Pesquisar
Close this search box.

ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXXXVII

41 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXXXVII”

  1. Miguel José Teixeira

    A viúva é rica e os abastecedores dos seus cofres são mansos!

    “Brasil paga 3.224 carros a juízes de todo o país”
    (Tiago Mali, Poder 360, 23/03/24)

    A União arca com a despesa de 3.224 veículos oficiais para juízes e desembargadores no Brasil, segundo levantamento deste Poder360.
    O último relatório Justiça em Números (íntegra – PDF – 18 MB), do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mostra haver 18.177 magistrados no Brasil. Ou seja, há 1 carro oficial a cada 6 magistrados.
    . . .
    (+em: https://www.poder360.com.br/justica/brasil-paga-3-224-carros-a-juizes-de-todo-o-pais/)

    Essa é mais uma das facetas da ‘Pátria mãe”:
    locadora de veículos, a LocaBras!
    Temos também:
    a Agência de Passagens e Diárias, a TurBras e
    a Imobiliária Brasileira, a ImoBras.
    Todas, evidentemente, muito rentáveis! Para os amigos do rei. . .

  2. Miguel José Teixeira

    . . .”Nova autobiografia, coescrita com jornalista italiano, posiciona o pontífice em relação a grandes acontecimentos da história.”. . .

    “Para papa Francisco, futuro da Igreja Católica é ser menor do que é hoje”
    (Reinaldo José Lopes, FSP, 22/03/24)

    Por mais diferentes que sejam os papados de Francisco e de Bento 16, o pontífice argentino concorda com seu antecessor alemão num ponto fundamental: em muitos aspectos, a Igreja Católica do futuro será uma instituição menor e mais modesta do que é hoje —e isso pode ser até desejável.

    A declaração é uma das surpresas de “Vida: A Minha História Através da História”, biografia de Francisco escrita em parceria com o jornalista italiano Fabio Marchese Ragona.

    Embora o papa tenha se notabilizado por colaborações com outros vaticanistas em livros com diferentes temas, a nova obra busca narrar a trajetória de Francisco de maneira diferente, em paralelo com os grandes acontecimentos dos séculos 20 e 21, da Segunda Guerra Mundial à crise financeira de 2008.
    “O livro surgiu após uma entrevista que fiz com o papa em 2021. Primeiro veio a minha curiosidade de saber o que ele estava fazendo nesses momentos históricos —no ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, por exemplo”, aponta Ragona em conversa com a Folha por videoconferência.

    “Além disso, Francisco sempre falou da importância dos idosos como memória viva da sociedade e me disse que poderia dar um testemunho pessoal sobre esse tema. As coisas se juntaram e passamos um ano conversando, algumas vezes pessoalmente, durante até três horas em cada entrevista, depois por telefone e email”, conta o coautor do livro.

    O resultado ajuda, de um lado, a reconstruir uma infância e juventude completamente comuns, típicas dos católicos latino-americanos da mesma geração que Jorge Mario Bergoglio, nascido em 1936 numa família de imigrantes italianos em Buenos Aires.

    A estrutura familiar, os hábitos e o cotidiano descritos mudariam muito pouco se ele tivesse nascido em São Paulo ou Belo Horizonte, e não na capital argentina.

    PUBLICIDADE

    As primeiras décadas de vida também trazem pistas sobre a facilidade com que o futuro papa seria capaz de dialogar com pessoas de fés diferentes ou com os não religiosos.

    A convivência com amigos judeus da família e o choque que as notícias sobre o Holocausto provocaram nos Bergoglios prefiguram a amizade do religioso com o rabino Abraham Skorka, com quem chegou a apresentar um programa de TV.

    Do mesmo modo, a admiração do jovem Jorge por sua então chefe, a militante comunista Esther Ballestrino, na época em que o rapaz trabalhava como técnico de análises químicas, ajudou-o a compreender as ideias de esquerda sobre justiça social. Ballestrino acabaria sendo torturada e assassinada pela ditadura militar argentina dos anos 1970, período no qual Bergoglio era líder dos jesuítas do país.

    Para Ragona, foi o período posterior a essa posição de liderança na Companhia de Jesus, em que o futuro papa foi colocado numa espécie de “geladeira” pela ordem religiosa, que acabou definindo o rumo que ele daria ao seu pontificado.

    “Esse período, que ele passou na região de Córdoba, levou-o a fazer uma espécie de revisão espiritual, por meio de tarefas como o cuidado com os jesuítas idosos e doentes e a busca de uma proximidade cada vez maior com os pobres, com os fiéis das ‘villas miserias’ [as favelas argentinas]”, afirma o biógrafo.

    Francisco, diz ele, vê esse trabalho pastoral como mais urgente do que uma tentativa de reconquistar fiéis a todo custo.

    “Eu o enxergo como alguém muito realista nesse sentido. Ele sabe bem que, sobretudo na Europa, há uma crise não apenas no catolicismo como na fé das pessoas em geral, enquanto na América Latina e mesmo nos EUA há o avanço dos evangélicos”, resume o jornalista.

    “Já na África e na Ásia o problema às vezes é o oposto: há uma dificuldade de acolher corretamente todas as pessoas que buscam a Igreja. De qualquer forma, há um avanço do secularismo que não se pode negar.”

    Ao escrever a encíclica “Laudato Si’”, primeiro documento “ambientalista” da história do papado, Francisco também tem uma visão clara dos riscos do futuro, diz o autor.

    “Ele conseguiu ter uma ideia mais precisa da gravidade da situação ambiental e climática nos últimos anos, em parte graças ao seu contato com os bispos brasileiros que conhecem diretamente a Amazônia. Francisco sente que há uma grande responsabilidade nos seus ombros, a responsabilidade de lançar um grito, pela força moral que o papado tem.”

    VIDA: A MINHA HISTÓRIA ATRAVÉS DA HISTÓRIA
    Quando: Lançamento em 1º/4
    Preço: R$ 49,90 (304 págs.)
    Autoria: Papa Francisco e Fabio Marchese Ragona
    Editora: Harper Collins Brasil
    Tradução: Milena Vargas

    Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/03/para-papa-francisco-futuro-da-igreja-catolica-e-ser-menor-do-que-e-hoje.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)

  3. Miguel José Teixeira

    . . .”O Brasil possui a maior reserva de água potável do mundo e um de seu biomas sustenta as maiores bacias hidrográficas, saiba qual é!”. . .

    “Dia mundial da água: conheça o berço das águas brasileiro”
    (Por Tiago Vechi, Jornalista, Brasil Escola, portal Terra, 22/03/24)

    O Dia Mundial da Água foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 com o objetivo de promover a conscientização sobre este recurso essencial para a vida na Terra. O Brasil possui uma responsabilidade ímpar quando o assunto é água, pois, possui a maior reserva de água potável do mundo, o que corresponde a 12% do total.

    Um bioma brasileiro é conhecido como o “Berço das águas” e como “Caixa d’água do Brasil”, o que representa a importância dele para manutenção da saúde hídrica do país. Você sabe que bioma é este? Acertou quem disse: Cerrado!

    Isso mesmo, por mais que seja conhecido pelo seu clima seco e árvores tortas, o Cerrado guarda uma relevância gigante quando o assunto é água. Para compreender melhor o significado do termo “Berço das águas” e a importância do Cerrado neste assunto, conversamos coma professora Gislaine Cristina, docente do Instituto de Estudos Sócio Ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

    Veja o que descobrimos!

    Cerrado, o berço das águas
    Procuramos entender a razão do Cerrado ganhar este título de berço das águas. A professora nos explica que isto está relacionado às características físicas e naturais do Cerrado.

    Gislaine explica que a capacidade hídrica do Cerrado se relaciona com sua capacidade de absorção da cuva, com seu relevo plano e com a distribuição que ele faz para as principais bacias hidrográficas do país.

    A professora declara:

    É do Cerrado Brasileiro que nascem rios que dão a seis das principais regiões hidrográficas brasileira, são elas: Parnaíba, Paraná, Paraguai, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Amazônica.

    Mesmo que no Cerrado não exista rios de grande vazão, ele concentra nascentes que alimentam as maiores regiões hidrográficas brasileiras. A pesquisadora também destaca que no Cerrado estão três grandes aquíferos, são eles:
    Guarani
    Bambuí
    Urucuia  

    Eles contribuem na formação e alimentação dos grandes rios do Brasil. A professora conclui:

    Portanto, é devido à capacidade de infiltração, a condição climática (chuva), a presença dos aquíferos e também a forma do relevo, Chapadas do Brasil Central, que confere ao Cerrado elevado potencial hídrico, dispersando água para as principais bacias hidrográficas, o justifica a denominação de Berço das Águas.

    Importância do Cerrado para a vida no Brasil
    O Cerrado é considerado um dos lugares mais biodiversos do mundo. Principalmente quando se fala de espécies endêmicas (exclusivas do Cerrado) e, além disso, ele chama atenção pelo risco implicado pela alta degradação ambiental.

    Além do Cerrado em si, ele possui áreas de transição para a Amazônia e para a Mata Atlântica. O Cerrado é formado por 5 categorias, são elas:
    Cerradão
    Cerrado
    Campo Limpo
    Campo Sujo
    Matas de Galeria

    Segundo a pesquisadora, o Cerrado, por ser área de transição com os demais ambientes naturais do Brasil, é palco da difusão de animais e vegetais de diversos domínios morfoclimáticos. Também várias espécies encontram, no Cerrado, ambiente propício para procriação.

    Riscos que o Cerrado está correndo
    A professora Gislaine afirma que o modelo econômico adotado no Brasil e a forma de uso do solo, empregado pelo agronegócio, promove impactos ambientais que colocam em risco a manutenção do Cerrado, da Amazônia e da Mata Atlântica.

    Ela lista os impactos que já estão sendo enfrentados:
    Fragmentação dos habitats
    extinção da diversidade biológica
    Introdução de espécies exóticas
    erosão e compactação dos solos
    Poluição de mananciais por fertilizantes

    Outro aspecto destacado pela professora é a capacidade do Cerrado de absorver CO2 da atmosfera. Ela diz sobre isso:

    Também nesse mesmo encaminhamento, as Queimadas, aquelas criminosas, além de atuar para destituir a vegetação natural, também lança CO2 para atmosfera, o que implica considerar possibilidades de mudanças climáticas regionais.

    A pesquisadora afirma que há a estimativa de que já tenham sido perdidas 20 mil espécies de flora já foram perdidas antes mesmo de serem conhecidas pelos cientistas. Além das transformações na atmosfera do Cerrado que tem consequências diretas no aumento da temperatura, umidade do ar e distribuição de chuvas.

    A professora diz que a cada ano, o período de estiagem se faz mais seco. Como exemplo, ela cita os dados de Goiânia, que indicam a possibilidade dos termômetros marcarem 42° com apenas 8% de umidade relativa do ar. 

    Ela também diz:

     A biodiversidade (fauna e flora) sendo impactada, também irá impactar a biodiversidades de outros biomas como da Amazônia e da Mata Atlântica. O modelo do agronegócio para exportação pode impactar diretamente a vazão dos rios das principais bacias hidrográficas brasileiras, devido o uso indiscriminado da água para a irrigação e também pela compactação do solo, o que impede a infiltração da água da chuva para alimentar o lençol freático.

    A pesquisadora faz um alerta relacionado a compactação do solo e a utilização das águas para irrigação de forma impensada. Segundo ela, em pouco tempo, veremos consequências não só no meio rural, mas também no meio urbano.

    O que pode ser feito para salvar o Cerrado?
    Primeiro perguntamos à Secretaria Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA) se há monitoramento das águas no Cerrado e o que tem sido feito para combater a devastação do bioma, mas sequer tivemos uma resposta.

    Quando questionada sobre o que pode ser feito pela preservação do Cerrado, a professora afirmou que até existem leis que protegem o bioma, porém, são determinações que ficam apenas no papel, segundo as palavras da pesquisadora.

    Ela ainda diz que a dificuldade de preservação está associada ao nosso modelo econômico e que se não pensarmos em soluções sustentáveis, não é apenas o Cerrado que corre risco, mas sim a própria humanidade.

    Conselhos para jovens que querem ajudar na preservação do Cerrado
    Por fim, pedimos a professora que ela desse conselhos aos jovens que querem trabalhar com a conservação do Cerrado e ela disse:

    Antes de tudo respeitar esse ambiente que é riquíssimo, inclusive para a medicina (produção de medicamentos a partir das plantas). Entender que é um ambiente que tem sua natureza, que o Cerrado evoluiu ao longo de milhares de anos, em que as caracteríticas do solo e a sazonalidade das chuvas permitiram da fauna e fauna e flora. Portanto, reconhecer o Cerrado como ambiente rico em biodiversidade,  com cultura e tradições particulares é uma riqueza. Uma questão importante a ser considerada, é que o desenvolvimento como nos é passado é uma grande enganação, quando se desmata para colocar gado e plantar soja em extensas áreas ocorre apenas para o produtor – que seria o desenvolvimento econômico, a população local fica apenas com os impactos : menos água, temperatura mais elevada, umidade do ar mais baixa, compactação do solo, etc……. Assim, é preciso pensar qual desenvolvimento estão se referindo. Será para a população local? Quem vai ganhar com os empreendimentos? É uma forma de começarmos a valorizar o nosso Cerrado e buscar um crescimento mais equilibrado, que com certeza não virá com a destruição dos ambientes naturais.

    (Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/dia-mundial-da-agua-conheca-o-berco-das-aguas-brasileiro,7de87274dc8e659bb7465fd2160e459chll3cw7t.html)

  4. Miguel José Teixeira

    Imaginem a dimensão das PaTifarias que essa gente anda cometendo!

    . . .”Durante a campanha eleitoral e após ser eleito, Lula criticou os sigilos de 100 anos impostos por Jair Bolsonaro”. . .

    “Governo impõe sigilos de 100 anos a dados sobre Janja e até Robinho”
    (Último Segundo, portal iG, 22/03/24)

    O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impôs sigilos de 100 anos em diversas informações ao longo de 2023. Os dados escondidos vão desde a agenda da primeira-dama, Janja da Silva, até as conversas diplomáticas sobre o ex-jogador Robinho, que foi preso por estupro ontem (21) . A informação é do jornal “O Estado de S. Paulo” .

    Segundo o ”Estadão” , no ano passado, o governo Lula negou 1.339 pedidos de informação feitos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O Planalto alegou que as informações requisitadas continham dados pessoais, que são protegidos pela legislação. Dado isso, o efeito prático da resposta é estabelecer sigilo de 100 anos sobre as informações.

    Um dos pedidos não concedidos pelo governo foi sobre a lista dos militares do Batalhão de Guarda Presidencial que estavam trabalhando no dia dos atos golpistas em Brasília, quando houve depredação da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

    Durante a campanha eleitoral e após ser eleito, Lula criticou os sigilos de 100 anos impostos por Jair Bolsonaro durante sua gestão na Presidência da República. Como um dos primeiros atos de governo, o petista determinou que a Controladoria-Geral da União analisasse todos os sigilos colocados pelo governo anterior.

    Na época, a Controladoria-Geral da União, derrubou sigilos do governo Bolsonaro e, na quinta-feira (21), divulgou uma nota sobre o governo Lula se recusar a prestar informações.

    Segundo a CGU, após o pedido negado para informações, ainda há quatro instâncias administrativas que podem reverter o caso.

    “Importante ressalvar que a decisão do governo sobre abertura de dados ou não pode tramitar por até quatro instâncias. A CGU recebe os recursos em terceira instância e há ainda a possibilidade de decisão final da Comissão Mista de Reavaliação de Informações (CMRI). Afirmar que uma posição sobre o acesso a uma informação é uma posição oficial do governo só é possível quando essas instâncias estão esgotadas”.
    . . .
    (+em: https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2024-03-22/governo-impoe-sigilos-de-100-anos-a-dados-sobre-janja-e-ate-robinho.html)

  5. Miguel José Teixeira

    “Pavãozinho suro” quer voltar à cena do crime, para tentar recuperar a sua cauda!

    “Senadores vão à PGR por desarquivamento de pedidos de inquérito da CPI da Pandemia”
    (Hérica Christian, Agência Senado, 22/03/24)

    Senadores que participaram da CPI da Pandemia, que funcionou em 2021, se reuniram com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para pedir o desarquivamento dos pedidos de indiciamento contra o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, além dos ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga, e ainda parlamentares e empresários. O PGR anterior, Augusto Aras, recusou os pedidos da CPI para abertura de inquérito contra os nomes apontados pelo relatório final, que recomendou o indiciamento de 66 pessoas físicas e duas pessoas jurídicas por crimes de teriam sido cometidos durante a pandemia.

    Segundo o senador Randolfe Rodrigues (AP), Gonet sinalizou que poderá analisar as conclusões dos seis meses de investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito.

    — Ele [Gonet] sinalizou que a CPI e o trabalho feito por nós é digno de admiração e será por ele, no âmbito da PGR, prestigiado. Isto para nós, isso é o mais relevante, fundamental desse encontro. Saímos daqui convencidos de que não terá impunidade para os mais de 700 mil brasileiros que morreram — afirmou Randolfe. 

    O senador Marcos Rogério (PL-RO), que também integrou a CPI da Pandemia, criticou o gesto dos colegas ao afirmar que o ex-procurador Augusto Aras se baseou na falta de provas para arquivar os pedidos de indiciamento da comissão. 

    — Não vejo razão para requentar fatos que já foram sepultados. Eles trabalharam linhas de narrativas que não pararam de pé. O Ministério Público Federal é um só e o Ministério Público Federal já se manifestou sobre isso. Acho que estão querendo requentar narrativas para manter o debate político baseado nessas teorias que não param de pé — disse Marcos Rogério. 

    Dos onze pedidos de ação penal, Augusto Aras recusou dez. Desses, quatro foram arquivados definitivamente e outros seis foram objeto de recurso por parte da CPI no Supremo Tribunal Federal. Apenas um corre na Justiça Federal no Amazonas. Após seis meses de investigações, a CPI da Pandemia aprovou o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) com mais de mil páginas, que incluíram pedidos de indiciamentos e sugestões de projetos de lei.

    (Fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2024/03/senadores-vao-a-pgr-por-desarquivamento-de-pedidos-de-inquerito-da-cpi-da-pandemia)

    Enquanto isso. . .na caravana do retrocesso!
    Quem não tem competência para apresentar novos ´projetos, revira o passado!

  6. Miguel José Teixeira

    Esperar o quê de um “presidengue” que se orgulha em ser analfabeto?

    “Em 2023, 94,6% da população de 6 a 14 anos estava nessa etapa escolar; é o menor índice da série histórica da Pnad-Educação”

    “Pela primeira vez, Brasil não atinge meta de crianças no ensino fundamental”
    (Isabela Palhares, FSP, 22/03/24)

    Pela primeira vez em oito anos, o Brasil não alcançou a meta de ter 95% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos matriculadas no ensino fundamental (do 1º ao 9º ano), etapa escolar adequada para essa faixa etária.

    Segundo os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) Educação, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE, em 2023 o país tinha 94,6% da população dessa idade frequentando o ensino fundamental.

    Esse é o menor percentual desde o início da série histórica da Pnad Educação, em 2016. O relatório da pesquisa aponta preocupação, já que houve queda de crianças matriculadas na etapa correta em todas as regiões do país, com exceção do norte.
    . . .
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2024/03/pela-primeira-vez-brasil-nao-atinge-meta-de-criancas-no-ensino-fundamental.shtml)

    Só pra PenTelhar. . .
    Isso que os PeTralhas alegam que o atual “ministrim da idukassão” fez um excelente trabalho na área, quando governava o Ceará.

  7. Miguel José Teixeira

    . . .”PL aprovado na CCJ considera tudo que não é floresta como área rural consolidada e deixa desprotegidos 48 mi de hectares.”. . .

    “Projeto da bancada ruralista mutila Código Florestal e Lei da Mata Atlântica”
    (Giovana Girardi, 22/03/24)

    Em meio a mais uma forte onda de calor que atinge o Brasil e após uma sequência de eventos climáticos extremos que resultaram em perdas para o agronegócio brasileiro, o setor insiste em abrir brechas para reduzir ainda mais a vegetação nativa no país.

    Nesta quarta-feira (20), a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou um projeto de lei que praticamente tira a proteção de todo tipo de vegetação no Brasil que não seja predominantemente florestal – grosso modo, que não seja coberta de árvores –, alterando regras previstas pelo Código Florestal e pela Lei da Mata Atlântica. 

    O objetivo do projeto era regularizar a situação. E mesmo entre ambientalistas havia uma concordância em resolver os problemas desses produtores com um projeto específico reconhecendo a existência de “campos antrópicos” e os qualificando como área de uso alternativo do solo, como pontua a nota técnica da SOS.

    Com a tramitação na Câmara, no entanto, a proposta foi bastante ampliada. O texto do relator estabelece que “nos imóveis rurais com formações de vegetação nativa predominantemente não florestais, tais como os campos gerais, os campos de altitude e os campos nativos, é considerada ocupação antrópica a atividade agrossilvipastoril preexistente a 22 de julho de 2008 ainda que não tenha implicado a conversão da vegetação nativa, caracterizando-se tais locais, para todos os efeitos desta lei, como área rural consolidada”. O texto aponta ainda que as disposições “se aplicam a todo o território nacional”.

    Os cálculos da SOS levam em conta esses campos gerais, de altitude e nativos por todo o país. “Ao suprimir toda e qualquer proteção legal aos campos nativos, [o texto] deixa partes muito significativas dos biomas Pantanal, Cerrado, Amazônia, Pampa e Caatinga completamente desprotegidas e suscetíveis à conversão agrícola descontrolada”, aponta a nota.

    Mas, de acordo com especialistas da área ambiental, que consideram a proposta um enorme retrocesso, o trecho abre espaço para um dano ainda maior. O pulo do gato, dizem, foi a expressão “tais como”, que eu grifei no parágrafo anterior.

    Quem me explicou isso foi o Maurício Guetta, advogado do Instituto Socioambiental (ISA), que há mais de década acompanha toda a movimentação do Congresso em torno de leis ambientais, em especial o Código Florestal.

    “A expressão ‘tais como’ – e isso é mais velho que Rui Barbosa no direito – é usada do  ponto de vista exemplificativo. O texto dá um exemplo do que é uma vegetação não florestal, mas que não se restringe a isso pela redação que foi usada. Isso abre brecha para impactar toda a vegetação nativa não florestal do Brasil”, diz.

    Segundo Guetta, há ainda um problema técnico e jurídico visto que não existe uma definição normativa legal do que é floresta e do que não é floresta. “Isso abre margem para que a regulamentação, seja agora ou em governo futuro, por exemplo um que passe as boiadas, ocorra de forma a deturpar a situação. Acarreta uma superinsegurança jurídica”, explica.

    Durante a sessão da CCJ, Redecker minimizou esse temor, disse que o PL não abre margem para derrubar “uma árvore sequer” e que as áreas contempladas no projeto já estão em uso pela agropecuária. “Não há nexo nenhum em nós mantermos uma área que já é utilizada pelo homem como uma área proibida para a agricultura”, disse. 

    “Falo de áreas onde já existe o manejo do homem passando com a sua lida de campo, com a criação de gado, com a criação de outros animais, com a construção de cercas e de currais, com a construção de estruturas para armazenamento de alimentação, enfim, esses campos já são utilizados. Já existe ação humana nesses campos”, complementou.

    De acordo com a nota da SOS, não é bem assim. No Pantanal, por exemplo, que tem cerca de 50% de sua superfície coberta por campos nativos, segundo cálculos do MapBiomas, os campos de fato são historicamente usados pela pecuária. “Mas continuam em bom estado de conservação e prestando todos os serviços ambientais originais (proteção do solo, alimento e habitat para a fauna e flora silvestres etc.)”, aponta a ONG. 

    “Há, no entanto, inclusive em função das mudanças no clima, uma crescente pressão para conversão dos campos nativos em agricultura (soja), o que representa uma ameaça existencial a esse importantíssimo ecossistema”, alerta. 

    Ainda de acordo com a nota, no caso do Pantanal, “a lei determina que novas autorizações de supressão só possam ocorrer em casos excepcionais, de forma a não comprometer a capacidade de suporte desse ecossistema”. Na avaliação dos ambientalistas, o substitutivo elimina essa proteção legal. “Podemos afirmar, sem exageros, que o texto a ser votado, se aprovado, pode levar a maior área úmida do planeta ao colapso ecológico em menos de uma década”, afirma a organização.

    No Cerrado, o impacto também pode ser grande. Segundo a nota, “parte importante dessa vegetação campestre se situa em áreas úmidas (campos úmidos, veredas, campos de murunduns etc.), as quais têm enorme importância para o balanço hídrico de vastas regiões, além de terem um grande número de espécies endêmicas”.

    O engenheiro agrônomo Antonio Oviedo, também pesquisador do ISA, me explicou que essas vegetações são extremamente importantes para a recarga de aquíferos. Sem elas, o solo pode ficar impermeabilizado, prejudicando a segurança hídrica.

    A votação na CCJ foi feita em caráter conclusivo, o que significa que o PL já pode seguir para o Senado. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que vai apresentar um recurso para que passe pelo plenário da Câmara também. Mas para isso o requerimento precisa ser aprovado pela maioria do plenário, e quem decide se ele será pautado é o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A expectativa, portanto, não é das melhores.

    Esse é mais um episódio de ataques da bancada ruralista às leis ambientais. Em 2012, o Código Florestal foi reformado, tornando-se bem menos restritivo que sua versão anterior, de 1965. Apesar de não ter saído exatamente como o agronegócio queria, o texto flexibilizou bastante a proteção, reduzindo as necessidades de recuperação de áreas ilegalmente desmatadas e concedendo anistia a desmatadores. Foi uma importante vitória ruralista, e muitos especialistas veem nessa mudança o início da retomada do desmatamento no Brasil.

    O agro gosta de se vender como uma atividade sustentável, que atua em respeito ao meio ambiente, e um dos argumentos que sempre usa para isso é dizer que no Brasil há uma das legislações mais rigorosas do mundo. A bancada, no entanto, atua diligentemente para enfraquecer cada vez mais essa lei.

    O primeiro, apesar de trazer a palavra “Florestal”, protege todas as formas de vegetação nativa do Brasil e exige pedido de autorização para a ocorrência de supressões legais. Já a segunda prevê proteções adicionais à Mata Atlântica, que é o bioma mais devastado do país.

    O texto aprovado – um substitutivo do deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) a um projeto do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), ambos da bancada ruralista – define que imóveis rurais em todo o território nacional que tenham outro tipo de vegetação que não seja floresta sejam considerados de ocupação antrópica para a atividade agrossilvipastoril – na prática, como se fossem áreas rurais já consolidadas.

    De acordo com nota técnica elaborada pela SOS Mata Atlântica, a proposta é “extremamente grave, por, numa só tacada, retirar a proteção adicional a toda a Mata Atlântica, bem como deixar completamente desprotegidos cerca de 48 milhões de hectares de campos nativos em todo o país”. Segundo os cálculos da organização, pelo projeto ficam desprotegidos 50% do Pantanal (7,4 milhões de hectares), 32% dos Pampas (6,3 milhões de hectares), 7% do Cerrado (13,9 milhões de hectares), além de quase 15 milhões de hectares na Amazônia, “sujeitando-os a uma conversão agrícola descontrolada e ilimitada”.

    O projeto inicial de Moreira (PL 364/19) focava nos chamados campos de altitude, um tipo de ecossistema da Mata Atlântica localizado na região Sul do país que já era alvo de disputa há alguns anos, especialmente em municípios da Serra Gaúcha. Na região, vários produtores foram autuados pelo Ibama por terem convertido as áreas para uso agropecuário. 

    (Fonte: https://apublica.org/2024/03/projeto-da-bancada-ruralista-mutila-codigo-florestal-e-lei-da-mata-atlantica/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)

  8. Miguel José Teixeira

    Só a corja vermelha da PeTezuela, insiste com a nova narraPTiva de democracia!

    . . .”Regime chavista prendeu dois dos chefes de campanha da líder oposicionista da Venezuela, María Corina Machado, na quarta, 20.”. . .

    “Chile se junta ao restante do continente em condenar Venezuela”
    (Redação O Antagonista, 21/03/24)

    O governo de Gabriel Boric (foto), no Chile, se juntou ao restante das democracias do continente e emitiu um comunicado condenando a perseguição da ditadura de Nicolás Maduro à oposição na Venezuela.

    O regime chavista prendeu dois dos chefes de campanha da líder oposicionista María Corina Machado na quarta, 20 de março.

    “O Governo do Chile expressa a sua firme condenação à detenção arbitrária de representantes de partidos políticos da oposição venezuelana, o que constitui uma ação contrária ao espírito democrático que deve prevalecer em qualquer processo eleitoral”, afirma nota divulgada nesta quinta, 21.

    “A referida medida afeta gravemente a realização de eleições presidenciais democráticas, transparentes e livres, com plena participação de todos os candidatos, contrariando os Acordos de Barbados validados pela comunidade internacional”, acrescentou.

    A nota encerra afirmando: “Finalmente, o Governo do Chile junta-se aos apelos feitos pelos organismos multilaterais de direitos humanos para que a Venezuela ponha fim ao assédio contra os opositores políticos”.

    Democracias condenam Venezuela; Brasil se cala
    Argentina, Uruguai e Paraguai condenaram as prisões de dois assessores de campanha da opositora María Corina Machado na Venezuela nesta quarta, 20. O Brasil, mais uma vez, preferiu a omissão.

    Na noite desta quarta, María Corina denunciou a prisão de Henry Alviárez e Dignora Hernández (na foto, à direita, ao lado de María Corina), dois de seus colaboradores mais próximos. No total, sete assessores da opositora foram detidos nos últimos três meses.

    O Ministério de Relações Exteriores do Uruguai publicou um comunicado às 21 horas de quarta: “Os acontecimentos das últimas horas confirmam a deterioração progressiva da situação política na Venezuela, uma escalada que corrobora o afastamento definitivo dos Acordos de Barbados por parte do governo venezuelano. O Uruguai condena essas ações arbitrárias e acompanha com preocupação e solidariedade esses acontecimentos em que, desde as estruturas do Estado, os direitos humanos dos opositores do regime são atropelados. O nosso país junta-se ao apelo da comunidade democrática internacional para a libertação imediata de todos os detidos por razões políticas“.

    O Ministério de Relações Exteriores da Argentina, governada por Javier Milei, publicou a sua nota, citando nominalmente os detidos e exigindo a libertação deles: “O governo da República Argentina condena firmemente e expressa o seu absoluto repúdio à detenção arbitrária pelas autoridades venezuelanas de Henry Alviarez e Dignora Hernández, líderes do Vente Venezuela e à emissão de mandados de prisão contra outros líderes desse grupo político. A República Argentina exige do governo da Venezuela a rápida libertação dos líderes detidos, a cessação das prisões arbitrárias de representantes da oposição, que constituem ações contrárias ao espírito democrático e ameaçam o surgimento de novos líderes políticos e a sua legitimação cidadã”.

    A nota dos argentinos finaliza com uma firme declaração de princípios: “A Argentina se junta ao apelo do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da Venezuela para acabar com o assédio contra os opositores políticos, ao mesmo tempo que reafirma o seu compromisso com a defesa da liberdade, da democracia e dos direitos humanos e defende a realização de eleições democráticas, transparentes, eleições presidenciais competitivas, com plena participação de todos os candidatos políticos e com a presença de observação eleitoral externa“.

    Leia mais aqui: https://crusoe.com.br/diario/democracias-condenam-prisoes-na-venezuela-brasil-silencia/

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/mundo/chile-se-junta-ao-restante-do-continente-em-condenar-venezuela/)

  9. Miguel José Teixeira

    Será que a compra da boneca dá direito a passagens e diárias por conta do erário?

    “Amuleto da sorte”
    A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) lançou uma mini boneca inspirada nela mesma. A criação foi de um artista paranaense, e ela garante: a boneca espanta comuna.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 22/03/24)

  10. Miguel José Teixeira

    A viúva é rica e os abastecedores dos seus cofres são mansos (2)

    “Fui ali, já volto”
    O feriado de Sexta-Feira Santa, dia 29, já provoca esvaziamento do Congresso e da Esplanada dos Ministérios, esta semana. Parlamentares e até ministros, esses folgados, ficarão fora de Brasília até abril.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 22/03/24)

    Matutando bem. . .
    Pelo menos enquanto estão vadiando não estão praticando ilícitos!

    Será, Matutildo?

  11. Miguel José Teixeira

    A viúva é rica e os abastecedores dos seus cofres são mansos (1)

    “Velha fraude renovada”
    Apesar dos 425 deputados que registraram presença na sessão plenária da Câmara, na tarde desta quinta (21), apenas 25 deram as caras. Os artistas neutralizaram a fraude inventando a sessão “semipresencial”.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 22/03/24)

  12. Miguel José Teixeira

    Com seu o insuportável, obsoleto e defasado coaxar, lula não engana mais nem alunos de 2º Grau!

    “Jovens deixam evento durante fala de Lula em lançamento do governo”
    (Mateus Maia e Evellyn Paola, Poder 360, 21/03/24)

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta 5ª feira (21.mar.2024) o Plano Juventude Negra Viva, em Ceilândia, região administrativa de Brasília (DF). Enquanto o petista discursava, estudantes que assistiam à cerimônia, começaram a deixar o local.

    Segundo o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo, o grupo precisou pegar um ônibus fretado para voltar à escola.

    “Nosso evento, ele atrasou. E tinha um horário também para esses jovens voltarem para a escola para as suas atividades. Então, aquela turma que você viu tinha um horário do ônibus que tinha que passar. E eles precisavam voltar para a escola e nós não tínhamos o direito de pedir para eles ficarem e perderem as suas atividades na escola”, disse o ministro.

    (+em: https://www.poder360.com.br/governo/jovens-deixam-evento-durante-fala-de-lula-em-lancamento-do-governo/ (com vídeo)

    E mais uma desculpa esfarrapada!

  13. Miguel José Teixeira

    Agora com um supremo “terrivelmente CUmunista” é que a maçaroca não andará mesmo!

    “Inquérito dos respiradores fantasmas de R$48 milhões dormita no STF há 1 ano”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, Diário do Poder, 21/03/24

    Na próxima semana completa um ano que o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu o inquérito envolvendo escandalosa compra de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste ao custo de R$48 milhões. Desde então, nunca mais se teve notícia da falcatrua. A investigação envolve figuras conhecidas do PT, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que à época dos fatos governava a Bahia e, como presidente do grupo, fez o pagamento milionário por aparelhos que nunca foram entregues.

    Negócio da China
    Criada dez meses antes da falcatrua, a empresa de produtos de maconha HempCare levou a bolada milionária do Consórcio Nordeste.

    Já lá se vão 4 anos
    O escândalo é ainda mais antigo do que sua permanência no gavetão no STF: a compra dos respiradores fantasmas é datada de abril de 2020.

    Vistas grossas
    O contrato passou longe da midiática CPI da Pandemia, tampouco teve no STF a celeridade de casos como os que envolvem cartão de vacina.

    Na lista, só figurões
    O caso tem digitais de Flávio Dino, à época governador do Maranhão, do ex-ministro petista Carlos Gabas e de um sobrinho de Eduardo Suplicy.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/inquerito-dos-respiradores-fantasmas-de-r48-milhoes-dormita-no-stf-ha-1-ano)

  14. Miguel José Teixeira

    . . .Lula, que defende um PL das Fake News contra os outros, deveria ser punido pela sua fake news, em tese, caluniosa. Mas há outro culpado nessa história.”. . .

    “Escândalo dos móveis: cronologia mostra quem impediu a transparência”
    (Felipe Moura Brasil, O Antagonista, 20/03/24)

    1. Em 12 de janeiro de 2023, em café da manhã com a imprensa amiga, Lula disse que estava “tudo desarrumado” no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, e acusou Jair e Michelle Bolsonaro de terem levado os móveis:

    “Não sei como é que fizeram, por que [é] que fizeram, não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então a gente está fazendo uma reparação, sabe, porque aquilo é um patrimônio público, tem que ser cuidado.”

    “E agora o Palácio tá uma coisa assim… Pelo menos a parte de cima está uma coisa como se não tivesse sido habitada, porque tá tudo desmontado, não tem cama, não tem sofá. Não sei, possivelmente se fosse dele, ele tinha razão de levar mesmo, mas ali é uma coisa pública, eu não sei por que [é] que tem que levar a cama embora. Troca o colchão, troca a roupa de cama e dorme à vontade.”

    Em seguida, Lula alegou preocupação com o prazo de licitação para a compra de novos móveis e manifestou o desejo de “fazer um acerto” com o Tribunal de Contas da União (TCU) para driblar esse obstáculo.

    “Nós vamos levar um tempo. Eu tô preocupado, porque, se você for fazer licitação para comprar um colchão, para comprar uma cama, nós vamos demorar 90 dias; e eu sinceramente tô cansado de ficar no hotel porque não é o local adequado para você governar um país.”

    “Nós estamos tentando fazer a reforma. Eu não sei quanto tempo vai demorar ainda, porque vai depender de fazer um acerto com o Tribunal de Contas [da União] pra saber se é possível comprar as coisas em caráter emergencial sem passar por um processo de esperar 90 dias de uma licitação para comprar uma cama, para comprar um colchão. Senão, nós vamos ficar no hotel mais tempo que o necessário.”

    2. Em 8 de fevereiro de 2023, um grupo de deputados federais encaminhou ofício ao presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, solicitando informações e providências sobre a aquisição, por dispensa de licitação, de 11 móveis para a Presidência da República, junto a três empresas, no valor total de R$ 379.428,00.

    O valor total foi informado com base no extrato da dispensa de licitação (Nº 7) publicado no Diário Oficial da União cinco dias antes, em 3 de fevereiro de 2023.

    No pedido, os deputados citaram matérias da imprensa sobre as compras feitas pelo governo Lula, cuja Secretaria de Comunicação (Secom) havia emitido a seguinte nota:

    “Diante de inédito extravio, destruição e deterioração de mobiliário em imóveis da Presidência da República, foi necessário recompor esse patrimônio da Presidência.”

    Os deputados quiseram saber “para qual residência oficial o mobiliário adquirido foi destinado, se o Palácio do Planalto, o Palácio do Alvorada ou outros”. Eles afirmaram que, em 8 de janeiro, apenas o Palácio do Planalto foi “alvo de depredação criminosa” e que “não há no caso concreto elementos que justifiquem a dispensa da licitação”.

    Consideraram “no mínimo contraditório que o governo federal argumente, perante a sociedade brasileira, a necessidade de violar regras fiscais que irão impactar as contas públicas por vários anos, enquanto gasta milhares de reais com alguns poucos bens de luxo para uso pessoal da Presidência da República, sem explicar por que a aquisição desse bens não poderia ter sido feita de acordo com a regra e não a exceção, isto é, por meio de licitação pública em que se apurariam as propostas com critérios como melhor preço, maior desconto, melhor técnica e maior retorno econômico”.

    Cobraram do TCU, portanto, a análise de possível irregularidade.

    Assinaram o documento os deputados:
    Deltan Dallagnol, na época no Podemos/PR, hoje no Novo/PR;
    Adriana Ventura, Novo/SP;
    Alfredo Gaspar, União/AL;
    Gilson Marques, Novo/SC;
    Kim Kataguiri, União/SP;
    Luiz Philippe de Orleans e Bragança, PL/SP;
    Marcel Van Hattem, Novo/RS;
    Maurício Marcon, Podemos/RS;
    Pedro Aihara, Patriota/MG.

    3. Em 7 de março de 2023, a área técnica do TCU emitiu ofício recomendando que o tribunal conhecesse da representação e diligenciasse a Presidência da República, para que, no prazo de quinze dias, encaminhasse cópias de documentos e esclarecimentos.

    “Para a conclusão acerca da existência ou não de irregularidades na contratação em questão, que podem consistir na incorreta caracterização da situação emergencial e na contratação por valores acima dos praticados no mercado, é necessário solicitar, em diligência, cópia integral do processo que deu origem à contratação, em que constem os pareceres jurídicos e técnicos que a embasaram, a lista com a descrição detalhada dos móveis adquiridos, com os valores e as destinações individualizadas, e a pesquisa de preços realizadas para justificar os valores contratados”, dizia o parecer da Unidade de Auditoria Especializada em Contratações (AudContratações), do TCU.

    O documento foi assinado por Márcio Motta Lima da Cruz.

    4. Em 10 de abril de 2023, o relator Vital do Rêgo, contrariando a recomendação da área técnica do tribunal, decidiu não conhecer a representação e arquivar o processo.

    O ministro baseou sua decisão nos efeitos do 8/1, apontando a “gravidade da situação vivida sem precedentes no Brasil”. Em relação à dispensa de licitação, alegou que “todo o contexto imprevisto… mostra-se suficiente para caracterizar a urgência quanto à então necessidade de se promover o pronto reestabelecimento das instituições afetadas”.

    No entanto, Vital do Rêgo só listou quais foram os móveis danificados no Palácio do Planalto, limitando-se a narrativas genéricas sobre a deterioração do Palácio da Alvorada, incluindo a de “salas recebidas pelo atual governo inteiramente vazias”.

    De acordo com o relator, “a urgência se mostra pela necessidade de o líder da nação poder ter ao seu alcance todo o patrimônio de que dispõe a Presidência para seu uso na condição de Presidente da República e para poder promover reuniões estratégicas e receber visitas de chefes de estado, por exemplo”.

    “Enfim, organizar e retomar a rotina que envolve os prédios oficiais. Não seria razoável sustentar que tais compromissos pudessem ser adiados, ou ainda, realizados em ambientes sem mobiliário adequado em razão do trâmite burocrático licitatório que não teria prazo para ser finalizado, eis que essa aquisição não teve como ser planejada”, escreveu Vital do Rêgo.

    Ao eximir o governo de apresentar esclarecimentos e documentos, o ministro impediu que fosse dada a devida transparência ao caso, atuando, na prática, como advogado-geral, antes de dispor de todos os elementos em jogo para poder tomar qualquer decisão com base em fatos objetivos. Ele não informou se houve o “acerto” aventado por Lula para a dispensa da licitação, nem, obviamente, para a dispensa da prestação de contas.

    Vital do Rêgo, assim como o atual presidente, havia sido alvo da alvo da Lava Jato, tendo chegado à condição de réu pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele respondia pelo suposto recebimento de 3 milhões de reais em propina da OAS para evitar que os executivos da empreiteira fossem convocados a depor na CPI da Petrobras, instaurada no Congresso em 2014 e da qual o então senador era presidente.

    Em 6 de abril de 2021, foi blindado pela Segunda Turma do STF, por um placar apertado de 3 votos a 2. Votaram pelo arquivamento do inquérito, como de costume: Ricardo Lewandowski (hoje ministro de Lula), Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques. Foram votos vencidos: Luis Edson Fachin e Cármen Lúcia.

    5. Em 11 de abril de 2023, a Folha de S. Paulo especificou que o governo Lula havia gastado R$ 196.770 em cinco móveis e um colchão para o Palácio da Alvorada.

    “Os gastos mais altos foram com o sofá com mecanismo elétrico (reclinável para a cabeça e os pés), que custou R$ 65.140, e com a cama, de R$ 42.230. As peças têm revestimento de couro italiano, 100% natural com tratamento exclusivo para evitar ressecamento.”

    A relação das peças foi obtida por meio da Lei de Acesso à Informação.

    Ao justificar a compra de móveis para a residência oficial da Presidência da República, a Secom afirmou que a mobília estava em “péssimo estado de manutenção”.

    6. Em 16 de abril de 2023, Michelle Bolsonaro publicou vídeo no Instagram sugerindo uma “CPI dos móveis do Alvorada”. Segundo ela, a família Bolsonaro preferiu usar os próprios móveis durante seu período no palácio, e as peças de que Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, sentiam falta estavam em depósitos.

    A ex-primeira-dama ainda criticou o casal pelas compras:

    “Os que pregam a humildade e a simplicidade não querem viver no simples”.

    7. Em 20 de março de 2024, o jornal publicou que o governo Lula encontrou os móveis do Palácio da Alvorada que o presidente dizia terem sido levados por Bolsonaro. São 261 bens cujo suposto desaparecimento havia motivado a compra de móveis de luxo.

    A Comissão de Inventário Anual da Presidência da República concluiu o levantamento do patrimônio do Alvorada para o período de 2022 e constatou que nenhum móvel ou bem estava extraviado. As informações foram confirmadas por O Antagonista.

    “Todos os móveis estavam no Alvorada. Lula incorreu em falsa comunicação de furto”, afirmou Jair Bolsonaro no X.

    A oposição na Câmara apresentou uma denúncia na PGR contra o presidente por falsa comunicação de crime e ato de improbidade administrativa.

    Lula, que defende um PL das Fake News a ser aplicado contra os outros, deveria ser punido pela sua fake news, em tese, caluniosa.

    Mas o Brasil nunca vai escapar de mentirosos contumazes e governos hipócritas, enquanto os tribunais, inclusive de contas, forem complacentes com eles.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/escandalo-dos-moveis-cronologia-mostra-quem-impediu-a-transparencia/)

    Só pra PenTelhar. . .
    Felizmente, a Nação Brasileira é infinita maior que essa dupla bangalafumenga!
    Vão se lavar seus catinguentos!!!

  15. Miguel José Teixeira

    . . .”Não tem como dourar a pílula: Lula acusou Bolsonaro, falsamente, de furto. Isso tem nome, calúnia, tipificado no Código Penal.”. . .

    “Lula caluniou Bolsonaro – e isso é crime”
    (Carlos Graieb, O Antagonista, 20/03/24)

    Não tem como dourar a pílula: Lula acusou Bolsonaro, falsamente, de furto. Isso tem nome: calúnia. É comportamento tipificado no artigo 138 do Código Penal: “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. Pena: detenção de seis meses a dois anos, e multa.”

    Foi a tal “guerra dos móveis”. No começo de 2023, o presidente disse que Bolsonaro deu sumiço em dezenas de móveis do Palácio do Alvorada. Chegou a afirmar que seu antecessor e a mulher haviam “levado tudo”. A declaração completa é a seguinte: “Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então a gente está fazendo uma reparação, porque aquilo é um patrimônio público.” Enquanto a primeira frase levanta uma hipótese, a segunda não deixa espaço para dúvidas: o patrimônio público foi lesado e precisa de reparação.

    Acontece que os móveis estavam o tempo todo no Alvorada. Exatamente como haviam dito Jair e Michelle Bolsonaro. Quando o assunto veio à tona, a contabilidade era de 261 móveis sumidos. O número depois caiu para 83. Mas desde setembro do ano passado a Presidência sabia que os objetos estavam todos guardados. Ficou de bico calado. Coube ao jornalismo – neste caso, da Folha de S. Paulo – descobrir a verdade.

    Tia Marocas
    Repito: Lula caluniou Bolsonaro. Isso é mais evidente ainda quando se leva em conta que não se dignou a retirar a acusação, mesmo sabendo que ela não era verdadeira desde o segundo semestre do ano passado. Presidentes podem ser processados por crime comum no STF. Bolsonaro, como cidadão comum caluniado pelo Presidente da República, teria todo o direito ver a questão avaliada pelo Judiciário.

    Sua tropa de choque preferiu um caminho que me parece esquisito. Como informa o Antagonista, deputados bolsonaristas denunciaram Lula à PGR por falsa comunicação de crime e improbidade administrativa. Até onde se sabe, Lula não levou à polícia a acusação de que Bolsonaro furtou os móveis. Seu comportamento também não lesou diretamente a administração pública, mas Bolsonaro, um indivíduo. Posso estar enganado, mas por aí, acho que não vai dar em nada.

    Lula age como a tia Marocas. Fala o que lhe dá na telha, sem se preocupar com as consequências. Acontece que ele é o presidente da República, não é a tia Marocas. Suas palavras têm peso. Ele deveria se preocupar com a dignidade do cargo que ocupa.

    Politicamente, esta gafe deve custar caro ao petista. Ele acusou Bolsonaro injustamente – e o bolsonarismo dirá que essa é apenas uma instância de uma prática generalizada de perseguição ao ex-presidente.

    Acho que o episódio também deveria custar um processo a Lula. Quem sabe assim ele aprende a se comportar com a dignidade que a Presidência exige dele.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/lula-caluniou-bolsonaro-e-isso-e-crime/)

    Matutando bem. . .
    Essa ação da dupla bangalafumenga lula & janja corrobora com a tese do capitão zero zero: PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL!!!
    E cadê as “otoridades”???

  16. Miguel José Teixeira

    Ã-rã!!!

    “Globo tem lucro bilionário após dois anos de prejuízo operacional e volta a sonhar”
    (Daniel Castro, Notícias da TV, 20/03/24)

    A Globo deve anunciar nos próximos dias que teve um lucro operacional de cerca de R$ 1,1 bilhão em 2023. É o seu melhor resultado desde 2018 e vem depois de dois anos consecutivos de prejuízos operacionais. Os dados foram obtidos com exclusividade pelo Notícias da TV.
    . . .
    (Fonte: https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/daniel-castro/globo-tem-lucro-bilionario-apos-dois-anos-de-prejuizo-operacional-e-volta-a-sonhar-116973)

    Coincidentemente, coincidente!

  17. Miguel José Teixeira

    Até isso, MeuBomJe!

    . . .”Ausência alegada foi usada pelo governo para gasto de R$ 196,7 mil em móveis de luxo; Michelle reage e fala em ‘cortina de fumaça’.”. . .

    “Governo encontra móveis do Alvorada após Lula culpar Bolsonaro e recomprar peças de luxo”
    (Renato Machado e Marianna Holanda, FSP, 20/03/24)

    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/03/moveis-do-alvorada-que-lula-sugeriu-terem-sido-levados-por-bolsonaro-sao-encontrados.shtml)

    Lula & janja: Que dupla bangalafumenga, hein?
    Foram feitos um para o outro: escrúpulos zero!
    E cadê as “otoridades”???

  18. Miguel José Teixeira

    Calma, senhores! Já, já, entrará (se já não entrou) em campo o PeTrolão 3.0 e reverterá a situação!

    . . .”Queda de popularidade do presidente Lula se deve principalmente à inflação, fruto de política fiscal frouxa, mas ainda há tempo de mudar, diz professor da FGV.”. . .

    “Lula é ‘um gerente muito ruim’ de sua coalizão de poder, diz cientista político Carlos Pereira”
    (Thais Carrança, BBC News Brasil em São Paulo, 20/03/24)

    O segundo ano de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa marcado por reveses para o presidente. Apesar do desempenho acima do esperado da economia, o petista vê sua popularidade cair nas pesquisas de opinião e sofre derrotas no Congresso, como a eleição de nomes da oposição para a presidência de comissões estratégicas na Câmara dos Deputados.

    Seria um sinal de fracasso do presidencialismo de coalizão, modelo político em que a governabilidade é garantida através da distribuição de cargos e verbas aos diferentes partidos?

    Carlos Pereira, professor de Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acredita que não.

    “O presidencialismo de coalizão está mais firme do que nunca. O problema é que o presidente Lula é um mau gerente de coalizão. Ele montou uma coalizão grande demais – tem 16 partidos, é uma coalizão gigante, muito difícil de coordenar”, diz Pereira, em entrevista à BBC News Brasil.

    Para o analista, a queda de popularidade de Lula se deve principalmente à inflação resiliente, que é impactada pela política fiscal frouxa adotada pelo governo. A boa notícia é que ainda dá tempo de mudar, diz Pereira.

    “Ainda é cedo. Início do segundo ano de mandato, o governo ainda tem tempo para recuperar. Mas ele não dá sinais críveis de que irá implementar uma política responsável do ponto de vista fiscal e orçamentário. Pelo contrário, o governo tem sinalizado que a saída para aumentar sua popularidade é aumentar gasto”, critica.

    Em meio ao avanço das investigações sobre suposta tentativa de golpe conduzida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o cientista político tem sido uma das poucas vozes a defender reiteradamente que não houve chance real de ruptura ou mesmo fragilização da democracia no governo Bolsonaro.

    “Minha interpretação é de que os generais se recusaram [a embarcar no golpe] porque os custos políticos, institucionais e reputacionais, para qualquer um que pudesse enveredar em uma tentativa de ataque à democracia, são impagáveis”, afirma.

    Carlos Pereira, professor de Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acredita que não.

    “O presidencialismo de coalizão está mais firme do que nunca. O problema é que o presidente Lula é um mau gerente de coalizão. Ele montou uma coalizão grande demais – tem 16 partidos, é uma coalizão gigante, muito difícil de coordenar”, diz Pereira, em entrevista à BBC News Brasil.

    Para o analista, a queda de popularidade de Lula se deve principalmente à inflação resiliente, que é impactada pela política fiscal frouxa adotada pelo governo. A boa notícia é que ainda dá tempo de mudar, diz Pereira.

    “Ainda é cedo. Início do segundo ano de mandato, o governo ainda tem tempo para recuperar. Mas ele não dá sinais críveis de que irá implementar uma política responsável do ponto de vista fiscal e orçamentário. Pelo contrário, o governo tem sinalizado que a saída para aumentar sua popularidade é aumentar gasto”, critica.

    Em meio ao avanço das investigações sobre suposta tentativa de golpe conduzida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o cientista político tem sido uma das poucas vozes a defender reiteradamente que não houve chance real de ruptura ou mesmo fragilização da democracia no governo Bolsonaro.

    “Minha interpretação é de que os generais se recusaram [a embarcar no golpe] porque os custos políticos, institucionais e reputacionais, para qualquer um que pudesse enveredar em uma tentativa de ataque à democracia, são impagáveis”, afirma.

    “No momento em que esses generais peitam Bolsonaro, eles não o fazem apenas motivados pelas suas preferências individuais ou pelo seu heroísmo individual, mas porque estão inseridos em um contexto institucional que os constrange.”

    Pereira discute este e outros temas no livro Por que a democracia brasileira não morreu?, escrito em coautoria com Marcus André Melo, e que deverá ser lançado pela Companhia das Letras em maio.

    Para o cientista político, o cenário que se coloca para as eleições municipais com Lula com a popularidade em queda e Bolsonaro pressionado pela Justiça é de oportunidade.

    “Bolsonaro, com os custos políticos de uma eventual condenação judicial, possivelmente vai perder capital político. E Lula vai perder esse antagonismo, que também o beneficia”, afirma.

    “Com um dos polos se tornando carta fora do baralho e o outro fragilizado, é uma oportunidade para os partidos e os candidatos tentarem outras agendas e não essa agenda nacional polarizada.”

    Confira os principais trechos da entrevista.

    BBC News Brasil – O senhor tem defendido que não houve chance real de ruptura no governo Bolsonaro, devido à resiliência das instituições brasileiras. À luz dos depoimentos dos comandantes das Forças Armadas que revelaram que o ex-presidente chegou a conduzir reuniões para discutir documentos com teor golpista, o senhor ainda avalia que a democracia do país não correu risco?

    Carlos Pereira – Sim. Acredito que os depoimentos confirmam exatamente o que eu venho defendendo.

    BBC News Brasil – Por quê?

    Pereira – Porque existem duas avaliações nisso. Quanto a esse general e esse tenente-brigadeiro [os ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior] que foram os que deram depoimentos e que, de certa forma, se opuseram à ideia golpista de Bolsonaro, uma interpretação é percebê-los como heróis.

    O próprio presidente Lula disse isso na reunião ministerial [realizada na segunda-feira, 18/3]. Ele faz uma análise individual, como se o Brasil tivesse escapado do risco porque esses generais se recusaram a embarcar no golpe.

    Já a minha interpretação é de que esses generais se recusaram porque os custos políticos, institucionais e reputacionais para qualquer um que pudesse enveredar em uma tentativa de ataque à democracia são impagáveis.

    A sociedade brasileira é uma sociedade muito sofisticada, que tem múltiplos interesses, mas que tem a democracia como um valor de agregação importante e revela essa agregação em vários momentos.

    BBC News Brasil – Quais momentos, por exemplo?

    Pereira – Por exemplo, quando o governo Bolsonaro se recusou a compartilhar os dados de contaminação e mortes na pandemia, ocorreu um movimento espontâneo de competidores no mercado de mídia – Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1, Extra e UOL – todos eles montarem um consórcio de imprensa em que eles se responsabilizaram por pesquisar dados sobre contaminação e morte das pessoas na pandemia.

    Isso mostra uma capacidade absurda, mesmo de competidores, de abrir mão da sua competição diante de um bem coletivo maior.

    Outro exemplo importante foi quando Bolsonaro chamou aquela fatídica reunião com os embaixadores contra a urna eletrônica e organizou uma parada militar em Brasília no dia da votação [na Câmara dos Deputados da proposta de emenda constitucional] do voto impresso.

    A sociedade deu uma resposta fortíssima, com mobilizações puxadas pelo departamento de Direito da USP, em que mais de 1 milhão de pessoas assinaram a carta em defesa da democracia, mostrando que uma diversidade enorme de pessoas que pensam diferente, que têm ideologias diferentes, que têm preferências políticas e partidárias diferentes, se agregaram em torno da democracia.

    BBC News Brasil – E quanto às instituições?

    Pereira – Você tem o multipartidarismo, que torna muito difícil para um populista, seja ele de esquerda ou de direita, fazer valer sua preferência de forma autoritária. Ele vai ter que convencer muita gente, porque são muitos partidos, com vários pontos de veto em potencial.

    Temos o federalismo, constituições estaduais, judiciários estaduais, governadores.

    Quer dizer, é um gama tão grande de atores que um populista tem que convencer em torno de um projeto autoritário, que esse projeto não tem chance de vingar.

    Então, no momento que esses generais se recusam e peitam Bolsonaro, eles não o fazem apenas motivados pelas suas preferências individuais ou pelo seu heroísmo individual, mas porque eles estão inseridos em um contexto institucional que os constrange e que restringe o leque de opções que esses caras teriam para atuar fora do campo democrático.

    Então o golpe fracassou porque esse conjunto complexo de instituições da sociedade impõe custos muito altos – custos impagáveis – para quem decide trilhar um caminho dessa natureza.

    BBC News Brasil – O senhor citou a questão do multipartidarismo e como é difícil para um populista fazer valer suas preferências nesse cenário. Isso leva à minha próxima pergunta: por que o presidencialismo de coalizão parece não ter sido capaz de moderar Bolsonaro, já que ele aparentemente cogitou a possibilidade de golpe até o fim do governo?

    Pereira – Eu acredito que moderou sim. Veja, Bolsonaro foi eleito negando a própria política. Ele fez uma associação direta entre o presidencialismo de coalizão e a corrupção do PT no passado.

    Com poucos meses de governo, em que ele não tinha maioria [no Congresso], não tinha coalizão, ele saiu de seu próprio partido [então o PSL] e governou por quase um ano e meio sem qualquer partido.

    Nesse momento, Bolsonaro era muito perigoso, porque ele estava negando as instituições e surfando de forma não institucional.

    Mas veio a pandemia e uma série de pedidos de impeachment começaram a chegar na mesa do presidente da Câmara – ainda um presidente da Câmara hostil a Bolsonaro, que era Rodrigo Maia [então do DEM-RJ] na época. E Bolsonaro saiu desesperado tentando construir uma coalizão.

    No momento em que Bolsonaro faz uma coalizão com o Centrão, ele se domestica, ele perde esse discurso antipolítica, e ele começa a fazer política.

    Entretanto, todo bom populista não pode abrir mão na sua totalidade do discurso que o faz viável eleitoralmente.

    Então ele foi nesse fio da navalha até o final de seu governo, namorando com o perigo, mas com as instituições o tempo inteiro dando limites para ele.

    Por exemplo, o governo Bolsonaro foi o governo que mais enfrentou derrotas sucessivas no Judiciário e derrotas sucessivas no Legislativo.

    Isso significa que as instituições estavam muito atentas e muito vigilantes, a despeito de ele ficar namorando com o perigo não institucional o tempo inteiro, enquanto também jogava o jogo institucional o tempo inteiro.

    Foi esse jogo duplo que Bolsonaro jogou a partir do momento em que procurou o Centrão em 2020.

    BBC News Brasil – Falando então de derrotas do governo, mas agora puxando para o governo atual. O governo petista tem enfrentado sucessivas derrotas no Congresso, sendo a mais recente a vitória da oposição para o comando de comissões estratégicas, como CCJ [Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania] e Educação. Na sua visão, ainda faz sentido falar em presidencialismo de coalizão na conjuntura atual ou isso parou de funcionar?

    Pereira – O presidencialismo de coalizão está mais firme do que nunca. O problema é que o presidente Lula é um mau gerente de coalizão. Ele montou uma coalizão grande demais – tem 16 partidos na sua coalizão, é uma coalizão gigante, muito difícil de coordenar.

    E ele chamou 16 partidos muito heterogêneos, completamente diferentes um do outro, com preferências ideológicas e políticas muito díspares.

    Há desde a extrema esquerda, como Psol, PCdoB, até partidos de direita, como União Brasil, PSD, como partidos de centro, como o MDB.

    Então o presidente Lula enfrenta altíssimos custos de coordenação. Além disso, o governo Lula também não compartilha poder e recursos com os parceiros, levando em consideração o peso proporcional de cada um deles no Congresso.

    Por exemplo, dos 37 ministérios do governo Lula atual, o PT tem 22 ministérios.

    Então se coloque na posição do União Brasil, que tem mais ou menos o mesmo número de cadeiras do PT no Congresso, e tem três ministério. Por que que ele vai ser disciplinado na coalizão, se não está sendo recompensado?

    Isso obviamente vai criar animosidades entre os parceiros, vai criar ressentimentos. E esses parceiros vão se posicionar estrategicamente a cada votação.

    Quando o presidente sinaliza que precisa muito aprovar alguma coisa, esse é o momento por excelência de um parceiro que está sendo sub recompensado de tentar equilibrar o jogo.

    Então o problema não é do presidencialismo de coalizão, o problema é do gerente. O problema é que o gerente é muito ruim.

    BBC News Brasil – Como o senhor avalia o cenário atual do governo Lula? Esse momento de perda de popularidade do presidente, que realizou até essa reunião ministerial na última segunda-feira.

    Pereira – Nos meus estudos, a popularidade impacta muito pouco sobre a taxa de sucesso do presidente no Congresso, bem como sobre o custo de governabilidade. A popularidade não é a variável mais importante. Entretanto, ela é fundamental para a relação do presidente com a sociedade.

    Então é um momento em que o governo sinaliza vulnerabilidade. Em que, de certa forma, a política econômica do governo está em xeque, porque, em última instância, a população está reagindo à inflação de alimentos. Acho que esse é o ponto-chave.

    Normalmente, a popularidade tem duas variáveis-chaves: a inflação e o desemprego. O eleitor brasileiro é avesso à inflação. E o governo Lula tem tido políticas frouxas do ponto de vista fiscal, e isso tem gerado déficits crescentes, que têm um impacto inflacionário.

    Então é uma escolha também do presidente namorar com o perigo.

    Ainda é muito cedo. Início do segundo ano [de mandato], o governo ainda tem tempo para recuperar. Mas ele não dá sinais críveis de que irá implementar uma política responsável do ponto de vista fiscal e orçamentário. Pelo contrário, o governo tem sinalizado que a saída para aumentar sua popularidade é aumentar gasto.

    Então essa é uma lição de casa que o PT e o governo Lula não aprenderam. Porque eles já viveram isso no passado e eles continuam se comportando do mesmo jeito, acreditando que o Estado tem um papel importante na economia. E essa postura mais frouxa em relação ao controle das contas públicas tem um preço.

    Cedo ou tarde, [a conta] vai chegar. A grande oportunidade do governo Lula é que tenha chegado cedo. Então dá tempo para o governo fazer ajustes no sentido de sinalizar mas crivelmente compromissos com o equilíbrio macroeconômico.

    BBC News Brasil – E como essa questão da popularidade em queda pesa sobre as relações entre Executivo e Legislativo?

    Pereira – Eu interpreto isso muito mais com uma restrição do que com um impeditivo. Então vai dificultar, vai criar mais um barulho, mas não vai impedir o presidente de desenvolver uma relação boa com o Legislativo, se ele fizer as escolhas certas de como se relacionar com seus parceiros.

    O problema é que, como o presidente Lula não sinaliza nenhuma reforma ministerial que pudesse acomodar melhor os seus parceiros, e cortar na própria carne, no próprio PT, esses problemas vão estar presentes sempre no governo.

    Vai ter momentos em que o governo vai conseguir aprovar mais, gastando mais, e vai ter momentos que vai aprovar menos.

    O custo de governabilidade vai ser diretamente proporcional à necessidade que o governo terá de aprovar essa ou aquela matéria.

    Quanto mais o governo sinalizar que precisa muito que o legislador vote com ele, mais o Legislativo vai se posicionar de forma estratégica, inflacionando o custo do voto dele.

    BBC News Brasil – E que cenário Lula com popularidade em queda e Bolsonaro pressionado pelas investigações sobre a tentativa de golpe colocam para as eleições municipais desse ano?

    Pereira – Estamos com um cenário muito polarizado. Tem algumas pessoas até defendendo a ideia de que essa polarização está calcificada.

    Mas um cenário em que Bolsonaro muito provavelmente vai enfrentar punições judiciais daqui a algum tempo, e com Lula perdendo conexões eleitorais, é uma oportunidade para os partidos que não estão diretamente vinculados a esses dois polos e para que o eleitorado busque alternativas.

    Então talvez seja uma oportunidade boa para diminuir essa polarização entre Lula e Bolsonaro.

    Porque Bolsonaro, com os custos políticos de uma eventual condenação judicial, possivelmente vai perder capital político. E Lula vai perder esse antagonismo, que também o beneficia, porque ele também nutre essa polarização.

    E quanto mais o jogo é polarizado, mais difícil é para uma alternativa aos polos se tornar competitiva.

    Com um dos polos se tornando carta fora do baralho e o outro fragilizado, é uma oportunidade para os partidos e os candidatos tentarem outras agendas e não essa agenda nacional polarizada.

    É uma oportunidade para os outros partidos se livrarem desse karma, se livrarem desses pesos. Porque, se por um lado Lula e Bolsonaro são um ativo, uma ferramenta, são ferramentas muito pesadas. A esquerda já teve chance de se livrar de Lula no passado e não conseguiu.

    Está se aproximando uma oportunidade para a direita se livrar de Bolsonaro e buscar outros candidatos melhores, mais comprometidos com a democracia, com as instituições, então pode ser uma chance, pode ser uma oportunidade.

    Ainda é muito cedo para dizer, mas talvez abra-se essa janela para que os partidos considerem outras estratégias, ao ancorar suas candidaturas a prefeito em 2024 em outros temas e outras alternativas.

    (Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/lula-e-um-gerente-muito-ruim-de-sua-coalizao-de-poder-diz-cientista-politico-carlos-pereira,39f5174cafdb315b79a61ecc3dee2d64gs4vrf9g.html)

  19. Miguel José Teixeira

    A dilmaracutaia para ludibriar o povo sobre as famosas “pedaladas” andava de bicicleta em pontos estratégicos da Capital Federal. O “outro”, agora, deu para correr.

    . . .”Avaliação negativa subiu 12 pontos percentuais desde novembro, aponta pesquisa Genial/Quaest. Decisão de não pagar dividendos a acionistas da Petrobras e ameaça de intervenção na Vale explicam os números.”. . .

    “Dispara desconfiança do mercado sobre Lula”
    (Redação O Antagonista, 20/03/24)

    A avaliação negativa dos agentes do mercado sobre o governo Lula (foto) subiu 12 pontos percentuais, de 52% para 64%, desde novembro, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 20.

    A avaliação positiva caiu de 9% para 6%, enquanto a avaliação regular foi de 39% para 30% A pesquisa, feita de 14 e 19 de março, contou com a participação de 101 gestores, economistas, traders, entre “outros”, de 84 fundos de investimentos sediados em São Paulo e Rio de Janeiro.

    A explicação para a piora na avaliação do petista está clara nas respostas a duas perguntas do próprio levantamento: 97% dos participantes da pesquisa consideraram errada a edição da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários a seus acionistas e 89% consideram que uma interferência do governo na Vale diminuiria investimentos estrangeiros no Brasil.

    Imagem do Brasil
    Os agentes do mercado temem cada vez mais também pela imagem do Brasil no exterior. “No campo internacional é que os agentes respondem com a maior mudança. Saiu de 28% para 45% o percentual dos entrevistados que consideram que houve uma piora na imagem do Brasil no exterior desde a posse de Lula”, comentou Felipe Nunes, CEO da Quaest.

    O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, admitiu há uma semana, em 14 de março, quando começava a coleta de dados da Quaest, a intervenção de Lula na empresa, mas preferiu chamá-la de “orientação”.

    Lula também assustou os agentes econômicos ao forçar o ex-ministro Guido Mantega para uma posição de comando Vale. Um conselheiro da empresa chegou a apresentar uma carta-renúncia contra a “nefasta influência política” na mineradora.

    Sem conseguir empurrar Mantega para a Vale, o presidente da República passou a mirar um posto no conselho administrativo da Brakem,

    E Haddad?
    Com Lula cada vez mais em baixa, seu suposto contraponto no governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve uma melhora na avaliação: a positiva foi de 43% para 50%, enquanto a negativa caiu de 24% para 12% (a regular foi de 33% para 38%).

    Para 51% dos consultados, Haddad está mais forte do que no começo do mandato. Segundo a pesquisa, a maioria do mercado (51%) também está enxergando mais preocupação do governo com a inflação. Em novembro, apenas 44% enxergavam essa preocupação.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/economia/dispara-desconfianca-do-mercado-sobre-lula/)

  20. Miguel José Teixeira

    . . .”Se, do ponto de vista político, Bolsonaro foi responsável pelo retorno de Lula ao poder, do ponto de vista jurídico os responsáveis foram os ministros do STF que o tiraram da prisão.”. . .

    “Lava Jato, Lula livre, Bolsonaro preso e o brasileiro na mesma”
    (Catarina Rochamonte, O Antagonista, 20/03/24)

    O Brasil passa por um momento delicado, uma espécie de catarse coletiva que enseja um esforço de compreensão. Nossa história precisa ser passada a limpo, mas aqueles que protagonizam a política atual estão muito distantes da atitude responsável de quem deveria conduzir a nossa jovem democracia a uma reabilitação.

    Uma pesquisa recente da Genial/Quaest, divulgada em 3 de março pelo jornal O Globo, mostrou dados interessantes sobre a percepção dos brasileiros acerca da operação Lava Jato.

    Apesar de todo o esforço empreendido na negação dos fatos e na tentativa de descredibilizar a referida operação como mera perseguição política, 50% dos brasileiros disseram acreditar que a Lava Jato fez bem ao Brasil.

    Especificamente em relação aos processos envolvendo Lula, 43% dos entrevistados acham que o petista “sempre foi inocente”, 43% acreditam que o presidente “é culpado e deveria estar preso” e 14% não souberam ou não quiseram responder.

    Outro dado importante da pesquisa é que 74% dos brasileiros acham que o Supremo Tribunal Federal (STF) incentiva a corrupção ao anular as punições da Operação Lava Jato a empresas.

    Dez anos da Lava Jato
    Na edição especial que marca os dez anos da Lava Jato, a revista Crusoé publicou uma entrevista com um dos integrantes da força-tarefa, o procurador aposentado Carlos Fernando Lima que, questionado sobre qual seria o legado da operação após dez anos, respondeu: “nós mostramos que boa parte da política brasileira é financiada com o dinheiro público; isso se dá de forma ilícita, por meio da corrupção, e de formas pretensamente lícitas, como as emendas secretas do orçamento.”

    Ainda nas palavras do procurador Carlos Fernando Lima, “ficou claro que todos os partidos se utilizavam desse esquema de corrupção, que vinha desde a Proclamação da República, e que tem a ver com a ideia de apropriação do público pelo privado.”

    A Lava Jato, portanto, foi a operação que abriu o corpo apodrecido do nosso sistema político e mostrou as suas vísceras ao povo brasileiro.

    Podridão do sistema
    Boa parte da sociedade, ao ser exposta à podridão do sistema político, não estabeleceu diferença entre a engrenagem nefasta da corrupção estatal e a democracia, desprezando assim o seu valor. O brasileiro comum, trabalhador, pagador de impostos, indignado, saturado, revoltado, passou a não ver muito sentido em defender um regime político no qual uma casta se locupleta impune com o dinheiro extraído do seu suor.

    Naquele momento, bastava aparecer alguém capaz de instrumentalizar esse sentimento de indignação coletiva e vender-se como antissistema para ser catapultado à presidência.

    Bolsonaro, simplificando o debate e inflamando os ânimos por meio de chavões grosseiros e uma verborragia agressiva, foi o complemento perfeito do outro lado do espectro ideológico que já manipulava perigosamente a noção nefasta de amigo-inimigo no interior da política.

    Lula, Bolsonaro, STF e a democracia abalada
    A eleição de Bolsonaro, portanto, foi o efeito de uma crise na nossa democracia e não a sua causa direta. O bolsonarismo resultou, principalmente, da enorme e despudorada corrupção dos governos petistas. O retorno de Lula, por sua vez, resultou do próprio Bolsonaro, que se mostrou tão nefasto ao país a ponto de Lula ser considerado, em 2022, pela maioria dos brasileiros, como um mal menor.

    Se, do ponto de vista político, Bolsonaro foi responsável pelo retorno de Lula ao poder, do ponto de vista jurídico os responsáveis foram os ministros do STF que o tiraram da prisão. Como disse o ex-procurador e ex-integrante da Lava Jato, em entrevista ao Estadão e à Crusoé, Lula deveria estar preso:

    “Porque a prisão de Lula foi uma decorrência das investigações da Lava Jato, que ofereceu as acusações à justiça. O presidente foi condenado em primeira e em segunda instâncias. Então, no nível dos fatos, elas já estavam transitadas em julgado. Em relação ao fato criminoso e à sua autoria, isso já estava consolidado e não poderia ser mudado nos tribunais superiores. […] então a lógica é que ele deveria estar preso.”

    A lógica do poder
    Lula, porém, está livre, o que mostra que, no Brasil, não funciona a lógica da justiça, mas a lógica do poder. Nossa democracia é disfuncional. Mesmo assim, deveríamos preservá-la porque o contrário dela seria um regime não apenas disfuncional, mas também opressor, autoritário e violento.

    Karl Popper tem uma definição de democracia que acho interessante: são democráticos os governos dos quais podemos nos livrar sem derramamento de sangue. A democracia, por disfuncional que seja, fornece o arcabouço institucional para a reforma das instituições políticas e torna possível a reforma dessas instituições sem o uso da violência.

    Já está evidente que Bolsonaro e seu entorno planejaram um golpe de Estado. É lastimável que a maioria da direita brasileira, inclusive a ala autointitulada de liberal, faça vista grossa a esse fato e continue solidária ao ex-presidente como se ele fosse um mero perseguido político. Comportam-se assim, por ingenuidade, ignorância, fanatismo, má-fé ou pragmatismo eleitoral oportunista como os esquerdistas que bradavam Lula livre quando o atual presidente esteve preso.

    Bolsonaro, porém, não foi e não é a maior ameaça à democracia brasileira. Essa ameaça vem de todos os lados e, de modo mais insidioso, do lado daqueles que retoricamente dizem defendê-la. Ao contrário do que o discurso oficial tenta nos fazer crer, a democracia está abalada sim. E não apenas pela tentativa de golpe dos bolsonaristas. Um país no qual 74% dos cidadãos acredita que a Suprema Corte favorece a corrupção não pode posar de “democracia inabalada.”

    Prender Bolsonaro é fácil. Difícil é combater as causas que fizeram o bolsonarismo crescer.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/lava-jato-lula-livre-bolsonaro-preso-e-o-brasileiro-na-mesma/)

    Perguntar não ofende. . .
    Será que o brasileiro está na mesma?

  21. Miguel José Teixeira

    Revisitando a frase atribuída o Chico Anysio!

    “Lula gosta tanto de pobre que está produzindo mais”
    (Deputado Evair de Melo (PP-ES), vice-líder da oposição, ao podcast Diário do Poder)

    “Se é a pobreza que vota na esquerda, qual o interesse da esquerda em acabar com a pobreza”

    Se foi o saudoso Chico Anysio ou não quem a pronunciou, não faz diferença! A verdade é que a frase, reflete a realidade!

  22. Miguel José Teixeira

    Agora é tarde! Boulos já foi taxado de “côco esquerdo do lula”!

    “Isso pega?
    Afastar-se de Lula ou não, eis a questão no Psol, após o Paraná Pesquisas apontar queda de Boulos, candidato de extrema-esquerda em São Paulo. Seus números eram melhores antes do apoio petista, mas perdeu três pontos percentuais com a queda de popularidade de Lula.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 20/03/24)

    E a martaxa?
    É apenas um PenTelho encravado!

  23. Miguel José Teixeira

    Barafunda no cabaré da corja vermelha!

    “Crise no governo: PT lista ministros com ‘déficit de desempenho’. Veja os nomes.”
    (Rodrigo Vilela, Diário do Poder, 20/03/24)

    Com o declínio na popularidade do governo Lula, todo mundo briga e todos têm razão, trocando acusações de falta de resultados ou por falhas grotescas de atuação. Entre os mais criticados no PT e no Planalto estão os titulares do Empreendedorismo e Microempresa, Márcio França (PSB) que petistas chamam impiedosamente de “microministro”, e Ricardo Lewandowski (Justiça), pela incapacidade de resolver a fuga vexatória do presídio federal de “segurança máxima” de Mossoró, de sua jurisdição.

    Nos bastidores, reunião virou troca de acusações e insinuações para ministros “se coçarem” (Foto: Ricardo Stuckert)

    Ministro inerte
    Padrinho de Márcio França, o vice e ministro Geraldo Alkmin (Indústria) é acusado de “inércia” por petistas paulistas ligados a Fernando Haddad.

    Ministro quem?
    A lista de ministros criticados é longa e inclui Waldez Goes (Integração) e André de Paula (Pesca), desconhecidos até dentro do governo.

    Pedalem, ministros
    Deputados do PT dizem que também que o Brasil ignora o que fazem Renan Filho (Transportes) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

    Cocar salvador
    O PT se divide quanto a Sonia Guajajara, recordista no uso de jatinhos: pouco faz, mas o cocar grudado na cabeça a torna “midiática” no exterior.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/crise-no-governo-pt-lista-ministros-com-deficit-de-desempenho-veja-os-nomes)

  24. Miguel José Teixeira

    O “catecismo” que lula olhava os desenhos era outro. . .

    “Fiquei com a impressão de que Lula, católico como eu, fugiu do catecismo.”

    “O Deus de Lula e Malafaia é o mesmo ou não?”
    (Madeleine Lacsko, O Antagonista, 19/03/24)

    Hoje, os luloafetivos estão vibrando nas redes sociais com a frase “o nosso Deus não é o mesmo Deus do Malafaia”. Lula teria dito isso na reunião ministerial, ao conversar com Jorge Messias, evangélico e advogado-geral da União.

    Segundo os relatos, o presidente disse que o Deus dele não é o mesmo do Malafaia mas é o mesmo do evangélico. Fiquei com a impressão de que Lula, católico como eu, fugiu do catecismo. Para os católicos, Deus é um só e o Malafaia não tem direito a ter o Deus dele. Vai ver foi só uma força de expressão.

    O Deus de Malafaia seguramente é o mesmo de Marina Silva, frequentadora da mesma igreja, a Assembleia de Deus. Diante da necessidade de se aproximar dos evangélicos, por que falar de Malafaia em vez de falar de Marina Silva? Difícil compreender.

    A reação que a fala de Lula tem gerado é aquele eterno movimento em que os inteligentinhos que odeiam pobre falam mal de crente. Utilizam a fala para dizer que evangélico vota em quem o pastor manda, que é preciso denunciar a mistura de religião com política, que o Brasil é um Estado Laico, que crente acredita até em mamadeira de piroca.

    Há um outro grupo que não ofende, apenas “tenta ajudar”. São os fãs progressistas de Lula que vão se meter a dar aula de Bíblia para crente, explicando por que Silas Malafaia está errado. Na cabeça dos inteligentinhos, está sedimentado que eles são luminares de inteligência e todo crente é imbecil. Apenas por isso saem por aí citando versículos como se soubessem do que falam. Quer dizer, também pode ser falta de vergonha na cara, vai saber.

    O fato é que a fala de Lula gera entre seus apoiadores um ambiente hostil para o público evangélico, que ele pretende conquistar. Se tudo em torno de Lula é desagradável, por que esse público vai querer se aproximar.

    Lula teve os evangélicos a seu lado durante os dois primeiros mandatos e começou a ganhar de volta a confiança deles em agosto do ano passado. Agora diz que quer fazer esse movimento, mas faz o oposto ao falar de Malafaia.

    Das duas uma. Ele pode realmente querer isso e estar completamente fora da realidade, agindo de forma a provocar a reação oposta à pretendida. Mas também pode ser que ele esteja mais atento à realidade do que todos nós e tenha concluído que só a polarização o mantém no poder. Nesse caso, é dividir para governar.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/opiniao/o-deus-de-lula-e-malafaia-e-o-mesmo-ou-nao/)

  25. Miguel José Teixeira

    Ninguém mais acredita nos engodos da corja vermelha: até a viúva percebeu a nova cortina de fumaça!

    “Viúva de Marielle reclama de “espetáculo” de Lewandowski”
    (Redação O Antagonista, 19/03/24)

    A viúva de Marielle Franco, Monica Benicio, criticou o anúncio desta terça, 19 de março, do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre a homologação de um acordo de delação de Ronnie Lessa, suspeito de ter efetuado os disparos que mataram a ex-vereadora.

    Ela chamou o anúncio de Lewandowski de um “espetáculo”.

    “Esse pronunciamento do Ministro em nada colabora com a esperança, apenas aumenta as especulações e uma disputa de protagonismo político que não honram as duas pessoas assassinadas”, publicou Benicio no X, antigo Twitter.

    “Transformar os fatos deste caso num espetáculo já virou prática corriqueira de diversos veículos de imprensa, contra a qual tenho lutado duramente”, acrescentou.

    Ela ainda criticou o vazio de conteúdo na apresentação de Lewandowski.

    “O que me causou surpresa, realmente, foi ver um Ministro de Estado agir do mesmo modo, em especial, com o fechamento vazio de seu pronunciamento, ao dizer ‘brevemente pensamos que teremos resultados concretos’”, afirmou.

    “Queremos respostas concretas. Espero que a próxima coletiva convocada seja para fazer um pronunciamento de ordem concreta e realmente comprometida com a justiça”, acrescentou.

    Acordo homologado
    O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou nesta terça-feira, 19, que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa. Ele está preso no âmbito das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.

    Lessa está preso há quase cinco anos e fechou acordo de delação com a Polícia Federal (PF) com o aval do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público estadual (MP-RJ). Segundo Lewandowski, após a homologação da delação, a conclusão do caso será “breve”.

    “Nós sabemos que esta colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que em breve teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”, afirmou o ministro da Justiça.

    A expectativa é de que Ronnie Lessa tenha entregado em delação premiada o nome dos supostos mandantes dos crimes. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o caso estava tramitando antes, encaminhou o procedimento ao STF após as novas revelações por entender que a Corte seria o foro adequado para apreciar o caso.

    Em questões criminais, cabe ao STF o julgamento de autoridades com foro privilegiado na Corte: presidentes da República, vice-presidentes, ministros, senadores, deputados federais e embaixadores, além de integrantes dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU).

    Conforme a delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, Lessa é apontado como o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista. Lessa foi expulso da corporação e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/viuva-de-marielle-reclama-de-espetaculo-de-lewandowski/)

  26. Miguel José Teixeira

    Não é o Darth, mas é tão malvado quanto ao Vader, só que com dáblio!

    . . .”Advogado que ajudou a suspender acordos de leniência diz que objetivo é “salvar alguns resultados positivos da Lava Jato”. . .

    “Os amigos da corrupção querem convencer você de que combatem a corrupção”
    (Carlos Graieb, O Antagonista, 19/03/24)

    Walfrido Warde foi o advogado escolhido pelos partidos de esquerda – PSOL, PCdoB e Solidariedade, guarde os nomes – que se compadeceram das empresas flagradas pela Lava Jato e entraram com uma ação no STF para que elas paguem menos multas, menos ressarcimentos.

    Há uma entrevista dele à Folha de S. Paulo nesta terça-feira (19), argumentando que o único interesse dessa claque de amigos da corrupção, veja só, é combater a corrupção.

    Warde afirma que a ação que ele patrocina tem um único objetivo: “criar um ambiente regulatório sólido para combater a corrupção no Brasil”. Mais ainda, ele diz e os partidos de esquerda – que rodeiam o PT assim como as naves do Império orbitam a Estrela da Morte, em Guerra nas Estrelas – têm o propósito de “salvar alguns resultados positivos da Lava Jato”. Nada a ver com beneficiar corruptos.

    Pois é: nós que observamos há anos as reviravoltas de jurisprudência do STF, a anulação de provas hígidas para enterrar processos, os ataques políticos e o revisionismo histórico realizados sem descanso – nós estávamos completamente enganados. Ainda bem que existe um Walfrido Warde para nos tirar do erro, com esse cinismo que é um santo remédio. Ainda bem que existem os advogados milionários de esquerda do Prerrogativas.

    CGU e AGU vão entrar nessa?
    O que diz Walfrido Warde? Não exatamente que as empresas foram coagidas a confessar seus crimes, porque aí já seria demais, se lembrarmos das risadas de Emilio Odebrecht diante dos procuradores da Lava Jato, relatando como os políticos tentavam engambelar sua empresa para arrancar mais propina do que o combinado.

    A alegação é que as empresas foram coagidas a pagar valores exorbitantes e que isso pôs sua sobrevivência em risco.

    O curioso é que a lei prevê um mecanismo para que as empresas rediscutam as obrigações que assumiram, se isso for necessário para que se mantenham no mercado. E alguma das empresas havia acionado esse mecanismo antes da ação ajuizada pelos amigos da corrupção?

    Não! Nenhuma delas! Certamente porque previam as dificuldades que experimentam agora, em meio à renegociação autorizada pelo ministro André Mendonça: nem a CGU nem a AGU estão dispostas a reduzir drasticamente os valores.

    Talvez até existisse alguma boa vontade em relação à causa das empresas por parte de figuras como Jorge Messias, o AGU indicado por Lula. Mas ele e sua equipe sabem que a medida, além de afetar a imagem da instituição, deixaria o Tesouro a ver navios – lembremos, estamos falando de bilhões de reais.

    Mais importante ainda, CGU e AGU sabem que os dois órgãos fecharam, ao menos com a Odebrecht, um acordo idêntico ao que havia sido feito pelo Ministério Público Federal. Idêntico. Não estão dispostos a macular a si próprios com essa lorota de coação.

    O MPF na mira
    Pois é, as empresas não se mexeram, mas de repente aparece Walfrido Warde, vestido numa armadura brilhante como a de São Jorge, com uma tese que não diz respeito somente à capacidade financeira das empresas de pagar o seu castigo, mas que é político-jurídica: a Lava Jato criou um “estado de coisas inconstitucional”.

    Estado de coisas inconstitucional é um negócio cabeludo, significa que todos os poderes da República falharam simultaneamente em proteger os direitos humanos de uma massa de pessoas, criando uma situação sistêmica calamitosa.

    E por que, segundo Warde, isso teria acontecido no Brasil? Porque foi o Ministério Público Federal quem fechou a maioria dos acordos de leniência da Lava Jato.

    Em outras palavras, ao fechar acordos que foram revisados e ratificados em várias instâncias, o MPF teria desrespeitado os “direitos humanos” de pessoas jurídicas, criando o tal estado de coisas inconstitucional. Hahahahaha. É engraçado demais.

    Mas aqui chegamos num ponto importante dessa história. O seu segundo objetivo principal – além de aliviar as contas dos corruptos – parece ser o de afastar o Ministério Público dos acordos de leniência para sempre. Essa pode ser a grande mudança estrutural no combate à corrupção decorrente do episódio todo. O extraordinário avanço anunciado por Walfrido Warde.

    Teoria da conspiração
    Sim, existe uma discussão relevante aí. A lei menciona a CGU como órgão responsável por fazer acordos de leniência em casos semelhantes aos da Lava Jato. Mas uma interpretação do sistema legal e processual brasileiro, com base em princípios constitucionais e na maneira como investigações e processos contra a corrupção funcionam na prática, torna perfeitamente sustentável a participação do MP nesses casos. Isso vem acontecendo há anos, aos olhos de todos, inclusive do STF, que ratificou todos os acordos assinados até hoje.

    E é mentira que os acordos feitos pelo MP são carentes de qualquer metodologia – que não representam “um combate à corrupção racional”, nas palavras de Warde.

    Toda novidade – e as leniências são uma novidade no Brasil – demanda algum tempo para ser devidamente operacionalizada. Ora, 5ª Câmara do MPF, órgão colegiado encarregado de revisar as leniências dentro da instituição, não ficou inerte. Estabeleceu diversas diretrizes que hoje precisam ser seguidas por todos os procuradores. O que o MPF não fez, foi aderir a um acordo firmado em 2020 pela AGU e pela CGU, sob auspícios do STF.

    Diante dessa situação, o STF pode decidir várias coisas. Por exemplo, que tudo continua como está. Ou que o MPF precisa aderir às regras criadas pelos outros órgãos. Pode decidir, inclusive, que é inconstitucional o MPF atuar em leniências. O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, já deixou claro no plenário e nas entrevistas que não se cansa de dar, que está salivando para tomar fazer isso.

    O que o STF não pode é tratar tudo que aconteceu até hoje como uma grande conspiração criminosa do Ministério Público, na qual os próprios ministros, coitados, caíram como patinhos. Esse tipo de teoria da conspiração não vai “criar um ambiente regulatório sólido” nem fornecer as bases para um “combate à corrupção racional”.

    A corte também terá de provar que banir o órgão das leniências é a melhor solução para o combate à corrupção no futuro. Ou será que ela, que legisla o tempo todo, agora vai se apegar estritamente à letra da lei? Há uma primeira vez para tudo…

    Cartel
    Encerro com uma última observação sobre a entrevista de Walfrido Warde. Ele diz que os partidos de esquerda amigos da corrupção o contrataram porque “sabem que se as empresas perecerem, não haverá empregos”. E mais bonito ainda: “Como esses patriotas trabalham com setores mais carentes, talvez sejam mais sensíveis do que os de direita.”

    Warde, como ele faz questão de lembrar, é advogado empresarial. Ele sabe muito bem, portanto, que as empreiteiras flagradas na Lava Jato, além de corromperem políticos e agentes públicos, formaram um esquema de cartel.

    Esse cartel viciou por anos o mercado de infraestrutura brasileiro. Certamente abortou ou assassinou outras empresas no berço. Depois que ele foi desfeito, o ranking da engenharia no Brasil mudou, com a ascensão de novas companhias.

    O setor vive. Aliás, nem todas as empresas da Lava Jato morreram nesse novo cenário. Algumas, como Odebrecht-Novonor e Andrade Gutierrez, continuam grandes e inclusive estão voltando a disputar contratos públicos.

    Se outras estão com o pé na cova, certamente não é por causa das multas que se comprometeram a pagar, mas porque cresceram naquele ambiente viciado e não sabem competir ao ar livre.

    Não somos nós, contribuintes, que precisamos tirá-las do coma, ao contrário do que dizem Warde e seus “patriotas”.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/os-amigos-da-corrupcao-querem-convencer-voce-de-que-combatem-a-corrupcao/)

  27. Miguel José Teixeira

    Cadê janja, a PaTrona das mulheres brasileiras?

    “Com Haddad e Alckmin, evento brasileiro sobre energia só tem homens entre os 17 palestrantes”
    Em contraponto, elas formam maioria em maior conferência sobre transição energética, na Alemanha

    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/03/evento-brasileiro-de-energia-so-com-homens-revolta-mulheres-do-setor.shtml)

    Ah bom!
    Janja é apenas a rainha das sociólogas brasileiras!
    Mas. . .que é um fio desencapado é!

  28. Miguel José Teixeira

    Não importa a cor partidária, eles chegam ao poder e se julgam donos dele!

    “TRE manda Rosangela Moro devolver R$ 28 mil após ter voos entre SP e Curitiba contestados”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2024/03/voos-entre-sp-e-curitiba-viram-problema-em-contas-de-campanha-de-rosangela-moro.shtml)

    Perguntar não ofende:
    Quando lula, com farta comprovação de ilícitos, porém sem “presunção de inocência”, puxou 580 dias de cadeia em Curitiba, o casal lima, visitou-o várias vezes, provavelmente com passagens e diárias paga pela Câmara dos Deputados. Aconteceu algo com a repugnante dupla?

  29. Miguel José Teixeira

    Huuummm. . .e quando vão fuçar as contas do lula na Suíça? Persona non grata ele já o é!

    “Justiça da Suíça devolve ao Brasil R$ 82 milhões de contas ligadas a Paulo Maluf”
    (+em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/03/19/stf-da-suica-devolve-ao-brasil-r-82-milhoes-de-contas-ligadas-a-maluf.htm)

    “Nos bancos suíços, Maluf passou de ‘nobreza’ ao status de persona non grata”
    (+em: https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/03/19/nos-bancos-suicos-maluf-passou-de-nobreza-ao-status-de-persona-non-grata.htm)

    Ô, ô, ô Matutildo! Lula é persona non grata em Israel e não na Suíça!
    É que sempre ouvi falar que os donos da grana são os judeus. . .

  30. Miguel José Teixeira

    Mais uma cortina de fumaça vermelha?

    Desvendam os assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro e seus motorista, enquanto levam “olé” dos 2 fugitivos de Mossoró.
    Como comenta-se em Brasília, lewandowski é especialista em soltar presidiários, não em prendê-los!
    Bom! Tudo para recuperar o prestígio do ex presidi/atual preside.

  31. Miguel José Teixeira

    . . .a caravana do retrocesso comandada por lula, duas lambisgóias das araucárias & corja vermelha, segue célere para o abismo. . .

    “Crusoé: O plano petista para doutrinar os estudantes brasileiros”
    (Redação O Antagonista, 19/03/24)

    O documento do Ministério da Educação que foi usado como referência para o Plano Nacional de Educação, PNE, é um texto eivado de afirmações partidárias e posições doutrinárias da esquerda. A função do plano é orientar as políticas públicas na educação nos próximos dez anos, entre 2024 e 2034,

    Logo na sua introdução, o documento critica o PNE anterior, aprovado no governo de Michel Temer. Diz o texto: “Os retrocessos na agenda nacional, iniciados no governo Temer e aprofundados na gestão Bolsonaro, acentuaram políticas, programas e ações neoliberais, ultraconservadoras, como expressões hegemônicas do ideário de extrema-direita“.

    Em suas 179 páginas, o documento afirma que o plano anterior foi “em favor de políticas restritivas de direitos, conservadoras e amplamente privatizantes, acentuando, dessa forma, as desigualdades sociais existentes“.

    Outro trecho diz que “a defesa do direito à educação está atrelada à defesa dos direitos humanos de diferentes grupos, coletivos e movimentos, entre eles feministas, indígenas, negros, quilombolas, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, TGD, altas habilidades/ superdotação, ambientalistas, para a construção de cultura e ambiente educativos negros e antirracistas, com igualdade de gênero, anticapacitistas, de convivência inter-religiosa, e superação de toda forma de fundamentalismo, sexismo, misoginia, LGBTQIAPN+fobia, segregação, discriminação, entre outros“.

    O Brasil, segundo seus autores, estava em um processo de “construção coletiva” e “debate social“, que foi interrompido com o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

    A partir daí, o documento diz que o Brasil passou a ser governado por governos de “extrema-direita”. Com a volta de Lula em seu terceiro mandato, grupos sociais voltaram a definir a agenda. O leque de ideias é amplo: “Historicamente, os movimentos feminista, indígena, negro, quilombola, LGBTQIAPN+, ambientalista, da juventude, dos povos do campo e das florestas, das águas e ribeirinhos, dos povos e comunidades tradicionais, do público-alvo da educação especial, de jovens, adultos(as) e idosos(as), dos direitos humanos, dos defensores da luta antimanicomial, contra a violação dos direitos humanos no sistema prisional, contra a intolerância religiosa e pelo respeito à biodiversidade têm avançado na politização dessas e tantas questões sociais e históricas, pressionando para que sejam constituídas em políticas de Estado e passem a figurar no ordenamento jurídico, legislativo e nas políticas públicas uma agenda de enfrentamento das desigualdades que a nossa sociedade“.

    Leia mais em: https://crusoe.com.br/diario/o-plano-petista-para-doutrinar-os-estudantes-brasileiros/
    Assine Crusoé e apoie o jornalismo independente.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/crusoe-o-plano-petista-para-doutrinar-os-estudantes-brasileiros/)

    Portanto. . .vai que é tua Nikolas Ferreira, presidente da Comissão de Educação!

  32. Miguel José Teixeira

    De narraPTiva em narraPTiva sobre o conceito de “democracia”, a caravana do retrocesso comandada por lula, duas lambisgóias das araucárias & corja vermelha, segue célere para o abismo. . .

    . . .”O secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira, renovou compromisso com o Rússia Unida por “um mundo mais justo, multilateral e plural”.”. . .

    “PT aplaude farsa eleitoral de Putin: “Feito histórico””
    (Redação O Antagonista, 19/03/24)

    Em “nota de saudação”, o secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira, chamou o processo de “feito histórico” e renovou seu compromisso com o partido Rússia Unida, presidido por Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e aliado de Putin, por “um mundo mais justo, multilateral e plural”, embora as autoridades eleitorais russas, próximas ao Kremlin, tenham barrado as candidaturas dos opositores mais proeminentes do autocrata.

    Eis a nota:
    “Acompanhamos com grande interesse o desenrolar do recente processo eleitoral presidencial na Rússia, que resultou na reeleição do Presidente Vladimir Putin. Com uma participação impressionante de mais de 87 milhões de eleitores, representando 77% do eleitorado do país, esse feito histórico ressalta a importância do voto voluntário na Rússia.

    Parabenizamos o Partido Rússia Unida pelo resultado expressivo que garantiu a vitória do Presidente Putin com mais de 87% dos votos. Renovamos nosso compromisso em fortalecer nossos laços de parceria e amizade, trabalhando juntos rumo a um mundo mais justo, multilateral e plural.

    Enviamos nossas calorosas saudações à Rússia e seu povo neste momento importante e especial para o país.”

    O PT endossou a fraude de Putin de perto
    A convite do partido Rússia Unida, Romênio Pereira representou o PT em missão a Moscou para referendar a fraude eleitoral de Putin.

    No primeiro semestre de 2023, o dirigente petista havia ido à Rússia participar de um encontro sobre o “neocolonialismo” ocidental, organizado pelo partido de Putin.

    Como mostrou Crusoé, Romênio é conhecido por endossar eleições fajutas de outras ditaduras.

    Em dezembro de 2020, ele e Gleisi Hoffmann afirmaram que a reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela, sem oposição, foi uma “resposta democrática a esta política de bloqueio (americano), que visa a atingir o governo constitucional do país”.

    Em novembro de 2021, o mesmo Romênio Pereira divulgou a nota “Saudação às eleições nicaraguenses“, que segundo ele confirmaram “o apoio da população a um projeto político que tem como principal objetivo a construção de um país mais justo e igualitário”. Sete pré-candidatos da oposição foram presos e dois fugiram para o exílio.

    A fraude
    Vladimir Putin foi reeleito com quase 90% dos votos, em uma eleição que, segundo críticos e observadores independentes, foi marcada por irregularidades e acusações de fraude.

    O grupo de monitoramento independente Golos apontou este pleito como o mais fraudulento e corrupto da história russa.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/mundo/pt-aplaude-farsa-eleitoral-de-putin-feito-historico/)

    . . .e levando junto a incauta PeTezuela, nação sul americana, antigamente chamada de República Federativa do Brasil!

  33. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Coluna CH, Diário do Poder, 19/03/24)

    …“popularidade negativa” é rejeição.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    E ignorá-la não é a solução!

  34. Miguel José Teixeira

    Leu o comentário do Herculano na charge acima, interPreTou e deu nova roupagem?

    “Cômoda muleta”
    José Medeiros (PL-MT) constatou “uso de muleta” pelo governo federal para driblar a falta de realizações, “o governo Lula até agora sobreviveu de Bolsonaro”, diz o deputado sobre recorrente citação ao ex-presidente.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 19/03/24)

  35. Miguel José Teixeira

    Até parece que é a janja que está comandando a operação!

    “Muito por nada”
    No gasto sem limites para capturar os dois fugitivos de Mossoró, um helicóptero em operação custa R$10 mil por hora, em média. Se voou duas horas por dia em um mês, foram R$600 mil. É muito por nada.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 19/03/24)

  36. Miguel José Teixeira

    Óbvio uLULAnte: o ex presidi/atual preside lula é explicitamente à favor das “saidinhas”!

    “Flagrante impunidade”
    Dos 417 bandidos presos em São Paulo por cometerem novos crimes durante a saidinha, 31 foram pegos em flagrante. “Ainda tem gente que defenda essa bizarrice”, protestou o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
    (Coluna CH, Diário do Poder, 19/03/24)

  37. Miguel José Teixeira

    Não é à toa que a ministrinha da Saúde chorou na reunião dos ParasiTas da Nação!

    “Omissão contra dengue derrubou aprovação de Lula”
    (Cláudio Humberto, Diário do Poder, 19/03/24)

    Pesquisas para consumo interno mostram que o declínio da popularidade de Lula (PT) nada tem a ver com as alegações que fez nesta segunda (18), quando mais uma vez culpou Jair Bolsonaro e até a imprensa, que injustiça, sempre tão generosa com ele. Os levantamentos confirmam que um dos problemas causadores da desaprovação é a inércia do Ministério da Saúde no combate à dengue. “Ficaram olhando a dengue explodir”, diz uma dedicada profissional da comunicação oficial.

    Negligência
    A ministra Nisia Trindade (Saúde) e sua turma da Fiocruz negligenciaram a comunicação sobre dengue no segundo semestre de 2023.

    Quem lacra não cura
    Enquanto lacrava contra o racismo e se jactava da distribuição de absorventes, o Ministério da Saúde fez de conta que dengue não existia.

    Produto é ruim
    Lula nada fez, nem casa de boneca, e culpa a “comunicação”. Editorial do Estadão foi ao ponto: não há marketing capaz de vender produto ruim.

    Lula só taxa e caça
    Além de taxar, taxar e taxar, Lula se dedicou à caçada de bolsonaristas, por meio da Polícia Federal e de aliados no Supremo Tribunal Federal.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/omissao-contra-dengue-derrubou-aprovacao-de-lula)

    Só pra PenTelhar. . .
    Algum “padreco CUmunista” destes que orbitam em torno de lula, janja & catrefa deve lembrá-los que:
    “Só se Colhe o Que se Planta”
    (Zé Mulato & Cassiano)
    https://www.youtube.com/watch?v=upZ_cwp6nsQ

  38. Miguel José Teixeira

    Matutando sobre a charge. . .

    Parece-nos que o usual coaxar do maldito sapo barbudo não está mais encantando os incautos.
    E qual a tábua de salvação? Chutar cachorro morto!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não é permitido essa ação.