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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLVIII

66 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLVIII”

  1. Miguel José Teixeira

    De suPeTão enquanto o Congresso anda meio avoadão!

    1) “Governo Lula promete acelerar liberação de nomeações e emendas em troca de votos no Congresso.”
    (+em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/governo-lula-promete-acelerar-liberacao-de-nomeacoes-e-emendas-em-troca-de-votos-no-congresso,ee1468cb113c701e8d7739bdb98eb4b686utw641.html)

    2) “Lula libera em 1 dia mais dinheiro de emendas do que em 4 meses.”
    (+em: https://www.poder360.com.br/governo/lula-libera-em-1-dia-mais-dinheiro-de-emendas-do-que-em-4-meses/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)

  2. Miguel José Teixeira

    . . .e a SUVACO vai para. . .

    Ex-senador petista é o novo comandante da Sudam
    (Redação O Antagonista, 10/05/23)

    O governo Lula deu a Paulo Rocha (foto), ex-senador pelo partido, o cargo principal na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A nomeação foi feita nesta quarta-feira (10), pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

    Paulo Rocha foi senador até fevereiro deste ano, pelo PT do Pará. Antes, havia sido deputado por cinco mandatos seguidos, até 2011. Seu nome esteve envolvido nas denúncias do mensalão, o que levou à renúncia do seu cargo como deputado, em outubro de 2005.

    Na semana passada, o governo destinou a Sudeco, que tem a mesma função da Sudam na região Centro-Oeste, para uma ex-deputada do União Brasil. A Suframa, que cuida especificamente da Zona Franca de Manaus, ficou com Bosco Saraiva, ex-deputado pelo Solidariedade.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/ex-senador-pelo-pt-e-o-novo-comandante-da-sudam/?utm_medium=email&_hsmi=257838216&_hsenc=p2ANqtz–wBjdVJ1Sfw1bIUuawL5cbwnWTUb5aBJWzG83d2-NwjbTAoc-NS1rft_10FX7Otnj33xhIruCsBbc-GMlA39b8kiYZLQ&utm_content=257838216&utm_source=hs_email)

  3. Miguel José Teixeira

    Seguramente não será a sua morte que a calará!

    “Delicadamente audaciosa”
    (Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 10/05/23)

    Rita Lee é autora da trilha sonora de nossas vidas. É uma personagem íntima de milhares de brasileiros. Inventou canções que já nasceram clássicas, que falavam por nós, que tiravam a palavra e a melodia de amor da nossa boca. Agora só falta você. Meu bem você me dá água na boca. Nada melhor do que não fazer nada. Só pensar em você. Agora é hora de assumir e sumir. A gente faz amor por telepatia.

    Tenho a impressão de que todos nós já nascemos com uma idade e, ao longo da vida, só desenvolvemos, depuramos ou decantamos essa condição. Rita Lee sempre foi uma adolescente nata, não importa a idade que tivesse, impulsionada pela audácia, a irreverência e a rebeldia, mas sem perder a ternura jamais.

    Era belíssima na juventude. Na reta final da vida, perdeu a saúde, mas, o humor, nunca. Nos últimos momentos, apelidou o câncer que consumiu sua vida de “Jair”. Não é à toa que foi considerada a padroeira das ovelhas negras.

    Mesmo nunca sendo roqueiro, em meados da década de 1970, eu viajava de Brasília até São Paulo com o objetivo de fazer uma varredura nos sebos para comprar os discos dos Mutantes. Pouco antes, em 1968, quando morava em São Paulo, havia assistido à perfomance impactante de Gilberto Gil com os Mutantes em um festival de música popular, que embaralhava tudo, misturava o som de berimbau, guitarras, ritmos populares e arranjos eruditos.

    Aquilo caiu como um disco voador em minha cabeça. O encontro dos Mutantes com os baianos era, em si mesmo, a revolução tropicalista, que abalaria a cultura brasileira e produziria efeitos por várias décadas.

    Mais tarde, Rita confessaria que os baianos a apresentaram ao Brasil. Os irmãos mutantes Arnaldo e Sérgio eram tremendos instrumentistas, conheciam música como virtuoses eruditos e tocavam como roqueiros ensandecidos, produzindo distorções que pareciam nos transportar para espaços intergalácticos. Gostava, principalmente, de Ando desligado, canção romântica, mas com um acento auto-irônico. A minha banda ideal teria os irmãos mutantes na guitarra e no teclado/baixo, mas com a poesia de Renato Russo e a dramaticidade da Legião Urbana.

    Rita Lee sempre esteve na linha de frente da performance anárquica. Mas, ao se separar de Sérgio, seguiu carreira solo e há uma cena simbólica e reveladora: reza a lenda que, no primeiro show de Rita, Sérgio e Arnaldo se sentaram na primeira fila e brindaram a ex-parceira com uma tremenda vaia. Há vaias que constrangem e há vaias que consagram. Aquela era uma vaia consagradora. Rita decolou em brilhante carreira solo.

    Entendeu a provocação do tropicalismo de uma maneira muito singular e original. Construiu o próprio caminho. Falou do amor e do desejo do ponto de vista feminino, compôs canções inspiradas que batem diretamente no coração. Sem fazer pose ou rezar por nenhuma cartilha feminista, ela abriu caminho para as mulheres com a atitude audaciosa, delicadamente audaciosa, sob o lema não provoque a cor de rosa choque. Rita deixa um legado de coragem, liberdade e lindas canções, modernas e eternas.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/05/10/interna_cidades,383955/cronica-da-cidade.shtml)

    E depois de tudo que já escreveram e falaram sobre a Imortal Rita Lee, dá para acreditar que ela interpretou a música Joseph?

    https://www.google.com/search?q=rita+lee+e+meu+bom+jose&sxsrf=APwXEdcBOuimjlqbzrhOdAtWHGwYzo6YUQ%3A1683760618480&source=hp&ei=6iVcZJLZGtXR1sQPxp2F8AE&iflsig=AOEireoAAAAAZFwz-sOPPuo-H-xWG4_f0aA1j0BMQ8jV&ved=0ahUKEwiS9rGM8ev-AhXVqJUCHcZOAR4Q4dUDCAk&uact=5&oq=rita+lee+e+meu+bom+jose&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAMyBAgjECcyBggAEBYQHjIGCAAQFhAeOgcIIxCKBRAnOg0ILhDHARDRAxCKBRAnOgsILhCABBCxAxCDAToLCAAQgAQQsQMQgwE6DgguEIoFELEDEIMBENQCOhEILhCABBCxAxCDARDHARDRAzoLCAAQigUQsQMQgwE6BwguEIoFEEM6CwguEIMBELEDEIAEOgQIABADOg4ILhCABBCxAxCDARDUAjoOCC4QgwEQ1AIQsQMQgARQAFjlJGDfJWgAcAB4AIABrwOIAYEekgEKMC4xNi4yLjEuMZgBAKABAQ&sclient=gws-wiz#fpstate=ive&vld=cid:99a8eeb0,vid:pjgS7zndqRk

  4. Miguel José Teixeira

    Ferro no “CUmunistchinha” freixo! Senão. . .ele deita e rola no dinheiro do Sistema S! (III)

    “Cabo de guerra”
    Do outro lado, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, segue em intensa agenda de reuniões com as bancadas de senadores. Está distribuindo nota técnica em que cita dados colhidos nos sites da transparência do Sesc e Senac. O documento mostra que todo ano “sobra em média R$ 2 bilhões do orçamento das entidades.” Freixo tenta convencer os parlamentares que a Embratur pede algo em torno de R$ 442 milhões, e que isso “não vai afetar nenhum serviço prestado pelo Sesc/Senac”.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/05/10/interna_cidades,383937/capital-s-a.shtml)

    Se matutar e sem PesTanejar, o “ParasiTão”! Se todo ano “sobra” dinheiro no Sesc e no Senac, seguramente é porque suas gestões não estão nas mãos da corja vermelha!!!

    Caso contrário, faltaria. . .

  5. Miguel José Teixeira

    Ferro no “CUmunistchinha” freixo! Senão. . .ele deita e rola no dinheiro do Sistema S! (II)

    “Protesto”
    O Sesc no Distrito Federal organizou uma manifestação pacífica em frente ao Congresso contra o projeto. Carretas de atendimento à população, pessoas atendidas pelos programas da entidade e colaboradores foram lá pedir que os parlamentares não levem adiante o corte de recursos para o setor. O presidente da Fecomércio DF, José Aparecido Freire, foi para o carro de som falar em defesa do Sesc e do Senac.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/05/10/interna_cidades,383937/capital-s-a.shtml)

  6. Miguel José Teixeira

    Ferro no “CUmunistchinha” freixo! Senão. . .ele deita e rola no dinheiro do Sistema S!

    “Confederações empresariais se unem contra PL da Embratur”
    CNI, CNA, CNT e CNCoop se uniram à CNC contra o projeto de lei que retira 5% do orçamento anual do Sesc e Senac para destinar à Embratur. As confederações entregaram ontem carta-manifesto a senadores contra a proposta, que foi aprovada recentemente na Câmara dos Deputados. Assinaram os presidentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros; da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga; da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins; da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Vander Costa; e da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), Márcio Lopes de Freitas.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/05/10/interna_cidades,383937/capital-s-a.shtml)

  7. Miguel José Teixeira

    Fizeram “L” juntos! Portanto, permanecem mamando juntos!

    “Casal Rollemberg no governo Lula”
    A ex-primeira-dama Márcia Rollemberg assumiu o cargo de secretária de Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, a convite da titular da pasta, Margareth Menezes. É a segunda vez que a assistente social exerce o cargo. Ela esteve na função entre 2011 e 2014. Nas redes sociais, o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) parabenizou a mulher: “Sei como ninguém da sua capacidade, da sua dedicação, do seu compromisso com a cultura e com o Brasil”. Rollemberg também está no governo Lula, como secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/05/10/interna_cidades,383925/eixo-capital.shtml)

  8. Miguel José Teixeira

    “Favoritismo de Zanin ao STF avança com respaldo de Lira, Pacheco e ministros da corte”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/05/favoritismo-de-zanin-ao-stf-avanca-com-respaldo-de-lira-pacheco-e-ministros-da-corte.shtml)

    Se, como alega a corja vermelha “moro prendeu o lula para eleger o capitão zero zero” e “prova disso foi aceitar ser seu ministro da Justiça”, então, caso lula emplaque seu advogado de defesa no STF, significa que. . .

    Respostas para a JBG, no Gabinete de Assuntos Estratégicos em Políticas Públicas

    1. Miguel José Teixeira

      Em tempo: favor enviar dentro do envelope, selos postais, caso o Gabinete resolva agradecê-lo pela participação na enquete. “Sacumé, né”! Assessoria franciscana, tanto que nem a titular tem cartão corporativo para “auxiliar” na confecção de sua exótica indumentária!

  9. Miguel José Teixeira

    Como teclo frequentemente, não são certas composições antigas que são atuais, somos nós, humanoides, que insistimos em repetir velhos erros!

    Em tempos de Putin e fake news, a obra de Rita Lee permanece mais atual do que nunca. Na voz de Elis Regina, a ironia da cantora mostra-se atemporal. “Alô alô marciano/ Aqui quem fala é da Terra/ Pra variar estamos em guerra/ Você não imagina a loucura/ O ser humano tá na maior fissura porque/ Tá cada vez mais down in the high society.”
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/10/interna_politica,383973/brasilia-df.shtml)

    https://www.google.com/search?q=alo+alo+marciano+elis+regina&sxsrf=APwXEde640lauPmr_DWHPsTr2LwrnOsBxw%3A1683730534035&source=hp&ei=ZbBbZJ2qPOvY1sQPhPub4Ag&iflsig=AOEireoAAAAAZFu-dguAVS3aPNzW7eHrOb6RCdi9R6ry&ved=0ahUKEwjd8ICDgev-AhVrrJUCHYT9BowQ4dUDCAk&uact=5&oq=alo+alo+marciano+elis+regina&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAMyBQguEIAEMgYIABAWEB4yBggAEBYQHjIKCAAQFhAeEA8QCjIGCAAQFhAeMgYIABAWEB4yBggAEBYQHjoHCCMQigUQJzoRCC4QgAQQsQMQgwEQxwEQ0QM6CwguEIoFELEDEIMBOggIABCABBCxAzoOCC4QgAQQsQMQxwEQ0QM6BAgjECc6CwguEIAEELEDEIMBOgsIABCABBCxAxCDAToICC4QgAQQsQM6BQgAEIAEOg4ILhCKBRCxAxCDARDUAjoNCC4QigUQsQMQgwEQQzoHCAAQigUQQzoLCC4QgAQQxwEQrwE6DgguEIAEELEDEIMBENQCOhEILhCDARCvARDHARCxAxCABDoKCAAQigUQsQMQQzoLCC4QrwEQxwEQgAQ6CwgAEIoFELEDEIMBOgoILhCKBRCxAxBDOg4ILhCDARDUAhCxAxCABFAAWJ0kYJQmaABwAHgBgAHbA4gBhS2SAQowLjIxLjMuMS4zmAEAoAEB&sclient=gws-wiz#fpstate=ive&vld=cid:a89c6b58,vid:GjWuop9G6bU

  10. Miguel José Teixeira

    O que o “pavãozinho suro”, aquele que perdeu o rabo na CPI da Covid, perderá na CPMI dos Atos de 8 de janeiro?

    “Conexão covid”
    O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acredita que a CPMI dos Atos de 8 de janeiro será instalada na próxima semana. Vice-presidente da CPI da Covid, o senador é nome certo para integrar o colegiado que investigará os ataques golpista do início do ano. E chama atenção para a participação de bolsonaristas conhecidos: o tenente-coronel Mauro Cid e o coronel Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/10/interna_politica,383973/brasilia-df.shtml)

    Perderá a excelente oportunidade de “calar-se e deixar que as pessoas pensem que é um idiota do quer falar e acabar com a dúvida.” (Abraham Lincoln).

  11. Miguel José Teixeira

    . . .”Melo considera um erro o presidente Lula assumir diretamente a articulação política, como vem sendo anunciado, porque não haveria mais arbitragem, nem a quem reclamar, muito menos quem culpar pelas derrotas.”. . .

    “Modelo de articulação de Lula está em colapso”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 10/05/23)

    O cientista político Carlos Melo, professor sênior do Insper, é mais um analista da conjuntura a convergir para o diagnóstico de que o modelo de formação de maioria adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode estar esgotado. Segundo ele, as derrotas na Câmara e a instalação de duas comissões parlamentares de inquérito indesejadas pelo Palácio do Planalto sinalizariam a impossibilidade de formação de uma base parlamentar ampla por meio apenas da formação de um governo de ampla coalizão. “O Executivo ainda perambula sôfrego pelos corredores do Congresso, sem consolidar maioria digna e segura para chamar de sua. Isso é pouco comum já com quase cinco meses de governo”, avalia.

    Melo considera um erro o presidente Lula assumir diretamente a articulação política, como vem sendo anunciado, porque não haveria mais arbitragem, nem a quem reclamar, muito menos quem culpar pelas derrotas. Para o cientista político, a dinâmica da formação da maioria passa por transformações. “É possível que nada seja suficiente para deter esse processo. A hipótese a considerar é que há uma crise de modelo e a simples ação direta e pessoal do presidente pode até amenizar o problema, mas não o resolverá”, escreveu no seu Headline Ideias em Foco.

    Estariam em curso “mudanças estruturais deletérias”, que podem resultar no colapso do atual modelo de formação de maioria no Congresso. “Ideal como método seria forjar coalizações a partir de grandes projetos de futuro. Com a legitimidade da vitória eleitoral e a mobilização social, os partidos se alinhariam — a maior parte, a favor do governo. Pequenas concessões aqui e acolá dariam feição à coalizão. Instável e dependente de compromissos, a maioria seria política e programática. Por exemplos, são assim a ‘Geringonça’ portuguesa e a atual coalizão alemã.”

    “Acontece que não vivemos num mundo ideal”, pondera. O sistema político brasileiro seria avesso a princípios etéreos e a demonstrações de desapego político-material. Ao longo de décadas, houve pactos e arranjos bem realistas e integrados à cultura política nacional, cujo padroeiro, São Francisco de Assis, é operador espiritual do sistema “é dando que se recebe”. Segundo Melo, três modelos distintos de formação de maiorias congressuais foram colocados em prática, sobretudo, a partir da Câmara dos Deputados, com natural acomodação do Senado.

    Coalizão sem base

    Modelo 1: o governo define a base. Devido ao elevado número de partidos e sem maioria conquistada na eleição, os cargos no governo são compartilhados por meios de dois grandes recortes: bancadas e região. As maiores bancadas são recompensadas com “número de ministérios compatível com sua importância”. Maior a bancada, maior a quantidade de ministérios. Em paralelo, dá-se atenção aos estados atraindo governadores. Isso depende de partidos minimamente coesos: direções partidárias atuantes e lideranças de bancadas representativas e capazes para articular e convencer parlamentares mais ou menos disciplinados pela fidelidade partidária. Na prática, as bancadas substituem as legendas e são estilhaçadas pelos interesses e ações avulsos de seus membros.

    Modelo 2: A Lei de Muricy. No governo Bolsonaro, os líderes de partidos menores buscaram o mínimo de aglutinação sob o abrigo do Centrão, um aglomerado de interesses dispersos. A expertise de seus próceres viabiliza recursos que serviram para cooptação individual, não mais coletiva. A emenda individual aprovada no Orçamento da União é hoje o instrumento mais elementar e importante da ação parlamentar. Na Lei de Muricy, onde cada um cuida de si, “quem quer rir tem que fazer rir”. O Executivo acomoda-se, dependente de acertos pouco transparentes feitos no Congresso.

    Modelo 3: híbrido e castrado. É o ajuste entre a composição ministerial e o idealismo programático. A formação de maioria se daria por meio dos ministérios e da ação dos ministros, mas também com relevante papel de uma agenda governamental, com aperfeiçoamentos institucionais, transformações estruturais e reformas adequadas ao desenvolvimento econômico e social. E, claro, com amplo apoio na sociedade. Foi o caso dos governos de Fernando Henrique Cardoso, com o Plano Real, e mesmo de Lula, com a emergência do crescimento econômico e da premência da inclusão social. Fizeram concessões. Cederam cargos e recursos, mas formaram maiorias e colheram frutos na condução do processo político e na aprovação de reformas no Parlamento. Conduziram o atraso, mas não perceberam o que ali se gestava.

    Para Carlos Melo, o atual governo arrisca-se num conflito imponderável e numa luta provavelmente inglória. “Ministérios já não interessam”, disse Arthur Lira. E nem interessa aos ministros entregarem-se a toda sorte dos orçamentos secretos que não controlam. Caso clássico é do União Brasil, cujo quinhão de três ministérios não resulta em qualquer compromisso. Menos ainda, votos.”

    Lula estaria no meio de um tiroteio. “É alvo tanto daqueles que, romanticamente, defendem certa pureza de princípios, como dos que entendem justamente o contrário. É sutilmente questionado pela burocracia de seu próprio governo, que se opõe ao desperdício de recursos escassos, como também é pressionado por quem os tem como combustível vital de ação política”, avalia o professor do Insper.

    Na realidade, sem base organizada, o governo se imobiliza. Os que sonham com a terceira via torcem pelo fracasso de Lula; e as forças de direita que apoiaram Bolsonaro se rearticulam no Congresso.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/10/interna_politica,383944/nas-entrelinhas.shtml)

  12. Miguel José Teixeira

    . . .”A quem responde o Supremo? Um mandatário de Minas Gerais, que preside o Senado e é advogado, não se percebe responsável perante o Parlamento, a Constituição, os mineiros e o país.”. . .

    “Como vai acabar?”
    (Alexandre Garcia, CB, 10/05/23)

    Visitei o Parlamento português e lá me perguntaram sobre as bases constitucionais das decisões do Supremo nesses últimos anos. Respondi que sei tanto quanto os portugueses. Que se eu ler um artigo da Constituição, encontro uma norma fácil de entender; se me inteirar de decisões do Supremo sobre o mesmo tema, encontro, muitas vezes, conclusão oposta. Suponho que os juízes da Suprema Corte estejam dotados da percepção do que está implícito nas letras, palavras e frases da Constituição. Eu, parvo cidadão não-supremo, só consigo ler o que está explícito, como acredita o doutor Ulysses, presidente da Constituinte, no discurso com o qual nos entregou a Constituição. Como cobri diariamente os trabalhos dos constituintes, até com um programa semanal na tevê chamado “Brasil Constituinte”, e não querendo ficar só nessa antileitura constitucional, fico augurando que os principais relatores da Carta Magna, Bernardo Cabral e Nélson Jobim, expliquem, já que não consigo, para os deputados portugueses o que está a acontecer. Sim, e expliquem também para os brasileiros.

    Há um silêncio grande na mídia, que eu prefiro interpretar como de perplexidade. Talvez seja a reboque daquele refrão em que decisão da Justiça não se discute; se cumpre. Ou do temor, também vindo da sabedoria popular, de que não se briga com quem usa saia: mulher, padre e juiz. Já na minha rebeldia pró-justiça, não consigo me aquietar nessa antiga paixão pela Constituição. Durante o governo militar, eu andava com ela no bolso, principalmente quando presidia o centro acadêmico, na PUC, em Porto Alegre. Constituição, para mim, é garantia, fundamento, fundação, ordem. Hoje, nem os princípios do devido processo legal estão à vista, como juiz natural, inércia do juiz, Ministério Público essencial, ampla defesa, contraditório…

    Meu consolo é que, almoçando com uma juíza criminal veterana, soube que ela tem a mesma dúvida sobre se vivemos num estado de direito. E o pior: ela sente isso entre a magistratura em geral. No Palácio de Queluz, onde nasceu e morreu nosso proclamador da independência, advogados paranaenses que encontrei me garantem que o estado de direito já deixou de existir. Ocioso perguntar como aconteceu, mas, sim, como deixamos que acontecesse? A quem responde o Supremo? Um mandatário de Minas Gerais, que preside o Senado e é advogado, não se percebe responsável perante o Parlamento, a Constituição, os mineiros e o país.

    Eu não gostava das aulas de latim, mas aprendi muitas frases dos antigos romanos, como esta, do advogado Cícero, autor de Da República e Das Leis: Quousque tandem, Catilina, abutere patientia nostra? Até quando abusarás da nossa paciência? A corda da paciência cidadã parece estar sendo esticada, até que nos retirem todas as nossas liberdades. Um deputado português me perguntou como pode acabar. É outra resposta que não tenho. A razão me alerta que, num caso assim, um dia a corda esticada arrebenta, inevitavelmente, de um lado ou de outro, o que prenuncia que não acaba bem.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/10/interna_politica,383939/como-vai-acabar.shtml)

  13. Miguel José Teixeira

    . . .”Num país movido a base dos derivados do petróleo, as altas de preços indicam, internamente, sempre um governo sem rumo.”. . .

    “Governo bom é aquele que controla os preços”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 10/05/23)

    Mais forte e visível do que os boletins oficiais, apresentados quase que diariamente mostrando o comportamento dos números da economia no Brasil, é o contato direto dos consumidores com essa realidade, quando vão ao mercado, ao shopping ou aos postos de combustível. Como repetia o filósofo de Mondubim: Cada dia com sua aflição.

    Os preços sobem num ritmo que obedece, quase que exclusivamente, ao humor dos mercados, bastando para isso que se observe o fluxo e o aumento da procura. Para os brasileiros, de forma geral, esse é um fato já de conhecimento de todos, sendo que as estratégias para o vencer permanecem as mesmas de outros tempos. Diminuir o consumo é uma delas. Outra, é buscar preços com base em pesquisas. Mais um método de enfrentamento da crise é deixar de consumir ou substituir um bem por outro de menor valor. De qual forma, há sempre nesse encontro com a subida dos preços, uma boa dose de frustração e desalento.

    O passado, entre nós, é aquela ponta do tempo que teima em não passar ou ficar parado no espaço. Abastecer o carro é sempre uma surpresa quando se nota que pelo mesmo valor pago antes, já não se compra a mesma quantidade de combustível. O inverso é sempre uma miragem. Nesse ponto específico, o preço do petróleo tornou em nosso país um indicador do sucesso ou da reprovação de qualquer governo. Num país movido a base dos derivados do petróleo, as altas de preços indicam, internamente, sempre um governo sem rumo. A estabilidade nos preços ou mesmo sua redução, indica o contrário, ou seja, um governo que possui as rédeas da economia, consegue o que todos esperam: previsão e estabilidade da moeda.

    De tão importante, o preço dos combustíveis deveria servir como indicador que marca o grau de governabilidade dos mandatários. Maior preço nos derivados de petróleo, menores os índices de aceitação do governo. O que espanta o cidadão contribuinte é que mesmo que o país possua uma das maiores multinacionais do petróleo e muitas jazidas promissoras desse mineral, ainda assim o consumidor paga preços mais altos do que seus vizinhos que não possuem nem uma coisa nem outra. A explicação está mais na condução da política do que nas oscilações do petróleo no mercado mundial. Há algo errado com nossos políticos e há algo de errado também nessa estatal portentosa. Como é possível que os mais sofisticados economistas do país, não tenham conseguido, até agora, chegar à uma fórmula matemática que livre os brasileiros das constantes oscilações de alta nos preços dos combustíveis? Ou há algo errado com nossos economistas? Pela variação dos preços desse bem, sempre em sentido ascendente, temos que até hoje os brasileiros não sabem o que é um governo capaz de controlar essa comoditie sem abalos e sem sofrimento para os consumidores.

    Da alta desse produto, todos sabem, resultam efeitos deletérios que vão destruindo nossa economia pelas beiradas. Um desses reflexos indiretos pode ser conferido pelos consumidores, com a quantidade de empresas de varejo que fecharam as portas nesses últimos meses e a quantidade de pessoas que foram demitidas desse importante setor da nossa economia. Lojas de departamento, outrora grandes e tradicionais, simplesmente fecharam as portas e demitiram massas de trabalhadores. É visível a quantidade de lojas fechadas nos shoppings e nas ruas do país. A quebradeira é geral. Um passeio pela W3 é o retrato da situação. O anúncio de que outros gigantes do varejo irão fechar as portas já é conhecimento de muitos.

    Não se pode negar que a cada aumento nos preços do petróleo aumenta também o número de desempregados. Há de fato alguma coisa errada com esses reajustes. Os efeitos indiretos provocados pelos aumentos sucessivos nos preços dos derivados de petróleo, atingem negativamente os brasileiros de diversas formas, inclusive aumentando o número de inadimplentes, que nesse momento bate todos os recordes, com mais de 43% dos cidadãos, com mais de 18 anos citados no Serasa por calote nas dívidas. Nunca, em tempo algum houve tantos brasileiros na condição de inadimplentes, sobretudo nos centros urbanos. Pior é que o calote é como uma bola de neve que cresce tanto para o devedor como para aqueles a quem deve, provocando um fenômeno em cadeia que se espalha e lá na ponta obriga o varejo ou o pequeno comércio fecharem as portas. Talvez seja essa a maldição que muitos acreditam estar ligada ao petróleo. O caso da vizinha Venezuela é exemplar.

    Sentada numa das maiores reservas de petróleo do planeta, aquele país assiste até a uma falta de combustível nos postos locais. Culpa da política. Há muitas coisas erradas naquele país. Pudessem os salários e abonos dos dirigentes dessa nossa estatal serem regulados de forma inversa, a coisa mudaria de figura. Os aumentos nesses salários seriam calculados com os mesmos valores e índices que determinaram a redução nos preços dos combustíveis. A cada queda dos preços na bomba, corresponderia um aumento nos bônus desses diretores. Há de fato aqui também, alguma coisa errada com os proventos desses diretores.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/05/10/interna_opiniao,383935/visto-lido-e-ouvido.shtml)

    O piNçador Matutildo, piNçou:

    “Como é possível que os mais sofisticados economistas do país, não tenham conseguido, até agora, chegar à uma fórmula matemática que livre os brasileiros das constantes oscilações de alta nos preços dos combustíveis?”

    E o Bedelhildo, emendou:

    É melhor perguntar lá no posto ipiranga!

  14. Miguel José Teixeira

    Uai, sô! Agradeça o elogio, mas. . .mantenha distância dele. Braga Netto não tem votos!

    “Braga Netto elogia Zema: “É um nome forte”
    (Redação O Antagonista, 10/05/23)

    Vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições do ano passado, o general Braga Netto (PL, foto) fez elogios a Romeu Zema (Novo). Em entrevista ao programa F5 da FM O Tempo, o ex-ministro enalteceu os feitos do governador de Minas Gerais e disse que ele é um nome forte para o futuro político recente.

    “O governador Zema pegou o estado numa situação calamitosa e fez uma gestão extraordinária. O Estado ainda está em recuperação fiscal, a gente tem acompanhado. Realmente, o Zema nos ajudou muito na campanha. Eu vejo o Zema como um nome provável. Mas aí depende dele. Ele é um nome forte, e Minas Gerais precisa ser representada”, afirmou Braga Netto, se referindo ao apoio que Bolsonaro recebeu no segundo turno.

    Zema foi reeleito no primeiro turno, com 56,18% dos votos válidos, contra 35% do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), seu principal adversário na disputa.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/braga-netto-elogia-zema-e-um-nome-forte/?utm_medium=email&_hsmi=257713791&_hsenc=p2ANqtz-8PUAqainJjB9MRpaT7nLtiMVecWmRATKELWPHTFffDN6y8NhwjeXL6JmxOuHHqWbcSn7WtKxbEsk6crZIg-cpwOpqLRg&utm_content=257713791&utm_source=hs_email)

    Matutando bem. . .

    Nas antigas, quando políticos de São Paulo uniam-se com os de Minas, chamava-se política “Café com leite”.

    Agora, já que, tanto o Zema nas Gerais quanto o Ratinho Jr. no Paraná fizeram excelentes gestões, poderá surgir aí a dobradinha “Leite & Pinhão”.

    Mas. . .e o Leite dos Pampas?

  15. Miguel José Teixeira

    Oi! Eu também fiz “L”. . .de lambanças!

    “Lula põe ‘raposa’ da Oi no ‘galinheiro’ da Telebrás”
    (Coluna CH, DP, 10/05/23)

    O governo Lula decidiu substituir o presidente da estatal Telebras, Jarbas Valente, indicado pelo PSD de Gilberto Kassab, por Frederico de Siqueira Filho, diretor de Vendas Corporativas da Oi Soluções, empresa que não consegue encontrar soluções para a própria sobrevivência. No mercado, a substituição foi interpretada como “raposa da Oi no galinheiro”. A Telebrás, como a Oi, ainda existe pela teimosia: extinta durante a privatização da telefonia, no governo FHC, a estatal foi ressuscitada nos governos do PT.

    Traqueotomia na pista
    A escolha de “Fred” levanta a suspeita no mercado de que a interferência é para manter viva a agonizante Oi, às custas de quem paga impostos.

    Só falta passar a chave
    A intervenção do governo Lula objetivaria “salvar” a empresa considerada tecnicamente falida, com passivo que soma quase R$45 bilhões.

    Tudo de novo?
    A Oi é velha conhecida do noticiário sobre corrupção nos primeiros governos Lula, que incluiu o envolvimento de um filho do presidente.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/lira-alerta-lula-outra-vez-governo-precisa-se-esforcar-mais-para-aprovar-arcabouco)

  16. Miguel José Teixeira

    Lira toca lula que não se toca! Inebriado pelo 3º mandato e deslumbrado com as viagens internacionais ao lado da JBG, lula ainda não percebeu que está nu. Alô, “zédirceu”! Qual é o melhor remédio? Mensalão 3 ou PeTrolão 3? Lembre-se que o “puxadão” foi ampliado!

    “Lira alerta Lula outra vez: governo precisa se esforçar mais para aprovar arcabouço”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, DP, 10/05/23)

    Deputados entenderam como um “pedala” no governo as declarações em Nova York de Arthur Lira, presidente da Câmara, advertindo para a necessidade de empenho do governo para aprovar as regras fiscais. “Fernando Haddad é voz solitária na defesa da proposta”, diz o deputado Mendonça Filho (PE), do União Brasil, partido que tem cadeiras no atual ministério. “Falta convicção do próprio governo”, completou. Para o parlamentar e ex-ministro, “é um arcabouço meia-boca e insuficiente”.
    . . .
    (+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/lira-alerta-lula-outra-vez-governo-precisa-se-esforcar-mais-para-aprovar-arcabouco)

    Matutando bem. . .

    Periga a “poióca do haddad” definhar como, aliás, acontece com tudo que ele toca!

    1. Você mora em Brasília. Aprendeu, a conhecer corredores e o clima, não só do Cerrado, bem diferente da terrinha, mas o político.
      Quando terminar o dinheiro, ou houver as resistência de Lula e seus luas pretas da esquerda do atraso gulosos por dinheiro como foi nos tempos de 2002, 2010 e 2014, como lembrou ontem Lira, o impeachment já estará em curso. Simples assim! Primeiro Lira está avisando. Segundo, vai cozinhar. Terceiro, fritar o cozido. Isto até baratas tontas do Palácio do Planalto já sabem disso

    1. Vingança, é a força que move Lula e os seus. Isto está claro, até agora. A paz, só para a Rússia, na vingança com a Ucrânia

  17. Miguel José Teixeira

    Só para “se-ter-se” uma noção do custo do caríssimo e precário transporte coletivo do DF:

    R$ 5.389.344.277,71

    Foi o valor repassado às empresas de transporte coletivo do DF, de 2014 a 2022. A Pioneira foi a que mais recebeu: R$ 1.385.950.267,47. Em seguida, a São José (R$ 1.097.764.468,04) e o consórcio HP-Ita (R$ 1.054.237.216,77). As duas empresas que menos receberam foram Piracicabana (R$ 982.746.151,15) e Marechal (R$ 868.646.174,18)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/05/09/interna_cidades,383903/eixo-capital.shtml)

  18. Miguel José Teixeira

    Mas bah, tchê! “Mais perdido que peido em bombacha.”

    . . .”Agenda de Lula revelou a falta de sintonia entre os ministros dos partidos da coalização com as bancadas às quais pertencem.”. . .

    “Centro-direita empareda o governo Lula”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 09/05/23)

    O cientista político Paulo Fábio Dantas, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBa), faz jus a um chiste do falecido economista Nailton Santos, colaborador de Celso Furtado e irmão do famoso geografo Milton Santos, para quem a sabedoria baiana é observar muito antes de decidir. “Somos mais antigos, não temos pressa. Olhamos para a direita (o Nordeste) e para baixo (o Sul Maravilha) antes de agir”, brincava. No alentado artigo intitulado Adensando névoa: o Poder Executivo num novo sistema de governo em construção (site Democracia política e novo reformismo), Paulo Fábio faz isso, a propósito da relação entre o governo Lula e o Congresso.

    No ponto a que pôde chegar o redesenho do sistema, sobressaem duas realidades incontornáveis. Uma, estrutural, é o maior empoderamento do Legislativo na “pequena política” (miúda, do dia a dia). Outra, contingente (embora duradoura), é a formação, também no âmbito do Congresso, de um bloco de centro-direita que atua, também, na grande política. Ele continua uma agenda de políticas liberais, retomada após o impedimento de Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer.

    Segundo Paulo Fábio, o impeachment de Dilma encerrou seis anos de “experiência desenvolvimentista centrada numa lógica mais estatista”. O Congresso atual, sob a liderança do deputado Arthur Lira (PP-AL), atuaria sob o signo dessa continuidade, pragmática e programática, num processo em que o fortalecimento da centro-direita fora legitimado em sucessivas eleições.

    O cientista político compara a política brasileira a um tobogã em ziguezague, no qual se alternaram as políticas dos governos Dilma, Temer e Bolsonaro. “No contexto pós-impeachment, a partitura programática mudou e se manteve liberal em economia, ao menos até Bolsonaro (que sempre tocou de ouvido e mal nessa seara) incinerar qualquer programa político sério para a economia, num esforço populista desesperado para se reeleger.”

    “Quando se chega a Lula 3 — e após quatro meses de governo, ainda não se sabe a que veio o Executivo, quanto a que padrão de relações quer manter com o Legislativo na pequena política e a que agenda macropolítica afinal adere. Entre o viés centrista da sua área econômica e tendências — visíveis noutras áreas do governo e na retórica do presidente — de resgatar o voluntarismo do tempo de Dilma Rousseff, o tobogã em ziguezague ainda domina e segue rejeitando qualquer padrão estável de atitude política”, conclui.

    Imobilismo
    Estaria fora de cogitação a hipótese de retorno ao presidencialismo forte com poderes assimétricos do presidente em relação ao Congresso: “Dentro das balizas da democracia, esses ovos já estão fritos. Como se tem repetido amiúde, um sério problema é que Lula e seu partido parecem até entender, mas não aceitar como irreversível a nova realidade”. Assim, seria um erro comparar o atual presidente da Câmara ao deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), que deu início ao processo de impeachment de Dilma. “A história atual começaria na interação entre Temer e Rodrigo Maia, em 2016 e 2017”, argumenta.

    A distribuição de ministérios a aliados de centro e centro-direita, sem ceder os poderes decisórios, que é “centralizado” no próprio presidente da República, e material, mais “concentrado” no PT, seria a causa das derrotas do governo no Congresso. A ponto de surgir um “Vai pra casa, (Alexandre) Padilha”, uma referência jocosa ao ministro das Relações Institucionais.

    “No imediato, a retórica farta dissimula o imobilismo prático. Mas a névoa que espalha nubla a visão do presidente para o essencial, que é a busca da forma política de viabilizar, num congresso conservador, a governabilidade fiscal, em seguida a tributária, para cumprir, de fato, a pauta social que forma, juntamente com a defesa e o fortalecimento da democracia, o compromisso político que agregou uma frente de partidos e a sociedade civil, e convenceu um número suficiente de eleitores a votarem nele”, conclui Paulo Fábio.

    De fato, o governo Lula está diante de um impasse, que parece não ter sido devidamente compreendido pelos articuladores políticos do governo. A acachapante derrota na votação do Marco do Saneamento foi uma espécie de síntese de uma situação na qual a agenda intervencionista do governo esbarrou na correlação de forças do Congresso e revelou, ao mesmo tempo, dissintonia entre o ministro da Casa Civil, o baiano Rui Costa, e os ministros dos partidos que compõem a ampla coalização democrática de governo.

    O próprio Padilha admite que precisa entender melhor o que houve. Para isso, pretende reunir o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e os ministros André de Paula (Pesca), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura), do PSD; Jader Filho (Cidades), Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento), do MDB; e Daniela Carneiro (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), do União Brasil com suas respectivas bancadas.

    Hoje, os deputados desses partidos seguem mais a orientação de Lira do que a de seus ministros. Somente um pacto com Lula pode reequilibrar essas relações, mas essa ainda não é a do PT.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/09/interna_politica,383907/nas-entrelinhas.shtml)

  19. Miguel José Teixeira

    Na muda, passarinho não pia!

    “Pacientes e discretos”
    Portadores de passaporte vermelho, como todos os ex-presidentes e parentes, Temer (foto) e sua mulher, Marcela, ficaram numa fila de mais de uma hora na imigração dos Estados Unidos, em Washington. Perdeu a conexão para Nova York, mas, em nenhum momento deu “carteirada”.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/09/interna_politica,383899/brasilia-df.shtml)

  20. Miguel José Teixeira

    Drops triplo sobre a “poióca do haddad”, extraídos da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg, CB, 09/05/23:

    “O pedido de Temer a Lula”
    De Nova York, onde participa, hoje, do Lide Brazil Investiment Forum, o ex-presidente Michel Temer mandará a seguinte mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “É preciso parar com essa fala irresponsável de golpista. Isso não ajuda o país”, disse à coluna. Nos 10 minutos da sua fala, o presidente de honra do MDB pretende exaltar o período de diálogo das forças políticas que marcou a sua gestão e ajudou a estancar a derrocada da economia, com a implementação do teto de gastos — que o governo Lula 3 planeja substituir pelo projeto do arcabouço fiscal, em discussão no Parlamento. “Também é preciso deixar claro que o atual governo não está revogando o teto e sim readaptando”, afirmou o ex-presidente.

    “É pegar ou largar”
    Nas conversas com os partidos, o relator do arcabouço fiscal, deputado Claudio Cajado (PP-BA), tem dito que é preciso ter consciência de que se seu relatório não for aprovado, vai prevalecer o teto de gastos.

    “Até aqui…”
    A ideia dos partidos conservadores, como o leitor da coluna já sabe, é tornar mais rigorosa a punição para o caso de o governo não cumprir o arcabouço. O PT, entretanto, não quer ouvir falar em mais rigor nesse quesito. Setores da legenda não querem sequer que o Poder Executivo seja obrigado a enviar uma carta ao Legislativo para se explicar, em caso de descumprimento da lei.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/09/interna_politica,383899/brasilia-df.shtml)

    Atentem:

    E assevera o Cajado: . . .”se seu relatório não for aprovado, vai prevalecer o teto de gastos.”. . .

    E a corja vermelha “siborra”!

  21. Miguel José Teixeira

    “Bethânia, imortal”
    (Irlam Rocha Lima, CB, 09/05/23)

    Maria Bethânia Vianna Teles Velloso é a mais nova imortal da Academia Baiana de Letras. A menina Berré, filha caçula de José Teles Velloso (Seu Zezinho) e Claudionor Viana Teles Velloso (Dona Canô), saiu de Santo Amaro da Purificação (BA), bem jovem, para conquistar a fama e a glória.

    Quarta-feira última, tomou posse na cadeira nº 18 da instituição, cujo patrono foi Zacarias Góes Vasconcelos.

    Estrela da música popular brasileira, ela conquistou diversos prêmios, enquanto cantora. Mas, um dos mais importantes veio de outra área: o título de Doutor Honoris Causa, atribuído pela Universidade Federal da Bahia, que recebeu, com pompa e circunstância, numa cerimônia em 9 de dezembro de 2016.

    No mesmo ano, a Abelha Rainha foi homenageada pela Mangueira e levou a Verde e Rosa à vitória no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, com o enredo A Menina dos Olhos de Oyá — retratado em Fevereiros, documentário dirigido por Márcio Debellian.

    Um outro documentário, O vento lá fora, de 2014, explora a relação de Bethânia com Fernando Pessoa e seus heterônimos, Alberto Caeiro, Álvaro Campos, Bernardo Soares e Ricardo Reis. Isso remete ao fato de textos do poeta lusitano estarem sempre presentes em roteiros de shows da diva.
    Essa ligação se acentuou após o encontro da artista com Cleonice Berardinelli, a maior especialista em Pessoa no Brasil, com quem dividiu o documentário. O registro feito num dos estúdios da gravadora Biscoito Fino em em 2014, está disponível na internet.

    Quando a mais longeva imortal da Academia Brasileira de Letras morreu, aos 106 anos, em 31 de janeiro de 2021, a discípula escreveu:”Dona Cleo será recebida por Fernando Pessoa e levada por ele direto a Deus”.

    Tenho acompanhado a trajetória artística de Bethânia desde, praticamente, o início dela. Por duas vezes, assisti o antológico espetáculo Rosa dos Ventos, no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro, em 1972. Já naquele show, registrado em disco, ela declamava versos de Fernando Pessoa, e também de Clarice Lispector, por quem, igualmente, sempre nutriu grande admiração.

    Quem, também, recebeu homenagem da irmão de Caetano Veloso foi Vinicius de Moraes. Ela lhe dedicou um show intitulado Tempo, tempo, tempo, com repertório recheado de clássicos da obra do Poetinha. Após cumprir temporada no extinto Canecão, também na capital carioca, o espetáculo teve ótima acolhida ao ser apresentado na Sala Villa-Lobos do, hoje interditado, Teatro Nacional.

    Aliás, quando estive com Bethânia, em Santo Amaro da Purificação, no começo de fevereiro último, ela quis saber da situação da pirâmide, criada por Oscar Niemeyer e chegou a afirmar que só voltaria a cantar em Brasília se fosse no teatro — que é tido como templo da cultura em Brasília.

    Não custa lembrar que a primeira vez que Maria Bethânia se apresentou aqui, em 1971, foi na Sala Martins Penna, com o musical Brasileiro, Profissão esperança, no qual dividia o espaço cênico o ator Ítalo Rossi, de saudosa lembrança. Ainda bem que as obras de restauração daquele espaço já estão em andamento.

    Em quase 60 anos de carreira, com 40 discos lançados — o de maior vendagem foi As canções que você fez pra mim, em que interpreta composições de Roberto e Erasmo Carlos —,e incontáveis sucessos, a estrela da MPB voltou a subir ao palco recentemente no Manouche, pequeno teatro do bairro Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, com show retrospectivo de sua trajetória.

    Dois anos antes, ao ocupar aquela pequena sala, com a temporada de do show Claros breus — à época o Brasil vivia tempos soturnos — sentimentalmente, quis relembrar o início de sua trajetória na noite carioca, quando se apresentava em boates de Copacabana.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/05/09/interna_opiniao,383898/bethania-imortal.shtml)

    O Rei convida a Rainha Abelha:

    https://www.youtube.com/watch?v=yFL4AJVMIhg&list=RDyFL4AJVMIhg&start_radio=1&rv=yFL4AJVMIhg&t=4

  22. Miguel José Teixeira

    Seguramente, eu não compraria um carro utilizado por eles!

    “Josias: Moro cometeu erros, mas Gilmar não é melhor crítico da Lava Jato.”
    (Colaboração para o UOL, em São Paulo 09/05/2023)

    Ao analisar as declarações polêmicas de Gilmar Mendes sobre Sergio Moro, o colunista do UOL Josias de Souza disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) “não é o melhor crítico da Lava Jato”.

    “Não há nenhuma dúvida de que Bolsonaro se aproveitou da Lava Jato. A eleição dele é, em grande medida, atribuída ao conceito que a política passou a ter depois da Lava Jato. Moro cometeu erros que, hoje, são muito claros e aniquilou todo o esforço anticorrupção ao virar ministro do Bolsonaro. O comportamento do Gilmar Mendes também é muito curioso. Em outros tempos, ele foi um entusiasta das práticas de Curitiba, que hoje associa ao fascismo.”

    Josias lembrou o comportamento de Gilmar Mendes no decorrer das investigações da Lava Jato, quando mudou de ideia várias vezes como em relação à prisão em segunda instância. O colunista destacou os erros cometidos por Moro durante a operação, mas reforçou que Gilmar “se move conforme as conveniências políticas”.

    “Gilmar percorreu um zigue-zague no Supremo quando se discutia as prisões em segunda instância. Era contra, depois ficou a favor, depois voltou a ser contra… O Gilmar é um ministro que se move segundo as conveniências da política. Não há dúvida de que Moro cometeu erros capitais na condução da Lava Jato e que ela contribuiu para a ascensão de Bolsonaro. Mas Gilmar Mendes não é o melhor crítico da operação e tem jurisprudência própria.”

    (Fonte: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/05/09/josias-moro-cometeu-erros-mas-gilmar-nao-e-melhor-critico-da-lava-jato.htm)

  23. Miguel José Teixeira

    Eu não sei quem é a mais perigosa: a corja vermelha ou a corja dos vendilhões de palavras Bíblicas!

    “Deputado bispo da Universal direcionou R$ 2,3 milhões em verba pública para asfaltar fazenda ligada à Igreja”
    . . .
    Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) concluída no fim de março apontou irregularidades no uso de recursos do Orçamento para asfaltar a propriedade privada. Em resposta aos auditores, a Codevasf justificou o investimento ao afirmar que a instituição beneficiada pela obra presta serviços de caráter social e sem fins lucrativos, o que, na visão da estatal, “assemelha-se a caráter público”. Informou, contudo, que “tal tipo de situação não se repetirá” e alterou procedimentos internos para evitar que novos gastos sejam autorizados em áreas que não sejam públicas. A CGU informou que ainda analisa as respostas dadas pela estatal para o asfaltamento de ruas em propriedade privada para decidir quais medidas irá tomar.
    . . .
    (+em: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2023/05/deputado-bispo-da-universal-direcionou-verbas-da-codevasf-para-asfaltar-fazenda-ligada-a-igreja.ghtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsdiaria)

    Embora ““assemelha-se a caráter público” está explícita a falta de caráter, mesmo!

  24. Miguel José Teixeira

    Haddad é ou não um legítimo “macaquito”?

    “Faltam dólares”
    O ministro Fernando Viajando Haddad, em viagem ao Japão, levou na bagagem a questão Argentina para a reunião do G7. O país, além da inflação altíssima, está “sem divisas”, diz o ministro. E o Brasil com isso?
    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/oposicao-descarta-acordo-para-retardar-cpmi)

    Matutando bem. . .

    PuTin transformou lula em seu papagaio. O “hemorróida ambulante” que saqueou e estuprou a Argentina, transformou o ministrim da Fazenda tupiniquim em um mero “chico de los recados”!

    No passado, não muito distante, a corja vermelha tupiniquim organizava expedições à CUba, para, voluntariamente, cortar cana para ajudar seu ídolo mor: o sanguinário fidel castro.

    Que tal agora, para socorrer a Argentina, instituir uma cota salarial para todos que ocupam cargos comissionados na Poder Executivo!

  25. Miguel José Teixeira

    E a mordaça do ex ministrim tapioca, hein?

    . . .”Talvez seja a intenção do governo brasileiro: impedir que denúncias cabeludas se espalhem.”. . .

    “Contra censura, Google e Meta devem banir notícias”
    (coluna CH, DP, 09/05/23)

    As gigantes Google (Youtube etc.) e Meta (Facebook, Instagram e Whatsapp) não têm a menor intenção de remunerar a imprensa pelas notícias que reproduzem. Como em outros países, caso prevaleça o Projeto da Censura do Brasil, devem abolir as notícias, como esta coluna alertou domingo. A inglesa BBC informa que o Google repetirá no Brasil a atitude no Canadá, banindo notícias das buscas. Talvez seja a intenção do governo brasileiro: impedir que denúncias cabeludas se espalhem.

    Sem final feliz
    Gigantes de tecnologia enfrentaram na Austrália e Canadá, nos últimos anos, surtos autoritários semelhantes ao Projeto da Censura brasileiro .

    Os sem-remuneração
    Na Austrália, as notícias foram abolidas das redes sociais e a esperada “remuneração” ninguém sabe, ninguém viu. O governo teve de recuar.

    Sem perigo de dar certo
    Ajustando-se à lei australiana, Facebook, Instagram e Whatsapp baniram links de notícias, reduzindo seu alcance. E a decisão acabou revertida.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/oposicao-descarta-acordo-para-retardar-cpmi)

  26. Miguel José Teixeira

    + 1 Programa do lula 3: minha boquinha, minha vida! Elas fizeram “L” e se deram bem! E você?

    . . .”Indicações foram tanto para cargos do primeiro escalão da administração pública federal quanto para tribunais de contas nos Estados.”. . .

    “Esposas de ministros do governo Lula assumem cargos com salários de até R$ 37,5 mil.”
    (Redação Terra, 08/05/23)

    Desde janeiro, cinco mulheres de ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram nomeadas para cargos na administração pública federal em Brasília ou indicadas para tribunais de contas estaduais, conforme apuração do Estadão.

    Entre esses casos, está o da enfermeira Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que foi indicada após seu marido assumir o cargo no ministério. Em março, Aline Peixoto assumiu o cargo de conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.

    Isso gerou insatisfação entre aliados próximos do ministro da Casa Civil. Inclusive, o senador Jaques Wagner (PT-BA), um aliado de primeira hora de Lula, manifestou sua opinião de que a vaga deveria ser preenchida por um parlamentar.

    “Nada contra a pessoa física, só defendi um conceito”, justificou numa entrevista ao site Metro 1, de Salvador. “Eu digo que é desnecessário, pode ser tantas coisas. Só tem esse caminho?”, emendou Fátima Mendonça, mulher de Wagner, em entrevista ao site Bahia Notícias.

    No início do ano, a ex-deputada federal Rejane Dias, esposa do ministro Wellington Dias, responsável pela pasta de Desenvolvimento Social, foi nomeada para o Tribunal de Contas do Estado do Piauí. As remunerações das esposas dos ministros variam entre R$ 35.462,22 e R$ 37.589,96, podendo ultrapassar os R$ 50 mil com benefícios e indenizações.

    Ainda conforme apuração do Estadão, desde janeiro deste ano, outras três mulheres de ministros do governo de Lula foram nomeadas ou promovidas para cargos em Brasília.

    Ana Estela Haddad
    Ana Estela Haddad, professora titular da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) e esposa de Fernando Haddad, foi nomeada como secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde 26 dias após seu marido assumir o cargo de ministro da Fazenda.

    Estela Haddad, que participou das discussões do grupo de Saúde na transição do governo, recebe um salário de R$ 10.166,94. Além disso, ela foi escolhida como membro do conselho gestor do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), do Ministério das Comunicações, em 4 de abril.

    Embora essa função não seja remunerada, o fundo é responsável por investimentos no setor, com a ajuda de agentes financeiros como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    Nilza de Oliveira
    A pedagoga Nilza de Oliveira, esposa do ministro do Trabalho Luiz Marinho (PT), foi nomeada em março como secretária-adjunta da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil. Sua remuneração atual é de R$ 15.688,92.

    Em 2009, Nilza atuou como secretária de Orçamento e Planejamento Participativo em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, quando seu marido era prefeito da cidade. Na ocasião, Marinho justificou a escolha pela experiência da esposa na administração pública.

    Thassia Azevedo Alves
    A esposa de Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, Thassia Azevedo Alves, foi nomeada em janeiro como assistente parlamentar sênior da senadora Teresa Leitão (PT).

    Anteriormente, ela havia trabalhado como assessora da vice-presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em São Paulo, durante o governo Dilma Rousseff. Sua remuneração atual é de R$ 18.240,29.

    Carolina Gabas Stuchi
    Em janeiro, a advogada Carolina Gabas Stuchi foi designada pela Casa Civil para ser secretária-adjunta da Secretaria de Gestão do Patrimônio da União do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Carolina é ex-mulher do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, e servidora concursada.

    Até janeiro, ela ocupava o cargo de pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional na Universidade Federal do ABC, em São Paulo, com salário de R$ 19.030,24. No governo federal, sua remuneração atual é de R$ 22.208,75. A separação do casal ocorreu há três anos.

    O que diz o governo
    O governo costuma justificar informalmente a nomeação das mulheres de ministros com base em sua formação e capacidade para preencher as vagas na administração pública. No entanto, como destacado pelo Estadão, a pediatra Ana Goretti Kalume Maranhão, uma das maiores especialistas em vacinação do País, teve sua indicação barrada pelo governo por razões políticas.

    Ela havia sido indicada para chefiar o Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde, mas a Casa Civil vetou sua nomeação devido a postagens críticas ao PT e em defesa da Operação Lava Jato que ela havia publicado em 2016.

    Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República informou ter usado o critério de qualificação profissional para nomear as esposas dos ministros no Executivo. “Todas as mulheres citadas pelo Estadão têm carreiras pessoais, currículo, histórico e experiência no setor público para assumirem as funções as quais foram designadas. Não se trata, portanto, de favorecimento ou troca de favores”, assegurou a pasta. O órgão afirmou ainda que todas as referidas nomeações são legais, e apresentou o currículo das mulheres.

    (Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/esposas-de-ministros-do-governo-lula-assumem-cargos-com-salarios-de-ate-r-375-mil,12417c4bafd2e7fd517e1a692a60632bcqddbas0.html)

    1. Miguel José Teixeira

      Matutando bem. . .se todos que fizeram “L” fossem incluídos no programa “minha boquinha, minha vida”, seguramente o programa “Brasil sorridente” seria um sucesso!!! Alô, JBG!!!

  27. Miguel José Teixeira

    Entrevista, Oleksandra Matviichuk, Nobel da Paz, CB, 08/05/23:

    A ucraniana afirma que seu país tem a obrigação moral de proteger a população das áreas ocupadas pela Rússia. A advogada cobra coragem de líderes internacionais, inclusive do presidente Lula, na pressão por julgamento de Putin.

    “Não temos escolha a não ser lutar”
    (Rodrigo Craveiro, C, 08/05/23)

    Chefe da organização não governamental ucraniana Centro pelas Liberdades Civis (CCL), uma das ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz em 2022, Oleksandra Matviichuk, 39 anos, alerta: “(O presidente russo Vladimir) Putin só vai parar quando for parado”. Em entrevista ao Correio, por telefone, ela afirmou que a Ucrânia quer o fim da guerra mais do que ninguém. No entanto, advertiu: “A paz não virá em um país que, depois de ser invadido, parar de combater.” A advogada e ativista dos direitos humanos cobrou bravura de líderes internacionais para apoiarem o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, em um eventual julgamento de Putin por crimes de guerra. E enviou um recado ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que causou polêmica ao fazer declarações sobre a invasão à Ucrânia. “Esperamos dele coragem e responsabilidade histórica para apoiar a democracia ucraniana”, afirmou Matviichuk. Ela denunciou a deportação de crianças ucranianas para a Rússia e as violações sistemáticas, por parte das forças de Moscou, do direito humanitário internacional.

    Como a senhora vê as denúncias de que soldados invasores deportaram crianças ucranianas para a Rússia?
    Quando falamos sobre a deportação ilegal de crianças ucranianas da Ucrânia para a Rússia, falamos de um número enorme. É difícil não saber o que está ocorrendo. Nós estamos cientes de vários casos e sabemos de cada um deles em detalhes.

    Com a iminência da contraofensiva da Ucrânia, a senhora espera muito mais violações dos direitos humanos no campo de batalha?
    Nós estamos em uma fase importante da guerra. Mesmo sem a contraofensiva, a Rússia ataca — de forma frequente — cidades ucranianas e assassina civis. Os terroristas russos ainda ocupam nossos territórios. Mesmo antes da contraofensiva, o nível de violações dos direitos humanos é bastante alto.

    Em 438 dias de guerra, quais foram as violações mais graves registradas por sua ONG?
    A Rússia abertamente violou o direito humanitário internacional ao ignorar as decisões das organizações internacionais. Eu citaria que, no ano passado, o Tribunal Penal Internacional ordenou que as tropas russas imediatamente abandonassem o território ucraniano. No entanto, a Rússia negligenciou essa decisão da Corte de Haia. Nós observamos que o sistema das Nações Unidas não pode deter as atrocidades da Rússia. É difícil dizer qual a violação dos direitos humanos mais grave. Isso porque a Rússia violou várias normas do direito humanitário internacional e é muito difícil aferir o nível de dor humana que ela infligiu.

    Na sua opinião, qual é o roteiro para a paz na Ucrânia?
    Putin somente vai parar quando ele for parado. A Ucrânia quer a paz mais do que qualquer um. A paz não virá em um país que, depois de ser invadido, parar de combater. Em tal cenário, não haverá paz, mas ocupação. Não temos outra escolha a não ser lutar. Nós estamos lutando pelas pessoas que vivem nos territórios sob ocupação. Não temos o direito moral de deixar essas pessoas sozinhas, à mercê da tortura e da morte.

    A senhora acredita que Putin realmente poderá responder pelos crimes em Haia?
    Nós temos todas as provisões necessárias do direito internacional para processar Putin por crimes de guerra que ele e o Exército russo cometeram na Ucrânia. O que nós precisamos é de bravura e responsabilidade histórica. Precisamos que líderes de diferentes nações apoiem os esforços do Tribunal Penal Internacional. Precisamos de líderes que entendam que, em uma perspectiva de longo prazo, viver em um mundo onde países com forte poderio militar e nuclear ditam as normas para o restante da comunidade internacional será perigoso para todos, sem exceção.

    Que posicionamento a senhora espera do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva?
    Esperamos dele coragem e responsabilidade histórica para apoiar a democracia ucraniana contra o autoritarismo russo.

    Lula deu declarações consideradas controversas sobre a invasão à Ucrânia…
    Essa não é uma guerra apenas entre Estados. É uma guerra entre dois sistemas: autoritarismo e democracia. Putin tenta convencer o mundo inteiro que a democracia, o Estado de direito e os direitos humanos são valores falsos, porque eles não podem protegê-lo durante a guerra. Ele tenta convencer o mundo de que um Estado forte, com potencial militar e armas nucleares, pode ditar suas regras a toda a comunidade internacional e até mesmo forçosamente mudar as fronteiras internacionais. Isso não é um problema apenas para a Ucrânia, mas para todo o mundo. Se não formos capazes de restaurar, em um futuro próximo, a ordem internacional e defender a dignidade humana, enviaremos um mau sinal a outras partes do mundo. Nós nos encontraremos numa situação em que não poderemos defender a nossa população e fornecer a ela garantias de segurança e de defesa dos direitos humanos. Como eu disse, será um mundo dominado pela força, e esse mundo será perigoso para todos, sem exceção. Por isso, nós contamos com o apoio de todos os países que expressam os mesmos valores — solidariedade e respeito à dignidade humana. Valores não se limitam a fronteiras nacionais. A situação da guerra da Rússia contra a Ucrânia terá um impacto enorme sobre o mundo que gostamos.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/mundo/capa_mundo/)

  28. Miguel José Teixeira

    Dom lula III e seu império de “latinha e latão”!

    “Renner fecha lojas com queda de lucros”
    Até a Renner, que até pouco tempo atrás parecia imune a crises, não resistiu à turbulência no varejo. Em evento para investidores, a empresa anunciou o fechamento de 20 lojas — na verdade, 13 deles são da rede Camicado, que pertence ao grupo. No primeiro trimestre de 2023, o lucro líquido da Renner caiu 75,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Analistas afirmam que, assim como as rivais do setor, a companhia vem sofrendo com os crescentes índices de inadimplência no país.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/05/08/interna_economia,383851/mercado-s-a.shtml)

    . . .la tinha um empreendimento e la tão fechando outro. . .

  29. Miguel José Teixeira

    Porém, saquear os cofres públicos e estuprar as Nações, ela (a esquerda latino-americana) o faz muito bem!

    . . .”A esquerda latino-americana continua com dificuldade para fazer as quatro operações.”. . .

    “Um país surpreendente”
    (André Gustavo Stumpf, Jornalista, CB, 08/05/23)

    Entre todos os vizinhos do Brasil, a Argentina é de longe o mais inquieto, imprevisível e disposto a enormes sacrifícios que, no mais das vezes, resultam em absoluta inutilidade. Na década de setenta do século passado, os governos do Brasil e do Paraguai decidiram construir a hidrelétrica de Itaipu por meio de uma empresa binacional. O lado brasileiro contribuiu com a engenharia, com a responsabilidade de conseguir recursos (bancos ingleses financiaram a obra) e os paraguaios entraram com a água. O governo de Assunção assinou acordo semelhante com os argentinos para construir a hidrelétrica de Yaceretá, que é próxima a Itaipu.

    Os argentinos ameaçavam, na época, construir também uma enorme hidrelétrica chamada Corpus. A altura da barragem de Itaipu poderia interferir na chamada cota de Corpus, ou seja, na altura dessa outra barragem, que estava nos planos de Buenos Aires. A disputa entre as diplomacias foi intensa. No final, apareceu claro que os argentinos apenas utilizavam o argumento da possível construção de outra hidrelétrica para perturbar o projeto brasileiro. E insistiam no que chamavam de ameaça da bomba hídrica. Seria o seguinte: se o governo brasileiro desejasse, poderia abrir as comportas de Itaipu para que as águas daquela barragem invadissem todas as terras a jusante da hidrelétrica, terminando por colocar Buenos Aires debaixo da água.

    Os militares argentinos tomaram o poder no país. As liberdades desapareceram. Os prisioneiros políticos eram mortos às dúzias e seus corpos jogados no Rio da Prata. Situação muito tensa. O país vivia uma de suas fases de autoritarismo. Os militares argentinos ameaçaram entrar em guerra com o Chile por causa do canal de Beagle, no extremo sul do continente. Os chilenos construíram no local uma base militar voltada para o Oceano Atlântico. As duas partes concordaram em colocar a decisão nas mãos do papa, que decidiu a favor dos chilenos.

    Na época, os diplomatas lidavam com uma Argentina extremamente violenta e disposta a recorrer à guerra sem maiores hesitações. Chegou até a desenvolver um programa nuclear para criar uma bomba atômica semelhante à utilizada pelos norte-americanos em Hiroshima. O Brasil respondeu com seu projeto nuclear da Marinha. Os presidentes Alfonsin e Sarney tiveram o bom senso de acabar com a loucura nuclear nos dois lados da fronteira quando criaram o Mercosul.

    Essas duas guerras ficaram apenas no território das ameaças. Mas o general Galtieri, chegado a uns goles, decidiu fazer a guerra com os ingleses e mandou suas tropas invadir as ilhas Malvinas. Os ingleses estão lá há dois séculos e não dão sinais de que desejam sair. Os argentinos levaram uma surra, morreram cerca de 600 soldados conscritos que não sabiam direito por que estavam lutando. Os britânicos retomaram a posse e estão lá até hoje. Os habitantes das ilhas Malvinas têm uma das mais elevadas rendas per capita do mundo. Tudo é subsidiado pela coroa inglesa. Os militares argentinos caíram do poder. Alguns morreram na prisão. E até hoje não recuperaram o prestígio político.

    Essa é uma face da Argentina. A outra é um país de longas planícies, dos maiores produtores de carne e grãos do mundo, com boas reservas de petróleo e gás. O de Vaca Muerta é enorme e pode abastecer o sul do Brasil por longo período. Acontece que o governo de Buenos Aires não tem recursos. As reservas em moedas fortes estão abaixo de US$ 5 bilhões. A população de origem europeia, alfabetizada, que construiu um belo país no sul da América do Sul, já não consegue se contrapor aos excessos do populismo peronista, que tratou de sugar o Estado argentino até o impossível. Um dólar é igual a 500 pesos. Inflação anual de 104% e taxa básica de juros de 91%. A Argentina faliu.

    O presidente Alberto Fernández, com seu bigode de cantor de tango, veio ao Brasil em busca do dinheiro que falta em Buenos Aires. Mais uma dor de cabeça para o ministro Fernando Haddad. Os argentinos querem agora negociar com o Brasil sem utilizar dólares. Fazer negociações em reais. Mas precisarão oferecer bens em garantia. O Brasil já levou calote da Venezuela, de Cuba, de Angola e de Moçambique. Pode ser que os argentinos indiquem um caminho sério para fazer negócio.

    No entanto, eles não desfrutam de bom prestígio no FMI, tanto que o presidente vem a Brasília pedir ajuda de Lula para negociar seus enormes débitos. A esquerda latino-americana continua com dificuldade para fazer as quatro operações. Empréstimos em qualquer moeda devem ser pagos dentro do prazo acordado. Os técnicos do FMI têm certeza de que os argentinos enxergam os prazos para pagamento de maneira bem elástica. Eles não gostam de ser constrangidos a quitar seus débitos.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/05/08/interna_opiniao,383840/um-pais-surpreendente.shtml)

  30. Miguel José Teixeira

    Agora vai! Com uma “cajadada” só, Cláudio abaterá 4 lebres!

    “Relator quer trocar nome de arcabouço para ‘Regime Fiscal Sustentável’”

    O novo arcabouço fiscal, que será apresentado pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA) na próxima quarta-feira 10, deverá se chamar Regime Fiscal Sustentável. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira 8, o relator afirmou que essa será apenas uma das quatro mudanças que estão sendo preparadas no projeto.

    (+em: https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/relator-quer-trocar-nome-de-arcabouco-para-regime-fiscal-sustentavel-confira-outras-possiveis-mudancas/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)

    Matutando bem. . .

    A mudança de nome da “poioca do haddad” é bem vinda.

    Sempre que ouço o termo arcabouço, lembro-me de calabouço.

    E consequentemente, revivo os 580 dias que o “luladrão” ficou “guardado” em “Curitchiba”!

    1. Perfeito. Um arca bolso sustentado pelos pesados impostos dos cidadãos para a farra do estado gastão e tomado por gestores incompetentes apadrinhados por políticos famintos por dinheiro de todos nós

  31. Miguel José Teixeira

    Façam um “L”!

    “Ratinho à frente”
    O reajuste do salário-mínimo para R$1.320 nacional, continua comendo poeira em alguns estados. Além de São Paulo (R$1.550), o Paraná, do governador Ratinho Junior, paga mais que os dois: R$2.017,02.
    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/stf-julga-caso-que-pode-criar-estabilidade-no-setor-privado-como-no-servico-publico)

    Pinhão com leite ou Leite com pinhão

    Dizem em “Curitchiba”, que o RJr vem comendo silenciosamente pelas beiradas.

  32. Miguel José Teixeira

    Pau que bate em Chico bate em Francisco. Porém, pau que bate em daniel não bate em “zédircel”. . .

    “Deputado pede a PGR anulação de indulto a Dirceu”
    (coluna CH, DP, 08/05/23)

    O deputado federal José Medeiros (PL-MT) acionou a Procuradoria Geral da República (PGR) para representar junto ao Supremo Tribunal Federal pela anulação do indulto que perdoou a pena de prisão conferida ao ex-ministro petista José Dirceu, condenado por corrupção e uma penca de outros crimes no mensalão e também no petrolão, revelado ao mundo pela Operação Lava Jato. Hoje nas sombras, Dirceu é uma das figuras mais influentes do governo Lula, cumprindo inclusive “missões” políticas.

    Se bate em Chico…
    Para José Medeiros, se as alegações dos ministros do STF valem para o ex-deputado Daniel Silveira, devem valer também para José Dirceu.

    Quase chegou lá
    Dirceu foi ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula e ficou tão influente que chegou a ser apontado como eventual sucessor do petista.

    Pedra no caminho
    A soberba custou caro a Dirceu, acusado no mensalão de comprar parlamentares com malas de dinheiro para apoiar o governo Lula.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/stf-julga-caso-que-pode-criar-estabilidade-no-setor-privado-como-no-servico-publico)

    Matutando bem. . .

    Melhor é trancar os dois no mesmo calabouço e pendurar a chave no pescoço da JBG. . .

  33. Miguel José Teixeira

    Matarão a vaca e nós alimentaremos os carraPaTos!

    “STF julga caso que pode criar ‘estabilidade’ no setor privado, como no serviço público”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, DP, 08/05/23)

    Será no escondidinho do plenário virtual, um mau sinal, o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode representar uma drástica supressão e redução na oferta de empregos. Os ministros decidem se houve a incorporação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) nas leis brasileiras. Pela convenção, é obrigatório ao empregador, como no serviço público, o empregador justificar o motivo pelo qual está demitindo o seu empregado. Na prática a “demissão sem justa causa” seria proibida, como existe no serviço público. O dono do negócio seria obrigado a manter o empregado ainda que se revele inadequado, incompetente e relapso. A ação tramita há 25 anos e discute a validade da denúncia da Convenção 158 da OIT feita por decreto pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. A discussão é se a decisão seria do Congresso.

    Sangue, suor e lágrimas
    No poder público, impostos pagam salários, mas os micros e pequenos empresários suam sangue para bancar mais de 70% dos empregos.

    Sócios compulsórios
    Obrigados a aceitar “sócios” sem a responsabilidade de pagar salários e com direito de recebê-los, muitos desistirão de ser empreendedores.

    Esperança na lacração
    Sindicalistas folgados acham que ministros com salários nas alturas irão lacrar, até por não fazerem ideia do que significa ser empregador.

    Oremos, única opção
    A tese absurda que a OIT pretende impor ao País, na prática, pode suprimir milhões de empregos em poucos anos. Será julgada entre os dias 19 e 22.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/stf-julga-caso-que-pode-criar-estabilidade-no-setor-privado-como-no-servico-publico)

  34. Miguel José Teixeira

    Garimpando dúvidas

    Quem serão os poderosos que estão por trás do garimpo ilegal?
    “Ibama e PRF queimam avião e veículos usados por garimpo.”
    Sempre que leio matérias de manchetes como esta, penso tratar-se de queima de arquivo.
    Será que, buscando pelos proprietários dessas máquinas e equipamentos queimados não se chegaria aos poderosos chefões do garimpo ilegal?
    Com a palavra, os doutos!

  35. Miguel José Teixeira

    Às vezes, penso que a babaquice britânica é menos dispendiosa que a babaquice tupiniquim! (II)

    “Senado perde protagonismo e discute de criação da capital nacional da bala de banana a capital da erva mate”
    (Levy Teles, portal Terra, 07/05/23)

    Em busca de protagonismo e de aproximação com o governo Lula, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acumula derrotas e é ofuscado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem trava uma “queda de braço”. Desde o início do ano legislativo, o Senado não conseguiu entrar no eixo do debate político e da discussão sobre os rumos do País e tem se dedicado a análises de projetos irrelevantes.

    Até mesmo as principais “batalhas” do momento no Legislativo, como a da instalação das comissões parlamentares de inquérito para investigar os ataques de 8 de janeiro e o Movimento dos Sem Terra (MST), estão com os holofotes voltados para os deputados.
    . . .
    O Senado apreciou, em plenário e em comissões, 111 matérias, muitas com pouca relevância. Foram aprovados projetos como o que dá à cidade de Antonina (PR) o título de “capital nacional da bala de banana” e a Cruz Machado (PR) o de “capital nacional da erva-mate sombreada”. Pacheco incluiu na pauta do plenário projetos que dão nome para agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Um deles muda o nome da unidade em Santa Isabel (SP) para “Agência Prefeito Nenê Simão”. No mesmo Estado, em Guararema, muda o nome da unidade do INSS para “Agência Luiz Antonio Serrano”

    Desde o início desta legislatura, em fevereiro, o plenário da Casa aprovou uma matéria a menos que a Câmara (44 a 45).
    . . .
    (+em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/senado-perde-protagonismo-e-discute-de-criacao-da-capital-nacional-da-bala-de-banana-a-capital-da-erva-mate,24cbcb93a0387d1407e0b3e810eaae73pntxncy8.html)

  36. Miguel José Teixeira

    Dicas de português, por Dad Squarisi, CB, 07/05/23

    “O tradutor é o herói da cultura.” (Jorge Furtado)

    Operação Venire
    O ministro Alexandre de Moraes voltou às manchetes. Na quarta-feira, determinou a busca e apreensão de munição, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos dos envolvidos na Operação Venire. Ela investiga a fraude em documentos de vacinação. O do ex-presidente Jair Bolsonaro é um deles.

    Quando deflagrada, a operação ganhou enorme espaço na imprensa. Entre os itens questionados, estava o significado de venire. Consultados, os dicionários Aurélio e Houaiss não falam no assunto. A razão: a palavra é latina. Quer dizer vir.

    Princípio
    A Polícia Federal se inspirou no princípio do direito Venire Contra Factum Proprium. Ele proíbe o comportamento contraditório, inesperado, que causa surpresa na outra parte (não apenas nela). Em outras palavras: veda ao autor o direito de voltar-se contra os próprios atos porque ninguém pode ser
    vítima de si mesmo.

    Como é?
    Regina Saboya tem um amigo alemão muito curioso. Ele se interessa pelos detalhes da língua. Embora fale muito bem o português, pintam dúvidas no dia a dia do país adotado. A mais recente: a que se refere o possessivo sua na expressão “fique na sua”. Ele pergunta: na sua o quê?

    A língua joga no time do menor esforço. Ela aposta no menos é mais. Se a gente pode dar o recado com três palavras, não vale usar quatro. É o caso: fique na sua opinião, fique na sua história, fique na sua vida, fique na sua certeza. Ele ficou na (certeza) dele. Ela ficou na (opinião) dela.

    História portuguesa
    “Quando era pequeno numa aldeia em Portugal”, escreve Manuel Francisco “eu morava na casa do lajal. O local tinha muitas rochas relativamente planas (tipo laje). Agora resolveram colocar placas nos caminhos (ruas). O meu se chama Caminho do Lageal. É isso mesmo, Lageal com g?”

    As palavras têm pai e mãe. As primitivas dão origem às derivadas. É o caso de laje. Os filhotes da dissílaba mantêm o j: lajeado, lajeadense, lajear, lajedense, lajedo, lajeal. Por que os portugueses escreveram Lageal? Será nome de alguma personalidade local? Não tenho a resposta. (NM)

    Por falar em família…
    Com x ou ch? S ou z? As dúvidas são muitas. As respostas, escassas. Há poucas regras de grafia. A escrita correta do vocábulo é fruto muito mais de fixação da forma que de memorização de regras. Escrevemos hospital com h não por conhecer a etimologia da palavra ou por termos estudado norma especial. Mas por a vermos grafada dessa maneira.

    Por isso, quem lê regularmente escreve os vocábulos do jeitinho que o dicionário manda. Na dúvida, o pai de todos nós socorre. Bem-vindo, Aurélio. Bem-vindo, Houaiss. Bem-vindo Michaelis. Às vezes, porém, a dúvida bate, mas não há dicionário por perto. O que fazer? O jeito é rezar para que as poucas regras existentes quebrem o galho.

    Senhora família
    Uma delas, pra lá de produtiva, vale ouro. Trata-se da todo-poderosa família. “Tal pai, tal filho”, prega ela. Em bom português: as palavras derivadas seguem a primitiva. Umas e outras mantêm a grafia original sem tossir nem mugir:
    trás, atrás, traseiro, atraso, atrasar, atrasado
    casa, casinha, casebre, casarão, caseiro, casamento, acasalar
    gás, gasolina, gasoduto, gasoso, gaseificado
    cruz, cruzar, cruzinha, cruzada, cruzeiro
    exame, examinho, examinador, examinar, examinado

    Origem
    As palavras, como as pessoas, não são todas santas. Entre elas, existem as que pulam o muro. Formam, então, duas famílias. Uma erudita, vinda lá do latim. A outra popular, nascida depois que a língua-mãe se transformou em português. Sobram exemplos de useiros e vezeiros da prática da duplicidade.

    Num caso e noutro, a família canta de galo. Se o nobre faz filhos, a criança terá sangue azul. Se o plebeu gerar meninos e meninas, a moçada não negará a raça. Sangue vermelho lhe correrá pelas veias. Veja o exemplo do clã adocicado. Doce, docinho, docemente, adocicar, adocicado, dócil, docilidade são gente como a gente. Dulcificar, dulcificação, dulcificante, dulcífico, dulcíssimo, dulcíssono exibem cetros e coroas.

    Moral da história
    Na língua impera a democracia. A lei da família vale pra todos.

    Leitor Pergunta
    Qual o plural de força-tarefa? (Célio Alberto, Rio)
    A duplinha tem dois plurais: forças-tarefa e forças-tarefas.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/05/07/interna_cidades,383797/dicas-de-portugues.shtml)

    Matutando bem. . .

    (NM) E porque escrevemos Lages e não Lajes, nossa querida cidade serrana? Bom. Não é fácil! Acessem:

    http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/correiolageano/1941/ED87_14_06_1941_ANO2.pdf

  37. Miguel José Teixeira

    Muita calma nessa hora, apre$$adinho! Eles sabem exatamente o “modus operandi” da quadrilha que os brasileiros colocaram no poder!

    “Verba insuficiente para Fundo Amazônia”
    (Caderno Política, CB, 07/05/23)

    Na coletiva que concedeu depois da coroação do rei Charles III, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os 80 milhões de libras (equivalentes a R$ 500 milhões) que o governo do Reino Unido prometeu destinar ao Fundo Amazônia não são “suficientes”. Ao falar sobre o assunto, ressaltou, num primeiro momento, não saber a quantia prometida pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, com o qual havia se reunido um dia antes. Mas, questionado pelo Correio de que a Embaixada do Reino Unido no Brasil havia confirmado as verbas disponibilizadas, admitiu que esperava mais.

    “Minha expectativa era de que o valor fosse, no mínimo, igual ao prometido pelos Estados Unidos, de US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões)”, destacou.

    Lula afirmou que, no primeiro encontro com Sunak, não poderia pedir uma determinada quantia para o Fundo. “Não posso ir a uma reunião e dizer que quero R$ 10, R$ 20. Isso não cabe a mim”, frisou. Segundo ele, o que importa, é que os países ricos, que têm feito reiteradas promessas de desembolsos às nações mais pobres para preservarem suas florestas, cumpram os acordos.

    “Quero que cumpram a promessa de darem US$ 100 bilhões (R$ 510 bilhões) aos países que ainda têm florestas. Por isso, vou à COP nos Emirados Árabes. Vou cobrar essa promessa, como fiz no Egito, e cobrar uma nova governança global”, acrescentou.

    Segundo Lula, desde que assumiu o governo, em janeiro, o Fundo Amazônia foi retomado e seus projetos vêm sendo executados. Originalmente, o mecanismo, que prevê a preservação da maior floresta tropical do mundo, recebia recursos da Alemanha e da Noruega. Os desembolsos desses países, contudo, foram suspensos no governo de Jair Bolsonaro, devido ao favorecimento a desmatadores.

    Cobrança do rei
    Além da promessa do governo britânico de apoio ao Fundo, Lula disse que recebeu um pedido direto do rei Charles III. Na véspera, o presidente participou de um encontro com o monarca, do qual estiveram pouquíssimos chefes de Estado.

    “O rei me pediu: proteja a Amazônia. Respondi que preciso de ajuda, porque é impossível fazer isso sozinho”, relatou. Ele destacou que ainda neste ano todos os países que detêm territórios de florestas amazônicas vão se reunir para definirem, conjuntamente, formas de manterem a vegetação de pé. Esse grupo deverá contar com a França, que mantém domínio sobre a Guiana Francesa.

    O petista afirmou, ainda, que está negociando para que a COP30 seja realizada em um estado da Amazônia, a fim de que todos os participantes possam ver de perto a realidade local. A perspectiva é de que o encontro ocorra no Pará.

    “É importante que todos conheçam a Amazônia, se hospedem por lá, fiquem até em barcos, se quiserem”, destacou. Na avaliação do presidente, é vital encontrar uma alternativa para o desenvolvimento econômico da região, com seus 25 milhões de habitantes.
    “Há muitas oportunidades para o desenvolvimento de uma indústria verde, de fármacos, de cosméticos, que gere empregos e renda. Essas pessoas precisam trabalhar”, ressaltou. (VN)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/07/interna_politica,383820/verba-insuficiente-para-fundo-amazonia.shtml)

  38. Miguel José Teixeira

    “Nóis mereci!”

    Brasília em Nova York
    Se brincar, esta semana haverá mais quórum na série de eventos da chamada Brazilian Week, em Nova York, do que no Congresso. A movimentação começa na terça-feira, com o Lide Brazil Investments, que tem entre seus palestrantes Arthur Lira. A programação na Big Apple segue com eventos da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, do Banco Itaú, da XP e outros.
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/07/interna_politica,383823/brasilia-df.shtml)

  39. Miguel José Teixeira

    . . .”A situação é tão surreal e tamanha que chega ser estranho que ainda não exista, de forma objetiva e atuante, uma bancada do meio ambiente dentro do nosso parlamento.”. . .

    “Desmatamento”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 07/05/23)

    Entra governo, sai governo e o velho e conhecido problema ambiental da destruição irreversível de nossos biomas persistem, ora aumentando, ora diminuindo, mas nunca deixando de acontecer. São centenas de milhares de quilômetros quadrados que vão desaparecendo a cada ano, seja pelo fogo, seja através de máquinas, mas sempre por ação humana direta, deixando claro, não só para aqueles que acompanham de perto essa tragédia diária, mas para a maioria dos brasileiros, que esse parece ser um problema nacional sem solução definitiva. Ao menos é o que temos assistido até aqui.

    De nada adiantam discursos e medidas midiáticas, apenas para o público ou para os países que ainda investem bilhões em ações de preservação do meio ambiente. Não há solução à vista, isso é um fato. Já deu para perceber que tanto governos de direita como de esquerda não entendem a questão e pior, fingem que entendem, anunciando sempre, com pompa e muita propaganda que esse é um problema resolvido.

    Há por detrás dessas destruições interesses de toda a ordem, inclusive relativos ao próprio governo. São múltiplos também os atores que concorrem, direta e indiretamente, para que esses desflorestamentos persistam por anos e anos, deixando como saldo regiões imensas, maiores que muitos países do planeta, transformadas em verdadeiros e inóspitos desertos. Nesse balaio de formigas saúvas, estão misturados ONGs, mineradoras, o agronegócio, madeireiros dentro e fora do país, índios, políticos, multinacionais e uma infinidade de outros sujeitos, todos com sua devida parcela de responsabilidade.

    A situação é tão surreal e tamanha que chega ser estranho que ainda não exista, de forma objetiva e atuante, uma bancada do meio ambiente dentro do nosso parlamento. Trata-se, como já deu para notar, de um problema, que mesmo por suas dimensões e consequências futuras, não é tratado com empenho por nenhum governo, seja ele local ou nacional.

    Ao contrário do que ocorre com outras ações do governo, mais visíveis e com maiores ganhos eleitorais imediatos, não se vê, em parte alguma, campanhas institucionais alertando para o tema da destruição de nossas riquezas ambientais. Todos temos parcela e responsabilidades por essa tragédia. Questões como o aquecimento global, redução dos recursos hídricos, esgotamento e empobrecimento do solo e desertificação parecem não incomodar as autoridades deste país e muito menos a população, que segue desinformada sobre as sérias consequências que essas catástrofes acarretarão para toda a humanidade.

    Nas escolas, o problema da destruição contínua de nossas riquezas, causas e consequências também não são abordados. Quando são, é de forma transversal. Para os brasileiros que estão mais ligados nesse tema, o resultado de todo esse lento e crescente desmatamento já pode ser percebido com o aumento da temperatura, a baixa na produção das terras, no desaparecimento de cursos d’água, alguns outrora com grande vasão, o desaparecimento de vida silvestre, o prolongamento de secas e seu inverso, com chuvas torrenciais que destroem tudo e lavam o solo , e toda uma reviravolta da natureza que vai, a cada dia, tornando o próprio planeta um ambiente hostil para os humanos.

    Em nosso caso particular, já que a capital do país fica encravada bem no centro do Cerrado, cercado de vastíssimas lavouras, onde se pratica, intensamente, a monocultura de espécies transgênicas, todas voltadas para o mercado externo, a questão do desmatamento repercute e traz preocupações para todos. Apenas nos últimos quatro meses a destruição do Cerrado apresentou um crescimento de mais de 17%, atingindo uma área de aproximadamente 2.133 Km2, um recorde.

    Por se tratar de uma região cujo o equilíbrio ecológico é um dos mais delicados do mundo, essa é uma notícia ruim para os brasilienses e para o Brasil. Os responsáveis maiores nesse caso são os empresários da agropecuária, que não têm respeitado os limites de desmatamento, criando o gado e expandindo suas atividades Cerrado adentro. Fazem isso com a certeza de que as punições não virão. Se mesmo os gigantescos tsunamis de poeira, com o prolongamento das estiagens, aumento significativo da temperatura e desaparecimento de rios não assustam essa gente, que dirá a fiscalização do governo, sempre falha e inócua.

    Pudesse toda essa questão ser trabalhada sem interferências políticas ou ideológicas, entregando todo esse problema nas mãos de técnicos ciosos de sua função, com suporte de autarquias, infensas as ações dos governos de plantão, funcionando ininterruptamente sem intromissões e com recursos próprios, talvez o tema do desmatamento seria minorado e deixaria de aparecer nas manchetes dos noticiários do país e do mundo.

    A frase que foi pronunciada
    “Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros” (Voltaire)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/05/07/interna_opiniao,383789/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  40. Miguel José Teixeira

    “. . .governantes de todos os poderes usufruindo as benesses de seus cargos, e o país, como um todo, distanciando-se, cada vez mais, das economias principais. . .”

    “Por que o Brasil não deu certo”
    (Jaime Pinsky, Historiador, editor, professor titular da Unicamp, CB, 07/05/23)

    Houve um tempo em que se discutia o futuro do Brasil. O escritor Stefan Zweig, muito famoso na ocasião, saiu da Áustria e veio se refugiar nestas terras tropicais, tentando fugir do nazismo. Após escrever um livro em homenagem à terra que o recebeu (Brasil, país do futuro), deu fim à própria vida.

    Os Estados Unidos haviam crescido de forma vertiginosa no século 19, enquanto nós havíamos marcado passo graças a um sistema agrário arcaico, que explorou mão de obra escrava até nos tornarmos o último país ocidental a conservar esse tipo de força de trabalho, humilhante para explorados e exploradores (além de pouco eficaz). Mesmo assim, havia os que acreditavam no futuro do país e Zweig não foi o primeiro nem o último.

    Minha geração também acreditou. Em alguns momentos parecia faltar pouco para deslancharmos de vez. Mas alguma coisa sempre acontecia. Ou era um governo particularmente ruim, ou a conjuntura internacional que nos desfavorecia, ou falta de infraestrutura, ou pouca gente fazendo faculdade, ou muita gente fazendo faculdade, ou dengue, ou tantas outras coisas… E a gente acreditando no futuro do Brasil.

    A triste conclusão, depois de tudo, é que o país não vai. Vai é ser sempre o que já é: uma terra de gente simpática, agradável, sociável, mas um país de segunda, com enorme desigualdade social, uma elite econômica tendendo para a arrogância, o povo defendendo-se com certa dissimulação, corrupção endêmica e estrutural, governantes de todos os poderes usufruindo as benesses de seus cargos, e o país, como um todo, distanciando-se, cada vez mais, das economias principais — dos tigres asiáticos, dos ursos europeus, dos cangurus australianos e até das lhamas andinas.

    Sim, temos um motivo estrutural para isso: o Brasil tornou-se em 1822, formalmente, um Estado nacional, mas não era nada disso. A maior parte dos países se organiza de baixo para cima, criando, paulatinamente, uma consciência de identidade nacional e só depois busca se constituir politicamente, desvincular-se de ligações que eventualmente tinha (dependência política, heterogeneidade cultural ou religiosa, libertação nacional).

    O Estado nacional vem depois, não antes. Basta pensar como se constituíram Estados nacionais tão diversos como Estados Unidos, França, Rússia, Israel ou Angola para que esses processos históricos fiquem claros. No Brasil ocorreu algo bem diferente: tivemos um filho do rei de Portugal liderando um suposto movimento em um país onde representantes de povos indígenas e africanos, que constituíam a maioria da população, não foram sequer consultados e, no caso dos cativos (formalmente escravizados ou não), sequer libertados.

    Por seu lado, temos que reconhecer que a razão estrutural, esse pecado original de nossa formação, não pode explicar tudo. Afinal, tivemos mais de 200 anos depois da independência formal para superar esse problema e não o fizemos. Entra governo, sai governo e continuamos atrás. Pesquisas recentes, publicadas por economistas respeitáveis, chamam a atenção para o fato de continuarmos atrasados.

    Há décadas corríamos atrás da China. Depois, dos demais tigres asiáticos. Também ficamos vendo a poeira levantada pelos grandes felinos. O diagnóstico é o de sempre: nossa mão de obra é pouco eficaz, tanto técnica quanto cientificamente. Não preparamos adequadamente as pessoas, e o resultado é a baixa rentabilidade. Isso não tem a ver com inteligência ou habilidade de nossa mão de obra. Tem a ver com formação, escolaridade.

    Ora, uma boa escola precisa de bons professores. Não adianta ter programas e mais programas de livros para os alunos. Um bom professor consegue dar aulas com livros de alunos de qualidade sofrível, mas para um professor malformado não adianta os alunos terem os melhores livros. São os professores que precisam ter os melhores livros, os mais atualizados. São eles os formadores de cientistas, técnicos e operários. Se não tivermos bons professores, decentemente remunerados e sabiamente exigidos, não poderemos ter gente qualificada e eficaz em suas atividades.

    Há 30 anos, no governo Itamar Franco, uma comissão de professores, intelectuais e representantes da sociedade foi formada para discutir o assunto no Ministério de Educação, e a conclusão foi que professores do ensino público deveriam receber livros de qualidade para sua formação. Essa comissão, dirigida pela grande educadora recentemente falecida Magda Soares, fez um belo trabalho. Contudo, como aqui não há política de Estado e sim política de governo, a coisa não se manteve.

    Hoje precisamos de muito mais que livros para professores (embora eles continuem imprescindíveis). Contudo, pelo que se vê e lê, o Brasil parece ter outras prioridades. Mas, como não falta combustível para levar o pessoal de volta aos currais eleitorais nos fins de semana, está tudo bem por aqui.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/05/07/interna_opiniao,383791/por-que-o-brasil-nao-deu-certo.shtml)

  41. Miguel José Teixeira

    Dom Jaime Spengler, novo líder da entidade católica, fala à Folha sobre aborto, racismo e fake news

    “Igreja não é esquerda nem direita, tem como centro o Evangelho, diz presidente da CNBB”
    (Anna Virginia Balloussier, FSP, 06/05/23)

    A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) precisa ajudar a “reconstituir um tecido social esgarçado” após uma polarização que rachou comunidades, diz dom Jaime Spengler.

    O arcebispo de Porto Alegre tomou posse na semana passada como novo presidente da mais representativa entidade católica do país. Herdou com o cargo a missão de conduzir o alto clero por uma cena social turbulenta.

    Por um lado, a cúpula dos bispos enfrenta nos últimos anos resistência de núcleos católicos alinhados ao bolsonarismo. A defesa de causas como vacinação e meio ambiente lhe rendem o rótulo de esquerda. Prefere falar no que tem como “centro, o Evangelho”.

    Por outro, setores progressistas questionam os bispos por posições tidas como conservadoras do Vaticano. À Folha dom Jaime falou sobre presença feminina na Igreja (“o que seria de nós sem vocês?”) e sobre o que chamou de “chaga” do racismo. Comentava, então, a eleição de uma diretoria toda branca na CNBB. “A natureza que me fez assim.”
    
    O sr. fala em “diálogo” e “oração” para encarar esta nova missão na CNBB. Qual vê como maior desafio em tempos tão polarizados?
    Em primeiríssimo lugar, é anunciar o Evangelho de Jesus. A segunda exigência grande é colaborar num processo de reconciliação do nosso Brasil. Precisamos reconstituir o tecido social, que está muito esgarçado. Temos comunidades divididas.

    Vê a Igreja Católica dividida?
    Mensagem recente da CNBB fala em “criminosa tragédia ocorrida com o povo yanomami”, “importância da vacinação” e “modelo econômico cruel”. Grupos bolsonaristas têm tentado rotular a entidade como “de esquerda” por posicionamentos assim. A Igreja não está dividida, estamos muito unidos. O que talvez chama atenção: somos seres políticos por natureza e temos nossas posições pessoais. E aí alguns as expressam de forma mais alargada, digamos assim. As leituras se pautam através desse modo de se posicionar. Mas não podemos jamais nos calar diante das situações em que a vida não é respeitada, independentemente de quem esteja no poder. Não seria digno de um discípulo de Jesus.

    Concepções como esquerda e direita valem para a Igreja?
    Nós temos como centro o Evangelho. É o que nos pauta. A nota talvez tenha causado desconforto em alguns setores. Algo muito bonito que está no Evangelho de Mateus, mas que é extremamente desafiador: lá diz que seremos avaliados diante de situações muito simples. Estava com fome, me destes de comer. Tinha sede, me destes de beber. Não podemos jamais perder isso de vista.

    O sr. certa vez falou sobre a indiferença religiosa. Uma ameaça ao catolicismo até maior do que a expansão evangélica. Por que aumenta tanto o número de pessoas sem qualquer religião?
    Aqui você toca numa questão muito sensível. Realmente acho que o segmento que mais cresce hoje são os indiferentes e aqueles que se dizem agnósticos. Talvez haja um certo desencanto, de alguns, com a forma como a mensagem é transmitida. Há ainda situações que podem ser contratestemunho, e isso traz o descrédito.

    Uma dessas situações é a questão do abuso contra fiéis, sobretudo menores de idade. É uma realidade que faz parte do convívio humano. As notícias que emergiram trouxeram situações vergonhosas. Diminuem aquilo que se espera de um ministro do Evangelho. É muito oportuna a iniciativa do Santo Padre de trazer de forma explícita essa realidade.

    O sr. disse, em 2022, que quem divulga mentiras não é digno de assumir cargo público. A fala foi entendida por grupos católicos bolsonaristas como recado a Jair Bolsonaro. Foi?
    Não colocaria aquela minha fala dirigida objetivamente a uma pessoa, mas a um contexto social que estávamos vivendo. E eu a repetiria no momento atual também, viu? É algo que está aí no cotidiano. A verdade abre horizontes. A mentira fecha.

    O Congresso discute agora o PL das Fake News, que enfrenta forte oposição de religiosos, inclusive da Frente Parlamentar Católica. O que acha dele? Somos contrários à divulgação de falsas notícias. Agora, não tenho condições de aqui no momento fazer uma avaliação do projeto em si. Realmente não o li nas suas entrelinhas.

    O sr. disse em 2018 à rádio Vaticano, ao comentar o julgamento de Lula na segunda instância, que “a justiça deveria ser feita”. Depois de tudo o que aconteceu com o agora presidente, acha que a justiça prevaleceu?
    Essa é uma bela de uma questão que você me traz. Confesso que fico me perguntando como que num determinado momento existiam tantos elementos que levavam necessariamente à condenação deste ou daquele personagem, e depois de dois ou três anos simplesmente se diz que aqueles elementos não foram suficientemente avaliados, e aquela condenação de repente não foi justa. Não sei se me explico. Essa espécie de contradição jurídica é algo que também nos preocupa, sim. Porque a justiça, claro, precisa ser feita. Agora, não podemos nos deixar levar pelo calor do momento. Aliás, você que é jornalista pode até me ajudar, porque o meio jurídico não é meu âmbito.

    No caso de Lula, um dos pontos postos em xeque foi a imparcialidade do então juiz Sergio Moro. Esse tipo de situação causa estranheza, né?

    Para o sr., houve casuísmo político, seja na revogação de penas da Operação Lava Jato, seja na condenação?
    Essa também é uma boa pergunta. Não saberia responder. Mas digo que isso causa uma dúvida social na autoridade jurídica, e isso traz uma insegurança. Não é bom para nós.

    Carta assinada por um padre e um frade acusa a CNBB de perpetuar o “pacto da branquitude” ao supostamente ignorar candidatos negros para postos da direção.
    Certamente a sociedade tem uma dívida com os povos originários e também com os afrodescendentes. Toda expressão de discriminação precisa encontrar caminhos para a superação. É uma chaga que marca nossa sociedade. Sobre a eleição, a assembleia [da CNBB] é soberana, escolhe seus representantes através do voto secreto. A verdade é que, sim, nós, os quatro membros da presidência, temos uma característica. Óbvio, olha aqui meu cabelo, minha pele. A natureza que me fez assim. Sou brasileiro, faço parte desta nação e com muito orgulho, viu? Tenho orgulho da minha origem sem diminuir jamais outras expressões.

    À frente das 12 comissões que constituem a entidade, temos dois presidentes afrodescendentes. Temos que reconhecer que a presença no seio do clero ainda é pequena por fatores também históricos. No passado existia uma resistência. E a questão da vocação não é simplesmente expressão de uma decisão pessoal. É graça de Deus. É Ele quem chama.

    O papa decidiu que as mulheres poderão votar pela primeira vez num sínodo. Acredita que as mulheres devem ganhar espaço no clero?
    É uma questão em debate. Há sinais de que no passado, sobretudo na origem da Igreja, existia, sim, um diaconato feminino. Precisamos aprofundar os estudos. Mulheres sempre tiveram lugar de destaque na promoção da fé. As testemunhas primeiras da ressurreição foram elas. Diria até brincando, já que estou aqui conversando com uma mulher: o que seria de nós sem vocês? Essa participação do feminino da vida ordinária da Igreja precisa ser promovida. Oxalá possamos juntos ampliar esses espaços.

    O papa prega respeito à comunidade LGBTQIA+, mas defende a doutrina que enquadra a homossexualidade como pecado. Também já falou em “colonização ideológica” na educação sexual em escolas. Como a CNBB vai tratar o tema?
    Demorou para você trazer essa questão [ri]. Veja, parto de um princípio muito simples: são pessoas humanas, e merecem nosso respeito. O próprio Evangelho diz que há pessoas que foram feitas assim. Como ser, junto a essas comunidades, uma presença evangelizadora capaz de promover uma palavra de fé sem trair aquilo que para nós é importante? Temos que ir ao encontro dessas pessoas ajudando, se possível, a pautar a própria vida de acordo com aquilo que são os critérios do Evangelho.

    Isso significaria o que exatamente? Querer que um gay deixe de sê-lo, por exemplo?
    Como também o hétero precisa manter um comportamento ético a partir daquilo em que acreditamos.

    Dom Ricardo Hoepers, eleito secretário-geral da CNBB, defende o Estatuto do Nascituro, que prevê retirar o aborto legal em casos de estupro. A entidade defende a revisão de guaridas legais ao procedimento?
    Precisamos de espaços amplos para debate. Como Igreja, temos posição consolidada. Não podemos não defender a integridade da vida desde a concepção. Isso, para nós, é um princípio basilar. É claro que existem essas situações que você traz: violência, abusos também de menores. Situações muito delicadas que requerem consenso. Tem uma expressão de dom Helder Câmara: quando os problemas se tornam absurdos, os desafios se tornam apaixonantes.

    RAIO-X
    Dom Jaime Spengler, 62
    Catarinense, entrou numa ordem franciscana 41 anos atrás. Cursou filosofia e teologia na juventude e, mais tarde, fez doutorado em filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma. Em 2013, papa Francisco o nomeou arcebispo de Porto Alegre. Seis anos depois, virou vice-presidente da CNBB e, em abril, foi eleito líder da entidade até 2027.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/05/igreja-nao-e-esquerda-nem-direita-tem-como-centro-o-evangelho-diz-presidente-da-cnbb.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)

    1. Dom Jaime, é nascido em Gaspar SC, no Poço Grande. E a Igreja Católica, perdeu o rumo da evangelização, espiritualização, educação, saúde e amparo filantrópico com a Teologia da Libertação. E abriu espaço para as empresas neopentecostais abusarem dos fracos até se tornarem comitês e partidos políticos, para ter dinheiro e poder a poucos

  42. Miguel José Teixeira

    Às vezes, penso que a babaquice britânica é menos dispendiosa que a babaquice tupiniquim!

    . . .”Charles III terá a missão de transformar a monarquia britânica, desgastada por escândalos e pela falta de popularidade entre os súditos mais jovens. Especialistas veem necessidade de modernização, e embaixadora destaca importância do rei para a estabilidade do país.”. . .

    “Sobre a cabeça, a coroa e o desafio de inovar”
    (Rodrigo Craveiro, CB, 06/05/23)

    Aos 74 anos, Charles III assume o trono do Reino Unido com a promessa de servir aos súditos. O 63º rei em 1.196 anos de monarquia terá as missões de modernizar o sistema de governo e vencer a resistência entre a população mais jovem do país. Uma pesquisa realizada pelo instituto YouGov, em 17 de abril, apontou que apenas 26% dos britânicos entre 18 e 24 anos veem a monarquia como algo bom para o Reino Unido. Na mesma faixa etária, 38% prefeririam um chefe de Estado eleito a Charles III. Outra pesquisa de julho de 2019 escancarou a queda da credibilidade da realeza britânica — na ocasião, 48% consideravam positiva a contribuição da monarquia para a nação. A sondagem mostrou, ainda, que dois em cada três britânicos demonstravam desinteresse pela coroação de Charles III, que ocorre na manhã de hoje. A primeira cerimônia em sete décadas mescla tradição e modernidade.

    Apesar de as pesquisas indicarem o contrário, a monarquia britânica ainda é capaz de atrair a atenção do planeta. Os números não mentem: entre os 2.300 convidados para a cerimônia na Abadia de Westminster, no centro de Londres, mais de 100 chefes de Estado e de governo, além de representantes de 203 países, estarão presentes, entre eles Luiz Inácio Lula da Silva e o norte-americano Joe Biden. Sob a segurança reforçada de 11,5 mil policiais, o monarca do Reino Unido e de 14 outros reinos será entronizado sob a sombra da mãe, a rainha Elizabeth II, falecida 240 dias atrás. Também ofuscado pelo escândalo envolvendo a ruptura do príncipe Harry com a família real, após o casamento com a atriz Meghan Markle e a mudança para os Estados Unidos. O filho caçula de Charles III — o quinto na linha de sucessão ao trono — desembarcou ontem em Londres para a coroação do pai. Ele não poderá vestir o uniforme ou túnica militar durante o evento.

    Charles III esbanjou simpatia, ontem, ao cumprimentar súditos no The Mall, próximo ao Palácio de Buckingham. “Ele simplesmente veio, não pude acreditar com meus olhos, que nós o estávamos vendo. Ele apertou minha mão e disse ‘Obrigado por terem vindo’. Foi absolutamente incrível, surreal”, contou Gillian Holmes, 66 anos, ao jornal The Guardian. Ao ser questionado sobre se estava nervoso para a coroação, o rei deu uma gargalhada.

    Mudanças
    Especialista em monarquia e biógrafo da família real britânica, Richard Fitzwilliams explicou ao Correio que Charles III terá de preservar a imparcialidade da monarquia sobre a política partidária. “Possivelmente, ele precisará mudar a forma como a monarquia funciona, mas o apoio é bastante sólido. Nenhum grande partido político apoia a República, que está em baixa nas pesquisas. Os partidos usam o novo rei como um impulso para sua campanha. A defesa da República é feita por um grupo ‘marginal’, que não carece de tanto suporte. Aumentar o apoio entre os jovens é o grande desafio de Charles III”, afirmou.

    Stephanie Al-Qaq, embaixadora do Reino Unido no Brasil (leia Três Perguntas Para), lembrou ao Correio que a monarquia cumpre papel fundamental de estabilidade para o país e na afirmação da identidade nacional. “Uma pesquisa realizada pela consultoria Ipsos indicou que dois terços dos britânicos querem a manutenção dela como sistema político do Reino Unido”, afirmou. De acordo com a embaixadora, o rei tem função importante na estabilidade do país. “Como chefe de Estado, ele exerce papéis variados, como nomear o primeiro-ministro e todos os demais ministros de Estado; emitir um parecer real a projetos de lei aprovados pelo Parlamento, para que se tornem leis; e receber embaixadores que iniciam e deixam suas missões”, exemplificou.

    Al-Qaq também destacou que o monarca tem uma audiência semanal com o primeiro-ministro e recebe, diariamente, documentos com informações e papéis para aprovação. Além de ter reuniões regulares com altos funcionários de diversas áreas do governo. “Sabemos que a monarquia também é um dos principais atrativos para os turistas que visitam o Reino Unido”, disse a embaixadora, que está em Londres para as cerimônias de coroação de Charles III.
    Também em Londres, Roberto Uebel — professor de relações internacionais da ESPM Porto Alegre e pesquisador visitante do King’s College London — admite que o desafio de Charles III será a “modernização da monarquia” e torná-la algo “interessante” para a população britânica. “Inclusive, saíram pesquisas recentes sobre a aprovação dos britânicos sobre a monarquia e, especificamente, sobre o reinado de Charles III. Eu diria que está bem dividido. Boa parte da população defende a monarquia, mas, desses grupos, muitos questionam se Charles teria legitimidade para ser um monarca”, disse à reportagem.

    Ainda segundo Uebel, o novo rei assume o posto em um momento politicamente complicado para o Reino Unido. “Ontem (quinta-feira), foram realizadas eleições locais (leia o Insert) aqui, e o Partido Conservador perdeu vários assentos. O Reino Unido vem de uma sucessão de trocas de primeiros-ministros — no ano passado, foram três: Boris Johnson, Liz Truss e Rishi Sunak. Então, a coroação é meio que ofuscada pelas questões políticas internas do país”, observou.

    O estudioso aposta que o papel de Charles III será o de conduzir a nação em uma transição para uma monarquia mais moderna. Uebel acredita que, por conta da idade avançada, o novo soberano não deverá ficar por muito tempo no trono. “Creio que ele vá preparar o terreno para que o príncipe William assuma, em uma monarquia mais moderna e mais conectada com as questões sociais e globais. As pautas ambiental e dos direitos humanos provavelmente estarão em evidência durante o seu reinado.”

    Três perguntas para Stephanie Al-Qaq, embaixadora do Reino Unido no Brasil

    Por que a cerimônia de coroação é tão importante para o povo britânico?
    Estou em Londres e ver de perto os preparativos para a Coroação está me deixando muito animada. Faz 70 anos desde a última cerimônia do tipo. Então, será um momento singular para o Reino Unido e para os 14 outros Reinos independentes dos quais ele também é Chefe de Estado. Queremos compartilhar este capítulo da nossa história com o mundo. É uma oportunidade para mostrar a monarquia como um elemento da identidade britânica e reafirmar sua função enquanto força de coesão e símbolo de estabilidade. Vai ter muita tradição, porque a ocasião pede, mas, também, muitos elementos que demonstram a olhar do Rei sobre o futuro. Ele usará a ocasião para promover suas paixões: juventude, comunidade, diversidade e sustentabilidade.

    Como vê a relação do rei com o Brasil?
    Já me encontrei com o rei Charles III e com a rainha consorte algumas vezes. Ele se importa muito com as pessoas. Percebi que o rei realmente escuta quem está falando com ele. Sei que tem um enorme carinho pelo Brasil. Já veio quatro vezes aqui e se preocupa muito com a questão climática, em que o país é protagonista. Ele encontrou governadores brasileiros no âmbito da COP26, em Glasgow. A família real é um dos principais símbolos do Reino Unido. Acho muito interessante o quanto os brasileiros são fascinados pela monarquia. A audiência brasileira também acompanhará esse momento histórico.

    O novo monarca terá uma boa aceitação entre os súditos britânicos?
    A rainha Elizabeth II foi uma das monarcas mais importantes da história da humanidade. Ela era muito carismática e foi amada por pessoas do mundo todo. Cumpriu seu papel com brilhantismo. As pessoas são diferentes, e os monarcas, também. Cada um tem um perfil, um foco, prioridades, preocupações. O rei Charles III é muito ligado às questões e aos desafios do nosso tempo e terá uma contribuição importante. Destaco a liderança dele na Sustainable Markets Initiative (SMI — Iniciativa para Mercados Sustentáveis), coalizão que coordena a busca por financiamento privado para acelerar a transição para um futuro sustentável. A mobilização de financiamento privado para o clima é uma das grandes prioridades do rei. (RC)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/mundo/capa_mundo/)

  43. Miguel José Teixeira

    De ministrim apenas no papel, agora pelo menos é o entregador oficial de convites!

    A hora dos vizinhos
    Enquanto Lula participa da coroação do rei Charles III, em Londres, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, roda a América do Sul entregando convites para a reunião de cúpula, em 30 de maio, com todos os países do continente. A ideia é reabrir os canais de diálogo.

    A nova Unasul
    A expectativa do governo brasileiro é que esse encontro de 30 de maio ajude a retomar a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que reunia 12 países da região, ou resulte em outro agrupamento que possa tratar de uma agenda comum. A Unasul acabou no governo de Jair Bolsonaro e até a sede, em Quito, no Equador, foi desativada.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/06/interna_politica,383785/brasilia-df.shtml)

    E para que mesmo servia a extinta Unasul?

  44. Miguel José Teixeira

    Anunciar, Rishi Sunak, anunciou! Agora, quando oficializará o repa$$e?

    . . .”Primeiro-ministro britânico anunciou o aporte em encontro com o presidente. Os dois discutiram também as relações bilaterais”. . .

    “Lula traz R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia”
    (Vicente Nunes, Enviado especial, CB, 06/05/23)

    Se, no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta dificuldades para emplacar projetos de interesse do governo no Congresso e vê a economia caminhando a passos lentos, no exterior, está avançando na reinserção do país na política internacional. Ontem, teve uma de suas maiores vitórias desde que começou a viajar mundo afora: o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou o aporte de 80 milhões de libras, cerca de R$ 500 milhões, no Fundo Amazônia. Da residência oficial do líder britânico, na 10 Downing Street, Lula foi a um encontro restrito com o rei Charles III, que será coroado hoje. Somente pouco mais de uma dezena de chefes de Estado estiveram nessa reunião.

    Brasil e Reino Unido andavam afastados. Havia muita resistência por parte do governo e da realeza britânicos em relação à administração anterior, de Jair Bolsonaro, visto como um inimigo do meio ambiente. Agora, destacou Sunak, os dois países estão na mesma sintonia, seja para ampliar as relações comerciais, hoje de apenas US$ 6,5 bilhões por ano, seja para agir, em conjunto, contra os graves problemas decorrentes das mudanças climáticas.

    O encontro com Sunak durou 45 minutos, no qual o primeiro-ministro britânico anunciou o investimento no Fundo Amazônia. Já fazem parte do grupo de financiadores a Alemanha, a Noruega e os Estados Unidos. O fundo havia sido suspenso no governo anterior, devido ao descompromisso com a questão ambiental.

    Lula disse a Sunak que o Brasil tem grandes reservas, vem participando de encontros sobre o clima e assumido compromissos com o desmatamento zero na Amazônia até 2030. “Tenho falado para todos os países ricos e pedido para que cumpram os acordos firmados nas edições da COP. Os países mais pobres precisam de ajuda para manter suas florestas de pé e o clima que a sociedade precisa (para viver)”, assinalou.

    “Tenho o prazer de anunciar, nesta ocasião, que vamos investir no Fundo Amazônia, e tudo isso está sendo feito por causa do seu trabalho, de sua liderança e da sua luta (pela preservação do meio ambiente)”, afirmou o líder britânico. Ele ressaltou o prazer de receber Lula em sua residência oficial e frisou que a competição entre as duas nações só se restringe ao futebol, quando Inglaterra e Brasil entram em campo. “Nossa conversa vai ser melhor do que a competição nos jogos da Inglaterra na Copa. Além de futebol, temos muito em comum. Relações econômicas, fluxo comercial e mudança climática”, assinalou.

    Mudança de planos
    O anúncio do primeiro-ministro foi recebido com festa pelo governo brasileiro. Lula havia desistido de viajar a Londres para a coroação do rei Charles III. Mas a possibilidade de um encontro bilateral com Sunak fez com que mudasse os planos.

    No comércio, o presidente e o primeiro-ministro disseram que precisam incrementar as relações entre os países. Somadas importações e exportações, a corrente chega a US$ 6,5 bilhões por ano. Segundo o governo brasileiro, os fluxos de investimentos britânicos no Brasil mantêm-se elevados e destinam-se, sobretudo, ao setor de óleo e gás. Já o estoque total de investimentos concentra-se nos setores extrativo, financeiro e de transportes. Segundo o Banco Central, o Reino Unido contava, em 2021, com US$ 22,6 bilhões investidos no Brasil pelo critério de investidor imediato (6º maior) e US$ 36 bilhões pelo critério de controlador final (4º maior).

    Já o Reino Unido aparece em segundo lugar entre os 17 países com aplicações no Programa de Parcerias de Investimento, com R$ 59 bilhões (US$ 11 bilhões), atrás apenas da China, em 10º lugar, com R$ 2,2 bilhões (cerca de US$ 440 milhões). O Reino Unido, por sua vez, está em 10º na lista de maiores receptores de investimentos diretos brasileiros, com estoque, em 2020, de US$ 5,1 bilhões.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/05/06/interna_politica,383762/lula-traz-r-500-milhoes-para-o-fundo-amazonia.shtml)

    O piNçador Matutildo, piNçou:

    “O anúncio do primeiro-ministro foi recebido com festa pelo governo brasileiro. Lula havia desistido de viajar a Londres para a coroação do rei Charles III. Mas a possibilidade de um encontro bilateral com Sunak fez com que mudasse os planos.”

    E o Bedelhildo. . .

    Quem vibrou mesmo com o passeio turístico de contos de fadas, foi a JBG, seus co$tureiro$ e os amigos do rei!

    O resto é “talk to the ox to sleep” não é Raul?
    . . .
    “Há quanto tempo que o Brasil não ganha?
    Isso é conversa para boi dormir!
    Espero em Deus, porque ele é brasileiro
    Pra trazer o progresso que eu não vejo aqui”
    . . .
    https://www.youtube.com/watch?v=mjLNfU0ZJaU

    1. Miguel José Teixeira

      Matutando bem. . .o tio Sam também já tinha anunciado um aporte astronômico para o “Fundo Amazônia”! Já repa$$ou?

  45. Miguel José Teixeira

    A arte do futebol por que entende da arte!

    . . .”Beira o absurdo clubes gigantes como o Corinthians escantearem a psicologia do esporte.”

    “Bando de loucos sem divã”
    (Marcos Paulo Lima, CB, 06/05/23)

    Fiz uma rápida pesquisa na aba departamento de futebol profissional do Corinthians a fim de saber quem é o responsável pela psicologia na comissão técnica de quase 60 colaboradores. Se o site não estiver desatualizado, apurei que simplesmente não há. Isso é um problemão. Em 1998, na primeira passagem de Vanderlei Luxemburgo pelo clube, o professor contava com a consultoria de Suzy Fleury. Não abria mão da força mental no projeto. Em momentos tensos, ela pacificou relacionamentos como o de Luxemburgo com Marcelinho Carioca. Bom da cabeça, o time alvinegro conquistou o Brasileirão no semestre em que o treinador acumulou as pranchetas do Corinthians e da Seleção Brasileira. Luxa foi, inclusive, diagnosticado com estresse agudo.

    O Corinthians virou um “bando de loucos” sem divã. O time mostrou na derrota por 2 x 1 para o Independiente del Valle, na última terça-feira, que precisa urgentemente de terapia. Está doente dos pés à cabeça. Estresse agudo. Os discursos depois da partida são assustadores. Maior ídolo em atividade do clube, o goleiro Cássio desabafou fez o diagnóstico da crise: “Psicologicamente é difícil, o time está no limite já. Não tem o que falar, é ficar quieto”.

    Maycon é outro sintoma do estresse agudo. Vilão no lance do gol da vitória do Independiente del Valle, ele foi às lágrimas. Victor Cantillo assumiu o papel de consolá-lo no banco de reservas. O clube precisa cuidar de Maycon. Quem cobra, esquece. Esse jogador saiu correndo da Ucrânia com a família no início da guerra declarada pela Rússia. Ele e outros jogadores ficaram reclusos num hotel em Kiev, enquanto o exército de Vladimir Putin bombardeava a capital e Donestsk, onde ele defendia o Shakhtar.

    Luxemburgo não é psicólogo, óbvio, mas, repito, trabalhou com profissionais como Suzy Fleury e teve sensibilidade para apresentar o laudo do problema. “A análise é que tenho um grupo de qualidade, mas que está para baixo pela instabilidade”, ponderou o treinador.

    A diretoria traumatizou o elenco. É impossível trabalhar em paz com tantas decisões inconsequentes. De 2020 para cá, o plantel foi comandado por Tiago Nunes, Vágner Mancini, Sylvinho, Vítor Pereira, Fernando Lázaro, Cuca e Vanderlei Luxemburgo. “Precisamos ter consistência, não ficar mudando toda hora”, cobrou o goleiro Cássio.

    Beira o absurdo clubes gigantes como o Corinthians escantearem a psicologia do esporte. A ginasta estadunidense Simone Biles, a tenista japonesa Naomi Osaka e o surfista Bruno Medina mostraram recentemente a importância da saúde mental no alto rendimento. Tite recusou esse profissional em seis anos e meio na Seleção. O torcedor raiz dirá que isso é frescura, que o time precisa é jogar bola. O divã contribuiu para que isso aconteça. Luxemburgo chega ao Corinthians com o auxiliar Mauricio Copertino e o preparador físico Antônio Mello para trabalhar com ele. Recomenda-se o acréscimo de um profissional da psicologia à folha de pagamento. Pra ontem.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/05/06/interna_opiniao,383745/bando-de-loucos-sem-diva.shtml)

  46. Miguel José Teixeira

    . . .”A aceitação da Venezuela e de outros países completamente arruinados por ditadores dentro do Mercosul, além de ir contra os estatutos da organização, provou que o bloco ainda está longe de atingir seu objetivo que é o desenvolvimento do livre mercado, atividade essa impulsionada sobretudo pela livre iniciativa e pelo capital privado.”. . .

    “Mercosul ou projeto assistencialista”
    (Circe Cunha, coluna VLO, DP, 06/05/23)

    Criado em março de 1991, a partir do Tratado de Assunção, no Paraguai, o bloco econômico regional intitulado Mercosul visava, segundo seus idealizadores, levar adiante um antigo sonho do continente de um projeto de construção de um mercado comum de livre comércio na América do Sul, à semelhança do que existia na Europa, com o Mercado Comum Europeu.

    No papel e na cabeça de alguns de seus criadores, a ideia era boa e poderia resolver antigos problemas do continente, que eram, pela ordem, a desigualdade regional e o subdesenvolvimento crônico de muitos países latino-americanos. O mote de que a união faz a força, poderia servir como potência motriz e básica, caso os países que integravam o bloco, seguissem, ao menos, diretrizes econômicas parecidas ou mesmo objetivos de desenvolvimento comuns.

    O fato de o maior país do continente, o Brasil, ter seguido durante todo o seu longo processo histórico, numa trajetória econômica e social, quase que oposta aos países da região, mostrou, logo de início, que a formação desse bloco não seria uma tarefa fácil. Pelo contrário. Era preciso, ao menos, que houvesse a priori, tanto uma reaproximação histórica, como um certo nivelamento econômico entre os integrantes do Mercosul, de forma que todos tivessem, na largada da empreitada, um mínimo de equilíbrio de desenvolvimento.

    Pretender, como fizeram alguns países, sua integração ao bloco, de olho apenas nas vantagens e direitos, de modo a alavancar suas economias internas, arrasadas por décadas de governos populistas, corruptos, ou sob o disfarce de socialistas, ou coisa do gênero, não poderia dar certo, como não deu até hoje.

    Sem qualquer viés soberbo, o que o Brasil, com essa associação a países que não conseguem, sequer, encontrar uma harmonia institucional interna, tem conseguido é arrastar um peso sob as costas, transformando o que seria uma colaboração conjunta numa espécie de associação aduaneira assistencialista, com o mais rico acudindo os mais necessitados. Tal forma não funciona, quando o que está em jogo são interesses comerciais e não humanitários. Mea culpa deve ser feito também com relação ao Brasil, que desde 2003 vem num esforço contínuo de tentar ideologizar politicamente e com os matizes da antiga esquerda sul-americana, um mercado que se pretendia ser apenas uma associação para livre comércio, ou seja livre de amarras partidárias.

    A aceitação da Venezuela e de outros países completamente arruinados por ditadores dentro do Mercosul, além de ir contra os estatutos da organização, provou que o bloco ainda está longe de atingir seu objetivo que é o desenvolvimento do livre mercado, atividade essa impulsionada sobretudo pela livre iniciativa e pelo capital privado.

    Sem liberdade políticas, não se pode falar em livre comércio. No máximo, o que se tem são atividades primárias de escambo ou a troca direta produto por produto. Dizer com todas as letras que o Mercosul não pode pretender ser uma casa de caridade, pode soar mal, egoísta ou até prepotente, mas é isso que ocorre. Fosse entregue à gestão de empreendedores privados, vedando que ideias e ideologias políticas entrassem nesse negócio, o Mercosul teria alavancado economicamente a região há muito tempo, e não estaríamos nesse eterno ensaio de vir a ser um bloco regional.

    Ao transformar o bloco numa espécie de clube de caciques políticos, resta ao Mercosul continuar sendo o que é: um projeto. Para o Brasil, o melhor a fazer, quando tomar juízo e enquanto for outro o governo, é buscar se desvencilhar do bloco, sacudir a poeira e partir para outros mercados.

    A frase que foi pronunciada
    “Por que toda a vez que olho para o presidente da Argentina, Alberto Fernadez, logo me vem à mente o personagem de Péricles, o amigo da onça?”
    (Manuel Madureira)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/05/06/interna_opiniao,383750/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  47. Miguel José Teixeira

    Se as solenidades de coroação do rei Charles III custarão a bagatela de 624 milhões, a caravana de lula e sua coroa não ficará por muito menos!

    “Lula esbanja em hotel de luxo e comitiva gigante”
    (Cláudio Humberto, coluna CH, DP, 06/05/23)

    A ida do presidente Lula e da primeira-dama Janja para a coroação do rei Charles III, em Londres (Inglaterra), chamou atenção pelas exigências da comitiva presidencial. O exclusivíssimo hotel, dividido também com a coroa holandesa e com a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, tem a “suíte real” pela bagatela de R$ 95 mil. O quartinho mais barato, em cotação fora do dia do evento da realeza, custa R$3,5 mil. A comitiva de Lula reservou um andar inteiro, estima-se que são cerca de 100 quartos.

    O rei sou eu
    Fonte do governo confirma: só a suíte de Lula custa R$40 mil por dia. O pagador de impostos brasileiro vai bancar R$120 mil para o casal petista.

    Nem aí
    A coroação ocorrerá na Abadia de Westminster. Pertinho de lá, cerca de 2,5km, está a Embaixada do Brasil em Londres, à disposição de Lula.

    Ostentação
    No desembarque, Janja, que adora ostentar, já mostrou que em Londres não seria diferente. Desceu com a bolsa Celine, avaliada em R$21,4 mil.

    Quase meio século
    Quem recebe um salário-mínimo e quer usar o reajuste de R$18 para bancar a luxuosa suíte, basta economizar a merreca por 458 anos.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/lula-esbanja-em-hotel-de-luxo-e-comitiva-gigante)

    Em comum: o couro dos burros de cargas!

    1. Esbanja, rima com Janja, a que não manja

      Gastança, mas para patrocinar se sobressair pelo ridículo, como as vestes da primeira dama. Parece proposital, o mau gosto, provando que dinheiro não capaz de fazer ninguém elegante e soberano

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