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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLXV

Aprendizado do tempo, zero. Do tamanco ao salto alto, mesmo diante de terreno cheio de pedregulhos. A charge de Cláudio de Oliveira, no jornal Folha de S. Paulo é um retrato “definitivo” que quem se estabeleceu na arrogância como verdade a ser imposta, mesmo sabendo que vai perder os saltos.

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21 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLXV”

  1. Miguel José Teixeira

    . . .”As reflexões presentes nessas iniciativas partem de um princípio jurídico consagrado: a liberdade de expressão não é um direito absoluto. Há responsabilidade naquilo que se afirma ou se divulga.”. . .

    “Internet não pode ser terra sem lei”
    (Visão do Correio (Braziliense), CB, 05/06/23)

    Quando os historiadores do futuro se debruçarem sobre a internet, certamente vão estranhar a presença de Montana, nos Estados Unidos, como palco de um ponto crucial nesse tema. Afinal, o estado é pouquíssimo tecnológico, um dos mais rurais e um dos menos habitados dos EUA, com cerca de 1 milhão de habitantes e mais gado do que gente. Mas é em Montana que está sendo travada uma batalha que pode determinar a liberdade da internet.

    Contextualizando: Montana é o primeiro estado norte-americano a banir totalmente o aplicativo TikTok, da desenvolvedora chinesa ByteDance. Acusa a plataforma de coletar informações dos usuários sem consentimento e compartilhá-las com o governo chinês. A decisão foi parar na Justiça, que ainda analisa o caso.

    Essa não é a primeira ação ocidental contra o TikTok. Reino Unido, Austrália, Canadá e Nova Zelândia já proibiram o uso do aplicativo em dispositivos de funcionários governamentais. Mas é a primeira em que o aplicativo é banido totalmente para o usuário comum. Embora as preocupações em relação à segurança nacional sejam compreensíveis, ainda não existem evidências sólidas contra o TikTok. A rede social é alvo de mais um caso de imposição de limites no universo digital.

    Na China, terra natal do TikTok, o controle já existe há muito tempo. Desde o fim dos anos 1990, a Grande Firewall — referência à Grande Muralha — impede o acesso de boa parte dos sites e serviços ocidentais, como Google, Facebook, Twitter e Wikipédia, além de veículos da imprensa. Outros países com governos autoritários como Turquia, Síria, Irã, Paquistão e Índia também costumam restringir o acesso de seus cidadãos à internet em momentos de instabilidade. Não era o caso dos países ocidentais, que se orgulhavam de manter a internet livre e praticamente sem regulamentação. Agora, esse momento passou.

    Há razões, entretanto, para justificar um maior controle em regimes democráticos. O uso indiscriminado dos dados de usuários, a pandemia de fake news e a disseminação do discurso do ódio são alguns problemas que ganharam relevo no atual contexto das redes sociais. O Brasil e os Estados Unidos, para citar apenas esses dois países, enfrentaram tragédias como o negacionismo da covid-19, movimentos golpistas e atentados em escolas em razão da ausência de qualquer controle mais rígido sobre as atividades das big techs.

    Não à toa, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal têm se dedicado a estabelecer um ordenamento que previna o mundo digital de se tornar uma terra sem lei — e nem sempre contam com a colaboração das gigantes da tecnologia nesse sentido. As reflexões presentes nessas iniciativas partem de um princípio jurídico consagrado: a liberdade de expressão não é um direito absoluto. Há responsabilidade naquilo que se afirma ou se divulga. É nesse contexto que aumenta a mobilização para enquadrar as redes sociais.

    Qualquer que seja a decisão da Justiça norte-americana, pode-se inferir que o ideal da internet livre, sem qualquer controle, está sob escrutínio. O que vai emergir disso ainda é uma incógnita. Espera-se que a rede mundial se mantenha como um avanço tecnológico. E que seja mais segura e menos nociva à sociedade, sem perder a característica democrática.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/05/interna_opiniao,385106/internet-nao-pode-ser-terra-sem-lei.shtml)

  2. Miguel José Teixeira

    . . .”A solução de contornar o dólar parece óbvia, mas a imposição resulta dos acordos realizados pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial. Aparentemente, para modificar esse cenário, será necessário negociar em posição de força, o que o Brasil não tem.”. . .

    “A briga com o dólar”
    (André Gustavo Stumpf, Jornalista, CB, 05/06/23)

    Por volta do meio-dia de sábado, 3 de fevereiro de 1945, soldados soviéticos estavam formados ao longo da pista do aeroporto de Saki, na costa ocidental da península da Crimeia. Um avião Douglas C-54 Skymaster fez a aproximação para pouso voando baixo sobre o Mar Negro. Vinte minutos depois, outro Skymaster aterrissou. Dele apareceu a figura baixa e corpulenta, de quepe militar e sobretudo, com um charuto preso nos dentes: Winston Churchill. Do primeiro avião desceu, num elevador improvisado, o presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt na sua cadeira de rodas protegido por grosso casaco de lã e cercado por assessores. Estava muito frio.

    Os dois foram conduzidos a seus palácios, a mais de 100 quilômetros de distância, junto com grande assessoria. A noite se juntaram a Joseph Stalin, que veio de Moscou em trem especial, no jantar de recepção. O líder soviético viajou por 1.600 quilômetros para encontrar os dois líderes. A reunião dos três grandes ocorreu sob sigilo absoluto e condições excepcionais de segurança. Eles discutiram muito, comeram bem, caviar beluga à vontade, e beberam tudo o que havia nas adegas. Suas decisões definiram as áreas de influência nas décadas seguintes e até muito tempo depois de os três estarem mortos. A Conferência de Yalta criou o mundo político atual.

    Antes, em julho de 1944, já com a perspectiva de vitória dos aliados, um encontro de representantes de 45 países definiu as novas regras da economia internacional. A reunião foi realizada em Bretton Woods, no estado de New Hampshire, Estados Unidos, no hotel Mount Washington. O representante brasileiro foi o economista Roberto Campos. Entre as principais definições do acordo de Bretton Woods, estão a de que o dólar norte-americano seria a moeda padrão das transações internacionais e a criação do Banco Mundial, do Fundo monetário Internacional e do Banco Interamericano para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

    O novo sistema financeiro beneficiou os Estados Unidos, que foi um dos vencedores da Segunda Guerra Mundial. O país, aliás, naquele momento emergiu como superpotência. A União Soviética estendeu sua área de proteção aos países do Leste Europeu. E Washington garantiu sua hegemonia sobre a Europa Ocidental, as Américas Central e do Sul e boa parte da Ásia, através do Japão e das Filipinas. De Gaulle, o líder francês detestado pelos três, não foi convidado para Yalta. Mas a França recebeu, por interferência de Churchill, a administração de uma área da Berlim ocupada.

    A história é essa. Os vencedores ficam com o butim e as vantagens posteriores da vitória. A Alemanha foi desmontada. Suas fábricas foram transferidas para o leste. Seus principais cientistas foram absorvidos pelas duas potências. O programa espacial norte- americano foi conduzido pelo alemão que criou a poderosa V-2, arma que arrasou Londres: Werner von Braun. O programa soviético também se beneficiou dos conhecimentos alemães. O mesmo ocorreu com o programa nuclear dos dois grandes. As duas superpotências, mais França, Inglaterra e China, fazem parte do Conselho de Segurança da ONU com poder de veto. São eles, os cinco, que fizeram as principais guerras nos últimos 40 anos.

    O presidente Lula fala no Brasil e fora do país que o comércio entre países deve ser realizado em outra moeda, contornando a obrigação de negociar em dólar. Os países sul-americanos vivem a permanente escassez dessa moeda. Alguns, como o Panamá, adotaram a moeda norte-americana. A crise é permanente, apenas pula de país em país. A solução de contornar o dólar parece óbvia, mas a imposição resulta dos acordos realizados pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial. Aparentemente, para modificar esse cenário, será necessário negociar em posição de força, o que o Brasil não tem.

    Falar sobre isso não muda nada, apenas irrita um pouco os norte-americanos que não se preocupam muito com o assunto na América do Sul. Quando a conversa é com chineses, a ameaça se torna mais séria. Além de ter fabulosa reserva em dólares, algo ao redor de US$ 3,2 trilhões, Pequim tem fantástico poder comercial que se espalha pelo mundo. Há possibilidades de o yuan — a moeda chinesa — se insinuar como moeda internacional.

    Mas isso não será resolvido com discurso e tapinha nas costas. O dólar alcançou essa posição depois de uma guerra que produziu mais de 50 milhões de mortos. O doutor Henry Kissinger, que completou neste mês 100 anos, lúcido, diz que o futuro da humanidade depende do entendimento dos Estados Unidos com a China. Lula precisa conversar mais com Celso Amorim.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/05/interna_opiniao,385102/a-briga-com-o-dolar.shtml)

    O piNçador Matutildo, piNçou:

    “Lula precisa conversar mais com Celso Amorim.”

    E o Bedelhildo, bedelhou:

    . . .e. . .ouví-lo menos!

  3. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 05/06/23)

    …governo novo, populismo antigo.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    . . .e. . .erros jurássicos!

  4. Miguel José Teixeira

    Previu e garantiu seu futuro: empregou a esposa em tera cargo vitalício no TCE-RR!

    “Denarium pode vir a ser o 4º governador cassado em Roraima”
    (Cláudio Humberto, DP, 05/06/23)

    Antonio Denarium pode se tornar o quarto governador cassado da curta história de Roraima, que teve apenas oito ocupantes do cargo desde que se transformou em Estado. O julgamento começou em 30 de maio e dois desembargadores do TRE-RR já se posicionaram contra Denarium, mas um pedido de vistas suspendeu a decisão, mas o caso pode voltar à pauta em breve. Flamarion Portela, Anchieta Junior e Chico Rodrigues são ex-governadores que, cassados, não concluíram os mandatos.

    Crime eleitoral
    Em 2022, ano eleitoral, Denarium quintuplicou o número de beneficiados de um programa de transferência de renda, o que tipificado como crime.

    O poder sem pudor
    Em janeiro do ano passado, o programa social de renda mudou de nome e passou o número de beneficiários de 10 mil para 50 mil pessoas.

    Placar de 2×0
    O juiz relator Felipe Bouzada Viana, condenou Denarium a multa e opinou por novas eleições. A juíza Joana Sarmento o acompanhou.

    É para logo
    A presidente do TRE-RR, desembargadora Elaine Bianchi, fixou prazo para a vista: são dez dias, prorrogáveis por mais dez.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/denarium-pode-vir-a-ser-o-4o-governador-cassado-em-roraima)

  5. Miguel José Teixeira

    A janja, CEO de Pindorama, coloca a lambisgóia das araucárias em seu devido lugar: no corner!

    “Isolada, presidente do PT não participa de decisões”
    (Coluna CH, DP, 05/06/23)

    A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi mesmo escanteada. Sua ausência do processo decisório do governo que ajudou a eleger tem chamado atenção da classe política de Brasília. Entre petistas circula uma história de que a decisão seria da primeira-dama Janja. Gleisi tenta mostrar serviço juntando-se ao baixo clero da esquerda para bater boca com a maioria conservadora da CPI do MST, onde é apenas suplente da comissão que investiga invasões criminosas.

    Só nos factoides
    Gleisi já não é convidada para as decisões mais banais de governo. Sobra para ela a presença institucional em factoides no Planalto.

    Esqueceram de mim
    Ela foi ignorada, por exemplo, para a reunião que bateu o martelo de Cristiano Zanin como futuro ministro do Supremo.

    Se vira, companheiro
    A presidente do PT tampouco foi acionada, nem se ofereceu, para defender o arcabouço fiscal de Fernando Haddad (Fazenda).

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/denarium-pode-vir-a-ser-o-4o-governador-cassado-em-roraima)

    E ainda corre o risco de perder o “lindinho” para a defenestrada dilmaracutaia, a presidenta que planeja levar o BRICs à breca!

  6. Miguel José Teixeira

    E ainda continua no cargo. . .

    “Ministro da Casa Civil do governo Lula diz que Brasília fez muito mal ao Brasil
    (Ana Maria Campos, Eixo Capital, CB, 04/06/23)

    O chefe da Casa Civil, Rui Costa, adotou um tom de ataques à capital do país presidido pelo chefe, o presidente Lula. Ao participar de evento na Bahia, na última sexta-feira, o ministro disse que Brasília é uma “ilha da fantasia” e criticou a instalação da capital no Distrito Federal. “Eu chamo aquilo de ilha da fantasia. Aquele negócio de colocar a capital longe da vida das pessoas, na minha opinião, fez muito mal ao Brasil”, disse. “Era melhor ter ficado no Rio de Janeiro ou ter ido para São Paulo, Minas ou para a Bahia. Para que quem fosse entrar num prédio daquele ou na Câmara dos Deputados ou no Senado, passasse antes de chegar no seu local de trabalho, numa favela, debaixo de um viaduto, com gente pedindo comida, com gente desempregada porque ali as pessoas vivem numa ilha ilusória, numa bolha de fantasia”, discursou. O ministro precisa circular mais e dar uma volta fora do centro de Brasília. Mas pobreza não é nenhum mérito e no DF só vai aumentar se os políticos de fora mantiverem essa postura contra a capital.
    Certo ou errado?
    Rui Costa: “Em Brasília fazer o errado, para muitos, é o certo”
    Rui Costa seguiu criticando Brasília como se a cidade fosse apenas o centro do poder: “Brasília é difícil porque lá fazer o certo, para muitos, está errado. E fazer o errado, para muitos, é que o certo na cabeça deles”.
    Aliados baianos
    As declarações do ministro Rui Costa pegaram mal entre petistas de Brasília que se sentiram incomodados com os ataques do homem forte do Palácio do Planalto à cidade. Ocorrem na semana em que entidades e políticos do DF estão mobilizados para tentar salvar o Fundo Constitucional dos cortes previstos no arcabouço fiscal. Por coincidência, o relator do substituto aprovado pela Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP) é baiano, como Rui Costa. Cajado, aliás, é aliado de Costa no estado.
    Vigilante: “Fala mostra desconhecimento”
    O deputado Chico Vigilante (PT) reagiu às declarações do companheiro de partido, Rui Costa, que chamou de “infelizes”. “A fala do ministro Rui Costa, em um evento na Bahia, de que Brasília é uma ilha da fantasia, mostra um completo desconhecimento da capital federal. Diante disto, o convido para conhecer o Sol Nascente, a Estrutural, o Pôr do Sol, e outros, para que conheça o verdadeiro DF”, disse o líder do PT na Câmara Legislativa. E acrescentou: “Aqui tem um povo trabalhador. Por isso, aproveito para convidar o ministro pra conhecer o setor industrial da Ceilândia e a nossa zona rural tão produtiva de café, soja, milho, frutas… ele irá se surpreender! A dificuldade aqui não é tão diferente dos morros de Salvador”. Chico Vigilante disse que o que Brasília precisa é de mais “carinho” e “atendimento” do governo Lula, como o presidente deu nos outros governos.
    Comparação
    O orçamento da União para 2023 é de R$ 5,3 trilhões. O Fundo Constitucional do DF, de aproximadamente R$ 23 bilhões, representa menos de 0,5% do orçamento total. É muito para manter a capital em funcionamento?
    . . .
    Só Papos

    “Deputado cassado Deltan Dallagnol continua circulando pelos corredores da Câmara como se nada tivesse acontecido. Parece um zumbi atrás dos holofotes. A Casa não pode permitir ele participando das sessões, votando, é um desrespeito. Ele foi cassado. A gente sabe que, para ele, agora que foi para política, quem não presta é o juiz. Mas decisão tem que ser cumprida. Alô, TSE!”
    (Deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT)

    “Gleise não gosta de democracia e essa fala prova bem isso. O que a incomoda é ver um parlamentar democraticamente eleito pelos corredores do Congresso Nacional, mas não a incomoda ver um ditador sanguinário como Maduro sendo aplaudido no Palácio do Planalto. No entanto, eu entendo sua ânsia pela minha cassação: a única forma de ela ser a deputada federal mais votada do Paraná é jogando meus 345 mil votos no lixo”
    (Deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o mandato cassado pelo TSE)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/06/04/interna_cidades,385069/eixo-capital.shtml)

    1. Miguel José Teixeira

      Quem diz o que quer, ouve o que não quer!
      “As declarações de hostilidade a Brasília do ministro-chefe da Casa Civil contra Brasília, provocou reação indignada do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para quem Rui Costa não passa de “um idiota completo.”
      (Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/distrito-federal/ttc-distrito-federal/ele-e-um-completo-idiota-diz-ibaneis-sobre-ataques-de-rui-costa-a-brasilia)

  7. Miguel José Teixeira

    Dicas de português, por Dad Squarisi, CB, 04/06/23

    “Abraçar é dizer com as mãos o que a boca não consegue. Porque nem sempre existe palavra para dizer tudo.” (Mario Quintana)

    Venezuela é ditadura. Narrativa?
    Presidentes sul-americanos se reuniram em Brasília na terça-feira. Entre eles, Nicolás Maduro. Recebido com pompa e circunstância, o ditador venezuelano teve tratamento especial. Lula, no discurso, disse que se construiu uma narrativa contra o país vizinho e cabe a Maduro construir a própria narrativa em resposta ao que circula mundo afora.
    A afirmação repercutiu em Europa, França e Bahia. Jornais, rádios, tevês e internet divulgaram a “narrativa do Lula”. A razão: o petista, ao apelar para o modismo, ignorou a realidade. Fez vista grossa para os fatos. O presidente uruguaio e o chileno manifestaram a indignação.

    Enunciados
    Existem declarações e declarações. Umas são comunicados. Apresentam fatos. Outras, inferências. Expõem deduções. Algumas, julgamentos. Emitem opinião. As três falam. Mas só uma diz. Identificá-las ajuda a separar o joio do trigo.

    Comunicados
    Os fatos independem de gosto, opinião ou fé. Como são verificáveis, convencem. Provam. “Contra os fatos”, diz a sabedoria popular, “não há argumentos”. É fato afirmar que o Congresso aprovou a Medida Provisória de Reestruturação da Esplanada. Duvida? O tira-teima está ao alcance da mão. Pegue o jornal de sexta ou acesse a internet. Está lá.
    É fato dizer que o artigo 128 do Código Penal prevê o aborto legal. Será? Pegue o livro na estante e verifique. É fato dizer que Brasília tem 3 milhões de habitantes. As estatísticas do IBGE não nos deixam mentir. É fato dizer que, em agosto de 2022, cerca de 6,8 milhões de refugiados venezuelanos haviam deixado o país. A Agência de Refugiados da ONU fornece os dados.

    Inferências
    Inferências e julgamentos jogam em outro time. Falam de nós, de nossos preconceitos, experiências e prevenções. Jogam o foco no sujeito, não no objeto. Inferir é tirar conclusões com base em indícios.
    Vai um exemplo: Maria está esperando nenê. Diz que a gravidez veio em hora errada. Aí minha cabecinha começa a funcionar. Deduzo que ela vai optar pelo aborto. Posso ter acertado. Mas posso também ter errado. Minha conclusão é possível, talvez provável. Mas não certa.

    Julgamentos
    Os julgamentos vão além. Exprimem opinião pessoal e, claro, abusam de adjetivos. Feio, bonito, pecaminoso, elegante, malfeito, interesseiro — falam de como vemos as pessoas e as coisas.
    A língua, generosa, tem expressões que traduzem a subjetividade dos julgamentos: Quem ao feio ama bonito lhe parece. Cada cabeça, uma sentença. Para quem ama urubu é branco. Que seria do amarelo se todos gostassem do vermelho? Gosto não se discute.

    Exemplo
    O Senado deve sabatinar o indicado para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal. O critério: idoneidade moral e reputação ilibada. Reparou? O critério é julgamento. Pode ter várias interpretações.
    Uma: o candidato não pode gastar horas à mesa de bar tomando chopinhos. Outra: não pode ter multa no Detran. Mais uma: não pode ser ateu. Mais outra: não pode ter queixa-crime ajuizada contra ele. Outra ainda: não pode ser condenado em primeira instância.
    Há, ainda, os que invocam o princípio de que a pessoa só pode ser declarada culpada depois de sentença definitiva. Em suma: o Brasil tem 215 milhões de cidadãos. Pode ter igual número de opiniões.

    De volta à narrativa
    Maduro governa a Venezuela por decreto desde 2013. Controla o Judiciário. Censura a imprensa. Frauda as eleições. Persegue, tortura e mata cidadãos. São fatos, não narrativa. Narrativa é versão, inferência. Trata-se de modismo. “Acham que falando narrativa em vez de versão fica mais chique. Fica é mais brega”, diz Paulo José Cunha.

    Leitor pergunta
    Agente e a gente. Qual a diferença? (Maria Souza, Rio)
    Agente é o ser que executa uma ação (agente penitenciário, agente da passiva, agente 007). A gente significa nós, mas exige o verbo na 3ª pessoa do singular: A gente foi ao cinema.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/06/04/interna_cidades,385053/dicas-de-portugues.shtml)

  8. Miguel José Teixeira

    Da série: “vejo e não morro tudo!”

    Renomada comentarista da gloBBBo(fake)news, acabou de afirmar e com legendas no rodapé, que a reoneração do diesel afetará principalmente os simpatizantes do bolsonaro!

    Acredite, se quiser!

    Ora, afetará à todos! Independentemente de ideologias, credos, cruzes, cores, sabores. . .

  9. Miguel José Teixeira

    Faz sentido: muitas quadrilhas dançam nestas festas!

    “A paz das festas juninas”
    A ideia do governo é aproveitar este período para criar pontes em reuniões sociais. Em todos os governos, esses eventos ajudaram a aproximar pessoas e servir de ambiente para marcação de conversas futuras. Aliás, é quando os acordos fluem. Na guerrilha do plenário e das reuniões formais de líderes, a distensão fica difícil.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/06/04/interna_politica,385085/brasilia-df.shtml)

  10. Miguel José Teixeira

    2 Desabafos no CB, hoje, e bedelhadas do Bedelhildo:

    1) O ministro da Justiça é mesmo uma figura emblemática. O que ele foi fazer na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados? Deixem a PF fazer o seu trabalho!!!
    (Jadir Maia de Almeida, Guará)

    B: garantir que as digitais encontradas nas cédulas, não serão divulgadas!

    2) Cofre abarrotado de dinheiro ilícito. Congresso comprado com verbas. Judiciário politizado e descontrolado. Presidente com declarações despropositadas. Mudou alguma coisa?
    (Humberto Pellizzaro, Asa Norte)

    B: As moscas. Pois o cocô continua com o mesmo fedor!

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/04/interna_opiniao,385063/desabafos.shtml)

  11. Miguel José Teixeira

    . . .”A esse bloco, e o Brasil não se atinou para isso, interessa a supremacia de um pensamento ideológico contrário à economia clássica. Interessa o lucro do Estado, sendo os prejuízos debitados, integralmente, na conta do proletariado.”. . .

    “O Auto da Barca”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 04/06/23)

    Se embarcar em canoa furada parece ser o inescapável destino dos incautos, imagine, então, subir a bordo de um transatlântico, cuja a fuselagem náutica é tão frágil como a casca de um ovo. Pense ainda que essa grande embarcação está superlotada de contêineres, todos eles cheios com o peso morto das ideologias. Agora, nessa nau dos insensatos navegando sobre mares revoltos e em tempos de guerras e incertezas. Para carregar ainda mais nas tintas de um desastre anunciado, vislumbre que esse cargueiro tem como timoneira alguém que não diferencia um avião de um navio e que no passado, sequer conseguiu salvar do naufrágio um pequeno comércio de bugigangas de R$ 1,99. Eis aqui em pinceladas rápidas o que pode vir a ser a viagem do Brasil a bordo do Brics.

    A questão aqui é deixar de lado os números superlativos apresentados por esse portento marítimo e se centrar nas condições gerais dessa nave. A carta náutica que serve de guia para essa travessia por mares nunca dantes navegados é desenhada não a partir de coordenadas marítimas, mas com base em orientações do tipo ideológicas, todas elas testadas e posteriormente reprovadas pela experiência humana.

    É nessa nau dos insensatos que o Brasil achou por bem subir e cruzar os mares da economia, junto com a China, Rússia e Índia, para ficar apenas nesses três grandes companheiros de jornada. Nada há em comum entre eles, nem histórica nem culturalmente e muito menos em termos de ideias políticas. São quatro estranhos entre si, numa travessia que ruma ao incerto porto, em que irão inaugurar a nova terra prometida em que os ditames econômicos clássicos do capitalismo serão amalgamados às teorias do comunismo. Será aquilo que os marinheiros da boca suja chamam de misturar cobra com porco espinho.

    Nesse novíssimo mundo novo, a bandeira de ferro anunciará o capitalismo de Estado, centralizado e muito longe das liberdades exigidas pelo mercado. Nesse paraíso, para as camarilhas e nomenclaturas, os empresários serão transformados em mão de obra do Estado. Feita a travessia e depois de lançados ao mar e aos tubarões todos aqueles que reclamaram da jornada, restará aos sobreviventes se render aos novos tempos, alicerçados sobre os pilares do passado.

    É desse cruzamento entre cobra e porco-espinho que surgirá o arame farpado cercando e cerceando as liberdades, além de todo o mercado com seu laissez faire. Ao Brics, todos saberão depois, não interessa a economia de mercado como a conhecemos até aqui, com a livre iniciativa e outras características do liberalismo. A esse bloco, e o Brasil não se atinou para isso, interessa a supremacia de um pensamento ideológico contrário à economia clássica. Interessa o lucro do Estado, sendo os prejuízos debitados, integralmente, na conta do proletariado.

    Aos navegantes dessa nau interessa o fortalecimento do Estado, seu crescimento bélico e a formação de grandes exércitos. A esses novos argonautas da desventura interessam o poderio e o engrandecimento de um Estado que age como moedor de homens. Por detrás da fantasia econômica, interessam a eles a destruição da Cartago americana e tudo o que ela representa em nossa modernidade.

    O que se tem aqui em construção é um verdadeiro bric-à-brac ou um ferro-velho de velhas ideias. O que se assiste, olhando esse Titanic portentoso que agora parte, é a reedição tardia da Barca do Inferno, tal como descrita por Gil Vicente em 1517.

    A frase que foi pronunciada
    À barca, à barca, hu-u! /
    Asinha, que se quer ir! /
    Oh, que tempo de partir,
    louvores a Berzebu!
    Gil Vicente, O Auto da Barca do Inferno

    Primeiro mundo
    Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá, primeira mulher a presidir a Embrapa, é autora da tese O modelo de inteligência artificial para diagnóstico de doenças em plantas. A Embrapa oferece vários cursos gratuitos on-line. Um deles é importante para diminuir o descarte de alimentos. Compostagem. Mais informações no Blog do Ari Cunha.

    Zanin versus Nikolas
    Com ação popular protocolada nessa semana contra a indicação de Cristiano Zanin para o Supremo, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) mostrou que segue de peito aberto e sem temor de represálias do sistema. Também não é para menos. Tendo em mãos quase um milhão e meio de votos, o parlamentar é a cara da nova política e não pode decepcionar seus eleitores. Para o parlamentar, a nomeação de um amigo pessoal do atual presidente para a mais alta corte do país viola, flagrantemente, os princípios da moralidade e da impessoalidade além de deixar claro que o chefe do Executivo quer aparelhar o STF para conter processos futuros contra si. O deputado sabe que está na mira do TSE e não se intimida. Essa “República do escambo” tem que ser eliminada, antes que o país se torne ingovernável.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/04/interna_opiniao,385059/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  12. Miguel José Teixeira

    Não fosse os fatos registrados, a história da humanidade seria composta de narrativas!

    . . .”A historiadora e (ótima) escritora Isabel Vallejo costuma lembrar que, se os números facilitaram os negócios, as letras estabeleceram versões das histórias antes narradas por milhares de poetas populares com milhares de versões, uma vez que nenhum ser humano decora, literalmente, longas aventuras sem acrescentar sua visão de mundo.”. . .

    “Avanços e recuos civilizatórios”
    (Jayme Pinsky, Historiador e editor, professor titular da Unicamp, autor, coautor e organizador de 30 livros, CB, 04/06/23)

    Historiadores, arqueólogos e linguistas têm muita dificuldade em datar alguns dos mais importantes eventos da história humana. Não sabemos exatamente quando foi que substituímos nossos grunhidos por fala mais ou menos articulada (sim, eu sei, tem gente que ainda não deu esse passo civilizatório, mas vamos deixar isso de lado, por favor).

    Quando e como foi que criamos as línguas, tantas línguas diferentes, todas elas formas criativas de descrever o mundo, nos aproximar do próximo, expressar emoções, criar coisas belas? E, por falar em beleza, e a música, como e quando foi que adquirimos e desenvolvemos a habilidade de emitir sons harmônicos, de traduzir o ritmo da caminhada em harmonia, de imitar pássaros e fenômenos naturais, de pensar e sentir essa coisa indescritível chamada música?

    Ainda vai demorar muito até que consigamos colocar datas para esses movimentos civilizatórios essenciais, se é que um dia chegaremos a isso. Por seu lado, temos uma ideia bastante precisa de outra conquista fundamental, sem a qual a palavra civilização perderia muito o sentido: o surgimento da escrita e seu aperfeiçoamento. Sim, é verdade que antes de encontrar símbolos para representarem as palavras, os antigos criaram a representação das quantidades, dos objetos, dos volumes e dos espaços. Os especialistas têm motivos para acreditar que os números precederam as letras.

    Os diferentes tipos de escrita surgiram para quantificar propriedades e intercâmbios. Não se prestavam para descrever o que as pessoas tinham, mas para atribuir valores às coisas. Esse processo, desenvolvido nos agrupamentos urbanos maiores, não em simples aldeias, permitia a realização dos negócios. De fato, não se trocava (em qualquer época) trigo por ovelhas, mas determinado número de animais eram trocados por um volume determinado de cereal. Os operadores da troca perceberam que ficava bem mais fácil registrar as quantidades. Em resumo, os números surgem por serem necessários, não para as pessoas completarem seu sudoko.

    As representações referentes às palavras vieram depois e evoluíram lentamente, de simples pictografias para ideogramas e só bem mais tarde para letras. Estas atingiram sua versão mais sofisticada entre os fenícios (e provavelmente entre os hebreus, seus vizinhos), povos que viviam naquele pequeno território hoje correspondente ao Líbano e Israel. Comerciantes ativos os fenícios assimilaram informações de diferentes culturas da região e passaram a utilizar um alfabeto próximo daquele em que vários livros do Antigo Testamento foram escritos. Lá pelo ano 700 a.C., atividades comerciais aproximaram gregos e fenícios e, logo depois, apareceu a tradução do alfabeto fenício para a língua grega, com aleph, beth, guimel virando alpha, beta e gama, por exemplo.

    A historiadora e (ótima) escritora Isabel Vallejo costuma lembrar que, se os números facilitaram os negócios, as letras estabeleceram versões das histórias antes narradas por milhares de poetas populares com milhares de versões, uma vez que nenhum ser humano decora, literalmente, longas aventuras sem acrescentar sua visão de mundo. Aos poucos, as histórias passaram a ser lidas, em vez de decoradas e contadas com as inevitáveis interpretações. A possibilidade de uma história ser copiada e difundida em rolos de papiro ou pergaminhos vai garantir maior fidelidade ao original, mas não impedir a criatividade. Afinal, todos conhecemos atentados ou “correções” feitas por copistas.

    Até hoje em dia. Papirus da região de Alexandria e pergaminhos produzidos com couro de animais, colados em pedaços e depois enrolados em torno de dois eixos de madeira, permitiram que o saber e a ficção circulassem e bibliotecas fantásticas, como a de Alexandria, no Egito, se tornassem centros de ensino, de pesquisa, de saber.

    A Grande Biblioteca de Alexandria tinha um objetivo explicito: conter e divulgar todo o saber produzido até então. Os Ptolomeus, seguidores de Alexandre, liberaram fortunas para que todo e qualquer livro escrito até aquele momento fosse buscado em qualquer lugar do mundo para fazer parte do acervo da biblioteca. Com o objetivo de difundir o saber foram contratados bibliotecários que desenvolveram técnicas originais e organizaram o material de forma que os consulentes pudessem encontrar o que procuravam.

    A preocupação não era apenas a de ostentar o saber (como entrevistados que exibem lindas bibliotecas, com livros intocados), mas fazê-lo circular. Pena que alguns séculos depois a intolerância religiosa dos imperadores romanos cristãos levou a Grande Biblioteca ao seu final, com a queima e destruição dos livros. Supostos donos da verdade, quando no poder, são inimigos perigosos do livro e do saber.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/04/interna_opiniao,385058/avancos-e-recuos-civilizatorios.shtml)

    O piNçador Matutildo, piNçou:

    “Não sabemos exatamente quando foi que substituímos nossos grunhidos por fala mais ou menos articulada (sim, eu sei, tem gente que ainda não deu esse passo civilizatório, mas vamos deixar isso de lado, por favor).”

    E o Bedelhildo, bedelhou:

    Se, ao ler o conteúdo dos parênteses você, automaticamente, fez um “L”, não é mera coincidência!

  13. Miguel José Teixeira

    Desde 1972, quando a ONU institucionalizou o “Dia Mundial do Meio Ambiente”, ouço a mesma ladainha:

    . . .”Neste 5 de junho, há pouco a se comemorar.”. . .

    “Batalhas a vencer no meio ambiente”
    (Visão do Correio (Braziliense), CB, 04/06/22)

    Ao assumir em 1º de janeiro o terceiro mandato como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que estava ressuscitando o compromisso do governo brasileiro com a preservação do meio ambiente. Em discurso no Congresso Nacional, o chefe do Executivo delimitou metas ambiciosas. “Nossa meta é alcançar desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica”, bradou. Prometeu, ainda, uma política pública efetiva em favor dos povos originários. “Vamos revogar todas as injustiças cometidas contra os povos indígenas”. “Ninguém conhece melhor nossas florestas nem é mais capaz de defendê-las do que os que estavam aqui desde tempos imemoriais”, justificou.

    Passados cinco meses do discurso de posse, e na véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, a realidade insiste em desafiar as intenções do titular do Palácio do Planalto. Por uma conjunção de fatores, o compromisso do governo Lula em favor da sustentabilidade e da preservação dos biomas nacionais sofre profundos reveses. Os avanços ocorridos no início da atual gestão foram neutralizados por ações urdidas no Congresso Nacional, em particular na Câmara dos Deputados.

    A aprovação da MP 1.154/23 esvaziou o poder de ação das ministras Marina Silva e Sônia Guajajara, responsáveis pelas pastas de meio ambiente e dos povos originários. Ao retirar desses ministérios competências como o controle ambiental das águas e a demarcação de terras indígenas, o Parlamento desferiu um duro golpe nos planos ambientalistas do governo Lula. Nas palavras de Guajajara, a Câmara dos Deputados, sob controle da poderosa bancada ruralista e de setores conservadores, cometeu um “genocídio legislado”.

    Os parlamentares foram além. Ao aprovarem o PL 490/07, marcaram posição sobre o marco temporal, em mais uma ofensiva contra os povos originários. Pelo entendimento dos deputados, a demarcação das terras indígenas só será considerada para as comunidades que ocupavam o solo na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. Ainda que a proposição tenha de passar pelo Senado, os deputados impuseram uma dura derrota à política indigenista do governo Lula e deram um recado ao Supremo Tribunal Federal, que deve se debruçar sobre a questão esta semana.

    Os ataques à bandeira da sustentabilidade e do respeito aos povos indígenas mostram claramente que o presidente da República e seus auxiliares precisarão ir além das boas intenções. Será preciso muita articulação para dobrar forças políticas poderosas e obter avanços na agenda ambiental. Neste 5 de junho, há pouco a se comemorar. Ainda não está vencida a batalha contra aqueles que defendem uma “boiada” na Amazônia ou que auferem lucros escandalosos com o garimpo ilegal, o tráfico de drogas, a violência contra indígenas e outros ilícitos a corroer o patrimônio natural brasileiro.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/opiniao/capa_opiniao/)

  14. Miguel José Teixeira

    Coelho acorda timoneiro do Corinthians!

    O Corinthians perdeu para o América-MG em Belo Horizonte por 2 a 0, viu a sequência de três jogos de invencibilidade ruir e pode terminar a rodada do Campeonato Brasileiro dentro da zona de rebaixamento.

    Sob à ótica do estuprador de futebol, então foi goleada: 4 meio-gols a zero!!!

    Voltaram a pedir a cabeça do “luxa”!

  15. Miguel José Teixeira

    Sempre é bom lembrar que a traíra é predadora, canibal e transporta ParasiTas!

    Tebet pode ‘cair para o lado’: o Meio Ambiente
    (Coluna CH, DP, 04/06/23)

    A ex-senadora Simone Tebet (MDB), atual ministra do Planejamento, voltou a ser mencionada no Palácio do Planalto para ocupar o lugar de Marina Silva, cuja saída do Ministério do Meio Ambiente tem sido dada como inevitável, após reagir mal ao esvaziamento da pasta após a Câmara alterar a MP da Esplanada. Tebet chegou a ser oferecer para o Ministério no Meio Ambiente e Lula gostava da ideia. Mas Marina, à época, bateu o pé e não aceitou nada além do cargo que ocupa agora.

    Isolada
    Antes de perder poder, Marina rompeu com o líder do governo, senador Randolfe Rodrigues, que abandonou o Rede e deve ir para o PT.

    Escanteio
    Lula também esvaziou atribuições do Planejamento antes de entregá-lo a Tebet, que, sem Meio Ambiente, preferia Desenvolvimento Social.

    Jogo de cadeiras
    Ao contrário de Marina, Simone “cisca para dentro” do governo e não torna pública eventual insatisfação interna. Ganhou pontos no Planalto.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/fracasso-na-articulacao-politica-faz-lula-avaliar-saida-de-padilha)

  16. Miguel José Teixeira

    Vai aumentar os preços de todos os produtos para “baratear” os carros!

    “Governo estuda reonerar diesel para bancar desconto em carros.”
    O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda antecipar a volta dos impostos federais sobre o diesel para bancar o projeto que visa baratear o custo de carros no país. A volta do imposto está prevista para o ano que vem.
    . . .
    (+em: https://www.poder360.com.br/governo/governo-estuda-reonerar-diesel-para-bancar-desconto-em-carros/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral

    Matutando bem. . .

    Os caminhoneiros acabarão transformando o “L” em “arminha” contra o próprio “L” e nós, burros de cargas, novamente pagaremos a fatura!

    Alô, “inocentado zé trovão”!!!

  17. Miguel José Teixeira

    E o pior. . .também tem muitos com muita escolaridade!

    . . .”Para um país com tantos santos ungidos, alguns de pés de barro, outros verdadeiros santinhos do pau oco, não chega a ser surpresa que a população carente e com pouca escolaridade passe a santificar alguns desses mandachuvas políticos, endeusando-lhes como autênticos padroeiros dos despossuídos.”. . .

    “Santos do pau oco”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 03/06/23)

    Uma das consequências da chamada herança cultural política é que, em países em que esse nefasto fenômeno ocorre, não é raro o surgimento de lideranças partidárias que extrapolam o próprio círculo político em que atuaram a passam a representar não mais um indivíduo, mas uma verdadeira entidade. Criam, em torno delas, um movimento de cunho personalista. Esse evento, tão comum em nosso continente, resulta, na grande maioria das vezes, no aparecimento, quase que místico, de personalidades caudilhescas, populistas e demagogas — todas imantadas de uma oportunista áurea de salvadores da pátria. Trata-se aqui de um fato que, na maioria das vezes, tem trazido prejuízos imensos para à democracia e ao Estado democrático de direito, quando se verificam que autocratas passam a se impor e a se colocar acima das leis, principalmente aquelas que possam, de alguma forma, tolher seus anseios.

    Para um país com tantos santos ungidos, alguns de pés de barro, outros verdadeiros santinhos do pau oco, não chega a ser surpresa que a população carente e com pouca escolaridade passe a santificar alguns desses mandachuvas políticos, endeusando-lhes como autênticos padroeiros dos despossuídos. Por décadas e até séculos, essa divinização de políticos astutos beneficiou justamente uma casta de personalidades que, com toda certeza, ardem em fogo alto no inferno.

    Primeiramente, foi a imprensa escrita — no tempo em que havia impressa escrita e livre —, que esses falsários foram sendo desconstruídos um a um. Depois, vieram o rádio e a televisão, que passaram, a seu modo, a mostrar o que havia por trás das cortinas dos palácios. Hoje, com o advento das mídias sociais, foi erguido o que parece ser um vasto movimento do tipo iconoclasta, que arremete contra o chão essas falsas imagens santas, estilhaçando-as uma a uma. Finalmente, o altar, onde repousavam os santos políticos e ocos, foi varrido pelos ventos uma modernidade que não tolera nem aceita coisas como a apostasia ou a idolatria, dentro do que pregava Jeremias 17:5 “Maldito homem que confia no homem”.

    De fato, as mídias sociais lançaram por terra uma legião de falsos profetas, embora alguns ainda insistam em permanecer instalados num altar onde não há lugar para embusteiros. Hoje, em pleno século 21, há aqueles os que teimam em acender velas para Lulismo ou para o Bolsonarismo, acreditando que esses personagens têm o condão de salvar o país das trevas. Nada mais falso, inútil e tardio. Mas, antes de tudo é preciso destacar aqui as diferenças existentes entre esses dois santinhos, que, de uma maneira ou de outra serviram para elevá-los ao altar de divindades populistas.

    Lula, a alma autodeclarada mais honesta do país, que se comparou ao próprio Cristo, fez o que pôde para ser entronizado no altar dos santos caudilhos. Bolsonaro não se empenhou para tanto e foi elevado à essa condição pela inércia da herança cultural e política que insiste em permanecer entre nós. Um foi desmascarado pelos escândalos de corrupção, exaustivamente mostrados pelas mídias sociais. Outro foi exposto e perseguido sem trégua por uma mídia parcial, por se apresentar tal como era foi levado também ao altar dos caudilhos, mesmo contra a vontade.

    Um foi elevado pelo sistema. Outro foi degredado pelo mesmo sistema. Nenhum dos dois são santos ou salvarão a pátria. Ambos serão lembrados pela história. Cada um por suas ações, e não por seus milagres.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/03/interna_opiniao,385034/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  18. Miguel José Teixeira

    . . .”Engajado na defesa do Estado democrático de direito, o Correio Braziliense não se curvou às intempéries políticas, que assolaram o país, ao longo dos anos. Manteve-se firme no compromisso de “ser útil” à sociedade, à defesa dos direitos humanos e, sobretudo, à liberdade de imprensa. Impulsionado por esses compromissos, o jornal tem sido um veículo transformador na capital da República, por meio de iniciativas que visam o bem-estar de cada cidadão brasiliense.”. . .

    “Dia da Imprensa: Correio é homenageado”
    (Visão do Correio (Braziliense), CB, 03/06/23)

    O Dia da Imprensa, definido como 1º de junho, foi celebrado ontem em homenagem do Senado Federal ao diplomata e jornalista José Hipólito da Costa e ao Correio Braziliense, que nasceu com Brasília, em 21 de abril de 1960. A iniciativa foi da senadora Leila Barros (PDT-DF), acolhida pelos integrantes da Câmara Alta. Há 63 anos, o jornal foi fundado por Assis Chateaubriand, jornalista, escritor e advogado, que resgatou o nome do periódico mensal criado por José Hipólito da Costa, em Londres, em 1808. Eis a razão de Braziliense ser grafado com “z”.

    Ao longo de seis décadas, o Correio Braziliense, a cada edição, se mantém fiel, à introdução do primeiro número da versão londrina original, escrita por José Hipólito: “O primeiro dever de um homem em sociedade é ser útil aos membros dela; a cada um deve, segundo suas forças físicas, ou morais, administrar, em benefício da mesma, os conhecimentos, ou talentos, que a natureza, a arte, ou a educação lhe prestou”. Não por acaso, se tornou o mais importante veículo de comunicação da capital da República, com o compromisso diário de levar aos brasilienses os fatos mais importantes da cidade, do país e do mundo.

    Engajado na defesa do Estado democrático de direito, o Correio Braziliense não se curvou às intempéries políticas, que assolaram o país, ao longo dos anos. Manteve-se firme no compromisso de “ser útil” à sociedade, à defesa dos direitos humanos e, sobretudo, à liberdade de imprensa. Impulsionado por esses compromissos, o jornal tem sido um veículo transformador na capital da República, por meio de iniciativas que visam o bem-estar de cada cidadão brasiliense.

    A campanha pela paz no trânsito, promoveu o respeito à faixa de pedestres. Milhares de vidas foram salvas na cidade, e os motoristas sensibilizados sobre a importância do respeito à vida. O jornal tornou-se exemplo para o restante do país. E nesse compasso de priorizar a vida, o respeito e a cordialidade entre os iguais, o Correio assumiu a bandeira do antirracismo. Nas edições de sábado, traz no alto da página de Opinião artigos afirmativos, em que especialistas e profissionais de diferentes áreas expressam suas experiências e ações contra quaisquer formas de preconceito e discriminação.

    Nessa pauta, estão as mulheres, os LGBTQIAP+ e as injustiças sociais e econômicas. Ao mesmo tempo, cobra melhor oferta de serviços sob responsabilidade do Estado, como educação, saúde, segurança pública e redução das desigualdades, meio ambiente. Exalta a arte e a cultura, que dão cores e alegrias aos humanos.

    O Correio, como a maioria dos veículos de comunicação, se adequou aos avanços tecnológicos. Com a sua versão virtual (site), transmite, em tempo real, entrevistas sobre temas importantes da atualidade, com especialistas e autoridades dos mais diferentes setores — ciência, política, economia, saúde e outros — que impactam a vida em sociedade.

    Por meio desses instrumentos que os avanços da ciência e da tecnologia ofereceram à comunicação, o jornal aguçou a sua preocupação em criar barreiras à disseminação de informações falsas, as chamadas fake news, que tantos males causam aos cidadãos e à sociedade, favorecendo tomadas de decisões e comportamentos inadequados à construção de um país melhor.

    Ao ser homenageado, o Correio divide esse momento especial com todos da sua equipe de jovens e profissionais maduros, que dão concretude, dia após dia, ao compromisso maior de servir com dignidade e respeito à sociedade. Não poderia deixar de agradecer à ousadia e à coragem dos criadores de Brasília — o então presidente Juscelino Kubitschek, o urbanista Lucio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer —, espaço privilegiado para este veículo dos Diários Associados.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/03/interna_opiniao,385026/dia-da-imprensa-correio-e-homenageado.shtml)

  19. Miguel José Teixeira

    . . .em outras palavras: “bola pro mato que o jogo é de campeonato”!

    “Europa inspira Copa do Brasil”
    (Marcos Paulo Lima, CB, 03/06/23)

    Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração de Jorge Sampaoli, Vanderlei Luxemburgo, Renato Gaúcho e Renato Paiva, respectivamente, nas classificações de Flamengo, Corinthians, Grêmio e Bahia às quartas de final da Copa do Brasil? Há uma coincidência entre as escolhas táticas dos quatro técnicos. Os quatro usaram sistema de jogo odiado pela maioria dos torcedores de times brasileiros — mas admirado pelos próprios quando se derretem em elogios aos finalistas da Liga dos Campeões da Europa Manchester City e Internazionale.

    Sampaoli, Luxemburgo, Renato Gaúcho e Paiva recorreram a uma linha de três zagueiros na luta pela sobrevivência dos times comandados por eles na Copa do Brasil. Há pelo menos duas ignorâncias táticas no nosso país: taxa quem joga com três zagueiros ou três volantes de retranqueiro.

    Pelo menos três seleções foram campeãs da Copa do Mundo utilizando 3-5-2 e variáveis como 3-4-3 ou 3-4-1-2. Todas agradáveis de ver, com estilo próprio e a personalidade do treinador. A Argentina de Carlos Salvador Bilardo (1986), a Alemanha de Franz Beckenbauer (1990) e o Brasil de Luiz Felipe Scolari (2002). Restrinjo-me à campanha do penta: como pode ser defensivo um time protagonista de 18 gols em sete jogos, com direito a Cafu, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo na mesma prancheta?

    Finalistas da Uefa Champions League, Manchester City e Internazionale são configurados, respectivamente, por Pep Guardiola e Simone Inzaghi, nos sistemas 3-2-4-1 e 3-5-2. As três torres da trupe inglesa são Walker, Rúben Dias e Akanji. O time italiano ostenta Darmian, Acerbi e Bastoni. Portanto, quem um dia irá dizer que a velha nova modernidade não inspira mentes abertas como as de Sampaoli e Renato Paiva; ou bloqueadas ao upgrade como Luxemburgo e Renato Gaúcho? Vamos didaticamente para a prancheta…

    Sampaoli programou o Flamengo com Fabrício Bruno, David Luiz e Léo Pereira a fim de aniquilar o ataque do Fluminense. A defesa rubro-negro resistiu na vitória por 2 x 0. Atual campeão da Copa do Brasil, o camaleão Flamengo segue em defesa do título.

    Vanderlei Luxemburgo reinventou o Corinthians — e confundiu o Atlético-MG — usando sistema incomum na biografia. Os grandes times do professor dificilmente eram formatados com três zagueiros. Um Timão ofensivo triunfou por 2 x 0 e eliminou o Galo nos pênaltis. Os zagueiros Bruno Méndez, Gil e Murillo tiveram exibições impecáveis.

    Renato Gaúcho usou linha de cinco contra o Cruzeiro, no Mineirão. No miolo dela, três torres: Bruno Uvini, Bruno Alves e Kanneman. Deu Grêmio 1 x 0.

    O português Renato Paiva configurou o Bahia com Kanu, Davvid Duarte e Vitor Hugo na linha de três. Empatou com o Santos e prevaleceu nos pênaltis. Palmas para a semana da linha de três.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/03/interna_opiniao,385025/europa-inspira-copa-do-brasil.shtml)

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