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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXXI

61 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXXI”

  1. Miguel José Teixeira

    Escalada autoritária (II)

    “Restrição à reunião pública foi pilar do AI-5”
    (Diário do Poder, 14/01/22)

    O Ato Institucional nº5 (AI-5) é unanimidade entre juristas e historiadores como o mais duro golpe da ditadura contra direitos fundamentais no Brasil. Marcou o início dos anos de chumbo e serviu como pilar da legislação autoritária do regime militar. A primeira ordem do AI-5 foi dissolver o Congresso, e deu ao presidente da República o poder de intervenção nos governos estaduais e de cassar os direitos de cidadãos.

    Lembrar é preciso
    Como descreveu Elio Gaspari no magnífico “A Ditadura Escancarada” (ed. Intrínseca, SP, 592 pp., 2014), o AI-5 oficializou a ditadura no Brasil.

    Soa familiar?
    Com o AI-5, o governo pode restringir manifestações e reuniões públicas, impor censura prévia à imprensa e às artes e confiscar bens por decreto.

    Outra semelhança
    Um cacoete da ditadura era se referir a opositores como “subversivos” ou “terroristas”, com o intuito de endurecer medidas repressivas.

    Sempre foi assim
    No Ato Institucional nº 5, a ditadura militar no Brasil chamou a dissolução do Congresso Nacional de “recesso decretado” e a cassação de direitos políticos de cidadãos e representantes eleitos era apenas “suspensão”.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/protestos-de-esquerda-no-peru-matam-50-mas-nao-se-fala-em-terrorismo)

    Sempre é bom lembrar que “Precaução e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém…”

  2. Miguel José Teixeira

    Escalada autoritária

    “Gilmar Mendes quer rever direito de liberdade de reunião”
    (Rodrigo Vilela, DP, 13/01/23)

    O decano do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, defendeu que a lei que garante a liberdade de reunião seja revista. Citando os atos de vandalismo do último dia 08, o ministro avaliou como “extremamente perigoso” o fato de milhares de pessoas poderem se reunir a céu aberto.

    Mendes afirmou ser “preciso uma lei federal para balizar a liberdade de reunião” e seguiu com “acho que outras mudanças terão que ocorrer em Brasília”. As falas foram durante entrevista à TV Globo, nesta quinta-feira (12).

    A liberdade de reunião é garantida pela Constituição Federal que, no inciso XVI do artigo 5º, prevê: “Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/gilmar-mendes-quer-rever-direito-de-liberdade-de-reuniao)

  3. Miguel José Teixeira

    Normal!!! Para quem já se orgulhava de ser semi-analfabeto e agora orgulha-se de ser ex presidiário!!!

    “Lula veta aulas de robótica e irrita empresários do setor”

    Empresários do ramo de tecnologia estão insatisfeitos com o presidente Lula. Nesta semana, ele vetou trechos da Lei nº 14.533, que regula a Política Nacional de Educação Digital. Entre as partes suprimidas pelo presidente está a inclusão na grade do ensino fundamental e médio de aulas de computação, programação e robótica. Segundo executivos do setor, a decisão não faz sentido. Eles argumentam que, na nova era tecnológica, investir em educação digital é uma necessidade para preparar os jovens para o futuro.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/01/13/interna_economia,378768/mercado-s-a.shtml)

  4. Miguel José Teixeira

    Não é o Distrito Federal. . . é a. . .ParasiTolândia!

    “Os riscos de alterar o Fundo Constitucional”
    (Ana Dubeux, Capital S/A., CB, 13/01/23)

    O impacto de uma eventual supressão do Fundo Constitucional do DF, acenada por representantes do novo Governo Federal, preocupa lideranças do setor produtivo e da sociedade civil de Brasília. A previsão orçamentária (no PLOA para 2023) é de um crescimento de 41.09%, passando de R$16.2 bi para R$ 23 bi. A previsão do orçamento total do GDF para 2023 é de R$ 57,4 bi. O Fundo só cobre as despesas de salários, que possibilita consumo direto.

    A invasão bárbara de prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF é um fato gravíssimo, que deve ser alvo de investigação e de punição dos responsáveis. No entanto, líderes do setor produtivo e da sociedade civil não consideram razoável que os brasilienses sejam penalizados pela irresponsabilidade de governantes e agentes públicos. Mesmo porque os impactos atingiriam não apenas no comércio, mas, também, múltiplos setores da vida brasiliense.

    Wagner Silveira, presidente da Câmara de Diretores Logistas do DF, é muito claro em apontar as consequências desastrosas da mudança das regras do FCDF:”O Fundo Constitucional representa a sustentabilidade da educação, da saúde e da segurança do DF. Sem ele, o caos econômico é iminente, podendo acarretar em desemprego, fechamento de empresas e aumento da violência, uma vez que a gente depende deste fundo para sustentar esses três setores”, alerta o presidente da CDL.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/01/13/interna_cidades,378781/capital-s-a.shtml)

  5. Miguel José Teixeira

    Mais embolorado, impossível!!!

    Quem diria…
    O governo está apenas na sua segunda semana, encarando hoje uma sexta-feira 13, e parece ter mais tempo, de tantas coisas que aconteceram. E ainda estamos apenas nas “flores do recesso”, aquele período em que o Congresso e Judiciário estão de férias. 2023, realmente, promete.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/13/interna_politica,378780/brasilia-df.shtml)

  6. Miguel José Teixeira

    Qualquer semelhança com certas “otoridades” é pura coincidência, pois vivemos numa ciranda de mentiras mil!

    . . .“Uma pessoa que acredita numa mentira é forçada por ela a viver ‘em seu próprio mundo’ – um mundo em que os outros não podem entrar e em que nem o próprio mentiroso vive de verdade”, explica o filósofo.”. . .

    “Rigor no combate às fake news”
    (Visão do Correio (Braziliense), CB, 13/01/23)

    Os atos de vandalismo e depredação ocorridos em Brasília no último domingo, e que provocaram uma onda de repúdio da sociedade civil e a reação forte de representantes dos Três Poderes, foram alimentados pelo que pode ser considerado um dos grandes males do século 21: a desinformação. Nos últimos anos, a propagação de mentiras, distorções, descontextualizações e omissões tem sido sistematicamente utilizada como arma de destruição da verdade. O objetivo é desorientar, confundir e até instaurar uma “realidade paralela”, moldada de acordo com os interesses e valores de grupos que lutam pelo controle da hegemonia da narrativa e, assim, direcionar as opiniões de seus seguidores. Trata-se de um ataque incessante aos fatos, em nome da conquista de espaço e de poder. E o fenômeno não é exclusivo do Brasil. Por isso, a imensa repercussão no mundo inteiro dos atos criminosos de domingo, com a condenação imediata e contundente vinda dos líderes de nações democráticas.

    No best seller Os engenheiros do caos Os engenheiros do caos, o escritor italiano Giuliano Da Empoli lembra que líderes populistas mantêm permanente mobilização digital para estimular posicionamentos extremistas. “Para que uma dúvida possa se desenvolver no coração da maioria flexível, é necessário que o argumento radical obtenha uma massa crítica que o sustente. Por isso, Trump e outros populistas não podem se permitir renunciar aos seus apoios mais extremos; são esses que constituem a pedra fundamental da mobilização em seu favor”, explica o pesquisador no livro que revela como fake news, algoritmos e teorias da conspiração são utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições.

    Com a legitimidade garantida pelo resultado das urnas obtido nas últimas eleições, o novo governo federal deve se debruçar com máxima atenção aos problemas reais provocados pela disseminação da desinformação. E deve trabalhar em conjunto com os outros poderes para manter uma ação permanente de vigilância capaz de identificar, com presteza e precisão, a propagação de fake news e reagir com celeridade e rigor. Porque há no país um grande número de pessoas que não consegue mais separar os fatos de mentiras compartilhadas em grupos de WhatsApp, Telegram e outros aplicativos. Acreditam no que desejam acreditar.

    O filósofo norte-americano Harry G. Frankfurt, no livro Sobre a verdade, lembra que um dos grandes problemas da mentira é a necessidade do isolacionismo. “Uma pessoa que acredita numa mentira é forçada por ela a viver ‘em seu próprio mundo’ – um mundo em que os outros não podem entrar e em que nem o próprio mentiroso vive de verdade”, explica o filósofo. “Desse modo, a vítima da mentira está, na medida de sua privação da verdade, excluída do mundo da experiência comum e isolada num reino ilusório para o qual não há nenhum caminho que os outros possam completar ou trilhar”, complementa Frankfurt.

    Assistimos, atônitos, aos crimes praticados no último domingo pelos súditos desse ‘reino ilusório’. E ficamos revoltados com a destruição do patrimônio público. Por isso, devemos defender a punição exemplar dos criminosos e redobrar a atenção para as consequências nefastas de viver em uma sociedade incapaz de distinguir verdades da mentiras. Recorremos novamente à obra de Harry G. Frankfurt para reproduzir uma advertência contida no livro Sobre a verdade: “Uma sociedade que mostra um desleixo permanente e temerário em qualquer um desses aspectos está fadada a declinar”. Por fim, mais um lembrete do filósofo, baseado na observação da trajetória da humanidade ao longo dos séculos: “As civilizações nunca avançaram de maneira saudável, e não podem avançar de maneira saudável, sem grandes quantidades de informação factual confiável, tampouco podem prosperar se são cercadas por incômodas infecções de crenças errôneas”. Debelar a infecção doentia provocada pelas fake news, eis mais um desafio para as autoridades constituídas em nossa democracia.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/01/13/interna_opiniao,378750/rigor-no-combate-as-fake-news.shtml)

    Duas dicas, extraídas do texto:

    1) Best seller: “Os engenheiros do caos”, do escritor italiano Giuliano Da Empoli.

    2) Livro: “Sobre a verdade”, do filósofo norte-americano Harry G. Frankfurt.

  7. Miguel José Teixeira

    Sem bala de prata nem pedra filosofal, restou o COAF. . .

    “Orgão que combate lavagem de dinheiro fica com Haddad; o que significa?”

    O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do governo responsável por combater lavagem de dinheiro e corrupção, voltou ao comando do Ministério da Fazenda. Até agora, estava ligado ao Banco Central. Qual a importância disso?

    Em 2018, o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a mudança do Coaf para o Ministério da Justiça, comandado na época pelo ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União-PR).
    Haddad disse que o Coaf não deveria ficar sob “as ordens de um político”, em referência a Moro. Depois, ainda no governo Bolsonaro, o órgão foi para o BC.
    Com a notícia de que o Coaf volta ao Ministério da Fazenda, houve polêmica nas redes sociais, já que Haddad é um político.
    Moro também cobrou Haddad pela internet.
    Haddad respondeu que o Coaf sempre pertenceu ao Ministério da Fazenda e está apenas voltando ao seu lugar.

    Qual a importância do Coaf?
    O órgão analisa movimentação atípica no sistema financeiro e produz relatórios. Esses documentos podem auxiliar investigações de lavagem de dinheiro e corrupção.

    O que dizem analistas?
    Para especialistas, o órgão não fica ameaçado na Fazenda.
    O Coaf tem direção própria e não precisa do aval do ministro para analisar material.
    Adrienne Sena Jobim, presidente do Coaf entre 1998 e 2001, diz que o órgão originalmente foi pensado para ficar na Fazenda
    Ela diz que os funcionários do ministério são de carreira e poucos estão em cargo de comissão, geralmente em funções não decisórias.
    Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, considera acertada a decisão de recolocar o órgão na Fazenda.
    Segundo ele, o ambiente é propício a discussões de estratégia, como a maneira de ampliar o papel do mercado financeiro no provimento de informações. Para Fábio Terra, professor de economia da UFABC (Universidade Federal do ABC), especializado em finanças públicas e especialista em Banco Central, a mudança é acertada porque a estrutura da Fazenda conta com a Receita Federal, que tem expertise em analisar e auditar transações financeiras.
    Sergio Moro, considera que risco potencial sempre existe, “o que não quer dizer que se concretizaria”.

    “A Fazenda não tem como interferir no fluxo de informações que vão para o Coaf. E o processamento das informações é automático. A interlocução do Coaf com o ministro se restringe a questões administrativas: orçamento, quadro de pessoal, concurso.” (Maílson da Nóbrega)

    “Considerando que foi aprovada a autonomia do BC, o mais apropriado nos dias atuais para o Coaf é a sua permanência junto ao BC, já que assim ficará mais protegido de interferências políticas impróprias.” (Sergio Moro)

    (Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/13/coaf.htm)

    . . .assim, os PeTralhas podem NÃO fiscalizar seus corruPTos!!!

  8. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 13/01/23

    …“democracias” que prendem opositores do governo têm outro nome.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Depende do ponto de vista, tal qual, aclive e declive…

  9. Miguel José Teixeira

    Baixou no ex presidiário, o espírito do “banqueiro” chê guevara

    “Lula: Caixa precisa ser banco que empresta dinheiro muito mais barato, sem dar prejuízo”
    (+em: https://www.terra.com.br/economia/dinheiro-em-acao/lula-caixa-precisa-ser-banco-que-empresta-dinheiro-muito-mais-barato-sem-dar-prejuizo,e1c027ab78fe6ca170bc42a6d4ff1820t4tfh94j.html)

    Vais dar a lesma lerda que deu com o Banco Nacional de CUba, sob o comando do argentino estuprador de nativas. . .

  10. Miguel José Teixeira

    . . .”E, parafraseando Glauber no filme: “Di por Di, as vozes do túmulo: sou um gênio, uma glória nacional, é para isso que vocês querem tomar o poder, seus falsos patriotas fascistóides?”. . .

    “Balada de Di Cavalcanti”
    (Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 12/01/23)

    Escrevo ainda sob o choque do ataque bárbaro contra a tela As mulatas, de Di Cavalcanti, pelos vândalos no Palácio do Planalto. O pintor que elevou as mulatas brasileiras à condição de madonas tropicais, tem conexões com Brasília. É autor de uma tapeçaria para o Palácio da Alvorada, um painel para o Congresso Nacional e pinturas da Via Sacra na Catedral Metropolitana. Além disso, há uma inesperada relação com o Planalto Central e com o Correio Brasiliense.

    É que no período de redemocratização do país, Glauber Rocha (sim, o cineasta baiano genial) deixou a única cópia do filme Di/Glauber, premiado no Festival de Cannes, com Oliveira Bastos, na época, diretor de redação do Correio. Paranoico, o cineasta temia que o filme fosse recolhido pelos militares.

    Glauber optou por usar o poema Balada para Di, de Vinicius de Moraes, como fio narrativo do filme. O ataque inominável ao quadro de Di me fez lembrar do filme e do poema de Vinicius para o amigo. Evoca um Brasil afetuoso, generoso, cálido e elegante, que amava a cultura. Então resolvi reler o poema para vocês.
    Fala, Vinicius! “Amigo Di Cavalcanti/É com a maior emoção/Que este também carioca/Te traz esta saudação./É de todo coração/Poeta Di Cavalcanti/Que este também poetante/Te faz essa sagração!”

    Na sequência, Vinicius celebra os porres memoráveis que tomou com Di: “Amigo Di Cavalcanti/Amigo de muito instante/De alegria e de aflição/Nos teus treze lustros idos/Cinco foram bem vividos/Bem vividos e bebidos/Na companhia constante/Deste também teu irmão.”

    Na sagração do amigo, Vinicius desdenha até do tempo, que encaneceu Di: “Quantos amigos já idos!/Quantos ainda partirão!/Mestre pintor Emiliano/Augusto Cavalcanti/De Albuquerque: ou melhor Di/Um ano segue a outro ano/Diz o vulgo por aí/E daí? Se mais humano/Fica um homem (igual a ti)!/Mesmo entrando pelo cano/Se pode dizer: vivi? Mais de setenta luas/coroam a tua cabeça/que hoje é branca como a lua/mas continua travessa”.

    Estávamos nos dramáticos momentos finais do período militar e Vinicius constata com um sentimento muito próximo ao que a maioria dos brasileiros agora: “Amigo Di Cavalcanti/A hora é grave e inconstante./Tudo aquilo que prezamos/O povo, a arte, a cultura/Vemos sendo desfigurados/pelos homens do passado/Que por terror do futuro/Optaram pela tortura./Poeta Di Cavalcanti/nossas coisas bem-amadas/Neste mesmo exato
    instante/Estão sendo desfiguradas./Hai que luchar, Cavalcanti/Como diria Neruda”.

    A resistência que Vinicius recomenda não é a da luta armada; é a resistência pacífica da arte, em um ato de amor pelo Brasil e sua gente: “Por isso, pinta, pintor/Pinta, pinta, pinta, pinta/Pinta o ódio e ponta o amor/Com o sangue de sua tinta/Pinta as mulheres de cor/Na sua desgraça distinta/pinta o fruto e pinta a flor/Pinta tudo que não minta/Pinta o riso e pinta a dor/Pinta sem abstracionismo/Pinta a vida, pintador/No seu mágico realismo.” E, parafraseando Glauber no filme: “Di por Di, as vozes do túmulo: sou um gênio, uma glória nacional, é para isso que vocês querem tomar o poder, seus falsos patriotas fascistóides?

    Respeitem a arte brasileira, respeitem o povo brasileiro, respeitem a democracia, respeitem o Brasil, não encham meu sacooooooooo!!!”

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/01/12/interna_cidades,378705/cronica-da-cidade.shtml)

  11. Miguel José Teixeira

    Huuummm. . . os “aloprados” que fazem “arminhas” nas igrejas e oram defronte aos quartéis foram ouvidos

    “Exército acampa no Palácio do Planalto”
    (CB, 12/01/23)

    O Exército montou um acampamento no Palácio do Planalto, três dias depois da invasão e da depredação promovidas por radicais bolsonaristas contra os Três Poderes. Dezenas de militares subordinados ao Comando Militar do Planalto cercaram, ontem, a sede da Presidência da República, onde despacha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os soldados chegaram preparados para permanecer, se for necessário.

    Ao menos dois ônibus do Batalhão de Guarda Presidencial (BGP), com tropa de choque e canil, desembarcaram no Planalto militares com mochilas e equipamentos para contenção de distúrbios civis, como lançadores de bombas de gás, capacetes, armaduras, escudos, cassetetes e espingardas de bala de borracha. Outros militares, porém, portam escopetas e pistolas de munição letal.

    Na garagem do palácio, no segundo subsolo, os militares instalaram camas móveis, galões de água e biombos. Eles posicionaram os equipamentos de proteção e mochilas no chão.

    O reforço de segurança é muito superior ao reduzido efetivo empregado no domingo, quando houve uma tentativa de golpe de Estado, batizada por integrantes do governo Lula de “capitólio brasileiro”. Falhas na atuação do Exército, para impedir e repelir a investida dos golpistas, motivaram críticas dentro e fora do governo. O episódio será objeto de investigação, segundo ministros.

    No dia do ataque, os soldados do Exército foram orientados e posicionados pessoalmente pelo coronel de Infantaria Paulo Jorge Fernandes da Hora. O oficial é o comandante do BGP. O coronel Fernandes vem sendo alvo de uma série de críticas e até cobranças de demissão por causa das falhas.

    Em um dos vídeos gravados que circulam nas redes sociais, ele tenta conter a entrada de policiais militares e bate boca com eles. Nas imagens, os policiais perguntam se ele estava “louco” e afirmam que iam efetuar prisões. Ambos gritam palavrões. Exaltado, o coronel diz que os invasores extremistas iam deixar o Planalto. “O pessoal tá descendo”, gritou Fernandes. “Estão todos presos, ninguém vai descer, coronel”, rebatem PMs da Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) e do Choque. O comandante então acata e participa pessoalmente da entrega de golpistas que estavam no chão dominados.

    Função do GSI
    A proteção do Palácio do Planalto é feita tradicionalmente pelo BGP e pelo 1º Regimento de Cavalaria de Guarda (RGC), mas a coordenação e pedidos de reforço do efetivo, segundo o Exército, cabe ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefiado pelo general Gonçalves Dias, ministro que foi chefe da segurança de Lula nos mandatos anteriores. O BGP tem cinco infantarias de guarda entre suas unidades.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/12/interna_politica,378715/exercito-acampa-no-palacio-do-planalto.shtml)

  12. Miguel José Teixeira

    Tudo é velho nesse novo governo lula. Até “aloprados” voltam à tona

    “Aloprados’, diz Lula sobre grupos que negam os resultados das eleições”
    (+em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/videos/aloprados-diz-lula-sobre-grupos-que-negam-os-resultados-das-eleicoes,1507d987ba6d9b0c9e792951aae798a2s16oim64.html)

    Pois é. . .

    “O escândalo do dossiê ou escândalo dos aloprados, entre outros nomes, foi uma tentativa de compra de um dossiê contra o candidato a governador de São Paulo José Serra.
    A tentativa levou a prisão em flagrante, no dia 15 de setembro de 2006, de alguns integrantes do PT acusados de comprar um falso dossiê, de Luiz Antônio Trevisan Vedoin, com fundos de origem desconhecida.”
    . . .
    (+em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Esc%C3%A2ndalo_do_dossi%C3%AA)

    O Leo Jaime, já assim cantarolava. . .

    Ô, ô, ô, ô, nada mudou

    https://www.youtube.com/watch?v=fs7dOEc3QWo

  13. Miguel José Teixeira

    Sem bala de prata nem pedra filosofal

    . . .”Até o fechamento desta coluna, no início da noite de ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não havia dado sinais sobre o que pretende fazer para a economia andar.”. . .

    “Agenda econômica não pode parar”

    Desde a tarde do último domingo, os ataques terroristas em Brasília dominaram — merecidamente, diga-se — os debates políticos e concentraram os esforços das autoridades para levar as investigações adiante. Não poderia ser diferente, mas é preciso focar, também, em outro aspecto fundamental para o país: a agenda econômica. Até o fechamento desta coluna, no início da noite de ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não havia dado sinais sobre o que pretende fazer para a economia andar. A expectativa é de que o anúncio de novas medidas seja feito na próxima sexta-feira, 13 de janeiro, e a recomendação do governo é de que, até lá, nenhuma informação seja vazada para a imprensa. O Brasil tem pressa — afinal, há muito para ser feito. Ao menos dois temas são urgentes: a reforma tributária e a criação de alguma âncora fiscal que equilibre os gastos públicos. O golpismo escancarado nos atos em Brasília não pode atrasar o que é prioridade para o país.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/01/11/interna_economia,378687/mercado-s-a.shtml)

  14. Miguel José Teixeira

    “A omissão dos governantes”
    (Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 11/01/23)

    Vivemos tempos dramáticos em que talvez nunca a omissão das autoridades tenha sido tão decisiva no desencadeamento dos fatos. Por isso, esta coluna fez entrevista mediúnica exclusiva com o padre Antonio Vieira, o genial autor de Os sermões. Fala, mestre!

    O que é, afinal, a omissão?
    A omissão é o pecado que se faz não se fazendo: e pecado que nunca é má obra, e algumas vezes pode ser obra boa; ainda os muito escrupulosos vivem muito arriscados neste pecado.

    Como caracterizaria esse pecado?
    A omissão é o pecado que com mais facilidade se comete e com mais dificuldade se conhece; e o que facilmente se comete e dificultosamente se conhece, raramente se emenda.

    Poderia dar um exemplo?
    Elias se recolheu para jejuar no deserto e, mesmo assim, foi repreendido por Deus.

    Por que razão?
    Porque ainda que eram boas as obras que fazia, eram melhores as que deixava de fazer. Tinha Deus feito Elias profeta do povo de Israel, tinha-lhe dado ofício público. E estar Elias contemplando o céu, quando havia de estar emendando a terra, era muito grande culpa.

    Não há certo exagero da parte do senhor em qualificar a omissão como o mais grave dos pecados?
    Uma das cousas de que se deve acusar e fazer grande escrúpulo os ministros é do pecado do tempo. Porque fizeram o mês que vem o que se havia de fazer o passado; porque fizeram depois o que se havia de fazer hoje; porque fizeram depois o que se havia de fazer agora; porque fizeram logo o que se havia de fazer já.

    E a que mandamento pertencem esses pecados do tempo?
    Pertencem ao sétimo: porque ao sétimo mandamento pertencem os danos que se fazem ao próximo e à república: e a uma república não se lhe pode fazer maior dano que lhe furtar instantes. Ah, omissões, vagares, ladrões de tempo.

    Que recado daria aos governantes que se omitem em instantes cruciais?
    Saiba cristão, sabei príncipes, sabei ministros, que se vos há de pedir estreita conta do que fizestes, mas muito mais estreita conta do que deixastes de fazer. Pelo que fizeram, se hão de condenar muitos, pelo que não fizeram, todos.

    Então, a função dos governantes é um tanto perigosa?
    Está o príncipe, está o ministro divertido, sem fazer má obra, sem dizer má palavra, sem ter mau nem bom pensamento; e talvez naquela mesma hora, por culpa de uma omissão, está cometendo maiores danos, maiores estragos, maiores destruições, que todos os malfeitores do mundo em muitos anos.

    Por que assim é?
    O salteador na charneca, com um tiro, mata um homem; o príncipe, o ministro e o governador, com uma omissão, matam de um golpe uma monarquia, uma república, um país, um estado ou um distrito. Estes são os escrúpulos de que não se fazem nenhum escrúpulo: por isso mesmo, são as omissões os mais perigosos de todos os pecados.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/01/11/interna_cidades,378655/cronica-da-cidade.shtml)

  15. Miguel José Teixeira

    “Sensatez é preciso”
    (Alexandre Garcia, CB, 11/01/23)

    Domingo, 8 de janeiro, é um dia que ainda não terminou. O que não começa bem, em geral não acaba bem. Em 47 anos de Brasília, vi muitas invasões de prédios públicos, ministérios e Congresso, com fogo e depredações, sempre de esquerda e apelidados de movimentos sociais. Nunca vi a invasão simultânea das sedes dos três Poderes, e pela direita, com depredações. Os mais radicais usaram a massa de gente pacífica — que talvez tenha acordado quando o estrago já estava feito. E se assemelharam aos extremismos anteriores, com a diferença de que passaram a ser chamados de terroristas, não de movimentos sociais. Em 1500 prisões, o auditório da Academia da Polícia Federal foi depositário de detidos, lembrando o Estádio Nacional do Chile, quando Pinochet derrubou Allende. Metade agora liberados. Prisões decretadas pelo ministro Moraes, mas que caíram no colo de Lula.

    No despacho que determinou a remoção dos acampamentos, a detenção dos ônibus, o afastamento do governador, Moraes comparou a situação com os primórdios da II Guerra, em que Chamberlain cedeu a Hitler em nome da pacificação. “A democracia brasileira não irá aceitar mais a ignóbil política de apaziguamento”. Foi uma declaração de guerra, como a que ele já havia anunciado no discurso de posse na presidência do TSE. A invasão de domingo foi equivalente à entrada dos alemães na Polônia, pela comparação do ministro Moraes. E os presos no ginásio — idosos, mulheres, crianças —, semelhantes aos judeus da época. Parece declarada a guerra, país dividido ao meio. Ânimos à flor da pele, a ponto de o Presidente querer mencionar “nazistas” e pronunciar “stalinistas”, num ato falho. Extremos se assemelham nos métodos.

    Acirram-se os ânimos dos dois lados, com mais velocidade que em 1930. Aqueles eram tempos de trem, navio, telegrama, jornal impresso. Hoje, o mundo digital torna tudo instantâneo. Depois de domingo, na segunda-feira, manifestações contrárias às de domingo, nas principais capitais. O que vai ser? Camisas vermelhas versus amarelas? “Fascistas” versus “comunistas”? Deputados e senadores, presidente da República, ministros do Supremo, com um pouco de humildade, precisam perceber que não são os donos do país nem das pessoas, mas servidores dos brasileiros. Defendam a democracia, sobretudo praticando-a, com respeito à Constituição, ao eleitor que os elege e ao contribuinte que os sustenta. E, sobretudo, mantenham olhos e ouvidos bem abertos para entenderem o que quer a diversidade de seu povo, seu mandante. Liberdade e ordem são essenciais para esse exercício. Em democracia, os diferentes convivem.

    No day after, uniram-se em Brasília os chefes dos três poderes, os 27 governadores, PGR, frente de prefeitos. Sobressai o discurso da sensatez no momento crítico, do governador do mais poderoso estado. Tarcísio de Freitas disse: “Peço a Deus que nos proporcione sabedoria para que a gente construa a pacificação, lembrando que a pacificação demanda gestos. Gestos de todos. Gestos do Judiciário, gestos do Legislativo, gestos do Executivo, gestos dos Estados. A gente tem que aprender a construir gestos para que a gente possa ter, no final das contas, desenvolvimento e dignidade, que só serão alcançados por meio de diálogo”. É a forma sensata de tentar inverter o destino daquilo que, começando mal, termina pior.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2023/01/11/interna_brasil,378702/sensatez-e-preciso.shtml)

  16. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 10/01/22)

    …Brasília em baixa, mercado em alta.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Portanto, menos Brasília e mais Brasil!

  17. Miguel José Teixeira

    Será aí que entrarão as tais “filipetas”, citadas pelo Engenheiro Danilo Sili Borges em sua “Crônicas da Madrugada”, abaixo replicada?

    “Por que a Eletrobras não será reestatizada”
    (Amauri Segalla, CB, 09/01/23)

    Os discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a agenda de privatização trouxeram de volta os debates sobre a reestatização da Eletrobras, a maior geradora de energia elétrica da América Latina. Afinal, qual é a chance de a companhia retomar para a mão pesada da administração pública? A possibilidade é mínima. O Estatuto Social da Eletrobras prevê que, se o governo quiser recomprar ações para reestatizar a empresa, será obrigado a pagar o triplo da maior cotação dos papéis nos últimos dois anos. Como se sabe, o Estado vive situação de penúria — não há, portanto, recursos disponíveis para isso.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/01/09/interna_economia,378581/mercado-s-a.shtml)

  18. Miguel José Teixeira

    Cavalo encilhado não passa duas vezes

    “Ferida aberta na autonomia política do Distrito Federal”
    (Samanta Sallum (interina), Eixo Capital, CB, 09/01/23)

    Brasília sitiada por terroristas terá a conta, e alta, cobrada. A gravíssima crise política aberta ontem com atos antidemocráticos na Esplanada feriu profundamente a autonomia política do Distrito Federal. Até o Fundo Constitucional, que são as verbas federais para, principalmente, custear as forças de segurança pública da capital federal, foi colocado em xeque. Exatamente porque elas têm a missão de resguardar a atuação dos Três Poderes, mas não foi o que ocorreu ontem.

    De olho na lei
    Já passava pelas mãos de assessores próximo de Lula os termos da lei federal de 2002 que criou o Fundo, e também o valor repassado neste ano ao GDF: R$ 16 bilhões.

    Dependência financeira
    Até a constituição de 1988, o DF era administrado por um prefeito/governador biônico, ou seja, escolhido diretamente pelo presidente da República. Somente depois de conquista da autonomia política, os brasilienses puderam eleger o chefe do Palácio do Buriti e ter uma Câmara Legislativa. Mas o GDF não tem ainda autonomia financeira. Não consegue se sustentar com o que arrecada de impostos. Depende da “mesada” da União. Então, o governador que for precisa ter uma boa relação com o presidente que for.

    Federalização das forças de segurança do DF
    Com os acontecimentos de ontem, reacende-se o debate sobre a federalização das Forças de Segurança do DF. Sob regimes diferenciados dos demais estados, polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros são custeadas pela União, mas sob comando do GDF. Essa natureza híbrida há muito incomoda as autoridades federais que residem no DF, como também os policiais que enxergam dificuldades no trato dos pleitos de interesse da categoria.
    . . .
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/01/09/interna_cidades,378561/eixo-capital.shtml)

    Será que o oportunista lula deixará passar este?

  19. Miguel José Teixeira

    “E o Planalto, hein?”

    O Gabinete de Segurança Institucional, que deveria proteger o Planalto, vai passar por um pente fino. Todo serviço de inteligência falhou e nada explica o fato de manifestantes depredarem o prédio e a segurança deixar correr solto, sem sequer um tiro de advertência. Até armas foram roubadas.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/09/interna_politica,378594/brasilia-df.shtml)

    Sei não. . .mas quem conhece as manhas, artimanhas & vigarices do “açeçô” wadih damous, e assistiu a reportagem no qual opina, garante que, se apertá-lo, “se-descobre-se” quais armas foram furtadas do GSI e onde foram parar. . .

  20. Miguel José Teixeira

    Pois é, Simão! Melhor seria se os bolsonaristas continuassem sua rotina de fazerem “arminhas” nas igrejas e rezarem defronte aos quartéis.

    . . .”Tratou-se de invasão dos bárbaros que se levantaram de algum pântano da sociedade brasileira decididos a tomar o poder de acordo com suas baixas expectativas.”. . .

    “A segunda posse”
    (André Gustavo Stumpf, Jornalista, CB, 09/01/22)

    A segunda posse de Luíz Inácio Lula da Silva ocorreu ontem. Mas, quem subiu a rampa do Palácio do Planalto foram os derrotados na eleição do ano passado, inconformados com a derrota, dispostos a qualquer aventura para reverter o resultado do pleito. Jair Bolsonaro continua na pitoresca cidade de Kissmee, na Flórida, nos Estados Unidos, junto aos parques temáticos, esperando que aconteça alguma coisa séria no Brasil. O exemplo de Donald Trump, que incentivou a invasão do Capitólio há dois anos, frutificou em toda a América Latina.

    Os golpistas se revelaram. Deixaram a frente dos quartéis, decepcionados com a inação dos militares e decidiram assumir o poder do país à força. Na marra. A tiros. Naturalmente, nada foi espontâneo. Há sempre um centro organizador de todo o movimento, há fornecedores, mantenedores e difusores de ordens táticas. A Polícia Militar do Distrito Federal, a exemplo do ocorrido recentemente no centro de Brasília, demorou a chegar, custou a agir e foi condescendente. Um show de incompetência ou conivência.

    O espetáculo foi dantesco e não será esquecido tão cedo. Foi mais sério do que o ocorrido em 2013, quando havia forte movimento contra a realização dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo no Brasil. Naquela época, o governo Dilma Rousseff ficou sob séria pressão. Agora, o presidente Lula na primeira semana de existência de seu governo descobre que ele será obrigado a lidar com inimigos abertos, não apenas adversários políticos. A divisão ideológica do país atingiu níveis jamais antes experimentados. Situação alarmante. O objetivo era vandalizar monumentos públicos e provocar um golpe de estado.

    A depredação do prédio do Supremo Tribunal Federal é indesculpável. A demolição do plenário do Senado Federal não é algo que possa ser esquecido tão cedo. A destruição do Palácio do Planalto, sede do governo federal, é episódio intolerável para a convivência democrática. Tratou-se de invasão dos bárbaros que se levantaram de algum pântano da sociedade brasileira decididos a tomar o poder de acordo com suas baixas expectativas. Quebraram tudo o que viram pela frente. Destruíram impressoras, computadores, obras de artes. Não pouparam nada.

    É o retrato de uma tragédia, que começou como problema político anos atrás e evoluiu para essa onda de violência que é absolutamente estranha à história do Brasil. Nunca houve aqui grandes explosões de violência pública, no estilo do que já aconteceu em países vizinhos de língua espanhola. Os brasileiros se revelaram no dia de ontem. Não respeitaram limites, não se detiveram diante da lei, nem da autoridade. Ultrapassaram todos as fronteiras da convivência e se jogaram de corpo inteiro no protesto violento e irracional. Tentar tomar o poder pela força é absurdo, ilógico e desborda para o simples terrorismo. É um golpismo sem ideologia. A violência pela violência.

    Muito ainda vai se escrever sobre este episódio dantesco. Vários chefes de estado se solidarizaram com o presidente Lula. O Secretário de Estado Anthony Blinken lamentou o incidente. O presidente Joe Biden chamou o episódio de ultrajante. Os políticos norte-americanos começaram a protestar contra a presença de Bolsonaro na Flórida, onde, aliás, também está o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que foi Ministro da Justiça no governo anterior. Coincidência incrível.

    Do ponto de vista da política local, a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal é um desastre de enormes proporções. O pedido público de desculpas do governador Ibaneis Rocha é insuficiente. Não resolve o problema e não alcança o âmago da questão. O governo não reagiu na medida da provocação. Foi omisso. As consequências serão sentidas ao longo dos próximos tempos. A convivência com o governo federal foi arranhada de maneira definitiva. Será muito difícil reparar a confiança. A provinciana política local ficará marcada pela incompetência e a inapetência na solução das sérias questões nacionais. As muitas prisões realizadas não reduziram o desgaste.

    O dia 8 de janeiro de 2023 ficará marcado para sempre na história da jovem capital brasileira que sobreviveu a várias crises. Já assistiu a desfilar de tanques para fechar o prédio do Congresso Nacional, viu militar chicotear automóveis quando houve decretação de estado de emergência. A Esplanada dos Ministérios, imaginada pelo gênio de Niemeyer para receber as manifestações do povo assistiu ontem a marcha de fascistas, que não vestiam camisas negras, mas amarelas. O símbolo da nacionalidade decaiu para significar o que há de mais baixo no exercício da política. Aconteceu ontem a segunda posse do presidente Luíz Inácio Lula da Silva. Ele teve a noção clara do enorme desafio que o aguarda no Palácio do Planalto.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/01/09/interna_opiniao,378571/a-segunda-posse.shtml)

  21. Miguel José Teixeira

    . . .”É preciso que o Ministério da Defesa esclareça, de maneira incontestável, a participação das Forças Armadas nesse enredo.”. . .

    “Repúdio ao terrorismo”
    (Visão do Correio (Braziliense), CB, 09/01/23)

    Inaceitável. Não há outro termo para qualificar a ultrajante ação terrorista que aconteceu ontem na capital da República. Aproveitando-se da omissão criminosa na segurança do Distrito Federal, uma horda de arruaceiros destruiu as sedes dos Poderes da República. Os extremistas depredaram patrimônio público, afrontaram a democracia, achincalharam as instituições, puseram em xeque o Estado Democrático de Direito.

    Sem qualquer respeito aos símbolos nacionais, à lei e às noções elementares de civilidade, os terroristas disfarçados de patriotas quebraram vidros, móveis, equipamentos, obras de arte. Destruíram tudo o que viam pela frente nos três prédios monumentais que formam a Praça dos Três Poderes. No Congresso Nacional, primeiro alvo da sanha bolsonarista, invadiram o plenário do Senado Federal. Em seguida, dirigiram-se ao Palácio do Planalto, onde, mais uma vez, protagonizaram cenas de selvageria. Por fim, avançaram sobre o Supremo Tribunal Federal. Atracaram-se à estátua da Justiça, obra icônica de Alfredo Ceschiatti, para encobri-la de ódio e vergonha. Em seguida, irromperam no prédio da Suprema Corte. Arrancaram o brasão da República Federativa do Brasil.
    Destruíram o plenário onde os 11 ministros cumprem o juramento de defender a Lei Maior do país, a Constituição Federal.

    Foram cenas deploráveis, lamentáveis, criminosas. Não há um resquício sequer de liberdade de expressão, de manifestação democrática, de patriotismo. O que se viu na capital da República é um grave atentado à soberania nacional. Não se pode aceitar, ainda, o argumento vil de que são manifestações espontâneas. Está evidente que Brasília foi, mais uma vez, vilipendiada por um movimento pernicioso, tramado e financiado por pessoas com poder econômico.

    Mais grave ainda, os arruaceiros de plantão tiveram generoso e condescendente tratamento de autoridades. A começar, pela Secretaria de Segurança do Distrito Federal. Desde 12 de dezembro, quando centenas de criminosos atacaram a sede da Polícia Federal e incendiaram ônibus e veículos, estava evidente que o governo local tinha de tomar medidas severas para garantir a integridade física dos brasilienses e a ordem no Distrito Federal. Os atos mostraram, de maneira eloquente, o despreparo e a leniência das autoridades de Segurança do governo de Ibaneis Rocha com os extremistas. Em reação, o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador. O pedido de desculpas feito pelo chefe do Buriti não foi suficiente para se redimir com a República. Demitir o secretário e ex-ministro bolsonarista Anderson Torres tampouco serviu para retirar do GDF a pecha de conivência com a escalada antidemocrática.

    A responsabilidade pela baderna intolerável que grassa em Brasília não se limita ao governo local. É preciso que o Ministério da Defesa esclareça, de maneira incontestável, a participação das Forças Armadas nesse enredo. Afinal, os bandidos estão há meses acampados em uma área de Segurança Nacional, sob a responsabilidade do Exército. E tiveram tempo suficiente para urdir ações terroristas. No dia 24, um empresário foi preso porque pretendia explodir um caminhão de combustível no Aeroporto Internacional de Brasília. As investigações já demonstraram que ele tinha contato com os “patriotas” acampados no Quartel General do Exército.

    A intervenção na Segurança Pública do DF foi a resposta imediata do governo federal à ação terrorista em Brasília. Esperam-se outras medidas institucionais. É preciso investigar e punir, de modo cabal e exemplar, todos os envolvidos nessa odiosa marcha contra a democracia. As punições não podem se limitar aos delinquentes que vandalizaram os Poderes da República. É imperioso investigar e punir aqueles que financiam esses atos criminosos. É preciso mostrar, ainda, que aqueles que, de maneira explícita ou dissimulada, apoiam ações dessa natureza incorrem em crime.

    Democracia é inegociável. A integridade de Brasília também. Não há nenhuma concessão a ser dada aos extremistas que cobriram de vergonha a República. Apenas cumpra-se a lei.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/01/09/interna_opiniao,378583/visao-do-correio.shtml)

  22. Miguel José Teixeira

    Pai, afasta de mim esse cálice. . .

    “‘Viva a democracia’, diz Chico Buarque em show, após invasão golpista em Brasília”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/01/viva-a-democracia-diz-chico-buarque-em-show-apos-invasao-golpista-em-brasilia.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsm%C3%B4nica)

    Assim é, se lhe parece!

    No entanto, depois da frase do genial CB, fica a pergunta: será mesmo que haviam PeTralhas infiltrados entre os terroristas bolsonaristas?

  23. Miguel José Teixeira

    Matutando bem. . .

    Se, com toda a estapafurdia bufunfa que o Governo do Distrito Federal recebe da União, à título de Fundo Constitucional, as “otoridades locais” permitem que atos terroristas como os de hoje aconteçam, será que não é hora de rever a necessidade dessa dispendiosa máquina de consumir recursos públicos?

  24. Miguel José Teixeira

    . . .”Sujeito de estilo supimpa, foi muso inspirador dos criadores de O Pasquim e tirou do tédio jovens que liam Iracema, de José de Alencar.”. . .

    “Sérgio Porto, que faria cem anos, ensinou gerações a ler crônicas às gargalhadas”
    (Bia Braune, Jornalista e roteirista, é autora do livro “Almanaque da TV”. Escreve para a Rede Globo, fsp, 08/01/22)

    Foi uma trombada e tanto. Eu ali, distraída entre os olhos de ressaca de Capitu e os lábios cor de mel da virginal Iracema, quando uma velhinha contrabandista surgiu numa lambreta, me atropelando em plena biblioteca da escola.

    Da mesma prateleira vieram em meu auxílio a Desinibida do Grajaú e a Desquitada da Tijuca, bem como Rosamundo, Primo Altamirando, dois amigos e um chato. O tipo de gente que, para respeitar o último desejo de um tio que vai ser enterrado com sua fortuna, passa um cheque e coloca dentro do caixão.

    Ou seja, indivíduos da melhor espécie. Agregados fictícios que mantenho até hoje, incapaz de me recuperar daquele impacto literário. Existe uma regra de ouro entre os que escrevem para jornal, da mesma natureza dos clubes da luta: a crônica não fala sobre a crônica.

    No entanto, como deixar passar o centenário de um mestre inovador do gênero, de humor debochado e contundente, à prova de cocorocas? Um sujeito de estilo tão supimpa que não coube em si, dividindo-se em dois. Sérgio Porto nasceu em 11 de janeiro de 1923.

    Ex-bancário, quase arquiteto, um improvável, porém funcionalíssimo, boêmio workaholic. Já Stanislaw Ponte Preta, seu alter ego, surgiu em 1951, cronista no Diário Carioca. Intenso em tudo, inclusive no tocante a cardiopatias, Sérgio só viveu 45 anos. Stanislaw, por sua vez, segue firme.

    Juntos, foram musos inspiradores daqueles que viriam a criar e consumir O Pasquim, ensinando gerações a gostar de ler –e ler às gargalhadas. Comédia enquanto biscoito finíssimo. Sempre nessa dobradinha com Stanislaw, Sérgio tirou chinfra também no rádio, no teatro e na TV –esta, apelidada por ele de “máquina de fazer doido”.

    Causando inveja à Marvel, originou um “pontepretoverso” repleto de almofadinhas, teteias e as icônicas Certinhas do Lalau, numa paródia ao colunismo raso do high society. Com pernocas de fora e maiôs recheados pelas mais generosas curvas, hoje seriam alvo de escrutínio não apenas do politicamente correto, mas da polícia do fitness, o que talvez lhes custasse um “rebranding” para “Erradinhas”.

    Contudo, nada mais atual que sua obra prima, o “Febeapá: Festival de Besteira que Assola o País”. Hilário compêndio de leseiras, tosquices e absurdos envolvendo baixos funcionários, censores, políticos e sobretudo militares. Data de 1966, mas continua a retratar o Brasil bolsonarista. Um volume que nem o próprio Lalau gostaria de ver reeditado, cheio de novas páginas. “Mas imbecil não tem tédio”, diria.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/bia-braune/2023/01/sergio-porto-que-faria-cem-anos-ensinou-geracoes-a-ler-cronicas-as-gargalhadas.shtml)

    Matutando bem. . .

    Será que um dia conseguiremos finalizar o Febeapá???

    1. Miguel José Teixeira

      Ooops. . .onde se lê: fsp, leia-se FSP e 08/01/22, 08/01/23. Efeito comemoração do aniversário da sogra em Jaraguá do Sul.

  25. Miguel José Teixeira

    Até no futebol, a Bela e Santa Catarina continua sendo o zero da BR 101

    “Levar a sério virou obrigação”
    (Marcos Paulo Lima, CB, 08/01/23)

    Em tempos de discussões sobre a criação de uma liga nacional para o Campeonato Brasileiro e o risco iminente de enfraquecimento dos estaduais, a CBF agiu com discrição para fortalecer as competições mais questionadas do calendário e anunciou na virada do ano mudanças na distribuição de vagas para o torneio mais rentável do país: a Copa do Brasil.

    A partir de 2024, o Ranking Nacional de Clubes perderá valor para o Ranking Nacional das Federações na distribuição de senhas para o mata-mata nacional. Pela regra atual, 10 clubes têm acesso ao torneio via ranking, ou seja, uma espécie de blindagem a eventuais camisas grandes do futebol brasileiro incapazes de conseguir se classificar via estaduais, torneios regionais como as Copas do Nordeste e Verde e não tinham vaga para a Libertadores. A presença era garantida graças ao ranking.

    É o caso, por exemplo, do Santos nas últimas duas temporadas. Em tese, o Peixe e tantos outros tiram vagas de federações. Portanto, o plano da CBF, aliada às 27 filiadas, é colocar os clubes tradicionais contra a parede e praticamente obrigá-los a levar a sério os torneios domésticos em 2023, sob pena de pagarem o mico de ficar fora da Copa do Brasil.

    Na edição de 2022, por exemplo, Santos, Goiás, Vitória, Coritiba, Ponte Preta, Paraná, Guarani, Criciúma, Brasil de Pelotas e Oeste participaram do torneio protegidos pelo ranking nacional. Atalho confortável como esse não existirá mais a partir desta temporada. Portanto, a CBF deixou um recado nas entrelinhas.

    Sem blindagem
    Os clubes de ponta do país usam cada vez mais times reservas e/ou alternativos nos estaduais a fim de priorizar sonhos de consumo maiores. A própria Copa do Brasil, a Libertadores e torneios regionais como a própria Copa do Nordeste, por exemplo, todos disputados paralelamente no primeiro semestre. O resultado tem sido a diminuição do interesse pelas partidas dos torneios “raiz” do futebol brasileiro. Sem a blindagem do ranking, times grandes arriscam ficar fora da Copa do Brasil.

    Em 2021, por exemplo, o Santos não se classificou para a fase de mata-mata do Paulistão. Pior: terminou a competição em 12º lugar, uma das piores na história do clube. Pela nova regra de acesso à Copa do Brasil, o Peixe não teria vaga na competição. As senhas pertenceriam aos seis melhores colocados. Quem tivesse vaga por outro torneio repassaria o direito ao clube seguinte na classificação final do Paulistão e assim sucessivamente. O Santos volta a ser beneficiado nesta temporada. Ficou fora do mata-mata no Paulistão 2022, mas pegou carona no ranking e disputará a Copa do Brasil em 2023.

    O Campeonato Goiano é outro exemplo prático. Vice da Copa do Brasil em 1990, o Goiás foi eliminado do Estadual pelo Atlético-GO há dois anos nas quartas de final. Logo, dificilmente disputaria a Copa do Brasil no ano passado. No entanto, foi salvo pelo ranking nacional de clubes. Estava dentro da nota de corte e, consequentemente, conseguiu disputar o mata-mata.

    Com as mudanças na Copa do Brasil, a CBF tenta agradar a gregos e troianos. O Ranking Nacional das Federações passa a ter peso maior na definição das vagas. Federações mais bem posicionadas na lista terão direito a cota maior de bilhetes. São Paulo e Rio de Janeiro seis cada uma; Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná (5); Ceará, Goiás, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Pará e Maranhão (3) e os demais, incluindo o DF, apenas duas.
    A CBF tenta ganhar dos dois lados. Continua apoiando as ideias dos clubes na criação da liga, uma dívida de campanha do presidente Ednaldo Rodrigues na relação institucional com os clubes para chegar ao poder, mas fortalece ainda mais os laços com as federações. Afinal, vale lembrar, as 27 unidades da federação têm mais peso no colégio eleitoral da entidade do que os clubes. Funciona assim desde 2017: as federações têm peso 3, os 20 clubes da Série A peso 2 e os outros 20 da segunda divisão peso 1. Logo, as federações, por si só, elegem um presidente.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/01/08/interna_economia,378546/levar-a-serio-virou-obrigacao.shtml)

  26. Miguel José Teixeira

    . . .Di estava em Paris, hospedado em um pequeno hotel, quando concebeu o primeiro trabalho para Brasília. É a tapeçaria intitulada Os músicos, que, segundo a imprensa, teria sido danificada pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro, ao ser retirada da biblioteca do Palácio da Alvorada e colocada em lugar onde ficou exposta à luz solar excessiva.”. . .

    “A tapeçaria de Di Cavalcanti”
    (Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 08/01/23)

    Rubem Braga dizia que qualquer narrativa de Di Cavalcanti sobre uma travessia da Ponte Rio-Niterói na barca da Cantareira era mais interessante, mais vívida e fascinante do que o relato de alguma dondoca que houvesse viajado pela Europa. O pintor, que conferiu dignidade à beleza das mulatas brasileiras e as alçou à condição de musas, de madonas tropicais, era muito ligado a Brasília.

    Di era um modernista da cabeça aos sapatos e Brasília era o modernismo transformado em cidade. Ele ficou entusiasmado e produziu três obras de integração arte-arquitetura sob encomenda de Niemeyer para a nova capital: a primeira era uma linda tapeçaria, para o Palácio da Alvorada, intitulada Músicos, em que mulatas tocam flautas, banjos e violões. A segunda, o painel Candangos, para o Salão Verde da Câmara dos Deputados; e a terceira, a série de pinturas Os passos da Paixão de Cristo, na Catedral Metropolitana.

    Embora tenha se tornado famoso pela exaltação da beleza das mulatas brasileiras, ele tem facetas menos conhecidas. Uma delas é a de muralista e autor de trabalhos de integração arte-arquitetura, desenvolvidos a partir da década de 1950. Era muito amigo de Oscar Niemeyer. Os dois já haviam feito parceria no projeto do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, inaugurado em 1954, com jardins de Burle Marx.

    Di estava em Paris, hospedado em um pequeno hotel, quando concebeu o primeiro trabalho para Brasília. É a tapeçaria intitulada Os músicos, que, segundo a imprensa, teria sido danificada pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro, ao ser retirada da biblioteca do Palácio da Alvorada e colocada em lugar onde ficou exposta à luz solar excessiva. A pista para a reconstituição das relações de Di com Brasília vem de uma delicada crônica de Gilda Cesário Alvim, datada de 4 de abril de 1958.

    Gilda escreve que a primeira prova tangível da existência de Brasília naqueles tempos ocorreu no quarto do terceiro andar de um hotelzinho barato, com nome de trem expresso: Dinard. Instalado por lá, Di Cavalcanti olhava para a rua e sonhava com Brasília: “E do sonho de Di Cavalcanti nascem mulheres sinuosas, envolventes como lianas, mulheres serpentes, que o domador encanta, não com a clássica flauta, mas com pincéis e tintas. A não ser que os papéis aqui estejam invertidos e o encantado seja o encantador. Porque cada mulher leva entre as mãos um instrumento de música. Esta, uma flauta, aquela, um banjo, outra, um cavaquinho. Embalam. Encantam. O presente, fazem esquecer. O passado ao futuro ligam, pelo limo que carregam, pelas flores que prometem”.

    Em alguns momentos, Di pousava o pincel e esquecia. Sonhava com Brasília. A tapeçaria será em tons cinza, com grandes manchas azuis que lhe darão vida, sem quebrar a harmonia. Nada que choque, que desafine, evoca Gilda.

    Mas, quando Di sonha, tudo se transforma e ele exerce o poder de encantação verbal sobre todos os habitantes ou hóspedes do hotel. Aos poucos, a paisagem parisiense muda. As paredes se afastam e o sol rasga as nuvens pegajosas. O horizonte se alarga e a imensidão verde se estende sobre os telhados de Paris, lembra Gilda, com o olhar espantado daquele longínquo 1958: “Todo mundo no hotel já sabe e fala de Brasília. Todo mundo já sabe, já fala, já acredita nessa capital extraordinária que vai brotar, um dia destes, no solo fértil e virgem do Brasil”.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/01/08/interna_cidades,378549/cronica-da-cidade.shtml)

  27. Miguel José Teixeira

    “Sempre senti que o verdadeiro livro-texto para o aluno é o professor.” (Gandhi)

    “Dicas de português”, por Dad Squarisi, CB, 08/01/23)

    Último adeus
    Pelé se foi. Está no céu batendo bola com Deus. A partida do rei ganhou manchetes na imprensa do mundo todo. Muitos comentaristas falaram em último adeus. Muitos questionaram: último adeus é pleonasmo?

    Há despedidas e despedidas. Nas mais curtas, dizemos tchau, até já, até logo, até logo mais. Nas médias, até à vista. Nas compridonas, adeus. Durante a vida, podemos dar vários adeuses à mesma pessoa. Na morte, damos o último. Não é pleonasmo.

    Posse
    A semana foi de muito movimento. Luiz Inácio Lula da Silva brilhou mais. Depois vieram os ministros. Em meio a solenidades, cumprimentos, desfiles, discursos, recepções etc. e tal, pintou a curiosidade. O que quer dizer posse? A palavra vem do latim posse. Significa poder. Cumprido o protocolo, os eleitos passam a exercer o poder que pleitearam ao se candidatar a este ou àquele cargo. Viva! Sorte pra todos.

    Modismo
    Na posse de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, a mestre de cerimônias cumprimentou “a todas, a todos e a todes”. O público aplaudiu a novidade num evento oficial. Mas ficou a questão: todes figura na nomenclatura gramatical da língua portuguesa?
    Não. É modismo. No português, há dois gêneros — masculino (todos) e feminino (todas). Não existe o gênero neutro, que existia no latim.

    História
    José Sarney lançou a moda no Brasil. “Brasileiras e brasileiros”, saudava ele. Homens e mulheres acharam a novidade simpática. O SBT aproveitou a onda. Pôs no ar a novela com o mesmo bordão.
    A partir daí, distinguir o gênero deixou de ser gesto de simpatia. Tornou-se obrigação. De obrigação passou a obsessão. Hoje, virou comum situações como estas: “Convidamos os presentes e as presentes a se levantarem”, “Os estudantes e as estudantes devem usar uniforme”, “Os debatedores e as debatedoras chegarão ao meio-dia”.
    Reações aos exageros não faltam. Millôr Fernandes falava em “pessoas e pessoos”; Veríssimo, em “povo e pova”. Cidadãos temem que cheguemos a “humanidade e mulheridade” e “seres humano e mulherano”.
    Tempos modernos
    A luta pelo gênero se impôs. Hoje, distinguir o feminino e o masculino não é questão de correção gramatical. Brasileiros engloba homens e mulheres nascidos nesta alegre Pindorama. Gramaticalmente recebe nota 10. Mas escorrega politicamente. A razão é simples: esconde a mulher.
    Modernamente tornou-se praxe usar o masculino e o feminino. Dando-se visibilidade a ele e a ela, marca-se, na fala, a igualdade dos dois gêneros. No fundo, é questão de poder. Quem pode aparece.

    E daí?
    Você decide. Se quiser entrar na guerra contra elas, esqueça o politicamente correto. Mas prepare-se. Voltar às boas leva tempo. Valem as palavras de Bertold Brecht: “A paz não é só melhor que a guerra. É muito mais trabalhosa”.

    A verdade
    A língua é machista? Nada mais injusto. A coitada nem marca o masculino. O o não caracteriza o sexo forte. É a vogal temática da palavra. O a, sim, denuncia o feminino. O mesmo ocorre com professor, mestre & cia. Eles pertencem ao gênero masculino porque se opõem às formas professora e mestra.

    A diferença
    A oposição masculino X feminino faz a diferença. É o caso de menino, menina; vendedor, vendedora; presidente, presidenta. Sem oposição, convoca-se o artigo (o estudante, a estudante; o comerciante, a comerciante; o assaltante, a assaltante). Quando o artigo é o mesmo, só há uma saída — recorrer ao contexto. Valem os exemplos de criança e vítima. Como saber se se referem a mulher ou homem? Só analisando a frase em que aparecem.

    Leitor pergunta
    Quando escrever história com h maiúsculo?
    Patrício Macedo, Brasília

    Em geral, escreve-se história. História, com h maiúsculo, costuma ter vez quando nos referimos à história como ciência ou disciplina —História do Brasil, História da humanidade, História da civilização.
    História ou estória? Modernamente, usa-se história para designar tanto fatos quanto ficção: história da Branca de Neve, história da novela, história da ascensão dos partidos políticos no Brasil.
    Em resumo: não use estória.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/01/08/interna_cidades,378524/dicas-de-portugues.shtml)

      1. Miguel José Teixeira

        Então, que tal todas, todos e todes aprendamos a falar o alemão, como o quer o mestre de cerimônias do caçador da pedra filosofal?

  28. Miguel José Teixeira

    . . .”Com o caso Daniela, o humor da imprensa mudou da água para o vinho, por causa da comprovada presença de chefes das milícias em sua campanha. “. . .

    “Ave, Lula, aqueles que estão prestes a morrer o saúdam”
    (Por Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 08/01/23)

    Alagoano de Palmeira dos Índios, Tenório Cavalcanti (PST) foi um político carismático que dominou a Baixada Fluminense nos anos 50 e 60. Chegou à região em 1926, aos anos 20, e ali viveu até morrer, em 1987. Foi sogro de Silvério do Espírito Santo (MDB), que foi prefeito de Duque de Caxias e deputado federal. O genro também mandou e desmandou na cidade, até que Camilo Zito (PSDB), pernambucano, iniciasse seu reinado em 1996. Como Tenório, Zito tem fama de matador, mas nem se compara à história romanesca do “homem da capa preta”, que usava uma submetralhadora, que carinhosamente chamava de “Lurdinha”.

    Fundador do jornal popular Luta Democrática, Tenório era tratado como “deputado pistoleiro” pela UDN. Morava numa fortaleza em Duque de Caxias, projetada pelo arquiteto Sérgio Bernardes. A ele foram atribuídos pelo menos 25 crimes violentos. Um dos mais célebres foi o assassinato do delegado Albino Imparato, que promoveu uma caçada implacável ao “homem da capa preta”. Acabou aparecendo morto a tiros de metralhadora, em seu carro, no Centro de Caxias. Tenório, cuja participação no caso foi comprovada pela investigação, jamais foi indiciado pelo crime. Reza a lenda que teria sofrido 47 atentados. Morreu de pneumonia, aos 80 anos, num hospital da Barra da Tijuca. Virou arquétipo de políticos populistas da Baixada que, além de amados, precisam ser temidos.

    É o caso dos David, o clã de origem cristã-libanesa que ainda reina em Nilópolis, sob o manto protetor do patriarca, o banqueiro de bicho Anísio Abraão David, fundador da Beija Flor e da Liga de Escolas de Sambas do Rio de Janeiro (Liesa), hoje com 85 anos. Eram nove irmãos, sendo duas mulheres. Seu irmão, Farid Abrão David, foi prefeito da cidade e seu sobrinho, Ricardo Abraão, deputado estadual. Seu primo, Simão Sessim (PP), foi deputado federal por 10 mandatos e faleceu em 2021. Um dos filhos de Simão, Sérgio Sessim, foi prefeito do município de Nilópolis entre 2008 e 2012. O ex-deputado Jorge Sessim David, já falecido, também foi mandatário da cidade. O irmão de Anísio, Miguel Abrahão, também falecido, deixou como herdeiro político o seu filho, Abrahão Davi Neto (vereador em Nilópolis pelo segundo mandato consecutivo). Anísio foi preso algumas vezes, mas nunca cumpriu pena por condenação.

    Mulher de Cesar

    Ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil) foi a primeira e única namorada do prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (União Brasil), com quem tem dois filhos. Na última eleição, se reelegeu deputada federal do Rio de Janeiro, com 213 mil votos, desbancando o General Pazuello (PL), com 8 mil votos a mais. Pastora evangélica e professora, foi secretária de Educação do estado, mas continuaria sendo uma deputada do “baixo clero” da Câmara, se não se tornasse ministra do Turismo, em razão da sua grande votação e do apoio do marido à eleição de Lula.

    A carreira política de Waguinho é ascendente: começou como faxineiro da Câmara Municipal, foi funcionário concursado, vereador, presidente da Câmara, deputado estadual e prefeito de Belford Roxo, o primeiro a ser reeleito, com 80,40% dos votos, em 2020. Sem apoio das milícias e da PM, porém, seria impossível essa votação. Um levantamento da Iniciativa de Direito à Memória e Justiça Racial (IDMJR), organização ligada aos direitos humanos que atua na Baixada Fluminense, aponta que os bairros de Belford Roxo são dominados por milícias, formadas por ex-policiais e policiais de folga. Facções de tráfico estão em constante disputa com esses grupos. Por isso, o município concentra o maior número de operações da Polícia Militar na Baixada Fluminense, ao lado de Duque de Caxias. Antigo distrito de Nova Iguaçu, Belford Roxo é o 6º município mais populoso do estado de Rio de Janeiro, com 515,2 mil habitantes. O PIB da cidade é de cerca de R$ 8,8 bilhões.

    O caso de Daniela é a primeira crise do governo, que sofre cobranças antes mesmo de Lula tomar posse na Presidência. Seu desfecho será paradigmático para toda a equipe de governo de frente ampla, no qual quatro ministros já foram candidatos a presidente da República: o vice-presidente Geraldo Alckmin no Desenvolvimento, Fernando Haddad na Fazenda, Simone Tebet no Planejamento e Marina Silva no Meio Ambiente. Com o caso Daniela, o humor da imprensa mudou da água para o vinho, por causa da comprovada presença de chefes das milícias em sua campanha. Na reunião ministerial de sexta-feira, Lula disse que não discriminava os ministros que estão no governo por composição política. Mas também deixou claro que aqueles quem cometessem erros graves seriam educadamente convidados a sair, apesar de contar com sua lealdade e solidariedade.

    “Ave Caesar, morituri te salutant” (Ave, Cesar, aqueles que estão prestes a morrer o saúdam) era a saudação dos gladiadores romanos. Como geralmente acontece, Daniela ainda não entendeu o recado: virou um problema, em vez de solução. Turistas não visitam Belford Roxo, só os repórteres investigativos.

    Quando mais permanecer no cargo, mais as milícias de Belford Roxo e o império político do marido serão vasculhados e expostos na mídia. Seu caso é muito diferente do desgaste sofrido por Haddad, sob pressão do mercado financeiro, e pelo ministro da Defesa, José Múcio, sob “fogo amigo”, por causa da moderação com que tratou os acampamentos à porta dos quartéis. Isso faz parte do jogo. Na Esplanada não há imexíveis, exceto o vice Geraldo Alckmin, cujo perfil e personalidade são solução para tudo, menos um fator de crise.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/08/interna_politica,378531/nas-entrelinhas.shtml)

    Matutando bem. . .

    Como todo esse imbróglio envolvendo a ministrinha do Turismo, porquê cargas d’água a “janja boca de garoupa” escolheu sentar ao seu lado, na primeira reunião da geringonça?

    Só pode ser paixão por meliantes!

  29. Miguel José Teixeira

    . . .”O risco de Trump, com todos os males que ele representa, voltar é grande.”. . .

    “Os alertas que vêm dos EUA”
    (Visão do Correio (Braziliense), CB, 08/01/23)

    A disputa pela presidência da Câmara dos Representantes nos Estados Unidos é o retrato mais claro de como a radicalização política está minando a maior democracia do planeta. Foram necessárias 15 votações para que o partido Republicano, que fez maioria dos deputados, conseguisse reunir os votos necessários para garantir a vitória de Kevin McCarthy. Detalhe, as divergências não estavam com a oposição democrata, mas dentro da própria legenda do parlamentar, que foi obrigado a fazer uma série de concessões à ala mais radical da agremiação que abriga Donald Trump. Não se via tanta divisão na escolha do presidente da Câmara norte-americana desde antes da Guerra Civil, há mais de 160 anos, quando foram necessárias 44 tentativas. McCarthy venceu com 216 votos, mas será um presidente da Câmara fragilizado.

    Chama a atenção que a decisão sobre a presidência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos tenha saído nos últimos instantes de 6 de janeiro, dia em que se completaram dois anos da invasão do Capitólio por apoiadores de Trump, que não admitia a derrota para Joe Biden na disputa pela Presidência da República. Desde então, houve uma tentativa de se pacificar o país, completamente dividido, mas pouco se avançou nesse sentido. O sistema político norte-americano está sentado sobre uma bomba-relógio, que, se não for desarmada o mais rapidamente possível, fará um estrago monumental nas instituições democráticas do país, com reflexos em todo o mundo. Os homens públicos dos EUA não podem permitir que a tensão se prolongue, pois todos têm a perder.

    Muito da fragilidade do sistema político norte-americano decorre da força da indústria de fake news. A disseminação de informações falsas e do ódio foram fundamentais para que Trump chegasse ao poder e trabalhasse pesado para minar os pilares da democracia. Muitos apostavam que, com a derrota do republicano, a extrema direita perdesse força e Biden conseguisse pacificar a nação que é a locomotiva econômica do globo. Não só a radicalização se manteve, como o atual presidente da República não demonstrou liderança suficiente para comandar o país. Pior, não há, no horizonte, nenhum nome novo suficientemente forte para suceder o democrata, que está com mais de 80 anos. O risco de Trump, com todos os males que ele representa, voltar é grande.

    Não há como negar isso.

    Espera-se que Kevin McCarthy, agora presidente da Câmara dos Representantes, imponha limites aos radicais. Um dos objetivos desse grupo de extremistas é inviabilizar programas sociais que têm minimizado os efeitos das desigualdades sociais que vêm crescendo nos EUA. Joe Biden tem a exata noção dos problemas que pode enfrentar nos dois últimos anos de governo. Experiente, não só cumprimentou o líder republicano como se mostrou disposto a trabalhar em parceria com ele para atender aos anseios da população. As projeções apontam que a economia norte-americana está em desaceleração e não se descarta uma recessão. Em ambientes econômicos adversos, as tensões sociais e políticas se acentuam.

    O Brasil, que saiu das urnas recentemente, deve estar muito atento ao que se passa nos Estados Unidos. Nos últimos anos, também a democracia brasileira foi atacada, com uma polarização extrema testando as forças das instituições. O governo eleito tomou posse, mas a esperada pacificação do país está longe de ocorrer. Será preciso que os Três Poderes restabeleçam as relações republicanas, com os respectivos limites respeitados, para que se possa ter uma real perspectiva de que a união está a caminho. Não se trata de uma tarefa trivial. Até agora, os democratas estão no comando. Mas qualquer descuido, qualquer erro, dará munição para que o caos prevaleça. Os EUA serão um espelho cada vez maior para o Brasil. Que todos fiquem atentos.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/01/08/interna_opiniao,378537/os-alertas-que-vem-dos-eua.shtml)

    Em Pindorama, nesse momento, não há risco do capitão zero zero voltar.

    Ainda mais depois dos atos terroristas em andamento na capital federal, em que está explícita sua marca registrada: a depredação!

    1. Caro

      Impressionante. Esse pessoal, com a atitude de hoje só reforçou e imunizou o governo da esquerda do atraso, o PT e de Luiz Inácio Lula da Silva

      Esse pessoal não entendeu que perdeu por falta de votos, votos que hoje fugiram exatamente por causa do radicalismo e constrangimento que impuseram a uma maioria de direita, conservadora e liberal.

      E se faltou votos, perdeu. E se perdeu, era para estar organizado para fiscalizar com inteligência o vencedor. Ou essa gente acha que no grito e na pauleira vai reocupar o que perdeu no voto? Meu Deus!

        1. Pois é

          Tinha escrito isto diante do estado de negação dessa gente por semanas seguidas diante dos quartéis, qdo perdeu por falta unicamente de votos, muitos deles fugidios por ação dos extremistas

  30. Miguel José Teixeira

    Antes tarde do que nunca

    “Valioso acervo do Planalto já motiva preocupação”

    Deputados do PL articulam projeto que autorize órgãos de preservação do patrimônio público, como o Iphan, a fiscalizar o valioso acervo dos palácios do Planalto e Alvorada, até para protegê-lo de mãos bobas ilustres. Após o término do governo Lula, em 2010, deram por falta de centenas de itens, incluindo presentes de líderes estrangeiros. Caso da adaga em ouro cravejada de pedras preciosas presenteada pelo tirano líbio Muammar Khadafi, a quem Lula se referia como “irmão”. Lula deixou o Palácio da Alvorada com 11 caminhões de mudança de “presentes”.

    Vai que…
    Com a volta de Lula, a ideia é fazer e manter atualizado inventário dos objetos de valor sob a guarda de quem ocupar os palácios.

    Tesouro encontrado
    Os objetos que sumiram da Presidência da República foram localizados depois pela Polícia Federal no caixa-forte de um banco.

    Acervo público
    Lula alegou serem presentes, mas a lei os incorpora ao patrimônio público. Presente só é do presidente se tiver valor máximo de cem reais.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/petrobras-prates-questionou-divisao-de-dividendos)

    E o crucifixo?

  31. Miguel José Teixeira

    “Sustentabilidade e credibilidade!
    (Danilo Sili Borges, Crônicas da Madrugada, 08/01/23)

    Colocar um verbete numa enciclopédia, ou uma palavra nova nos dicionários, não é tarefa para qualquer um, principalmente se for da língua portuguesa que tem catalogados mais de 600 mil termos.

    Luís Felipe de Albuquerque conseguiu. É verdade que não intencionalmente, no início dos anos 1950, no Rio de Janeiro. A nova palavra faz menção ao seu prenome, Felipe, para marcar para sempre, por registro em publicações de referência, como alguém sabendo manipular os conceitos de SUSTENTABILIDADE E CREDIBILIDADE é capaz de fazer com que muitos desempenhem o papel de otário, isto mesmo, aquele a quem o estelionatário deixa com o “mico” na mão.

    Entre, o leitor, em qualquer dicionário de português, pode ser o excelente Infopédia, publicado em Portugal, e procure por “FILIPETA”. Vou adiantar para poupar o trabalho: “Folheto promocional ou publicitário”. Nome que originalmente foi atribuído a um título de crédito sem valor e que com o tempo passou aos impressos descartáveis distribuídos nas ruas. Análise ligeira, mostra-nos que ela é composta por FILI de Felipe e PETA, que significa mentira, engano. O termo foi cunhado pelos cariocas ao perceberem que as promissórias assinadas por Luís Felipe já não eram honradas pelo emitente. Eram tantas, e tantos os otários, que aquele papel foi batizado como filipeta e daí chegou aos dicionários.

    Apenas um caso de pirâmide financeira. Felipe pousava de rico e fazia circular, de boca em boca, que tinha um sócio oculto, diretor de importante banco. O esquema era simples, Felipe comprava automóveis e imóveis, pagava a prazo, mediante entrada e o restante em promissórias. Era fácil negociar com ele, que não regateava preços. Os documentos de crédito que emitia eram pagos religiosamente no vencimento, credibilidade era a base do seu negócio. Os recursos, notem bem, para seus pagamentos, ele conseguia vendendo à vista os bens que havia adquirido a prazo, por valor menor do que se comprometera a pagar. Operando sobre grande número de transações, ele garantia a liquidez do seu crescente esquema… e aumentava, é claro, seus compromissos, seu passivo a descoberto.

    O sistema comercial era instável e chegaria o dia em que ruiria, quando parassem as operações de compra e venda. Então, os recursos em suas mãos seriam insuficientes para quitar os títulos emitidos e nem ele tinha intenção de fazê-lo. Era a hora do “pinote”, na qual o nosso herói desapareceria com a grana correspondente a um bom percentual do valor global dos títulos que circulavam na praça fluminense e que a partir daquele momento nada mais valeriam.

    Antes do Dia D, houve a denúncia. Felipe foi preso e condenado (por pouco tempo). Não sei se conseguiu manter parte do resultado do trambique, ou se gastou tudo na própria defesa, mas isso não importa para a continuidade desta crônica.

    Sustentabilidade é palavra constante na mídia, referindo-se ao meio ambiente, ou a outros sistemas, como por exemplo o econômico e o político. Sustentabilidade é o fator chave da credibilidade de qualquer sistema. Nós, ao fazermos avaliações nos negócios, na escolha dos nossos mandatários, para trocarmos do emprego por outro, com melhor remuneração, em qualquer decisão, sempre investigamos se o nosso parceiro ou contraparte tem credibilidade.

    Felipe montou, como todos os que lançam pirâmides financeiras, um sistema que tinha credibilidade… – ele honrou rigorosamente seus compromissos, até a hora do pinote. Ele soube manter a sustentabilidade do seu negócio, garantindo meios para pagar em dia, seus compromissos.

    Qualquer sistema só merece credibilidade, enquanto for previsivelmente sustentável. Entra aí o fator tempo, expresso pela palavra enquanto. Nas análises de oportunidade, três parâmetros devem ser aferidos: credibilidade, sustentabilidade e tempo, sendo o primeiro dependente dos outros.

    Felipe, um estelionatário, manteve a credibilidade do negócio, garantindo-o sustentável por um tempo pré-determinado, depois outros ficaram com o “mico”.

    São muitas as possibilidades de manipulação desses fatores em outros sistemas, além do financeiro. O político-administrativo, por exemplo.

    Imaginemos, só para raciocinar, que o presidente de um país consiga gastar, em atendimento social à população, ilimitadamente, sem respeitar o orçamento elaborado para manter sob controle o equilíbrio das contas públicas. Com recursos ilimitados, ele mete “o pé na jaca” e assume posições simpáticas frente à população e terá altos índices de popularidade, que é a credibilidade na política, enquanto o temerário sistema for sustentável.

    Você, meu amigo, com despesas além do que ganha, terá que recorrer a empréstimos. O governo também! Gastando mais do que arrecada com os tributos, terá que emitir títulos de crédito (como fez o Felipe), ou emitir moeda, o que gera inflação – outra forma de nos fazer pagar por despesas comprometendo o equilíbrio fiscal, ou ainda aumentando impostos.

    Consequências: juros altos, problemas cambiais, desemprego. Mas nem tudo está perdido para esse gestor, se ele souber manipular bem o fator credibilidade, via artifícios de sustentabilidade de curto prazo, como controlar preços artificialmente, então o sistema será levado a ruir na mão do seu sucessor.

    Nessa história, o “mico”, as filipetas de emissão governamental ficarão nas mãos do povo que levará, talvez, décadas para as quitar.

    Você já viu esse filme? Mensalmente há um lembrete dele na sua conta de energia!

    (Fonte: https://www.cronicasdamadrugada.net/2023/01/sustentabilidade-e-credibilidade.html)

  32. Miguel José Teixeira

    360 Graus, Por Jane Godoy, CB, 07/01/23

    “Como vejo o Brasil e o que desejo para este país magnífico”
    (Daniel Zonshine, Embaixador do Estado de Israel)

    O Brasil é um país magnífico. Aqui há uma enorme diversidade, força e um território inacreditável. Há grandes diferenças entre paisagens, na sociedade e na economia.

    É algo tão único do Brasil, terra de tanta gente, tantas culturas, economias e hábitos.

    No passado eu trabalhei com country branding, que é o trabalho de definir como um país se vê e como quer se projetar para o mundo. Trabalhar com isso exige uma abordagem muito sincera da forma com um país analisa a si mesmo. É um ótimo exercício mental para qualquer pessoa. O caso brasileiro não foi um caso simples. Seria samba e futebol? Ou seria o Brasil verdadeiro?

    Não é fácil num país como o Brasil encontrar o que o une como país, o que o torna especial e diferente dos outros. É um desafio.

    Em 2022 o Brasil passou por uma campanha eleitoral dura, que mostrou alguma polarização na sociedade. Eu desejo que o Brasil e seus líderes encontrem o caminho para unir a sociedade, encontrar o espírito certo que mostre ao mundo a verdade e o denominador comum do país. E, é claro, que mostre ao seu próprio povo porque ele é considerado uma nação feliz.

    Tive a oportunidade de viajar para diversos lugares do Brasil nos meus primeiros meses aqui. Para um israelense que vem de um país do tamanho de Sergipe, viajar no Brasil é uma grande experiência. As distâncias são enormes como a variedade de paisagens — da água e da floresta da Amazônia às cachoeiras impressionantes em Foz do Iguaçu (para um israelense que cresceu num país semi-árido, ver tanta água é uma experiência única), dos alagados do Pantanal para os campos de soja de Goiás; da urbanização de São Paulo às praias de Itacaré; dos vinhedos de Bento Gonçalves aos centros de alta tecnologia de Florianópolis e Salvador.

    E, é claro, o povo, um mosaico de tantas culturas, características e visões.

    No meu ponto de vista não há um único Brasil real, mas muitos brasis reais. E isso depende do observador, de qual Brasil se busca. Seja o que for, provavelmente está em algum lugar por aí, esperando para ser descoberto.

    Por isso eu desejo ao Brasil e aos brasileiros, que sejam descobertos da forma que preferirem, da forma que querem ver a si mesmos — a melhor maneira possível em 2023.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/01/07/interna_cidades,378482/360-graus.shtml)

    Amém!

  33. Miguel José Teixeira

    Aparentemente apenas mais uma “pão com mortandela”, distribuindo “santinho” oficial e demonstrando verdadeira paixão por marginais

    “Restrição e mimo na reunião”
    (CB, 07/01/23)

    A primeira reunião ministerial do governo Lula teve medidas para ser o menos midiática possível. Logo na entrada, uma placa anunciava que os participantes não poderiam entrar com celulares. A restrição tinha duas razões: evitar as transmissões, ao vivo, pelas redes sociais, o que tornaria o encontro de trabalho em um evento social; e que trechos fossem retirados e publicados nas páginas pessoais dos ministros, abrindo a possibilidade de que isso pudesse causar novos ruídos na comunicação do governo.

    Os assessores próximos do presidente Lula tomaram os cuidados para que o encontro ministerial fosse o mais sóbrio possível, bem distante daquele de 22 de abril de 2022, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu seu primeiro escalão e assessores graduados também no Palácio do Planalto. A gravação que veio a público depois mostrou uma conferência repleta de palavrões e termos chulos, além de ameaças e propostas indecorosas — como a do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de “passar a boiada” por meio de liberações normativas contrárias à preservação ecológica, num momento em que a população estava preocupada com o avanço da pandemia de covid-19; ou a do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos” e disse querer vê-los atrás das grades.

    Mas a reunião de Lula com o ministério não foi marcada apenas pela sisudez. A primeira-dama Janja Lula da Silva, que participou do encontro e sentou-se no espaço reservado aos assessores, entregou aos integrantes do primeiro escalão cópias da foto oficial do ministério que tomou posse, junto com o presidente, em 1º de janeiro.

    Janja, porém, permaneceu na sala apenas no início da reunião. Sentou-se próxima à ministra do Turismo, Daniela Carneiro, que protagoniza a primeira polêmica do governo por causa do envolvimento com milicianos em seu berço político — Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/07/interna_politica,378501/restricao-e-mimo-na-reuniao.shtml)

  34. Miguel José Teixeira

    “Um tema delicado na “janela”
    (Denise Rothemburg, Braília-DF, CB, 07/01/23)

    O desmonte do acampamento de bolsonaristas radicais em frente aos quartéis foi mencionado na reunião ministerial. O presidente Lula considera que esses espaços públicos precisam ser desocupados para deixar claro que as pessoas não podem fazer o que querem, que há lei no país. Há quem defenda aproveitar que o número de acampados diminuiu neste início de ano, inclusive no QG do Exército em Brasília. A avaliação é a de que, neste momento, muitos daqueles que pregaram um golpe no país estão decepcionados e sem líder, uma vez que Jair Bolsonaro foi para os Estados Unidos. Em Brasília, por exemplo, já foram mais de duas mil pessoas acampadas. Hoje são em torno de duzentas. Se deixar mais para frente, talvez o clima mude.

    Ministros ouvidos pela coluna informaram que o ministro da Defesa, José Múcio, falou que, no começo, os acampamentos reuniram 40 mil pessoas e hoje não chegam a cinco mil em todo o país. Há a necessidade de manter o diálogo com esses manifestantes para não dar a eles o discurso de vítima de violência. Tudo o que o governo federal não quer é repetir a ocupação do Capitólio, que há dois anos deixou mortos e feridos. O assunto é hoje tão delicado quanto as respostas que o governo precisa dar ao país.
    . . .
    (+em: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/01/07/interna_politica,378509/brasilia-df.shtml)

    E o piNçador Matutildo, piNçou. . .

    “O presidente Lula considera que esses espaços públicos precisam ser desocupados para deixar claro que as pessoas não podem fazer o que querem, que há lei no país.”. . .

    e. . . matutou:

    Huuummm. . . pelo menos o ex presidiário lula sabe “que há lei no país”. . .

    Portanto, “janja boca de garoupa”, para bom entendedor, meia palavra ba. . .

    1. Vamos lá.

      Primeiro discordo desse tipo de protesto dos bolsonaristas ou que rótulo isso tenha. É perda de tempo. Inclusive para ser organizar como uma oposição necessária, racional e inteligente, além de se reagrupar, se tiverem condições para isso.

      Segundo lugar, o lugar público é o lugar de protesto quando a causa é pública. Mas, há limites

      Terceiro, o que mesmo faziam gente tão igual na teimosia e doença quando Lula ficou preso em Curitiba? Ali, além do público, até o privado foi prejudicado.

      Quarto, é um discurso oportunista e provocador, para quem diz que é preciso governar para todos e baixar as tensões.

  35. Miguel José Teixeira

    Aliás, a janja subiu a rampa levada por um e carregando outro

    . . .”E o alívio de acordar sem o Boçalnaro destruindo o Brasil?! O Lula é triplex: três vezes presidente! O Lula tá possuído!”. . .

    “A Janja devia ganhar o Oscar de melhor roteirista de posse! Rarará!”
    (José Simão, FSP, 06/01/23)

    Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador Geral da República! A Janja imitou a Michelle: subiu a rampa levando um animal! Rarará!

    Servidores lavam com sal grosso a entrada do Ministério da Fazenda. Pra tirar o encosto do Paulo Guedes. Mulher larga casa e deixa o marido que estava no quartel. É o patriocorno. Rarará!

    E em represália à posse de Lula: Latino, Gusttavo Lima e Zezé Di Camargo ameaçam não cantar mais. Primeira vitória da vitória do Lula! Ufa! Deus é mais!

    E o alívio de acordar sem o Boçalnaro destruindo o Brasil?! O Lula é triplex: três vezes presidente! O Lula tá possuído!

    Aliás, possuída é a Janja. Que não para um segundo! Jogaram pó de mico na Janja! A Janja devia ganhar o Oscar de melhor roteirista de posse! Daria umas quatro temporadas na Neflix!

    E existe coisa mais brasileira que uma primeira dama chamada Janja?

    E o Bozo fugiu pra Orlando, que é um tipo de Bozolândia. Tá hospedado na casa do ex-lutador José Aldo que tem quarto pra minions. Como é quarto pra minion? Em vez de pijama, camisa de força. E café da manhã, alfafa.

    Não dá pra entender minion: fazem arminha na igreja e rezam diante de quartel! E a mulher chorando abandonando o acampamento e o marido: “Não chora, eu armo uma barraca na sala” Minion gosta de duas coisas: barraco e barraca!

    E atenção: advogado de Chapecó entrou com um pedido de prisão de Lula sob a acusação de que Lula e o PT drogaram o Alckmin e milhões de eleitores com LSD. O processo está sob relatoria do ministro Raul Araújo.

    E o Alckmin tá mais feliz que pinto no lixo. Picolé de Chuchu com cobertura de pimenta malagueta! Eu tenho até um vídeo dele bancando o DJ! Rarará!

    Nóis sofre mas nóis goza!

    Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/josesimao/2023/01/a-janja-devia-ganhar-o-oscar-de-melhor-roteirista-de-posse-rarara.shtml)

  36. Miguel José Teixeira

    Versão 3.0: mais do mesmo

    “Governo faz ‘declarações estapafúrdias’ e afasta setor privado, diz gestora Verde”
    . . .
    “O novo governo parece adotar um modus operandi que lembra a frase de Azeredo Silveira sempre citada por Elio Gaspari [colunista da Folha] —”tem gente que atravessa a rua para escorregar na casca de banana que está na outra calçada”— com declarações absolutamente estapafúrdias sobre os mais variados temas, mas especialmente aqueles que dizem respeito à economia”, diz a gestora com cerca de R$ 30 bilhões, em carta publicada nesta sexta-feira (6) referente ao desempenho do fundo Verde.
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    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/01/governo-faz-declaracoes-estapafurdias-e-afasta-setor-privado-diz-gestora-verde.shtml)

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