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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLXXIV

24 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLXXIV”

  1. Miguel José Teixeira

    “. . .a proposta simplifica cinco tributos: IPI, PIS e Cofins (federais); ICMS (estadual); e ISS (municipal). Dois impostos sobre valor agregado serão criados: um, gerenciado pela União (CBS), e outro, com gestão compartilhada entre estados e municípios (IBS).”. . .

    “Reforma tributária é travessia do Rubicão”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 07/07/23)

    A expressão “atravessar o Rubicão” representa uma decisão de alto risco e sem volta, que pode mudar o curso da História, como a de Julio César às margens do pequeno curso d’água na Itália setentrional, que corria para o Mar Adriático, ao Norte de Ariminium (Rimini), em 49 a.C. O general romano estava proibido de entrar em Roma com suas tropas, mas decidiu correr o risco político de pôr os soldados em marcha e desafiar o Senado. Apesar da guerra civil entre suas forças e as de Pompeu, o Grande, dessa audácia nasceu o Império Romano. A expressão em latim “alea jacta est”, ou seja, “a sorte está lançada”, com a qual resumiu sua decisão, é usada até hoje.

    A aprovação da reforma tributária tem esse caráter, é uma mudança na estrutura de arrecadação e financiamento do Estado brasileiro — União, estados e municípios —, que está sendo saudada pelos agentes econômicos como o mais importante fator de recuperação da produtividade de nossa economia desde o fim da hiperinflação, com o Plano Real, nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Por um dos caprichos da História, coube a um presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao líder político do Centrão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tecer a aliança mais estratégica para os rumos da economia brasileira.

    Segundo o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, todos os setores vão se beneficiar em médio e longo prazos. “Essa loucura de 27 legislações enormes vai acabar. A estrutura do próprio imposto vai ser simplificada. Isso tem imensas vantagens. A maioria dos municípios vai se beneficiar”. Armínio destaca que o Congresso já fez outras reformas importantes: a Trabalhista, da Previdência e o Marco Legal do Saneamento.

    Houve muita articulação em Brasília no decorrer da semana para a votação da proposta. O governo liberou R$ 2,1 bi em emendas de bancadas, às vésperas das votação, para satisfazer os políticos do Centrão e de sua própria base. No frigir dos ovos, foi preciso quebrar a resistência de governadores e prefeitos, o que ocorreu graças a uma aproximação entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que o derrotou nas eleições de 2022 ao Palácio dos Bandeirantes.

    O acordo com o ministro petista gerou uma grande crise entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, seu ex-ministro e principal aliado na maior unidade da Federação. Tarcísio ainda tentou evitar o conflito e foi à reunião da bancada do PL a convite do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, para explicar o acordo que foi feito. Acabou vaiado e confrontado por Bolsonaro e seus aliados, entre os quais, o deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente do governo passado, que deseja ser candidato a prefeito de São Paulo. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente, é desafeto declarado do governador paulista.

    Centrão
    Outra crise ocorreu com o União Brasil, após o ministro da Comunicação, Paulo Pimenta (PT-RS), anunciar que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (RJ), que está de malas prontas para deixar a legenda, permaneceria no cargo. Quem administrou o estresse foi o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que, no final da tarde, comunicou que o presidente Lula se reunirá com os líderes da legenda para confirmar a nomeação do deputado Celso Sabino (União-PA) como novo ministro da pasta. Padilha revelou que Lula já havia se reunido com a deputada e o marido dela, o prefeito Waguinho, de Belford Roxo (RJ), para agradecer seu trabalho à frente da pasta e explicar as razões políticas da mudança, cujo objetivo é assegurar mais votos do União na Câmara, onde o partido tem 59 deputados.

    A oposição esperneou em plenário, principalmente, os líderes do PL e do Novo, mas foi derrotada na tentativa de adiar a aprovação da reforma. O presidente da Casa, Arthur Lira, deixou a Mesa para ir à tribuna defender a reforma e rebater as críticas ao fato de o relatório final do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) ter sido apresentado ao Plenário por volta das 18h30. Por se tratar de uma alteração na Constituição, a reforma precisa de votação em dois turnos, com 308 votos favoráveis, no mínimo.

    Após muitas negociações, a proposta simplifica cinco tributos: IPI, PIS e Cofins (federais); ICMS (estadual); e ISS (municipal). Dois impostos sobre valor agregado serão criados: um, gerenciado pela União (CBS), e outro, com gestão compartilhada entre estados e municípios (IBS). A composição do Conselho Federativo da proposta terá 14 representantes, com base nos votos de cada município, com valor igual para todos; e 13 representantes, com base nos votos de cada município ponderados pelas respectivas populações.

    Vários setores serão beneficiados com redução de alíquotas de até 60%: transporte coletivo rodoviário, ferroviário e hidroviário, de caráter urbano, semiurbano, metropolitano, intermunicipal e interestadual; medicamentos; dispositivos médicos e serviços de saúde; serviços de educação; produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura; insumos agropecuários, alimentos destinados ao consumo humano e produtos de higiene pessoal; atividades artísticas e culturais nacionais; produções jornalísticas e audiovisuais; dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência; e medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/07/07/interna_politica,386342/nas-entrelinhas.shtml)

  2. Miguel José Teixeira

    . . .e durma com um barulho desses!!!

    . . .”Ofereci o texto da reforma ao presidente Jair Bolsonaro, em 2019, e ele não entendeu a importância”.. . .

    “Hauly, o outro pai”
    O deputado Luís Carlos Hauly (foto), do Podemos-PR, que assumiu o mandato depois da cassação de Deltan Dallagnol, é o outro pai da reforma, que aguarda a aprovação há quase 30 anos. Ele estava tão feliz que alguns bolsonaristas convictos olharam para ele meio desconfiados. “Essa turma que chegou agora acha que sou de esquerda. Não sabem que votei a favor do impeachment da Dilma. Ofereci o texto da reforma ao presidente Jair Bolsonaro, em 2019, e ele não entendeu a importância”.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/07/07/interna_politica,386345/brasilia-df.shtml)

  3. Miguel José Teixeira

    . . .”Hoje, o Mercosul é apenas um fórum político sem relevância prática. A tão sonhada economia de escala não se efetuará por mãos de dirigentes políticos que buscam outros objetivos.”. . .

    “Um bloco em destaque”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 07/07/23)

    Desde a criação, em março de 1991, o Mercosul anda à procura de uma identidade e de uma unificação comercial, que, de fato, não se realizou plenamente, pois, como se sabe, o mundo político que comanda esse bloco regional, por suas idiossincrasias, tem sido o grande empecilho ao deslanche desse mercado comum. O que surpreende é que ninguém, até aqui, tenha chamado a atenção para esse aspecto. Fosse entregue em mãos de empresários e de livres negociadores, o Mercosul seria outro e seus efeitos sobre a economia da América do Sul despertariam a inveja no restante do planeta.

    Sob o comando de políticos, uma coisa é certa: seu futuro será igual ao seu presente e seu destino será a irrelevância. Nesse quesito, faz bem a União Europeia em não fechar acordos com o bloco, pois sabe que a insegurança política regional, seus desejos e interesses passam longe do que necessitam mercados realmente liberais e abertos.

    A união plena requer renúncias e liberdades que o mundo político e, sobretudo, a ala de esquerda desconhece e abomina. O mercado, por características próprias, é um lugar não geográfico que pressupõe o livre comércio e a livre manifestação de ideias e de boa vontade. Tudo o que vemos rechaçado ultimamente. Com isso, o Tratado de Assunção, criando o bloco, permanece como letra inerte no papel e assim ficará até que haja um acordo político entre as partes, o que significa que jamais será acertado.

    Faltam maturidade política das partes e real intenção de realização de acordos. O que se tem até o momento são países, a maioria em péssimas situações em suas economias internas, que estão no bloco em busca de socorro para a falência geral. É o que se pode chamar de bloco dos sujos. Chamem os economistas realmente liberais para refazerem os tratados de livre comércio, deixem a gestão desses acordos entregues nas mãos de técnicos balizados e veremos o Mercosul alçar voo com suas próprias asas.

    O potencial econômico do continente sul-americano é conhecido. Não por outro motivo, os chineses vieram para essas bandas para explorar as riquezas e seu mercado. Sobram falações políticas e falta a publicidade de acordos de comércio e de mercado. Deem autonomia política ao bloco, e ele encontrará o lugar que lhe pertence na economia global.

    Hoje, o Mercosul é apenas um fórum político sem relevância prática. A tão sonhada economia de escala não se efetuará por mãos de dirigentes políticos que buscam outros objetivos. Exemplo desse descompasso pode ser visto agora, com a possível aprovação da reforma tributária como quer o governo brasileiro.

    Como conciliar as cláusulas, nitidamente centralistas da economia, com o livre mercado? Mercados comuns, por suas características liberais, caminham para um lado. A reforma tributária, por seus aspectos que apontam para o controle da União sobre os entes federados, caminha em sentido oposto, de encontro aos desejos de fechamento político e econômico.

    Esquerdas políticas e livre comércio não combinam e são diametralmente opostas. Uma fala em controle e centralismo, outra busca abertura e liberdade. O que temos até aqui, a despeito de alguns avanços tímidos, são pantomimas num teatro de faz de conta, onde os presidentes de cada país se encontram, fazem seus discursos enfadonhos, sem lastro ou credibilidade fática para no livre comércio, permanece a situação de inércia do bloco, atado a crendices e ideologias do século passado. As poucas vozes que se ouvem nessas reuniões, clamando pela racionalidade, são tomadas como excêntricas e dissonantes. A continuar nessa toada anacrônica, o Mercosul continuará a ser apenas um clube de políticos regionais, sem perspectiva e longe de uma economia de mercado ou de um modelo próximo ao que representa, hoje, a União Europeia.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/07/07/interna_opiniao,386320/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  4. Miguel José Teixeira

    De capitão zero zero à recruta zero!

    Sem mandato, inelegível, tosco, sem jogo de cintura e enroladíssimo em negócios suspeitos, seguramente o mito definhou!

    E não deixará saudades!

  5. Miguel José Teixeira

    O Matutildo e a reforma tributária:

    1) A pergunta que o inelegível capitão zero e suas viúvas estão à fazer:
    O que haddad teria PromeTido ao Tarcísio, para ele aderir a reforma tributária?

    2) Lula liberar “zilhões” em emendas na véspera, faz parte do jogo. Agora comPeTe à certas “otoridades” a fiscalização de sua correta aplicação.

    3) Sinistramente, sinistra!
    A suspenção da investigação que envolve aliados de Lira, pelo CEO do SuTriFe. Estaria ele refém da corja vermelha?

    No mais, segue com o féretro que a viúva é rica e os abastecedores de seus cofres são mansos e sofrem de amnésia crônica!

  6. Miguel José Teixeira

    O sonho dourado da dupla presidencial lula/janja & corja vermelha!

    . . .”Assembleia Nacional, de maioria governista, aprova duas reformas que transformam a força de segurança em corpo armado e político a serviço do presidente. Especialistas e opositores temem que medidas intensifiquem a repressão e a perseguição.”. . .

    Ortega busca controle absoluto da polícia
    (Rodrigo Craveiro, CB, 06/07/23)

    Há 16 anos no comando da Nicarágua, o presidente Daniel Ortega deu um passo a mais para reprimir a dissidência, sufocar focos de insatisfação dentro da Polícia Nacional e reforçar o próprio poder. Controlada pelo partido governista Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), a Assembleia Nacional aprovou reformas da Constituição Política e da Lei Orgânica da Polícia. De acordo com especialistas e opositores, as duas medidas, que tramitaram em caráter de urgência, legalizam o controle absoluto de Ortega sobre a Polícia Nacional e eliminam o caráter profissional, civil, apolítico e aparidário da instituição.

    O novo texto do artigo 97 da Constituição Política estabelece que “a Polícia Nacional é um corpo armado, subordinado ao presidente da República, encarregado de proteger a vida dos habitantes do país; preservar a ordem social e interna; garantir a segurança das pessoas e das instituições; exercer a prevenção, a perseguição e a investigação do delito; e prestar auxílio necessário às autoridades civis e judiciais para o cumprimento do desempenho de sua funções”. Ele começará a vigorar na próxima Legislatura, em 2024, após ratificação. Por sua vez, a nova Lei Orgânica da Polícia determina que aqueles policiais que descumprirem seus deveres ou que desertarem estarão sujeitos a pena de até três anos de prisão.

    Diretora do Centro de Estudos Transdisciplinares da América Central, a nicaraguense Elvira Cuadra disse que as reformas aprovadas mudam a natureza da Polícia Nacional. “Elas transformam uma instituição nacional em aparato de repressão e de controle. Também aumentam as ameaças e pressões sobre os policiais para que não desertem”, afirmou ao Correio. Na análise de Cuadra, as mudanças extinguem o caráter civil da Polícia Nacional, que passa a ser apenas um corpo armado. “São um passo adiante na radicalização autoritária da Nicarágua”, alertou.

    Por sua vez, Enrique Saenz, analista político nicaraguense exilado na Costa Rica e ex-deputado da Assembleia Nacional, classificou as duas reformas como “palhaçada”. “Com lei ou sem lei, com reformas ou sem reformas, a Polícia Nacional encontra-se sob controle absoluto de Ortega há quase uma década”, ironizou, por telefone. “Ao longo dos anos, Ortega mostrou que não respeita a Constituição, as leis ou os compromissos internacionais. A Polícia Nacional se converteu em um instrumento repressivo. Isso não é mais do que uma cortina de fumo do regime”, acrescentou.

    Máfia
    Saenz adverte que Ortega busca levar a repressão para dentro da própria Polícia Nacional e se antecipar a repercussões, no interior da instituição, das recentes deserções de oficiais que fugiram para os EUA. “A reforma da Constituição é pura pantomima”, criticou. Ele acusou Ortega de encabeçar uma máfia que se apoderou da totalidade das instituições do Estado, incluindo os corpos repressivos, embolsou uma”formidável fortuna” e mergulhou na impunidade. “Não existe, por aqui, um projeto político, de mudança, de esquerda ou progressista. O que ele tem implantado é um Estado mafioso. Com o dinheiro, essa máfia corrompe a cúpula do Exército, da Polícia Nacional e do Poder Judiciário. Ortega não é uma ditadura, mas uma máfia que controla a totalidade do Estado e deseja manter-se no poder a ferro e fogo.”

    Félix Maradiaga, principal líder da oposição na Nicarágua, explicou ao Correio que a reforma dentro da Polícia Nacional tem sido discutida dentro dos círculos sandinistas desde abril. “Ortega vem fazendo uma série de mudanças que implicam na remoção de oficiais da Polícia Nacional sem nenhuma explicação e na reincorporação de antigos oficiais, que estavam aposentados. Membros do Partido Sandinista, que tinham uma posição política de liderança, foram excluídos, recentemente, do círculo íntimo de Ortega. Isso quer dizer que, dentro da Polícia Nacional, existe uma corrente que não está muito contente com Ortega; inclusive, em janeiro passado, o ex-comissário Adolfo Marenco, encarregado da inteligência policial, foi investigado em um processo de auditoria interna”, afirmou.

    Para Maradiaga, Ortega também busca acelerar um novo modelo político policial, o qual desmonta a reforma da polícia dos anos democráticos da Nicarágua. “A Polícia Nacional nasceu em 1979 com o nome de Polícia Sandinista. Em sua origem, ela se sujeitava ao partido político e ao governo da Frente Sandinista. Entre 1990 e 1996, houve várias transformações. A polícia mudou de nome e passou a ser subordinada a um ministro civil. Isso permitiu à Assembleia Nacional (Parlamento) ter um maior controle para fazer auditorias na instituição, que era menos militar e menos política”, observou o opositor. Ele acredita que Ortega busca retomar o velho modelo da Polícia Sandinista. “Nesse modelo, a polícia é mais política e tem vínculos mais próximos com os sandinistas, além de não se subordinar a autoridades civis”, disse Maradiaga.

    Sanções severas
    Ainda de acordo com ele, Ortega ordenou a aplicação de sanções mais severas à insubordinação policial. “Qualquer chefe policial que fizer qualquer crítica ao governo de Ortega poderá ser condenado a vários anos de prisão”, afirmou Maradiaga. A reforma policial coincide com várias renúncias ocorridas, recentemente, entre os oficiais de baixas patentes. “Alguns oficiais da polícia renunciaram e chegaram aos Estados Unidos nos últimos dias. Também é importante lembrar que, em 9 de fevereiro passado, Ortega libertou 222 presos políticos, os deportou para os EUA e retirou-lhes a nacionalidade. Havia dois policiais nesta leva”, lembrou o nicaraguense, que figura nas pesquisas de opinião como a principal liderança da oposição.

    O medo impede muitos opositores de falar. “Aqueles de nós, que permanecemos na Nicarágua, não podemos nos pronunciar sobre nenhum tema político que diga respeito ao governo. Somos uma oposição silenciada. Espero que me compreenda e, por favor, não cite meu nome”, afirmou um deles, ao rejeitar um pedido de entrevista do Correio. Ele prefere não especular em torno de uma suposta “grande insubordinação” dentro da Polícia Nacional. “O que temos são pequenas mostras de insatisfação, porém, muito preocupantes para Daniel Ortega”, disse.

    Eu acho…
    “A Polícia Nacional tem sido a principal instituição à frente da repressão. As reformas policiais buscam dar maior eficiência repressiva à polícia frente ao cenário de novos protestos e torná-la mais funcional em seu caráter de polícia política. Na condição de ex-preso político, depois de ter sido interrogado 400 vezes, durante 611 dias no cárcere, todos os meus interrogatórios foram políticos. Jamais me fizeram perguntas legítimas sobre delitos. As perguntas eram sobre minha ideologia, minha opinião em relação aos EUA, e por que eu tinha escrito artigos opinativos. Pude confirmar que a Polícia Nacional da Nicarágua é, totalmente, política.” (Félix Maradiaga, ex-preso político e principal líder da oposição na Nicarágua)

    Bispo é libertado e preso 48 horas depois
    Em 10 de fevereiro passado, o monsenhor Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa (centro-oeste), foi preso e condenado pela Justiça da Nicarágua a 26 anos de prisão por “danos à integridade nacional”. Quatro meses depois, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) exigiu a “libertação imediata” do religioso. Em recente viagem à Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que conversaria com o homólogo nicaraguense, Daniel Ortega, para pedir a soltura do bispo. “A Igreja está com problemas na Nicarágua, porque tem padre e bispo presos, e a única coisa que a Igreja quer é que a Nicarágua libere o bispo”, disse Lula, que teria prometido ao papa Francisco dialogar com Ortega sobre o tema. Ontem, circularam rumores de que Álvarez teria deixado a prisão. O jornal Confidencial, de Manágua, publicou que negociações entre o Vaticano, a Conferência Episcopal da Nicarágua e o regime Ortega fracassaram. Segundo o diário, Álvarez chegou a ser solto, no início desta semana, mas voltou a ser trancafiado na cela de segurança máxima da prisão Modelo, na manhã de ontem.

    A advogada nicaraguense Martha Patricia Molina — autora do estudo Nicarágua: uma Igreja perseguida? — contou ao Correio que soube, por meio de fontes do sistema judicial, que o bispo está com a saúde debilitada e que o melhor seria retirá-lo do sistema penitenciário. “No entanto, elas temem erguer a voz e pedir a libertação de Álvarez, ante possíveis represálias nefastas da ditadura”, comentou. “Na realidade, as autoridades nicaraguenses o sequestraram por sua voz profética e por sempre falar com a verdade e à luz do Evangelho.”

    Molina denuncia que a prisão e o julgamento do bispo foram marcados por irregularidades. “O monsenhor Álvarez foi sequestrado por agentes da polícia orteguista e levado a um local desconhecido, em violação aos seus direitos. A detenção somente pode ocorrer com mandado judicial, exceto em caso de flagrante delito”, afirmou. “Durante os 135 dias de sequestro, ele não foi informado das acusações. Quarenta e oito horas depois da detenção, Álvarez teria que ser colocado em liberdade. O princípio da presunção de inocência jamais foi respeitado. O religioso sempre foi tratado como delinquente. Além disso, o julgamento não foi nem oral, nem público.”

    O analista político e ex-deputado nicaraguense Enrique Saenz acredita que a prisão de Álvarez é fruto da “vocação totalitária de Ortega”. “Ele não admite que nenhuma pessoa, organização ou atitude resistam ao seu afã pelo poder. A população da Nicarágua é religiosa e de maioria católica. Dentro da Igreja, há vozes que têm influência sobre a sociedade, uma palavra viva e vibrante. Ortega decidiu, então, encarcerar o bispo Álvarez, que não quis se submeter à vontade do regime e sair do país.”

    Freiras
    No domingo, o regime de Ortega decidiu não renovar a permissão de residência e os documentos de quatro freiras brasileiras que administravam a casa da Fundação Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo, em León (noroeste). As religiosas foram expulsas da Nicarágua e recebidas pela Igreja Católica de El Salvador. “A polícia sandinista as levou à meia-noite, como se fossem delinquentes. Isso é parte da perseguição contra a Igreja Católica”, disse Molina. O Ministério do Interior informou que a ONG, registrada em 2019, foi declarada ilegal por “descumprimento das leis” — o mandato de seu conselho teria expirado em fevereiro de 2021. (RC)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/mundo/capa_mundo/)

  7. Miguel José Teixeira

    . . .”De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), 2019, do IBGE, mais da metade das pessoas de 25 anos ou mais não completaram o ensino médio em nosso país. No Nordeste, três em cada cinco adultos (60,1%) não completaram o ensino médio. Mas o problema maior está na qualidade do aprendizado — dos que concluem, apenas cinco de cada 100 aprenderam o que seria esperado em matemática na rede pública de ensino em 2021 (QEdu.org.br).”. . .

    “Educação: quando vamos acordar?”
    (Mozart Neves Ramos, Titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do Instituto de Estudos Avançados da USP de Ribeirão Preto e professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), CB, 06/07/23)

    Na 35ª edição do relatório produzido pelo International Institute for Management Development (IMD), que traz o ranking da competitividade mundial mensurada em 64 países, o Brasil ficou em 60º lugar, à frente apenas da África do Sul, da Mongólia, da Argentina e da Venezuela. Esses países são os que apresentam problemas institucionais ou estruturais ainda não resolvidos e que os impedem de progredir de maneira contínua. Por seu lado, os cinco primeiros países nesse ranking foram Dinamarca, Irlanda, Suíça, Singapura e Holanda, pois são aqueles considerados com as melhores condições de crescimento próspero. A Irlanda foi um dos principais destaques desta 35ª edição. O país subiu da 11ª posição no ano passado para a segunda posição.
    Outros destaques são a Indonésia, que registrou o maior aumento (de 44ª para 34ª), e a Letônia, a maior queda (de 35ª para 51ª).

    Segundo esse relatório, entre os principais desafios que impedem o Brasil de ocupar uma posição melhor está o de garantir acesso à educação pública de qualidade. No passado, tentava-se apenas garantir o acesso, deixando em segundo plano a questão da qualidade. No novo cenário mundial, a qualidade é condição sine qua non, sem a qual não vamos longe; estaremos alijados de ocupar posições de destaque em qualquer dos principais rankings mundiais tanto de competitividade quanto de quaisquer outros nos quais a educação ocupe papel central, tais como sustentabilidade e inovação.

    Um detalhe importante: os cinco melhores nesse ranking da competitividade estão entre os 20 melhores países (excluindo aqui os resultados de cidades chinesas, como Xangai e Hong Kong) no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

    Como disse, no passado, olhava-se para os anos de escolaridade, pois há uma relação clara entre esse indicador e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos países — não é uma relação linear, mas, sim, exponencial, que se torna mais acentuada a partir dos oito anos de escolaridade. Isso implica a necessidade de concluir não só o ensino médio, mas também o ensino superior.

    De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), 2019, do IBGE, mais da metade das pessoas de 25 anos ou mais não completaram o ensino médio em nosso país. No Nordeste, três em cada cinco adultos (60,1%) não completaram o ensino médio. Mas o problema maior está na qualidade do aprendizado — dos que concluem, apenas cinco de cada 100 aprenderam o que seria esperado em matemática na rede pública de ensino em 2021 (QEdu.org.br).

    No que se refere ao ensino superior, parece que o país ainda não se recuperou dos efeitos da pandemia. Há um claro esvaziamento nos campus universitários, com ampliação dos níveis de reprovação especialmente nas áreas das exatas e tecnologias, que dependem fortemente da proficiência escolar em matemática, e têm enorme dificuldade de trazer novos alunos, ao menos no modelo tradicional de ensino. E vejam que antes da pandemia o quadro do ensino superior já apresentava fortes sinais de desinteresse dos alunos.

    Análises do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, descrevendo a trajetória dos ingressantes em 2011 e monitorando-os até 2020, revelaram que, de cada 100, 59 desistem do curso. Hoje, as universidades particulares, em sua maioria, estão se sustentando com a receita deixada pela medicina, e quem não a tem já apresenta sérias dificuldades para se manter.

    O Brasil precisa urgentemente acordar para a educação. Há uma forte crise que não é mais invisível — pelo contrário, está bem debaixo de nossos olhos; apenas não queremos enxergá-la. Os países mais desenvolvidos estão se reinventando no período pós-pandemia, usando as novas tecnologias no processo de ensino e de aprendizagem e começando a incorporar fortemente a inteligência artificial (IA) à forma como as instituições devem operar e ensinar.

    Enquanto ainda não conseguimos oferecer a nossas crianças uma educação com significado capaz de incorporar as novas habilidades tão necessárias para viver neste cenário disruptivo, as chamadas soft skills, já estão sendo construídos robôs para ter empatia artificial com inteligência emocional, escuta ativa e comunicação acolhedora. Esse trabalho, conduzido pelo cientista Scott Sandland, pretende dar aos robôs com tais habilidades a capacidade de serem terapeutas digitais — como ele diz: “Quando ficamos amigos de alguém, entendemos o valor daquela pessoa, os melhores conselhos a dar, as perguntas que podemos fazer”. Enquanto isso, o Brasil ainda não sabe o que fazer com o nosso ensino médio, e os jovens estão à deriva.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/07/06/interna_opiniao,386278/educacao-quando-vamos-acordar.shtml)

  8. Miguel José Teixeira

    “Agora é que a porca torce o rabo”: a retrogestão lula 3, já começou estufando a máquina pública!

    . . .”Mas não esqueçamos que, para encaminhar a principal preocupação dos empresários e certamente também da sociedade que é a redução da carga tributária, temos que fazer a reforma administrativa e perseguir a eficiência da administração pública.”. . .

    “Como a indústria contribui para um Brasil eficiente”
    (Carlos Rodolfo Schneider, Empresário, CB, 06/07/23)

    O Brasil é um país que tem crescido pouco e de forma errática. A evolução da renda per capita deixa isso claro. Segundo dados do Banco Mundial, de 1980 a 2019, o crescimento acumulado da renda per capita na América Latina foi de 74%; nos EUA, de 95%; nos países do Sudeste Asiático, de 342%; e no Brasil, de apenas 34%. Realmente, não temos o que comemorar nesse cenário.

    De outro lado, observamos aqui o mais intenso processo de desindustrialização do planeta. De acordo com o Banco Mundial, a participação da indústria de transformação no PIB caiu de 21,83% para 10,33% no Brasil, no período de 1991 a 2019. Na Europa, o recuo foi de 18,91% para 15,33%; no Leste da Ásia, de 24,32% para 22,64%.

    Sabemos que os países que passam de um estágio de renda média para um de renda alta enfrentam um processo natural de redução da participação da indústria na economia em função da alteração do perfil do consumo da população, que passa a demandar mais serviços. É um processo gradativo e suave como o da Itália, que caiu de 19,09% para 14,88% no período; da Suíça, de 19,74% para 17,92%; do Japão, de 23,46% para 20,05%; e da Alemanha, de 24,84%para 19,55%.

    Na América do Sul e mais acentuadamente no Brasil, tivemos um processo muito mais forte e prematuro. A indústria saindo de cena antes de o país alcançar o nível de renda alta. Significa que não é a mudança do perfil da demanda que está fazendo recuar a indústria e sim a competitividade da economia, que diminui a capacidade da nossa manufatura de disputar mercados.

    Apesar de uma pequena melhora recente, os rankings de competitividade internacional têm classificado o nosso país numa posição nada confortável. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por exemplo, faz um levantamento do nosso potencial competitivo comparado ao de 17 países, cuja indústria compete mais diretamente com a nossa. No levantamento de dezembro de 2022, ganhamos uma posição, passando do penúltimo para o antepenúltimo lugar.

    O nosso pior desempenho está nos quesitos financiamento, tributação, ambiente macroeconômico, ambiente de negócios, infraestrutura e logística e mão de obra. É o conhecido Custo Brasil, uma bola de chumbo amarrada nos pés da indústria. A carga tributária mais elevada entre os países em desenvolvimento (32,5% do PIB contra média de 24,1% nos demais países do ranking), sistema de impostos caótico, insegurança jurídica, excesso de burocracia, infraestrutura altamente deficiente, baixa qualidade da educação (não por falta de investimento, mas por alocações inadequadas) comprometem a nossa produtividade e capacidade de inovação.

    A reforma tributária que tramita no Congresso Nacional busca resolver ou amenizar o nosso manicômio tributário, o mais complexo, confuso e ineficiente regramento de impostos que existe. Se conseguirmos, será um grande avanço. Mas não esqueçamos que, para encaminhar a principal preocupação dos empresários e certamente também da sociedade que é a redução da carga tributária, temos que fazer a reforma administrativa e perseguir a eficiência da administração pública.

    No momento em que se discutem no país novas regras para buscar o equilíbrio das contas públicas, condição para que a economia possa voltar a crescer de forma mais consistente para que se aumente o PIB potencial, devemos olhar as boas experiências de outros países.

    E elas não deixam dúvidas de que aqueles que buscaram o equilíbrio fiscal e a retomada do crescimento pela redução e pelo aumento da eficiência do gasto público foram muito mais bem-sucedidos do que os que tentaram o caminho mais fácil do aumento dos dispêndios e da arrecadação. Os primeiros tiveram trajetórias mais modestas no início, mas consistentes e aceleradas depois. Os segundos têm escrito histórias de voos de galinha.

    Importante o esforço que o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, vem fazendo em defesa da indústria brasileira e da sua modernização, com incorporação das tecnologias de última geração. Ele sabe bem que a indústria ainda tem papel importante a desempenhar para que possamos entrar no rol dos países desenvolvidos.

    Mas, para que isso possa acontecer, temos que construir uma economia mais competitiva, isto é, um Brasil eficiente. Ele também sabe. Tomara que os seus pares também enxerguem isso.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/07/06/interna_opiniao,386275/como-a-industria-contribui-para-um-brasil-eficiente.shtml)

  9. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 06/07/23)

    …reformas deveriam servir para melhorar a velha casa sem alicerce e não para derrubá-la de vez.

    Matutando bem…
    (Matutildo aqui e agora)

    No caso em referência, derrubá-la de vez seria mais vantajoso!

    1. Miguel José Teixeira

      Por exemplo:
      “Indicado por Bolsonaro blinda Flávio no STJ”
      (Redação O Antagonista, 06/07/23)
      Indicado por Jair Bolsonaro para o STJ, o ministro Messod Azulay negou um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro para retomar a investigação do caso da rachadinha que mira Flávio Bolsonaro.
      (+em: https://oantagonista.uol.com.br/videos/indicado-por-bolsonaro-blinda-flavio-no-stj/?utm_medium=email&_hsmi=265287822&_hsenc=p2ANqtz-86dB4uj_gg5JWdADWF2MlpWJ1IAVVfvVOgd56c8kyMOudjlMYATKDWdWnFj7U640ffj3FHjmgMV_XZ8KH6N5JfzQ8ehA&utm_content=265287822&utm_source=hs_email)

      Não tem perigo da geringonça tupiniquim dar certo!

  10. Miguel José Teixeira

    O festival “lava togas tupiniquim” em Portugal, atinge seu ápice!

    “Irmãos Batista constrangem ministros do STJ e STF em Lisboa”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, DP, 06/07/23)

    Ministros de tribunais causaram saia justa durante recente evento jurídico do Brasil em Lisboa. Na quarta 25 de junho, os irmãos Joesley e Wesley Batista, envolvidos em escândalos que os levaram à cadeia, irromperam na palestra final do 26º Fórum, do ex-presidente Michel Temer. Pareciam se divertir. Joesley logo foi instalado na área de autoridades do auditório lotado. Em seguida, Sidnei Gonzáles, da organização do evento, ordenou que um homem cedesse a poltrona “reservada” a Wesley. O homem era um admirado ministro da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    A rigor, um ultraje
    Vendo-se em pé, enquanto ex-presidiários recebiam tratamento especial, o ultrajado ministro do STJ decidiu abandonar o recinto.

    Provocação
    Joesley gravou e fez acusações que quase destituíram Temer. Sua presença na palestra foi dada como ato de intimidação e provocação.

    Olha quem chegou
    Dias antes, a dupla de irmãos apareceu de repente em confraternização do evento, na casa do empresário Flávio Rocha (Lojas Riachuelo).

    Constrangimento
    Entre os convidados muito constrangidos com a presença inusitada estavam os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, do STF.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/irmaos-batista-constrangem-ministros-do-stj-e-stf-em-lisboa)

    Aos poucos, o rompimento do acordo de reciprocidade pela Ordem dos Advogados de Portugal, vai se clareando!

  11. Miguel José Teixeira

    Será que foi em função de tantos eventos lava-togas brasileiros realizados em Portugal?

    “Portugal rompe acordo de reciprocidade para advogados brasileiros”

    A Ordem dos Advogados de Portugal rompeu, de forma unilateral, o acordo de reciprocidade que facilitava a brasileiros exercer a profissão no país. A decisão, publicada na terça (4), passa a valer nesta quarta (5).

    Presente nos estatutos da entidade portuguesa desde dezembro de 2015, o pacto garantia que advogados brasileiros não precisavam revalidar seus diplomas nem fazer provas adicionais para atuar em território luso, sendo suficiente a inscrição válida e em atividade na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

    Em nota, a entidade justificou a mudança afirmando que há “diferença notória na prática jurídica em Portugal e no Brasil” e citando o que seriam “sérios problemas” de adaptação dos profissionais brasileiros.

    “Existem sérias e notórias dificuldades na adaptação dos advogados brasileiros ao regime jurídico português, à legislação substantiva e processual e às plataformas jurídicas em uso corrente, o que faz perigar direitos, liberdades e garantias dos cidadãos portugueses e dos cidadãos brasileiros”, diz o texto.

    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/07/portugal-rompe-acordo-de-reciprocidade-para-advogados-brasileiros.shtml)

  12. Miguel José Teixeira

    A vida como ela é. . .

    “Talibã ordena fechamento de salões de beleza no Afeganistão”
    (CB, 05/07/23)

    O governo do Talibã anunciou que ordenou o fechamento de todos os salões de beleza no Afeganistão dentro de um mês, uma nova medida para manter as mulheres fora da vida pública. A decisão causará o desaparecimento de milhares de empresas dirigidas por mulheres — muitas vezes o único recurso para suas famílias e um dos últimos espaços de liberdade e socialização para as afegãs.

    “Acho que seria melhor se as mulheres não existissem nesta sociedade”, disse a gerente de um salão em Cabul, que pediu anonimato. “Estou dizendo agora: eu gostaria de não existir. Eu gostaria de não ter nascido no Afeganistão.” Desde que voltou ao poder em agosto de 2021, o Talibã excluiu as mulheres da maioria das escolas de ensino médio, universidades e do serviço público.

    Elas também não podem trabalhar para a ONU e organizações internacionais; acessar parques, jardins, academias ou banheiros públicos; ou viajar sem estarem acompanhadas de um parente do sexo masculino. Também devem cobrir-se totalmente ao sair de casa.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/mundo/2023/07/05/interna_mundo,386226/jornalista-russa-e-gravemente-agredida.shtml)

  13. Miguel José Teixeira

    “Volks faz campanha com Elis Regina e anuncia investimento bilionário no Brasil”
    (Amauri Segalla, Mercado S/A., CB, 05/07/23)

    Há muito tempo uma propaganda não provocava tantas discussões quanto a campanha da Volkswagen para comemorar seus 70 anos de Brasil. Com recursos da Inteligência Artificial, a empresa promoveu um encontro entre a cantora Maria Rita e sua mãe, Elis Regina, que morreu em 1982.

    Segundo a agência AlmapBBDO, responsável pelo vídeo, a IA foi treinada para reconhecer as expressões faciais de Elis e aplicá-la sobre a imagem de uma dublê. O resultado foi emocionante para alguns e assustador para outros. Certamente, chegará o dia em que os algoritmos “ressuscitarão” estrelas do passado para a realização de filmes e até shows — na publicidade, a Volks antecipou-se a esse movimento.

    Para a empresa , a repercussão foi ótima, com intensos debates nas redes sociais. A montadora aproveitou a ocasião para anunciar o plano de investir 1 bilhão de euros no Brasil até 2026 — sua meta é crescer 40% no país nos próximos quatro anos.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/07/05/interna_economia,386238/mercado-s-a.shtml)

  14. Miguel José Teixeira

    5ª coluna, 3ª via e a via de mão única: os eleitores que são apenas detalhes!

    “Lula precisa moderar a retórica para não perder apoio do centro”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 05/07/23)

    Quinta-coluna, a única peça teatral de Ernest Hemingway, autor de O velho e o mar, transporta o leitor aos horrores das batalhas da Guerra Civil espanhola, iniciada em junho de 1936, quando o general Francisco Franco, admirador de Adolf Hitler e Benito Mussolini, líderes do nazifascismo, rebelou suas tropas para derrubar o governo constitucional republicano. Foi mais bem-sucedido do que os que tentaram um golpe e fracassaram na invasão dos palácios dos Três Poderes, em 8 de janeiro, como mostra a série Os pacientes do Dr. Garcia (Netflix).

    Publicado pela Bertrand Brasil, com tradução de Ênio Silveira e capa primorosa, na qual aparece uma víbora peçonhenta, a peça narra o cerco de Madri, que durou três anos, nos quais ocorreram intensos combates. Quatro colunas das forças franquistas avançaram sobre Madri e a mantiveram sob ataque. Entretanto, havia uma força agindo dentro da cidade, que indicava alvos para os bombardeios, realizava atos de sabotagem e assassinatos. Era a chamada quinta-coluna, termo que passou a designar grupos ou indivíduos que atuam sub-repticiamente, num país ou num partido, a serviço de seus inimigos.

    Profundamente antifascista, Hemingway era simpático aos republicanos espanhóis. Ex-combatente, chegou a atuar no treinamento militar dos republicanos que defendiam o governo. Era apaixonado pela Espanha, como mostra outra de suas obras, O sol também se levanta, o primeiro romance, lançado em 1926 com com enorme sucesso. Em Por quem os sinos dobram, escrita em 1939-1940, já sob o impacto da derrota dos republicanos, denunciou as atrocidades cometidas pelos franquistas, como o bombardeio de Guernica, uma vila de pescadores usada para testar a eficácia da força aérea de Hitler — massacre denunciado pelo pintor Pablo Picasso numa obra magnífica —, e o assassinato-execução do poeta Federico García Lorca.

    A Espanha foi a pátria que Hemingway adotou, encantado pelo povo espanhol, tão solar e cheio de vitalidade, na depressiva Europa pós-Primeira Guerra. Era apaixonado pelas touradas, pela comida e, mesmo, pelo idioma. Vê-la tomada pelos fascistas causava-lhe uma dor extrema. A Guerra Civil, inclusive, acabou com um casamento do escritor: Pauline Pfeiffer, segunda esposa de Hemingway, era católica devota e apoiava Franco.

    Hemingway nasceu nos Estados Unidos, em 21 de julho de 1899. Foi a referência de uma geração chocada pela carnificina sem precedentes da Primeira Guerra Mundial, na qual lutou como voluntário, na Itália. Ganhou o Prêmio Pulitzer e o Nobel com O velho e o mar, respectivamente em 1953 e 1954. Em 2 de julho de 1961, suicidou-se com um tiro de espingarda na cabeça, em Ketchup, Idaho (EUA). Era um dos escritores mais populares do Século 20.

    Terceira via
    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa separar o joio do trigo ao lidar com as críticas. Uma coisa são os aliados ou apoiadores de Lula no segundo turno, que têm críticas à condução do governo que deveriam ser levadas mais em conta; outra, os setores que apoiaram Bolsonaro e estão se descolando de sua base de apoio, principalmente no Congresso, para aderir ao governo. Em ambos os casos, tratá-los como uma espécie de quinta-coluna é um erro crasso, que alguns ministros e parlamentares do PT vêm fazendo. Os governistas precisam ampliar a base política do governo.

    Ciscar pra dentro implica num discurso que tenha mais apoio político na sociedade e alargar o espectro de forças que compõem a base de sustentação do governo no Congresso. Do ponto de vista objetivo, a mudança positiva representada pela eleição do presidente Lula fala por si só, mas isso não significa que sua narrativa tenha a mesma aceitação. A tese da “democracia relativa”, por exemplo, não é uma mera patacoada. É uma concepção instrumental do nosso Estado Democrático de Direito, no qual o poder é limitado pelos direitos dos cidadãos, e os abusos de autoridade são coibidos. Essa concepção se desdobra em outros posicionamentos, como aquele que insiste em afirmar que o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi um golpe, quando se tratou de um processo político-institucional regulamentado pela Constituição.

    Pode ser que o objetivo do presidente Lula seja se entrincheirar no campo da esquerda para enfrentar possíveis reveses no Congresso. Mas isso não vai resolver o problema, porque a hegemonia política não se resume ao exercício do poder político, exige também a liderança moral da sociedade. O PT isolado não tem essa liderança, Lula sem o apoio do centro também não terá. O “apelo às massas” é uma faca de dois gumes, porque fomenta uma radicalização política que pode ser mais favorável à extrema-direita.

    De outra parte, a chamada terceira via é sempre uma possibilidade política e, talvez, até necessária, para obrigar Lula a moderar o discurso e dar mais atenção ao centro político. Entretanto, está esvaziada em decorrência de que suas principais lideranças estão no governo, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento), Simone Tebet (Planejamento) e Marina Silva (Meio Ambiente), ou contingenciadas pelas prioridades de sua própria gestão, como o governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite (PSDB). Quanto à chamada quinta-coluna, “no creo, pero que la hay, la hay!”

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/07/05/interna_politica,386247/nas-entrelinhas.shtml)

  15. Miguel José Teixeira

    E. . . prometeu ao Papa falar com o ditador ortega. . .

    “Lula e a relatividade”
    O governo do presidente Lula até aqui não emitiu qualquer nota condenando a invasão de um convento de freiras brasileiras na Nicarágua, da organização Fraternidad Pobres de Jesus Cristo. A oposição promete usar mais esse caso para expor o presidente e o conceito de democracia relativa.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/07/05/interna_politica,386253/brasilia-df.shtml)

    Será o Papa tão ingênuo à ponto de acreditar no belzebu de Garanhuns?

  16. Miguel José Teixeira

    “O comunismo existe hoje por que o cristianismo não está sendo suficientemente cristão.” (Martin Luther King)

    ‘Até aí tudo bem”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 05/07/23)

    Palavras não são só palavras, ainda mais quando ditas por indivíduos que, pela posição hierárquica que ocupam dentro de uma sociedade civilizada, vêm cobertas de sentidos vários. É preciso, portanto, ir além do entendimento do que esses líderes dizem, analisando palavra por palavra, observando que outros sentidos podem estar ocultos atrás de cada uma delas. Esse é um dos métodos recomendados para os precavidos e para todos aqueles que se cuidam a fim de não cair em armadilhas. Os incautos andam como cegos. Os que cultivam o bom senso preferem as trilhas clareadas pela luz.

    É seguindo essas recomendações que devemos analisar com cuidado a associação de palavras com conceitos firmados, de modo a entender o significado real da expressão e, quiçá, ligá-lo corretamente à pessoa que o proferiu. Assim, temos a expressão, dita pelo atual mandatário em entrevista, que “o conceito de democracia é relativo”. Obviamente, cada indivíduo tem, de acordo com sua experiência, um conceito próprio de democracia. Até aí tudo bem. O problema é quando o conceito de democracia passa a adquirir uma elasticidade e um misto de relativismo e personalização tal que acaba por destruir ou inverter o sentido real de democracia, erigindo, em seu lugar, qualquer outro fantasma, que, seguramente, não será a democracia, “comme il faut”, e que prevalece hoje em boa parte do Ocidente desenvolvido.

    Para muitos não se deve gastar tempo e tintas analisando garatujas mentais. Mas em se tratando de quem disse o que disse e quais possíveis desejos camuflados por trás desse entendimento e suas consequências para o futuro da nação, é preciso esmiuçar essa fala, ligando-a diretamente a quem a proferiu. Vai que nos vazios entre uma letra e outra, várias legiões de demônios estão amoitados à espera da hora derradeira.

    A democracia, como a entendemos na modernidade, é apoiada por alguns pilares fundamentais e até absolutos, como é o caso de eleições periódicas livres, justas e amplamente auditáveis em caso de controvérsias. Também se apoia no respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais. Outro pilar é representado pelo Estado de direito e de governança democrática, em que reina o império e o governo da lei. Outro apoio é o do pluralismo político e da responsabilidade direta de todos por suas ações. Há ainda o pilar da participação dos cidadãos no processo político, dentro dos princípios do igualitarismo, civilidade e de liberdade, ensejando o direito a todos, por meio de negociações políticas constantes, sempre com base na imutabilidade de uma Constituição soberana e acordada por todos.

    Poderíamos estender outros pilares, nos quais a democracia se firma, como é o caso de aceitar a candidatura de quaisquer brasileiros que atendam às exigências previstas e apresentem uma ficha pretérita limpa e sem máculas, mas isso seria enfadonho demais e até redundante. A questão aqui é demonstrar que esses e outros pilares são absolutos, ou seja, devem ser mantidos, com firmeza, onde estão, cimentados pelo o que reza a Constituição, descartando portanto, quaisquer outros relativismos não previstos.

    Partindo de uma comparação entre dois ou mais elementos, para melhor analisá-los sob diferentes perspectivas, a relativização se opõe ao que é absoluto. Com isso, fazendo-se uma comparação, ao acaso, entre Brasil e um outro país, como a Venezuela, é possível chegar a conclusão de que aquele país não segue os ditames democráticos, sendo, portanto, uma ditadura em todos os seus sentidos.

    A continuar ainda um exercício de relativização, ligando quem disse à razão e como disse, o que disse, e ainda por cima agregou à afirmação de que a Venezuela é mais democrática do que o Brasil, podemos inferir que a democracia é mesmo um conceito relativo. Relativo e passível de ser transformado e igualado naquilo que se transformou hoje o país de Nicolás Maduro.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/07/05/interna_opiniao,386236/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  17. Miguel José Teixeira

    E o Amarildo “se-esqueceu-se” da JBG (Janja Boca de Garoupa), que está louca para meter as mãos na joias das Arábias!

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