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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXXIV

30 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXXIV”

  1. Miguel José Teixeira

    Da série: “A viúva é rica e os abastecedores dos cofres são mansos e sofrem de amnésia crônica e são adePTos de ideologias”

    “Lira aumenta valor do auxílio-moradia dos deputados em 56%”
    (Madeleine Lacsko, Colunista do UOL, 24/01/23)

    Os deputados da nova legislatura contarão com um aumento de 56% no valor pago do auxílio-moradia. Um ato assinado nesta segunda-feira (23) pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), aumentará o valor dos atuais R$ 4.253 para R$ 6.654 mil.
    . . .
    (+em: https://congressoemfoco.uol.com.br/area/congresso-nacional/lira-aumenta-valor-do-auxilio-moradia-dos-deputados/)

    “É um tapa na cara da sociedade aumento do auxílio moradia dos deputados.”

    Enquanto houver otário, malandro não morre de fome. Defendo que essa frase passe a ser utilizada na bandeira nacional ou como lema do país. Um amigo tem uma versão mais elegante e cristã: “enquanto houver cavalo, São Jorge não anda a pé”.

    É assim que eu me sinto ao saber que nossos digníssimos representantes na Câmara dos Deputados tiveram a já nababesca verba de auxílio-moradia aumentada em 56%. Aliás, me sinto ainda mais otária quando constato que o país virou uma rinha de paquita de político enquanto essas coisas acontecem.

    Diante de notícias assim, um país que tem vergonha na cara cobraria publicamente e de maneira incisiva seus políticos. Nós não. Haverá os que dirão que o aumento é bolsomínion porque foi legitimado por Arthur Lira, apoiador do ex-presidente. Haverá também os que alegarão que ninguém fazia isso quando o presidente era Bolsonaro.

    Ou seja, pouco importa o que foi feito, se pode e deve ser revertido, quem precisa ser pressionado. Importa abstrair de qualquer solução prática para um problema e vestir o uniforme de paquita do seu político de estimação. Emburrecemos e estamos pagando um preço altíssimo.

    Você ouviu falar durante as negociações do orçamento deste ano que precisávamos demais mudar regras para incluir os pobres. Depois o ministro Gilmar Mendes, do STF, deu uma decisão mudando essas regras e garantindo a inclusão dos pobres no orçamento.

    A conversa continuou. Foi aprovada uma verba além do que era necessário para os pobres. Agora ouvimos do presidente Lula que o Brasil tem dinheiro sobrando para investir nos países irmãos. Nem parece o mesmo país que estava com a corda no pescoço por causa da herança maldita de Bolsonaro.

    Antes que se discutisse qualquer coisa sobre os pobres, foi assegurada durante a transição um gordíssimo aumento para nossos nobres parlamentares. Vale lembrar que o maestro dessa ópera tem apoio do presidente Lula para sua reeleição, apesar de recém-saído do palanque de Jair Bolsonaro.

    O presidente Lula havia defendido que pessoas com salário de até R$ 5 mil não deveriam pagar imposto de renda. Descumpriu a promessa. O PT foi rápido em inventar a fake news de que a alteração no imposto só poderia ter efeito no ano que vem, a tal da “anualidade tributária”.

    É uma manipulação inteligente. O princípio existe mas vale só para aumento de imposto, não para redução. É o mesmo princípio penal de que a lei não retroage, salvo em benefício do réu.

    Enquanto pessoas que viraram zumbis políticos debatem essas questões de forma apaixonada e desvinculada da realidade, os políticos passam a boiada. Tomo a liberdade de comparar o tamanho da boiada com o imposto de renda do trabalhador.

    O auxílio-moradia dos deputados passou de R$ 4.253 para R$ 6.654. Ele é destinado para os deputados que optam por não utilizar imóveis funcionais que estão à disposição deles, pagos pelo povo brasileiro.

    Hoje, um deputado ganha R$ 39.293,32. Em abril, passará a ganhar R$ 41.650,92. Podemos entender o princípio legal do auxílio-moradia, mas é impossível compreender que ele seja necessário ou justo.

    O deputado não paga imposto de renda sobre o valor caso comprove com recibo o valor do aluguel do imóvel. Assalariados que ganham mais de R$ 4.664,68 – ou seja, menos do que o auxílio-moradia dos deputados – estão na alíquota mais alta do imposto de renda retido na fonte, 27,5%.

    Um deputado tem de desembolsar isso sobre o auxílio moradia só nos casos em que opta por retirar o valor em cash sem demonstrar que foi usado para moradia.

    Segundo o IBGE, o rendimento médio do trabalhador brasileiro é de R$ 2.787, menos da metade do que um deputado ganha de auxílio-moradia.

    É o pior momento para nossos poderosos concederem a eles mesmos mais privilégios pagos pelo povo. Fizeram mesmo assim e muito provavelmente não terão de voltar atrás porque não haverá pressão popular para isso.

    (Fonte: https://noticias.uol.com.br/colunas/madeleine-lacsko/2023/01/24/e-um-tapa-na-cara-da-sociedade-aumento-do-auxilio-moradia-dos-deputados.htm)

  2. Miguel José Teixeira

    Se alguém ainda duvidava que a gestão lula 3.0 fosse mais do mesmo, depois da sua desastrosa passagem pela Argentina, agora já tem certeza!

    . . .”Mas Lula saiu da frigideira para mergulhar na panela fervente da oposição ao anunciar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) retomará os financiamentos aos países vizinhos, um prato cheio, uma vez que boa parte dos financiamentos anteriores aos vizinhos foi destinada à infraestrutura, em troca de contratos para empresas brasileiras de construção, principalmente a Odebrecht.”. . .

    “Não dá para não falar da Americanas”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 24/01/23)

    O que não falta é assunto sobre a política, principalmente para a oposição ao governo Lula, da extrema direita à chamada terceira via. Na Argentina, no encontro com o presidente Alberto Fernandes, seu aliado das horas mais difíceis, Lula anunciou a criação de uma moeda virtual do Mercosul e que retomará os empréstimos do BNDES aos países vizinhos. Logo circulou uma fake news de que seria criada uma moeda única entre os dois países. Na verdade, o que se discute é uma “moeda de reserva”, virtual, que facilite as relações comerciais entre os países do Mercosul, sem a necessidade de dólares. Mais ou menos como está em discussão entre os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Ou seja, não é verdade que o real será extinto.

    Mas Lula saiu da frigideira para mergulhar na panela fervente da oposição ao anunciar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) retomará os financiamentos aos países vizinhos, um prato cheio, uma vez que boa parte dos financiamentos anteriores aos vizinhos foi destinada à infraestrutura, em troca de contratos para empresas brasileiras de construção, principalmente a Odebrecht. Nas investigações da Lava-Jato, a delação premiada de Marcelo Odebrecht atingiu nove ex-presidentes, entre os quais, seis peruanos, cuja crise política perdura até hoje.

    No Brasil, a CPI do BNDES da Câmara pediu o indiciamento de mais de 50 pessoas, entre elas, os ex-ministros Guido Mantega e Antônio Palocci, o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, diversos ex-diretores da instituição e empresários beneficiados com recursos do banco estatal, porém, nada foi provado contra o presidente Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff. A integração da infraestrutura da América do Sul é necessária: o eixo do comércio mundial se deslocou do Atlântico para o Pacífico. O comércio exterior do Brasil só tem a ganhar, principalmente a exportação de manufaturados, se houver uma infraestrutura logística continental, integrada e moderna.

    Esse foi o recado de Lula ao destacar a importância da relação bilateral Brasil-Argentina, o nosso maior parceiro comercial na América Latina e o terceiro no mundo. “Argentina é o terceiro parceiro comercial do Brasil, só perde para a China e para os Estados Unidos, isso tem que ser valorizado, isso só pode ser valorizado, não por conta dos presidentes, mas por conta dos empresários, são vocês que sabem fazer negócio, são vocês que sabem negociar”, disse o presidente.

    Outro assunto importante foram as denúncias da Procuradoria-Geral da República contra os envolvidos nos atos de vandalismo de 8 de janeiro, com três novos inquéritos. A turma do deixa disso, com certa razão, está preocupada com o clima de ajuste de contas existente em Brasília, que mira os que invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, sobretudo os organizadores, os financiadores e as autoridades que se omitiram durante a crise, inclusive militares. O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que está preso, por hora afasta a possibilidade de uma delação premiada. Não tem a menor chance de se safar só no gogó. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes já avisou que não vai refrescar ninguém com culpa comprovada. Mais de mil pessoas continuam presas.

    Risco financeiro
    Tem ainda a questão militar. Lula afastou a ameaça de golpe e rechaçou a tutela fardada, ao demitir o comandante do Exército, no sábado. Indicou para o cargo o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, defensor do respeito à democracia e ao resultado das eleições. O estresse militar agora se restringe à necessária punição dos oficiais que efetivamente se omitiram ou eventualmente colaboraram com a invasão e depredação do Palácio do Planalto, a começar pelo comandante da Guarda Presidencial.

    O general Arruda ocupava o cargo interinamente desde 30 de dezembro do ano passado, após um acordo entre a equipe de transição e o antigo governo. Ele estava à frente do Exército durante os ataques às sedes dos três Poderes na capital federal e teria impedido, pessoalmente, a prisão dos extremistas que voltaram ao acampamento em frente ao QG do Exército após os ataques.

    E a Americanas?
    É o assunto econômico deste começo de 2023 e não tem nada a ver com os planos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a economia. A dívida da Americanas chega a R$ 43 bilhões, bem maior que os R$ 20 bilhões anunciados inicialmente. A empresa deve a 16 mil credores, entre empresas, bancos e pessoas físicas. Três acionistas, com 30% das ações, estão em maus lençóis: Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, que estão entre os homens mais ricos do mundo, segundo a Forbes. Eram símbolos de modernidade e competência; agora, estão enrascados numa “contabilidade criativa”.

    A empresa já está em processo de recuperação judicial, após a Justiça acatar o pedido, na última quinta-feira. As lojas continuam abertas. Os três empresários ofereceram R$ 6 bilhões para reforçar a empresa, mas os bancos queriam pelo menos R$ 10 bilhões para começar a conversar. No total, 140 mil investidores estão no sal. O Black Rock, o maior fundo de pensão do mundo, é o mais atingido. Puket, Natural da Terra e Hortifruti, além de metade das lojas de conveniência do BR Mania, pertencem a Americanas.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/24/interna_politica,379254/nas-entrelinhas.shtml)

  3. Miguel José Teixeira

    A geringonça vai à Portugal. . .

    Lula em Portugal
    Quando chegar a Portugal, em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai encontrar tanto o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, quanto o primeiro-ministro, António Costa, em baixa. As pesquisas mais recentes mostram a popularidade dos dois em queda livre. Só essa notícia já é desanimadora para o petista. Mas pior, para ele, é saber que enquanto seus aliados perdem força, a direita mais radical cresce. O Chega, partido de André Ventura, está ocupando espaço pelas bordas. E tem apoio de parte dos brasileiros que votam pelo sistema português.

    LIDE Conference
    Com o objetivo de debater os caminhos democráticos e cooperação internacional, além de novos investimentos no Brasil, autoridades brasileiras se encontram em Lisboa, nos dias 3 e 4 de fevereiro para o Lide Brazil Conference. A lista de convidados está repleta de figuras de peso: Simone Tebet (foto), ministra do Planejamento e Orçamento; os ministros do STF Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski; além de Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).

    Participação de empresários
    Os empresários Abílio Diniz, presidente da Península Participações; Luiz Carlos Trabucco, presidente do Conselho do Bradesco; e Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho do Magazine Luiza — também vão participar para falar sobre cooperação internacional e necessidade de novos investimentos no Brasil. O ex-presidente Michel Temer faz a abertura do evento, que também tem como expositor Raimundo Carreiro, embaixador do Brasil naquele país. Mais de 150 empresários são esperados na capital portuguesa.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/24/interna_politica,379229/brasilia-df.shtml)

    Matutando bem. . .

    Seria bom a caravana tupiniquim pedir desculpas aos portugueses, pelo estrago que foi feito aqui desde o “Grito da Independência”.

  4. Miguel José Teixeira

    Deguste o texto com moderação, pois servirá para mantê-lo acordado.

    “O país das oportunidades perdidas”
    (Samuel Hanan, Engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, foi vice-governador do Amazonas (1999-2002), CB, 24/01/23)

    Historicamente, toda crise termina em uma bifurcação: desenvolvimento ou abismo. Tristemente, mais uma vez o Brasil, ao final de novo período de turbulência, não faz a opção pelo desenvolvimento socioeconômico e humano. Difícil, portanto, ter alguma perspectiva otimista de futuro.

    Os sinais não são nada animadores. O governo que acaba de assumir, eleito com o apoio de 16 partidos políticos, de intelectuais, da classe artística e de banqueiros — além de contar com a boa vontade da grande mídia tradicional — antes mesmo de ser empossado se posicionou sobre temas relevantes de forma a gerar muita preocupação na classe empresarial principalmente. As reações são sintomáticas: muitos dos economistas notáveis já se pronunciaram pelo distanciamento do novo governo, alguns até declarando arrependimento pelas manifestações anteriores de apoio.

    Há razões para tamanha preocupação. A começar pelo aumento do número de ministérios, de 23 para 37 pastas, número muito superior ao de países desenvolvidos como Alemanha (15), Estados Unidos (15), Itália (18), Reino Unido (22) e Rússia (17), com todos os custos que isso vai representar.

    Outro motivo foi a PEC da Transição, pela qual o novo governo propôs ao Congresso autorização para gastar R$ 180 bilhões por ano acima do teto legal por quatro anos. A justificativa foi a necessidade de garantir recursos para o pagamento do Bolsa Família, mas o Parlamento achou exagerado e modificou o projeto original, aprovando o estouro do teto por um ano apenas e no total de R$ 145 bilhões, considerando ser tempo suficiente para o governo que assumiu em janeiro fazer os ajustes necessários no primeiro ano do exercício a fim de assegurar recursos orçamentários dentro do limite legal para 2024.

    Outra medida polêmica foram as alterações na Lei das Estatais, aprovadas em votação relâmpago, de modo a permitir o aumento de 0,5% para até 2% da receita bruta operacional como limite de despesas com publicidade para empresas públicas e sociedades de economia mista, em cada exercício. Também foi reduzida drasticamente (de 3 anos para apenas 30 dias) a quarentena entre a desvinculação da estrutura de partido político ou de trabalho vinculado à organização, estruturação e realização de campanha eleitoral e a posse do indicado para cargo de diretoria ou de conselho de administração de empresa pública e sociedades de economia mista da união, estados, do Distrito Federal e dos municípios.

    Essa alteração — carta marcada para beneficiar histórico integrante do partido do presidente — abriu uma brecha legal de efeito muito mais abrangente, mesmo porque a mudança também abrangeu a quarentena para cargos de agências reguladoras. As alterações facilitarão nomeações políticas em 587 cargos de alto escalão (272 diretorias e 315 vagas em conselhos), com remunerações e benefícios que consumirão até R$ 3 bilhões por ano.

    Além disso, o governo já prepara um novo substitutivo para a lei, a fim de flexibilizar o acesso a cargos nos conselhos administrativos das estatais. Se aprovado, o governo garantirá mais espaço para seus aliados no comando das empresas, uma vez que 317 postos serão disponibilizados.

    Tudo isso caminha na contramão de tudo o que se esperava: a moralização das estatais, que detêm os cargos com maior remuneração e que num passado muito recente foram palco de enorme esquema de corrupção, responsável por condenações judiciais — depois revistas — de vários políticos que agora retornam ao poder. O mais dramático é que a farra será estendida aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, num efeito cascata significativamente oneroso aos cofres públicos.

    Temos, portanto, um sinal preocupante: a instituição de mais privilégios, com mais despesas, em vez do corte de gastos, em decisão totalmente dissociada da realidade das receitas. Uma afronta aos princípios básicos de administração.

    Por seu lado, ainda não se ouviu do presidente e de sua equipe de ministros nenhuma menção às propostas de redução de despesas, ao corte de privilégios ou a um plano de metas, essenciais à retomada do desenvolvimento do país, ansioso por um futuro melhor para seus 215 milhões de habitantes.

    Nesta nação de decisões estranhas, um ministro da Suprema Corte decidiu, às 23h37 de um domingo, logo após o encerramento da Copa do Mundo no Catar, de forma monocrática, que a manutenção do programa de transferência de renda (atual Auxílio Brasil) poderá se dar por meio de abertura de crédito extraordinário, o que deixa essas despesas fora do limite de gastos. Tal decisão se deu no julgamento de pedido apresentado por um partido político e, com ela, a discussão sobre a questão deslocou-se do Congresso Nacional, onde vinha sendo debatida possível alteração legislativa, para ter desfecho no Judiciário.

    De volta aos números, o cenário atual remete à previsão de aumento do deficit público nominal — dos atuais R$ 800 bilhões ou R$ 850 bilhões para R$ 1 trilhão ou R$ 1,05 trilhão, valor superior a 9,5% a 10% do PIB Nacional. Não é pouca coisa. Além disso, o pagamento de juros aos bancos deverá superar R$ 900 bilhões ao ano, ou seja, montante superior a toda a arrecadação federal de quatro meses. E, o que é pior, os juros serão sempre crescentes, retardando a necessária desaceleração da taxa Selic. Significa dizer que os investidores e o mercado — que já mostraram certa desconfiança em relação ao futuro ministro da Economia — acompanharão ainda mais de perto todos os passos do governo.

    Há motivos reais para preocupação. Afinal nenhuma medida foi anunciada em relação ao efetivo combate à corrupção, problema crônico apontado no ranking da ONU, no qual desde 2016 o Brasil aparece estagnado na 79ª posição entre os 176 países mais corruptos do mundo. Tampouco se fala em enfrentar, com urgência, o excesso de gastos com o funcionalismo público para desinchar a máquina administrativa e remunerar adequadamente os profissionais das áreas de educação, saúde e segurança pública.

    Do mesmo modo, ainda não foi cogitado concretamente nenhum projeto de lei para reduzir as renúncias fiscais e os gastos tributários, que precisam cair dos atuais 5% para 1,5% do PIB a fim de garantir mais recursos para investimentos em áreas essenciais para a população. Não se viu, igualmente, nenhuma preocupação em apresentar um plano de metas, questão, aliás, ausente dos programas de governo e dos debates eleitorais.

    Não podemos nos eternizar como o país das oportunidades perdidas. Ao chegar à bifurcação, é preciso optar pelo caminho do desenvolvimento. O humorista Millôr Fernandes (1923-2012) dizia, jocosamente, que “o Brasil tem um enorme passado pela frente”. Temos agora uma nova oportunidade de fazer a piada perder a graça. É bom não desperdiçá-la.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/01/24/interna_opiniao,379227/o-pais-das-oportunidades-perdidas.shtml)

  5. Miguel José Teixeira

    É melhor o capitão zero zero ficar por lá, pelo menos até passar a eleição do senado!

    “Aliados afirmam que Bolsonaro só volta ao Brasil em fevereiro”
    (Cláudio Humberto, DP, 24/01/23)

    Aliados políticos e amigos de Jair Bolsonaro ouviram do ex-presidente que o retorno ao Brasil deve ficar para fevereiro, e olhe lá. Não há “certeza” do retorno para o mês. A confirmação é só que, se nada mudar, está descartado o retorno em janeiro. O entorno político pressiona o ex-presidente para retornar ao Brasil e encabeçar alguns compromissos com o PL e, principalmente, a eleição para Presidência do Senado.

    (+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/aliados-afirmam-que-bolsonaro-so-volta-ao-brasil-em-fevereiro)

    Caso ele volte antes, periga “dar ruim”!

  6. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 24/01/23)

    …alguém precisa contar a Lula que já existe “moeda única” na Argentina: o Dólar.

    Matutando bem…

    É melhor deixar quieto, pois nem o “hemorróida ambulante” que preside a Argentina sabe disso.

  7. Miguel José Teixeira

    Mas nós, burros de cargas, desconfiamos que sim com base no histórico da quadrilha PeTralha

    “Não sabem o que dizem”

    Após criticar a “grosseria” de Bolsonaro, Lula reagiu agressivamente a pergunta de repórter sobre o Brasil bancar um gasoduto. Disse que não é ministro da Fazenda para saber tudo. Mas o ministro também não sabe.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/aliados-afirmam-que-bolsonaro-so-volta-ao-brasil-em-fevereiro)

  8. Miguel José Teixeira

    Com empréstimo “gallina muerta” do BNDES

    “Argentina licitará em 90 dias 2º trecho de gasoduto de Vaca Muerta”
    . . .
    “O desafio que temos que enfrentar juntos é que Vaca Muerta chegue ao Brasil para que os brasileiros tenham acesso ao volume de gás que precisam para o processo de desenvolvimento industrial e para que os argentinos tenham a oportunidade de exportar parte do que é nosso recurso, nossa riqueza do subsolo, que hoje está de alguma forma inexplorado ou subaproveitado por falta de infraestrutura”, acrescentou.
    . . .
    (+em: https://www.terra.com.br/economia/dinheiro-em-acao/argentina-licitara-em-90-dias-2-trecho-de-gasoduto-de-vaca-muerta,e3af7571fb5eab5d18ca50bb55a50375piiv45sh.html)

    Matutando bem. . .o que é bom para os vermelhóides esquerdopatas é ruim para nós, burros de cargas!

  9. Miguel José Teixeira

    Esse filme é antigo, mudo, preto e branco e todos nós conhecemos seu aterrorizante final: nós burros de cargas pagaremos a conta!

    “Lula diz que BNDES vai voltar a financiar projetos para ajudar ‘países vizinhos’ a crescer”
    . . .
    “O BNDES vai voltar a financiar as relações comerciais do Brasil e vai voltar a financiar projetos de engenharia para ajudar empresas brasileiras no exterior. E para ajudar que países vizinhos possam crescer e até vender resultado desse enriquecimento para países como Brasil”, afirmou o petista.
    . . .
    (+em: https://www.terra.com.br/economia/dinheiro-em-acao/lula-diz-que-bndes-vai-voltar-a-financiar-projetos-para-ajudar-paises-vizinhos-a-crescer,776307e0e30ba5cd1857c137be5d650aekcxamz5.html)

    E o Matutildo: só mesmo no cérebro de uma ameba!

    E o Bedelhildo: será que amebas tem cérebo?

  10. Miguel José Teixeira

    Sobrou para os vereadores

    “Agência oficial ignora gramática e adota linguagem neutra: ‘deputade eleite’”
    . . .
    A linguagem neutra é polêmica e desrespeita as normas cultas da Língua Portuguesa, adotada oficialmente no Brasil. O fenômeno também é criticado por especialistas. A professora do Departamento de Letras Vernáculas na Universidade Federal de Sergipe e editora-chefe da Revista da ABRALIN (Associação Brasileira de Linguística), Raquel Freitag, já declarou que “a linguagem neutra não existe”.

    (+em: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/agencia-do-governo-ignora-gramatica-e-adota-linguagem-neutra-deputade)

  11. Miguel José Teixeira

    防御者 Fángyù zhě (A defenestrada) não quer estocar ventos na Grande Muralha

    “Dilma descarta cargo na China e deve ir para Unasul ou ONU”
    Banco dos Brics, sediado em Xangai, foi considerado muito distante pela ex-presidente.
    De acordo com interlocutores da ex-mandatária, estão sendo discutidas as possibilidades de que ela assuma um cargo na União de Nações Sul-Americanas (Unasul), foro criado em 2008 e que deve ser retomado neste ano, ou em um órgão da ONU, como a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
    . . .
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/01/dilma-descarta-cargo-na-china-e-deve-ir-para-unasul-ou-onu.shtml)

  12. Miguel José Teixeira

    Ué. . .quem não deve não teme!

    “Governo teme fritura de Dino e não quer CPI”
    O Palácio do Planalto avalia que a criação, no Senado, de comissão de inquérito para apurar a quebradeira em Brasília, no dia 8, vai acabar por arrastar o ministro da Justiça, Flávio Dino, para o olho do furacão. Chefe da Força Nacional e Polícia Federal, Dino seria prato cheio na CPI. A esperança dos governistas era que senadores que assinaram o pedido e não se reelegeram naufragariam a CPI. Mas não contavam com um “olé” da autora do pedido, a senadora Soraya Thronicke (União-MS).
    (+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/esplanada-dos-ministerios-deve-ganhar-forca-policial-propria)

  13. Miguel José Teixeira

    Será que estão imitando o maldito ditador: Esquadrão de Proteção (Schutzstaffel), conhecido como SS, uma guarda especial com a função de proteger Adolf Hitler e outros líderes do Partido?

    “Esplanada dos Ministérios deve ganhar força policial própria”
    Está em gestação no Congresso a criação de um batalhão de polícia para assumir a segurança da Esplanada dos Ministérios. O assunto já foi debatido entre a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), ambos do PP. O projeto esvazia o movimento de federalização da Segurança do DF, como pretende projeto do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE).
    (+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/esplanada-dos-ministerios-deve-ganhar-forca-policial-propria)

    Melhor a sociedade ficar atenta!

  14. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    Cláudio Humberto, DP, 23/01/23)

    …Lula vai encontrar uma Casa Rosada de vergonha como o governinho do amigão Alberto Fernández.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    . . .e o “hemorróida ambulante” encontrou um ex presidiário vermelho de ódio.

    E o Bedelhildo: “par perfeito! Nasceram um para o outro. Periga dar trisal com o podre venezuelano maduro!

      1. Miguel José Teixeira

        Eis o motivo da ausência do terceiro participante na futura orgia com recursos públicos brasileiros: “Funcionários do setor público venezuelano vão às ruas por melhores salários.”. . .O salário mínimo da Venezuela, que é de 130 bolívares por mês (cerca de apenas 6 dólares), foi ajustado pela última vez em março de 2022, quando a inflação anual fechou em 305%, segundo grupos não governamentais que monitoram indicadores econômicos na ausência de dados oficiais. . .+em: https://www.terra.com.br/noticias/mundo/funcionarios-do-setor-publico-venezuelano-vao-as-ruas-por-melhores-salarios,34cac1d711d75f9b6c36c4a0bc4f0ff5901l22ij.html

  15. Miguel José Teixeira

    Bom sinal: nasceu no “Dia de São Miguel”, príncipe das milícias celestes.

    “Veja quem é o general Tomás, novo comandante do Exército”
    O general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, chefe do Comando Militar do Sudeste, foi anunciado neste sábado (21) para comandar o Exército, após Lula exonerar do cargo o general Júlio César de Arruda.

    Veja o currículo do militar:

    https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/veja-quem-e-o-general-tomas-miguel-ribeiro-paiva-novo-comandante-do-exercito

  16. Miguel José Teixeira

    Nova série na “tupiniflix”: “Abastecedores “de las arcas de la viuda” mais mansos e com amnésia mais acentuada.

    “Fernandez diz que ataques golpistas dificilmente ocorreriam na Argentina”
    . . .
    O líder argentino também elogiou a forma como Lula reagiu aos ataques golpistas em Brasília e afirmou que algo assim dificilmente ocorreria na Argentina, porque o país tem, segundo ele, “Forças Armadas alinhadas à institucionalidade”. “Devemos estar alertas, sem permitir que isso ocorra em nenhum lugar.”
    . . .
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/01/argentina-tem-forcas-armadas-alinhadas-a-institucionalidade-ataque-seria-dificil-diz-fernandez.shtml)

    Será que um porra louca desses tem alguma credibilidade para emitir opiniões sobre o que ocorre em solo tupiniquim?

    Olhe para a situação de seu país, hemorróida ambulante!

    Um peso argentino vale apenas 0,028 Real.

  17. Miguel José Teixeira

    Lutar sempre. Vencer às vezes. Desistir jamais. Escrito na traseira de caminhão

    “Dicas de português, Dad Squarisi, CB, 22/01/23

    “Questão de tempo”
    Desde o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, Anderson Torres ocupa as manchetes. Os repórteres parecem sem opção. Só falam no assunto. É aí que mora o perigo.
    Ao se referir a Torres, identificam-no como ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Nada feito. Ele é ex-ministro hoje, mas ministro da Justiça no governo Bolsonaro: Anderson Torres, ministro da Justiça no governo Bolsonaro, está preso em Brasília. Está preso o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

    “Flexão”
    O governo teme que manifestações extremistas pipoquem pelo país. Os serviços de inteligência estão atentos. Enquanto aguardam, preocupam-se com o bom emprego da língua. Um dos desafios foi o plural de quebra-quebra.
    Consulta vai, consulta vem, eureca! Quando os dois elementos são constituídos de palavras iguais ou indicam som de coisas, só o segundo se flexiona: quebra-quebras, reco-recos, tico-ticos, troca-trocas, pisca-piscas, tique-taques.

    “Mesmo som”
    Anderson Torres está na carceragem da Polícia Federal. Dorme em beliche, mas ganhou forno de micro-ondas e tevê. O Ministério Público foi fazer vistoria na cela.
    Assim mesmo — cela com c, que significa aposento, lugar pequeno. Não confundir com sela com s, que quer dizer arreio de cavalo ou forma do verbo selar (eu selo, ele sela, nós selamos, eles selam).

    “Mudez”
    O ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal manteve-se em silêncio no depoimento prestado à Polícia Federal. Recorreu ao direito de não produzir provas contra si mesmo. Mesmo sem falar, trouxe ao cartaz o verbo depor. Ele se conjuga como pôr: eu ponho (deponho), ele põe (depõe), nós pomos (depomos), eles põem (depõem). E por aí vai.

    “Por falar em depor…”
    O verbo amado pela polícia e temido por quem tem contas a prestar exige a preposição em: depor na polícia, depor na CPI.

    “A diferença”
    Na cobertura do quebra-quebra na capital de todos nós, a polícia foi um dos destaques. Ela agiu. Prendeu, investigou e emitiu mandados. Pintou a dúvida: mandado ou mandato? Uma letra faz a diferença:
    Mandado vem de mandar, mando. Trata-se de ordem judicial: mandado de prisão, mandado de segurança, mandado de busca e apreensão.
    Mandato quer dizer representação, delegação: O mandato de deputado é de quatro anos; o de senador, oito.

    “Das Arábias”
    Na onda da quebradeira na Praça dos Três Poderes, o governador do Distrito Federal foi afastado do cargo. Assumiu a vice-governadora. A defesa de Ibaneis Rocha não deixou por menos. O advogado falou em sabotagem da polícia. Será?
    Pelo sim, pelo não, vale um passeio pela etimologia. Sabotagem vem de sabbat. Na língua de Kalil Gibran, a dissílaba dá nome à madeira perfumada chamada sândalo. Com ela se faziam tamancos. Em francês, sabot. É aí que a história começa. Os camponeses, sem dinheiro pra comprar sapato de couro, usavam o de madeira. Com ele, pisavam as plantas tenras dos grandes proprietários. Daí nasceu sabotar — pisar com o tamanco.
    A palavra cresceu e apareceu. Ganhou novas acepções. Designa, sobretudo, ato de destruição intencional de um trabalho ou de uma máquina. Sabotam-se projetos. Sabotam-se casamentos. Sabotam-se candidaturas. Sabotam-se acordos. Sabotam-se instalações industriais. Sabotou-se o governo de Ibaneis? Valha-nos, Deus!

    “Leitor pergunta”
    Por que o rei recebe o tratamento de majestade? (Evandro Souza, Guarujá)
    A razão tem a ver com a origem do termo. Majestas, em latim, quer dizer poder. Daí majestade.

    (Fonte:http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/01/22/interna_cidades,379112/dicas-de-portugues.shtml)

  18. Miguel José Teixeira

    Extratos de Brasília-DF (Denise Rothenburg), CB, 22/01/23

    “Lula e Lira acertam os ponteiros”
    As desconfianças geradas a partir dos atos antidemocráticos — especialmente nas Forças Armadas com a saída do general Júlio César Arruda do comando do Exército — levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tratar de criar lastros para dar segurança onde for possível, a fim de evitar mais turbulências. Nesse sentido, Lula jantou na última sexta-feira com o presidente da Câmara, Arthur Lira, a fim de acertar o compasso para esta reta final da disputa dos cargos da Mesa Diretora. O encontro foi para fortalecer os laços entre Lira e o presidente da República. E, nesse embalo, evitar que os movimentos do PT para formação de bloco — e conquista de comissões, como a de Constituição e Justiça (CCJ) — sejam interpretados como uma animosidade para com o presidente da Câmara.

    Lula sabe que, neste momento, o governo não tem uma base sólida na Câmara, quem tem é Lira. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tem trabalhado dia e noite nessa construção, ao lado do líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE). Ambos, aliás, estiveram nessa reunião entre Lula e Lira. É o governo buscando reforçar a posição antes que a briga dos partidos por espaço de poder contamine a relação com Lira. O governo hoje tem plena consciência de que se o presidente da República brigar com o presidente da Câmara, como ocorreu com Dilma Rousseff e o deputado Eduardo Cunha, nunca termina bem.

    “Os nós do governo I”
    O discurso em que o novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, reforçou o óbvio, ou seja, que ser militar representa respeito à hierarquia e à disciplina, além de respeito aos resultados da urna, era justamente o que o governo esperava do general Júlio César Arruda. E não foi feito. Ou Lula trocava o comando para quem fosse capaz de fazer esse discurso ou os problemas continuariam.

    “Os nós do governo II”
    Na seara política do governo, se diz que, quando um general precisa dizer o óbvio em um discurso, é sinal de que nada está bem na caserna e o risco de insubordinação está elevado. Ou seja, o presidente Lula não acertou o passo com os militares, com o agro, a economia ainda não apresentou seu plano e nem sabe o tamanho da base aliada no Parlamento.

    “Eles querem surfar na onda”
    Os parlamentares que detectaram esses problemas complexos do governo acreditam que Lula não terá lua de mel. É a turma que está disposta a oferecer ajuda em troca de prestígio nas bases, leia-se cargos.

    “Os otimistas”
    Os petistas, porém, estão convencidos de que os atos antidemocráticos e criminosos de 8 de janeiro terminaram por fortalecer a posição de Lula e devem dar uma folga de seis meses a um ano. Nos demais partidos, a leitura é a de que, se Lula estiver um trimestre de respiro já estará no lucro.

    (Fonte:http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/22/interna_politica,379132/brasilia-df.shtml)

  19. Miguel José Teixeira

    . . .”“Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele – isso é algo que sempre deveríamos ter presente”, . . .”

    “A tragédia Ianomami envergonha a nação”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 22/01/23

    Em março de 2014, o fotógrafo Sebastião Salgado realizou uma expedição à Terra Indígena Yanomami. Em seus registros estão a tradicional festa fúnebre Reahu, realizada na aldeia Demini, morada do líder Davi Kopenawa, e a subida ao Pico da Neblina com um grupo de xamãs Ianomami, fotos publicadas na edição digital do Washington Post, naquela ocasião. Em preto e branco, são imagens fortes e fascinantes, como são todas que o consagraram o fotógrafo brasileiro. Como na exposição “Genesis”, aquele ensaio passa o mesmo sentimento de um lugar num tempo diferente do nosso. Salgado já havia percorrido a região nos anos 70 e 90 do século passado. Um poster dos Ianomami olhando para o Yaripo, o cume do Pico da Neblina, no site do Instituto Terra, custa R$ 250. São indígenas alegres, bonitos, robustos e saudáveis.

    Ontem, quando me preparava para escrever mais uma coluna sobre as relações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as Forças Armadas, o assunto da semana, cujo desfecho foi a troca de comando do Exército, recebi do meu amigo Jorge Venâncio, médico sanitarista que conheço desde os nossos tempos de estudante, uma série de 16 fotos coloridas de crianças, jovens, adultos e idosos Ianomami que parecem cenas de um campo de concentração nazista. Foram distribuídas pelos líderes Ianomami e são a realidade nua e crua de uma aldeia da Reserva Ianomami em Roraima, após a chegada dos garimpeiros à região. Situação tão grave que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a visitar o local, apesar da crise militar. A situação envergonha a nação e corrobora o acerto da criação do Ministério dos Povos Indígenas.

    Somente neste ano, 99 crianças do povo Ianomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região. As vítimas foram crianças entre um e 4 anos. As causas da morte são, na maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia. Estima-se que 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome. Além disso, em 2022 foram confirmados 11.530 casos de malária no Distrito Sanitário Especial Indígena Ianomami, distribuídos entre 37 Polos Base. As faixas etárias mais afetadas são as maiores de 50 anos, seguidas pela faixa etária de 18 a 49 e 5 a 11 anos. Devido ao caos sanitário, o Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública.

    O ex-presidente Jair Bolsonaro é o grande responsável pelo que ocorreu. Não só sufocou os órgãos responsáveis pela assistência aos indígenas como liberou o garimpo ilegal no país. O que lhe falta de empatia em relação aos índios, sobra de apoio aos garimpeiros, talvez porque tenha sido um deles nos tempos em que serviu o Exército em Goiás. Bolsonaro não tem nenhum laço de ancestralidade com os indígenas brasileiros.

    Como se sabe, esse é o fio da vida, da sabedoria, da identidade, do pertencimento e da criatividade, que tece o passado, o presente e o futuro, formando uma teia de relações que conecta a humanidade. É também a memória que transcende o espaço e o tempo para recriar futuros possíveis e saudáveis. Pensar em todas as pessoas que vieram antes de você é entender que há algo muito maior dentro de nós, um caminho que vem sendo traçado de várias formas, inclusive culturalmente. Os negros brasileiros buscam essa ancestralidade para combater o racismo estrutural; para preservar suas terras e sobreviver, os indígenas brasileiros também, principalmente depois Constituição de 1988.

    A terra-floresta

    Falamos muito da riqueza e da biodiversidade da Amazônia, mas pouco do tesouro cultural que ela abriga. A antropologia estrutural de Claude Lévi-Strauss (1908-2009), grande intelectual belgo-francês, não existiria sem nossos indígenas, nem ele seria um dos maiores pensadores do século passado. Convidado a lecionar na recém-criada Universidade de São Paulo, através de uma missão universitária francesa, de 1935 a 1939, Lévi-Strauss fez diversas expedições pelo interior brasileiro, onde estudou comunidades indígenas e teve a sua grande vocação para a etnologia desperta. O registro dessas viagens está presente em Tristes Trópicos (1955), um clássico da antropologia, que também fez dele um dos grandes intérpretes do Brasil.

    Contrário à ideia de superioridade e privilégio da civilização ocidental, Lévi-Strauss acreditava e enfatizava que a mente selvagem e tribal é igual à mente civilizada. Seus estudos baseados na linguagem e linguística possibilitaram novas perspectivas também para a psicologia a entender como a mente humana trabalha. “Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele — isso é algo que sempre deveríamos ter presente”, disse em 2005. Não à toa, o imaginário Ianomami quer salvar o mundo.

    Para eles, urihi, a terra-floresta, não é um mero espaço inerte de exploração econômica. Trata-se de uma entidade viva, inserida numa complexa dinâmica cosmológica de intercâmbios entre humanos e não-humanos, que hoje está ameaçada pela ação dos garimpeiros e outros predadores. O líder Ianomami Davi Kopenawa explica: “A terra-floresta só pode morrer se for destruída pelos brancos. Então, os riachos sumirão, a terra ficará friável, as árvores secarão e as pedras das montanhas racharão com o calor. Os espíritos xapiripë, que moram nas serras e ficam brincando na floresta, acabarão fugindo. Seus pais, os xamãs, não poderão mais chamá-los para nos proteger. A terra-floresta se tornará seca e vazia. Os xamãs não poderão mais deter as fumaças-epidemias e os seres maléficos que nos adoecem. Assim, todos morrerão.”

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/22/interna_politica,379161/nas-entrelinhas.shtml)

  20. Miguel José Teixeira

    “Carta para um Brasil que já deu certo”
    (Ana Dubeux, CB, 22//01/23)

    “Querido Brasil,

    Nasci de você há anos-luz. Meu berço nem de longe era esplêndido. Conheci a pobreza e muitas mazelas mais. Mas herdei de ti a teimosia. Essa sim, inabalável. Posso dizer que venci na vida. E que não vivi o suficiente para ver a sua vitória completa. Escrevo do porvir, de algum lugar bom. Escrevo para que não te esqueças. A memória dos anos difíceis deve ser também preservada. As atrocidades e os erros são lembranças doloridas, mas são parte de uma verdade. Assim é.

    No seu álbum, estão os anos de chumbo, a ditadura, a fome, a miséria, as calamidades, a corrupção, a vergonha, a falta de educação.

    Falo sobretudo de um tempo, o meu por essas bandas, em que o machismo ainda era um tapa na cara e enterrava mais corpos de mulheres do que a gente podia contar diariamente.

    Falo de um tempo em que a democracia, para alguns malucos e criminosos, era ameaça. E o medo se transfigurou em uma realidade dissonante, na qual a verdade era um detalhe indigesto, que não se queria conhecer, sequer provar.

    Houve um 8 de janeiro com imagens tristes, quando os Três Poderes da República foram invadidos e usurpados.

    Era um tempo no qual o dinheiro movia só o pico da montanha. O rico ficava mais rico e pesava insuportavelmente sobre uma base cada vez mais pressionada para virar nada. Também me lembro que esse conjunto de gente fadado a virar nada era teimoso — sabia que podia ser tudo caso se rebelasse. E se rebelou e venceu muitas vezes. Chamavam isso de resiliência. Eu nomeio como revolução.

    Os pretos, pobres, periféricos. Os gays, as lésbicas e todos aqueles que não se sentiam pertencentes ousaram atentar contra o tal gênero, uma gaiola que para nada servia, a não ser às convenções e aos preconceitos. Chamamos isso de liberdade, de corpos e almas.

    Vivi com você um tempo de muitas vergonhas e, talvez, a maior delas seja ter visto o roubo da terra, da natureza, da comida farta, da água descontaminada e limpa, da vida, da dignidade dos indígenas — os povos originários que sempre cuidaram de suas florestas, de sua exuberância, potência e grandeza. Essa é uma dívida que nunca será paga e crime que jamais prescreverá, desculpe.”

    Escrevi as linhas acima para um Brasil que deu certo. Talvez, algum dia isso aconteça. Desconfio que minha geração não verá a quantidade de mudança boa que precisamos. O que não podemos esquecer é a caminhada que estamos trilhando. Hoje somos um grande teatro do absurdo. Que todas essas atrocidades sejam passado um dia. É o meu desejo.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/01/22/interna_opiniao,379119/carta-para-um-brasil-que-ja-deu-certo.shtml)

    Bilhete do Matutildo para a autora do texto:

    O desejo não é só o seu é de todos nós, burros de cargas. Porém, sua carta foi intercePTada pela caravana do retrocesso, comandada pelo ex presidiário lula.

  21. Miguel José Teixeira

    Sem “bala de prata” nem “pedra filosofal”, como haddad “se-norte-ar-se-á”?

    . . .”E o presidente da República deveria evitar ruídos desnecessários, que acabam por empurrar os preços do dólar para cima, e, por tabela, contaminam a inflação.” . . .

    “Meta é o controle da inflação”
    (Visão do Correio (Braziliense), CB, 22/01//23)

    É compreensível a angústia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ante os juros altíssimos praticados no Brasil, de 13,75% ao ano. Mas é importante deixar claro que essa taxa não é consequência das metas de inflação, cada vez mais baixas, definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e perseguidas pelo Banco Central. O custo básico do dinheiro atingiu tal patamar por causa da má gestão da economia no governo de Jair Bolsonaro, que fez um estrago na área fiscal para tentar se reeleger, e pode permanecer nesse nível por um tempo prolongado ou mesmo subir, se a atual administração insistir nos erros e não fizer o dever de casa. Juros não caem por meio de bravata. E tentar derrubá-los à força custa caro, muito caro.

    Se a ideia é fazer com que o Brasil volte a ter juros civilizados — a taxa básica (Selic) chegou a 2% ao ano recentemente —, o melhor que o presidente tem a fazer é buscar o equilíbrio das contas públicas para reduzir a necessidade de financiamento da dívida pública. Quanto mais o Tesouro Nacional precisa recorrer ao mercado em busca de recursos para cobrir rombos de caixa, mais os investidores pedem para comprar títulos federais. É do jogo. O único caminho para sair dessa armadilha é a responsabilidade fiscal, não a conveniente mudança de metas de inflação. O Banco Central, que é independente, reforçou sua disposição em dar início a um ciclo de corte da Selic ainda neste ano, porém precisa da garantia de que gastos descontrolados não funcionarão como combustíveis ao custo de vida.

    As previsões de inflação para este ano estão encostando nos 6%, bem acima da meta de 3,25%, que pode oscilar 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Há dois anos, o BC não tem conseguido cumprir sua missão, o que aumenta a ansiedade dos agentes econômicos. Quando a desconfiança impera, as expectativas se deterioram e os custos para levar a inflação para a meta aumentam. Esse filme se repetiu nos últimos anos por diversas vezes. Persistir no erro é irresponsabilidade, especialmente porque a fatura, como sempre, recai sobre a população mais pobre, que perde duas vezes. Primeiro, por não ter como se proteger da carestia. Segundo, porque compra a prazo, ou seja, paga juros elevadíssimos.

    Lula tomou posse há três semanas. Portanto, independentemente de toda a confusão política na qual o país está mergulhado, houve tempo suficiente para alinhar o discurso na área econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, tentam mostrar que estão na mesma sintonia. E o presidente da República deveria evitar ruídos desnecessários, que acabam por empurrar os preços do dólar para cima, e, por tabela, contaminam a inflação. É o efeito contrário do que se deseja no governo e do que quer o Banco Central para dar um alívio monetário.

    Por todo o seu histórico, o Brasil tem o dever de sempre buscar a inflação mais baixa possível. Uma taxa próxima de 3% ao ano deixa o país mais parecido com as nações desenvolvidas, que, neste momento, sofrem com os altos custos de vida, reflexo da pandemia do novo coronavírus e da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Contudo, todas as projeções indicam que os índices inflacionários retornarão aos níveis históricos ainda em 2023, sem recorrer a estripulias ou arranjos que levem à desconfiança de empresários e consumidores.

    Os próximos dias serão cruciais para o governo retirar esse debate de cena. O discurso tem de se centrar no novo arcabouço fiscal, nas medidas para incentivar o crescimento e a geração de empregos e em reformas adiadas há tanto tempo, como a tributária. É isso o que quer a população, que precisa recuperar a confiança no futuro. Chega de frustrações.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/opiniao/capa_opiniao/)

    Matutando bem. . .
    Difícil será fazer o sapo barbudo parar de coaxar!

  22. Miguel José Teixeira

    . . .”Na economia, na política e, afinal, em todas as atividades humanas credibilidade é essencial.”

    “Americanas S/A., um mico?”
    (Danilo Sili Borges, Crônicas da Madrugada, 21/01/23)

    Com pesar, estou seguindo a desestruturação de uma das maiores organizações varejistas do país, não apenas pelo impacto que isso tem para o mercado de capitais, do qual tenho participado como micro investidor por toda a vida, mas como cliente e frequentador a partir de uma das suas primeiras lojas, senão a primeira, ainda na minha infância.

    Lojas Americanas foi criada, em 1929, em Niterói, para onde fui transplantado ainda de fraldas e vivi até ser envolvido, como centenas de milhares de brasileiros, na gloriosa marcha para o Oeste, nos anos 50 e 60 do século passado.

    Na “Americana” de Niterói descobri, aos 8 anos, as delícias do milkshake, da banana split, do misto-quente e da sensação de liberdade ao sair do Colégio José Clemente com a molecada e ir até aquela loja mágica, cheia de pequenos objetos – carrinhos de plástico, lápis de cor, borrachas importadas, pacotes de bala expostos na altura dos nossos olhos. Quando havia folga na mesada um agrado à gula, um sorvete dividido entre dois amigos.

    Recém-casados, Zélia foi de Minas para Niterói e logo descobriu o cachorro-quente da “Americana”, do qual ela lembra, como o melhor que já comeu, com molho de tomate, cebola e pimentão aos pedaços. Tenho, e me dei conta agora, da memória afetiva com a organização.

    Desde que comecei a ter vida econômica regular, quando ingressei no curso de engenharia e fui dar aulas em cursinhos pré-vestibular, decidi aplicar em ações. Eu conhecia a teoria de como o capital de uma empresa se dividia em parcelas que podiam ser vendidas e compradas a qualquer tempo. Sabia de riscos e oportunidades.

    Procurei uma corretora de valores, declarei minha inexperiência, exposta na minha cara de um jovem de 19 anos e pedi orientação para um primeiro negócio, uma compra de papéis. O corretor explicou-me a parte prática das negociações e me sugeriu ações da centenária e conceituada América Fabril, uma indústria têxtil.

    Comprei e passei a acompanhar suas cotações. Elas só caiam. Voltei ao corretor na intenção de vendê-las, mas ele me orientou: “com o preço baixo, o papel está atrativo, compre mais um pouco e o seu preço médio cairá, logo que o papel subir você estará no lucro”. Comprei! Após alguns meses foi declarada a falência da América Fabril.

    A verdade é que desde aquela operação, nunca mais passei um dia em que não tivesse em mãos algumas ações, além de outras aplicações no mercado. Nada expressivo, tudo compatível com minha condição de professor e de eventualmente pequeno empresário. Estudei o mercado, fiz cursos, li, fiz amigos no segmento.

    Comecei com o pé trocado, mas insisti. Acho que não há investidor, tenha o tamanho que tiver, que não tenha passado por insucessos, erros de avaliação, ou golpes dados por criminosos que ali atuam. Tenho no meu arquivo pessoal uma pasta intitulada “MICOS”, na qual coleciono transações em que fui o otário nesse mercado. Os que já comeram muitos panetones, como eu, se lembrarão do ruidoso caso da Coroa – Brastel, títulos frios emitidos com a conivência de autoridades monetárias e políticas, que tomou dinheiro de muita gente, inclusive o meu, isto ainda antes da redemocratização.

    Caso rumoroso, foi o da COBRASMA, uma grande empresa, fabricante de ônibus e de vagões ferroviários. Apresentando balanços irreais, fez lançamento de novas ações para aumento de capital por meio e com respaldo de 3 ou 4 grandes bancos. Montagem de um protagonista do mundo financeiro, o Vidigal. Deste eu me livrei, por orientação e amizade de um experimentado operador da bolsa, que ao me ver decidido a fazer o investimento, me disse: “segura uns dias, não estou gostando do cheiro disso”. Tenho outros “micos” no arquivo.

    O amigo há de estar perguntando: E por que você continua investindo nesse mercado?

    – Primeiro, porque também há sucessos. E de acordo com minhas disponibilidades e capacidade de tolerância ao risco, meus resultados são positivos na atividade. Mas, o mais importante, o investidor deve estar atualizado com economia, com política, com avanços tecnológicos e novas práticas negociais, no país e no exterior. O investidor no mercado de capitais tem que ser pessoa do mundo e do seu tempo.

    Leis foram alteradas ao longo destes anos, hoje a CVM – Comissão de Valores Mobiliários tem autoridade para controlar, impedir e punir fraudes. Os balanços das empresas são apresentados segundo padrões definidos e submetidos obrigatoriamente a auditorias contábeis. Como se pode explicar que do balanço das AMERICANAS SA tenham desaparecido 20 bilhões de reais sem que ninguém percebesse? Até mesmo os bancos que financiavam suas operações passaram batido? É tudo muito estranho!

    As repercussões para a economia são imensas, além dos óbvios prejuízos materiais. A credibilidade do mercado e do país, sempre necessitando de capital externo, fica abalada.

    Americanas deve ao mercado 43 bilhões, está em recuperação judicial, 16 mil de seus fornecedores de algum modo serão prejudicados, além de seus 150 mil acionistas diretos, que ficaram com o “mico” na mão.

    A debacle de uma empresa desse porte gera milhares de desempregados diretos e indiretos.

    Empresas existem em ambientes do risco dos seus mercados e podem falhar, mas esse não parece ser o caso.

    Apurar e punir é preciso. Na economia, na política e, afinal, em todas as atividades humanas credibilidade é essencial.

    (Fonte: https://www.cronicasdamadrugada.net/2023/01/americanas-sa-um-mico.html)

    Acabei de encontrar um lugar para encaixar a sacada do Cláudio Humberto, no DP, hoje, em “Pensando bem…”:

    “…a fraude na Americanas é bem brasileira.”

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