles o petista Humberto Costa e o líder do governo, Carlos Portinho, “congelou” a PEC que permitiria a parlamentares ocuparem embaixadas sem perder o mandato.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/congresso-distribuira-r200-milhoes-a-marajas)

    É óbvio que, caso o ex presidiário lula seja eleito (vade retro, belzebu de Garunhuns), o PeTralha Humberto Josta, correrá para aprovar tal disparate e já reivindicar a Embaixada na França, pois é da natureza da esquerda caviar com champagne: “boquinhas mil”!

  6. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 07/07/22)

    …o silêncio da imprensa sobre a ligação do PT ao PCC, revelada à PF por Marcos Valério, chega a ser constrangedor. Mas só para o cidadão.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Independentemente da imprensa, o cidadão já tem ciência de que o PT é o braço político do PCC!

  7. Miguel José Teixeira

    A CEF não é apenas uma caixa. É a própria Pandora!

    Você sabia que, segundo a Enciclopédia Livre, Daniella Marques Consentino, a nova presidenta da Caixa, “é uma economista brasileira formada em administração”.

    Pois é. . .economista formada em administração!

    Também segundo consta, o mais antigo curso superior do interior de Santa Catarina, o de Economia da antiga FaCEB, obviamente formava Economistas.

    Então, qual a razão da existência de curso de Economia, se formados em Administração, exibem o título de Economista? Com a palavra, os doutos!

    Ooops. . . há que se valorizar, e muito, os Administradores, cuja teoria foi criada por dois Engenheiros: Taylor e Fayol e no Brasil, assimilou um tempero especial com o notável Idalberto Chiavenato.

    Á época, em Blumenau tinha o querido Celso Mário Zipf e pouco depois veio o meu amigo Saul Alcides Sgrott, da internacionalíssima Nova Trento.

    Xô xuá, cada macaco no seu galho:

    https://www.youtube.com/watch?v=eZT4GizWHgw

  8. Miguel José Teixeira

    “Dribles de Manoel”
    (por Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 06/07/22)

    No fim de 1993, ao saber que o poeta mato-grossense Manoel de Barros estava de passagem por Brasília, eu o procurei para entrevistá-lo, e um amigo me avisou: “Ele só concede entrevistas por escrito”. Mesmo com a advertência, não desisti e parti para o ataque, confiante em minha suposta capacidade de persuasão.

    Ao me encontrar com Manoel, em uma sala do Congresso Nacional, ele foi simpático elegantemente firme: “Não, entrevista só por escrito. Quando a gente fala, as palavras voam e nos perde”. Conformado, perguntei: “E quando você devolve as respostas?”. Ele respondeu: “Sei que vocês jornalistas trabalham com horários de fechamento, mas o meu tempo é outro. Se puder assim, tudo bem”.

    Enviei as perguntas a Manoel no endereço combinado e entreguei a Deus, sem esperar nada. O tempo passou e, quando já me havia esquecido completamente da entrevista, seis meses depois, recebi carta com uma letra miúda e desenhada. Eram as respostas de Manoel: “A minha posição é muito desmarcada”, dizia o poeta. “Eu só marco desencontros: e vou a todos.”

    Perguntei a ele se, em algum momento, um anjo torto lhe soprou ao ouvido: “Vai, Manoel, ser poeta, vai fabricar inutensílios na vida!”. E ele replicou: “Durante 80 anos, um louco de beco e estandarte ficou esperando eu nascer. Errou pelas casas do Beco do Urubu, a tocar violão, a fazer trovas tortas. Seu cujo-apelido era Neco Caolho porque via de atravessado. Penso que venho do torto de suas trovas e de seus becos. Contam que esse parente meu se ocupava de inutensílios. Apregoava urinóis enferrujados. Ele tinha uma voz de harpa destroçada”.

    A visão de Manoel de que a poesia seria um conhecimento inútil sempre me intrigou, pois ela toca no essencial, funda o ser. Como poderia ser inútil? “Poesia é muito cheia de mistério para ter utilidade”, devolveu o poeta: “Pode ser brinquedo de namorar. Pode ser a inauguração de uma linguagem. Mas, quando eu falo que a poesia é inutensílio, é porque ela não tem valor extrínseco. Um valor que tem um traje, um pilão, um liquidificador, um lupanar, um pente. Poesia só tem valor intrínseco. Só o carrega (só) a essência do homem. É muito intumescida de nossos mistérios. Não serve para nada. Só para ficar iluminante”.

    Ao ler as respostas de Manoel, logo percebi por que ele só aceitava responder por escrito. É porque tudo em sua vida era perpassado pela poesia. E detectei vários trechos da entrevista em poemas que ele publicaria mais tarde: “Faço poesia pregada no ser. Só as coisas pequenas me celestam”. Para Manoel, a entrevista pertencia ao gênero poesia.

    Enquanto os poetas da República costumam se tornar acadêmicos quando a idade avança, ele conquistava a cada dia um novo grau de inocência e audácia. Manoel foi-se como aquele gato de Alice no país das maravilhas, que desapareceu, mas deixou um sorriso parado no ar: “Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro/Para mim, poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas)/Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil/Fiquei emocionado e chorei/Sou fraco para elogios”.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/07/06/interna_cidades,370482/cronica-da-cidade.shtml)

    Matutando bem…

    Se as entrevistas pertencem ao gênero poesia, então crônicas pertencem à que gênero?

  9. Miguel José Teixeira

    Já imaginaram o que seria do Brasil se o então porra-louca lula (hoje ex presidiário), tivesse vencido a eleição contra o Collor?

    “Livro novo na praça”
    (por Denise Rothenburg, Política, CB, 06/07/22)

    O cientista político Alberto Carlos Almeida e o geógrafo Tiago Garrido autografam hoje em Brasília, o livro “A Mão e a luva, o que elege um presidente”.

    A obra traz uma análise das eleições presidenciais desde o processo de redemocratização, com foco no padrão de comportamento da opinião pública no processo eleitoral.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/07/06/interna_politica,370496/brasilia-df.shtml)

  10. Miguel José Teixeira

    Portanto, abstenha-se de tudo! Menos do poder do seu voto.

    “Abstenção decide”
    (por Alexandre Garcia, Política, CB, 06/07/22)

    Em países como Chile e Colômbia, a alienação eleitoral foi decisiva. Os que não votam, ou inutilizam seu voto, deixam que os outros decidam. Esse é o preço de abrir mão de um poder que a democracia oferece

    Estariam os brasileiros se desinteressando por eleições? Segundo estudo sobre alienação eleitoral, do Instituto Votorantim, publicado ontem pelo Estadão, a abstenção, mais nulos e brancos, subiu de 18% para 25%, de 2006 a 2018. Significa que em quatro eleitores, só três escolhem candidato. Esse aumento de alienação vem ocorrendo, principalmente, na Região Sudeste — São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo —, onde estão 63 milhões de eleitores, 46% do total, e a maior parte dos 30 milhões de idosos não obrigados a votar. Em países próximos, com voto facultativo, a alienação eleitoral foi decisiva.

    No Chile, os constituintes acabam de entregar ao presidente Boric o texto da nova Constituição. Ela extingue o Senado de 200 anos, cria cotas no Parlamento, justiça diferente para as etnias originais, aumenta “direitos sociais” como aborto e diminui o poder da polícia, entre outras mudanças. Tem 388 artigos e é uma das mais extensas do mundo. Entre os 154 constituintes que trabalharam um ano, a maioria é da esquerda; apenas 37 de partidos de direita. Em 4 de setembro, ela será submetida a um referendo popular. Pesquisas indicam que apenas de 25% a 33% aprovam a nova Constituição. Como assim? Num plebiscito de 2020, 78% afirmaram querer uma nova Constituição. Em maio do ano passado, elegeram os constituintes pouco mais de 5 milhões dos quase 15 milhões de chilenos aptos a votar. Quer dizer, apenas 36% escolheram quem faria a Constituição; agora a maioria que se absteve de votar a desaprova. Esse é o preço da abstenção — deixar que a minoria decida, abrindo mão de um poder que a democracia oferece. Na Colômbia, há pouco, 18 milhões não votaram e 11 milhões elegeram o presidente.

    Faltam três meses para a eleição de 2 de outubro. O voto é obrigatório, diferentemente do Chile e da Colômbia, mas as sanções para quem não vota são mínimas, e estão dispensados da obrigação os eleitores com mais de 70 anos. Esses, são cerca de 30 milhões. Além disso, é bom lembrar que o “fique em casa”, que prejudicou os brasileiros, pode prejudicar também o poder da maioria, pedra de toque da democracia. Jovens de 16 e 17 anos, que poderiam votar mas não são obrigados, não se empolgaram: hoje são metade dos 2 milhões que se alistaram em 2002. Os que não votam, ou inutilizam seu voto, deixam que os outros decidam.

    Para ser eleito em outubro, o governador ou presidente precisa ter maioria entre os votos válidos. Juscelino foi eleito com 36% dos votos; o segundo candidato teve 30% e o terceiro, 26%. E houve uma contestação muito grande por parte dos 56% que não queriam JK. Por isso, hoje, há o segundo turno entre os dois mais votados, obrigando-se a ter o vencedor mais da metade dos votos válidos. Mas os votos nulos e brancos não contam. No segundo turno da eleição presidencial de 2018, somadas abstenções, votos anulados e brancos, foram 42 milhões de eleitores que não participaram da decisão. O perdedor, Haddad, teve 47 milhões de votos e o vencedor, quase 58 milhões. O equivalente à população da Ucrânia, ou da Argentina, não participou da escolha do presidente do Brasil.

    O que serve para presidente ou governador serve também para a escolha de nossos representantes no Legislativo. Eles terão o poder de fazer, alterar ou desfazer leis e até de mexer na Constituição, no que não for cláusula pétrea. Nós, eleitores, temos o poder de, dentro de três meses, escolher aqueles que podem impedir que a Constituição seja desrespeitada, e eleger aqueles que, nos poderes Legislativo e Executivo, garantam o futuro de nossas famílias com valores em que acreditamos. Se nos alienarmos na escolha, ficando em casa ou votando branco e nulo, perdemos a razão para reclamar das consequências.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/07/06/interna_politica,370502/abstencao-decide.shtml)

  11. Miguel José Teixeira

    “E agora, STF?”
    (por Diogo Mainardi, O Antagonista, 06/07/22)

    “A PEC do Desespero é uma violência contra a Constituição e o Estado Democrático de Direito”, diz o Estadão, em editorial.“

    Uma ação estatal que até agora sempre foi proibida – a criação de benefício social em ano de eleições – passará a ser subitamente autorizada com a aprovação da PEC do Desespero (…).

    A PEC não é apenas rigorosamente antidemocrática, mas explicitamente antijurídica. Na manobra forjada pelo governo Jair Bolsonaro, nada é sutil. O deboche com a ordem jurídica é escancarado. O governo que passou os últimos dois anos negando a gravidade da pandemia quer decretar agora um inexistente estado de emergência’ porque é um atalho malandro para burlar as limitações fiscais e eleitorais.”

    O jornal cobra uma resposta do STF:

    “Na tramitação de uma PEC, o Congresso está submetido a normas que o STF tem a missão de defender. Afinal, a Constituição de 1988, a despeito das aparências, ainda está em vigor – e vale mais do que a manobra ilegal e autoritária de um governante desesperado em manter-se no poder.”

    Não vale, não. É inútil confiar no STF. Os ministros devem empurrar qualquer decisão sobre o assunto para depois do voto.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/despertador/e-agora-stf-2/?utm_campaign=QUA_MANHA&utm_content=link-805273&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

    Matutando bem. . .

    Temos a hercúlea missão de eleger a(o) candidata(o) da 3ªvia e parlamentares comprometidos com a República.

    E existem candidatos ao Congresso Nacional comprometidos com a República?

    Existem sim! Porém, não está explícito na embalagem que nos vendem!

  12. Miguel José Teixeira

    Todos veem. Menos o. . .deixa pra lá! A Justiça é cega. . .

    “PEC eleitoral e trava em CPI custam R$ 6 bi em verbas do orçamento secreto.”
    (por Josias de Souza, UOL, 06/07/22)

    A solidariedade do Congresso com o projeto de reeleição de Bolsonaro ganhou uma explicação monetária. Nas últimas duas semanas, o Planalto se comprometeu em liberar R$ 6,1 bilhões em verbas do chamado orçamento secreto. Enquanto recolhia as indicações dos parlamentares, o governo azeitou a aprovação da proposta de emenda constitucional que autoriza Bolsonaro a mimar o eleitorado pobre com mais de R$ 40 bilhões em benefícios sociais. Assegurou também o acordo que empurra a CPI do MEC para depois das eleições.
    . . .
    (Fonte: https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2022/07/06/pec-eleitoral-e-trava-em-cpi-custam-r-6-bi-em-verbas-do-orcamento-secreto.htm)

    O problema é que o outro candidato não vale o cocô que defeca!!!

  13. Miguel José Teixeira

    Atente para a sutileza da interface entre os dois drops (CH/DP, 06/07/22)

    “Mudar é preciso”

    O ativismo do STF, amplificado pelo não comparecimento de ministros, fez o senador Lasier Martins (Pode-RS) afirmar que o Senado precisa dar uma resposta à sociedade e “discutir mudanças no Supremo”.

    “Pensando bem…”

    …a última palavra sobre comissão “parlamentar” de inquérito não tem sido dada pelo Parlamento.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/na-pratica-adiamento-mata-cpi-do-mec-e-outras)

  14. Miguel José Teixeira

    O óbvio uLULAnte

    “Geddel com Lula”
    (por Cláudio Humberto, DP, 06/07/22)

    O deputado Luiz Lima (PL-RJ) considera apoio a Lula de Geddel Vieira Lima, aquele das malas com R$51 milhões em espécie, como grande vitória de Bolsonaro. “É fácil para todo mundo escolher um lado”, disse.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/na-pratica-adiamento-mata-cpi-do-mec-e-outras)

    É lógico que os 51mi pegos com o geddel saiu do “luladuto”. Portanto. . .

  15. Miguel José Teixeira

    Geeenteee! O Dão não morreu!

    “STF desafia Senado e ignora debate sobre ativismo”
    (por Cláudio Humberto, DP, 06/07/22)

    Os senadores da comissão de Transparência e Fiscalização levaram um “bolo” dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, que nem sequer se deram o trabalho de justificarem a ausência. Os senadores debateram ativismo judiciário e a separação dos Três Poderes.

    “Preferem dar entrevistas fora do país para fazer críticas que faltam com a verdade com seu conteúdo, mas se recusam a prestar contas ao Senado”, afirmou Espiridião Amin (PP-PR).

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/na-pratica-adiamento-mata-cpi-do-mec-e-outras)

    Mas vive num abissal ostracismo que até o experiente Jornalista Cláudio Humberto, confundiu a UF que ele representa: PR. . .

    Acorde, Dão! E penteie os cabelos!

  16. Miguel José Teixeira

    “Nota de R$ 20 faz 20 anos; o que dava para comprar com ela antes e agora?”
    . . .
    O que dava para comprar com R$ 20?

    Tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, uma cédula do mico-leão-dourado, em 2002, garantia uma boa lista de compras.

    Em São Paulo, dava para levar para casa um quilo de carne (R$ 6,58), um de arroz (R$ 0,98), um de feijão (R$ 2,07), 900 ml de óleo de cozinha (R$ 1,42), um quilo de farinha (R$ 1,24), um de café (R$ 6,32), um de açúcar (R$ 0,79) e sobraria troco de R$ 0,60.

    No Rio de Janeiro, daria para comprar todos os itens da lista de São Paulo, e ainda um quilo a mais de arroz. A lista seria um quilo de carne (R$ 6,02), dois de arroz (R$ 1,27 cada), um de feijão (R$ 2,07), 900 ml de óleo de cozinha (R$ 1,53), um quilo de farinha (R$ 1,07), um de café (R$ 6,02) e um de açúcar (R$ 0,75).

    O que dá para comprar hoje com R$ 20?

    Neste ano, a dificuldade é conseguir comprar alguma coisa com uma única cédula de R$ 20. Tanto em SP como no Rio, só é possível escolher três itens em uma lista de alimentos essenciais.

    A compra hoje ficaria restrita a um litro de leite (R$ 5,92), um quilo de feijão (R$ 8,30) e um de arroz (R$ 4,04), em São Paulo. O valor total seria de R$ 18,26, com o troco de R$ 1,74.

    No Rio de Janeiro, os mesmos produtos ficam assim: Feijão (R$ 8,22), arroz (R$ 5,37) e farinha (R$ 5,49), num total de R$ 19,08.
    . . .
    (+em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/07/05/nota-de-r-20-faz-20-anos-o-que-dava-para-comprar-e-o-que-compra-agora.htm)

    Adivinhem quem era o presidente da República há 20 anos?

    A desgraça nossa de cada dia, começou justamente quando “o desgraça” assumiu a presidência da República!

    E o ex presidiário lula, ainda tem a cara de pau de querer voltar à presidência!

    Vade retro, belzebu de Garanhuns!

  17. Miguel José Teixeira

    Modelo de negócios da caixa: assédio sexual e estupro da viúva

    “MP pede investigação para apurar acúmulo de cargos de Pedro Guimarães na Caixa”
    (Redação O Antagonista, 04/07/22)

    Segundo a denúncia, a Constituição Federal veda “as acumulações remuneradas de cargos, empregos e funções na administração direta”

    O Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União investigação sobre o acúmulo de cargos de Pedro Guimarães quando ele estava à frente da Caixa. Segundo informações que chegaram ao MP junto ao TCU, Guimarães fazia parte de 21 conselhos deliberativos do banco público e recebia, mensalmente, R$ 230 mil por essas funções.

    Mais cedo, como registramos, a Corte de Contas também instaurou procedimento para apurar as denúncias de assédio sexual envolvendo Guimarães.

    Segundo a denúncia do MP junto ao TCU, a Constituição Federal veda “as acumulações remuneradas de cargos, empregos e funções na administração direta”.

    “A regra, portanto, é a inacumulabilidade, a qual intenta impedir que um mesmo indivíduo ocupe vários cargos ou exerça várias funções, sendo remunerado por cada um deles, sem que desempenhe, de forma eficiente, as atividades que lhes são pertinentes”, registra a representação do MP.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/mp-pede-investigacao-para-apurar-acumulo-de-cargos-de-pedro-guimaraes-na-caixa/?utm_campaign=SEG_TARDE&utm_content=link-804671&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

    Como já escrevia o saudoso Horácio Braun: “só para inticar. . .”

    Será que a “janja – boca de caçapa” perdeu a vazada?

  18. Miguel José Teixeira

    . . .”Guardadas as devidas proporções, Lula cumpre percurso assemelhado ao de Nelson Mandela na África do Sul.”. . .

    “Poder e saber”
    (Por andré Gustavo Stumpf, Jornalista, Opinião, CB, 05/07/22)

    Ulysses Guimarães, o Senhor Constituinte, político de larga experiência, enorme vivência política, nunca foi objeto de nenhuma denúncia de qualquer tipo de comportamento inadequado e muito menos de se envolver em algum malfeito. Homem simples, cumpriu a missão honrosa de levar o Brasil com calma, objetividade, sem concessões, ao restabelecimento da democracia e das garantias básicas do cidadão. Político admirável.

    Lembrei de Ulysses porque ele era o personagem das grandes frases. Tribuno brilhante, seu discurso no momento final da Constituinte é notável. Um dos ensinamentos que ele deixou a seus pósteros foi uma definição brilhante, que em sua simplicidade resume os problemas brasileiros atuais. ‘’É preciso temer, sempre, aquele que pode mais do que sabe”. É o guarda da esquina, suposto defensor da lei, que anda armado. Por causa de uma bobagem ele pode mandar o cidadão de bem para a cadeia ou, no limite, dar um tiro e acabar com uma vida. Não é preciso muito esforço para colocar dentro dessa sentença o presidente Jair Bolsonaro. Ele pode mais do que sabe.

    Seu governo é errático, não tem projeto, metas nem preocupações sociais. Percebeu que não tinha meios e modos de negociar com o Congresso e entregou o governo aos líderes do Centrão. Desistiu de governar. E se dedicou exclusivamente à sua reeleição. Quem governa, na prática, é o presidente da Câmara, Arthur Lyra. Ciro Nogueira, na Casa Civil, completa o time que administra o país, distribui verbas públicas de acordo com o interesse do grupo. Não há política de longo prazo. Na verdade, só existe o improviso.

    O único objetivo é vencer Lula na disputa pela Presidência da República. Os políticos do Centrão são experientes. Eles sabem que a vida não acaba se Bolsonaro perder. Mudam de lado com a facilidade de quem troca de camisa. Foi assim no episódio do impeachment de Dilma Rousseff. Por essa razão, Bolsonaro escolheu o general Braga Neto para ser seu vice. Ele entende que assim se protege de eventual traição de seus atuais aliados no Congresso. Perde parte do eleitorado, mas se defende de um possível futuro golpe de Estado parlamentar.

    Lula conhece o Brasil, as lideranças políticas nacionais e regionais. Ele não tem dificuldades para conversar com direita, esquerda e empresários. Acumulou experiência quando ganhou, quando perdeu e quando passou um tempo atrás das grades. É respeitado no exterior, foi recebido pelos principais parlamentos europeus, por chefes de Estado, antes e depois, na qualidade de presidente da República e agora na posição de candidato depois de passar pelos dias amargos da prisão. Guardadas as devidas proporções, Lula cumpre percurso assemelhado ao de Nelson Mandela na África do Sul.

    No país africano, a questão racista dividia uma sociedade negra que foi dominada, pela força, por brancos europeus. No Brasil a questão é a inclusão dos milhões de pobres e excluídos dos benefícios da sociedade. É difícil viver no país que é um dos maiores produtores do mundo de grãos e carnes, mas convive com cerca de 30 milhões de pessoas que passam fome. É outro tipo de apartheid, é uma tragédia latino-americana, que ganha especial destaque no país rico em matérias-primas e notável desenvolvimento do agronegócio. O país alimenta bilhões de pessoas no mundo, mas esquece dos seus.

    Mandela saiu da prisão, depois de 29 anos de cativeiro, e sua primeira preocupação foi dar garantias aos brancos de que o país iria se unir sem ódios nem rancores. Não haveria revanche, nem vingança. O líder fez o possível e o impossível para colocar brancos e negros lado a lado na pacificação do país. Deu a partida no longo trabalho de convivência pacífica entre os divergentes no sul da África. É um notável exemplo de político capaz de enxergar além do horizonte e traçar, com absoluta clareza, seus objetivos. Mandela morreu, mas seu exemplo permanece vivo. Legou a seus pósteros um país melhor.

    Caso Lula vença a eleição, vai necessariamente conviver com os saudosos de Bolsonaro, que poderão produzir atos de violência ou terrorismo urbano. Presencial ou por via das redes sociais. É nesse teatro que os rancores precisam ser removidos da cena política em nome dos objetivos maiores para vencer os desafios da pobreza e promover o desenvolvimento. Dividido por ódios e rancores, o país não sai do lugar. Quem vencer a eleição terá que engolir provocações, desaforos, desafios até mesmo pessoais para poder desfraldar a bandeira da paz. Não deve ser o presidente que pode mais do que sabe. Ele precisará entender o tamanho de sua responsabilidade. E seu momento histórico.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/07/05/interna_opiniao,370447/poder-e-saber.shtml)

    E o Matutildo, aproveita o gancho e. . .

    “Madiba, a PunheTa coletiva e o gozo reprimido dos PunheTeiros”

    Em algum momento da História alguém registrou que o saudoso líder sul-africano, Nelson Mandela, foi acusado de saquear e estuprar sua Nação?

    Em algum momento, foi registrado que Madiba foi corruPTo ou corruPTor?

    Pois é. . . agora os vermelhóides esquerdopatas, sem terem a mínima justificativa para reverenciar o ex presidiário lula, estão à compará-lo com Mandela.

    De narrativa em narrativa a corja vermelha acabará canonizando-o: “são lula, o padroeiro dos corruPTos/corruPTores”!

  19. Miguel José Teixeira

    . . .”Essa polarização está sendo atribuída ao fato de que, pela primeira vez, temos uma disputa entre um ex-presidente da República, que governou por dois mandatos e deixou governo com alta aprovação, e um presidente da República que disputa a reeleição no exercício do mandato, quando sabemos que todos que tiveram essa possibilidade foram reeleitos.”. . .

    “Deus, família e “gripezinha””
    (Por Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 05/07/22)

    Começo a prosa com um pedido de desculpas aos leitores, por não ter escrito a coluna de domingo, como estava combinado, desde que entrei em férias. Na quinta-feira passada, testei positivo para a covid-19. Apesar de ter tomado quatro doses de vacinas, essa nova variante da Ômicron me tirou de circulação. Felizmente, duas Sinovac/Butantan, uma Pfizer e outra AstraZeneca estão amenizando meus padecimentos. Segundo meu infectologista, essa variante concentra seus ataques na garganta e no nariz, como foi o meu caso e o da maioria dos seus pacientes, alguns com tanta dor na garganta que foram internados.

    Depois de um mês em férias, vou tratar de um assunto que não sofreu grandes alterações nesse período: a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro, que vem se mantendo nesta pré-campanha eleitoral. Essa polarização está sendo atribuída ao fato de que, pela primeira vez, temos uma disputa entre um ex-presidente da República, que governou por dois mandatos e deixou governo com alta aprovação, e um presidente da República que disputa a reeleição no exercício do mandato, quando sabemos que todos que tiveram essa possibilidade foram reeleitos. O resultado da disputa seria uma equação entre as realizações do passado e as adversidades do presente. É uma leitura da chamada real política.

    Mas será que o favoritismo de Lula pode ser atribuído apenas a isso? Parte de sua resiliência deve-se ao enraizamento do PT nos movimentos sociais e seu entrincheiramento dos grupos identitários, em condições muito adversas, após o impeachment de Dilma Rousseff, o que merece mais reflexão. Numa das suas entrevistas, o historiador Eric Hobsbawm faz uma observação interessante sobre o enfraquecimento dos partidos socialistas europeus, atribuindo-o às mudanças ocorridas na estrutura de classes da sociedade pós-industrial e ao fato de que a desestruturação da família unicelular patriarcal pela revolução dos costumes restringiu à capacidade desses partidos se reproduzirem no ambiente familiar, como sempre fizeram.

    Os partidos marxistas fizeram a crítica da “família burguesa” como a forma de dominação, mas a “família socialista” também era monogâmica e heterossexual. Foram os anarquistas, socialistas utópicos e as feministas que não se conformaram com os limites da dupla jornada de trabalho, contribuindo com a renda familiar e arcando com os afazeres domésticos, que caracterizavam a relação homem/mulher família proletária moderna. Ao se refugiar nos movimentos identitários, no momento de refluxo de sua influência política, a militância petista deu cavalo de pau e foi uma tábua de salvação para Lula, tecendo, inclusive, as alianças que tornaram sua candidatura amplamente preferida entre os eleitores de esquerda.

    Católicos e evangélicos
    A outra face dessa moeda, sem dúvida, foi a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, muito favorecido pelas circunstâncias políticas e a forte repercussão da facada que levou em Juiz de Fora, em plena campanha, alavancando sua candidatura, enquanto estava entre a vida e a morte. Bolsonaro saiu da sua bolha reacionária quando capturou o sentimento de preservação da família unicelular patriarcal, monogâmica e heterossexual, como estrutura social básica da sociedade, principalmente para as camadas mais pobres da população, ameaçadas pelas desigualdades sociais, a baixa renda, o desemprego, a desestruturação das relações homem/mulher e pais/filhos, a evasão escolar, as drogas e a prostituição.

    A orientação conservadora da Igreja Católica, a partir dos papados de João Paulo II e Bento XVI, desarticulou as chamadas comunidades eclesiais de base. Seus militantes derivaram para o PT, porém a influência católica nas parcelas mais pobres da população brasileira se esvaiu. As denominações evangélicas ocuparam esse espaço, empunhando a bandeira de defesa da família tradicional e as teses mais conservadoras do cristianismo, com exceção do celibato de seus sacerdotes e outros dogmas de Roma.

    A aliança de Bolsonaro com esses setores evangélicos é muito mais responsável pela sua resiliência eleitoral nas camadas populares do que suas realizações e a força do corporativismo de setores beneficiados por seu governo, como militares, policiais, ruralistas, caminhoneiros, garimpeiros, atiradores, motociclistas etc. O papel da religião, bem situado na esfera ideológica da sociedade, como outras instituições — o sistema educacional e os meios de comunicação, por exemplo —, também precisa ser considerado por esse ângulo antropológico, ainda que a aliança de Bolsonaro com as igrejas evangélicas tenha adquirido a dimensão das práticas mais deploráveis da política brasileira, como o clientelismo, o fisiologismo e o patrimonialismo, haja vista o novo escândalo do Ministério da Educação.

    E a “gripezinha”? O fantasma que ronda a reeleição de Bolsonaro nas camadas mais pobres é o luto das famílias desestruturadas por 672.101 óbitos por covid-19, de um total de 32,5 milhões de casos registrados da doença. Como a cobertura da vacina não é completa, o número de mortes atingiu a média de 214 por dia, o que agrava ainda mais a nossa crise social.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/07/05/interna_politica,370467/nas-entrelinhas.shtml)

    Ã-rã!!! . . . “um ex-presidente da República, que governou por dois mandatos e deixou governo com alta aprovação”. . .e foi parar na cadeia por ser o maior corruPTo/corruPTor “nucanvistoantesnahistóriadessepaís”!

    De narrativa em narrativa a corja vermelha acabará canonizando o ex presidiário lula: “são lula, o padroeiro dos corruPTos/corruPTores”!

  20. Miguel José Teixeira

    . . .”Nunca tivemos uma Câmara dos Deputados tão fraca, tão despreparada, tão alienada e tão servil aos interesses insanos dos governantes de plantão.”. . .

    “A PEC do Desespero”
    (Por Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 05/07/22)

    O governo jogou a casca de banana, e a oposição escorregou. Não porque desconhecesse a armadilha, mas por covardia. Claro que estou falando da chamada PEC do Desespero, elaborada a toque de caixa, sem nenhuma avaliação do impacto que causará, somente para socorrer o candidato que se encontra atrás nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de presidente da República.

    Nada contra a concessão de benefícios sociais em um país cindido por desigualdades vergonhosas. Mas, no caso, trata-se apenas de um arranjo eleitoreiro que só beneficiará os privilegiados de sempre. A manobra é, flagrantemente, uma violação à lei em um ano de eleições. Causa espanto a leviandade e a irresponsabilidade com que, principalmente a Câmara dos Deputados, a todo momento, desfigura a Constituição Cidadã de 1988, alterando leis e ferindo direitos, sem ouvir as partes interessadas e sem qualquer tempo para o debate público.

    O método de passar a boiada virou uma praxe que avilta o Parlamento. É assim que Arthur Lira, o grande líder da vanguarda do atraso, age em quase todas as situações que envolvem questões de interesse público. Ao tocar a PEC da destruição ambiental, ignorou a manifestação liderada por Caetano Veloso, que reuniu mais de 50 mil pessoas em frente ao Congresso.

    Também desdenhou a carta da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, constituída por grandes empresas do agronegócio, instituições financeiras, empresas de biotecnologia e de alimentos. E, ainda, desprezou a nota do Instituto Brasileiro de Mineração, constituído por mais de 120 associados, responsáveis pela produção de 85% da produção mineral no Brasil. Todos se manifestaram contra os projetos de mineração em terras indígenas.

    Nunca tivemos uma Câmara dos Deputados tão fraca, tão despreparada, tão alienada e tão servil aos interesses insanos dos governantes de plantão. Na argumentação em defesa da PEC do Desespero, alega-se a necessidade de atender a um estado de calamidade pública. Na verdade, o caso é mais de calamidade moral.

    Se houvesse, realmente, uma sensibilidade social, esses benefícios fariam parte de um programa de governo. Nunca fizeram. Quando irrompeu uma situação de calamidade pública com a pandemia, o governo propôs um auxílio de R$ 200 e só chegou a R$ 600 envergonhado porque a Câmara dos Deputados, sob a liderança de Rodrigo Maia, pressionou e ofereceu R$ 500.

    Só o senador José Serra teve a coragem de se opor ao projeto irresponsável e insustentável da PEC do Desespero, que custará R$ 40 bilhões. Há vitórias que envilecem; há derrotas que engrandecem. E, se incluíram os caminhoneiros, por que não os pipoqueiros, os vendedores de amendoim, os engraxates, as donas de quiosques e as merendeiras?

    Essa é uma fraude eleitoral abençoada pela oposição. Se os líderes da PEC do Desespero fossem mesmo patriotas, eles abririam mão dos R$ 16,5 bilhões de emendas do orçamento secreto ou dos R$ 4,9 bilhões do Fundão Eleitoral para contemplar os desvalidos.

    Soluções insustentáveis não funcionam. Nós vimos esse filme quando Dilma Rousseff reduziu, artificialmente, o preço da gasolina. Essas medidas terão impacto enorme, não calculado, nas finanças dos estados. Com a imposição de reduzir o ICMS, o GDF contingenciou R$ 500 milhões. A conta da PEC do Desespero vai chegar, e os que pagarão serão os mesmos de sempre.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/07/05/interna_cidades,370442/cronica-da-cidade.shtml)

    Matutando bem…

    Seguramente, os integrantes da atual legislatura são muito ruins. Portanto, previna-se contra os futuros!

    Tudo depende nós, eleitores/burros de cargas.

  21. Miguel José Teixeira

    “Bolsonaro é um show de horror; Lula propõe soluções antigas”
    (Por Adriana Fernandes e Ricardo Grinbaum. Portal Terra, 04/07/22)

    O empresário Pedro Passos está preocupado com as eleições. Um dos fundadores da Natura, Passos vê problemas sérios nas duas candidaturas favoritas. “A síntese do governo do presidente Jair Bolsonaro é um show de horror”, disse, “(se vencer) ele vai levar a gente para uma situação muito grave por conta da situação institucional e da falta de compromisso com determinadas agendas econômicas, como a ambiental, que isola o Brasil.”

    Em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o temor é de um projeto que considera ultrapassado e ineficaz com soluções antigas para problemas novos. “Quando analiso a proposta do PT, vejo que está mais parecida com o governo Dilma do que o Lula 1 (1º mandato de Lula). Esse 1 faz toda diferença.”

    Com outros empresários, ele ajuda a preparar propostas para o plano de governo de Simone Tebet. “Estou confiante de que, com a Simone, a discussão vai subir a barra.” Passos acredita que quem ganhar a eleição tomará posse, apesar de todo o ruído político. “A gente sabe que, pelo histórico dele, Bolsonaro não quer a democracia”, disse. “Mas, apesar de tudo, o Brasil tem ainda resistência a esse tipo de coisa.” A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Estadão:

    Faltando três meses, o que esperar das eleições?
    Sou um ativista pela terceira via. Independentemente de projeções eleitorais que eu não sei fazer, a melhor forma de colocar o Brasil no rumo é ter uma alternativa ao que está aparecendo nas pesquisas, Bolsonaro e Lula. Uma chapa Simone-Tasso dá consistência para as prioridades dessa terceira via. Fala muito mais de futuro do que as alternativas hoje.

    O que o levou a fazer essa escolha pública?
    Podemos adjetivar o que o governo Bolsonaro tenta fazer: destruir as instituições, a democracia, os regulamentos mínimos da lei eleitoral, uma atitude tosca do que o Brasil precisa. Então, não precisa falar de programa de governo Bolsonaro porque a gente vive o programa Bolsonaro. A síntese é um show de horror. Ele sempre defendeu a ditadura, torturadores etc. Não tem surpresa em relação à biografia dele. Há surpresa em relação a certas coisas que ele disse na campanha e não fez. Seria um horror submeter o Brasil a mais quatro anos de bolsonarismo. Por outro lado, tenho acompanhado, e participei de um jantar com Lula. Tentando extrair das próprias diretrizes do programa do PT, fico com uma sensação de que a gente está voltando ao passado, com soluções antigas para problemas novos.

    Quais soluções?
    Temos um cenário internacional mais complexo. Um País também mais complexo em termos de inflação, pobreza etc. Sabemos que o Brasil precisa de reformas. Por isso, acho que a Simone (Tebet) pode enriquecer o debate, que está muito ralo com soluções antiquadas de um lado e trágicas de outro.

    Por que o debate em torno de ideias não acontece?
    Estou confiante de que, com a Simone, a discussão vai subir a barra. Hoje, não tem discussão. Teve um encontro da CNI, e o Lula não foi. Ele está com uma postura mais eleitoral e menos de explicitar qual é o programa. Alguns falam: “Não vai ser isso, na hora H vai mudar”. Eu falo: já não deu certo em 2018.

    Poderia dar exemplos de soluções antiquadas?
    Tirar o teto de gastos, mas não define qual é o novo regime. Reforma tributária e administrativa superficiais. A agenda de aumento da produtividade não é prioritária. Crítica a preços de combustíveis, “abrasileirar os preços”. Gostaria que me explicassem o que é isso. Não seguir a cotação do dólar? Isso é bobagem. Alguém vai pagar a conta daqui a um, dois, três anos. A ‘política cambial não pode ser passiva’. Intervenção de câmbio, a gente sabe que não dá certo. Resistência às concessões de saneamento, Estado indutor do crescimento através de estatais, a Petrobras reintegrando a cadeia de distribuição e refino.
    Já vimos onde isso vai dar. Tem a proposta do ativismo dos bancos públicos, sabemos que isso desequilibra o mercado de capitais de longo prazo. As políticas industriais. Tenho uma relação de políticas industriais. Teve o programa PSI, aquele em que o juro estava tão barato que tinha gente comprando caminhão para estocagem de mercadoria, e não para trafegar. Foram R$ 316 bilhões em subsídios creditícios. Há ainda os planos Brasil Maior, Inovar-Auto. Tem sentido subsidiar combustível fóssil para quem não está abaixo da linha de pobreza? Quando analiso a proposta do PT, está mais parecida com o Governo Dilma do que com o Lula 1 (2003/2006). Esse 1 faz toda a diferença.

    A senadora está bem atrás nas pesquisas. As chances de a candidatura dela deslanchar são mais difíceis?
    Ela vai se tornar mais conhecida a partir da convenção. Torço para que se confirme o nome do Tasso, que vai dar consistência econômica e socioambiental ao programa. O Brasil precisa de uma discussão madura a respeito de futuro, de prioridades, integrando políticas públicas com parceria privada. Pela situação de guerra e pandemia, tem uma baita oportunidade para o Brasil que é a atração do capital que está circulando no mundo. Tem um caminho para fazermos uma agenda econômica verde, e o Brasil tem uma grande vantagem porque vamos gerar crédito de carbono mais barato.

    Qual o seu envolvimento na campanha de Simone?
    Um grupo de empresários trabalha há dois anos para buscar alternativa à polarização. Para nós, é importante o País ser pacificado. Agora afunilou o nome da Simone, e procuramos ajudar com formulações e ideias.

    Qual o cenário que você vê com Bolsonaro ou Lula?
    O Bolsonaro vai levar a gente para uma situação muito grave por conta dessa coisa institucional, a falta de compromisso com certas agendas econômicas, como a ambiental, que isola o Brasil. Além de ser uma tragédia para a saúde. Na educação, o que está acontecendo com quatro ministros em três anos de governo. O armamento da população… É um atraso civilizatório. O Lula é o diagnóstico de que as formulações não vão dar certo. Se não trabalhar a agenda de produtividade, não vamos colocar o Brasil em condições de igualdade com os outros países.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    (Fonte: https://www.terra.com.br/economia/bolsonaro-e-um-show-de-horror-lula-propoe-solucoes-antigas,5ffa820f8ed721670a80f73846343273c31bm0v4.html)

  22. Miguel José Teixeira

    PrefaTur em ação

    “Mais de mil prefeitos vão a Brasília contra ‘PEC Kamikaze’ e propostas com impacto de até R$ 250 bi”
    (Por Adriana Fernandes, Portal Terra, 05/07/22)

    Mobilização é organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em protesto às medidas que aumentam gastos e reduzem receitas dos cofres municipais.

    (+em: https://www.terra.com.br/economia/mais-de-mil-prefeitos-vao-a-brasilia-contra-pec-kamikaze-e-propostas-com-impacto-de-ate-r-250-bi,904156679757c3e3454003cc923ca94dkkscwecs.html)

  23. Miguel José Teixeira

    Na tal foto, juro que identifiquei o BESSIAS 13 mil vezes e . . .

    Tem consequência?

    A nova foto falsificada, publicada por Lula, com pessoas multiplicadas artificialmente em Salvador, devolveu à tona a discussão: a Justiça Eleitoral, se é cega mesmo, considera fake news uma foto adulterada?

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/tse-flana-o-mes-inteiro-em-pleno-ano-eleitoral)

    .. . . incontáveis rostos que me remeteram ao colecionador de réplicas de relógios de grife.

  24. Miguel José Teixeira

    Será que o Primeiro Comando da Capital nos salvará do ex presidiário lula?

    Coligação PCC-PT
    O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que também é procurador, vai protocolar pedido de CPI para investigar novas denúncias de Marcos Valério à Policia Federal. O ex-tesoureiro do mensalão do governo Lula confirmou a aliança de petistas com organizações criminosas tipo PCC.

    Coisa de quadrilha
    Além de reforçar as suspeitas de que Celso Daniel, prefeito de Santo André foi morto por queima de arquivo, Marcos Valério revelou à PF haver movimentado mais de R$100 milhões de dinheiro sujo do PT.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/tse-flana-o-mes-inteiro-em-pleno-ano-eleitoral)

  25. Miguel José Teixeira

    “Orgulho em toda forma de amor”

    Além da hercúlea missão de “tirar os malas da caixa e colocá-los no armário”, o capitão zero zero teve de engolir, neste final de semana, a Parada LGBTQIAP+ que reuniu 100 mil pessoas em frente ao Congresso Nacional.

    Colhe-se apenas o que se plantou!

    Voltando ao tema da 23ª Edição da Parada LGBTQIAP+, vale registro:

    O “orgulho em toda forma de amor” é infinitamente mais valioso do que qualquer orgulho em uma centelha de ódio!

  26. Miguel José Teixeira

    Como diz o José Simão, “piada pronta”.

    “Presidente português vem ao Brasil e encontra-se com um ex presidiário”.
    Faz sentido! Consta que entre a comitiva de Cabral, que tomou posse do Brasil, haviam muitos ex presidiários!

  27. Miguel José Teixeira

    . . .”O Parlamento brasileiro já mostrou que pode muita coisa. Entre estas coisas, infelizmente, não estão o desenvolvimento do país e a diminuição da pobreza e do sofrimento das pessoas.”. . .

    “Um Parlamento sem limites”
    (Por Roberto Brant, Política, CB, 04/07/22)

    O sistema proporcional de eleição dos deputados à Câmara Federal, entre outros inúmeros defeitos, frauda a vontade popular na formação do governo e faz do Parlamento e da Presidência da República duas entidades separadas e estranhas uma à outra, vivendo realidades paralelas. Não é difícil imaginar que isto torna quase impossível a tarefa de governar. A combinação deste sistema eleitoral esdrúxulo com a fragmentação partidária excessiva impede qualquer presidente eleito, mesmo com grande apoio popular, de conquistar uma maioria orgânica no Parlamento para cumprir os planos que o levaram a ser eleito.

    Esse estado de coisas, embora sirva com perfeição aos que fazem da política uma profissão ou um negócio, significa governos impotentes e ausência de políticas públicas consistentes e de longo prazo nos campos que são próprios do setor público. Hoje, as relações entre governo e Congresso se resumem a barganhas de interesses e conveniências, passando ao largo do interesse público.

    Invasão
    Tudo isto vem de longe, mas, ultimamente, ganhou outro corpo com a invasão pelo Congresso de vários poderes próprios do Executivo e com a disposição dos parlamentares de ignorar regras tradicionais. As eleições de 2018 foram uma contundente manifestação de rejeição da política e produziu um Legislativo sem vínculos ou condicionamentos institucionais, em que lideranças e partidos perderam qualquer poder ou relevância política.

    Pode-se dizer, sem muito exagero, que a Câmara dos Deputados é composta não por 513 deputados organizados em bancadas partidárias, mas por 513 bancadas particulares, sem nenhum sentido de pertencimento político. Esse corpo perdeu o contato com a sociedade e não a representa senão por uma ficção legal, criando um vazio que afeta este governo e pode perpetuar-se, na ausência de algum evento regenerador.

    Os últimos movimentos do Congresso, particularmente, são de molde a esgotar as reservas de respeito que porventura ainda merece da sociedade. E dão razão a quem já considera inteiramente rompidos os laços que restam da representação política.

    Todos acompanhamos, até com certa incredulidade, a invenção do chamado orçamento secreto, expediente pelo qual Câmara e Senado passaram a executar, segundo seus próprios critérios e conveniências, uma parte importante do Orçamento público.Tal extravagância despertou uma indignação natural na população e exigiu a intervenção da Supremo Tribunal Federal (STF) para que se levantasse pelo menos o segredo das operações, segredo que fere de morte o princípio universal de publicidade dos gastos de recursos públicos. Quando se esperava que o Parlamento se retratasse e desistisse do privilégio, surge agora a proposta que torna esse Orçamento não apenas permanente, mas impositivo — ou seja, executado em quaisquer circunstâncias, mesmo diante de uma calamidade fiscal.

    A base elementar de qualquer democracia é o respeito às regras constitucionais. O Congresso, no entanto, parece se achar isento desses limites. Precisando distribuir benefícios para facilitar seu desempenho eleitoral, o que é expressamente proibido durante o período que antecede as eleições, o governo, mas principalmente o Parlamento, senhor da última palavra, uniram-se para transgredir a regra, fingindo que a obedeciam. Sem muita imaginação, decretaram que o país vive uma emergência devido à alta dos preços dos combustíveis e que nas emergências as regras da Constituição podem ser suspensas, pelo menos até o fim do ano e o término das eleições. Essa emergência não é uma emergência, nem as emergências verdadeiras têm prazo para terminar. Tudo é apenas uma farsa, a demonstrar que na democracia brasileira o que decide não são as regras, mas sim o poder.

    O Parlamento brasileiro já mostrou que pode muita coisa. Entre estas coisas, infelizmente, não estão o desenvolvimento do país e a diminuição da pobreza e do sofrimento das pessoas. Restou do episódio o gesto solitário do senador José Serra (PSDB-SP), o único a dizer não, lembrança de um Parlamento que já existiu e não existe mais.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/07/04/interna_politica,370407/um-parlamento-sem-limites.shtml)

    E no portal https://www.tse.jus.br/partidos/partidos-registrados-no-tse constam registrados LEGALMENTE 32 partidos políticos. . .

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