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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLIII

43 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLIII”

  1. Miguel José Teixeira

    Na briga pelo comando de um dos puxadinhos PeTralha, a “tartaruguinha fora do casco” é bicada pelo “pavãozinho suro”!

    “‘Neste momento saio daqui sangrando’, diz Marina após derrota de chapa para comando da Rede”
    (Giordanna Neves e Levy Teles, portal Terra, 16/04/23)

    A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ser alvo de ataques por todos os lados após a sua chapa perder a disputa pelo comando nacional do partido Rede Sustentabilidade. “Neste momento, saio daqui sangrando”, disse, após o resultado, que consagrou como vencedora a chapa ‘Rede Vive Pela Base’, encabeçada pela ex-senadora Heloísa Helena (AL) e pelo engenheiro ambiental Wesley Diógenes, apoiados pelo senador e líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (AP).

    Marina usou a imagem de um bisão, um bovino de grande porte, sendo atacado por leões por todos os lados para falar de como estava se sentindo com o resultado. “Ele é muito forte, muito grande, mas ele morreu”, disse a ministra.

    Como mostrou o Broadcast Político mais cedo, o grupo mais à esquerda da Rede Sustentabilidade foi que venceu neste domingo, 16, por 234 votos a 165, a disputa pelo comando nacional da legenda. O resultado evidenciou um racha interno, com os principais nomes da legenda, Marina e Randolfe, divididos sobre os rumos do partido. A convenção da sigla em que ocorreu a eleição foi realizada neste domingo em Brasília.

    A eleição do novo comando foi marcada por acusações e troca de farpas. Adversários chegaram a afirmar que Marina ofereceu cargos em troca do apoio à sua chapa. Disseram ainda que a ministra seria “amiga de banqueiros”. Ela rebateu todas as críticas.

    “Taxações indevidas, insinuações que ferem honras e biografias. Eu jamais faria isso com quem quer que seja”, disse a ministra durante o seu discurso. “Já fui chamada de homofóbica, fundamentalista. Não é com rótulo, com conversinhas por trás, e palavras doces pela frente, que vamos ser diferentes”, continuou.

    A chapa vencedora, da ex-senadora Heloísa Helena e o engenheiro ambiental Wesley Diógenes, defende um alinhamento programático exclusivamente à esquerda. A chapa perdedora, batizada de ‘Rede Vive’ e que contou com apoio de Marina, nomeou Giovanni Mockus e Joênia Wapichana, presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), como postulantes aos postos. Essa vertente crê que é preciso abranger não apenas a esquerda, mas outros grupos de outros espectros políticos.

    (Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/neste-momento-saio-daqui-sangrando-diz-marina-apos-derrota-de-chapa-para-comando-da-rede,32dcafeaaf73aa36fd4aedd11c4a2923bibmigdi.html)

  2. Miguel José Teixeira

    Para quem não acredita que existe almoço grátis. . .

    “Conheça o hotel 7 estrelas onde Lula e Janja se hospedaram em Abu Dhabi”
    . . .
    Lula e Janja não pagaram pela estadia luxuosa. Como convidados oficiais do governo, eles tiveram todas as despesas custeadas, conforme destacou a correspondente da Globo e GloboNews Bianca Rothier em matéria na TV.
    . . .
    (+em: https://www.terra.com.br/diversao/gente/conheca-o-hotel-7-estrelas-onde-lula-e-janja-se-hospedaram-em-abu-dhabi,34e284562d8d239977be989ea7c0a5b2ogxi2rmf.html)

    E para quem ainda acredita no jornalismo da gloBBBo. . .

  3. Miguel José Teixeira

    Dicas de português, por Dad Squarisi, CB, 16/04/23

    “Escrever é cortar.” (Marques Rebelo)

    Banco sai na frente
    Viva! Um banco saiu na frente. Incomodado com a placa que aparece ao lado dos elevadores, decidiu mudá-la. A razão: o texto está eivado de erros.
    Mas, visto tantas vezes, não causa mais estranheza. Parece natural. Mas não é. Nossos olhos é que se acostumaram com ele. As falhas estão comentadas a seguir.

    Aviso aos passageiros
    Antes de entrar no elevador verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar.
    Valha-nos, Deus, Maria e Divino Espírito Santo! O texto é a receita do cruz-credo. Sem cerimônia, exibe cinco erros — propriedade vocabular, colocação do pronome átono, pontuação, emprego do demonstrativo mesmo e estrutura da frase.

    Ufa! Palavra adequada
    Vamos combinar? Ônibus, avião, trem, bonde, navio, táxi & cia. transportam passageiros. O elevador sobe e desce com usuários.

    Fortões e fracotes
    O pronome átono se chama átono porque é fraquiiiiiiinho. Há palavras fortonas que o atraem e o obrigam a ficar antes do verbo. Uma delas é a conjunção subordinativa (que, se, porque). No aviso, aparece “verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”.
    Viu? A conjunção se (verifique se) lá está. Chama o fracote. Ele tem de obedecer: … verifique se o mesmo se encontra parado neste andar.

    Pra lá e pra cá
    As orações adverbiais são passeadeiras. Não param quietas. Parece que têm asas nos pés. Ora aparecem no começo do período, ora no meio, ora no final. Mas elas têm lugar fixo. É no fim. Quando se deslocam, a vírgula denuncia a escapadinha.

    Compare:
    Não dirija se beber.
    Se beber, não dirija.
    O texto exibido de norte a sul do país tem uma oração deslocada. Cadê a vírgula? O gato comeu. Que tal devolvê-la? Assim: Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra parado neste andar.

    Etiqueta pega bem
    O pronome mesmo exerce vários papéis. E o faz com dignidade e espírito de colaboração. Ele ajuda o autor a reforçar a declaração ou a dar mais precisão a termos que precisam de destaque. Com funções tão importantes, é natural que tenha exigências. Não são muitas, mas convém conhecê-las para tirar as vantagens que o dissílabo oferece.
    1. Às vezes, o pronome aparece antes do substantivo. No caso, tem o sentido de “igual”, sem tirar nem pôr. Concorda, então, com o substantivo a que se refere: A mesma campanha teve resultado diferente. As mesmas campanhas tiveram resultados diferentes.
    2.Outras vezes, o danadinho vem depois do nome ou do pronome para reforçá-los. Aí concorda com o
    termo a que se refere.

    Compare:
    Eu vendi a casa. Eu mesma vendi a casa. Eu mesmo vendi a casa. Ele mesmo vendeu a casa. Ela mesma vendeu a casa. Nós mesmos vendemos a casa. Nós mesmas vendemos a casa. Eles mesmos venderam a casa. Elas mesmas venderam a casa.
    3.Eta pronome polivalente! Ele também pode significar realmente. Aí, mantém-se invariável – sem feminino e sem plural: O depoente disse mesmo a verdade. Eles saíram mesmo às 18h. Foi bobeira mesmo do Luís.

    Nada mais
    Viu? O pronome dá destaque e reforço. Mas não ocupa o lugar do substantivo ou do pronome. É proibido usá-lo em frases como estas: Falei com o médico. O mesmo disse que estava de férias. Xô, coisa feia! Vem, belezura: Falei com o médico. Ele disse que estava de férias.

    Eureca
    Agora está moleza encontrar o erro no aviso do elevador. O dissílabo está usurpando o lugar do pronome ele: Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra parado neste andar.

    Retoque
    Que tal dar uns retoques? A forma nota 10 pode ser esta:
    Antes de entrar, verifique se o elevador se encontra neste andar.
    Melhor ainda é a forma encontrada pelo BRB:
    Antes de entrar, verifique se o elevador está neste andar.

    Leitor pergunta
    Ouço amigos dizerem “será se”. Meus ouvidos estranham essa construção. Preferem “será que”. Quem está certo?
    Tony Peter Floriano, lugar incerto

    Tony, seus ouvidos têm razão. A forma “será se” não existe. O correto é “será que”: Será que amanhã vai chover?

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/04/16/interna_cidades,382834/dicas-de-portugues.shtml)

  4. Miguel José Teixeira

    Isso explica muito!

    . . .”Petista sinaliza que será bem mais generoso com a Globo e outros canais do que o antecessor Jair Bolsonaro.”. . .

    “Lula abre o cofre: quanto TVs receberam por comerciais dos 100 dias de governo”
    (Jeff Benício, portal Terra, 16/04/23)

    O colunista de ‘Veja’ Robson Bonin publicou dados monitorados pela empresa Controle da Concorrência sobre os gastos da Secretaria de Comunicação de Lula na campanha de divulgação dos 100 dias de governo.

    Entre 8 e 10 de abril, as inserções renderam R$ 11,6 milhões à Globo, líder de audiência. O presidente e a emissora da família Marinho estão em clima de paz e amor desde que William Bonner disse que o petista não devia nada à Justiça ao entrevistá-lo no ‘Jornal Nacional’, no início da campanha eleitoral de 2022.

    O segundo canal que recebeu maior verba para exibir comerciais da gestão de Lula foi o SBT de Silvio Santos, simpatizante de Jair Bolsonaro e sogro do ex-ministro das Comunicações Fabio Faria: R$ 9,8 milhões.

    A Record do bispo Edir Macedo, ex-eleitor do líder de esquerda e agora à direita no espectro político, levou R$ 6,6 milhões.

    A fatia da Band, do clã Saad, foi de R$ 3,7 milhões. Traçando no Ibope em vários horários, a RedeTV! do bolsonarista Marcelo de Carvalho mereceu apenas R$ 854 mil.

    A liberação dessa verba indica que Lula vai usar bastante a TV aberta para propagar a imagem do governo, como fez nos dois primeiros mandatos (2003-2010).

    O antecessor, Jair Bolsonaro, reduziu drasticamente o investimento da publicidade estatal nos canais abertos, principalmente na Globo, com a qual sempre travou embates ideológicos.

    Ministros e secretários do primeiro escalão de Lula aproveitam a fase amistosa do chefe com a emissora mais influente do País.

    Concedem entrevistas exclusivas e são fontes dos repórteres globais. Aparecem diariamente também em programas da GloboNews, 1º lugar no ranking de canais de notícias da TV paga.

    (Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/tv/lula-abre-o-cofre-quanto-tvs-receberam-por-comerciais-dos-100-dias-de-governo,a37fd84fe41387fd4f3a35ad4a2cf362ijhmey3n.html)

  5. Miguel José Teixeira

    A máfia branca?

    . . .”Devido à dificuldade de contratar profissionais, prefeituras chegam a pagar remuneração de até R$ 100 mil para especialistas.”. . .

    “Altos salários atraem médicos a áreas remotas”
    (Caderno Brasil, CB, 16/04/23)

    Natural do Paraná, a médica Rafaela Lopes Fonseca, de 27 anos, prometeu a si mesma que iria entrar para a história do Sistema Único de Saúde (SUS) já no primeiro ano de formada pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Ela é uma das profissionais que aceitaram o desafio de prestar assistência a populações de localidades remotas da Amazônia, que tem rendido uma boa remuneração a quem encara as dificuldades de transporte e moradia na região. “Queria fazer parte dessa história da garantia em saúde para a comunidade ribeirinha. Seria muito difícil não gostar dessa experiência, considerando meu perfil, mas seria impossível sem uma boa oferta”, avalia.

    A exposição a viagens de longas horas pelos rios amazônicos na região do município de Manicoré, a 332 quilômetros de Manaus, capital do Amazonas, e o trabalho em áreas de difícil acesso, justificam o salário de R$ 25 mil que a médica recebe do município, além de outros R$ 3 mil pagos a título de apoio logístico. Os valores ainda estão abaixo da média no Amazonas, onde se pagam salários de até R$ 100 mil para médicos especialistas.

    “Minha primeira experiência na região foi ainda durante a especialização em medicina da família. Eu queria conhecer o SUS em outra região, já que sou natural do Sul, e sempre quis vir para a Amazônia. Ao fim daquela experiência, surgiu a proposta de formalização, e eu aceitei na hora. É um grande privilégio. Sou completamente encantada com o ribeirinho”, afirma Rafaela.

    O crescimento de vagas na região e os altos salários pagos são resultado da dificuldade de contratar profissionais para atuar nas localidades de mais difícil acesso.

    Embora os investimentos em saúde tenham crescido na última década e já alcancem 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB), a região Norte possui 1.421 profissionais de saúde a cada 100 mil habitantes, metade do que se encontra no Centro-Oeste, por exemplo, onde há 2.877 profissionais para cada 100 mil habitantes, de acordo com levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iees) publicado em março deste ano.

    Também em Manicoré, mas vinda de bem mais perto, da capital, Manaus, a médica Clara Guimarães Mota, de 25 anos, diz que escolheu a área de saúde da família durante a graduação pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam).”Logo após me formar, quando soube que tinha vaga para a Estratégia de Saúde da Família Ribeirinha em Manicoré, logo me prontifiquei”, explica a profissional. Ela trabalha na comunidade do Capananzinho, a 42km em linha reta da zona urbana de Manicoré, em regime de 15 dias de trabalho, seja em unidade física ou através de transporte fluvial às comunidades, e 15 dias de folga.

    Entre os ribeirinhos, faz consultas e visitas domiciliares, além de prestar primeiros socorros e realizar pequenos procedimentos quando necessário. “Esse trabalho me proporcionou criar vínculos com a comunidade, aprender com os ribeirinhos, pensar em saúde de uma forma que não estava acostumada. Creio que, hoje, sou uma melhor médica e melhor pessoa. Futuramente, pretendo me especializar em medicina da família e comunidade e fazer pós-graduação em saúde pública ou áreas afins”, afirma.

    O presidente do Conselho de Secretários Municipais do Amazonas (Cosems-AM), Manoel Barbosa, afirma que as prefeituras chegam a pagar R$ 90 mil mensais para um médico especialista atuar no interior do estado. “Quanto mais isolado o município, mais caro o profissional”, explica.

    De acordo com dados do Cosems-AM, em Manicoré, onde as médicas de saúde da família trabalham, anestesistas chegam a cobrar R$ 135 mil para jornadas de 30 dias, enquanto cirurgiões e obstetras recebem remuneração de R$ 114 mil por um contrato por este mesmo período.

    “A realidade é que a região Norte é deficitária de médicos devido à dificuldade de acesso aos municípios, que são distantes da capital. A gente dificilmente encontra médicos que queiram passar 30 dias nesses locais. Por isso, os municípios se obrigam a pagar altos salários”, diz Barbosa.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2023/04/16/interna_brasil,382861/altos-salarios-atraem-medicos-a-areas-remotas.shtml)

    Nada que o Exercício Social da Profissão não resolvesse!

    Sempre é bom lembrar do “Juramento de Hipócrates”:

    Assim está redigida a tradução feita pelo saudoso professor Alexandre Corrêa:

    “ Juro por Apolo, médico, e por Esculápio, por Hygéia, por Panacéia, e por todos os deuses e deusas, constituindo-os os juízes de como, na medida das minhas forças e do meu juízo, haverei de fazer executado o seguinte juramento e o seguinte compromisso:

    considerarei aquele que me ensinou esta arte o igual a meus pais;
    prometerei partilhar com ele os meus bens; e, se padecer necessidades, torná-lo-ei participante deles;
    considerarei os seus filhos meus irmãos, e, se quiserem aprender esta arte, haverei lh’a ensinar sem qualquer salário nem compromisso.
    Dos preceitos, das lições ouvidas e todas as mais instruções farei a transmissão aos meus filhos, aos filhos do meu mestre, aos discípulos ligados por uma obrigação, tendo jurado, segundo a lei médica; porém a ninguém mais.
    Aplicarei os regimes de vida para a utilidade dos doentes de acordo com a minha capacidade e meu juízo, abstendo-me de qualquer malefício ou dano (injustiça).
    Não porei nenhum veneno em mãos de ninguém, mesmo que n’o peçam, nem tomarei a iniciativa de o aconselhar; igualmente não entregarei a nenhuma mulher um pessário abortivo.
    Passarei a minha vida e praticarei a minha arte pura e santamente.
    Não operarei de nenhum modo os padecentes de litíase (não praticarei a litotomia), deixando a prática desse ato aos profissionais.
    Em quantas casas entrar, fá-lo-ei só para a utilidade dos doentes, abstendo-me de todo o mal voluntário e de toda voluntária maleficência e de qualquer outra ação corruptora, tanto em relação a mulheres quanto a jovens, sejam livres ou escravos.
    O que for que veja ou ouça, concernente à vida das pessoas, no exercício da minha profissão ou fora dela, e que não haja necessidade de ser revelado, eu calarei, julgando que tais coisas não devem ser divulgadas.
    Se eu cumprir fielmente este juramento sem infringir, seja-me dado gozar, feliz, da minha profissão, honrado por todos os homens, em todos os tempos; mas, se o violar e perpetuar um prejuízo, que o contrário me suceda”.

    (+em: https://www.fmrp.usp.br/pb/arquivos/3652#:~:text=%E2%80%9C%20Prometo%20solenemente%20consagrar%20a%20minha,ser%C3%A1%20a%20minha%20primeira%20preocupa%C3%A7%C3%A3o.)

  6. Miguel José Teixeira

    Você confiaria num deputado, cujo “açeçô” foi pego com dólares na cueca e tal episódio foi escamoteado?

    “Quebra de confiança”
    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, CB, 16/04/23)

    A contar pelos últimos movimentos na Câmara dos Deputados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá muito trabalho quando desembarcar no Brasil, depois do périplo pela China e Emirados Árabes. Em conversas reservadas, líderes mencionam “quebra de confiança”, pelo fato de o líder do governo, José Guimarães, ter defendido regime de urgência para projetos que defendem pontos pacíficos, como a igualdade racial, mas que vêm recheados de “jabutis” — matérias estranhas ao texto. Dia desses, quase cai a reforma trabalhista de 2017 numa dessas manobras. Tem muita gente insatisfeita no Parlamento, com o método de tentar ganhar no “tapetão”.

    Os políticos sabem que o governo Lula tentará revogar a reforma tributária de 2017 e que o tema será rediscutido. Porém, tratar do tema, nas entrelinhas de outros projetos, é considerado um comportamento desleal por parte dos petistas. Esta semana, em que o Congresso recebe o arcabouço fiscal, caberá ao governo retomar a confiança e relação direta. Para quem conhece o dia a dia do Congresso, está longe do “ambiente positivo” relatado pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/04/16/interna_politica,382851/brasilia-df.shtml)

  7. Miguel José Teixeira

    Esclerosado “sapo barbudo” desafia a poderosa “águia de cabeça branca”! (II)

    “Relação do Brasil com a China ameaça os Estados Unidos?”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 16/04/23)

    O encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente da China, Xi Jinping, teve mais repercussão na mídia norte-americana do que sua reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Talvez o discurso do ex-presidente Donald Trump acusando o democrata de perder a Rússia, o Brasil, a Colômbia e toda a América Latina para a China tenha esquentado o noticiário. O fato é que o Brasil voltou à cena internacional para a opinião pública do Ocidente, ainda que muitos considerem essa agressiva projeção de poder de Lula desnecessária e desprovida de sustentação econômica e política.

    No Brasil, a aproximação com a China está sendo interpretada como uma deriva do governo Lula em direção às ditaduras, numa projeção das relações com a Venezuela, Nicarágua e Cuba ao Oriente. Lula também está sendo acusado de fazer o jogo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao propor um acordo de paz com a Ucrânia em que a desocupação da região do Dombass pelas tropas russas teria como contrapartida a entrega da Crimeia, também ocupada pela Rússia. A viagem de Lula virou um prato cheio para a oposição bolsonarista e sua narrativa anticomunista, que agora encontra eco em setores que desejam ressuscitar a chamada “terceira via”.

    Mas o fato é que a política externa brasileira voltou à pauta dos jornais como polêmica. Não é a primeira vez. Entre a Revolução de 1930 e o fim da II Guerra Mundial, em 1945, a ditadura de Getulio Vargas flertou com a Alemanha nazista. Entretanto, o poder de barganha do Brasil na disputa entre EUA e Alemanha pelo mercado brasileiro era muito restrito, devido à dependência da nossa economia primário-exportadora. O poder econômico e militar dos EUA eram tão superiores que Vargas não tinha tanta autonomia para negociar vantagens comerciais com a potência norte-americana.

    O capital alemão no Brasil era importante até o começo da guerra (1939), mas nunca houve de fato a possibilidade de o Brasil romper com os Estados Unidos e ingressar no Eixo Alemanha, Itália e Japão. Um grupo liderado pelos generais Eurico Gaspar Dutra e Góes Monteiro realmente via na Alemanha um importante parceiro comercial e militar, em oposição ao chanceler Oswaldo Aranha e o almirante Amaral Peixoto. Liderados por eles, germanófilos e americanófilos, como eram chamados, se digladiavam nos bastidores do Palácio do Catete.

    Aranha e Amaral eram admiradores da sociedade norte-americana e percebiam que o Brasil, ao se aliar com os EUA, teria muito mais a ganhar do que com Alemanha. Os militares, por sua vez, nunca quiseram um alinhamento total com Berlim, embora admirassem a máquina de guerra alemã e adotassem ideias fascistas. Dutra e Monteiro não temiam a americanização do Brasil, tinham medo mesmo era de um ataque alemão, porque as nossas Forças Armadas estavam sucateadas.

    Americanismo
    O Brasil, por ordem geográfica e histórica, estava na esfera de influência dos Estados Unidos, país que emergira como grande potência mundial após a Grande Guerra de 1914-1918. Nossa economia se tornara mais dependente dos Estados Unidos. Entretanto, o principal trunfo americano era a sua cultura, utilizada como “soft power” para ampliar sua influência na América Latina, principalmente no Brasil. O carro-chefe foi o cinema, que formava opinião e revolucionava os costumes.

    Houve outros momentos polêmicos na política externa brasileira. Um dos mais significativos foi o fascínio de Jânio Quadros pelo guerrilheiro Che Guevara, um dos líderes da Revolução Cubana e seu primeiro chanceler, que visitou o Brasil, em 1961. Esse encontro empurrou para a oposição o governador da antiga Guanabara, Carlos Lacerda, feroz anticomunista, e foi uma das causas da renúncia do então presidente da República. Outro, a aproximação do presidente João Goulart, que o sucedeu, com a China e a antiga União Soviética, cujo ponto alto foi a visita do astronauta Iuri Gagarin e a Exposição Soviética no Campo de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Mas a maior ruptura ocorreu em 1975, durante o governo do general Ernesto Geisel, que adotou uma política externa independente, foi o primeiro a reconhecer a independência de Angola, rompeu o acordo militar com os EUA e assinou um acordo nuclear com a Alemanha.

    A aproximação com a China não é uma ameaça aos Estados Unidos, mas provoca tensões. A tese da “desdolarização” do nosso comércio com a China sinaliza o enfraquecimento do dólar, mas não o fim de sua hegemonia. O acordo científico e tecnológico na área aeroespacial, por causa da estratégica base de Alcântara, não é visto com bons olhos, nem o acesso da China aos semicondutores que o Brasil pretende produzir para fornecer aos Estados Unidos. Não há a menor chance de o Brasil sair da esfera de influência do Ocidente, porque o “americanismo” está incorporado ao modo de vida dos brasileiros e a alternativa à democracia no Brasil não é o comunismo, mas o “iliberalismo” de Bolsonaro.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/04/16/interna_politica,382849/nas-entrelinhas.shtml)

  8. Miguel José Teixeira

    Esclerosado “sapo barbudo” desafia a poderosa “águia de cabeça branca”!

    . . .”Países do mercado emergente buscam redefinir o papel do grupo em um cenário global estremecido pela invasão russa à Ucrânia. Após viagem à China, presidente Lula recebe em Brasília, amanhã, ministro das Relações Exteriores da Rússia.”. . .

    “O Brics que ruge”
    (Caderno Política, CB, 16/04/23)

    A viagem de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, considerada a mais importante dos primeiros 100 dias de governo, foi articulada com muitos interesses em jogo, além dos tradicionais acordos bilaterais firmados entre os dois países. O encontro entre o chefe do Executivo brasileiro e o líder chinês, Xi Jinping, marcou, de forma clara, a intenção das duas nações de inserir o Brics — acrônimo de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — no tabuleiro da geopolítica mundial, dominado, nas últimas duas décadas, pela liderança dos Estados Unidos, após a queda do império soviético.

    A chegada, amanhã, do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, a Brasília, é mais um passo no processo de redefinição do papel do bloco em um cenário global bem mais complexo e tenso, por causa da invasão russa à Ucrânia.

    Uma das principais diferenças entre o primeiro encontro de cúpula do Bric, em 2006, ainda sem a participação da África do Sul, e a situação atual é a posição da China. O maior país emergente do clube, na época, assume, agora, a liderança inconteste do bloco como única potência mundial a rivalizar com o poderio econômico e militar dos EUA. A agenda dos cinco sócios, até então limitada à defesa de interesses comerciais nas negociações com as principais economias do mundo, principalmente na área do agronegócio, também ficará mais ampla.

    Desde a posse do presidente Lula, em janeiro, o Itamaraty trabalha intensamente para costurar com os parceiros do Brics a pauta da próxima reunião de chefes de Estado do grupo, que ocorrerá em agosto, em Johanesburgo, África do Sul, em data ainda a ser definida. Antes, em julho, também no país africano, os chanceleres dos cinco países fecharão os acordos e compromissos que serão assinados pelo agrupamento.

    A questão mais sensível para os diplomatas envolvidos nessas negociações é a incerteza quanto à participação do presidente russo, Vladimir Putin, na reunião de cúpula de agosto. Putin tem contra si um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia (Holanda), por crimes de guerra. Como a África do Sul (assim como o Brasil) é signatária do estatuto firmado com base no Acordo de Roma, de 1988, (ao qual o Brasil aderiu em 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso), Putin teria que ser preso ao desembarcar em solo sul-africano.

    Ao longo da semana, o Correio ouviu diplomatas e especialistas em relações internacionais para identificar os desafios que se impõem aos sócios do Brics neste momento de grandes incertezas globais. A guerra na Ucrânia é, unanimemente, apontada como o principal entrave, por envolver, justamente, o sócio responsável pela deflagração do conflito armado em solo europeu, repudiado internacionalmente pelas Nações Unidas, com voto do Brasil.

    Por outro lado, as questões econômicas abrem áreas de consenso e de oportunidades para os cinco países, envolvendo, especialmente, o comércio (principalmente commodities do setor agrícola), investimentos em infraestrutura, acesso a novas tecnologias e meio ambiente, como o enfrentamento da emergência climática.

    “Para o Brasil, será um momento muito especial, porque o país se projeta muito por meio do Brics. Ainda mais agora, momento em que o Brasil ocupa a presidência do banco do Brics, com a ex-presidente Dilma Rousseff. O banco tem recursos dos países membros — e a China aloca a maior parte dos fundos — para financiar, sobretudo, a área de infraestrutura. O Brasil ganha uma projeção imensa nesse sentido”, avalia um diplomata envolvido diretamente nas negociações do Brics.

    “O Brasil sempre foi um país que defende o multilateralismo, a não ingerência em assuntos internos, a soberania territorial, a solução pacífica das controvérsias. O Brasil é tido como um país muito confiável por parte dos outros parceiros justamente por essas posições tão equilibradas e legalistas que adota.”

    O diplomata considera este ano extremamente importante para o país, porque prioriza o Brics em um momento em que o grupo está em evidência. “O governo está tomando as decisões mais acertadas, de respeito ao multilateralismo. Estamos retomando as parcerias, não estamos buscando restrições às nossas relações, ao contrário, e essa é a tradição do país.”

    “Brics ainda é um sonho, porque a posição dos diferentes países ainda é díspar. A Índia ainda é protecionista, a China é mais pragmática, a Rússia é uma incógnita sempre. Ainda não vejo o Brics como uma expressão prática, é teórica ainda, muito boa, positiva, mas precisa alinhar questões de caráter macroeconômicos que não estão claros. Mas tem potencial para vir com vigor, com força, para assumir um papel de protagonismo”, disse à reportagem Roberto Rodrigues, professor emérito da Fundação Getulio Vargas e ministro da Agricultura no primeiro mandato do presidente Lula.

    “O Brics tem um potencial espetacular, reunindo quatro países enormes, e tem mais países chegando agora”, disse o professor, se referindo às negociações para a entrada de Argentina e Irã, cujas conversas diplomáticas estão em andamento.

    Para Hugo Albuquerque, especialista em relações sino-brasileiras e editor da iniciativa editorial Autonomia Literária, a tendência é a ampliação do grupo, com a entrada do país latino-americano, que avalia mais tranquila, além da pretensão de ingresso da nação do Oriente Médio, o que entende ser mais delicado. “A próxima questão é um alargamento do bloco, a inclusão da Argentina e do Irã, o que, talvez, faça o bloco mudar de nome”, disse ele.

    Segundo Albuquerque, a ampliação do grupo tem cunho geopolítico estratégico, mas, em função das dimensões dos integrantes, a atuação unificada dos países membros é dificultada. Para ele, o próximo passo do agrupamento é definir uma estratégia de mediação das disputas entre a China e a Índia, em que a Rússia deve ter protagonismo na acomodação. “Ninguém sabe dizer aonde a Índia vai, mas a tendência é que ela tenda a se acomodar com a China no médio prazo.”

    Ucrânia
    Sobre o papel do Brasil, ele destacou a boa imagem do presidente. “Lula é uma figura inquestionável pelas suas capacidades negociais, e o Brasil tem uma posição privilegiada, pois tem relações muito boas tanto com a Ucrânia quanto com a Rússia. Assim, ele tem uma posição privilegiada justamente por não ter tanto interesse na região e não ter tanta força militar”, apontou.

    Para a professora de relações internacionais da ESPM Denilde Holzhacker, mesmo que EUA e China consigam encaminhar um processo de paz na Ucrânia, o Brasil não terá papel central, sendo difícil para o país manter sua postura de neutralidade. “Brics passou a ter uma agenda muito mais preocupada com cooperação e desenvolvimento, mas deixou (nos últimos anos) de ser um ator coeso de tomada de decisão e de posicionamento internacional”, ressaltou.

    Segundo a especialista, o fato de o Brasil estar no Brics não garante ao país ser um interlocutor de uma agenda que é europeia. “A influência no conflito deve ser pequena, mas todos os lados parecem ter boa vontade de ouvir o Brasil.”

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/04/16/interna_politica,382859/o-brics-que-ruge.shtml)

    O piNçador Matutildo, piNçou:

    “Segundo a especialista, o fato de o Brasil estar no Brics não garante ao país ser um interlocutor de uma agenda que é europeia. “A influência no conflito deve ser pequena, mas todos os lados parecem ter boa vontade de ouvir o Brasil.””

    E o Bedelhildo, bedelhou:

    Isso se chama “megalonanoestadismo”!

  9. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 16/04/23)

    …a fungada e “encoxada” poderão arruinar uma união que nasceu nos tempos de Colégio Marista, no Maranhão.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Então, é uma travessura do “pioco”!

  10. Miguel José Teixeira

    Constituição Federal:
    . . .
    Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
    . . .
    Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
    . . .
    V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
    . . .
    “Diz aí, ministro”
    Em respeito aos admiradores e para neutralizar os críticos, Ricardo Lewandowsky deveria explicar se a antecipação da aposentadoria no STF está ligada à sua contratação, certamente em valores lotéricos, para atuar na defesa do grupo J&F, da dupla Joesley e Wesley Batista.
    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/em-pequim-hotel-de-lula-tem-diaria-de-ate-r66-mil

    Matutando bem. . .

    Será que o dispositivo da CF não está mais em vigor? Com a palavra, os doutos!

  11. Miguel José Teixeira

    Pois é. . .como ninguém trabalha de graça, nós burros de cargas pagaremos os salários do empregados da fundação do astronauta do lula!

    “Marcos Pontes nomeia membros de sua fundação para gabinete no Senado”
    (Guilherme Seto, FSP, 15/04/23)

    O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) nomeou para o seu gabinete no Senado dois membros da fundação que ele criou e que leva seu nome.

    Eduardo Mangiolardo Mariño, diretor financeiro, e Edmo Viana Gomes, membro do conselho fiscal da Fundação Marcos Pontes, foram nomeados para cargos de auxiliares parlamentares júnior, com remuneração mensal bruta de R$ 5.888, segundo demonstrativo de pagamento de março.

    A fundação tem atuação focada na divulgação de eventos com a participação de Marcos Pontes e também da história do hoje senador como astronauta.

    O Painel mostrou que Pontes nomeou sua sócia, Christiane Gonçalves Corrêa, como chefe de seu gabinete, com salário bruto de R$ 22.943.

    Eles dividem o comando da Agência Marcos Pontes Turismo de Aventuras, que se define perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo como uma empresa de viagens, organizações de feiras, congressos, exposições e festas.

    A assessoria de comunicação do parlamentar afirmou que Mariño e Gomes não são remunerados pelo trabalho na fundação.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2023/04/marcos-pontes-nomeia-membros-de-sua-fundacao-para-gabinete-no-senado.shtml?origin=folha)

  12. Miguel José Teixeira

    Oséias 8:7 Porque semeiam vento, colherão tempestade; não haverá seara, pois o talo não produzirá cereal; o pouco que der, os estrangeiros o devorarão.

    . . .”Membros da gestão Biden avaliam que brasileiro renunciou à pretensão de neutralidade em falas sobre Guerra da Ucrânia”. . .

    “Governo dos EUA vê afronta em declarações de Lula sobre Washington na China”
    (Patrícia Campos Mello, FSP, 15/04/23)

    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/04/governo-dos-eua-ve-afronta-em-declaracoes-de-lula-sobre-washington-na-china.shtml)

  13. Miguel José Teixeira

    “Visto, lido e ouvido” aponta claramente o cerne da questão!

    . . .”Que acordos são esses que agora são assinados com essa nova metrópole colonial e que podem nos levar para uma posição econômica ainda mais submissa? Silêncio geral.”. . .

    “Metrópole colonial”
    (Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade, Blog do Ari Cunha, 15/04/23)

    Fossem seguidas, à risca, o que ordena os princípios fundamentais do que vem a ser uma República, nenhum dos males que assistimos desde 1889, quando um movimento militar desorganizado e pouco ético instaurou a dita cuja, seriam possíveis ou permitidos.

    O afastamento brusco da Monarquia, sem que se criassem, a priori, as condições políticas mínimas para a instalação de uma República, num país continental e com heranças históricas e destino totalmente diferentes dos demais países do continente, levou-nos a implantação de um sistema de governo que nossas elites e dirigentes daquela época não estavam preparados para gerir ou sequer entender seu real significado e, principalmente, suas consequências para o país.

    Foi na base do improviso e de instabilidades políticas frequentes, como acontece até os dias atuais, que a República foi sendo conduzida. Pouquíssimos eram aqueles que, entre nós, entendiam e entendem, até hoje, o significado desse novo sistema. O que foi criado naquela ocasião, com a carantonha e focinho dos tupiniquins, foi um sistema misto que herdaria vícios que até o antigo regime monárquico já não apresentava, como, por exemplo, os privilégios e outras vantagens dadas aos nobres e à Corte em geral.

    Criou-se assim, a partir da virada do século passado, um sistema de governo em que, aos presidentes e aos demais oligarcas políticos próximos, eram mantidos privilégios e outras prerrogativas, só vistas antes da Revolução Francesa de 1789, ou seja, no século anterior. Substituiu-se um monarca por um presidente com roupagens politicamente monárquicas, com concentração de poder, baixa representatividade popular, atrelamento de outros Poderes ao Executivo e, sobretudo, um conjunto de medidas de governo, alijadas e mesmo contrárias aos reclames da população.

    O povo, naquela época, não entendeu a mudança. Os governos que se seguiram não entenderam até hoje. À coisa pública, estão ligados todos os interesses e desejos da população, transformadas agora em cidadãos com plenos direitos, inclusive de mudar o governo e o Parlamento.

    Diante do que foi pincelado resumidamente acima, não se pode entender ou sequer aceitar que, com os impostos cobrados da população, ainda hoje, somos obrigados a assistir inertes, a um conjunto de privilégios de toda a ordem, reservados apenas aos mandatários e à classe política, para os quais até mesmo o senso de Lei e Justiça são diferenciados e até sem efeito prático.

    Como é possível também verificar que brasileiros, em pleno século XXI, sejam ainda surpreendidos com medidas tributárias e fiscais que sequer conhecem o conteúdo ou como foram formulados? É sempre bom lembrar que uma das principais causas que decretariam o fim do absolutismo no velho continente, e mesmo as independências dos Estados Unidos e do Brasil, foi o escorchante nível de tributação e seu uso em benefício das elites políticas. No caso de tratados internacionais, como o que estamos assistindo agora serem celebrados entre Brasil e China, quantos brasileiros conhecem os enunciados desses documentos?

    Desde o reconhecimento afoito da China como economia de mercado, novas parcerias foram fechadas no passado e muitos brasileiros passaram a sentir na pele e conheceram os efeitos negativos sobre a produção aqui no Brasil, bem como as consequências dessa concorrência para nossa indústria como um todo.

    Que acordos são esses que agora são assinados com essa nova metrópole colonial e que podem nos levar para uma posição econômica ainda mais submissa? Silêncio geral. É essa a República que temos e que ainda insistimos em perseguir.

    A frase que foi pronunciada:
    “Todos os fatos têm três versões: a sua, a minha e a verdadeira.” (Provérbio Chinês)

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/metropolecolonial/)

    O piNçador Matutildo, piNçou:

    “Diante do que foi pincelado resumidamente acima, não se pode entender ou sequer aceitar que, com os impostos cobrados da população, ainda hoje, somos obrigados a assistir inertes, a um conjunto de privilégios de toda a ordem, reservados apenas aos mandatários e à classe política, para os quais até mesmo o senso de Lei e Justiça são diferenciados e até sem efeito prático.”

    E o Bedelhildo, bedelhou:

    E nós, “burros de cargas/contribuintes/eleitores” assistindo passivamente a escancarada multiplicação desses privilégios!

    Até quando?

  14. Miguel José Teixeira

    Corroborando a tese de que lula é o “comandante-em-chefe do MST!

    “O “bombeiro” de Lula”
    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, CB, 15/04/23)

    Quando o presidente Lula chegar da viagem à China, pelo menos um problema estará mais amortecido: o da “onda de invasões”, prometida pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Enquanto João Pedro Stédile integrava a comitiva de Lula à China, por aqui, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, registrava em suas redes sociais a conversa com o coordenador-geral do MST, João Paulo Rodrigues. As duas ações foram coordenadas. Na semana passada, com a invasão do Incra de Alagoas, o governo cercou politicamente o movimento, na linha do “me ajude para eu poder lhe ajudar”. Paralelamente à ida de Stédile à China, João Paulo Rodrigues baixou o tom.

    Passadas as declarações de Rodrigues, ele e outros integrantes do movimento estiveram no Planalto, com direito a foto publicada no Instagram do ministro Márcio Macedo. Quem integra o MST e pessoas que têm um olhar atento sobre os movimentos sociais dizem que é do quarto andar do Planalto que, silenciosamente, Macedo tem apagado vários focos de incêndio na floresta de apoiadores que, volta e meia, dão munição aos oposicionistas. No caso das invasões, ainda há brasas, mas não labaredas.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/04/15/interna_politica,382811/brasilia-df.shtml)

    Se não o é, então segura a guia em cuja ponta, estão as coleiras dos líderes terroristas do MST!

  15. Miguel José Teixeira

    A arte do futebol, por quem entende da arte!

    . . .”Jesus brincou mais uma vez de ser deus do Flamengo. Por isso deu Jorge Sampaoli.”. . .

    “Ninguém é maior que…”
    (Marcos Paulo Lima, CB, 15/04/23)

    Há um discurso pronto enganoso no futebol brasileiro em gestões de crise. Cartolas, diretores e jogadores o repetem a exaustão para livrar-se de perguntas embaraçosas. Como em uma jogada ensaiada, disparam o velho e batido mantra no qual nem mesmo eles acreditam: “Aqui ninguém é maior que o clube”. Nem sempre, amigos.

    Vejamos o caso do Flamengo. O clube mais rico e badalado da América do Sul estava prestes a se curvar a Jorge Jesus. Recuou e fechou com outro Jorge, o Sampaoli. Sem técnico depois do concerto do Fluminense de Fernando Diniz na final do Carioca, e da demissão de Vítor Pereira, o time de maior torcida do país arriscava se apequenar para ter o técnico-ídolo de volta. O português cumprirá o contrato com o Fenerbahçe.

    Ele briga por títulos na Turquia. O time de Jorge Jesus é vice-líder do Campeonato Turco. Seis pontos atrás do Galatasaray. É semifinalista da Copa da Turquia. O protagonista de cinco títulos em 2019/2020 — entre eles a Libertadores e o Brasileirão —, parecia a fim de voltar, porém exigia uma condição, para mim, inegociável: o Flamengo teria de esperá-lo até o encerramento da liga, em 28 de maio; e da copa nacional, em 1º de junho, se o Fenerbahçe avançasse. Enquanto isso, um interino ou treinador tampão tocaria o desgovernado “AeroFla” na Libertadores, no Brasileirão e na Copa do Brasil. No total, 14 partidas sem um comandante.

    Por que esperar por Jesus se o próprio treinador largou o Flamengo, em 2020, depois de renovar contrato com o clube? Bastou o ex-presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira, estalar os dedos, em Lisboa, para ele rasgar o contrato em meio à pandemia. O cartola pagou a multa rescisória de 1 milhão de euros, embarcou o treinador no jatinho particular e o levou de volta à terra de Camões. Notaram a contradição? Quem, há três anos, não pediu ao Benfica para esperar, agora exigia do Flamengo que entrasse na fila atrás do Fenerbahçe. Rodolfo Landim havia topado pagar a multa, como fez Luis Filipe Vieira, porém Jorge Jesus ficou no muro.

    Vítor Pereira é apedrejado no Brasil por ter usado a sogra como desculpa para não renovar com o Corinthians. Assumiu o Flamengo. Quem torcia pela volta de Jesus e o colocava em um patamar superior ao Flamengo jogava para debaixo do tapete a conduta antiética dele no carnaval de 2022. Em entrevista ao colega Renato Maurício Prado, cavou publicamente para assumir o lugar de Paulo Sousa no Flamengo. O compatriota estava vulnerável no cargo.

    Cartolas dizem que ninguém é maior do que o clube. Mentiras sinceras interessam a torcedores ingênuos contaminados pelo lindo discurso. Falo do Flamengo, mas serve para vários clubes. Renato Gaúcho é “dono” do Grêmio. O São Paulo vai mal faz tempo, mas Rogério Ceni é intocável no cargo. Jesus brincou mais uma vez de ser deus do Flamengo. Por isso deu Jorge Sampaoli.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/04/15/interna_opiniao,382799/ninguem-e-maior-que.shtml)

  16. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 15/04/23)

    …o fato de altas autoridades petistas só saberem falar português reduz as chances de o besteirol ser percebido pelos anfitriões estrangeiros.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Porém, altas autoridades estrangeiras entendem muito bem muito bem vários idiomas. Até o lulês!

  17. Miguel José Teixeira

    Quem nos revelará o que está se passando sob a toga?

    “STJ favorece traficante e até devolve seus bens”
    (coluna CH, DP, 15/04/23)

    Em outra controvertida decisão, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou provas contra o traficante André Macedo, o “André do Rap”, mesmo foragido. A Turma entendeu que ao prender o bandido, os policiais não poderiam realizar busca e apreensão. Ele sumiu há cerca de três anos, em 2020, após habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). O STJ mandou também devolver os “bens” do criminoso, incluindo o helicóptero que vinha sendo usado no transporte de órgãos.

    Crime compensa
    Serão devolvidos ao bandidão esse helicóptero de R$7 milhões, mansão e um barco de luxo, tudo adquirido com dinheiro do tráfico de drogas.

    Sacrossanto lar
    A decisão ocorreu na mesma semana em que a Sexta Turma entendeu que a polícia não pode invadir local onde traficantes manipulam drogas.

    Esse entendimento…
    Os brasileiros assustados com o crescimento do crime e do tráfico de entorpecentes têm dificuldade de entender o entendimento dos ministros.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/hotel-de-lula-em-shanghai-cobra-diaria-de-r67-mil)

    1. No Brasil, a Justiça está num alho só.

      É cara, lenta e a favor dos poderosos e endinheirados (o caso chefes da bandidagem) e visivelmente contra a lei. E essa gente ainda se autoproclama de garantista. Talvez porque aposta na ignorância de todos nós sobre as palavras do nosso próprio vernáculo. A primeira garantia do cidadão é a lei, que é feita pelos representantes dos cidadãos, os parlamentares. O judiciário só a aplica em favor da sociedade.

      O exemplo vem de cima.

      Se o STF e turmas de tribunais superiores gozam dos nossos direitos de se ter uma sociedade, onde a lei estabelece diferenças e punições para supostos comportamentos atípicos, os tribunais regionais e nas Comarcas a coisa anda bem pior. E bota pior nisso.

      E quando alguém resolve julgar pelo que está na lei e nos autos, é desmoralizado quando o caso chega, se chega, pois é preciso dinheiro e influência, a Brasília.

      Quem pode dar um freio de arrumação nisto tudo? O Senado. Primeiro durante a aprovação dos indicados, quando sabe que isto vai dar no que está dando. Segundo, impichando um deles, para todos os outros se aprumarem minimamente ao que está no arcabouço legal e processual.

  18. Miguel José Teixeira

    . . .e para o povo? Promessas de picanha e cervejinha grátis!

    “Hotel de Lula em Shanghai cobra diária de R$6,7 mil”
    (Cláudio Humberto, coluna CH, DP, 15/04/23)

    O nada modesto hotel que o presidente Lula escolheu em Shanghai, na China, tem diárias que custam mais de 5 salários-mínimos. O Fairmont tem quartos com diárias de mais de R$6.715,00, valor da suíte cujo nome é uma piada pronta: “Nine Nation”. Mas Lula gosta mesmo é de suíte presidencial, que o hotel não divulga. Fica próximo ao templo budista Jing’an e a Torre Pérola Oriental, concorridos pontos turísticos. Além da localização privilegiada, o hotel tem outros mimos exclusivos.
    . . .
    (+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/hotel-de-lula-em-shanghai-cobra-diaria-de-r67-mil)

    1. Miguel José Teixeira

      O emir lula e a emira janja boca de garoupa em lua de mel!
      Se na China “CUmunista”, o preços das diárias é esse absurdo, imaginem na próxima visita, a encantadora Abu Dhabi?

  19. Miguel José Teixeira

    Gaspar: internacionalmente internacional!

    “Cidade catarinense receberá maior evento de aeromodelismo da América Latina”

    A cidade de Gaspar, em Santa Catarina, sediará na próxima semana o maior evento de aeromodelismo da América Latina.

    A 36ª edição do Festival Brasileiro de Aeromodelismo acontecerá na cidade catarinense entre os dias 21 a 23 de abril, na sede do Clube de Modelismo Asas do Vale de Gaspar.

    O festival tem como objetivo principal a confraternização entre os praticantes de aeromodelismo, além disso, para quem assiste é mais uma atração.

    De acordo com a organização são esperados cerca de 300 pilotos do Brasil e exterior.

    No local, haverá serviço de alimentação com buffet livre e Food Trucks, área coberta, lojas e expositores, exposição de carros antigos, mais de 1.000 aeromodelos e shows de acrobacia aérea.

    A entrada será gratuita, sendo cobrado apenas o estacionamento.

    (Fonte: https://flapinternational.ig.com.br/variedades/cidade-catarinense-recebera-maior-evento-de-aeromodelismo-da-america-latina/)

  20. Miguel José Teixeira

    Na china, o comandante-em-chefe e seu general! (II)

    “Deputado critica Stédile na comitiva à China: ‘Lula é sócio desses bandidos’”
    (Rodrigo Vilela, DP, 14/04/23)

    O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, integra a comitiva do presidente Lula que está na China. Stédile inclusive aparece em foto oficial do grupo e foi saudado por Dilma Rousseff durante discurso de posse como presidente do banco dos BRICS.

    “Isso é uma vergonha! O Brasil saber, confirmar, a insistência do presidente da República em andar com terrorista, criminoso e seus comparsas”, criticou o deputado federal Evair de Melo (PP-ES). (Veja o vídeo abaixo)

    A atenção que Lula tem dado ao MST gera desgaste ao governo, que tenta se aproximar do agronegócio. A viagem ocorre no mês que o movimento promove o “Abril Vermelho”, quando acontece uma série de atividades do grupo e, não raro, invasões de terra.

    Nesta semana, a Frente Parlamentar da Agropecuária pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Stedile. O pedido ocorreu após o líder do MST afirmar que “haverá mobilizações (do movimento) em todos os Estados, seja marchas, vigílias, ocupações de terra, as mil e uma formas de pressionar que a Constituição seja aplicada e que latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues às famílias acampadas”.

    (Fonte e veja o vídeo em: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/deputado-critica-lider-do-mst-na-comitiva-a-china-lula-e-socio-desses-bandidos)

  21. Miguel José Teixeira

    Na China, o comandante-em-chefe e seu general!

    “Líder do MST na delegação de Lula na China”
    (Redação O Antagonista, 14/04/23)

    O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedro Stédile (foto), viajou à China como integrante da delegação de Lula. Ontem, em discurso na cerimônia de posse de Dilma Rousseff na presidência do banco dos Brics, o petista fez um aceno a Stédile e sindicalistas que estão na comitiva brasileira.

    “Quero cumprimentar os companheiros dirigentes sindicais que vieram comigo nessa delegação. O Moisés Selerges, presidente do Sindicato [dos Metalúrgicos] de São Bernardo do Campo, Miguel Torres, presidente da Força Sindical e [do Sindicato] dos Metalúrgicos de São Paulo, companheiro Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, o companheiro Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, UGT, e o João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra”, afirmou Lula.

    Nesta semana, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil foi ao STF para pedir a proibição de invasões de propriedades rurais em todo o país, como as prometidas pelo próprio Stédile recentemente.

    O assunto tem desgastado o governo Lula, em decorrência da proximidade histórica do PT com o grupo. Recentemente, a bancada do agronegócio deu início a uma contraofensiva contra o MST, para contrapor o discurso do movimento nas redes sociais. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já deu o sinal verde para a instalação de uma CPI do MST.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/lider-do-mst-na-delegacao-de-lula-na-china-3/?utm_campaign=SEX_TARDE&utm_content=link-924805&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

  22. Miguel José Teixeira

    . . .”No entanto, Braga estava certo em uma observação sobre o ideal de Brasília: “mas em volta permanecerá um Brasil misterioso e triste que ela não entenderá”.”. . .

    “Braga em Brasília”
    (Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 14/04/23)

    A maioria dos artistas do modernismo tinha simpatia por Brasília. Afinal, Brasília é o modernismo transformado em cidade. Mas uma das exceções foi o ilustre colega Rubem Braga, inimigo implacável da nova capital do Brasil. Não perdia uma oportunidade de destilar algum veneno insinuante, mesmo se a crônica fosse sobre outro assunto. Certa vez, lhe perguntaram se gostaria de morar em Brasília e ele respondeu que não, “nem que o doutor Israel Pinheiro lhe desse um lote com cartório”.

    Mas em um dos textos de Bilhete a um candidato & e outras crônicas sobre política brasileira (Ed. Autêntica), ele formula as razões da aversão a Brasília de maneira mais clara e sem a ranhetice habitual. Gostei de ler a crônica, pois tinha a curiosidade de saber qual o olhar de Braga para a cidade, despido da implicância e do azedume.

    É muito bonito o que ele diz do Lago Paranoá, embora, em seguida, ele volte a alfinetar Brasília: “O lago será uma grande coisa, miradouro de nuvens, espelho de crepúsculos, viveiro de estrelas e luares, mas quanto tempo não passará até que deixe de ser uma represa, inundação artificial para ser lago mesmo?”

    A visão sobre a paisagem do planalto não merece melhor sorte: “O planalto é triste com seus arbustos sem graça, que o pintor de São Paulo aproveitou com bom gosto e arte para fazer uns arranjos que decoram o Alvorada e o hotel, arranjos interessantes, mas, no fundo, insuportavelmente tristes, uma aridez enfeitada”.

    Mais adiante, Braga esclarece os motivos da falta de afinidade com o projeto, a paisagem e o horizonte aberto do descampado: “Quem nasceu entre matas e morros e tomou banho em rio de verdade, e viveu na beira do mar – sente uma secreta aflição nesse descampado sem fim onde um excesso de céu acachapa tudo: e quanto tempo levará a cidade para se livrar do esquema da prancheta e fabricar o seu próprio mistério, seu mel e seu veneno, não de funcionários, larápios, industriários, securitários?

    Eu considero relevante registrar e contestar a visão de Braga porque continua a ser repetida pelo restante do país. O lago poderia ter uma estrutura que tornasse a fruição do espaço mais democrática, mas está plenamente incorporado à cidade. Braga desentendeu totalmente a beleza contorcida e áspera do cerrado. Uma beleza que está na poesia ou na antipoesia de João Cabral.
    As árvores floresceram, estabeleceram estações florais e atraíram uma legião de pássaros. E o céu, que ele tanto destratou, foi incorporado como uma espécie de entidade metafísica cotidiana de Brasília.

    Em 1959, quando escreveu a crônica, os forrós animavam os candangos em festas no Núcleo Bandeirante. A canção Rojão de Brasília, parceria de Jackson do Pandeiro e João do Vale, já revela o olhar de quem se deteve na cidade e interagiu com o espaço: “O planalto é tão lindo que a gente tem a impressão/que bem ali pertinho/o céu encosta no chão”.

    No entanto, Braga estava certo em uma observação sobre o ideal de Brasília: “mas em volta permanecerá um Brasil misterioso e triste que ela não entenderá”.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/04/14/interna_cidades,382764/cronica-da-cidade.shtml)

  23. Miguel José Teixeira

    O cachorro do lula também!

    “Cachorro do presidente irlandês esnoba Joe Biden”
    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma visita oficial ao presidente irlandês Michael Higgins, nesta quinta-feira (13). Ao entrar na residência oficial, o presidente estadunidense encontrou também o cachorro presidencial irlandês, Misneach.

    Ao tentar interagir com o Bernese Montain Dog , Biden foi esnobado pelo cachorro, o que gerou um momento engraçado. Misneach latiu para Biden, que insistiu em uma aproximação, que foi rejeitada pelo cachorro.

    (+em: https://canaldopet.ig.com.br/2023-04-14/joe-biden-e-esnobado-por-cachorro-do-presidente-irlandes.html)

  24. Miguel José Teixeira

    O abraço dos afogados!

    . . .”A cartada de Lula é incluir a Argentina nos Brics e revitalizar o Mercosul, cujo mercado é vital para as nossas indústrias.”. . .

    “Lula é audacioso ao “desdolarizar” o comércio com a China”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 14/04/23)

    “Por que um banco como o Brics não pode ter uma moeda que pode financiar a relação comercial entre Brasil e China, entre Brasil e outros países do Brics? É difícil, porque tem gente mal-acostumada, porque todo mundo depende de uma única moeda. Eu acho que o século 21 pode mexer com a nossa cabeça e pode nos ajudar, quem sabe, a fazer as coisas diferentes”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, em Xangai, durante a cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento, instituição dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

    Dilma merece um parêntesis. Está sendo “reabilitada” pelo presidente Lula, depois do ostracismo em que viveu após o seu impeachment e a derrota eleitoral em 2018, quando concorreu ao Senado por Minas Gerais. Como se sabe, a “presidenta”, como gostava de ser chamada, foi destituída do cargo pelo Congresso, por causa das chamadas “pedaladas fiscais”, depois de uma sucessão de erros na condução da economia e uma tumultuada relação com o Congresso, principalmente depois da eleição do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) à Presidência da Câmara.

    A recessão, o desemprego e a onda de manifestações contra o governo a partir de 2013 não impediram a reeleição de Dilma em 2014, mas desaguaram no seu impeachment, em 2016. No julgamento pelo Senado, perdeu o mandato presidencial, mas manteve os direitos políticos. Após a derrota de 2018, Dilma foi escanteada pelo PT, no entanto voltou à cena política durante a campanha de Lula, que adotou a narrativa de que o impeachment fora um golpe de Estado.

    Pode-se até considerá-lo um erro, pelo fato de o governo Michel Temer, que a sucedeu, ter desaguado na eleição de Jair Bolsonaro, porém, institucionalmente, Dilma foi apeada do poder num processo político legítimo, constitucional, cujo julgamento foi presidido pelo ministro Ricardo Lewandowski, que acaba de antecipar sua saída do Supremo Tribunal Federal (STF), que presidia à época. Ao adotar a narrativa do golpe, Lula resgata lealdade com Dilma; ao mesmo tempo, ao mandá-la para a China, descola a ex-presidente de sua administração. Tudo o que Lula não quer é ser comparado com a ex-presidente, principalmente quando se fala da economia.

    Entretanto, esse tipo de comparação vem sendo frequente, por causa da forma como Lula está tratando alguns temas econômicos, como as privatizações e a política de preços e investimentos da Petrobras. Na realidade, entretanto, há coisas alvissareiras, apesar das previsões niilistas. O termo foi cunhado em razão da obra de Friedrich Nietzsche. Significa negação, declínio ou recusa de crenças e convicções, e seus respectivos valores morais, estéticos ou políticos, que ofereçam um sentido positivo para a vida.

    Poder de troca
    Os números recentes da economia surpreendem. A inflação está caindo nos Estados Unidos e no Brasil. O IPCA ficou abaixo de 5% no acumulado de 12 meses, apesar do imposto sobre a gasolina. Era quase 12% em junho do ano passado. O dólar, ontem, fechou em R$ 4,92, o que tende a reduzir a taxa de inflação e, consequentemente, a taxa de juros, que hoje está em 13,75% (Selic). Mantida essa tendência, o pior já passou. Com a aprovação do novo arcabouço fiscal, que foi bem recebido pelo mercado, e da reforma tributária, cujo impacto no PIB pode chegar a 10%, o governo Lula 3 poderá realmente mostrar a que veio.

    Lula deve se encontrar ainda hoje com o presidente Xi Jinping. É possível que anunciem a “desdolarização” do comércio com a China e demais integrantes dos Brics. Não é uma proposta que agrade aos Estados Unidos, por motivos óbvios, mas ela pode ocorrer sem ruptura da institucionalidade do sistema financeiro mundial. Como? Graças ao banco presidido por Dilma Rousseff, que pode adotar um sistema de compensação para o comércio entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul lastreado no yuan chinês. Para se ter uma ideia do impacto dessa mudança, R$ 1 equivalente a Y$ 1,39.

    No discurso de Xangai, Lula hipotecou solidariedade à Argentina, que aderiu à Rota da Seda, mas desistiu de “desdolarizar” o comércio com a China, depois das pressões dos Estados Unidos. O país vizinho está falido, cometeu muitos erros na condução de sua economia, tendo esgotado sua capacidade de negociação com o Fundo Monetário Internacional (FMI), no acordo firmado em 2018, o 21º com a instituição. A dívida argentina é de US$ 366 bilhões, dos quais US$ 170 bilhões (ou 46,4% do total) em moeda estrangeira. Não à toa R$ 1 equivale a PA$ 43,55. A cartada de Lula é incluir a Argentina nos Brics e revitalizar o Mercosul, cujo mercado é vital para as nossas indústrias.

    A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China abre a possibilidade de o Brasil atrair investimentos desses dois países e da União Europeia, porque as cadeias de produção globais começam uma parcial regionalização. Ao mesmo tempo, a institucionalidade financeira e comercial do Ocidente está sendo utilizada contra Rússia, o que acaba fortalecendo o yuan como moeda com poder de troca no chamado “Sul Austral”. A manobra do Brasil, ao “desdolarizar” o comércio com a China, é arriscada, mas não carece do sentido de oportunidade. Tudo dependerá dos termos institucionais em que isso ocorrer.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/04/14/interna_politica,382789/nas-entrelinhas.shtml)

    O “maledetto belzebu de Garanhuns” ainda não disse à que veio nesses 100 dias do 3º mandato e ainda quer carregar o mundo nas costas, tal qual o Titã Atlas!

    Acorda, lula! E faça os deveres de casa!

  25. Miguel José Teixeira

    Inocentes aliados!

    “Aliados põem as barbas de molho”
    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, CB, 14/04/23)

    Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva roda o mundo, por aqui as falas da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), assustam os aliados que planejam um novo jogo para a próxima eleição. Ela afirmou, com todas as letras, que este governo precisará de mais quatro anos. Em outras palavras: joga a reeleição de Lula sobre a mesa, quando o próprio presidente, ao longo da campanha, havia descartado essa hipótese. Para bom entendedor no Congresso, se o presidente confirmar essa disposição, o jogo vai ter que mudar.

    Até aqui, todos viam essa questão como em aberto. Porém, se a dirigente do PT apresenta Lula como candidato, os aliados vão querer dificultar a vida do governo e do próprio presidente. Só tem um probleminha: se a economia der resultado, outras candidaturas terminarão sufocadas. E na altura do campeonato em que o governo se encontra, apostar contra Lula pode ser um erro.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/04/14/interna_politica,382778/brasilia-df.shtml)

    É óbvio uLULAnte que lula quer se perpetuar no “pudê”. Se alguém acreditou na lorota de campanha, de que ele não iria postular um 4º mandato, é muito inocente ou mal-intencionado.

    Parodiando Caetano:

    Atrás do novo mandato
    Só não vai quem já morreu
    Quem já botou pra roubar
    Aprendeu, que é do outro lado
    Do lado de lá do lado
    Que é lá do lado de lá

    https://www.youtube.com/watch?v=sd99slI8Jzk

  26. Miguel José Teixeira

    Não foi o mesmo que ocorreu com a BelaBlu na gestão do manquinho PeTralha?

    . . .”Foi assim em áreas industriais desenvolvidas como o ABCD paulista, onde a atuação sindical, usando a estratégia de terra arrasada, deixou, para trás, imensas áreas abandonadas, com desemprego em alta, aumento da pobreza e da violência.”

    “Importância dos sindicatos”
    (Blog do Ari Cunha, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade, 14/04/23)

    Observe bem: sempre que a militância sindical adentra o ambiente de trabalho, com discursos contra o patrão e outros inimigos meticulosamente escolhidos pelo partido que representam, nesse mesmo instante, dá-se o início ao processo que irá levar, à falência, essa fábrica, empresa ou instituição.

    Daí para frente, por conta da imunidade sindical ou de outras ameaças, o local de trabalho vai se transformando num palco para pregações ideológicas, todas elas voltadas não para a superação dos problemas imediatos e que interessam de fato aos trabalhadores, mas que garantam a abertura de novas trincheiras, por onde a militância irá, a mando dos caciques políticos, destruir, por dentro, as empresas e instituições.

    Com isso, ficam as bandeiras políticas fincadas e tremulando dentro das fábricas, empresas e instituições, mas vão-se embora os empregos e as oportunidades. O saldo dessas demissões, fechamentos ou decadência desses ambientes de trabalho, nunca são debitados na conta desses militantes, recaindo esse passivo todo nas mãos dos empregadores.

    Foi assim em áreas industriais desenvolvidas como o ABCD paulista, onde a atuação sindical, usando a estratégia de terra arrasada, deixou, para trás, imensas áreas abandonadas, com desemprego em alta, aumento da pobreza e da violência. Sindicatos, por sua natureza obtusa e de estreito viés militante, não criam empregos algum, nem hoje, nem amanhã. No máximo dão empregos a pelegos da entidade, enriquecendo a diretoria, formada por uma casta de verdadeiros capitães hereditários, que passa a comandar os sindicatos como autênticas propriedades privadas.

    Aos sindicatos, como filiais políticas, cabe atuar na linha de frente, arregimentando associados, que amanhã estarão no olho da rua. São legiões de indivíduos, que passam de trabalhadores remunerados a dependentes das promessas dessas entidades. Ao fim do processo de destruição das fontes de renda, esses mesmos trabalhadores passam agora a integrar as longas fileiras nas portas dos sindicatos, arregimentados para comporem as massas de manobras nas manifestações, tudo em troca de uma nota de R$ 20 reais, acompanhada de um pão com salame e refrigerante.

    É essa a terra prometida pelos sindicatos. Também nas escolas a atuação dos sindicatos têm contribuído para a decadência do ensino. Em carta enviada a essa coluna, um ex-professor da rede pública narra exatamente essa epopeia. “Desde que as visitas dos sindicalistas passaram a ser eventos corriqueiros nas escolas, o que mais se viu doravante foi a paralisação das aulas para reuniões, onde eram discutidos até a conveniência da cor do giz.
    Tudo era motivo de debate e até de bate-boca. Nesses encontros, os mais exaltados perdiam as estribeiras e mostravam, ao vivo, que estavam longe de estar aptos para exercer a função de educador. Aulas eram adiadas, provas eram adiadas. Nessas ocasiões calendários previamente preparados marcavam os dias de reuniões, dias de preparação para as paralisações, dias para o início das greves, comícios e outras manobras que, de um jeito ou de outro, deixavam as aulas em segundo plano.

    Houve anos em que as greves duraram quase seis meses. Com isso, os alunos da escola pública, que são também os mais necessitados, simplesmente abandonavam a escola e não regressavam mais. Os prejuízos para a continuação dos estudos eram imensos e insanáveis. Nada fazia sentido. Depois de meses de paralisações, um belo dia, o retorno das aulas acontecia, como se tudo tivesse parado no tempo. As aulas eram repostas de maneira falaciosa e tudo voltava ao normal. Os avanços em termos de salários eram tão irrisórios que nem eram citados como vitória da categoria. Nesse caso não importava a orientação ideológica do governo de plantão. Fazia-se greve com a esquerda ou a direita no poder. O que prova que são todos iguais. Para os alunos do turno noturno, essas greves eram ainda mais prejudiciais. São alunos que trabalham durante o dia e vão para escola à noite já exaustos.

    Depois de meses sem aulas, turmas inteiras desapareciam e era preciso juntar as classes todas em uma sala só, para dar audiência. Nunca senti, por parte dos sindicalistas, um interesse real em melhorar a qualidade do ensino. Passei a acreditar que os sindicalistas eram, na verdade, agentes cuja missão era sabotar as escolas e o ensino, sobretudo o ensino público. Hoje, longe da sala de aula, vejo quanto tempo perdi nessas paralisações e quanto tempo fiz os alunos perderem também com promessas. Enganei e fui enganado. Não creio na melhoria do ensino enquanto esse modelo, que aí está, não for alterado e enquanto não mudarem as regras desse jogo de faz de conta. Somente no dia em que o salário do professor for o teto do funcionalismo público, e a profissão for composta apenas por profissionais realmente capacitados é que se poderá falar em melhoria na qualidade das escolas. Até lá não”. MM.

    A frase que foi pronunciada:
    “A preparação que nosso método exige do professor é o autoexame, a renuncia à tirania.” (Maria Montessori)

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/importancia-dos-sindicatos/)

  27. Miguel José Teixeira

    Estou “me-convencendo-me” que as “PeralTices” da deslumbrada “janja boca de garoupa”, acabará nos livrando do lula!

    “Rui Costa e Janja travam embates por gabinete e compra de móveis.”
    . . .
    Os principais embates estão dentro do Palácio do Planalto, mais especificamente na Casa Civil, comandada por Rui Costa (PT). O ministro é apontado pelo próprio presidente Lula (PT) como o mais importante de seu governo.
    . . .
    (+em: https://noticias.uol.com.br/colunas/carla-araujo/2023/04/14/rui-costa-e-janja-travam-embates-por-gabinete-e-compra-de-moveis.htm)

  28. Miguel José Teixeira

    Da série: “vai dar lerda”: vai faltar água na Amazônia e sobrar água no Nordeste!

    “Lira quer dar recado a Lula com o marco do saneamento básico”
    O presidente da Câmara , Arthur Lira (PP-AL), articula mudanças nos textos dos decretos assinados pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que alteram o marco do saneamento básico, aprovado no governo Jair Bolsonaro (PL-RJ). O deputado federal quer evidenciar que o Palácio do Planalto não tem uma base sólida no Congresso.
    (+em: https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/panorama/2023-04-13/lira-recado-lula-marco-saneamento-basico.html)

    Revisitando Sá & Guarabyra

    https://www.youtube.com/watch?v=NfQZ2k6MXcU

  29. Miguel José Teixeira

    Assim que descobri que o haddad era um bibliófilo, conforme a postagem anterior, fui obrigado a revisitar o Stanislaw Ponte Preta:

    . . .”Tomo era um bom extrema-direita e Prefácio pegou o vício do pai – vivia comprando livros.”. . .

    “A História de um Nome”

    No capítulo dos nomes difíceis têm acontecido coisas das mais pitorescas. Ou é um camarada chamado Mimoso, que tem físico de mastodonte, ou é um sujeito fraquinho e insignificante chamado Hércules. Os nomes difíceis, principalmente os nomes tirados de adjetivos condizentes com seus portadores, são raríssimos, e é por isso que minha avó a paterna – dizia:

    – Gente honesta, se for homem deve ser José, se for mulher, deve ser Maria!

    É verdade que Vovó não tinha nada contra os joões, paulos, mários, odetes e — vá lá – fidélis. A sua implicância era, sobretudo, com nomes inventados, comemorativos de um acontecimento qualquer, como era o caso, muito citado por ela, de uma tal Dona Holofotina, batizada no dia em que inauguraram a luz elétrica na rua em que a família morava.

    Acrescente-se também que Vovó não mantinha relações com pessoas de nomes tirados metade da mãe e metade do pai. Jamais perdoou a um velho amigo seu — o “Seu” Wagner — porque se casara com uma senhora chamada Emília, muito respeitável, aliás, mas que tivera o mau-gosto de convencer o marido de batizar o primeiro filho com o nome leguminoso de Wagem — “wag” de Wagner e “em” de Emília. É verdade que a vagem comum, crua ou ensopada, será sempre com “v”, enquanto o filho de “Seu” Wagner herdara o “w” do pai. Mas isso não tinha nenhuma importância: a consoante não era um detalhe bastante forte para impedir o risinho gozador de todos aqueles que eram apresentados ao menino Wagem.

    Mas deixemos de lado as birras de minha avó — velhinha que Deus tenha, em Sua santa glória — e passemos ao estranho caso da família Veiga, que morava pertinho de nossa casa, em tempos idos.

    “Seu” Veiga, amante de boa leitura e cuja cachaça era colecionar livros, embora colecionasse também filhos, talvez com a mesma paixão, levou sua mania ao extremo de batizar os rebentos com nomes que tivessem relação com livros. Assim, o mais velho chamou-se Prefácio da Veiga; o segundo, Prólogo; o terceiro, Índice e, sucessivamente, foram nascendo o Tomo, o Capítulo e, por fim, Epílogo da Veiga, caçula do casal.

    Lembro-me bem dos filhos de “Seu” Veiga, todos excelentes rapazes, principalmente o Capítulo, sujeito prendado na confecção de balões e papagaios. Até hoje (é verdade que não me tenho dedicado muito na busca) não encontrei ninguém que fizesse um papagaio tão bem quanto Capítulo. Nem balões. Tomo era um bom extrema-direita e Prefácio pegou o vício do pai – vivia comprando livros. Era, aliás, o filho querido de “Seu” Veiga, pai extremoso, que não admitia piadas. Não tinha o menor senso de humor. Certa vez ficou mesmo de relações estremecidas com meu pai, por causa de uma brincadeira. “Seu” Veiga ia passando pela nossa porta, levando a família para o banho de mar. Iam todos armados de barracas de praia, toalhas etc. Papai estava na janela e, ao saudá-lo, fez a graça:

    – Vai levar a biblioteca para o banho? “Seu” Veiga ficou queimado durante muito tempo.

    Dona Odete — por alcunha “A Estante” — mãe dos meninos, sofria o desgosto de ter tantos filhos homens e não ter uma menina “para me fazer companhia” – como costumava dizer. Acreditava, inclusive, que aquilo era castigo de Deus, por causa da idéia do marido de botar aqueles nomes nos garotos. Por isso, fez uma promessa: se ainda tivesse uma menina, havia de chamá-la Maria.

    As esperanças já estavam quase perdidas. Epílogozinho já tinha oito anos, quando a vontade de Dona Odete tornou-se uma bela realidade, pesando cinco quilos e mamando uma enormidade. Os vizinhos comentaram que “Seu” Veiga não gostou, ainda que se conformasse, com a vinda de mais um herdeiro, só porque já lhe faltavam palavras relacionadas a livros para denominar a criança.

    Só meses depois, na hora do batizado, o pai foi informado da antiga promessa. Ficou furioso com a mulher, esbravejou, bufou, mas — bom católico — acabou concordando em parte. E assim, em vez de receber somente o nome suave de Maria, a garotinha foi registrada, no livro da paróquia, após a cerimônia batismal, como Errata Maria da Veiga.

    Estava cumprida a promessa de Dona Odete, estava de pé a mania de “Seu” Veiga.

    (Fonte: https://contobrasileiro.com.br/historia-de-um-nome-cronica-de-stanislaw-ponte-preta/)

  30. Miguel José Teixeira

    Então, à procura de pistas para encontrar a pedra filosofal, só neste ano, haddad já comprou 103 livros!

    “Não conheço Shein, conheço Amazon, onde compro livro todo dia, diz Haddad”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/04/fim-de-isencao-em-importacao-combate-concorrencia-desleal-diz-haddad-na-china.shtml)

    Será que foi com a “varinha de condão”, oficialmente conhecida como “cartão corporativo”?

    Esses PeTralhas. . .sempre tentando inovar suas velhas e surradas maracutaias!

  31. Miguel José Teixeira

    Com ela, o Brics vai a breca!

    “Ela voltou”: internautas ironizam Dilma por confusão em discurso.”
    . . .
    “A sua fundação, além de um acontecimento histórico, foi uma demonstração da importância de estabelecer uma estratégia e uma parceria, compartilhando as necessidades do, dos, desses países do sul, do sul global. Ou seja, do sul, que é esse, esse sul que quer emergir e que conta também com países do norte, e com o multilateralismo”, disse a ex-presidente.
    . . .
    (+em: https://www.poder360.com.br/economia/ela-voltou-internautas-ironizam-dilma-por-confusao-em-discurso/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)

    Alô, Falabella!

    https://www.facebook.com/canalnostalgia/videos/sai-de-baixo/794188681412326/

  32. Miguel José Teixeira

    Só para PenTelhar!

    1) “Janja ignora ministros, cria crises para Lula e preocupa aliados.”
    (+em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/04/13/janja-comunicacao-crise.htm)

    2) “Lula é eleito uma das 100 pessoas mais influentes do ano pela revista Time”
    (+em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/lula-e-eleito-uma-das-100-pessoas-mais-influentes-do-ano-pela-revista-time,2a3cea6b7e98e20dda1998266058c2f8burot39c.html)

    Matutando bem. . .

    Se a “janja boca de garoupa” influencia o lula que está entre os 100 mais influentes do mundo, e ela não está entre eles, então a Times está errada!

  33. Miguel José Teixeira

    Chapadão com “Moutai” e se achando o dono do mundo!

    Aqui, o “janjo perdido na China” quer criar uma moeda única para safar “los hermanos” e outros vermelhoides esquerdopatas.

    Lá, coaxa que países usem suas próprias moedas no comércio externo.

    Realmente, o “pudê” subiu ao seu cérebro.

    Ué. . . amebas tem cérebro?

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