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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXVI

29 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXVI”

  1. Miguel José Teixeira

    Quando a gente pensa que já viu de tudo. . .

    O tal “lider dos caminhoneiros”, auto intitulado Zé Trovão, foi eleito (pasmem) Deputado Federal por Santa Catarina, com base eleitoral em Joinville.
    Segundo consta, foi eleito com vistosa tornozeleira eletrônica e 71.140 votos!
    O caminhoneiro é investigado por articular atos com pautas antidemocráticas em 7 de Setembro de 2021. Teve a prisão preventiva decretada poucos dias antes das manifestações e ficou foragido no México até 26 de outubro, quando se entregou à Polícia Federal em Joinville (SC). Em fevereiro, o ministro do STF Alexandre de Moraes revogou sua prisão domiciliar e impôs restrições ao caminhoneiro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

    E o Matutildo, fica matutando:

    Se, como humilde eleitor, já praticou atos anti democráticos, imaginem o que fará, diplomado de Deputado Federal, com todas as suas benesses e imunidade parlamentar?

    Me recuso a seguir a indicação que a somatória dos algarismos que compõem o número total dos seus votos sugere: 7+1+1+4+0=13!

    2023: seja o que Deus quiser!

  2. Miguel José Teixeira

    “Eleições 2022: PT tem que lembrar que apoio de artista e reunião em universidade não ganham eleição, diz Chomsky”
    (Por Mariana Sanches – @mariana_sanches – Da BBC News Brasil em Washington, 05/10/22)

    O linguista americano Noam Chomsky diz que PT deixou de se organizar em bases populares, o que ajuda a explicar dificuldades de desmontar ataques de ‘fake news’.
    . . .
    BBC News Brasil – O senhor está traçando muitos paralelos entre os EUA e o Brasil. Há quem acredite que o país pode viver uma situação como o 6 de janeiro de 2021, quando trumpistas invadiram o Capitólio pra contestar os resultados eleitorais. O senhor vê esse risco no Brasil?

    Chomsky – O tumulto das motociatas do Bolsonaro dão uma ideia do que poderia ser. E olha que era apenas um desfile pelas ruas da cidade. Acho que os próximos serão meses muito difíceis. Bolsonaro fez declarações alegando possíveis fraudes tão extremas que a comunidade diplomática internacional se opôs fortemente. Então eu acho que eles vão se abster desse tipo de movimento. Mas é perfeitamente possível que eles possam replicar o 6 de janeiro. Lembre-se, o 6 de janeiro chegou muito perto de um golpe e só não o foi porque meia dúzia de pessoas decidiram diferente. Teria sido um golpe se (o vice de Trump) Mike Pence e (o então líder da maioria no Senado) Mitch McConnell estivessem dispostos a ver o sistema democrático formal derrubado. Foi muito perto.

    Se aconteceu nos EUA, há um risco muito grande de que aconteça no Brasil. O país está obviamente muito dividido e Bolsonaro está despejando armas na mão de pessoas que se organizariam facilmente para dar um golpe. Não é preciso muita imaginação para pensar que os mesmos que participam da motociata também poderiam pegar em armas se for o caso. Como Trump, Bolsonaro disse muito explicitamente que ele não vai ser derrotado, quem sabe o que ele quer dizer?

    BBC News Brasil – Se Lula vencer, o que ele deveria fazer em seu terceiro mandato?

    Chomsky – Bom, a essa altura está meio tarde, mas eles precisam começar a se organizar entre a população em geral. Não basta ter artistas do seu lado, ou ter acadêmicos, é preciso sair às ruas e se organizar para realmente ter forças populares reais ali.

    Não é que faltem pessoas (nesse campo da esquerda). Houve grandes manifestações populares (contra Bolsonaro), mas meio espontâneas. Eu não acho que eles tinham uma organização unificada ou um conteúdo político direto, exceto o “fora Bolsonaro” ou algo assim. Isto não é suficiente.
    . . .
    Leia a íntegra da entrevista em:

    https://www.terra.com.br/noticias/eleicoes/eleicoes-2022-pt-tem-que-lembrar-que-apoio-de-artista-e-reuniao-em-universidade-nao-ganham-eleicao-diz-chomsky,d75960e4fa1265ed91532f47dd1e1df6ca9ruvvd.html

    1. Impressionante como essa gente vive num outro plano. Discursa para pobre como se preocupasse e lhe fosse a salvação, mas no fundo vivem de teses, vento, atraso e não de transformação a narrativa do discurso.

  3. Miguel José Teixeira

    A nossa Bela e Santa Catarina continua desprovida de líderes políticos

    “Um em cada 20 deputados federais se elegeu com próprios votos”
    (Redação O Antagonista, 05/10/22)

    Apenas um em cada 20 deputados federais se elegeu este ano com os próprios votos. Esses candidatos receberam votos suficientes para atingir ou ultrapassar o quociente eleitoral, o que significa que conseguiram cadeiras na Câmara dos Deputados sem depender dos votos totais conquistados pelo conjunto do partido ou da federação.

    Neste ano, 25 deputados (lista abaixo) do total de 513 (4,85%) atingiram ou superaram a meta. O número é menor do que o verificado em 2018, quando 27 foram eleitos com votos próprios.

    Os outros 488 deputados eleitos foram “puxados” com os votos dados aos partidos e aos demais candidatos, já que o sistema de eleição para a Câmara dos Deputados é o proporcional.

    Veja a lista:

    PL (oito deputados): Nikolas Ferreira (MG), Carla Zambelli (SP), Eduardo Bolsonaro (SP), Ricardo Salles (SP), André Ferreira (PE), Filipe Barros (PR), Eduardo Pazuello (RJ), Bia Kicis (DF)

    PP (quatro deputados): Delegado Bruno Lima (SP), Clarissa Tércio (PE), Arthur Lira (AL) e Doutor Luizinho (RJ)

    PSOL (três deputados): Guilherme Boulos (SP), Taliria Petrone (RJ), Fernanda Melchionna (RS)

    PT (dois deputados): Gleisi Hoffmann (PR) e Paulo Pimenta (RS)

    União Brasil (dois deputados): Silvye Alves (GO) e Daniela do Waguinho (RJ)

    Avante (um deputado): André Janones (MG)

    Cidadania (um deputado): Amom Mandel (AM)

    Novo (um deputado): Marcel van Hattem (RS)

    Podemos (um deputado): Deltan Dallagnol (PR)

    PSB (um deputado): Tabata Amaral (SP)

    Republicanos (um deputado): Tenente Coronel Zucco (RS)

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/um-em-cada-20-deputados-federais-se-elegeu-com-proprios-votos/?utm_campaign=QUA_MANHA&utm_content=link-845429&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

    Todos os Deputados Federais eleitos por SC, dependeram dos votos das suas legendas.

  4. Miguel José Teixeira

    . . .”Quem acreditou em pesquisa ficou com a impressão de que o Presidente se fortaleceu, como mostraram as manchetes do day after; já quem acreditou nas multidões das ruas, ficou desconfiado dos resultados. Tudo porque apareceu essa adivinhação que oferece uma bola de cristal diária.”. . .

    “Frustrações da urna”
    (Por Alexandre Garcia, CB, 05/10/22)

    A indecisão na eleição presidencial desse domingo frustrou os dois lados que agora vão para o segundo turno. O lado de Lula, porque acreditou nas pesquisas que traziam indicação de vitória no primeiro turno. O lado de Bolsonaro, que viu nas ruas e no oceano verde e amarelo a indicação de ganhar fácil no primeiro turno. Assim como as ruas deixaram Bolsonaro com ilusão, as pesquisas iludiram Lula deixando-o confiante a ponto de ausentar-se das ruas.

    As pesquisas reincidiram nos erros graves da eleição de 2018. Em nove empresas de pesquisas, nenhuma previa Bolsonaro com 43 pontos. Iam de 31 a 39. Entre as nove principais, apenas duas não apontaram Lula como vencedor em primeiro turno. O “agregador de pesquisas” do Estadão cravou 51 a 36 com a vitória de Lula. Em São Paulo, maior eleitorado, as pesquisas deram pouca importância a Tarcísio e ao Astronauta. Pontes elegeu-se senador com mais de 50% dos votos e Tarcísio liderou o primeiro turno. Aqui em Brasília, as pesquisas foram surpreendidas com Damares; acertaram no governador, mas erraram a classificação dos demais.

    Deputados e senadores eleitos estão se mobilizando em busca de uma CPI para apurar se pesquisas tentam manipular o eleitor, fazendo-o crer num resultado que possa influenciar na decisão do voto. Sempre achei complicado tirar conclusões com uma amostra milesimal do eleitorado que não é homogêneo. Com o sangue humano, o laboratório pode tirar resultados com uma gota, mas com o cérebro emotivo do eleitor, é difícil até consultando uma amostra de 1%, que seriam 1.560.000 eleitores — mas entrevistam de 2.000 a 7.000 pessoas. Amostragem de 0,0013 do todo — um eleitor representa 78 mil? Ponha-se ciência nisso. Acompanhei 25 eleições em 62 anos e nunca vi tanta pesquisa como agora. Noticia-se mais sobre pesquisa do que sobre os candidatos e suas intenções e programas. Impõem sobre o eleitor uma enxurrada de pesquisas, como se fossem eleições diárias. Com que objetivo?

    Quem acreditou em pesquisa ficou com a impressão de que o Presidente se fortaleceu, como mostraram as manchetes do day after; já quem acreditou nas multidões das ruas, ficou desconfiado dos resultados. Tudo porque apareceu essa adivinhação que oferece uma bola de cristal diária como revelação do resultado das urnas. Nesta eleição presidencial, pode ser que as pesquisas tenham querido entregar ao eleitor um fato consumado, mas o resultado disso nos candidatos pode ter sido o contrário, pois a consequência foi relaxar os músculos de Lula e estimular a atividade de Bolsonaro, que já fez maioria aguerrida na Câmara e no Senado. Formou um Congresso praticamente inviável para seu adversário.

    Esta saturação de pesquisas e de empresas de pesquisa revela uma atividade rentável, que encontra quem compre e encontra quem acredite. Mas desvia o eleitor do tema principal, que é não a torcida numa bolsa de apostas, mas pensar e debater sobre o passado do candidato, seu caráter, seu desempenho em cargo público, suas ideias e suas intenções. Muitas pesquisas, na prática e no cotejo com a realidade das urnas, mais parecem agências de apostas e de propaganda.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2022/10/05/interna_brasil,374487/alexandre-garcia.shtml)

  5. Miguel José Teixeira

    . . .”Um bom exemplo dessa expectativa é a fotografia da manifestação petista na Avenida Paulista, no dia da eleição, com Lula ao lado da esposa Janja; da ex-presidente Dilma Rousseff; da presidente do PT, Gleisi Hoffman; do ex-senador Aloizio Mercadante e do seu vice, Geraldo Alckmin, quase um estranho no ninho.”. . .

    “2º turno entre Lula e Bolsonaro não é nova eleição”
    (Por Luiz Carlos Azedo, CB, 05/10/22)

    É um lugar comum nas campanhas eleitorais, principalmente de parte de quem está perdendo, a tese de que o segundo turno é uma nova eleição. Há controvérsias. As forças em movimento são as mesmas, porém, os dois primeiros colocados operam forte atração sobre as demais, por expectativa de poder, motivação ideológica e/ou emocional. Isso provoca o realinhamento eleitoral, cuja resultante será a formação de uma maioria de votos válidos, que garante a consagração inequívoca do presidente eleito.

    A eventual mudança de posição entre os dois candidatos é resultado da inércia da primeira votação e da eventualidade de o líder não se dar conta de que a sua estratégia está sendo superada pelo segundo colocado. Estamos falando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL), obviamente. O que ocorreu na reta final do primeiro turno, por isso, gera uma força de inércia que pode resultar numa troca de posições.

    Na última semana da eleição, Lula perdeu posições e Bolsonaro avançou. Mais do que frustrar a expectativa petista de vitória no primeiro turno, o resultado da votação de domingo embalou a campanha de Bolsonaro e gerou perplexidade na campanha de Lula, ainda que ninguém queira passar recibo do que aconteceu. Com 96,93% das urnas apuradas, Bolsonaro recebeu 43,70% dos votos válidos, enquanto o Lula teve 47,85% dos sufrágios. Os candidatos Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) obtiveram, respectivamente, 4,22% e 3,06% dos votos válidos.

    Um bom exemplo dessa expectativa é a fotografia da manifestação petista na Avenida Paulista, no dia da eleição, com Lula ao lado da esposa Janja; da ex-presidente Dilma Rousseff; da presidente do PT, Gleisi Hoffman; do ex-senador Aloizio Mercadante e do seu vice, Geraldo Alckmin, quase um estranho no ninho. Era uma espécie de “Lula é meu e ninguém tasca”, armado na expectativa de que a eleição estava decidida. Entretanto, o resultado do primeiro turno exigia que o palanque fosse muito mais amplo.

    Lembrei-me de certa passagem do romance Vida e Destino (Alfaguara), do escritor judeu ucraniano Vassili Grosman, que foi correspondente de guerra na Batalha de Stalingrado, na Segunda Guerra Mundial. A publicação do livro esteve proibida durante muito tempo e seu autor chegou a ser preso por causa dele. Grossman relata a experiência de guerra, os absurdos de seus efeitos sobre a vida das pessoas, com toda a inversão de valores que acarretou. Realista, mostra os bastidores da batalha no partidos e na antiga sociedade soviética. É uma descrição impressionante de como a resistência ao invasor alemão se transformou numa guerra patriótica, na qual o protagonismo popular foi decisivo na frente de batalha. Mas também desnuda o comportamento do aparelho partidário, que se recolhe à retaguarda e, no momento de virada da guerra, opera para colher os louros da vitória.

    O palanque de Lula no domingo refletiu uma falsa expectativa, na qual não se levou em conta que a onda do voto útil havia se esgotado e fora protagonizada por formadores de opinião que já estavam no campo da esquerda. O alarido e a agressividade da campanha, porém, provocaram o voto útil reverso dos eleitores anti-petistas, que não desejavam votar em Bolsonaro, mas o preferem em relação a Lula.
    É aí que mora o perigo de virada eleitoral logo no começo do segundo turno, porque a inércia desse movimento silencioso pode não ter se esgotado no dia da votação.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/10/05/interna_politica,374490/nas-entrelinhas.shtml)

    Será que análise acima aplica-se também ao 2º turno para governador de nossa Bela e Santa Catarina?

  6. Miguel José Teixeira

    . . .”Cada vez mais isolada, depois que a China, principal aliada, condenou as anexações das quatro regiões ucranianas, Moscou parece ter minguado o escopo de alternativas para reverter as derrotas no front.”. . .

    “Putin contra as cordas”
    (Por Rodrigo Craveiro, CB, 05/10/22)

    A mobilização parcial de 300 mil reservistas russos e a anexação das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk e os territórios de Kherson e Zaporizhzhia sugeriam uma guinada na invasão de Vladimir Putin à Ucrânia. O tiro parece ter saído pela culatra. Resistentes a morrerem em uma guerra que consideram sem sentido, milhares de cidadãos fugiram da Rússia. No último sábado, dia seguinte ao discurso triunfante de Putin, as forças ucranianas cercaram pelo menos 5 mil soldados do Kremlin na cidade de Lyman, no Donetsk, e os expulsaram dali. Talvez tenha sido um prenúncio de tempos difíceis para o ex-espião da KGB.

    Acuado cada vez mais pelo Ocidente, que reforçou as sanções econômicas contra Moscou e acelerou o envio de ajuda militar a Kiev, Putin começa a atolar em seu próprio atoleiro. Especialistas acreditam que a agressão à Ucrânia foi um erro de cálculo que coloca em xeque a reputação do chefe do Kremlin e deteriora a imagem da Rússia no cenário internacional. Cada vez mais isolada, depois que a China, principal aliada, condenou as anexações das quatro regiões ucranianas, Moscou parece ter minguado o escopo de alternativas para reverter as derrotas no front.

    Ao ameaçar o uso de armas nucleares táticas na Ucrânia — um recurso extremo, condenável e contraproducente, segundo especialistas —, Putin tensiona ainda mais as relações com o Ocidente. Nos últimos 77 anos, o arsenal atômico foi utilizado somente duas vezes e com consequências funestas: centenas de milhares de mortos, em Hiroshima e em Nagasaki.

    A explosão de um artefato nuclear, ainda que com poderio destrutivo limitado, liberaria uma nuvem radioativa sobre a Ucrânia e teria um efeito psicológico devastador. Além disso, provavelmente lançaria a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) à guerra na Ucrânia, o que poderia desatar um conflito mundial. No cenário doméstico, Putin sofreria pressão interna da ala política mais moderada e precisaria lidar com manifestações pacifistas gigantescas em toda a Rússia.

    Cada vez mais contra as cordas, o presidente russo enfrenta um dilema, uma escolha de Sofia cujos efeitos talvez sejam desastrosos para si mesmo. Se intensificar o conflito com a Ucrânia e sofrer mais reveses, ficará desmoralizado e de mãos atadas. Se abandonar a ex-república soviética vizinha, atestará o fracasso em sua aventura malcalculada. Se utilizar armas nucleares, selará o fim do próprio governo.

    As últimas revoluções na Ucrânia deram uma amostra do grau de patriotismo e de amor do povo por sua nação. Talvez Putin tenha ignorado isso. A 19 dias de completar oito meses, a invasão à Ucrânia se apresenta — além de uma agressão ao direito internacional e à soberania de uma nação democrática — como um erro de proporções colossais.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/10/05/interna_opiniao,374452/putin-contra-as-cordas.shtml)

  7. Miguel José Teixeira

    “. . .todos aqueles que ousam sacudir as massas, para que acordem e saiam do transe e do feitiço ilusório, é logo apontado como inimigo a ser posto de lado imediatamente.”. . .

    “Psicologia das massas e eleições”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 05/10/22)

    Alguns historiadores afirmam que o povo é, no lento movimentar da roda humana no vale do tempo, uma porção de ninguém, semelhante as areias de um imenso e árido deserto. Levado ao sabor dos ventos, vai de um lado para outro sem resistências. A constatação, um tanto cruel, não pode, por seu realismo factual, ser contraposta.

    De fato, as massas, ao longo da história, sempre demonstraram não ter sentimento genuíno ou sede pela verdade. Apenas uns pouco indivíduos parecem movidos pelo desejo da verdade. Mas de tão poucos, quase nunca são notados. Essa movimentação das massas pelos ventos da ilusão se dá, provavelmente, pelo fato de que a realidade é sempre inóspita e pronta a desmanchar sonhos e fantasias.

    Talvez pela própria condição humana de idealizar o futuro como um tempo melhor do que o presente, as massas seguem em sonhos. Com isso, elas tendem a fugir léguas de tudo que não lhes traga satisfação e gozo. Cortejam as mentiras cômodas, pois são elas que fornecem os alicerces para as ilusões. Seguem cegas os que recitam fantasias. Adoram, por isso, as artes, as drogas, as bebidas, os saltimbancos e os circos e tudo que possa trazer distração e alheamento do cotidiano. Talvez, por isso, os vendedores de ilusões se dão tão bem nas massas. Com eles, as pessoas hipnotizadas como estátuas de orelhas moucas, seguem mansas como ovelhas, rumo ao incerto jardim. Por isso mesmo, todos aqueles que ousam sacudir as massas, para que acordem e saiam do transe e do feitiço ilusório, é logo apontado como inimigo a ser posto de lado imediatamente.

    Nossos políticos, à semelhança do flautista de Hamelin, dos irmãos Grimm, hipnotizam as massas com suas melodias encantatórias, para depois lançá-las, sem remorsos, direto ao abismo. Mesmo lá, aqueles que sobrevivem ainda aguardam e sonham com o retorno do flautista. Esse transe coletivo é fruto da vida em sociedade e sua principal característica.

    Os políticos e os prestidigitadores da realidade conhecem essa fraqueza das massas e exploram-na como ninguém. De outra forma, como entender o fato de que nessas eleições dezenas de milhões de votos sejam dados a determinados candidatos que sequer se deram ao trabalho de apresentar programas de governo? Candidatos que, em outras oportunidades, lançaram a nação, sem remorsos, direto ao abismo.

    A explicação para fatos psicológicos dessa natureza reside muito além da simples junção da alienação com uma espécie de masoquismo coletivo. O prazer de ser ludibriado é sempre maior do que a dor e o sofrimento que vem como consequência. Submetidas aos encantamentos da retórica política e ao prazer que ela parece provocar em todos, o melhor destino para as massas é sempre se prostrar aos pés de seus ídolos, mesmo que eles se revelem os verdadeiros lobos. É da psicologia das massas.

    A frase que foi pronunciada
    “Uma das características mais constantes das crenças é a sua intolerância. Quanto mais forte a crença, maior sua intolerância. Homens dominados por uma certeza não podem tolerar aqueles que não a aceitam.” (Gustavo Le Bom)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/10/05/interna_opiniao,374456/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  8. Miguel José Teixeira

    Alô, Catarinenses! Prestenção!

    “Tragédia como herança”
    (CH, DP, 05/10/22)

    Além das afinidades políticas que o levaram a apoiar Bolsonaro, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), não esquece as marcas de gestão petista: “Eu, mais que ninguém, herdei uma tragédia”. A gestão ruinosa do PT em Minas deixou para trás uma dívida de R$30 bilhões.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/ciro-pavimentou-alianca-de-garcia-com-bolsonaro)

    Uai, sô! Nada de mancadas no dia 30 de outubro. . .

  9. Miguel José Teixeira

    Conta outra, proxeneta!

    “Por unanimidade PDT declara apoio a Lula no segundo turno”.

    O presidente do PDT, Carlos Lupi anunciou nesta terça-feira (4), que por unanimidade o partido decidiu apoiar o ex-presidente Lula no segundo turno. “Tomamos uma decisão unânime, sem nenhum voto contrário, a decisão de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula”.

    (+em: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/por-unanimidade-pdt-declara-apoio-a-lula-no-segundo-turno)

    Se, fosse um probo, explicaria o derretimento da candidatura do CangaCiro no 1º turno. Mas como é um rato de esgoto. . .

    Todos nós sabemos que, parte dos votos do CangaCiro, já foi para o ex presidiário lula no 1º turno, justificando assim o derretimento de sua candidatura.

    O resto, bem o resto. . .é apenas o resto! Mas. . .

    Como diria o Leonel Brizola: “não é verdadje!”

    1. Lula e os seus, sabem que os votos da esquerda ou nele chegaram ao limite devido à polarização. Ciro não apoiou Lula nem o PT, Ciro apoiou o PDT e que possui dono, Carlos Lupi.

      O pulo do gato era o voto útil e vencer no primeiro turno. Todos dentro do partido, do entorno e do próprio Jair Messias Bolsonaro, sabiam disso. É o que diziam as pesquisas qualitativas.

      E para não correr riscos nesta linha tênue que ainda pode se transformar o segundo turno, Bolsonaro se vestiu de cordeiro e está fingidamente moderado, e até compondo, engolindo sapos, como Sérgio Moro. É o jogo jogado. E nele, o PT sabe que dificilmente encontrará uma carta para virar o jogo.

  10. Miguel José Teixeira

    Será que alguém aí não sabe o motivo?

    “Lula vence em 97% das mil cidades menos desenvolvidas e Bolsonaro, nas mais ricas.”

    (+em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/lula-vence-em-97-das-mil-cidades-menos-desenvolvidas-e-bolsonaro-nas-mais-ricas,351fd868205838e64d0acc31cda04dd9uwycxxg2.html)

    Porque será, hein?

    Ora, os “mais ricos” cansaram de pagar impostos, encher as burras e os PeTralhas roubarem!

    Simples assim. . .

  11. Miguel José Teixeira

    Segundo a Madeleine Lacsko,

    “Bolsonaro anuncia aliados enquanto apoiadores de Lula ofendem maçonaria.”

    Quem salvará Lula dos luloafetivos? Pelo tanto que eles estão trabalhando por Bolsonaro no segundo turno, seria bom a campanha escalar alguém.

    O presidente da República, que até a véspera do primeiro turno era uma figura tóxica, conseguiu atrair apoios importantes e surpreendentes: Deltan Dallagnol, Rodrigo Garcia e Romeu Zema…
    . . .
    (+em: https://noticias.uol.com.br/colunas/madeleine-lacsko/2022/10/04/bolsonaro-anuncia-aliados-enquanto-campanha-de-lula-ofende-a-maconaria.htm)

    Já, já o Matutildo. . . que não é maçon nem luloafetivo. . .

  12. Miguel José Teixeira

    Kotscho, não é, digamos assim, uma Têmis. Porém, é cego, surdo, mudo e. . . ignorantão!

    “Triste fim: o síndico Rodrigo Garcia entrega a Bolsonaro o espólio do PSDB.”
    . . .
    Dos tempos de glória da social-democracia no poder, com líderes como Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas, nada restou.
    . . .
    (+em: https://noticias.uol.com.br/colunas/balaio-do-kotscho/2022/10/04/triste-fim-o-sindico-rodrigo-garcia-entrega-a-bolsonaro-o-espolio-do-psdb.htm)

    É claro que não, ignorantão! Os PeTralhas que vieram após o reinado dos tucanos, destruíram tudo!

    Sobrou apenas uma carcaça, que homens de bem estão tentando restaurá-la!

  13. Miguel José Teixeira

    Em certa ocasião, o FHC, 3º melhor presidente da República que o Brasil já teve, disse: esqueçam o que eu escrevi!

    “Por 2º turno, Bolsonaro diz aceitar apoio de Moro: ‘Apaga-se o passado'”
    . . .
    “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, escreveu Moro.”
    . . .
    (+em: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/04/por-2-turno-bolsonaro-diz-aceitar-apoio-de-moro-apaga-se-o-passado.htm)

    E o Matutildo, ainda matutando. . .

  14. Miguel José Teixeira

    Da série pornográfica “me engana que eu gozo na sua goela”:

    “Partido de Ciro anuncia apoio a Lula no segundo turno das eleições”

    (+em: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/04/pdt-anuncio-apoio-lula.htm)

    Para quem tem um presidente (rato de esgoto) confesso apaixonado pela defenestrada dilamaracutaia, poder-se-ia esperar algo diferente?

    Assim caminha a memória brasileira:

    Getúlio Vargas, criador do PTB, representado pelo padre kelman. . .

    Leonel Brizola, criador do PDT, representado pelo carlos luppi. . .

    E nós, burros de cargas, engolindo essa lama toda!

    2023: seja o que Deus quiser!

  15. Miguel José Teixeira

    Comunistinha adora uma boquinha!

    “Cartão vermelho”
    (CH, DP, 04/10/22)

    Não se reelegeu Orlando Silva (PCdoB-SP), aquele que foi flagrado pagando até tapioca com cartão corporativo, no governo Lula. Será suplente e dependerá de abertura de vaga para voltar à Câmara.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/aliados-tentam-unir-bolsonaro-ciro-e-rodrigo-garcia)

    Se o ex presidiário lula for eleito, seguramente o “lelé tapioca silva” retornará ao seleto grupo dos portadores dos famigerados cartões corporativos!

  16. Miguel José Teixeira

    Como dizem os “Pantaneiros”, “mas djá?”. . .

    Bolsonaro: “Já temos o que é necessário para libertar o Brasil do autoritarismo”
    (Redação O Antagonista, 03/10/22)

    Presidente comemorou vitórias de aliados no Congresso e mandou recado ao Judiciário, que tem entrado em rota de colisão com Planalto

    Jair Bolsonaro (foto) voltou a falar sobre o resultado das eleições. Em publicação no Twitter há pouco, o presidente da República comemorou as vitórias de aliados no Congresso e mandou um recado ao Judiciário, que tem entrado em rota de colisão com o Planalto:

    “Mantenham o foco! Um dos principais e mais difíceis objetivos foi alcançado ontem. Nós já temos o que é necessário para libertar o Brasil do autoritarismo, da chantagem e da injustiça que tanto nos indigna. A mudança mais profunda do país já começou! Não é o povo que deve temer.”

    Como mostramos, com os resultados desse domingo (2), o PL, partido do presidente, terá a maior bancada no Congresso.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/bolsonaro-ja-temos-o-que-e-necessario-para-libertar-o-brasil-do-autoritarismo/?utm_campaign=SEG_TARDE&utm_content=link-844579&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

    1. Miguel José Teixeira

      Eis o dilema:

      Um quer calar o Judiciário. Outro quer voltar a saquear os cofres públicos.

      O Matutildo está matutando sobre uma saída à la Pilatos. . .

  17. Miguel José Teixeira

    4 drops do Correio Braziliense:

    1) “Rosângela Moro é eleita deputada federal por São Paulo”

    (+em: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/10/5041479-rosangela-moro-e-eleita-deputada-federal-por-sao-paulo.html)

    2) “Advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef não se elege deputado federal”

    (+em: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/10/5041490-advogado-da-familia-bolsonaro-frederick-wassef-nao-se-elege-deputado-federal.html)

    3) “Preso por atos antidemocráticos, Zé Trovão é eleito deputado federal por SC”

    (+em: https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2022/10/5041480-preso-por-atos-antidemocraticos-ze-trovao-e-eleito-deputado-federal-por-sc.html)

    4) “Eduardo Cunha tem apenas 5 mil votos e não se elege deputado federal”

    (+em: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/10/5041506-eduardo-cunha-tem-apenas-4-mil-votos-e-nao-consegue-ser-eleito-a-deputado-federal.html)

    O tal queiróz, aquele, lembram de Atibaia? Não do sítio do ex presidiário lula e sim do sítio-escritório de advocacia! Pois é. . .não deu rachadinha. Deu quebradinha, ou seja, não “se-elegeu-se”!

    Matutando bem. . .

    Com a eleição do Sergio Moro e Deltan Dallagnol no Paraná (que deu uma surra na lambisgóia presidentA dos PeTralhas) a lava jato sobrevive!

  18. Miguel José Teixeira

    A vitória do capitão zero zero

    . . .”Bancada conservadora sai com vitória maiúscula das urnas. Dos 27 novos senadores, 20 são apoiadores do presidente ou têm simpatia por
    ele. Vice Hamilton Mourão e cinco ex-ministros vão compor a bancada.”. . .

    “Dos 27 senadores eleitos neste ano, 20 são apoiadores de Bolsonaro”
    Por Fábio Grecchi e Raphael Felice, CB, 03/10/22)

    O bolsonarismo emergiu das urnas, ontem, como uma das forças do Congresso para a próxima legislatura. Dos novos 27 eleitos que vão compor 1/3 do Senado, nada menos que 20 têm alguma ligação ou simpatia pelo atual presidente da República e candidato à reeleição. Além de cinco ex-ministros e um secretário com estreita ligação com o Palácio do Planalto, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) conquistou uma das cadeiras na Casa dos estados como representante do Rio Grande do Sul. Na Câmara, o Centrão também chega turbinado, sobretudo pela bancada eleita pelo PL.

    Chama a atenção a eleição, para o Senado, de dois fieis bolsonaristas: Damares Alves (Republicanos), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, que ficou com a terceira cadeira destinada ao Distrito Federal, e Marcos Pontes (PL), ex-ministro da Ciência e Tecnologia, que passa a integrar a bancada paulista. Os dois desmentiram as pesquisas de opinião e surpreenderam: enquanto ela tirou uma vaga que era tida como certa para a também ex-ministra Flávia Arruda (PL), o ex-astronauta despachou o ex-governador Márcio França (PSB) — que também era apontado nas sondagens junto ao eleitorado como praticamente eleito.

    Embora tenha saído do governo Bolsonaro acusando o presidente de interferir no trabalho da Polícia Federal (PF), Sergio Moro (União Brasil) retorna à cena política agora como senador eleito pelo Paraná com o discurso anti-PT e anti-Lula, e com acenos a Bolsonaro — como aconteceu nos últimos dias antes da eleição. O ex-secretário da Pesca Jorge Seif Jr., que era um frequentador assíduo das lives do presidente no Palácio do Planalto, agora é um dos três representantes de Santa Catarina no Senado.

    Já Rogério Marinho (PL), ex-ministro do Desenvolvimento Social, e Tereza Cristina (PP), que comandou a pasta da Agricultura, eram nomes fortes para aumentar a bancada conservadora na Casa dos estados. Um tinha as obras no Nordeste como credencial para conquistar a vaga, outra era ungida pelo agronegócio.

    O bolsonarismo também está representado em personagens que jamais ocuparam cargos no primeiro escalão do governo, mas que são expoentes do conservadorismo. O Rio de Janeiro, por exemplo, reelegeu Romário, que reforça a bancada fluminense do PL na Casa. No Espírito Santo, o pastor neopentecostal Magno Malta (PL) — que na eleição de Bolsonaro, em 2018, tinha a convicção de que ocuparia algum cargo no governo — volta à Casa da qual saiu quatro anos atrás. O ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil) foi reeleito pelo Amapá e sempre contou com o apoio do Palácio do Planalto.

    No extremo oposto, os apoiadores ou simpáticos ao presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que emergiram das urnas rumo ao Senado são somente sete: Renan Filho (MDB-AL), Flávio Dino (PSB-MA), Otto Alencar (PSD-BA), Camilo Santana (PT-CE), Beto Faro (PT-PA), Tereza Leitão (PT-PE) e Wellington Dias (PT-PI).

    Reforço
    Das 513 cadeiras na Câmara dos Deputados, o PL conseguiu preencher 99. A Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, terá a segunda maior bancada da Casa, com 80 parlamentares. Em terceiro lugar está o União Brasil, com 59. O PP elegeu 47 deputados, MDB e PSD fizeram 42 cada e o Republicanos, 41.

    O PSDB — que está federado com o Cidadania — e legendas de esquerda, como PDT e PSB, elegeram bancadas modestas: fizeram, respectivamente, 18, 17 e 14 deputados.

    Com esse resultado, as três legendas do Centrão, que compõem a base aliada de Bolsonaro — PL, PP e Republicanos —, conseguiram fazer 187 deputados federais e 23 senadores. Apesar de divergências com quadros importantes do União Brasil, como a candidata à Presidência pela legenda Soraya Thronicke (MS), o presidente deve contar com apoio da maioria da legenda, que elegeu 59 deputados e terá 12 senadores em 2023.

    Já as esquerdas formam um grupo com 125 deputados federais. No Senado, os partidos desse espectro ideológico têm 13 parlamentares.

    No caso de MDB e PSD, duas siglas que costumam acompanhar o ocupante do Palácio do Planalto, ambas totalizam 84 deputados federais e têm 10 senadores cada.

    (Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/10/5041513-dos-27-senadores-eleitos-neste-ano-20-sao-apoiadores-de-bolsonaro.html)

  19. Miguel José Teixeira

    Agora há pouco na frustrada grande imprensa:

    “Lula diz que segundo turno “é apenas uma prorrogação”.

    A última prorrogação que o belzebu de Garanhuns enfiou goela abaixo do brasileiro, foi a tal dilmaracutaia como sua sucessora e que levou um chute nos fundilhos.

  20. Miguel José Teixeira

    2023: seja o que Deus quiser!

    Consta que havia um reino em que o rei era muito admirado por ações humanitária e bons conselhos. Aconteceu que chegou no reinado um grande sábio.

    O povo “se-encantou-se” e à popularidade dele cresceu demais.

    Os súditos do rei reuniram-se e foram alertá-lo do perigo daquele sábio no reino. Ele poderia incitar o povo contra o seu reinado.

    O rei, então, mandou chamar o sábio e preparou uma cilada para enforcá-lo: prendeu um pequeno pássaro na mão com um enigma.

    – Estou com passarinho preso em minha mão. A sua resposta pode decretar a sua morte ou salvar sua vida: esse passarinho está vivo ou morto?

    O Sábio matutou: “se eu disser que está vivo, ele aperta à mão e mata o passarinho, se disser que está morto, ele abre à mão e o passarinho saí voando” e mandou a resposta:

    – a vida deste passarinho Vossa Majestade, está em suas mãos!

    Amanhã, 02/10/22, o passarinho estará nas nossas mãos!

    https://www.youtube.com/watch?v=aWgfRcRO4y8

  21. Miguel José Teixeira

    “Dia da Música: As 20 palavras mais usadas em canções nacionais”
    (Por Ricardo Feltrin, Colunista do UOL, 01/10/22)

    Hoje, 1º de outubro, é comemorado o Dia Internacional da Música, uma efeméride criada em 1975 com o objetivo de lembrar a sociedade da importância dessa arte. Em homenagem, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais) fez um levantamento nas músicas brasileiras registradas em seu banco de dados, para saber quais são as palavras que os compositores nacionais mais gostam de usar.

    No total, o Ecad tem mais de 4,5 milhões de compositores cadastrados, incluindo os estrangeiros. A empresa é a principal responsável por “mensurar” o número e os lugares de execuções de músicas, coletar os “royalties” e depois distribuí-los entre autores, intérpretes e músicos.

    Veja agora as 20 palavras mais usadas num universo de 2,2 milhões de músicas brasileiras. e a quantidade de vezes que elas apareceram:

    1 – Amor/Amar/Amo: 101.479 repetições
    2 – Deus: 28.426 repetições
    3 – Vida: 23.743 repetições
    4 – Coração: 22.382 repetições
    5 – Jesus: 14.822 repetições
    6 – Saudade: 14.236 repetições
    7 – Tempo: 13.513 repetições
    8 – Mulher: 13.343 repetições
    9 – Dia: 12.343 repetições
    10- Samba: 11.192 repetições
    11- Mundo: 11.089 repetições
    12- Noite: 10.075 repetições
    13- Paixão: 9.730 repetições
    14- Senhor: 9.411 repetições
    15- Forró: 8.381 repetições
    16- Casa: 8.053 repetições
    17- Menina: 7.947 repetições
    18- Sonho: 7.680 repetições
    19- Canção: 7.565 repetições
    20- Feliz: 7.439 repetições.

    (Fonte: https://www.uol.com.br/splash/noticias/ooops/2022/10/01/dia-da-musica-as-20-palavras-mais-usadas-em-cancoes-nacionais.htm)

    https://www.youtube.com/watch?v=JGdy_kc27zI

    1. Interessante contagem observativa. Amor, Deus, vida e coração. Taí um verso sem Jesus. Mas no fundo o que verdadeiramente representa está contagem de palavras nas nossas letras musicais? Esta repetição revela à nossa alma simples e o sonho do nosso dia-a-dia.

      Resumindo. Nossos políticos NÃO gostam ou NÃO estão ouvindo as letras das nossas músicas, a nossa alma, o sonho…

  22. Miguel José Teixeira

    . . .”Falcatruas com dinheiro público não é coisa de bandidinho pé de chinelo.”

    “Temos a democracia que queremos”
    (Por Jaime Pinsky, Professor, editor, escritor, CB, 01/10/22)

    Tão habituados estamos com o comportamento de muitos servidores públicos, civis e militares, oriundos dos Três Poderes, que corremos o risco de considerar normal o que é apenas comum. Legislar em causa própria, criar leis e portarias que não objetivam vantagens senão para si e apaniguados, aumentar o próprio salário, quando poucas remunerações de trabalho conseguem acompanhar a inflação, utilizar informações privilegiadas para comprar e vender (imóveis, ações e até fundos de renda fixa), colocar parentes, seguidores e cupinchas em cargos públicos, utilizando sua força de trabalho para fins privados, tudo isso existe e é comum. Mas, não é normal.

    Normalizar, ou até naturalizar o que é apenas comum, habitual, é o primeiro passo para deixar de lado a ética e o compromisso com a sociedade. Seria ocioso lembrar que funcionários públicos, sejam eles motoristas e contínuos, sejam juízes, senadores e professores titulares não têm o direito de abandonar as normas que devem reger todos os membros de uma sociedade, inclusive eles. É o que diz a lei. É o que alega a Constituição.

    Quando um servidor público abre mão da ética e passa a agir apenas em benefício de seus familiares, ou de seus partidários; quando ele começa a considerar normal a prática de hábitos tão arraigados no funcionalismo como a rachadinha, ou a utilização de informações privilegiadas, ou ainda a utilização do cargo para obtenção de vantagens, o edifício democrático fica abalado.

    E aí chegamos à discussão sobre o que é, para nós, o tal Estado Democrático de Direito. É pra valer, ou apenas um rótulo formal? Uma realidade ou uma fachada? Algo como um rótulo conveniente? Rótulo conveniente, sim. Afinal, fica bem brincarmos de democracia. Fica bem fingirmos que aqui todos são iguais perante a lei. Só que, na verdade, não são.

    Vamos ser claros: um país que permite a fome endêmica de parte substancial de sua população não é um Estado democrático. Um país em que, constitucionalmente, todos gozam dos mesmos direitos, mas apenas os oriundos de determinadas faixas sociais frequentam as prisões por períodos superiores a 30 dias não é uma democracia. Ou acreditamos que apenas entre os mais pobres e de pele mais escura é que se localizam os inimigos da democracia? Que só entre aqueles que moram na periferia e nos morros, nas invasões e nos acampamentos é que encontramos os que impedem o crescimento de nossa economia e o avanço em bens públicos? Falcatruas com dinheiro público não é coisa de bandidinho pé de chinelo.

    O fato é que achamos normal que grande parte dos políticos possa beneficiar potenciais eleitores e cabos eleitorais em redutos geográficos, ou setor de atividade, com dinheiro público, mesmo que à custa do esvaziamento de programas fundamentais à saúde pública como farmácia popular, que logo não terá verba para a distribuição de remédios contra hipertensão arterial e diabetes, problemas que atingem enorme parcela da população brasileira.

    Achamos normal a redução do salário, o esvaziamento social do papel do professor de escola pública, depois que ela se popularizou. Pelo visto, agora, a escola não precisa mais ser tão boa, já que deixou de abrigar os rebentos dos mais ricos, que se transferiram para instituições particulares, preferencialmente bilíngues. Tudo normal, dentro de nossa concepção de Estado Democrático de Direito.

    E há mais, muito mais. Muitos de nós achamos suficiente lutar contra a expulsão de gente pobre de áreas de mananciais, ou de parques naturais, onde construíram seus barracos improvisados. É verdade que não se deve comprometer trechos de mata virgem e cursos de água necessários ao fornecimento do líquido a cidades. Mas achamos que pessoas preferem viver ao lado de um córrego poluído, ou só o fazem por falta de alternativa?

    E qual a alternativa que oferecemos, nós, os arautos da democracia, os organizadores de abaixo-assinados? O que fazemos, de fato, pela democracia, além de apregoar lemas populistas inconsequentes? Claro, conceber e executar um programa sério de assentamento de milhões de pessoas sem teto exige mais do que palavras de ordem berradas por pseudodemocratas com saudade da guerra fria… Ou, pior ainda, simplesmente ordenar que os “invasores” sejam retirados à bala.

    Assim funciona a nossa democracia, onde todos deveriam ser iguais perante a lei, mas não são. É um sistema político que não tem a ver com o discurso igualitário proferido por gente conservadora, transvestida em defensores da igualdade social. É uma democracia construída por meras declarações de intenção, uma democracia formal e não real, uma democracia em que o comum virou normal, em que o normal é isso que está aí, em que os que realmente mandam não querem mudar.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/10/01/interna_opiniao,374289/temos-a-democracia-que-queremos.shtml)

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