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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXIII

42 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXIII”

  1. Miguel José Teixeira

    E o efeito cascata?

    “Aumento no STF custa 150% do piso da enfermagem”
    (Coluna CH, DP, 21/09/22)

    No Brasil é sempre mais difícil encontrar dinheiro para a população mais pobre. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o novo piso nacional da enfermagem para “avaliar o impacto” da lei aprovada no Congresso, mas enviou ao Legislativo o projeto para aumentar o próprio salário em 18%, ou R$7,1 mil a mais por mês nos contracheques. O valor representa quase 150% de todo o salário de R$4.750, o novo piso.

    Dez pisos por mês
    Ministros do STF ganham R$39.293 por mês, mas querem R$46.366. O novo salário representará praticamente dez vezes o piso da enfermagem.

    Sem surpresa
    Amplos estudos foram realizados pelo Grupo de Trabalho que avaliou o impacto do piso, quando ainda era projeto de lei: R$15,8 bilhões no total.

    Custos privados
    A maior parte da carga do piso é de empresas privadas (12,81% de custos a mais) disse o Dieese em discussões na Câmara.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/alcolumbre-e-reu-em-nova-acao-por-rachadona)

  2. Miguel José Teixeira

    “Ipec mostra empate técnico entre Moisés, Mello, Amin e Loureiro em SC”

    Pesquisa Ipec (ex-Ibope) realizada presencialmente, encomendada pela NSC (afiliada da Globo em Santa Catarina) e divulgada hoje, aponta empate em primeiro lugar entre o governador Carlos Moisés (Republicanos), o senador Jorginho Mello (PL), Espiridião Amin (PP) e Gean Loureiro (União Brasil). Moisés e Mello têm 20% de intenções de voto para governador de Santa Catarina no cenário estimulado, quando os entrevistados recebem uma lista prévia com os nomes de candidatos para escolher.

    A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Espiridião Amin (PP) aparece com 15% e Gean Loureiro (União Brasil) tem 14%. Com isso, eles também empatam tecnicamente com Moisés e Jorginho Mello. Décio Lima (PT) tem 10% e empata com Amin e Loureiro, mas não com Moisés e Mello.

    (+ em: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/09/20/ipec-governo-santa-catarina-pesquisa.htm)

    Novamente o Ibope, travestido de Ipec erra!

    O coveiro PeTralha, décio lima, não é 10 é 13!

    Ele é pau mandado do 9 quirodáctilos, vulgo belzebu de Garanhuns!

  3. Miguel José Teixeira

    Só para PenTelhar. . .

    Depois do “eloquente” discurso de abertura na Assembleia da ONU, proferido elo bolsonaro, o presidente do Tio Sam adiou o seu para amanhã, que tradicionalmente o faria logo após.

    Dizem as más línguas que o ex presidiário lula, ao saber disso, enfiou os dedos médios no fiofó e tentou “se-rasgar-se” de inveja!

  4. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 20/09/22)

    …ao cobrar multa milionária de Lula, a Receita vai acabar fazendo o STF transformar sonegação fiscal em matéria “constitucional”.

    Matutando bem…
    (Matutildo aqui e agora)

    . . .ou anular os processos e declarar os fiscais suspeitos!

  5. Miguel José Teixeira

    2 PeTardos do Cláudio Humberto, hoje – 20/09/22 – no Diário do Poder, com o Matutildo bedelhando:

    “Censura, censura”

    Difícil cravar, sem margem de erro, o que mais irritou a oposição, inclusive na mídia: o improviso de Bolsonaro na porta da embaixada em Londres ou as imagens da primeira-dama bonita e bem-vestida.

    M – Seguramente a “janja boca de garoupa” quebrou seu espelho!

    “Fala o que quer…”

    Candidato petista ao governo de Santa Catarina, Décio Lima disse que o Estado avançou por causa dos governos Lula e Dilma. Foi rebatido nas redes sociais: “avançou porque nunca teve um governador do PT”.

    M – . . .e nunca terá!

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/justica-reduz-urnas-e-cria-confusao-no-exterior)

  6. Miguel José Teixeira

    Old goat lord

    Na Católica Inglaterra, o silas malafaia (e como “faia”) destoava ao lado do senhor bode velho. Para equilibrar, a bela primeira dama, embalada na criatividade de um estilista Catarinense!

    Já que perguntar não ofende, porque será que o capitão zero zero carregava aquele semblante do rei Charles III lidando com as malditas canetas?

    Enquanto isso, em Pindorama o belzebu de Garanhuns já prepara seu novo terno para receber a faixa presidencial, logo após o 1º turno.

    Dizem as más línguas que a “janja boca de garoupa” já vem mantendo contatos com as famosas casas francesas da “haute couture”, visando modelitos para a posse, em tom “vermelho-de-volta-à-cena-do-crime”!

    2023: seja o que Deus quiser!

  7. Miguel José Teixeira

    Adenor, o hexa influenciável!

    . . .”Como seis técnicos ajudaram Tite a achar alternativas na confecção da Seleção. Elenco inicia treinos hoje, na França, para a penúltima série de amistosos antes do anúncio dos 26 convocados para a caça ao hexa no Catar.”. . .

    Os influenciadores
    (Por Marcos Paulo Lima, CB, 19/09/22)

    Adenor Leonardo Bachi, o Tite, caminhou 2.282 dias da posse como técnico da Seleção, em 20 de junho de 2016, até o desembarque na França, nesta semana, para o início do penúltimo período de treinos e amistosos antes da segunda Copa do Mundo à frente da Seleção Brasileira. Ele nunca andou sozinho. Atento ao trabalho dos colegas de profissão no país e no exterior, o gaúcho de Caxias do Sul transformou indiretamente alguns treinadores em consultores no processo de formação do elenco escolhido para ir ao Catar. Há mãos de obra quase invisíveis da fundação ao acabamento do elenco construído para disputar o hexa no Oriente Médio.

    Tite trabalha, a partir de hoje, no Centro de Treinamento do Le Havre, no noroeste francês, com 26 jogadores antes dos amistosos contra adversários africanos classificados para a Copa: Gana, nesta sexta, e Tunísia, no dia 27. Algumas escolhas foram facilitadas por influenciadores nacionais e internacionais.

    O par de laterais titulares da Seleção, por exemplo, merece o envio de uma mensagem de WhatsApp ao técnico italiano da Juventus, Massimiliano Allegri, expressando gratidão pela evolução de Danilo e Alex Sandro. Há entrosamento entre eles desde o Santos, claro, mas ambos aprenderam a ter obediência tática, comprometimento com o sistema de jogo e versatilidade no Calcio, especificamente sob a batuta do atual comandante da Velha Senhora.

    A confiança em Allegri é imensa. Tite ouviu o italiano antes de convocar o zagueiro Bremer nesta Data Fifa. Eleito melhor zagueiro da liga na temporada passada pelo Torino, o jogador virou a casaca e defende a Juventus. “É uma escola italiana com o (Massimiliano) Allegri, que é bastante exigente nas ações defensivas”, explicou no anúncio da penúltima lista antes da Copa. Danilo e Alex Sandro são laterais construtores. Ambos têm leitura de jogo e exercem mais de uma função.

    O Adenor dificilmente abre mão de outro par: a dupla de zaga formada por Marquinhos e Thiago Silva. Ambos foram parceiros em sete temporadas no Paris Saint-Germain com três treinadores diferentes — Laurent Blanc, Unai Emery e Thomas Tuchel. Portanto, Tite dificilmente abrirá mão da conexão e entrosamento dos jogadores do PSG e do Chelsea na Copa do Mundo.

    O maior influenciador de Tite é Carlo Ancelotti. A confiança no talento de Vinicius Junior evoluiu justamente na gestão do técnico italiano. O técnico da Seleção chegou a deixar o atacante fora de uma convocação para amistosos no período em que o craque dava sinais de que estouraria na temporada. O astro não somente brilhou como decidiu a final da Champions League.

    “Perguntei ao Ancelotti sobre o que poderíamos fazer, quais funções táticas faziam no Real Madrid para ajudá-lo na Seleção a jogar como no Real Madrid. Tratamos de situações ofensivas que lhe deram liberdade criativa, de um contra um, do processo criativo. É uma coisa bonita e transparente de dois técnicos que querem o melhor para o Vinicius Junior”, detalhou Tite em uma entrevista ao diário espanhol Marca. “Agora, ele entra com mais naturalidade, como se tivesse tirado um peso”, comemora, depois de ser duramente criticado por abrir mão de Vini.

    Carlo Ancelotti também consolidou a presença de Éder Militão ao lado de Marquinhos e Thiago Silva entre os três zagueiros prediletos de Tite. O jogador do Real Madrid é visto, inclusive, como solução para a lateral-direita nesta Data Fifa. A lista para os amistosos contra Gana e Tunísia tem apenas Danilo como especialista e o treinador pode testá-lo nessa função contra Gana e Tunísia.

    Outra solução para o ataque surgiu de uma interação com Marcelo “El Loco” Bielsa. O técnico argentino desfrutava no Leeds United o que faltava ao Brasil: um ponta-direita. “A equipe de scouting da Seleção veio até mim dizendo: ‘Dê uma olhada nesse rapaz. Estamos observando-o de perto’. Eu não estava prestando muita atenção, mas eles insistiram: ‘Olhe os números dele!’. Então, ligamos para (Marcelo) Bielsa (ex-técnico do Leeds). Ele nos deu informações que confirmaram as conclusões. A qualidade dele é impressionante”, admitiu o treinador.

    Tite também escutou puxões de orelha do técnico do Liverpool. O alemão Jürgen Klopp fez lobby pela valorização do volante Fabinho. O jogador arriscava ser cortado da Seleção devido a uma contusão sofrida em jogo do time inglês. “Não sei se o Tite está tão preocupado, porque ele nunca o coloca para jogar. Então, provavelmente ele só não vai ficar sentado no banco nos próximos três jogos da Seleção”, ironizou. Reserva de Casemiro, Fabinho é nome certo na Copa.

    Soluções nacionais
    A conquista do bicampeonato nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 despejou mais um punhado de soluções no trabalho de Tite. O ponta Antony virou trunfo da campanha no Japão e passou a ganhar espaço no elenco principal da Seleção. Vendido pelo Ajax ao Manchester United por R$ 499,7 milhões, o jogador de 22 anos é o mais caro da última janela de transferências.

    A ascensão de Antony tem influência do ex-técnico da Seleção olímpica. “O André Jardine ressaltou a importância dele na fase ofensiva. É um jogador típico brasileiro. Externo, quebra a linha. Sem deixar a parte ofensiva. Vem apresentando algo que nos chamou a atenção. Como o Tite disse, cada jogo pede que tenhamos uma opção. Ele pode nos ajudar”, justificou o auxiliar César Sampaio. À época, a joia revelada pelo São Paulo passava a frequentar as convocações.

    André Jardine acrescentou outros acessórios. O volante Bruno Guimarães ganhou impulso na disputa por um lugar no meio de campo. O atacante Matheus Cunha tornou-se um dos xodós de Tite. O ponta Gabriel Martinelli e o volante Douglas Luiz entraram no radar.

    A influência mais recente vem do trabalho de Dorival Júnior no Flamengo. Tite finalmente contará com centroavante raiz, um acessório diferentão para o grupo. “Eu, conversando com o Dorival, falei: ‘É impressionante a jogada terminal dele (Pedro)’. Acompanha qualquer raciocínio. A capacidade dele de tabela, de acompanhar rápido os jogadores, a técnica. Ele sempre é o jogador do ‘não é força, é jeito’”, rendeu-se o treinador da Seleção Brasileira.

    Ao descrever as características de Pedro e distingui-lo dos demais, Tite praticamente cravou Pedro na Copa como cereja do bolo. “Pedro é pivô. É o cara da jogada terminal. Não queira dele transição em velocidade, mas dê a bola nele, para escorar, para uma tabela, um lance de cabeceio, para furar a defesa de um adversário que joga com a ‘bunda lá atrás’”, afirmou. O especialista se apresentará hoje como artilheiro isolado da Libertadores. Tem 12 bolas na rede.

    Carlo Ancelotti, 63 anos, Real Madrid-ESP, O técnico italiano foi decisivo para a evolução de Vinicius Junior na última temporada.
    Massimiliano Allegri, 55 anos, Juventus-ITA, O treinador italiano é um dos responsáveis pela sintonia entre os laterais Danilo e Alex Sandro.
    Marcelo Bielsa, 67 anos, Sem clube, O ex-técnico do Leeds United foi fundamental para que Tite “descobrisse” o ponta Raphinha.
    Jürgen Klopp, 55 anos, Liverpool-ING, Cornetou Tite por não dar espaço a Fabinho. O volante virou reserva imediato de Casemiro.
    André Jardine, 43 anos, Atlético San Luis-MEX, Colocou Antony, Bruno Guimarães e Matheus Cunha na vitrine na conquista do bi olímpico.
    Dorival Júnior, 60, Flamengo, É o responsável direto pelo sucesso de Pedro e o retorno do centroavante ao radar de Tite.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/cidades/capa_cidades/)

  8. Miguel José Teixeira

    A pujança da nossa Bela e Santa Catarina presente na solenidade do século

    . . .”O vestido foi feito por estilistas brasileiros de Santa Catarina.”. . .

    “Vestido de Michelle”
    (por Rafaela Gonçalves, CB, 19/09/22)

    A presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, nos eventos que o marido cumpre na Inglaterra como convidado do velório da rainha Elizabeth II movimentou as redes sociais. O motivo foi o vestido usado por Michelle, comparado a peças de Jaqueline Kennedy e da princesa Diana. Pelas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro enalteceram a roupa da primeira-dama e fizeram comparações com a esposa do ex-presidente Kennedy e com a princesa inglesa, que morreu em um acidente de automóvel, após separar-se do agora rei Charles III.

    “Lindíssima Michelle Bolsonaro, nossa princesa Diana morena”, escreveu uma internauta no Twitter. Muitos postaram montagens de Michelle ao lado das duas celebridades do passado.

    O vestido foi feito por estilistas brasileiros de Santa Catarina. O ateliê Luhana Pawlick compartilhou no Instagram fotos da peça e deu detalhes sobre o modelo. “Já sabido do frio londrino, optamos por um vestido midi em lã italiana, com detalhes como a gola em alfaiataria inglesa, o martingale em rolotê (técnica clássica usada em nosso ateliê), e os discretos botões que homenageiam o Reino Unido”, explicou na postagem. Os estilistas também destacaram que o modelo respeita o protocolo de vestimentas para homenagear Elizabeth II.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/19/interna_politica,373764/vestido-de-michelle.shtml)

  9. Miguel José Teixeira

    . . .”Para o autor do livro Quando os eleitores perdem a paciência, brasileiros devem estar atentos para não permitirem que um autocrata de extrema direita se instale no poder nem que o radicalismo da esquerda prevaleça no país.”. . .

    Entrevista, Rafael Pampillón, Economista e Professor da IE University

    “Eleições com reflexo global”
    (Por Vicente Nunes, Correspondente, CB, 19/09/22)

    Lisboa — Dentro de pouco menos de duas semanas, o Brasil irá às urnas sob o olhar atento do mundo. O resultado das eleições mais polarizadas da história terá reflexos não apenas na América Latina, mas no planeta como um todo, sobretudo pelo fato de o país abrigar um dos ícones da extrema-direita, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. Na avaliação do professor e economista Rafael Pampillón, da IE University, com sede em Madri, os riscos são grandes tanto se a maioria der mais quatro anos de mandato a Bolsonaro quanto se a vitória for do petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a reeleição do atual presidente, as instituições terão de ser fortes o suficiente para conter movimentos autocráticos, e, no caso de eleição de Lula, para garantir que prevaleça a social-democracia e não o radicalismo inerente à parcela da esquerda.

    Autor do livro Quando os eleitores perdem a paciência, Pampillón avalia que a opção do eleitorado por regimes extremistas decorre das consecutivas crises econômicas, das perdas acumuladas pelas classes menos favorecidas dos países ricos com a globalização, da corrupção frequente e das imensas desigualdades sociais. Cansada, insegura, inquieta, a população acaba se rendendo ao populismo barato e às falsas promessas. Esse quadro está presente nos Estados Unidos, na Europa, na Ásia e na América Latina, em especial, no Brasil. “Quando as pessoas estão insatisfeitas com o governo, a frustração quase sempre leva a uma mudança política radical”, assinala. Esse movimento, acredita ele, intensificou-se durante a pandemia.

    O que todos devem ficar atentos é que, em meio à confusão e às incertezas, os eleitores podem cometer erros históricos, como o que levou Adolf Hitler ao poder na Alemanha, nos anos de 1930, que resultaram na Segunda Guerra Mundial. Para que fatos como esse não se repitam, mesmo que em menor proporção, políticos moderados, sejam de esquerda, sejam de direita e mesmo de centro, devem estar presentes no debate público e adotar um discurso que rompa com o radicalismo.

    Na avaliação do professor, hoje, a percepção é a de que os eleitores não se sentem representados pelos partidos políticos de centro e, por isso, votam nos extremos. “Candidatos populistas, tanto da extrema direita quanto da extrema esquerda, parecem mais aptos a capitalizar a frustração dos eleitores, gerada, em 2020, pela pandemia e, agora, pela crise energética causada pela invasão russa na Ucrânia”, reforça. E acrescenta: “Os populismos de extrema direita e extrema esquerda, como é o caso do Brasil, surgem como consequência da insegurança social, econômica e trabalhista de muitos cidadãos”.

    O escritor diz, ainda, que o confronto entre Lula e Bolsonaro gerou um sério conflito de legitimidade política, justamente em um momento em que políticas ortodoxas — defendidas com mais vigor por partidos de centro — seriam providenciais para resolver a crise econômica do país, envolver pessoas mais qualificadas para executar um plano de ação global e buscar maior apoio social. “Como se não bastasse, os problemas no Brasil se agravam porque a classe política atual é, provavelmente, a menos qualificada em muitas décadas. Os atuais líderes promovem a divisão e a vitimização, abusam da manipulação de informações e estão mais preocupados com o marketing eleitoral do que com o bem-estar da população”, sentencia.

    A seguir, os principais trechos da entrevista de Pampillón ao Correio.

    Temos assistido a mudanças radicais tanto na política quanto na economia mundo afora. O que isso representa?
    As oscilações dos pêndulos da política e da econômica são fenômenos que vêm ocorrendo ao longo da história nos últimos 200 anos. Quando as pessoas estão insatisfeitas com o governo, a frustração quase sempre leva a uma mudança radical. Ou seja, as pessoas votam na alternativa política, esperando que sua situação econômica melhore.

    O senhor afirma, em seu livro, que os eleitores perderam a paciência. O que efetivamente quer dizer com isso?
    Os eleitores perdem a paciência com os governantes quando seu bem-estar é reduzido. Ou seja, quando o desemprego aumenta, o crescimento econômico diminui, a pobreza cresce e a inflação dispara. Assim, os cidadãos vão às urnas e punem o partido no poder. Em muitos países latino-americanos, como, por exemplo, Chile, Peru e Colômbia, à medida que a covid-19 se espalhava, os eleitores se sentiam cansados. E abandonaram os partidos tradicionais, dando lugar a governos de esquerda.

    Quais as consequências para os países desse sentimento de desgosto dos eleitores?
    Às vezes, as consequências são boas, às vezes, não. Em alguns casos, os eleitores estavam certos, em outros, errados. Na Alemanha dos anos de 1930, os cidadãos ficaram frustrados com a má-gestão da República de Weimar. Hitler foi, então, alçado ao poder para tirar a economia alemã da Grande Depressão. Eles estavam errados. Por outro lado, os norte-americanos estavam certos quando o Ronald Reagan (republicano) ganhou as eleições em 1980 nos Estados Unidos. De fato, Jimmy Carter (democrata), que se tornou presidente em 1976, estava errado com suas políticas econômicas. Carter tentou resolver vários problemas muito graves, como os altos índices de inflação e desemprego, mas falhou. Isso fez com que, na disputa eleitoral seguinte, em 1980, os eleitores dessem apoio maciço ao seu rival, Ronald Reagan. De (Richard) Nixon até hoje, os eleitores norte-americanos vêm alternando entre presidentes democratas e republicanos, dependendo da frustração econômica de cada momento. No meu livro, “Quando os eleitores perdem a paciência”, são analisados casos radicais de política econômica na história dos Estados Unidos e da Europa Ocidental. Mas, também, encontramos a China em suas páginas, para entender a situação atual do gigante asiático, que teve uma mudança de pêndulo em sua economia desde 1978.

    Quando ficou claro esse descontentamento dos eleitores?
    O processo de globalização melhorou a renda das classes médias nos países emergentes — como o Brasil —, mas piorou a renda das classes média baixa e baixa no mundo desenvolvido. Foram essas classes menos privilegiadas dos países ricos, que perderam seus empregos porque trabalhavam em setores sem futuro, que geraram um clima de protesto contra seus governos. Criou-se uma perigosa amálgama, numa sociedade cansada, hipersensível e cada vez mais confusa. São precisamente esses setores desfavorecidos da população que votaram em Donald Trump, nos EUA; em Marine Le Pen, na França; em Viktor Orbán, na Hungria; em Jair Bolsonaro, no Brasil; em Tayyip Erdogan, na Turquia; em Geert Wilders, na Holanda; em Vladimir Putin, na Rússia; etc. São políticos populistas, que se consideram intérpretes e executores da “vontade do povo”. Defendem um nacionalismo baseado em um Estado de bem-estar amplo e, em alguns casos, no medo da imigração, que associam à perda de oportunidades para os cidadãos nativos. Além disso, durante o ano de 2020, à medida que a covid-19 se espalhava pelo mundo, alguns desses líderes populistas defenderam políticas de “negação”, rejeitando a existência e/ou a importância do vírus ou negando as vacinas que foram aprovadas para combatê-lo.

    O Brasil saiu de um governo de esquerda para um de extrema direita? Por que esse movimento tão brusco?
    Talvez porque os eleitores não se sintam representados pelos partidos políticos de centro e, por isso, votam nos extremos. Candidatos populistas, tanto da extrema-direita quanto da extrema-esquerda, parecem mais aptos a capitalizar a frustração dos eleitores, gerada, em 2020, pela pandemia e, agora, pela crise energética causada pela invasão russa na Ucrânia. Os populismos de extrema direita e extrema esquerda, como é o caso do Brasil, surgem como consequência da insegurança social, econômica e trabalhista de muitos cidadãos. Frustração que se deve também à crescente desigualdade na distribuição de renda, provocada pelo aumento do desemprego e pela redução dos salários nos grupos menos privilegiados.

    Mas não são apenas as seguidas crises econômicas que estão por trás de todas as mudanças que estamos assistindo, certo?
    De acordo com as pesquisas, muitos cidadãos percebem que há outros problemas que permanecem sem solução: corrupção, desigualdade, democracia insuficiente e promessas quebradas. As eleições são, portanto, uma oportunidade para muitos eleitores expressarem, por meio do seu voto, se percebem ou não a crise econômica, mas, também, são um termômetro que mede o desinteresse demonstrado pelos entrevistados, em pesquisas de opinião, por Bolsonaro.

    Como vê a polarização extrema entre Lula e Bolsonaro?
    O confronto entre Lula e Bolsonaro gerou um sério conflito de legitimidade política, justamente em um momento em que políticas ortodoxas — defendidas com mais vigor por partidos de centro — seriam providenciais para resolver a crise econômica, envolver pessoas mais qualificadas para executar um plano de ação global e buscar maior apoio social. Como se não bastasse, os problemas no Brasil se agravam porque a classe política atual é, provavelmente, a menos qualificada em muitas décadas. Os atuais líderes promovem a divisão e a vitimização, abusam da manipulação de informações e estão mais preocupados com o marketing eleitoral do que com o bem-estar da população. O capitalismo é posto em causa e confia-se ao Estado resolver os principais problemas econômicos.

    Vemos essa polarização radical em todo mundo, com a extrema direita ganhando espaço rapidamente. Por que isso?
    De fato, a extrema direita está ganhando espaço na Itália, na França, na Hungria e nos Estados Unidos. Mas os governos do centro também têm ganhado destaque. Ou seja, políticos mais equilibrados, como Emmanuel Macron, na França; Olaf Scholz, na Alemanha; António Costa, em Portugal; Mark Rutte, na Holanda; e Justin Trudeau, no Canadá. São exemplos de políticos de países ricos que decidiram não embarcar na onda populista. Apontam mais para políticas de estabilidade macroeconômica, administrações públicas mais eficientes, sistemas fiscais mais equitativos, supressão do favoritismo e excesso de procedimentos burocráticos, bem como a promoção da concorrência e da segurança jurídica. Isso significa que o conflito redistributivo nos países mencionados tenderá a ser menor. E deve-se notar, também, que alguns países europeus, incluindo Alemanha, França, Espanha, Portugal e Holanda, estão conseguindo vínculos cada vez mais fortes e caminham para um mercado mais integrado e uma maior união política na Europa. No entanto, também existem incertezas no horizonte europeu. Olhando para as próximas eleições presidenciais na França (um dos motores da União Europeia), as duas principais alternativas ao presidente Macron, que não poderá concorrer a um terceiro mandato, são a extrema-direita de Le Pen e a extrema-esquerda de Jean-Luc Mélenchon.

    O que os resultados das eleições presidenciais do Brasil vão sinalizar para o mundo? Por quê?
    O Brasil é o país mais populoso e tem a maior economia da Ibero-América, com uma influência que se projeta na região e no mundo. É importante por sua participação no Brics, no qual divide a mesa com China e Rússia em um momento difícil. Por um lado, será interessante ver, se Lula vencer, como o eleitor reagirá após quatro anos de bolsonarismo, se a esquerda tradicional latino-americana optará por posições mais inclinadas e ideológicas ou retornará à social-democracia, como ocorreu em um passado recente. Neste momento, os governos de Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia) e, potencialmente, o de Lula, no próximo ano, têm que decidir entre uma esquerda moderada, que favoreça o mercado acompanhado de medidas sociais, ou se opta por um caminho mais radical, como aconteceu na Argentina e na Nicarágua, o que seria desastroso para a região e para o Brasil.

    O crescimento da extrema direita é irreversível? Os eleitores estão realmente mais conservadores?
    Mais do que extrema direita ou extrema esquerda, o crescimento em nível internacional se dá em movimentos populistas que, dependendo do país, têm características diferentes. Nos países mais polarizados, as eleições estão sendo decididas por uma margem estreita de votos, como aconteceu nos EUA, onde Joe Biden derrotou Trump, que pode ser considerado populista e não de extrema-direita. Enquanto a democracia gozar de instituições sólidas, os eleitores poderão mudar sua opção política. E, de fato, o fazem porque o extremismo de qualquer tipo geralmente não oferece resultados satisfatórios para a sociedade. O problema é quando as instituições democráticas não têm força para resistir à passagem de um autocrata como chefe de Estado, como aconteceu com Nayib Bukele, em El Salvador, Daniel Ortega, na Nicarágua, e Viktor Orbán, na Hungria. Nesses casos, mais do que um crescimento de posições extremas, o que se observa é uma perseguição legal, midiática e até física aos moderados, o que faz com que percam cargos nas eleições.

    Como convencer os eleitores dos riscos de movimentos extremistas?
    Explicando a eles que, para a economia crescer e criar empregos no longo prazo, é preciso aumentar a produtividade. O que um governo precisa fazer para aumentar a produtividade? Na minha opinião, comprometer-se com um sistema educacional que premia a excelência e melhora o capital humano das empresas. Também proporcionar às empresas mais inovação, facilitando, por exemplo, o aumento do investimento em pesquisa e tecnologia. Além disso, é essencial obter energia mais barata. Outro aspecto fundamental é conseguir uma maior unidade de mercado ou, o que dá no mesmo, reduzir os custos das empresas que operam em vários territórios, o que implica submeter-se a múltiplas regulamentações regionais e municipais. Por fim, é conveniente favorecer o crescimento em tamanho das empresas.

    Os políticos mais moderados ainda têm condições de reconquistar os eleitores?
    Tanto a esquerda quanto a direita liberais e não extremistas têm condições de voltar a cativar os eleitores, mas precisam lançar um novo contrato social focado em responder às preocupações e às necessidades da maioria social neste momento. Soluções consideradas não demagógicas ou ideologizadas. Para isso, é necessário que a centro-direita e a centro-esquerda não joguem com o extremismo e o populismo, pois, quando começam a imitar os extremos, os eleitores têm a opção de “comprar” o original (extremismo) ou uma cópia (partidos políticos imitando extremistas), mas acabam optando pelo extremismo.

    O mundo ainda está saindo de uma pandemia, há uma guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Que impacto isso tem entre os eleitores?
    Incerteza, ansiedade, insegurança… Diante disso, parte da sociedade busca soluções simples, que gerem segurança. E é nesse terreno fértil que o populismo e o extremismo, com suas mensagens, podem capitalizar o apoio eleitoral.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/politica/capa_politica/)

  10. Miguel José Teixeira

    Alô, Herculano!

    Sempre considerei o tal PeTralha ricardo, além de coxo, míope e usuário habitual de viseiras, é também um pobre ignorantão!

    “Quebrando Mitos”: filme que faz uma autópsia da grande tragédia brasileira…”
    (Por Ricardo Kotscho, UOL, 19/09/22)
    . . .
    Nenhuma ficção de Glauber Rocha seria capaz de superar a realidade desta grande tragédia brasileira autopsiada pelos dois Fernandos nesse documentário que todos deveriam ver – se possível, antes da eleição de 2 de outubro….
    . . .
    (+em: https://noticias.uol.com.br/colunas/balaio-do-kotscho/2022/09/18/quebrando-mitos-filme-faz-uma-autopsia-da-grande-tragedia-brasileira.htm)

  11. Miguel José Teixeira

    “Ao mestre com carinho, um português que nos trouxe luz”
    (Por Otávio Rêgo Barros, General da reserva, foi chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, CB, 19/09/22)

    Oito de setembro amanheceu radioso na capital da antiga colônia portuguesa. Céu azul como sempre, temperatura elevada e uma suave brisa avermelhada pela seca que castiga a cidade. Brasília despertou da ressaca pelas comemorações do Bicentenário da Independência com boas notícias.

    Os eventos que se encontravam sub judice, cercados por preocupações acerca de questões de segurança, transcorreram dentro da normalidade. As bandeirolas verdes e amarelas, cores de nossa alma, ainda balouçavam nos postes do imponente Eixo Monumental.

    Todavia, a nação recomeçava sua caminhada para mais um dia de atribulações — desemprego elevado, transporte público lotado, famílias com fome, brigas eleitorais —, órfã de um discurso de esperança. Um professor, vindo d’além-mar, se predispôs a assumir essa tarefa perante o Parlamento brasileiro. Ele a redime, nação, em uma fala tomada de sentimento e história.

    Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, vestido com a dignidade da profissão de ensinar, nos instruiu em 12 minutos a reconhecer e valorizar a trajetória de nosso povo em seus 522 anos de existência. Chamou ao púlpito Dom Pedro e discorreu sobre os fatos históricos que o dignificaram como libertador e defensor do Brasil.

    Lembrou-nos o mestre, com carinho, o acelerado fluxo de acontecimentos de 1822: “O fico pela vontade do povo em 9 de fevereiro, a aceitação do título de defensor do Brasil em 13 de maio, a reunião dos constituintes no Rio de Janeiro em 3 de julho, o impulso realíssimo da imperatriz dona Leopoldina e, por fim, o lendário grito ‘Independência ou Morte’”.

    Sua sensibilidade também iluminou a unidade linguística, as vivências religiosas e culturais e o sem-número de africanos, pelas suas escravidões, explorações e discriminações seculares que marcaram a nossa trajetória desde a colônia até os nossos dias.

    Relembrou o centenário de nossa Independência, impactado pela efervescência da Semana de Arte Moderna, ao oferecer o discurso de um seu compatriota, naquela ocasião, o presidente António José de Almeida, para meditação da plateia.

    “Estou aqui em nome de Portugal para agradecer aos brasileiros o favor que hoje nos prestaram a nós, proclamando-se independentes.” Agradeceu, ele próprio, Marcelo Rebelo, por reconhecer que portugueses, estando, sem dúvida alguma, exaustos e debilitados, não teriam condições de manter a unidade de tamanhas terras, e veriam seu esfacelamento em diminutos rincões, à semelhança da espanhola América. Agradeceu por escritores como Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Jorge Amado e músicos como Heitor Villa-Lobos, Ary Barroso, Luiz Gonzaga, Tom Jobim, entre outros.

    Quem, senão uma sensível alma de estadista, tomaria referências culturais para fotografar o nosso país? Agradeceu por termos conquistado o direito de falarmos por primeiro na abertura anual da Assembleia-Geral das Nações Unidas, símbolo de um mundo de olhar humanista, aberto à paz, ao multilateralismo, aos direitos humanos, aos valores da carta e do direito internacional. Agradeceu a constância dos anseios de inclusão, o grande desafio deste tempo, envolvendo justiça social, inventiva, educativa e cultural, científica e tecnológica para além das conjunturas passageiras de cada período ou instante.

    Aqui, sua sutileza diplomática, que nos escancara os problemas mais prementes de nosso povo, não pode passar-nos despercebida. Já por concluir, o veterano mestre nos exalta e emula: “Queridos irmãos brasileiros, continuai a maravilhar-nos como pátria de liberdade, de democracia, de justiça, de sonho, de esperança, de reinvenção ilimitada, potência universal no presente e no futuro”.

    Chegou a nossa hora, brasileiros, de agradecer a esse ilustre professor, dirigente maior de nossa pátria mãe, por trazer à realidade as fantasias, sem ofensas, sem platitudes. Uma realidade a ser enfrentada como eles enfrentaram os oceanos bravios e desconhecidos para oferecer ao mundo novas terras e novas civilizações.

    Hora de agradecer por ele ter completado com dignidade as falas de nossos legisladores, em uma simbiose de liturgia racional e emocional, que o Brasil estava a nos cobrar desde a véspera das solenidades cívicas-militares, que se transformaram, em alguns momentos, em pendengas eleitorais.

    Hora de assumirmos, tomando como exemplo os próceres da nossa Independência, as rédeas de nosso destino e transformarmos este país de tanta fartura natural, riqueza cultural, diversidade política, potencialidade econômica e, nosso maior tesouro, um povo disposto a recomeçar sempre, em uma terra que nos encha de orgulho. Paz e bem.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/19/interna_opiniao,373741/ao-mestre-com-carinho-um-portugues-que-nos-trouxe-luz.shtml)

  12. Miguel José Teixeira

    Um dos Desabafos do CB, 19/09/22:

    “Chance na eleição: para a terceira via, só se houver um “Ciro” de 360 graus.” (Vital Ramos de V. Júnior — Jardim Botânico)

    Um desabafo do Matutildo, aqui e agora:

    Ou, uma invertida à la “T E B E T” . . .

  13. Miguel José Teixeira

    Batendo na mesma tela, pois “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”!

    . . .”Em média, nos últimos quatro anos, o patrimônio dos parlamentares cresceu R$ 600 mil, segundo levantamento do jornal O Globo, com base nas declarações de bens enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos candidatos à reeleição neste ano. “. . .

    “Mudança é a gente que faz”
    (Por Rosane Garcia, CB, 19/09/22)

    Ficamos indignados com o comportamento dos políticos, principalmente dos parlamentares (deputados e senadores). A maioria das decisões passa longe dos interesses da sociedade, principalmente das camadas mais carentes. Condena-se a corrupção, atos que subtraem ou redirecionam os recursos públicos para interesses particulares ou de grupos. Sequer tangenciam às demandas da população. É fato que o Centrão é um grupo de deputados e senadores, grande parte suspeita de atitudes nada republicanas. Eles foram guindados à condição de legisladores por nós, eleitores. Elegemos, inclusive, alguns denunciados por atos previstos e puníveis pela legislação penal.

    Nos últimos dois anos, vimos o Centrão no comando do país, por meio de orçamentos secretos, emendas do relator. Volumes absurdos do Orçamento da União foram rateados entre os parlamentares sem que a sociedade saiba qual é a sua real destinação. Em média, nos últimos quatro anos, o patrimônio dos parlamentares cresceu R$ 600 mil, segundo levantamento do jornal O Globo, com base nas declarações de bens enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos candidatos à reeleição neste ano.

    Mas o Orçamento, dividido entre secreto e público, não consegue atender às necessidades da população. Assim, são cortadas verbas para educação, para farmácia popular, o que compromete a oferta de medicamentos para os diabéticos, hipertensos, asmáticos e a quem tem outras doenças crônicas. O Sistema Único de Saúde (SUS) é subfinanciado, como bem ressaltou a crise sanitária da covid-19, e explica as mortes que ocorrem nas filas dos hospitais, desprovidos de equipamentos, remédios, insumos e equipes de profissionais suficientes para o atendimento adequado à população.

    Escolas não têm edificações nem equipamentos para elevar a qualidade do ensino — realidade inquestionável e também mostrada durante a pandemia do novo coronavírus. Professores, indispensáveis à formação da atual e das futuras gerações, compõem a categoria com uma remuneração vergonhosa. O piso salarial dos profissionais é de R$ 3.845, para uma jornada de 40 horas/semanais.

    Embora o presidente da República, em discurso na Cúpula das Américas, em junho último, tenha garantido que o Brasil “garante a segurança alimentar do mundo”, 33,1 milhões de brasileiros passam fome no país e cerca de 100 milhões, quando acordam, não sabem se terão o que comer ao longo do dia. Falta-nos política pública para mitigar essa tragédia humana.

    A poucos dias das eleições, as sondagens de opinião pública revelam que a maioria dos brasileiros não sabe em quem votará no próximo 2 de outubro nem se lembra de quem ajudou a eleger em 2018. Quem se recorda do deputado ou do senador, ao longo de quatro anos, não se deu ao trabalho de avaliar a atuação do eleito. Ainda há os que “odeiam política e os políticos”, mas reclamam que a vida não melhora e que os parlamentares nada fazem em benefício do povo.

    Precisamos conhecer a história dos candidatos e votar com consciência. Se queremos mudança, ela começa pelo nosso comportamento ante o cenário político. Se achamos que as mazelas sociais e econômicas precisam ser corrigidas para que haja menos fome, mais saúde, educação e menos desigualdades e injustiças, eis o momento de refletir seriamente sobre quem merece o nosso voto. A mudança é a gente que faz. Pense nisso.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/19/interna_opiniao,373738/mudanca-e-a-gente-que-faz.shtml)

  14. Miguel José Teixeira

    Literalmente, “pra inglês ver”!

    “Em Londres, Bolsonaro diz a multidão que vencerá no 1º turno”
    Ao chegar em Londres, na manhã deste domingo (18), o presidente Jair Bolsonaro foi recepcionado por uma multidão de brasileiros que o esperava em frente à sede da embaixada brasileira.

    (+em: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/em-londres-bolsonaro-diz-a-multidao-que-vencera-no-1o-turno)

    Não era assim uma multidão! Mas era uma porção de pessoas. . .

  15. Miguel José Teixeira

    Matutando bem…

    Os acenos do moro para seu desafeto bolsonaro, já está se revelando tratar-se de um verdadeira isca.

    Caso o bolsonaro a engula e corra para o abraço com moro, será a senha para o ex presidiário lula coaxar:

    Estão vendo, “cumpanhêrus”!

    Se uniram no passado para me tirar das eleições.

    Agora se unem novamente para me derrotar!

  16. Miguel José Teixeira

    . . .”Fundos partidários e eleitorais para campanhas arrancam bilhões dos cidadãos, a cada ano, transformando as legendas em empresas de grande porte, capaz de fazer inveja aos países do Primeiro Mundo.”. . .

    “Muito $inceros”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 18/09/22)

    Canalizada sob as mais diversas rubricas, sob as mais inventivas nomenclaturas e de forma absolutamente compulsória, nenhuma legenda política, das mais de 30 que orbitam os legislativos do país, sobreviveria por mais de quatro anos ou por mais de uma eleição não fossem os recursos públicos empreendidos.

    Apenas por esse aspecto sui generis, podemos inferir que a representação política, tão necessária para a manutenção do chamado Estado democrático de direito, por meio de partidos sustentados exclusivamente com verbas públicas, resulta, na verdade, numa espécie de democracia do tipo estatal. Em outro sentido, pode-se entender que, por essa fórmula, o que os brasileiros têm em mãos para representá-los no parlamento, em todos os níveis, municipal, estadual e federal, são empresas típicas do Estado, que, ao contrário de muitas, espantosamente, não necessitam adotar regras de compliance ou mesmo prestar contas aos contribuintes dos recursos que arrecadam e dos gastos que empreendem.

    A questão, nesse caso, é como alcançar uma verdadeira democracia, com igualdade de oportunidade, sabendo-se que a ponte que liga o cidadão ao Estado é inteiramente construída e alicerçada com a vontade e com os recursos estatais, administrados nesse caso por indivíduos ou grupos instalados dentro da máquina pública.

    Quando surgiu como uma força nova dentro do cenário político do final dos anos 1970, o Partido dos Trabalhadores empolgava as oposições ao regime pelo fato de obter seus recursos diretamente da população, por meio de vaquinhas, venda de camisetas e churrascos, festas outros meios originais e absolutamente transparentes. Essa era a força que mantinha esse partido bem ao gosto popular. Esse tempo amador, mas autêntico, ficou no passado.

    Hoje, as legendas vivem à sombra do Estado, devidamente azeitados com verbas bilionárias, fechados em si mesmos, distantes da população, hoje chamada apenas de base. Fenômeno semelhante parece ter ocorrido também com os clubes de futebol. Antigamente era comum falar-se em amor à camisa. Eram tempos de inocência dentro do futebol. Os times viviam praticamente dos recursos obtidos das bilheteria dos jogos. Por esse critério, o desempenho no campeonato e a boa performance contavam muito para atrair público. Só os bons times, bem armados e treinados, sobreviviam aos torneios. Esses também foram tempos que estão bem longe. Atualmente, os times são empresas, e quem parece brilhar, mais do que os jogadores, são os cartolas. Guardadas as proporções e a importância de cada um para a vida dos brasileiros, os recursos fáceis e abundantes acabaram por roubar a paixão de eleitores e torcedores.

    Fundos partidários e eleitorais para campanhas arrancam bilhões dos cidadãos, a cada ano, transformando as legendas em empresas de grande porte, capaz de fazer inveja aos países do Primeiro Mundo. Não é por outro motivo que existem, atualmente, tantos partidos, com a expectativa de criação de muitos outros. Ainda assim, com tanta fartura material, os partidos e os políticos nunca estiveram tão em baixa na confiança do cidadão.

    Seguidas pesquisas mostram que, entre as instituições do país, aquelas que menos gozam da simpatia e da confiança dos brasileiros são justamente os partidos e os respectivos políticos. Por aí, pode-se ver que não é o dinheiro que torna pessoas, empresas e instituições em algo respeitável e aceito pela população.

    Se o financiamento público, como afirmam muitos, é necessário para afastar a influência das empresas privadas, por outro lado a abundância de recursos e a sede como os políticos se atiram ao pote dos financiamentos públicos têm trazido mais prejuízos do que benefícios para os próprios políticos e, por tabela, para o processo de aperfeiçoamento da democracia brasileira.

    Nem todo o dinheiro do mundo em propaganda seria capaz de reverter a perda de credibilidade. Um sinal de que o dinheiro não pode tudo é que a cada eleição aumenta o número de eleitores que simplesmente deixam de comparecer às urnas. Há, inclusive, estudos que mostram que, não fosse a obrigatoriedade do voto, determinada em lei, muitos eleitores só saberiam que é eleição por se tratar de um feriado.

    Do ponto de vista do cidadão comum, os partidos vivem numa espécie de divórcio litigioso com a população. Transformados em clubes fechados e insistindo em manter interlocução apenas entre si e com aqueles instalados no poder e na máquina pública, os partidos políticos já não empolgam a população. Esse efeito é ruim para a democracia.

    De acordo com o Instituto Internacional pela Democracia e Assistência eleitoral (Idea), 118 países adotam algum tipo de financiamento público para apoiar partidos ou campanhas, mas nenhum deles possui tantos recursos e facilidades como o sistema brasileiro. Ao deixar de sobreviver com as contribuições diretas dos filiados e simpatizantes, os partidos políticos começaram a cortar o cordão umbilical com a sociedade que afirmavam representar.

    Ao adquirirem a independência econômica, muito acima das necessidades, as legendas se apartaram de vez da população, de quem só dependem efetivamente a cada quatro anos. Apoio efetivo só se compra daqueles que trabalham mais diretamente nas campanhas. Há uma crise dos partidos que parece só ser vista por aqueles que estão do lado de fora e que formam o grosso da população.

    É justamente esse ponto que foi percebido, com a lupa da ganância, pelos mais caros e criativos marqueteiros de campanhas políticas de todo o país. Capazes de transformar água em vinho essas expertises da propaganda tiravam leite de pedra, mas, ainda assim, não foram capazes de solucionar a crise de identidade das legendas e seu desgaste perante a opinião pública.

    Impressionante como ainda muitas legendas são capazes de vender a alma para garantir um tempo maior em rádio e televisão. Mais impressionante é verificar que, mesmo de posse de grandes somas de dinheiro, capazes de comprar os serviços dos mais renomados bruxos do marketing político, os partidos políticos não contam com a simpatia sincera da sociedade.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/18/interna_opiniao,373714/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  17. Miguel José Teixeira

    Carta ao Sr. Redator, CB, 18/09/22

    “Terceira via”
    (Por Jane Araújo, Noroeste)

    Só existe uma palavra para definir os últimos governantes do Brasil nos cinco anos que lá se vão. Reduzir a verba para merenda escolar, única refeição de milhões de crianças nessa nação ultrajante, é uma vergonha! Enquanto uma casta se refestela comendo lagosta regada a vinho francês de safras memoráveis, nossas crianças olham as geladeiras vazias que as mães abrem em desespero enquanto elas choram de fome pedindo comida. É um horror! E eles querem voltar e permanecer! Não vamos permitir! Existe a terceira via! Está nas nossas mãos mudar o destino dos filhos da nossa pátria! Não reelejam esses dois que já mostraram do que são capazes! As crianças brasileiras não merecem isso!

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/18/interna_opiniao,373717/sr-redator.shtml)

  18. Miguel José Teixeira

    . . .”Cidadãos com ensino deficiente viram presas fáceis daqueles que estão mais preocupados com o poder e não com o bem-estar social.”. . .

    “Votar em paz é direito de todos”
    (Visão do Correio (Braziliense), CB, 18/09/22)

    O Brasil vai às urnas dentro de duas semanas, com a população exercendo o dever cívico de eleger seus representantes no Congresso Nacional e aqueles que vão governar o país, os estados e o Distrito Federal pelos próximos quatro anos. Nada mais democrático do que esse poder de escolha. Não é aceitável, portanto, que boa parte dos brasileiros esteja com medo de expressar suas opiniões publicamente e tema atos de violência no momento em que estiverem cumprindo o que manda a Constituição. A sociedade não pode permitir que um momento tão importante para o futuro da nação se transforme em repressão, a ponto de um em cada 10 cidadãos admitir não comparecer aos locais de votação por acreditar que pode sofrer agressões físicas. É inaceitável.

    Muito desse momento estarrecedor vivido pelo país tem a ver com as posições nada democráticas de candidatos que, em vez de apresentar propostas concretas para o Brasil, se dedicam a estimular ataques aos adversários e aos que não comungam de suas ideias. O país precisa urgentemente de debates construtivos, que levem à construção de uma sociedade mais justa e tolerante. É isso que esperam os eleitores, em sua maioria. A vida real está aí para que todos vejam a dimensão dos desafios que estão colocados aos que forem os escolhidos para formular leis e gerir o dia a dia do país.

    A educação, por exemplo, pede socorro. Dados divulgados na última sexta-feira apontam que o nível de aprendizado dos alunos de escolas públicas e privadas em todas as etapas do ensino básico recuou a 2013. Na matemática, quase 40% dos alunos chegaram à quinta série, no ano passado, sem conseguirem identificar figuras geométricas como triângulo e círculo. O mesmo levantamento, divulgado pelo Ministério da Educação, revela que o percentual de crianças da segunda série que não sabem ler e escrever nem mesmo palavras isoladas mais que dobrou entre 2019 e 2021, de 15,5% para 33,8%.

    A justificativa para esse desastre, que terá sérios reflexos na formação de cidadãos, foi a pandemia. Mas muitos dos problemas poderiam ser minimizados se os governantes tivessem cumprido o papel que lhes cabe no processo, o de proteger a população, sobretudo os mais vulneráveis, dando-lhes as condições necessárias para superar as adversidades. O que se viu nesses últimos dois anos, no entanto, foi um jogo de empurra e de agressões, com pais e estudantes sem saberem muito o que fazer. No Ministério da Educação, que deveria ser o guia do processo de aprendizagem, imperou a ideologia e um ministro caiu por denúncias de corrupção.

    Um país sem educação de qualidade torna-se terreno fértil para a manipulação política, o voto de cabresto, a disseminação de informações falsas, o surgimento de líderes populistas, a radicalização. Cidadãos com ensino deficiente viram presas fáceis daqueles que estão mais preocupados com o poder e não com o bem-estar social. O Brasil tem um histórico terrível nesse sentido e os resultados estão aí há séculos: um fosso enorme que separa ricos e pobres, fome, miséria, violência urbana. Não é aceitável que esse quadro prevaleça.

    Que as próximas duas semanas sejam marcadas pela civilidade e pela apresentação, por parte dos candidatos, de projetos que possam levar o Brasil a superar suas mazelas. As eleições devem ser vistas como um momento de esperança, não de medo e violência. O país já viveu tempos terríveis, com ditaduras sangrentas e muita repressão. Desde que os tiranos foram varridos do mapa, registra o mais longo período democrático da história. Essa conquista deve ser preservada a todo custo. Que a paz e o bom senso prevaleçam.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/18/interna_opiniao,373715/votar-em-paz-e-direito-de-todos.shtml)

  19. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, Diário do Poder, 18/09/22)

    …quando o Judiciário vira protagonista das eleições é sinal que os políticos, e a política, vão mal das pernas.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    …e o eleitor é apenas mero detalhe.

  20. Miguel José Teixeira

    A barafunda das pesquisas eleitorais é tamanha que até as manchetes estão confundindo os eleitores!

    “Lula tem 45% e Bolsonaro 45%, diz pesquisa Ipespe”
    – Nova rodada da pesquisa semanal do Ipespe feita para a Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma vantagem de dez pontos sobre o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). O cenário é estável na série que começou no início de setembro: uma semana atrás, Lula tinha 44% e agora marca 45%. Bolsonaro oscilou de 36% para 35%.
    . . .
    (Fonte: https://www.maisgoias.com.br/lula-tem-45-e-bolsonaro-45-diz-pesquisa-ipespe/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)

    Na manchete está 45% a 45%. No corpo da matéria 45% à 35%. . .

  21. Miguel José Teixeira

    “Em vídeo de campanha, Dallagnol afirma que o STF se tornou uma “casa da mãe Joana”.

    “Pessoal, essa casa até pouco tempo era conhecida como a Suprema Corte do país, e é uma casa essencial para a democracia. Mas infelizmente ela se tornou a casa da mãe Joana, uma mãe para os corruptos”, afirma o ex-coordenador da força-tarefa.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/17/interna_politica,373681/dallagnol-ataca-stf.shtml)

  22. Miguel José Teixeira

    Parece-nos que a Nação está fadada a mergulhar num abissal retrocesso nas eleições que se aproximam:
    . . .
    “Jogo de gente grande”
    (Por Denise Rothenburg, Brasília-DF, CB, 17/09/22)

    Os partidos começam a prestar mais atenção na eleição para deputado federal, tanto no Ceará quanto no Maranhão, onde concorrem, respectivamente, o ex-senador Eunício Oliveira e a ex-governadora Roseana Sarney, ambos do MDB. É que tanto Roseana quanto Eunício são vistos no partido como dois nomes que têm tudo para conseguir uma vaga no Parlamento e surgirem como potenciais adversários de Arthur Lira, o atual presidente que busca a reeleição para a Câmara de olho no comando da Casa por mais dois anos.

    Alguns petistas dizem em conversas reservadas que, caso Lula seja eleito presidente, será preciso ceder a Câmara para algum aliado. No PP, os petistas têm Aguinaldo Ribeiro (PB), mas o MDB lulista “é mais parceiro” e, no partido, Roseana teria a preferência. A musa do impeachment de Fernando Collor, em 1992, e filha do ex-presidente José Sarney, que acompanhou Lula até São Paulo, quando o ex-presidente passou a faixa presidencial em 1º de janeiro de 2011, será um nome forte da articulação política para 2023. Aliás, seja quem for o futuro presidente da República, a ex-governadora é um nome a ser acompanhado de perto.
    . . .
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/17/interna_politica,373679/brasilia-df.shtml)

    Todos apostando suas fichas sujas na falta de memória dos eleitores!

  23. Miguel José Teixeira

    Pobre e faminto povo alagoano: se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come!
    . . .
    “As últimas pesquisas de intenção de voto para o governo de Alagoas, uma das disputas mais nacionalizadas do país, mostram uma reação do senador Rodrigo Cunha (União Brasil) em sua briga particular com o também senador Fernando Collor (PTB) por uma vaga no segundo turno, provavelmente contra o candidato do MDB, o atual governador do estado, Paulo Dantas.

    Os dois parlamentares buscam por votos na mesma faixa do eleitorado. A diferença é que Cunha evita se vincular ao bolsonarismo, enquanto Collor se declara o “candidato de Bolsonaro”.

    Dantas, por sua vez, é ligado ao grupo do senador Renan Calheiros (MDB) — ele sucedeu Renan Calheiros Filho no governo do estado e, agora, tenta a reeleição —, que é um dos principais apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).”
    . . .
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/politica/capa_politica/)

  24. Miguel José Teixeira

    Seguramente a 3ª via poderá evitá-los! Pois, se há tantos novos erros à serem cometidos, porque repetir os velhos erros?

    “Atoleiros pelo caminho”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 17/06/22)

    Em algum momento de nossas vidas, haveremos de nos deparar com atoleiros, que impedirão o avanço em qualquer direção. Do mesmo modo, governos e nações enfrentam essas barreiras e imprevistos. O jeito é parar e refletir tanto sobre os caminhos que nos levaram ao brejo, quanto os meios capazes de nos retirar desse impasse que, por um tempo, parece nos tragar como areia movediça.

    Em situações como essa, quanto mais você se move e age de modo irracional, mais afunda. O Brasil e os brasileiros estão nesse momento imersos nesse tipo de pântano sem fundo. Há uma espécie de inconsciente coletivo, herdado de nossa história colonial comum, que, com sua mão invisível, nos conduz a esses espaços abissais, onde não podemos nos mover, sob pena de complicar, ainda mais nossa situação de momento.

    Às vésperas das eleições gerais, essa é a situação atual da nação. Não há respostas prontas ou soluções fáceis. Um olhar distante sobre nossas fronteiras, mostra que outras nações e governos estão nesse momento mergulhados em seus atoleiros.

    Na Europa, de modo geral, é ao que se assiste. Mais a leste, a Rússia encontrou seu atoleiro. Não por acaso, uma vez que foi em busca dele. A guerra particular de Putin contra a Ucrânia se mostra um enorme atoleiro para as tropas russas. Curiosamente, a Ucrânia é, por sua configuração geológica, repleta de áreas onde existem essas traiçoeiras areias movediças. O melhor da juventude russa e ucraniana vai sendo dizimada nesse conflito insano.

    Seguir em frente com essa guerra, que conta com a ajuda militar e de armas de outros países, é afundar, ainda mais nesse pântano, conduzindo o mundo para um conflito generalizado e sem vencedores.

    Também a China, a exemplo dos russos, mira seu atoleiro, na ilha de Taiwan. Os Estados Unidos também conheceram o seu pântano, quando enviaram suas tropas para o Vietnã. Precisaram sair às pressas, com as calças nas mãos.

    Em nosso continente, muitas são as nações que se encontram agora atoladas e imóveis em seus brejos. Venezuela, Argentina, para ficar apenas nesses dois países, vão afundando aos olhos de todos. Os motivos e as causas são conhecidos e, mesmo assim, não foram evitadas a tempo. Também em nosso caso particular, as causas e motivos que permitiram e nos lançaram nesse atoleiro são conhecidos.

    Num sentido figurado, é como você soltar uma cobra venenosa dentro de uma sala escura, apertada e cheia de gente. Salve-se quem puder. Ou seja, salvam-se apenas aqueles que, por sua força bruta, podem escalar pontos mais altos, usando as costas dos mais fracos. Num ambiente hostil dessa natureza, ficar imóvel pode representar um verdadeiro movimento para a salvação.

    Assim como a Rússia se deparou com seu atoleiro ao invadir a Ucrânia, encontramos também nossa areia movediça ao entrarmos, de cabeça, no campo da política sem ética e da disputa pela disputa.

    A frase que foi pronunciada
    “A história nos desafia para grandes serviços, nos consagrará se os fizermos, nos repudiará se desertarmos.” (Ulysses Guimarães)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/17/interna_opiniao,373659/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  25. Miguel José Teixeira

    No Brasil vermelho, encerrado com a defenestração da dilmaracutaia, a corja ensaiou transformar o sanguinário virgulino lampião em herói nacional. Portanto, o texto abaixo veio bem a calhar, pois o perigo dos vermelhóides voltar ao poder se avizinha e se, para a infelicidade geral da Nação isso acontecer, todo o retrocesso virá junto.

    “Lampião, herói ou bandido?”
    (Por Carlos Nogueira, Coronel da reserva do Exército e bacharel em direito, Opinião, CB, 17/09/22)

    Em recente viagem que fiz ao interior do Nordeste, visitei alguns museus e lugares dedicados à temática do cangaço nos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Nesses locais, ouvi dos guias turísticos e li nos quadros afirmações como: “Os cangaceiros foram vítimas do sistema”, “Lampião foi um Robin Hood do Nordeste, que roubava dos ricos para dar aos pobres”, “O cangaço foi a luta dos pobres sertanejos oprimidos contra ricos coronéis opressores”, “Meninas-moças aderiram ao cangaço embevecidas pela pujança e pelas festas”. Tais afirmações me causaram surpresa, pois distorcem completamente a realidade dos fatos. Logo deduzi que há uma narrativa desvirtuada de transformar Lampião em um herói do povo.

    A verdade histórica é que o ciclo do cangaço se originou na Região Nordeste no século 18 e não passou de um meio de vida criminoso de homens foragidos e com sede de vingança, que buscavam o enriquecimento ilegal por meio de violentas ações de sequestros, roubos, torturas, extorsões, estupros e assassinatos, praticadas com extrema crueldade indistintamente contra homens e mulheres, pobres e ricos e nada teve de luta de classes. Atualmente, organizações criminosas do tráfico e da milícia adotam semelhante modus operandi.

    Para demonstrar a realidade de Lampião e do cangaço, descrevo, em apertada síntese, alguns fatos:
    Lampião e seus comandados se aliaram a vários coronéis dos sertões, que lhes davam guarida e lhes forneciam armas e munições a troco de proteção e serviços de pistolagem contra os desafetos, a exemplo dos coronéis e chefes políticos Petronilo Reis, João Sá, Audálio Tenório, Antônio Caixeiro, João de Carvalho, Manoel Brito entre tantos outros.

    Extorsões mediante cerco e saques de pequenas cidades, vilas, povoados e fazendas eram as formas mais comuns de a cabroeira obter ganhos financeiros. Os sertanejos cercados, indefesos, ameaçados e humilhados eram obrigados a entregar aos cangaceiros o pouco dinheiro que economizavam para não serem mortos e terem os bens incendiados e destruídos. Havia, ainda, a ameaça de estupros coletivos.

    Assim ocorreu nas cidades de Piranhas (AL), Souza (PB), Água Branca (PB), Santa Cruz da Baixa Verde (PE), Tupanaci (PE), Cabrobó (PE), Ouricuri (PE), São José do Belmonte (PE), Mossoró (RN), Capela (SE), Canindé (SE), Pedra Branca (BA), Queimadas (BA), Mirandela (BA), entre outras. Nessas ações, os policiais que fossem capturados vivos enfrentavam a morte por sangramento com punhais, à semelhança do abate de caprinos, em um ritual que envaidecia Lampião.

    No rastro dos crimes, Lampião e seus chefes subordinados amealharam grandes quantias em dinheiro e em joias, que levavam consigo ou deixavam sob a guarda de coiteiros(*) e coronéis aliados, ou compravam terras e fazendas. Na grota dos Angicos, local onde Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros foram mortos, a Polícia de Alagoas encontrou quase quatro quilos de ouro, além de farta quantidade de dinheiro em espécie.

    O rapto de meninas-moças por cangaceiros era comum. Dadá foi raptada por Corisco aos 12 anos, diante dos pais desesperados, sendo estuprada na mesma noite do sequestro e mantida por 3 anos em cativeiro como escrava sexual do bandido antes de ser obrigada a acompanhar o bando. Também foram raptadas: Sila, aos 11 anos, por José Baiano, e Dulce, aos 15 anos, pelo cangaceiro Criança.

    O nível de maldade dos cangaceiros contra as infelizes almas que lhes caiam nas mãos era digno dos piores psicopatas. Lampião se divertia às gargalhadas ao mandar suas vítimas correrem antes de serem abatidas com tiros pelas costas. José Baiano, o raptor de Sila, costumava marcar com ferro em brasa as letras “JB”, no rosto, nádegas e virilhas das mulheres que usavam cabelos curtos. Por mera suspeita de colaborar com a polícia, um senhor teve os olhos arrancados a faca por Lampião, antes de ser executado. Pobre, idoso e doente, José Alves Nogueira foi assassinado covardemente com um tiro de fuzil pelas costas por Antônio Ferreira, irmão de Lampião, antes de lhe roubar as alpercatas. O jovem Pedro José foi castrado pelo cangaceiro Virgínio às vésperas do casamento, em virtude de um pequeno desentendimento. Por causa de um bilhete forjado, Lampião e seus cangaceiros massacraram 12 pessoas de uma mesma família de pequenos agricultores.

    Nas décadas de 1920 e 1930, o flagelo do cangaço que se abatia sobre a sociedade sertaneja nordestina teve grande repercussão na imprensa nacional e internacional. Em 1931, o jornal americano The New York Times publicou uma matéria que classificava Lampião como o maior bandido da América do Sul. A gravidade era tal que cinco propostas de combate ao cangaço pelo governo federal foram apresentadas por deputados nordestinos na Assembleia Nacional Constituinte de 1934.

    Os fatos acima descritos estão registrados em farta bibliografia por renomados historiadores. Assim, considerando-se que diante de fatos não há argumentos, não há outra resposta à questão formulada no título deste artigo que não seja Lampião foi bandido.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/17/interna_opiniao,373657/lampiao-heroi-ou-bandido.shtml)

    (*) Coiteiro: aquele que dá coito, asilo ou proteção a bandidos.

    Matutando bem. . .

    Serão os eleitores de um ex presidiário considerados meros coiteiros?

  26. Miguel José Teixeira

    Duas Cartas ao Sr. Redator, CB, 17/09/22: uma no cravo, outra na ferradura (não necessariamente nesta ordem):

    1) “Pesquisas”
    (Por Roberto Doglia Azambuja, Asa Sul)

    As pesquisas dão 32% para Bolsonaro; no dia 7/9, ele colocou todos eles nas ruas. Ao Lula as pesquisas atribuem 45%, mas ele tem feito comícios magérrimos, com menos de cinco mil pessoas. O que se vê e o que as pesquisas afirmam é discrepante. Onde estão os 45% de apoiadores do Lula e por que não vão para a rua demonstrar que a liderança dele não é fictícia? Além de não mobilizar seus adeptos, observa-se um fenômeno: quanto menos gente vai aos seus comícios mais ele cresce nas pesquisas. No dia 7/9, Lula não foi às ruas, omitiu-se e — surpresa! — subiu dois pontos! Apesar da pouca visibilidade, ele parece não estar preocupado com o apoio do povo. Pela fé que demonstra de já estar eleito, só pode estar amparado por alguma providência superior, abaixo da qual o voto popular não tem nenhum papel. Ele sabe que será presidente mesmo sem voto.

    2) “Governo sem rumo”
    (Por Ricardo Pires, Asa Sul)

    Bolsonaro foi eleito empunhando cinco bandeiras: combate à corrupção; governo liberal, que enxugasse gastos, incentivasse a produção e combatesse privilégios; política séria, sem negociar cargos e vantagens com políticos; governo não populista e antipetismo. O combate à corrupção logo ficou inviável. Ele temia pela sorte do filho Flávio, já condenado, e não apoiou o pacote anti-crime de Sérgio Moro. Foi contra a prisão após condenação em 2ª Instância e, para piorar, apoiou e sancionou a Lei do Juiz de Garantias, que dificulta a condenação de corruptos. Depois, trabalhou firme, usando a PGR, o Congresso e seus contatos no STF para acabar com a Lava Jato e com Moro. A bandeira um morreu. A bandeira dois, o governo liberal, a cargo do “Posto Ipiranga”, também naufragou. Militar criado à sombra do Estado, Bolsonaro não tem nada de liberal. De início, deu aumento aos militares; restringiu o alcance da reforma da previdência; segurou a administrativa, contra privilégios e fez com que ministros recebessem mais de R$ 1,0 milhão por ano; não propôs projeto sério de reforma tributária; mudou a Constituição para gastar mais; deixa deficit de R$ 69 bilhões nas contas de 2023 e promete mais gastos. É o caos cortar fundo nas áreas social, ambiental, cultural e de ciências, para tapar buracos e ampliar orçamento secreto. A bandeira três talvez tenha sido o pior fiasco. Sem prática de negociação, nunca liderou partido ou comissão, ele de fato não negociou com políticos, fez pior, se rendeu ao Centrão, que criou o orçamento secreto e comanda a liberação de recursos no Planalto. A bandeira quatro, foi outro fiasco, pois Bolsonaro é mais populista que o próprio PT, com o Auxílio Brasil, subsídios para gasolina etc. De suas promessas, só restou o antipetismo. Numa avaliação séria, é muito pouco, para quatro anos no poder. Mas é isso que ele e suas redes sociais sempre alimentaram e parece satisfazer a seus seguidores. Propostas e projetos que o país precisa, ninguém vê. Pobre Brasil.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/17/interna_opiniao,373653/sr-redator.shtml)

      1. Vamos ser sinceros e renunciar à gnoracia ou à hipocrisia. Afinal quem possui projeto de governo?

        Isto é apenas fachada para enganar ignorantes, analfabetos, desinformados e gente mal intencionada que lidera esses processos

        Afinal tudo é busca de poder e marcação de espaço como faz a bandidagem das facções, das milicias, dos donos de partidos políticos, dos governados…

        1. Miguel José Teixeira

          Realmente você apontou a nossa realidade.
          Ontem mesmo, em “Curitchiba”, o ex presidiário lula, com saudades do conforto da sua cela, enalteceu os 580 dias que nela permaneceu isolado da sociedade. Disse que lá aprendeu a amar aquela cidade. Disse que lá conheceu a “janja boca de garoupa”. . . Ato seguinte, o ex juiz Moro, que decretou a sua prisão, em debate, acena para o bolsonaro, alegando que ambos tem um inimigo comum. . .
          Tudo pelo “pudê”!

  27. Miguel José Teixeira

    “O ano das maiores torcidas”

    (Por Marcos Paulo Lima, Opinião, CB, 17/09/22)

    A 58 dias do fim de uma temporada comprimida pela realização da Copa do Mundo no período de 20 de novembro a 18 de dezembro, o futebol brasileiro está diante de uma possibilidade inusitada. As quatro maiores torcidas do país podem terminar o ano campeãs.

    Os últimos dois censos sobre os clubes mais queridos reforçam a ordem de grandeza: Flamengo, Corinthians, São Paulo e Palmeiras. Segundo as duas pesquisas publicadas neste ano, uma pela XP Investimentos/Sport Track, e outra encomendada pelo O Globo/Ipec, os quatro times mais populares somam juntos até 63,3% da preferência nacional. Um “colégio eleitoral” capaz de eleger presidente da República no primeiro turno sem direito a margem de erro.

    Uma combinação perfeita para as “quatro nações” seria a seguinte: Flamengo tri da Libertadores, Corinthians tetra da Copa Brasil, São Paulo bi da Sul-Americana e Palmeiras undecacampeão no Brasileirão. Tem noção do que seria 63,3% dos torcedores em êxtase no fim do ano? Ainda mais se o Brasil conquistar o hexa no Catar e o resultado das eleições for favorável à maioria…

    Esse é o mundo virtual. No real, a história é bem diferente. Mais querido do país com 24% na aferição da XP, o Flamengo não aceita dividir. Cobiça duas conquistas. A partir de 12 de outubro, o clube carioca terá duas finais em 18 dias. Primeiro, a decisão da Copa do Brasil em duelos de ida e volta contra o Corinthians. A sequência terminará em 29 de outubro, em Guayaquil, no Equador, contra o Athletico-PR, valendo a Copa Libertadores da América.

    Segundo time mais popular do país com 18% dos torcedores, o Corinthians ensaia tirar a Copa do Brasil do Flamengo a fim de satisfazer a Fiel com a conquista do tetra da Copa do Brasil. O último título no torneio faz 13 anos.

    O São Paulo detém 11,5% dos fãs. Entre os quatro mais queridos, é o único sem concorrentes brasileiros na corrida pelo troféu. O Tricolor decidirá o título da Copa Sul-Americana contra o Independiente del Valle do Equador, em 1º de outubro, no estádio Mário Kempes, em Córdoba, na Argentina.
    O bi no torneio mimaria uma legião carente de conquistas. As últimas são a Sul-Americana (2012) e o Paulistão (2021).

    Quarto no ranking, o Palmeiras é o mais próximo de satisfazer o patrimônio de 9,8% de fanáticos pelo clube. A 12 rodadas do fim do Brasileirão, ostenta vantagem de oito pontos sobre o vice-líder Internacional. Portanto, o 11º título na conta unificada da CBF, ou seja, levando-se em conta Taça Brasil, Robertão e Série A, parece questão de tempo.

    Para se ter uma ideia do potencial dos quatro times mais populares do país, dois deles podem influenciar eleições apertadas. A final da Sul-Americana é na véspera do primeiro turno. Tricolores invadirão Córdoba. A decisão da Libertadores ocorre na véspera do segundo turno. A “nãação rubro-negra” se mobiliza para ir a Guayaquil. Haja justificativa de voto!

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/17/interna_opiniao,373652/o-ano-das-maiores-torcidas.shtml)

    O texto nos remete ao Genial e Insuperável Mané Garricha:

    Tá legal, seu Feola… mas o senhor já combinou tudo isso com os russos”
    — após o técnico brasileiro na Copa de 1958, Vicente Feola, fazer a preleção detalhada de como seria cada lance da partida contra a URSS
    . . .
    “Cadê você?. . .”
    https://www.youtube.com/watch?v=kXEGIAdc_sc

  28. Miguel José Teixeira

    . . .”O Mensalão movimentou, em quatro anos, R$ 101,6 milhões, enquanto o Congresso Nacional reservou, para 2023, R$ 19 bilhões ao Orçamento Secreto.”. . .

    “Orçamento Secreto”
    (Por Severino Francisco, Crônicas da Cidade, CB, 16/09/22)

    Por quê as excelências da Câmara dos Deputados legislam de costas para o país, aprovam um verdadeiro pacote da destruição ambiental, liberam o garimpo em terras indígenas, são indiferentes ao desmatamento de nossas florestas, ignoram os ataques à democracia, não se opõem à proposta de flexibilização das armas, permitem cortes de verbas para a educação, transigem com atos contra a saúde pública e tripudiam dos interesses coletivos?

    A resposta a esse claro enigma chama-se Orçamento Secreto. Ele é um dos maiores inimigos da democracia, pois corrompe as relações entre o Executivo, a Câmara dos Deputados e o Senado. Transforma o Congresso em puxadinho do presidente. O Mensalão movimentou, em quatro anos, R$ 101,6 milhões, enquanto o Congresso Nacional reservou, para 2023, R$ 19 bilhões ao Orçamento Secreto.

    O próximo presidente eleito, seja ele quem for, ficará nas mãos das excelências. Para abastecer ao Orçamento Secreto, o governo fez um corte de 60% no dinheiro reservado para a Farmácia Popular, que fornece remédios para asma, diabetes e hipertensão. Eles podem faltar no próximo ano.

    É preciso enfatizar que as emendas parlamentares são um instrumento legítimo, previsto na Constituição. Elas podiam ser individuais, de bancada ou de comissão, regidas por regras que permitem o controle, a fiscalização e a lisura do processo. Enquanto isso, o Orçamento Secreto fere, frontalmente, o princípio republicano da transparência. As emendas previstas na Constituição exigem identificar os nomes, os limites e os destinos do dinheiro público.

    No Orçamento Secreto, tudo fica nas mãos de um relator, que decide, de maneira imperial, o montante das verbas, o beneficiário e o local para onde o nosso dinheiro irá. É algo que favorece as negociações nebulosas dos governantes em troca de votos no parlamento e a corrupção mais desenfreada.

    É possível, inclusive, indicar pessoas, entidades e órgãos fora do Congresso. Esses dados ficam ocultos, são negociados na informalidade, sem qualquer forma de controle. O Estadão fez uma série de reportagens que denunciaram a ilegalidade.

    Algumas excelências reagiram e disseram que as informações não poderiam ser reveladas, pois colocariam em risco o Estado ou a honra de suas famílias. Só faltaram decretar sigilo de 100 anos. Melhor se tivessem dito a segurança pessoal. Os jornalistas flagraram superfaturamento em tratores, caminhões de lixo, ambulâncias e ônibus escolares.

    Neste instante, o Orçamento Secreto é o maior inimigo da democracia. Sem ele, as excelências teriam um mínimo de compromisso com o mandato, os eleitores e a própria imagem pública.

    Mas, encerrados na bolha do Orçamento Secreto, os nossos representantes votam as coisas mais absurdas, na certeza da impunidade. É preciso criar uma frente ampla contra essa imoralidade, pois ela é uma fonte permanente de corrupção da democracia. Permite a volta dos currais eleitorais em pleno século 21.

    Enquanto subsistir, será muito difícil para qualquer governante enfrentar os grandes desafios do país. Todos precisam saber que o Orçamento Secreto drena verbas da educação, do SUS e da construção de casas para famílias de baixa renda. No entanto, existe uma arma poderosa contra essa modalidade fraudulenta de fazer política: o seu voto.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/09/16/interna_cidades,373613/cronica-da-cidade.shtml)

    Já imaginaram o Brasil, de novo nas mãos do ex presidiário lula, patrono dos “mensalão” & “petrolão”, comandando o “secretão”?

    Não há viúva que aguente!

    1. Miguel José Teixeira

      A falecida “Galega” “se-contentava-se” com uma “estrela vermelha” nos jardins do Palácio da Alvorada”!
      Já a tal “janja boca de garoupa”, seguramente, é bem mais ambiciosa! À julgar pelo batom que ela usa!

  29. Miguel José Teixeira

    “Adeus e até logo”
    (Por Diogo Mainardi, o Antagonista, 16/09/22)

    A Fênix é aquele pássaro mitológico que renasce periodicamente. Simboliza a busca pela eternidade, miragem demasiado humana que começou lá no Egito antigo, prosseguiu na Grécia e em Roma e se perpetuou nas religiões que sobrevivem até hoje. Em O Livro dos Seres Imaginários, Jorge Luis Borges compila os cálculos dos prazos de cada uma das vidas da Fênix:

    “Tácito e Plínio retomaram a prodigiosa história; o primeiro corretamente observou que toda antiguidade é obscura, porém que uma tradição fixou o prazo da vida da Fênix em mil quatrocentos e sessenta e um anos. Também o segundo investigou a cronologia da Fênix; registrou que, segundo Manillo, ela vive um ano platônico, ou ano magno. Ano platônico é o tempo de que necessitam o Sol, a Lua e os cinco planetas para voltar à sua posição inicial; Tácito, no Diálogo dos Oradores, o faz abranger doze mil novecentos e noventa e quatro anos comuns. Os antigos acreditavam que, completado esse enorme ciclo astronômico, a história universal se repetiria em todos os seus detalhes, por se repetirem os influxos dos planetas; a Fênix viria a ser um espelho ou imagem do universo. Para maior analogia, os estoicos ensinaram que o universo morre no fogo e renasce do fogo e que o processo não terá fim e não teve princípio.”

    O mito da Fênix me ocorreu enquanto pensava neste último artigo para a Crusoé. Não pela miragem da eternidade, que nunca cultivei, mas porque, na minha existência finita de homem sem sonhos, fui morrendo e renascendo a cada década, desde que fiz 20 anos, quando começou a minha vida adulta. Sou uma Fênix apenas de mim mesmo, com um princípio bem preciso, prazos decenais e um fim que será o derradeiro.

    Agora, aos 60 anos, deixo os meus dois filhos editoriais, O Antagonista e a Crusoé. Como escrevi no Twitter, chegou a hora de andarem sem mim. Deixar que os filhos adquiram autonomia implica a morte de um papel paterno. Mas também significa o renascimento de um pai que observará de longe como os filhos se comportarão, na torcida para que trilhem o próprio caminho sem maiores percalços, e que ele seja bom e longo. Não há melhor legado.

    Só tenho a agradecer aos leitores que me acompanharam aqui, semana após semana. Se, por um breve momento, eu os fiz refletir, rir e se emocionar, conquistei algo de muito valioso para mim.

    Adeus e até logo. Fênix enquanto der.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/crusoe/adeus-e-ate-logo/?utm_campaign=SEX_MANHA&utm_content=link-836117&utm_medium=email&utm_source=oa-email#)

    Saúde, Diogo Mainardi!
    . . .
    Tantas veces me mataron
    Tantas veces me morí
    Sin embargo estoy aquí
    Resucitando
    . . .
    Dom León Gieco:

    https://www.ouvirmusica.com.br/leon-gieco/994999/

    Seriam as nossas cigarras as Fênix da mitologia?

  30. Miguel José Teixeira

    Vem aí. . .o ministério da jogatina!

    “Um prêmio de 60 anos”
    (Por Taísa Medeiros, Caderno Brasil, CB, 16/09/22)

    Seis décadas depois do primeiro sorteio organizado pelo Estado, Loterias Caixa comemora o recorde de arrecadação em 2022, com R$ 9,5 bilhões investidos para a sociedade e planos de diversificar as modalidades de apostas

    Há seis décadas, as Loterias Caixa começaram a trajetória rumo à consolidação, junto ao Estado, de um sistema de sorteios regulamentado e com amplo papel social. Ontem, a entidade responsável pela realização de apostas comemorou 60 anos de atividade com projeções positivas e ambiciosas para as próximas décadas — especialmente no âmbito do fomento às políticas de inclusão.

    Somente no último mês de julho, foram R$ 730.555,00 repassados para projetos de cunho social — R$ 145.628,00 para segurança pública; R$ 132.599,00 revertidos à iniciativas do esporte; R$ 27.696,00 para projetos voltados para educação, dentre outras. Com a tendência de crescimento das Loterias, o papel social dessas iniciativas também será ampliado. Os repasses a projetos sociais são assegurados pela legislação brasileira.

    Esse desempenho é comemorado dentro da instituição. “As loterias Caixa, neste ano de 2022, vão arrecadar cerca de R$ 20 bilhões. Recorde absoluto. E o mais bacana disso é que quase metade desse valor — mais de R$ 9,5 bilhões — são direcionados para os programas sociais das áreas prioritárias do governo federal: saúde, educação, previdência, cultura, esporte, e várias outras”, salienta o vice-presidente Agente Operador da Caixa, Edilson Carrogi. “O dinheiro que a loteria angaria traz valor social para todo mundo. Inclusive pra quem nunca fez uma aposta”, acrescentou.

    Para além dos repasses previstos na Constituição, o papel social das loterias perpassa pelo patrocínio a iniciativas de inclusão social. Com normas mais flexíveis, as Loterias Caixa prezam por fomentar, com essa verba, projetos que deem oportunidade a jovens das periferias a terem contato com modalidades esportivas e culturais, por exemplo. “A loteria entra com recurso de forma responsável, porque não é distribuir dinheiro, é apoiar projetos consistentes”, explica Carrogi. Ele cita o exemplo do patrocínio à Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, localizada em Joinville (SC). “A escola recebe, fornece material, fornece a educação para dança, mas também educação formal, e acaba formando não só bailarino não, forma o cidadão”, detalha o executivo.

    Regulamentação

    O cenário de jogos e sorteios no Brasil pode ser ampliado em breve. No Congresso Nacional, tramita o projeto de lei que regulamenta os jogos de azar. A proposta deverá contribuir também para o aumento da arrecadação das Loterias, uma vez que ajudará a abarcar mais modalidades dentro do escopo de jogos oferecidos aos apostadores. O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados em fevereiro deste ano, mas nunca foi apreciado pelos senadores devido ao período de campanha eleitoral.

    Caso vire lei, a tendência é que as Loterias Caixa abracem junto com o Estado brasileiro a regulamentação das novas modalidades. “No segmento de jogos, é a Caixa que tem experiência, credibilidade e a história. Nós é que temos as melhores condições de estarmos juntos com o Estado brasileiro nessas novas modalidades”, destaca Carrogi. Para tanto, a entidade contará com os 13 mil empresários que a representam de Norte a Sul, de Leste a Oeste no país.

    A capilaridade das lotéricas, para alcançar apostadores de todas as regiões, classes e perfis, é uma das ambições da entidade. No que se refere aos valores das apostas, Carrogi garante que está nos planos trazer de volta jogos mais acessíveis — como as raspadinhas, no valor em torno de R$ 1. “Tem mercado para várias faixas de preço e de premiação. Temos uma área de inteligência e desenvolvimento de produtos de loterias, que estuda o mercado, estuda diversas possibilidades e a gente tem muita coisa boa na esteira, para ser pensado, para ser construído”, assegura Carrogi.

    À frente da entidade que confere segurança e credibilidade às loterias no Brasil, o executivo considera um amplo horizonte para a atividade. “A Caixa tem muito a oferecer pro Brasil nessa vertente de loterias. A loteria é um serviço público, tem de estar disponível para todos os cidadãos, onde quer que eles estejam”, finaliza.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/brasil/capa_brasil/)

  31. Miguel José Teixeira

    Atenção Catarinenses!

    Segundo consta, o ex presidiário lula estará em nosso Estado, no domingo. Portanto, não deixem nada de valor “dando sopa”. Senão. . .

    Atenção garanhuenses!

    Segundo consta, só para provocar o belzebu de Garanhuns, o capitão zero zero visitará sua cidade amanhã. Previnam-se com muito sal grosso, alho e cebola. . .

  32. Miguel José Teixeira

    O que existe em comum entre horóscopo e pesquisas eleitorais? Ninguém acredita mas todos os leêm!

    2 drops da Coluna Brasília-DF, CB, 16/09/22, por Denise Rothenburg, com comentário do Matutildo:

    1) “Paciência esgotada”
    Alguns institutos de pesquisa estão com problemas para conseguir realizar suas consultas. É que o eleitor está cansado de ter que responder todas as semanas aos levantamentos das mais diversas empresas. E para os próximos 15 dias, vai ficar pior.

    Huuummm. . .há algo de podre no reino das pesquisas! Eu nunca fui entrevistado. No entanto, a nota nos indica que muitos eleitores já foram entrevistados mais de uma vez. . .

    2) “Discrição é a palavra”
    As qualitativas de diversas campanhas detectaram que, hoje, o eleitor está mais quieto do que de costume. E num cenário assim, o 2 de outubro ficará muito mais difícil de captar.

    Também, pudera! A divergência de opinião sobre o candidato está levando à morte. . .

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/16/interna_politica,373627/brasilia-df.shtml)

  33. Miguel José Teixeira

    . . .”No Dia da Democracia, presidente do STF, ministra Rosa Weber, pede fortalecimento das instituições e do Estado democrático de direito. Magistrada prega respeito às minorias e enfatiza que Corte é a guardiã da Constituição.”. . .

    “Defesa de diálogo e tolerância”
    (Por Luana Patriolino, Opinião, CB, 16/09/22)

    Diálogo, tolerância e respeito. Essas foram as palavras enfatizadas pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, no seu discurso em defesa ao Estado democrático de direito. A ministra abriu a sessão da Corte, ontem, com uma homenagem ao Dia da Democracia. Ela também fez declarações em prol das minorias.

    “Refletir sobre democracia não é mero exercício teórico, mas necessidade inadiável, que a todos se impõe. Não se resume a ela, a democracia, a escolhas periódicas, por voto direto, secreto e livre, de governantes. Democracia é muito mais, englobando diálogo, tolerância e respeito às minorias, em especial as mais vulneráveis”, disse.

    A ministra pregou que “saibamos todos defender a democracia enquanto valor inegociável e aperfeiçoá-la continuadamente, fortalecendo as nossas instituições e o Estado democrático de direito”.

    Rosa Weber também defendeu respeito e harmonia entre os Poderes, destacando que o Supremo é o guardião da Constituição. “Considerando, em especial, que a defesa da jurisdição constitucional e da integridade da ordem democrática constitui o norte de nossa gestão, neste 15 de setembro, reafirmo a nossa fé em nosso regime democrático, consagrado em nossa Constituição Federal, de que o STF tem a guarda por expresso comando constitucional”, ressaltou.

    Na segunda-feira, durante a cerimônia em que foi empossada como presidente do STF, a magistrada repudiou discurso de ódio e pediu respeito à democracia. “Sejam as minhas primeiras palavras a de reverência incondicional à autoridade Suprema da Constituição e das leis da República, de crença inabalável na superioridade ética e política do Estado democrático de direito”, disse na ocasião.

    O ministro Alexandre de Moraes também se manifestou na sessão de ontem. “A democracia não se resume à escolha de tempos em tempos dos representantes, ela significa mais do que isso. Significa respeito às instituições, aos direitos fundamentais, respeito à igualdade social. Democracia significa respeito à separação de Poderes”, frisou.

    Mais cedo, Moraes também comemorou a data no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual é presidente. “Importantíssimo, no tribunal da democracia, recordarmos que o Brasil vive o maior período de estabilidade democrática desde o início da República. A Constituição de 1988 confirmou a redemocratização, vinda com o governo civil do presidente José Sarney, e previu importantes mecanismos para a garantia da democracia”, afirmou.

    Nações unidas
    A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 e celebra a Declaração Universal da Democracia, assinada por representantes de 128 países.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/16/interna_politica,373597/defesa-de-dialogo-e-tolerancia.shtml)

    Matutando bem…

    Dedicar um só dia à Democracia não seria um ato anti democrático?

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