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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCCXVII

No Brasil do jornalismo moderno, fora da redes sociais, saliente-se, mas duvidoso e dependente de verbas públicas (nossos impostos) do governo de plantão, a alta do dólar foi em decorrência de um meme de um maluco qualquer. Ou seja, só no Brasil do PT e da esquerda do atraso, o Real se desvaloriza contra qualquer enunciado ou fundamento econômico, e não, como se retrata e se prova, pelas barbeiragens reiteradas do presidente de plantão, o qual emula esssas loucuras, bem como por uma maioria de parlamentares de um Congresso Nacional irresponsável, caro, manhoso, chantagreador e consumidor voraz dos nossos pesados impostos que não quer prestar contas de onde coloca bilhões do que toma do Orçamento sob o títulos de emendas parlamentares. E olha: este Congresso existe exatamente para nos representar e defender. E é exatamente ele que está nos colocando no abismo sem volta. (by Herculano)

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37 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCCXVII”

  1. Miguel José Teixeira

    Seguramente, na minha e na sua conta esses valores não estão depositados!

    “. . .De 2023 até outubro desse ano, o déficit acumulado chegou a R$ 5,1 bilhões. Valor é o maior da série histórica iniciada em 2009.”. . .

    “Sob Lula, estatais registram déficit histórico”
    (Deborah Sena, O Antagonista, 27/12/24)

    O Banco Central indica que as empresas públicas federais atravessam um cenário de instabilidade financeira sob os últimos anos de governo Lula. De 2023 até outubro desse ano, o déficit acumulado chegou a R$ 5,1 bilhões. Do total, R$ 4,45 bilhões foi registrado apenas em 2024. Esses valores representam os maiores já observados no período, considerando a série histórica iniciada em 2009 e o ajuste da inflação.

    Esse resultado supera até mesmo os déficits observados nos anos mais críticos da gestão Dilma Rousseff, quando as contas públicas e das estatais já demonstravam sinais de deterioração. Entre 2013 e outubro de 2014, o rombo nas estatais federais foi de R$ 1,8 bilhão, o que, ajustado pela inflação, equivale a R$ 3,1 bilhões.

    Comparação com governo Dilma
    Durante o governo Dilma, a Petrobras enfrentou várias intervenções nos preços e investimentos elevados, além de estar no centro das investigações da Operação Lava Jato, que revelou um grande prejuízo causado por corrupção.

    Petrobras e Eletrobras fora do cálculo
    A comparação foi feita com os dados a partir de 2009, quando o Banco Central passou a excluir a Petrobras e a Eletrobras da conta. Além disso, os bancos públicos não são incluídos na análise, pois, por sua natureza, não podem ser comparados diretamente com empresas que não são financeiras.

    Defesa do governo
    O Ministério da Gestão e da Inovação, no entanto, contesta as críticas, argumentando que os números do resultado primário isoladamente não refletem a saúde financeira das empresas.

    Em nota, o órgão destacou que, em 2023, as 44 estatais federais e suas subsidiárias registraram lucro líquido de R$ 197,9 bilhões, além de contribuir com R$ 49,4 bilhões em dividendos e juros sobre o Capital Próprio para o Tesouro Nacional e R$ 78,7 bilhões para acionistas privados. Parte significativa do déficit, segundo o ministério, está vinculada a investimentos realizados pelas empresas.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/sob-lula-estatais-registram-deficit-historico/)

    Só pra PenTelhar. . .
    Governar é saquear os cofres públicos e ninguém contestar!

  2. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Coluna CH, DP, 27/12/24)

    …acabou que gabinete paralelo era o da primeira dama.

    Matutando bem…
    Paralelo mesmo é o gabinete do lula!

  3. Miguel José Teixeira

    EsbanJANJAndo adoidado, porém, estratégicamente estratégico!

    “BNDES faz política e torra fortunas em propaganda”

    O BNDES é banco de fomento, mas paga preço alto por ser dirigido por Aloizio Mercadante, em razão do jeitinho de Ricardo Lewandowski, na época ministro do Supremo, jogando no lixo a mais preciosa regra da Lei das Estatais: a proibição de políticos em cargos de direção nas empresas. Legado do governo Michel Temer, a lei poupou as estatais de figuras como o ex-senador Mercadante, tornando-as lucrativas. Assim, voltaram aos prejuízos colossais pelo custo político dos seus gestores.

    Para quê?
    Para “azeitar” relações com a mídia engajada, o BNDES de Mercadante torrou R$52,1 milhões em propaganda de janeiro a novembro deste ano.

    Para que mesmo?
    Houve mês em 2024 que o banco presidido pelo político que em 2022 coordenou a campanha de Lula torrou R$11 milhões em propaganda.

    Os escolhidos
    Os maiores parceiros do BNDES são o grupo Globo, mas também TVs e jornais e o Facebook, o maior parceiro entre as redes, e Google.

    (Coluna CH, DP, 27/12/24)

    Sacaram?
    Está lá a ParasiTaria gloBBBal!

  4. Miguel José Teixeira

    A inveja mata!

    “Doença infantil”
    O ódio da esquerda por Elon Musk, incluindo Lula (PT), faz lembrar frase que, se não disse, Margaret Thatcher adoraria ter dito: “esquerdista é um fracassado que acha que pessoas de sucesso lhe devem alguma coisa”.
    (Coluna CH, DP, 26/12/24)

    . . .
    “Me deves respeito
    Pelo menos dinheiro”
    . . .
    A KryPTônia do Zé Ramalho: https://www.youtube.com/watch?v=PAtga2X9wLU

  5. Miguel José Teixeira

    EsbanJANJAndo adoidado, porém, sigilosamente sigiloso!

    “Cartão corporativo: Planalto pagou conta de R$207 mil”
    Um único cartão corporativo da Presidência da República de Lula (PT) bancou uma conta de R$207.953,60, este ano. A bolada é a maior conta paga por um cartão do Palácio do Planalto durante este ano de 2024. No total, desde janeiro até agora, Lula ou assessores, portadores de cartão corporativo, gastaram diretamente sem dó nem piedade R$15 milhões. Tudo protegido por “sigilo”, claro. O governo do PT como um todo já gastou R$63,9 milhões com cartões corporativos este ano.

    Cartão vermelho
    Em 2023, Lula bateu recorde histórico de gastos com os cartões corporativos do governo: R$90,6 milhões. Ninguém gastou mais.

    Outra ‘derrota’
    O recorde anterior era do ex-presidente Jair Bolsonaro no último ano de governo, 2022: R$90,3 milhões. Perdeu, por pouco, para o petista.

    Mais do mesmo
    Em valores da época, o recorde de gastos com os cartões corporativos é do próprio presidente Lula: mais de R$80 milhões em 2010.

    (Cláudio Humberto, Coluna CH, DP, 26/12/24)

  6. Miguel José Teixeira

    Uma mala sem alça que nem os 40 ministros do lula conseguirão carregá-la!

    “. . .Problema hoje se restringiria à primeira-dama, mas cenário pode mudar, avaliam integrantes do partido.”. . .

    “Queda de Janja em pesquisas pode atingir Lula, avaliam lideranças do PT”
    (Mônica Bergamo, FSP, 25/12/24)

    A pesquisa Genial/Quaest que mostrou a queda de popularidade da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, já preocupa lideranças do PT.

    LINHAS TORTAS
    Em busca incessante por protagonismo, a mulher de Lula era vista positivamente por 41% dos brasileiros em fevereiro de 2023 —índice que despencou pela metade. Hoje, 22% dizem ter avaliação positiva dela, contra 28% que a enxergam de forma negativa e 30%, de forma regular.

    LINHAS TORTAS 2
    Na análise de integrantes do partido, hoje o problema não é tão grande. Ele se restringiria à própria primeira-dama, que fracassa em termos de popularidade mesmo depois de abandonar o comportamento de apenas dançar e cantar em palanques para adotar agendas mais sérias como a do combate à fome. Compromete também a ambição dela de querer interferir na comunicação do governo, já que nem da própria imagem ela conseguiria cuidar direito.

    LINHAS TORTAS 3
    A antipatia em relação a Janja, no entanto, pode se transformar, sim, em um grande problema caso o governo de Lula enfrente, no futuro próximo, um

    LINHAS TORTAS 4
    Janja seria a partir de então um alvo fácil e simbólico para a oposição, que poderia explorar a imagem ruim que ela tem diante de parcela significativa do eleitorado para atingir o próprio presidente.

    LINHAS TORTAS 5
    Os gastos da primeira-dama em viagens e com assessores, por exemplo, serviriam para desgastar o governo em momento de crise econômica e aperto de cintos.

    LINHAS TORTAS 6
    Há também uma tentativa de se entender as razões da queda de popularidade de Janja, que despencou mesmo com o governo mantendo estabilidade nas pesquisas. A popularidade dela é mais baixa que a do marido. Ainda não há conclusões claras sobre o assunto, mas uma certa arrogância no discurso pode ser um dos fatores que prejudicam a primeira-dama, avaliam especialistas em comunicação que trabalham com o governo.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2024/12/queda-de-janja-em-pesquisas-pode-atingir-lula-avaliam-liderancas-do-pt.shtml)
    . . .
    “Mas de fato, logo ela
    Tão coitada, tão singela
    Cativara o forasteiro

    O guerreiro tão vistoso
    Tão temido e poderoso
    Era dela prisioneiro”
    . . .
    O Genial e sempre atual Chico Buarque: https://www.youtube.com/watch?v=XHk6me2oFPU

  7. Miguel José Teixeira

    Estão muito feios “oszóio da mula”, a cara da janja e a cabeça do lula!!!

    “. . .Como vai acabar não se sabe, mas começa mal.”. . .

    “O novo ministério de Lula 3.0”
    (Elio Gaspari, FSP, 24/12/24)

    Com os maus ventos da economia, Lula preencheu o vazio do período de festas e o início do recesso com a novidade de uma reforma ministerial. Como ela vai acabar, não se sabe, mas começou mal.

    Paulo Pimenta, o ministro-chefe da Secom, deverá ser substituído pelo marqueteiro Sidônio Palmeira. Essa mudança parte da premissa de que o governo se comunica mal. É uma meia verdade. A outra metade está na falta de ações e de criatividade que marcaram o Lula 1.0. O pacote de contenção de gastos foi envenenado por bruxarias da ekipekônomika plantando as virtudes do confisco de parte do seguro-desemprego, sem ouvir o ministro do Trabalho.

    No mundo da comunicação, a única novidade, com a qual Pimenta nada teve a ver, foi a constatação de que as fotografias postadas pelo Planalto sofrem uma discreta manipulação. Com a ajuda de filtros, Lula aparece sempre corado e fagueiro. Já seus visitantes acabam cobertos por uma velatura cinzenta. Disso resultou que Fernanda Torres e Chico Buarque ficaram com uma aura vampiresca. Malvadeza.

    Por enquanto, a principal mudança no ministério não se relaciona com um hierarca que Lula quer tirar, mas com o ministro da Defesa, José Mucio, que pediu para sair. Mucio e os três comandantes militares deram a Lula a joia da coroa da primeira metade do seu mandato.

    Receberam tropas contaminadas pela presunção e pelo golpismo de um presidente que se julgava dono do “meu Exército”. Longe dos holofotes, aplainaram arestas e restabeleceram a disciplina (faça-se de conta que não existiu o vídeo impertinente da Marinha, retirado do ar em poucos dias).

    A saída de Pimenta quer dizer pouca coisa, mas o desembarque de Mucio tem grande significado. Como ele não fala, desconhecem-se as joelhadas que tomou. Pode-se intuir, contudo, que algumas delas partiram de companheiros palacianos.

    Afora essas duas mudanças, a reforma ministerial de 2025 tem o contorno das anteriores. Nenhum nome da nova equipe tem a marca do mérito. De uma forma ou de outra, são figuras abençoadas (ou amaldiçoadas) pelo centrão. Fazem parte de um bloco parlamentar para quem um mistério não é importante pelo que lá se pode fazer. O atrativo é o tamanho do orçamento.

    Nesse sentido, a prova do pudim estará no destino da ministra Nísia Trindade, da Saúde. Nos últimos dois anos, ela se equilibrou, com uma equipe parcialmente aparelhada do PT. Um ministério arruinado por Bolsonaro durante uma pandemia com o general Eduardo Pazuello e o doutor Marcelo Queiroga pelo menos saiu das páginas policiais.

    A cobiça de parlamentares em cima da Saúde nada tem a ver com o bem-estar da população. O que eles querem é o orçamento.

    Durante o atual governo, o ministério produziu um edital para a compra urgente de 60 milhões de kits com escovas de dentes (com o logotipo do programa Brasil Sorridente), dentifrício e fio dental. Coisa de R$ 400 milhões. O Tribunal de Contas e o Judiciário suspenderam a gracinha.

    Se é para mexer na Saúde (e no seu orçamento) a questão é saber quem entra. Um gafanhoto petista, que ralou um tempo na cadeia, defendia a ida do deputado Arthur Lira para a cadeira. Felizmente, até agora, Lira diz que não pensa nisso.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2024/12/o-novo-ministerio-de-lula-30.shtml)

    O piNçador Matutildo, píNçou:
    “Nenhum nome da nova equipe tem a marca do mérito. De uma forma ou de outra, são figuras abençoadas (ou amaldiçoadas) pelo centrão. Fazem parte de um bloco parlamentar para quem um mistério não é importante pelo que lá se pode fazer. O atrativo é o tamanho do orçamento.”

    O Bedelhildo, revisitou o saudoso Renato Russo:
    “Nas favelas, no senado
    Sujeira pra todo lado
    Ninguém respeita a constituição
    Mas todos acreditam no futuro da nação”
    . . .
    E o Chatildo, recomendou:
    https://www.youtube.com/watch?v=CqttYsSYA3k

  8. Miguel José Teixeira

    Pena que Moro também caiu no “conto do capitão zero zero”. . .

    “. . .Senador se espanta que foco do governo petista na segurança pública seja vigiar e controlar polícia.”. . .

    “Moro: ‘Para Lula, polícia é problema. Contra crime organizado, nada’”
    (Davi Soares, Diário do Poder, 25/12/24)

    O senador Sergio Moro (União-PR) criticou, nesta quarta (24), que o foco das políticas de Segurança Pública do governo do presidente Lula (PT) tem sido direcionado para vigiar e controlar a atividade policial, como se a polícia fosse o problema da violência no Brasil.

    Na postagem em que afirma estar espantado com o decreto do presidenteque regula e limita o uso de armas de fogo em ações das polícias em todo o Brasil, o titular da Comissão de Segurança Pública do Senado ainda condenou a ausência de providências de Lula contra o crime organizado e a criminalidade violenta.

    “Ninguém é a favor da violência policial excessiva, mas causa espanto que as únicas políticas de segurança pública do Governo federal de que se tem notícia sejam destinadas a vigiar e controlar a polícia! Para Lula, a polícia é o problema. Contra o crime organizado e a criminalidade violenta, ainda não vi nada!”, escreveu Moro, nas suas redes sociais.

    O decreto condiciona o acesso a recursos federais ao cumprimento das regras pelas polícias. E também foi criticado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), como “presente de Natal para o crime organizado”, e pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), como interferência inconstitucional do governo de Lula nas responsabilidades das unidades da federação sobre as corporações que integram as forças de segurança no Brasil.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/moro-para-lula-policia-e-problema-contra-crime-organizado-nada)

  9. Miguel José Teixeira

    Nós, burros de cargas, somos os verdadeiros “papais noéis” dos parasitas do erário!

    “Conselheiros do TCDF se presenteiam com R$780 mil para cada um deles”
    (Davi Soares, Diário do Poder, 25/12/24)

    A Corte instituída para fiscalizar gastos públicos para evitar danos à sociedade na capital da República pagará generosas quantias de cerca de R$ 780 mil em gratificações retroativas aos seus integrantes, neste final de 2024. A decisão foi tomada em 30 segundos, por unanimidade dos próprios conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), dois dias antes do recesso, no último dia 11 deste mês de dezembro. E ainda favorece procuradores do tribunal.

    A liberação das gratificações é relativa aos últimos cinco anos anteriores a janeiro de 2023, atrasadas desde 2018. Segundo apuração do G1, a decisão não expõe o valor dos pagamentos para cada conselheiro. Mas pode ser calculado com base na regulamentação da gratificação feita no ano passado, que prevê o pagamento adicional mensal de R$ 13 mil, cerca de um terço dos salários dos conselheiros do TCDF, que alcançam R$ 44 mil.

    A decisão resultou em denúncia do Observatório Social ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público de Contas. A entidade que acompanha gastos públicos pede que o pagamento da gratificação seja suspenso, por entender que o penduricalho que vai engordar o salário do seleto grupo será maior que o teto constitucional dos ganhos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). E argumenta ainda que a gratificação será paga retroativamente, antes de sua regulamentação pela legislação.

    “Essa representação é contra a retroatividade de uma gratificação que nós já consideramos ilegal e a recorremos ao TCDF que não pagasse. Agora, qual nossa surpresa, que além de pagar o que consideramos irregular, vai pagar retroativo de 5 anos. Os procuradores que deveriam estar fazendo o controle da legalidade, não estão fazendo, estão recebendo. Por que essa pressa? Esse açodamento de pagar na beira do recesso?”, diz Elda Mariza Valim, auditora federal do TCU aposentada que integra o Observatório Social. (Com G1)

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/conselheiros-do-tcdf-se-presenteiam-com-r780-mil-para-cada-um-deles)

  10. Miguel José Teixeira

    “. . .Mas será apenas em 2026, ano de eleições em nosso país, que os números da economia do Brasil e da Argentina poderão demonstrar, na prática, quem realmente caminhou pela estrada da bonança e quem trilhou o caminho da perdição e do atraso.”. . .

    “Caminhos opostos”
    (Circe Cunha e Manoel de Andrade – Mamfil em Visto, lido e ouvido, no Blog do Ari Cunha, CB, 25/12/24)

    Talvez não estejam tão longe os exemplos e as lições que o Brasil necessita para mudar a rota atual da sua economia, que, segundo a avaliação da maioria dos economistas, segue numa trajetória descendente e perigosa. Nesse caso, basta virar a cabeça em direção ao Sul do continente, mais precisamente para a Argentina, observando com atenção os números apresentados a cada instante, mostrando uma receita bem racional de como lidar com as finanças públicas e, ao mesmo tempo, tirar o peso excessivo do Estado sobre a economia.

    No caso específico daquele país, não basta olhar apenas o que vem sendo feito pelo atual presidente Javier Milei na economia, mas, sobretudo, mirar a atenção no descasamento que vem sendo realizado entre a má política e a má ideologia das contas do Estado. A questão aqui é simples, mas preciosa. Nos discursos de Milei, estão exatamente suas propostas para a economia Argentina. A começar pela frase: “os políticos não geram riquezas”; ou, quando em discurso no Fórum Econômico de Davos, afirmou: “O Estado não é a solução e sim o problema.” Infelizmente, neste instante, o Brasil e a Argentina estão caminhando em sentidos opostos.

    Os resultados dessas opções são mostrados de forma clara pelos números da economia de um e de outro país. De modo resumido, o que temos em termos de lição a ser aprendida é mostrado nas comparações entre uma economia que vai em direção ao livre mercado, vis a vis, uma economia estatizante, impulsionada pelos ventos mal cheirosos da ideologia coletivista e retrógrada. Na Argentina, conforme os últimos dados, a inflação vem caindo de forma exponencial. Era de 25.5% nos governos passados e agora é de apenas 2.4% ao mês.

    Outro dado mostra que as reservas internacionais voltaram a ser zero, em comparação à situação anterior, que era de U$ 20 bilhões negativos. As reservas brutas daquele país já estão positivas em mais de U$ 30 bilhões. Outro dado mostra que a diferença entre o Peso paralelo e o oficial está praticamente equilibrado. Notem que, quando Milei assumiu, 1 dólar custava mais de 1000 Pesos. Com isso, tanto as impostações como as exportações caminhavam para o colapso. Para fazer frente a esses descalabros na economia, os governos argentinos passados imprimiam quantidades insanas de dinheiro, na tentativa de baixar a inflação e como modo de maquiar os números reais da economia. Aliás, no quesito manipulação dos números e estatísticas da economia, os governos argentinos do passado eram mestres nesse tipo de arte de engabelações.

    Hoje, passados mais de um ano de governo Milei, Brasil e Argentina seguem mais e mais por caminhos opostos. Em um de seus últimos discursos, o presidente argentino prometeu mais reformas estruturais, como o estabelecimento de um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos, além de uma redução dos impostos nacionais em torno de 90% para o ano de 2025. Além disso, dará mais autonomia fiscal às províncias. Tudo ao contrário do que vem acontecendo em nosso país, onde os estados estão cada vez mais atrelados ou algemados ao governo central. Ainda na economia, Milei já deu início a reformas radicais na previdência e na área trabalhista.

    Na área política, onde as reformas serão profundas também, já se sentem os efeitos de mudanças nas leis de segurança nacional, nas leis penais e outras de igual importância. Milei promete abertura total na economia, com os argentinos podendo comprar, vender e faturar em dólares ou na moeda que bem entenderem. Um fato de suma importância nessa guinada da Argentina rumo ao crescimento é que o nível de pobreza e indigência, que era altíssimo naquele país, começa a declinar depois de décadas.

    Para o próximo ano, as estimativas mais humildes falam em um crescimento da economia em mais de 4% do PIB, o que é uma proeza, diante da situação falimentar que experimentavam os argentinos até poucos meses atrás. Mas será apenas em 2026, ano de eleições em nosso país, que os números da economia do Brasil e da Argentina poderão demonstrar, na prática, quem realmente caminhou pela estrada da bonança e quem trilhou o caminho da perdição e do atraso. Também não será surpresa se, até lá, a Argentina se descolar do Mercosul, deixando o passado sombrio para trás.

    A frase que foi pronunciada:
    “Não se deixe intimidar pela classe política ou pelos parasitas que vivem do estado.”
    (Javier Milei)

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/caminhos-opostos/)

  11. Miguel José Teixeira

    “Para toda a vida”

    José Paulo Freire era figura folclórica da política paulista. Transitava de Jânio Quadros para o adversário Adhemar de Barros com desenvoltura e nenhum constrangimento.
    Certa vez, quando o banqueiro Magalhães Pinto articulava a formação do Partido Popular (PP), ele logo aderiu.
    – “Você no PP, na oposição?”, estranhou o amigo mineiro Olavo Drummond.
    Sua resposta:
    – “Partido de governo dura 5 anos. Partido de banqueiro dura a vida inteira…”

    (Poder sem pudor, Coluna CH, DP, 25/12/24)

    Matutando bem. . .
    Como temos “visto, lido e ouvido”, quem “dura a vida inteira” são os parasitas que formam o “centrão”.
    Entra governo sai governo e lá estão eles. . .parasitando!

  12. Miguel José Teixeira

    “Caiado chama decreto de Lula de ‘chantagem’: Presente de Natal para o crime”
    (Fabíola Perez, do UOL, em São Paulo, 24/12/24)
    . . .
    “Um decreto que lhes garante mais liberdade de ação e promove o engessamento das forças policiais. É o modelo PT-venezuelano, que parece querer incendiar o país.”
    . . .
    “O decreto impõe aos estados que, caso não sigam as diretrizes do governo do PT para a segurança pública, perderão acesso aos fundos de segurança e penitenciário.”
    . . .
    “O texto evidencia que a cartilha do governo Lula para a segurança pública foca apenas em crimes de menor potencial ofensivo, como furtos. Mas não estamos na Suécia.”
    . . .
    “Enquanto o crime organizado avança como uma metástase sobre todos os setores do país, o governo federal trabalha, dia após dia, para enfraquecer os mecanismos de defesa da nossa sociedade. Isso vai além da omissão: é conivência.”
    . . .
    (+em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/12/24/caiado-decreto-lula-forcas-policias.htm)

  13. Miguel José Teixeira

    O mestre da dilmaracutaia, a defenestrada!

    “Roubo ‘quotidiário’”

    O vereador João Pretinho (MDB) batia firme no prefeito de Itaipoca, que era do seu partido e se bandeou para a Arena:
    – “A administração de Geraldo Azevedo vem roubando quotidiariamente!…”
    Sua colega Teresa Romero, arenista, reagiu:
    – “Vossa Excelência é um analfabeto. A palavra certa não é “quotidiariamente”, é quotidianamente!”
    João Pretinho tornou o insulto ainda mais contundente:
    – “Nobre vereadora, isso é se ele roubasse por ano, mas ele rouba todo santo dia!”

    (Poder sem pudor, Coluna CH, DP, 24/12/24)

  14. Miguel José Teixeira

    Plim, plim!

    “. . .Ex-funcionária da hidrelétrica, Janja tem papel de destaque na influência sobre o orçamento de eventos patrocinados pela empresa; gestão petista destinou R$ 43,8 mi a eventos patrocinados.”. . .

    “Gastos com eventos contribuem para rombo milionário de Itaipu”
    (Caio Barcellos e Mariana Haubert, Poder360, 23/12/24)

    A Usina Hidrelétrica de Itaipu encerrará 2024 com uma dívida de aproximadamente R$ 333 milhões, de acordo com documento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

    Na avaliação de agentes do setor elétrico, parte do rombo pode ser explicado por um “orçamento paralelo”, com verbas destinadas para eventos sem nenhuma relação com a geração de energia elétrica. Esses repasses não passam pelo crivo de instituições responsáveis por fiscalizar o orçamento público, como o TCU (Tribunal de Contas da União) ou o Congresso Nacional. Isso porque Itaipu é uma empresa binacional, comandada pelo Brasil e pelo Paraguai.
    . . .
    FATOR JANJA
    A primeira-dama Janja Lula da Silva tem grande influência junto à atual administração de Itaipu. Ela trabalhou na binacional por cerca de 14 anos. Em 2019, logo depois de ter assumido o namoro com o presidente Lula, Janja aderiu ao Programa de Demissão Voluntária de Itaipu. Na época, seu salário era de R$ 20.000.
    . . .
    (+em: https://www.poder360.com.br/poder-energia/gastos-com-eventos-contribuem-para-rombo-milionario-de-itaipu/)

    Eu janjo e não vejo tudo!

  15. Miguel José Teixeira

    Moro. . .num país. . .das temPesTades!

    “Lula colhe tempestade”
    (Dora Kramer, FSP, 23/12/24)

    Nem tudo o que o presidente Luiz Inácio da Silva (PT) diz vale a crença na escrita. Suas profissões de fé no ajuste fiscal intercaladas com ações em sentido contrário, demonstram isso.

    Daí a desconfiança com que foram recebidas suas palavras no vídeo divulgado na última sexta-feira, em texto elaborado de forma a hastear bandeiras brancas ao “mercado”.

    Ali o presidente deu um tempo no negacionismo, evitou a versão conspiratória do ataque especulativo ao real com vista a derrubar o governo; firmou compromisso com a estabilidade econômica, o controle da inflação e sinalizou a edição de novas medidas de contenção de gastos.

    Tudo muito bem bolado e formatado sob novas regras na comunicação do governo. Coisa de profissional. Gabriel Galípolo de um lado, Fernando Haddad de outro e no meio o presidente tecendo loas à responsabilidade.

    Perfeito na forma e no conteúdo. Não fosse o estoque de sinais trocados emitidos pelo próprio Lula.

    Na semana anterior, Lula havia dito numa entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que a taxa de juros altos era a única “coisa errada” no Brasil.

    Seis dias depois, aparece exaltando a futura administração do Banco Central sob o mesmo Galípolo, que na véspera avalizara o aumento das taxas como corretas ante as circunstâncias e ainda desmontara a versão do ataque especulativo.

    Sinais trocados geram descrédito em relação a gestos futuros. São vistos como intenção momentânea a fim de atingir um objetivo específico.

    A manifestação presidencial contribuiu em parte para o recuo da desvalorização da nossa moeda frente ao dólar. A outra parcela, a maior, ficou na conta das intervenções do BC no câmbio.

    Estabilidade econômica requer muito mais. Lula diz que 2025 será o “ano da colheita”. Já havia dito o mesmo sobre 2024 que foi de semeadura da tempestade a ser colhida no período adiante, se a retórica presidencial seguir na mesma toada.

    O mundo do dinheiro é vasto, não se limita à avenida Faria Lima e movimenta a vida de todos. Se Lula se recusa a ajudar por convicção ideológica, que ao menos se disponha a não atrapalhar.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/dora-kramer/2024/12/lula-colhe-tempestade.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)

    E o genial Jorge Ben Jor que fez torcedores de todos os times cantarem:
    https://www.youtube.com/watch?v=JzByVhWju88

  16. Miguel José Teixeira

    Se até os “puxadinhos” estão contra, é sinal de que ficaram de fora do butim!

    “Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas”
    (Poder360, 23/12/24)

    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino suspendeu nesta 2ª feira (23.dez.2024) o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares. O magistrado ainda determinou que a PF (Polícia Federal) abra um inquérito para investigar a liberação deste valor.

    A ação foi impetrada pelo Psol. O partido cita irregularidades na destinação do montante em emendas de comissão, que não tem pagamento obrigatório. Elas são indicadas por colegiados no Congresso.
    . . .
    (+em: https://www.poder360.com.br/poder-justica/dino-suspende-pagamento-de-r-42-bilhoes-em-emendas/)

  17. Miguel José Teixeira

    EsbanJANJAndo rejeição!

    . . .”A rejeição de Janja supera a do marido.”. . .

    “Avaliação positiva de Janja derrete; rejeição sobe quase 20%”
    (Rodrigo Vilela, Diário do Poder, DP, 23/12/24)

    Pesquisa Quaest divulgada neste domingo (22) mostra disparada na rejeição à primeira-dama Janja nesses quase dois anos de governo Lula.

    Em fevereiro de 2023, Janja era avaliada positivamente por 41% dos entrevistados. O índice hoje está em apenas 22%.

    Já avaliação negativa foi no caminho contrário, passou de 19% (2023) para 38%.

    Na região Nordeste, o desgaste de Janja chama atenção. A avaliação positiva derreteu de 56% para 29%.

    Entre evangélicos, a aprovação também caiu. O índice desceu de 30% para 18%.

    A rejeição de Janja supera a do marido. O presidente Lula tem 33% de avaliação positiva e 30% de avaliação negativa.

    A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 9 de dezembro. A margem de erro é de 1 ponto percentual. A pesquisa foi feita de forma presencial com 8.598 pessoas em todo o país.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/avaliacao-positiva-de-janja-derrete-rejeicao-sobe-quase-20)

    Só pra PenTelhar. . .
    Depois nóis compra uma pesquisa só pra nóis, né benhêêê!

  18. Miguel José Teixeira

    “Natal no primeiro escalão”
    (Camila Mattoso, Diretora da Folha em Brasília, Brasília Hoje, FSP, 20/12/24)

    O presidente Lula (PT) almoçou nesta sexta (20), no Palácio da Alvorada, com seus 38 ministros. Foi a última reunião ministerial do ano, em um momento de pressão por mudanças (*) no primeiro escalão. Os líderes do governo e presidentes de bancos públicos também participaram.

    Diferentemente de outras edições, o presidente não fez tantas cobranças. A fala de Lula também não foi transmitida, como de praxe, mas ele falou sobre o pacote de gastos e fez gestos ao mercado financeiro, como um vídeo com o próximo chefe do Banco Central, Gabriel Galípolo (**).

    O pacote de contenção de gastos proposto pelo governo terminou enfraquecido. Mesmo com as concessões, o governo precisou destacar uma tropa de ministros para mobilizar as bancadas e acenar com a liberação de emendas extras para conseguir o apoio necessário para o pacote avançar nas duas Casas ainda neste ano.

    Lula não falou do tema da reforma na reunião. Mas reforçou a expectativa de mudança na comunicação, ao convidar o marqueteiro Sidônio Palmeira, cotado para substituir Paulo Pimenta na Secom, para o encontro.

    Saiba mais sobre o tema em três links:

    A força-tarefa do governo
    “Governo aciona tropa de ministros para atuar junto às bancadas e garantir aprovação de pacote”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/12/governo-aciona-tropa-de-ministros-para-atuar-junto-as-bancadas-e-garantir-aprovacao-de-pacote.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)

    As brechas aos supersalários
    “Relator de PEC afrouxa comando para limitar supersalários na administração pública”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/12/relator-da-pec-afrouxa-comando-para-limitar-supersalarios-na-administracao-publica.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)

    As emendas pré-datadas
    “Governo Lula negocia até R$ 5 milhões em emendas pré-datadas para quem votar a favor do pacote”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/12/governo-lula-negocia-ate-r-5-milhoes-em-emendas-pre-datadas-para-quem-votar-a-favor-do-pacote.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)

    (*) “Lula reúne ministros e enfrenta pressão da Câmara antes de reforma ministerial”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/12/lula-faz-reuniao-ministerial-em-meio-a-fissuras-no-congresso-e-expectativa-de-trocas-no-governo.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)

    (**) “Lula grava vídeo ao lado de Galípolo e diz que ele terá autonomia no BC”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/12/lula-diz-que-jamais-vai-interferir-no-trabalho-de-galipolo-no-bc.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)

    (Texto recebido pelo correio eletrônico)

    “Nação terra cheia de agonia
    Onde somos obrigados a viver na covardia
    Não aguento mais tanta hipocrisia
    Aonde que essa porra vai parar”
    . . .
    https://www.youtube.com/watch?v=MkFlWhKFK-Y

  19. Miguel José Teixeira

    “. . .Seleção inclui biografias, apanhados históricos e análises sobre temas como desigualdade, big techs e masculinidade.”. . .

    “Folha indica os 20 melhores livros de não ficção de 2024; conheça a lista completa”

    A Folha convidou quatro de seus colaboradores fixos, com diferentes especialidades, para indicar as cinco melhores obras de não ficção que leram em 2024.

    O jornal passa a organizar uma seleção exclusiva para esse tipo de lançamento, separada da lista dos 20 melhores livros de ficção, que já está disponível (replicada abaixo).

    Os livros vão desde biografias e apanhados históricos até análises sobre temas candentes do noticiário, como a dominância das big techs, as desigualdades brasileiras e as guinadas autoritárias pelo mundo. Há espaço ainda para saborosos livros de memórias e reflexões sobre os contrastes entre gêneros.

    Parte das obras ainda não foi publicada no Brasil, e nesses casos foi discriminado o preço de capa na editora original, com indicação de ebook quando disponível.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/folha-indica-os-20-melhores-livros-de-nao-ficcao-de-2024-conheca-a-lista-completa.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)

    Segue abaixo, os indicadores e os títulos indicados:

  20. Miguel José Teixeira

    Folha indica os 20 melhores livros de não ficção de 2024 (1)

    JOÃO PEREIRA COUTINHO
    Colunista da Folha, doutor em ciência política pela Universidade Católica Portuguesa

    “Um Ditador na Linha”
    Ismail Kadaré, ed.: Companhia das Letras, trad.: Bernardo Joffily, R$ 74,90 (144 págs.), R$ 39,90 (ebook)

    É um dos telefonemas mais célebres da história da literatura: a breve conversa entre Josef Stálin e Boris Pasternak sobre Osip Mandelstam, que tinha parodiado o tirano num poema. Mandelstam foi preso no Kremlin e, na hora decisiva, Pasternak não defendeu o colega. Por quê? E, agora, por que Stálin telefonou a Pasternak? No ano da sua morte, Kadaré tenta responder a estas perguntas revisitando as 13 versões conhecidas do infame telefonema. Uma reflexão corajosa e autobiográfica sobre o papel ambíguo dos intelectuais em regimes totalitários.

    “Fundações do Pensamento Político Brasileiro: A Construção Intelectual do Estado no Brasil”
    Christian Lynch, ed.: Topbooks, R$ 139,90 (728 págs.)

    Escrever uma história sobre a fundações do pensamento político brasileiro já seria um feito. Mas fazê-lo sem complexos de inferioridade, mostrando como esse pensamento se articula com a tradição inglesa, francesa e, logicamente, portuguesa, é a proposta de Christian Lynch nesta monumental obra. O resultado é um panorama complexo e interessante sobre uma realidade histórica e ideológica que não pode ser reduzida às dicotomias preguiçosas centro/periferia, original/cópia, progresso/atraso.

    “Faca – Reflexões Sobre um Atentado”
    Salman Rushdie, ed.: Companhia das Letras, trad.: Cássio Arantes Leite e José Rubens Siqueira, R$ 69,90 (232 págs.), R$ 29,90 (ebook)

    Rushdie, depois da fatwa lançada pelo aiatolá Khomeini em 1989 por suas alegadas “heresias” no romance “Os Versos Satânicos”, sempre imaginou como seria um atentado contra ele. Em 2022, seu maior medo se materializou, ao ser esfaqueado por um fanático. O relato dessa experiência é simultaneamente onírico e aterrador. Além disso, a conversa imaginária entre Rushdie e o seu agressor é uma lição humanista sobre tolerância religiosa, liberdade de expressão e a recusa do ressentimento como modo de vida.

    “Adventures in Democracy: The Turbulent World of People Power”
    Erica Benner, ed.: Allen Lane, £ 25 (224 págs.), £ 13.99 (ebook), importado

    Todo mundo conhece as palavras de Winston Churchill sobre a democracia: é a pior forma de governo, com exceção de todas as outras. Mas Churchill não disse apenas isso. Também afirmou que o melhor argumento contra a democracia é uma conversa banal com um democrata banal. Erica Benner reflete sobre essas duas dimensões: as virtudes da democracia, mas também os seus vícios, viajando pela história do pensamento político. Moral da história? O povo nem sempre é sábio. Mas os sábios podem ser bem piores que o povo.

    “Camões – Vida e Obra”
    Carlos Maria Bobone, ed.: Dom Quixote, € 22,20 (413 págs.), € 13,99 (ebook), importado

    Nos 500 anos do nascimento de Luís de Camões, as livrarias portuguesas foram inundadas com edições e reedições do poeta, além de bibliografia secundária de qualidade muito diversa. Este estudo biográfico de Bobone é o mais inteligente que li em 2024. Com o rigor de um detetive, o autor procura “purgar” Camões de lendas, mitos ou erros grosseiros que se escreveram sobre a sua vida, ao mesmo tempo que procede a uma reconstituição literária e mental do mundo onde ele viveu, imprescindível para entender a sua obra.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/folha-indica-os-20-melhores-livros-de-nao-ficcao-de-2024-conheca-a-lista-completa.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)

  21. Miguel José Teixeira

    Folha indica os 20 melhores livros de não ficção de 2024 (2)

    MICHAEL FRANÇA
    Colunista da Folha, economista pela USP e pesquisador do Insper

    “Iguais e Diferentes: Uma Jornada pela Economia Feminista”
    Regina Madalozzo, ed.: Zahar, R$ 89,90 (248 págs.), R$ 39,90 (ebook)

    Este livro traz uma interessante perspectiva sobre a economia feminista, explorando como desigualdades de gênero impactam as relações econômicas e sociais. Madalozzo oferece uma análise acessível, essencial para entender e combater as desigualdades estruturais que ainda limitam as mulheres na sociedade contemporânea.

    “Extremos: Um Mapa para Entender as Desigualdades no Brasil”
    Pedro Fernando Nery, ed.: Zahar, R$ 119,90 (368 págs.); R$ 39,90 (ebook)

    Nery apresenta uma visão abrangente sobre as desigualdades brasileiras, conectando análises que tornam o tema interessante até para um público não acadêmico. O livro é um mapa indispensável para compreender as disparidades econômicas e sociais do país, além de fornecer importantes reflexões para formuladores de políticas públicas e acadêmicos.

    “O País dos Privilégios – Volume 1: Os Novos e Velhos Donos do Poder”
    Bruno Carazza, ed.: Companhia das Letras, R$ 94,90 (336 págs.), R$ 44,90 (ebook)

    Carazza analisa de forma crítica as estruturas de poder que sustentam privilégios históricos e contemporâneos no Brasil. Com uma escrita envolvente, o autor desmistifica as dinâmicas de concentração de poder, riqueza e influência, tornando o livro uma relevante fonte de estudo para quem busca compreender as raízes das desigualdades brasileiras.

    “Letramento Racial: Uma Proposta de Reconstrução da Democracia Brasileira”
    Adilson José Moreira, ed.: Contracorrente, R$ 80 (386 págs.)

    Moreira apresenta uma proposta para compreender e superar as desigualdades raciais no Brasil. É uma leitura importante para repensar a democracia brasileira, promovendo um entendimento profundo das relações raciais e oferecendo perspectivas para a construção de uma sociedade mais igualitária.

    “Acesso à Justiça: Uma Análise Multidisciplinar”
    Irapuã Santana do Nascimento da Silva, ed.: SaraivaJur, R$ 81 (216 págs.), R$ 68,85 (ebook)

    Este livro, que havia tido uma edição menor e mais restrita em 2021, destaca a importância do acesso à Justiça como pilar fundamental da democracia. Santana explora os desafios enfrentados por populações vulneráveis e aponta caminhos para garantir que o sistema judicial seja verdadeiramente inclusivo, algo fundamental para o fortalecimento dos direitos no Brasil.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/folha-indica-os-20-melhores-livros-de-nao-ficcao-de-2024-conheca-a-lista-completa.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)

  22. Miguel José Teixeira

    Folha indica os 20 melhores livros de não ficção de 2024 (3)

    PATRÍCIA CAMPOS MELLO
    Repórter especial da Folha, vencedora do prêmio Maria Moors Cabot

    “The Tech Coup: How to Save Democracy from Silicon Valley”
    Marietje Schaake, ed.: Princeton University Press, US$ 27.95 (336 págs.), $ 19.57 (ebook), importado

    Vem da grande Marietje Schaake a mais nova adição à já extensa biblioteca de alertas contra os efeitos das big techs sobre a democracia. Na obra, esta que é uma das maiores lideranças em governança da internet mostra como as plataformas têm usado de forma eficiente a desculpa da “barreiras à inovação” para escapar de regulações e manter seu poder desenfreado, absorvendo poderes e funções que eram do Estado e deveriam servir ao interesse público. Schaake vai além do diagnóstico do problema e propõe uma série de medidas para reconquistar a soberania digital dos países.

    “The Age of Grievance”
    Frank Bruni, ed.: Simon & Schuster, US$ 28.99 (288 págs.), US$ 14.99 (ebook), importado

    Bruni foi um dos principais colunistas do The New York Times durante anos e continua como colaborador do jornal, retratando com verve e sarcasmo as atribulações políticas dos Estados Unidos. Aqui, demonstra como a cultura do ressentimento foi instrumentalizada por políticos como Donald Trump e tomou conta do país. Culpar alguém e se sentir injustiçado ou vítima virou a regra, alerta Bruni —não aceitar resultado de eleições, acreditar que há um grupo de pedófilos que controlam o povo, barrar palestrantes em universidades em nome do progressismo…

    “O Homem Não Existe”
    Ligia Gonçalves Diniz, ed.: Zahar, R$ 89,90 (416 págs.), R$ 44,90 (ebook)

    Não à toa este volume genial figura em inúmeras listas de melhores livros do ano. Misturando referências literárias, psicanálise, cinema e sacadas pessoais, o livro une erudição com humor para dissecar a relação do homem com sua masculinidade. Desde o momento em que Diniz explica a terminologia usada na obra —em que situações ela usa as palavras pinto, pênis ou pau— fica claro como o livro é um ensaio original e um deleite para leitura.

    “O Gosto da Guerra”
    José Hamilton Ribeiro, ed.: Companhia das Letras, R$ 99,90 (256 págs.), R$ 44,90 (ebook)

    Que sorte para todos nós que a Companhia das Letras ampliou e relançou o seminal “O Gosto da Guerra”, o relato da experiência de Ribeiro cobrindo a guerra do Vietnã em 1968. A obra deveria ser leitura obrigatória para todo jornalista e aprendiz do ofício. O autor, que perdeu parte de uma perna ao pisar em uma mina, encara sua tragédia como mais uma grande reportagem e usa uma combinação de bom humor, empatia e atenção aos detalhes. A versão revista, editada por Matinas Suzuki Jr., ainda inclui uma seleção das melhores reportagens do jornalista na icônica revista Realidade.

    “Cada Um por Si e Deus Contra Todos”
    Werner Herzog, ed.: Todavia, R$ 99,90 (368 págs.), R$ 69,90 (ebook)

    Esse livro vai decepcionar quem esperava uma experiência voyeurística do glamour de ser um dos diretores de cinema mais celebrados da história. O alemão prefere contar episódios idiossincráticos que ajudaram a moldar seu olhar e sua arte. Isso inclui relatos de como cresceu em um vilarejo isolado com a família na Baviera; como trabalhou como soldador, vigia de estacionamento e até contrabandista no México; e pessoas que marcaram sua vida, como o escritor Bruce Chatwin. E, claro, há bastidores como a epopeia da filmagem de “Fitzcarraldo”.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/folha-indica-os-20-melhores-livros-de-nao-ficcao-de-2024-conheca-a-lista-completa.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)

  23. Miguel José Teixeira

    Folha indica os 20 melhores livros de não ficção de 2024 (4)

    SYLVIA COLOMBO
    Colunista da Folha, historiadora e jornalista especializada em América Latina

    “La Llamada – Un Retrato”
    Leila Guerriero, ed.: Anagrama, € 20.90 (432 págs.), € 12,99 (ebook) (importado)

    A principal cronista argentina conta a incrível história real de Silvia Lanayru, uma adolescente que estudava no Colégio Nacional de Buenos Aires quando passou a lutar contra a ditadura militar. Foi presa, então grávida de cinco meses, e transferida para o Esma, onde funcionava um centro clandestino de tortura. Lanayru foi obrigada a realizar “tarefas especiais” a seus torturadores, mas saiu viva para contar sua história.

    “Surazo: Hans e Monika Ertl – Uma História Alemã na Bolívia”
    Karin Harrasser, ed.: Mundaréu, trad.: Daniel Martineschen, R$ 80 (288 págs.)

    A autora alemã começou essa investigação querendo reunir o artesanato e a arte indígena na Bolívia. Mas no país descobre a aventuresca saga política que levou a guerrilheira de esquerda também alemã Monika Erlt. Ela era filha de um simpatizante do nazismo, o cineasta Hans Erlt, que fugiu depois da Segunda Guerra Mundial para a América do Sul. Harrasser refaz os passos de Monika até chegar ao momento em que ela vinga a morte do revolucionário Che Guevara.

    “He Decidido Declararme Marxista (Volume 1)”
    Jon Lee Anderson, ed. Debate, € 27.90 (792 págs.), € 12.99 (ebook) (importado)

    O mais importante jornalista internacional dos nossos tempos, o americano Jon Lee Anderson, pluma fina da revista The New Yorker, lança essa obra em dois tomos dedicados a guerras e conflitos na Ásia, no Oriente Médio, na África e na América Latina. Anderson, além de ter vasta experiência e conhecimento histórico, não deixa de circular os continentes atrás de notícias, sendo inspiração a várias gerações de jornalistas. O volume dois será lançado em espanhol em janeiro.

    “Oração”
    María Moreno, ed.: Mundaréu, trad.: Sérgio Molina, R$ 84 (328 págs.)

    A ensaísta, crítica literária e jornalista analisa as duas cartas que o montonero Rodolfo Walsh escreveu logo depois da morte de sua filha, Vicky, uma ativista de 26 anos que decidiu se matar quando se viu encurralada pelas forças da repressão. Walsh, também conhecido por sua literatura policial e política, vinha sendo bem traduzido no Brasil. Agora, a Mundaréu oferece o livro de Moreno, que introduz outros aspectos da vida e obra do autor.

    “Vértigos de lo Inesperado”
    Martín Sivak, ed.: Seix Barral, € 9,49 (ebook) (importado)

    Jornalista argentino especializado na Bolívia, Sivak é o autor de “Jefazo”, primeira obra relevante sobre o êxito de Evo Morales no início de seu mandato. Nesse novo livro,o o tom é mais dark, e Sivak passa a tentar entender as razões por trás da obsessão de Morales por voltar a ser presidente do país, mesmo que a Constituição não permita, e mostra como a personalidade do líder e a geopolítica a seu redor mudaram.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/folha-indica-os-20-melhores-livros-de-nao-ficcao-de-2024-conheca-a-lista-completa.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)

  24. Miguel José Teixeira

    “. . .Seleção inclui romances latino-americanos, poesia brasileira, tijolão romeno, textos medievais e despedidas de dois mestres.”. . .

    “Folha indica os 20 melhores livros de ficção de 2024, segundo críticos; veja lista”

    A Folha convidou quatro profissionais envolvidos na cobertura de literatura do jornal para indicar cinco destaques entre os melhores livros de 2024.

    A ideia é oferecer uma lista com pluralidade de visões e gostos, com uma novidade em relação a anos anteriores. Dessa vez, os críticos foram orientados a escolher apenas obras de ficção —a estante de não ficção terá outra seleção divulgada em breve. De resto, a única exigência era que a obra tivesse sido lançada neste ano.

    A lista tem uma diversidade de romances, contos, poemas, compilados históricos e anotações de diários, abarcando autores de países como Argentina, Itália, Romênia e Austrália, com destaque para brasileiros de seis estados diferentes.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/conheca-os-20-melhores-livros-de-ficcao-de-2024-segundo-criticos-da-folha.shtml)

    Segue abaixo os indicadores e os títulos indicados:

  25. Miguel José Teixeira

    Folha indica os 20 melhores livros de ficção de 2024, segundo críticos (1):

    ALEX CASTRO
    Escritor, é autor de ‘Atenção.’ e ‘Mentiras Reunidas’

    “Segurant, o Cavaleiro do Dragão”
    Emanuele Arioli, ed.: Vestígio, trad.: Emanuele Arioli, R$ 79,80 (256 págs.), R$ 55,90 (ebook)

    Esse livro de cavalaria recentemente descoberto e reconstituído por um pesquisador franco-italiano é uma perfeita introdução à literatura medieval: além de ser um texto paradigmático da melhor literatura artúrica, ele já aponta para os vários caminhos que a literatura vai seguir a partir do Renascimento, de Rabelais e de Cervantes. Como um atrativo especial, a tradução diretamente do francês antigo ficou a cargo do próprio pesquisador, apaixonado pelo Brasil, e foi baseada no ritmo e no vocabulário da nossa literatura de cordel.

    “Guerra – I: Ofensiva Paraguaia e Reação Aliada − Novembro de 1864 a Março de 1866”
    Beatriz Bracher, ed.: 34, R$ 119 (536 págs.)

    Se é nos momentos de maior crise que melhor se conhecem as pessoas e os povos, então não existe momento melhor para entender o Brasil do que nosso maior conflito armado. Assim como Arioli não escreveu “Segurant”, mas criou uma nova obra a partir de fragmentos esparsos, o mesmo fez Beatriz Bracher nesse romance insuperável e inovador sobre a Guerra do Paraguai. A autora já avisa que são dela apenas as breves palavras dos paratextos: de resto, o livro é composto pelas palavras das próprias pessoas que viveram a história.

    “De Onde Eles Vêm”
    Jeferson Tenório, ed.: Companhia das Letras, R$ 74,90 (208 págs.), R$ 39,90 (ebook)

    A escravidão é o fato central da história brasileira e as estruturas racistas criadas por elas ainda estão entre nós. Em seu novo livro, Tenório, nosso grande romancista do racismo, nos leva ao primeiro momento de adoção de cotas raciais nas universidades públicas. Afinal, quem são essas pessoas entrando nesse espaço até ontem tão branco? Com um leque temático cada vez mais amplo e com cada vez mais domínio da técnica literária, Tenório aborda também a misoginia, a homofobia, o etarismo e o capacitismo. Enfim, uma obra sobre “outrofobia”.

    “Nem Mesmo os Mortos”
    Juan Gómez Bárcena, ed.: DBA, trad.: Silvia Massimini Felix, R$ 104,90 (480 págs)

    Seguindo a trilha aberta por “Nostromo”, de Joseph Conrad, e “Os Passos Perdidos”, de Alejo Carpentier, surge o mais novo candidato ao posto de “grande romance latino-americano”. Escrito por um espanhol, ambientado em um México que representa toda a América Latina e evocando a estética do faroeste, “Nem Mesmo os Mortos” é uma viagem alucinante e alucinógena, através do espaço mas também do tempo, pelos dramas do nosso continente, da escravidão colonial à crise dos imigrantes não documentados de Trump. Absolutamente imperdível.

    “Solenoide”
    Mircea Cartarescu, ed.: Mundaréu, trad.: Fernando Klabin, R$ 146 (784 págs.)

    “Solenoide” é uma das leituras mais impactantes de toda uma vida dedicada a leituras impactantes. Ostensivamente, o romance é sobre um professor fracassado de Bucareste, mas não há como descrever essa obra tão cósmica com palavras que lhe façam justiça. Nunca houve na literatura um livro tão antiliterário e que, justamente por isso, ilustra tão bem as potencialidades ainda inexploradas do romance. “Solenoide” é, no mínimo, uma leitura revolucionária e transformadora, e talvez até, sem medo do exagero, uma experiência religiosa.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/conheca-os-20-melhores-livros-de-ficcao-de-2024-segundo-criticos-da-folha.shtml)

  26. Miguel José Teixeira

    Folha indica os 20 melhores livros de ficção de 2024, segundo críticos (2):

    CAMILA VON HOLDEFER
    Tradutora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    “As Planícies”
    Gerald Murnane, ed.: Todavia, trad.: Caetano W. Galindo, R$ 69,90 (112 págs.), R$ 49,90 (ebook)

    Livro estranho, fascinante e hipnótico, é o primeiro do australiano publicado no Brasil. A narrativa acompanha um cineasta que pretende rodar um filme sobre as planícies e seus habitantes —é um outsider, ou seja, acompanha tudo como uma espécie de antropólogo. Murnane, ao criar a densa atmosfera autorreferencial das planícies, faz uma excelente caricatura da maneira como nossa cultura, nossas crenças e nossos comportamentos são moldados pelo lugar em que vivemos, que enxergamos de modos ligeiramente diferentes.

    “Poemas em Coletânea”
    Jon Fosse, ed.: Círculo de Poemas, trad.: de Leonardo Pinto Silva, R$ 104,90 (472 págs.)

    Sou, admito, obcecada por Fosse. Seu livro de poemas é coerente com um projeto estético sólido. Fosse não se vale de uma voz pretensamente universal ou incorpórea, mas escreve com uma voz muito própria que trabalha e retrabalha elementos palpáveis que se repetem em romances, novelas, peças e, sim, nos próprios poemas. A repetição não é falta de assunto, mas um estudo de novas maneiras de perceber. O barco, o azul do céu, o menino, o cão: isso é Fosse, isso é a voz de Fosse e dos personagens de Fosse. É pegar ou largar.

    “O Gaucho Insofrível”
    Roberto Bolaño, trad.: Joca Reiners Terron, ed.: Companhia das Letras, R$ 69,90 (152 págs.); R$ 37,90 (ebook)

    Último livro de contos escrito pelo genial autor chileno, a obra ganhou tradução (à altura) para o português apenas este ano. A verve de Bolaño é a mesma, mas os contos são mais estranhos —ou mais sombrios e menos escrachados— que os de coletâneas como “Chamadas Telefônicas”. De certa forma, “O Gaucho Insofrível” faz jus à melhor tradição do conto, aquela cuja interpretação da narrativa é tão complexa quanto plural.

    “Acrobata”
    Alice Sant’Anna, ed.: Companhia das Letras, R$ 69,90 (88 págs.), R$ 39,90 (ebook)

    Gosto muito da poesia da Sant’Anna desde que li “Rabo de Baleia”, então publicado pela Cosac Naify. “Acrobata” tem algo de seu predecessor, mas revela uma poeta mais madura e mais disposta a exibir e brincar com aquelas qualidades que lhe são mais características sem que uma anule a outra —uma certa leveza, diria até que zombaria, que não esconde uma maneira estranha, enviesada e meio taciturna de enxergar o mundo. Parece uma combinação improvável e é. Por isso funciona.

    “Trilogia”
    Jon Fosse, ed.: Companhia das Letras, trad.: Guilherme da Silva Braga, R$ 69,90 (200 págs.), R$ 39,90 (ebook)

    Fiz um grande esforço para não colocar dois livros de Fosse. Falhei, pois me senti uma impostora. A verdade é que leio Fosse com a sofreguidão de uma religiosa na liturgia. “Trilogia” é, em certo sentido, muito similar à “Septologia” (em breve no Brasil) e “É a Ales”: personagens, situações e elementos que nunca são exatamente o que parecem são inseridos em uma atmosfera lúgubre e pesada. Aqui, um casal que comete um assassinato precisa, talvez, lidar com as consequências de seus atos.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/conheca-os-20-melhores-livros-de-ficcao-de-2024-segundo-criticos-da-folha.shtml)

  27. Miguel José Teixeira

    Folha indica os 20 melhores livros de ficção de 2024, segundo críticos (3):

    STEFANIA CHIARELLI
    Professora e pesquisadora de literatura brasileira na Universidade Federal Fluminense

    “Línguas”
    Domenico Starnone, ed.: Todavia, trad.: Maurício Santana Dias, R$ 69,90 (144 págs.), R$ 54,90 (ebook)

    O talento de Starnone na arquitetura de boas histórias redobra neste romance protagonizado por um narrador idoso revisitando a meninice na Nápoles do pós-guerra, pretexto para uma reflexão sobre vida, morte e memória. Como de costume, o escritor cria personagens de grande densidade e faz brilhar o relato no afiado duelo de palavras entre avó e neto. Um autor em plena maturidade literária.

    “Cassandra em Mogadício”
    Igiaba Scego, ed.: Nós, trad.: Francesca Cricelli, R$ 89 (376 págs.)

    Um diálogo intergeracional estrutura essa obra autobiográfica que irradia para as geografias da Itália e da Somália, recuperando a trajetória de uma família esmigalhada pelo tempo, o colonialismo e os deslocamentos. Em seu relevante projeto literário, Scego pinta uma Roma de intensos cruzamentos culturais e mostra a língua como espaço de disputa. Comovente e arrebatadora, a história dessa bambina negra redefine nosso olhar sobre lugares e gentes.

    “Nostalgias Canibais”
    Odorico Leal, ed.: Âyiné, R$ 79,90 (110 págs.)

    Leal apresenta o conjunto de cinco contos tendo o Éden como fio condutor. As delícias de um festim mundano estão presentes na carne humana devorada em “Paraíso Canibal”, na abertura do volume. O autor incorpora a presença do insólito, forjando histórias marcadas pelo domínio do ritmo narrativo e imagens que perduram após a leitura, seja pelo humor ou pelo lirismo batizado com ironia. Bela e promissora estreia.

    “Contos Céticos”
    Adriana Lunardi, ed.: Record, R$ 74,90 (160 págs.), R$ 34,90 (ebook)

    A ficção de caráter intimista da escritora catarinense rende um volume de nove narrativas breves (e uma nota do destino) caracterizadas pela precisão e o exercício permanente da dúvida. A finitude, os desencontros e as ausências são expressas pela elegante sintaxe desse livro que pede uma leitura atenta ao trabalho com a linguagem: frase a frase, parágrafo a parágrafo, é literatura feita de sutileza.

    “Baumgartner”
    Paul Auster, ed.: Companhia das Letras, trad. Jorio Dauster, R$ 79,90 (176 págs.), R$ 39,90 (ebook)

    O último romance do autor demonstra de novo sua habilidade de nos tragar para dentro de um universo regido pelo acaso, a coincidência e o passado. Seymour Baumgartner está viúvo há uma década de Anna, morta em um acidente. Dela, lê anotações autobiográficas que se justapõem às próprias lembranças, elementos que compõem essa narrativa sobre a atenção a todas as coisas vivas. “Chegando ao fim, queria que ao menos lhe fosse concedida a dignidade de que o coração parasse enquanto produzia sua frase derradeira.”

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/conheca-os-20-melhores-livros-de-ficcao-de-2024-segundo-criticos-da-folha.shtml)

  28. Miguel José Teixeira

    Folha indica os 20 melhores livros de ficção de 2024, segundo críticos (4):

    WALTER PORTO
    Editor de Livros e colunista do Painel das Letras

    “Literatura Infantil”
    Alejandro Zambra, trad.: Miguel Del Castillo, ed.: Companhia das Letras, R$ 69,90 (224 págs.); R$ 39,90 (ebook)

    Escrever ao filho, segundo Zambra, significa ao mesmo tempo honrar a criança que você sempre foi e lançar uma garrafa a um futuro a que você não pertencerá, mas mesmo assim ama.

    “O Embranquecimento”
    Evandro Cruz Silva, ed.: Patuá, R$ 50 (182 págs.)

    Cruz Silva dá um tratamento elegante e multifacetado a um motivo literário de contemporaneidade latente: a mulher negra de família pobre que, ao ingressar em círculos universitários, equilibra o orgulho com a aflição do deslocamento, numa narrativa que conversa com o excelente “De Onde Eles Vêm”, citado acima.

    “Puro”
    Nara Vidal, ed.: Todavia, R$ 59,90 (96 págs.); R$ 38,90 (ebook)

    Vidal olha sem medo para o abismo da história do Brasil —as barbaridades eugenistas de que foi capaz uma branquitude supostamente civilizada e assustadoramente familiar. Não satisfeita com a vertigem, ela atira quem está lendo junto no penhasco.

    “Asma”
    Adelaide Ivánova, ed.: Nós, R$ 69 (200 págs.)

    Ao elaborar sua poesia épica, Ivánova soa tão radicalmente nova discutindo temas tão ancestrais que faz pensar que a língua, no fundo, se reinventa para falar sempre da mesma febre que não passa. Mas aqui ela se reinventa com embocadura deliciosa e insubmissão das mais inspiradoras.

    “Tese sobre uma Domesticação”
    Camila Sosa Villada, trad.: Silvia Massimini Felix, ed.: Companhia das Letras, R$ 69,90 (224 págs.); R$ 39,90 (ebook)

    Talvez a prosadora mais voraz do nosso tempo, Camila Sosa Villada se detém sobre assuntos milenares como sexo, casamento e família com uma ousadia tão natural e um tesão tão trágico e furioso que é como se estivéssemos ouvindo falar disso tudo pela primeira vez —direto da sua prima mais boca suja.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/conheca-os-20-melhores-livros-de-ficcao-de-2024-segundo-criticos-da-folha.shtml)

  29. Miguel José Teixeira

    Não se fala em corda na casa de enforcado!

    “Despertar para o pesadelo”
    Meme – do tipo que Lula e STF odeiam – conta que o sujeito foi acordado pela mulher:
    – “Já são quase 8!”
    Ele, assustado:
    – “O dólar ou a gasolina?”

    (Coluna CH, DP, 20/12/24)

    E isso é só o começo!

  30. Miguel José Teixeira

    Erraram para acertar!

    “Até o PT”
    Dos partidos com ministérios, só três deram 100% dos votos pela aprovação do pacote de Fernando Haddad na Câmara: PCdoB, PSB e Rede. Até no PT houve quem (3 votos) votou contra o “Malddad”.
    (Coluna CH, DP, 20/12/24)

  31. Miguel José Teixeira

    Se, um simples meme derruba o real, então, quantos memes precisarão para derrubar um governo incomPeTente?

    “Não nos façam rir”
    Para Roberto Dumas, professor de Economia Internacional do Insper, é “absurdo” culpar fake news pela alta do dólar. “O que está acontecendo é que o risco fiscal está aumentando”, explica. O motivo é claro: “o governo não está querendo cortar os gastos públicos”.
    (Coluna CH, DP, 20/12/24)

  32. Miguel José Teixeira

    2 PeTardos no desacreditado SuTriFe, extraídos da Coluna CH, no DP, hoje:

    “Tribunal da censura”
    “O STF quer, na prática, censurar as redes sociais”, diz o deputado Osmar Terra (MBD-RS). “Em nome de quem e de que verdade querem fazer isso? O STF não foi eleito e deve tratar de questões técnicas”.

    “Freedom, bye, bye”
    Nos EUA, onde ninguém ousa relativizar as liberdades, a cada decisão do STF deletando a “Constituição cidadã” de Ulysses Guimarães, cresce a certeza de que no Brasil está em curso um processo autoritário.

    (+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/fake-news-ao-quadrado-meme-nao-afeta-o-dolar)

    E a pergunta que fica:
    Quem recivilizará o SuTriFe?

  33. Miguel José Teixeira

    Desbotada, amarrotada, desacreditada & barbarizada: enfim, no seu devido lugar. Pelo menos na pesquisa!

    “. . .Queda coincidiu com a chegada de Lula ao Planalto, com recrudescimento contra pessoas acusadas de golpe e com a presidência de Roberto Barroso no Supremo.”. . .

    “Avaliação positiva do STF cai de 31% para 12% em 2 anos”
    (Jonathan Karter, Poder360, 20/12/24)

    Pesquisa PoderData realizada de 14 a 16 de dezembro de 2024 mostra que a avaliação positiva do trabalho dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) caiu de 31% para 12% em 2 anos. É a taxa dos que afirmam que o desempenho da Corte é “bom” ou “ótimo”.
    . . .
    Na outra ponta, a taxa dos que acham que o STF faz um trabalho “ruim” ou “péssimo” saltou 12 pontos percentuais: foi de 31% para 43% desde junho de 2023. Retomou o patamar registrado ao final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando era 40%.
    . . .
    (+em: https://www.poder360.com.br/poderdata/avaliacao-positiva-do-stf-cai-de-31-para-12-em-2-anos/)

    É bíblico:
    “Quem semeia vento, colhe tempestade”

  34. Miguel José Teixeira

    Matutando sobre a charge. . .

    Se essa dupla de incomPeTentes e desinterassado na Nação montassem no dólar, seguramente o do´lar estaria abaixo do real!

    A duas últimas frases da legenda da charge, nos remete à dois visionários:

    O saudoso Ulysses Guimarães: “Está achando ruim essa composição do Congresso? Então espera a próxima: será pior. E pior, e pior. . .”

    E o genial Zé Ramalho e o “Avôhai”:
    . . .
    Se eu disser que é mei’ sabido
    Você diz que é mei’ pior
    E pior do que planeta
    Quando perde o girassol
    . . .
    https://www.youtube.com/watch?v=wWo4kFYK7-o)

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